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Instituto João Neórico Projeto Interdisciplinar: Projeto de Instalações Prediais (hidráulica, sanitária, combate a incendio) Instalações prediais de água fria, de esgotos sanitários, Tratamento e disposição final do esgoto sanitário, de águas pluviais; de água quente, de prevenção e combate. INSTALAÇOES HIDRÁULICAS PREDIAIS Professor: Tarcisio Batista Rego. Instituto João Neórico Instalações Prediais de Água Fria. Uma instalação predial de água fria (temperatura ambiente), constitui-se no conjunto de canalizações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, destinados ao abastecimento dos aparelhos e pontos de utilização de água da edificação, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de abastecimento. A norma que fixa as exigências e recomendações relativas a projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria é a NBR 5626, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). De acordo com a norma, as instalações prediais de água fria devem ser projetadas de modo que, durante a vida útil do edifício que as contém, atendam aos seguintes requisitos: • preservar a potabilidade da água • garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais componentes. • promover economia de água e energia. • possibilitar manutenção fácil e econômica. • evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente . • proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo às demais exigências do usuário. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO Existem três sistemas de abastecimento da rede predial de distribuição: direto, indireto e misto. Cada um desses sistemas apresenta vantagens e desvantagens, que devem ser analisadas pelo projetista, conforme a realidade local e as características do edifício em que esteja trabalhando. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DIRETO A alimentação da rede predial de distribuição é feita diretamente da rede pública de abastecimento. Nesse caso, não existe reservatório domiciliar, e a distribuição é feita de forma ascendente, ou seja, as peças de utilização de água são abastecidas diretamente da rede pública. Esse sistema tem baixo custo de instalação, porém, se houver qualquer problema que ocasione a interrupção no fornecimento de água no sistema público, certamente faltará água na edificação Instituto João Neórico SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO No sistema indireto, adotam-se reservatórios para minimizar os problemas referentes à intermitência ou a irregularidades no abastecimento de água e a variações de pressões da rede pública. No sistema indireto, consideram-se três situações, descritas a seguir. Sistema indireto sem bombeamento Esse sistema é adotado quando a pressão na rede pública é suficiente para alimentar o reservatório superior. O reservatório interno da edificação ou do conjunto de edificações alimenta os diversos pontos de consumo por gravidade; portanto, ele deve estar sempre a uma altura superior a qualquer ponto de consumo. Obviamente, a grande vantagem desse sistema é que a água do reservatório garante o abastecimento interno, mesmo que o fornecimento da rede pública seja provisoriamente interrompido, o que o torna o sistema mais utilizado em edificações de até três pavimentos (9 m de altura total até o reservatório). Sistema indireto com bombeamento Esse sistema, normalmente, é utilizado quando a pressão da rede pública não é suficiente para alimentar diretamente o reservatório superior – como, por exemplo, em edificações com mais de três pavimentos (acima de 9 m de altura). Nesse caso, adota-se um reservatório inferior, de onde a água é bombeada até o reservatório elevado, por meio de um sistema de recalque. A alimentação da rede de distribuição predial é feita por gravidade, a partir do reservatório superior Sistema indireto hidropneumático Esse sistema de abastecimento requer um equipamento para pressurização da água a partir de um reservatório inferior. Ele é adotado sempre que há necessidade de pressão em determinado ponto da rede, que não pode ser obtida pelo sistema indireto por gravidade, ou quando, por razões técnicas e econômicas, se deixa de construir um reservatório elevado. É um sistema que demanda alguns cuidados especiais. Além do custo adicional, exige manutenção periódica. Além disso, caso falte energia elétrica na edificação, ele fica inoperante, necessitando de gerador alternativo para funcionar. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO MISTA No sistema de distribuição mista, parte da alimentação da rede de distribuição predial é feita diretamente pela rede pública de abastecimento e parte pelo reservatório superior. Esse sistema é o mais usual e mais vantajoso que os demais, pois algumas peças podem ser alimentadas diretamente pela rede pública, como torneiras externas, tanques em áreas de serviço ou edícula, situados no pavimento térreo. Nesse caso, como a pressão na rede pública quase sempre é maior do que a obtida a partir do reservatório superior, os pontos de utilização de água terão maior pressão Instituto João Neórico SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO Instituto João Neórico Partes Constituinte de uma Instalação Predial de Água Fria Instituto João Neórico . Ramal Predial . Reservatório Superior . Cavalete . Barrilete . Alimentador Predial . Colunas de Distribuição . Reservatório Inferior . Ramal de Distribuição . Canalização de Sucção . Sub-Ramal . Conjunto Motor-Bomba . Extravasor . Canalização de Recalque . Barrilete de limpeza Definições e cálculos iniciais do projeto hidráulico Consumo diário de um prédio (Cd) O consumo diário, também chamado demanda diária predial, é a quantidade de água a ser consumida diariamente por um prédio em função de sua população. Ele é calculado pelo produto do número de habitantes do prédio e o consumo per capita diário previsto, obtendo-se o resultado em litros. No projeto de instalações prediais, o consumo diário serve para calcular a reserva necessária. Na maioria dos casos, para o cálculo do consumo diário basta estimar o número de habitantes do prédio, a partir da taxa de ocupação por exemplo, o consumo de água per capita. Ambos os dados podem ser encontrados a partir das seguintes tabelas: Instituto João Neórico Taxa de ocupação Em residências ou apartamentos: 2 pessoas por cada quarto social e 1 pessoa por cada quarto de serviço. Tabela 1 – Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local Local Taxa de ocupação Bancos 1 habitante/ 5,0 m² de área Escritórios 1 habitante/ 6,0 m² de área Lojas – pavimentos térreos 1 habitante/ 2,5 m² de área Lojas – pavimento superior 1 habitante/ 5,0 m² de área Shopping center 1 habitante/ 5,0 m² de área Museus e bibliotecas 1 habitante/ 5,5 m² de área Salões de hotéis 1 habitante/ 5,5 m² de área Restaurantes 1 habitante/ 1,4 m² de área Teatros, cinemas e auditórios 1 cadeira/ 0,7 m² de área Fonte: Prof. Roberto C. Júnior Tabela 2 Consumo predial diário (valores indicativos). Prédio Consumo (litros/dia) Alojamento provisório 80 per capita Ambulatórios 25 per capita Apartamentos 200 per capita Casas populares ou rurais 150 per capita Cavalariças 100 por cavalo Cinemas e teatros 2 por lugar Creches 50 per capita Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita Escolas (externatos) 50 per capita Escolas (internatos) 150 per capita Escolas (semi-internato) 100 per capita Escritórios 50 per capita Garagens e posto de serviço 50 por automóvel/200 por caminhão Hotéis (sem cozinha e sem lavanderia) 120 por hóspede Hotéis (com cozinha e com lavanderia) 250 por hóspede IndústriasIndústrias – uso pessoal 80 por operário Indústrias – com restaurante 100 por operário Jardins (rega) 1,5 por m² Lavanderias 30 por kg de roupa seca Matadouro – animais de grande 300 por animal abatido Matadouro – animais de pequeno porte 150 por animal abatido Mercados 5 por m² de área Oficinas de costura 50 per capita Orfanatos, asilos, berçários 150 per capita Piscinas – lâmina de água 2,5 cm por dia Postos de serviços para automóveis 150 por veículo Quartéis 150 per capita Residência popular 150 per capita Residência de padrão médio 200 per capita Residência de padrão luxo 250 per capita Restaurantes e outros similares 25 por refeição Templos 2 por lugar Fonte: Prof. Roberto C. Júnior Exercício 1 Uma residência de padrão médio, tem 3 quartos social e um de serviço. Qual o consumo diário desta residência. Exercício 2 Qual o consumo diário de uma edificação residencial de 15 pavimentos, onde cada pavimento tem 3 apartamentos de 4 quartos social e um de serviço. Exercício 3 Qual o consumo diário de uma edificação com ocupação de uso para restaurante, que tem área para atendimento ao público de 15 m x 22,4 m. Exercício 4 Qual o consumo diário para uma edificação mista, onde o pavimento térreo tem função de uso para um banco com área de construção de 20 x 40 m e para os pavimentos superiores no total de 5 todos tipo, com ocupação residencial, sendo quatro apartamento por pavimento, onde cada apartamento tem dois quartos social e um de serviço. Capacidade dos Reservatório Quando o sistema de abastecimento for indireto e houver o uso de reservatórios para casos em que ocorrer a interrupção do fornecimento de água na rede pública, deve ser feito o dimensionamento dos reservatórios da edificação. De acordo com a NBR 5626, a reservação de água fria deve garantir fornecimento para no mínimo 24 horas conforme a quantidade e o padrão de consumo de quem for utilizar a água. Entretanto, é comum deparar com projetos que consideram 48 horas devido as condições das redes públicas e constante falta de água nas regiões em que são dimensionadas. Os reservatórios de água podem ser superior ou inferior de acordo com a necessidade da edificação DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS Volume do Reservatório inferior → V = 0,6 x (2 x CD) Volume do Reservatório superior → V = 0,4 x (2 x CD) + RTI https://www.escolaengenharia.com.br/nbr-5626/ https://www.escolaengenharia.com.br/instalacoes-hidraulicas/#sup https://www.escolaengenharia.com.br/instalacoes-hidraulicas/#inf Instituto João Neórico Exercício 1 Calcular a capacidade dos reservatórios de um edifício residencial de 10 pavimentos, com 2 apartamentos por pavimento, sendo que cada apartamento possui 2 quartos e uma dependência de empregada. Adotar reserva de incêndio de 10 000 litros, prevista para ser armazenada no reservatório superior Exercício 2 Calcular a capacidade dos reservatórios (inferior e superior) de um shopping center de 20.000 m² de área útil. Adotar para consumo 50 litros per capita. Exercício 3 Calcular a capacidade do reservatório de uma loja de dois pavimentos sabendo-se que a área útil do pavimento térreo é 250 m² e a área do pavimento superior é 300 m². Exercício 4 Calcular a capacidade do reservatório de um templo religioso que tem 600 lugares reservados aos fiéis Obs. Se após a divisão, a capacidade de reservação em cada reservatório ultrapassar 5 m³, o reservatório deve ser compartimentado em pelo menos duas câmaras. Dimensionamento das Canalizações de uma Instalação Hidráulica Predial de Água Fria. 1 – Dimensionamento do Ramal Predial. Para Sistema de Distribuição Direto A Norma recomenda que a vazão a ser considerada para o dimensionamento do Ramal predial é dada pela expressão: 𝐐 = K x √∑𝑃 Onde: Q = vazão de dimensionamento (L/s) K = Coeficiente de descarga = 0,3 L/s √∑𝑃 = É a soma dos pesos correspondentes as peças de utilização alimentadas através do trecho considerado (ver tabela A.1 da NBR 5626) Instituto João Neórico Tabela A.1 - Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho sanitário e da peça de utilização Aparelho sanitário Peça de utilização Vazão de projeto L/s Peso relativo Bacia sanitária Caixa de descarga 0,15 0,3 Válvula de descarga 1,70 32 Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0 Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1 Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1 Chuveiro ou ducha Misturador (água fria 0,20 0,4 Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1 Lavadora de pratos ou de roupas Registro de pressão 0,30 1,0 Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3 Mictório cerâmico com sifão integrado Válvula de descarga 0,50 2,8 sem sifão integrado Caixa de descarga, registro de pressão ou válvula de descarga para mictório 0,15 0,3 Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15 p/metro de calha 0,3 Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7 Torneira elétrica 0,10 0,1 Tanque Torneira 0,25 0,7 Torneira de jardim ou lavagem em geral Torneira 0,20 0,4 Fonte: NBR-5626 Instituto João Neórico Ábaco – Vazões e diâmetro em função dos pesos Exercício 1 Determine o diâmetro e a velocidade da água em um ramal predial que abastece uma residência com distribuição direta, que tem as seguintes peças: duas bacia sanitária com caixa de descarga; dois lavatório; dois chuveiros; uma pia de cozinha; um tanque; uma lavadora de roupa e duas torneira. Instituto João Neórico Para Sistema de Distribuição Indireto Neste caso a Norma admite que a alimentação seja feita continuamente, durante 24 horas do dia e a vazão é dada pela expressão: Q = CD/86400 ou Q = q x P/86400 Onde: Q = vazão de dimensionamento (L/s) CD = consumo diário (L/dia) q = per capita de água (L/hab. dia) P = população de projeto (hab.) Uma vez conhecida a vazão do ramal predial, o dimensionamento do ramal predial se faz de acordo com a recomendação da norma que a velocidade de escoamento nesta canalização esteja na faixa de 0,6 a 1,0 m/s. Vamos adotar em nosso curso V = 0,8 m/s O diâmetro do ramal predial será dado pela expressão: D = √4 . 𝑄/π. V Onde: D = diâmetro (m) Q = vazão (m³/s) V = velocidade (m/s) Exercício 1 Dimensione o ramal predial para uma residência de padrão alto contendo 4 quartos social e um de serviço. Exercício 2 Dimensione o ramal predial de uma edificação residencial de 8 pavimentos, onde cada pavimento tem 4 apartamentos de 3 quartos social e um de serviço. Exercício 3 Em uma edificação, verificou-se que a área da seção transversal da canalização do ramal predial foi de 12 cm², sendo adotado nos cálculos que a velocidade de escoamento da água será de 0,8 m/s e o per capita adotado de 150 L/hab.dia. Nesta situação qual foi a população de projeto desta edificação. Instituto João Neórico ESPECIFICAÇÕES E CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DOS TUBOS EMPREGADOS Materiais, Diâmetros e Pressões De acordo com a NBR 5626, tanto os tubos como as conexões, constituintes de uma instalação predial de água fria, podem ser de aço galvanizado, cobre, ferro fundido, PVC rígido ou de outros materiais, de tal modo que satisfaçam a condição de que a pressão de serviço não deva ser superior a pressão estática no ponto considerado, somada à sobre pressão devido a golpes de aríete. Esses materiais devem ser próprios para a condução de água potável e devem ter especificações para recebimento, relativo a cada um deles, inclusive métodos de ensaio. Segundo a mesma Norma, o fechamento de qualquer peça de utilização não pode provocar sobre pressão, em qualquer ponto da instalação, que supere mais de 200 kPa (20 mca) a pressão estática neste ponto. A máxima pressão estáticapermitida é de 40 mca (400 kPa) e a mínima pressão de serviço é de 0,5 mca (5 kPa). Os tubos e conexões mais empregados nas instalações prediais de água fria são os de aço galvanizado e os de PVC rígido. Os tubos de aço galvanizado suportam pressões elevadas sendo por isso muito empregado. O valor de referência que estabelece o diâmetro comercial desses tubos é a medida do diâmetro interno dos mesmos. Os tubos de PVC rígido são agrupados em três classes, indicadas pelas pressões de serviço: Classe 12 (6 kgf/cm2 ou 60 mca) Classe 15 (7,5 kgf/cm2 ou 75 mca) Classe 20 (10 kgf/cm2 ou 100 mca) As normas brasileiras dividem os tubos de PVC em duas áreas de aplicação: . Tubos de PVC rígido para adutoras e redes de água (EB-183) . Tubos de PVC rígido para instalações prediais de água fria (EB-892) Os tubos de EB-183 são comercializados como PBA (Tubo de Ponta, Bolsa e Anel de Borracha), PBS (Tubo em Ponta e Bolsa para Soldar) e F (Tubo Flangeado) e só são usados em adutoras, redes de água, redes enterradas de prevenção contra incêndios e em instalações industriais. As classes destes tubos são: 12, 15 e 20 Os tubos referidos na EB-892 são destinados às instalações prediais de água fria e são de classe 15. Estes tubos podem ser com juntas soldáveis ou com juntas roscáveis e a Tabela mostra as suas referências e dimensões. Instituto João Neórico Diâmetro e Dimensões de Tubos Plásticos REFERÊNCIA TUBOS COM JUNTAS SOLDÁVEIS TUBOS COM JUNTAS ROSCÁVEIS Ø externo médio (mm) Espessura Mínima das Paredes (mm) Ø externo médio (mm) Espessura Mínima das Paredes (mm) ½” 20 1,5 21 2,5 ¾” 25 1,7 26 2,6 1” 32 2,1 33 3,2 1.1/4” 40 2,4 42 3,6 1.1/2” 50 3,0 48 4,0 2” 60 3,3 60 4,6 2.1/2” 75 4,2 75 5,5 3” 85 4,7 88 6,2 4” 110 6,1 113 7,6 Perda de Carga O escoamento dos líquidos nas canalizações, sofre forte influência das paredes interna dessas canalizações dissipando energia devido ao atrito, provocando um abaixamento da pressão ao longo do escoamento que é denominada de “Perda de carga. Dependendo do motivo que cause a perda de carga, esta pode ser: . Perda de carga normal ou distribuída . Perda de carga localizada ou acidental. Perda de carga normal ou distribuída → É aquela que ocorre ao longo do comprimento de uma canalização retilínea. Estas perdas podem serem determinadas através do ábaco ou fórmulas. Utilizando o ábaco, basta conhecer duas grandezas hidráulica e determina as outras duas. Por exemplo conhecendo o valor da vazão em L/s e o diâmetro em mm, marca esses valores no ábaco obtendo-se dois, que ligando estes dois pontos obtém-se uma reta. Encontra-se o valor da perda de carga unitária e a velocidade no ponto de interseção da reta. Ou conhecendo o valor de duas grandezas hidráulica determina-se a outra utilizando a fórmula. Instituto João Neórico Utilizando a fórmula para o cálculo da perda de carga unitário Q = 55,934 x J0,571 x D2,714 J = (Q /55,934 x D2,714 )1,75 Sendo: Q = vazão (m³/s) ; J = Perda de carga unitária (m/m); D= diâmetro (m) Instituto João Neórico Exercício 1 Sendo a velocidade de escoamento V = 1,5 m/s e a vazão Q = 2,9 L/s. Qual o diâmetro da canalização e a perda de carga em 25 m de tubo de PVC. a) através do ábaco b) utilizando a fórmula da Hidráulica Perda de carga localizada ou acidental. As perdas de carga acidental, também conhecida como localizada, singulares ou secundárias ocorrem sempre que haja mudança no módulo e, ou na direção da velocidade. A mudança no diâmetro, ou na seção do escoamento, implica uma mudança na grandeza da velocidade. Estas perdas ocorrem sempre na presença das chamadas peças especiais, ou seja, curvas, válvulas, registros, bocais, ampliações, reduções etc. . As perdas de carga são resultantes da turbulência introduzida no escoamento pela variação das características geométricas da canalização e que provocam perdas de energia em pontos bem definidos. Nestes pontos a linha piezométrica sofre um rebaixamento que podem ser considerados verticais. Método dos Comprimentos Equivalentes É um método relativamente recente para se levar em conta as perdas localizadas e dos comprimentos virtuais nas instalações hidráulicas. Consiste em substituir as peças, para simples efeito de cálculo, por comprimentos retos de tubulações que com a mesma vazão e diâmetros das peças, que provocam a mesma perda de carga. Esses comprimentos retos de tubulações são denominados comprimentos equivalentes. Instituto João Neórico Tabela dos Comprimentos Equivalentes Tubos de PVC Em uma instalação hidráulica, quando existem canalizações, peças e conexões, para o cálculo da perda de carga total, utilizamos o comprimento virtual dado por: Lv = LR + Leq Onde: Lv = LR + Leq Lv = Comprimento Virtual LR = Comprimento real das canalizações em uma instalação hidráulica Leq = Comprimento equivalente a cada peça ou conexão. Exercício 1 Qual o comprimento equivalente (Leq) das peças: a) Tê de passagem direta de diâmetro D= 40 mm (1.1/2”) b) Válvula de retenção tipo leve de diâmetro D= 60 mm (2.1/2”) c) Uma entrada de bordo de diâmetro D= 32 mm (1.1/4”) d) um joelho de 45º de diâmetro D= 25 mm (1”) e) Um registro de gaveta aberto de diâmetro D= 50 mm (2”) f) um registro globo aberto de diâmetro D= 32 mm (1.1/4”) g) um joelho 90º de diâmetro D= 32 mm (1.1/4”) = 2,0 m h) Uma válvula de pé e crivo de diâmetro D= 32 mm (1.1/4”) Instituto João Neórico Exercício 2 Analisar as perdas locais no ramal de 3/4” (A-B) que abastece o chuveiro de uma instalação predial, verificando qual a porcentagem dessas perdas em relação à perda por atrito ao longo do ramal. Aplique o método dos comprimentos equivalentes, considerando as seguintes perdas acidentais: 1 - Tê, saída do lado; 2 - Cotovelo, 90 graus; 3 - Registro de gaveta aberto; 4 - Cotovelo, 90 graus; 5 - Tê, passagem direta; 6 - Cotovelo, 90 graus; 7 - Registro de gaveta aberto; 8 - Cotovelo, 90 graus e 9 – cotovelo de 90º Exercício 3 Deseja conhecer a pressão disponível na saída da canalização que alimenta o reservatório inferior de uma edificação de 10 pavimentos com 4 apartamento por pavimento, contendo cada apartamento 3 quartos social e um de serviço, considerando: . Material PVC . A pressão no ponto de tomada de água da rede pública de 10 mca . NA na saída da canalização que abastece o reservatório 1,5 m abaixo da rede pública. . Comprimento real da canalização nesta instalação 35 m . Peças e conexões nesta instalação: 6 joelhos de 90º, 2 Tê de saída de lado, um registro globo aberto e uma saída de canalização. Sistema de Recalque Sistema de Recalque – Sempre que tivermos que transportar uma determinada quantidade de líquido de um reservatório inferior a um reservatório superior é necessário fornecer por meios mecânicos, uma certa quantidade de energia ao líquido Um sistema de recalque ou elevatório é o conjunto de tubulações, acessórios, bombas e motores necessário para transportar uma certa vazão de água ou qualquer outro líquido de um reservatório (ou ponto) inferior para outro reservatório (ou ponto) superior. Nos casos mais comuns de sistema predial de abastecimento de água, ambos os reservatórios estão abertos para a atmosfera e com níveis constantes, o que permite tratar o escoamento como permanente. Instituto João Neórico Componentes de um sistema de recalque Um sistema de recalque é composto, em geral, por três partes: a) A canalização de Sucção: Que é constituída pela canalização que liga o reservatório inferior à bomba, incluindo os acessórios necessários, como válvula de pé com crivo, registro, curvas, redução excêntrica etc. . b) O conjunto Elevatório: Que é constituído por uma ou mais bombas e respectivosmotores elétricos ou a combustão interna. c) A canalização de Recalque: Que é constituída pela canalização que liga a bomba ao reservatório superior, incluindo registros, válvula de retenção, manômetros, curvas e, eventualmente, equipamentos para o controle dos efeitos do golpe de aríete. Dimensionamento de um sistema de recalque Cálculo da Vazão a ser bombeada A NBR-5626, estabelece que a vazão mínima a ser admitida para sistema elevatório em Instalações Hidráulica Predial, será aquela que exija o funcionamento do conjunto elevatório durante 6,66 horas por dia, ou seja a vazão horária mínima deverá ser igual a 15% do Consumo Diário (CD) Como dados práticos, podemos tomar a vazão mínima como sendo 20% do Consumo Diário, o que obriga a bomba a operar 5 horas das 24 horas, para recalcar o Consumo Diário. Q = 0,2 x CD Que obtém-se a vazão em (L/h), Para se ter a vazão em m³/s → basta dividir por 3600000 Instituto João Neórico Cálculo do Diâmetro de recalque Para determinar o diâmetro de recalque tem que definir anteriormente o tipo de operação do sistema moto-bomba, isto é, se o mesmo é continuo ou não. a) Sistema operado continuamente O diâmetro de recalque é calculado pela Fórmula de Bresse a seguir apresentada; D = K x √𝑄 Onde D = o diâmetro, dado em metros, Q = a vazão, em m³/s, K = é uma constante que depende da velocidade do recalque (normalmente utilizado K = 1,3) b) Sistema não operado continuamente (menos que 24 horas ao dia) Para o dimensionamento das linhas de recalque de bombas que funcionam apenas algumas horas por dia, Forchheimer propôs a seguinte formula D = 1,3 x √𝑄 x X0,25 Onde D = é o diâmetro, dado em metros, Q = é a vazão, em m³/s, X = número de horas de funcionamento da bomba no período de 24 horas h = horas de funcionamento da bomba segundo a norma. X = h/24 Cálculo do Diâmetro de sucção A canalização de sucção é executada com um diâmetro imediatamente superior ao do recalque. A canalização de sucção deve ser a mais curta possível, evitando-se ao máximo as peças especiais. A altura máxima de sucção acrescida das perdas de cargas deve satisfazer as especificações estabelecidas pelo fabricante das bombas. Na prática, é muito raro atingir 7,00 m. Para a maioria das bombas centrifugas, a sucção deve ser inferior a 5 m. Instituto João Neórico Dimensionamento do conjunto elevatório A massa de água para ser elevada de um nível mais baixo para outro nível mais elevado, é necessário a utilização de uma bomba. Estas bombas, são máquinas geratrizes hidráulicas, que transformam o trabalho mecânico que recebe de um motor, em energia hidráulica sob as formas que o líquido é capaz de absorve, ou seja, energia potencial, de pressão e cinética. Para a escolha da bomba é necessário que se conheça as seguintes grandezas: Vazão de bombeamento; Altura manométrica e o rendimento do conjunto motor-bomba. Altura manométrica Altura manométrica total é a energia por unidade de peso que o sistema solicita para transportar o fluido do reservatório de sucção para o reservatório de descarga, com uma determinada vazão. Essa energia será fornecida por uma bomba, que será o parâmetro fundamental para o selecionamento da mesma. É importante notar que em um sistema de bombeamento, a condição requerida é a vazão, enquanto que a altura manométrica total é uma consequência da instalação. A Altura Manométrica Total do sistema (Hm) pode ser calculada por Hman = Hes + Her + Hps + Hpr Onde: Hman = altura manométrica total (m) Hes =altura estática ou geométrica de sucção (m) Her = altura estática ou geométrica de recalque (m) Hps = perda de carga na sucção (m) Hpr = perda de carga no recalque Altura estática ou geométrica de sucção (Hes) – Desnível geométrico entre o nível dinâmico da captação e o bocal de sucção da bomba Altura estática ou geométrica de recalque (Her) - Desnível geométrico entre o bocal de sucção e o ponto de maior elevação do líquido até o destino final da instalação (Reservatório superior) Potência do conjunto elevatório É o trabalho realizado sobre o líquido ao passar pela bomba por unidade de tempo, para transportar a vazão a ser bombeada do reservatório inferior ao reservatório superior, vencendo a altura manométrica total. P = ɣ x Q x Hman 75 ⴄ Instituto João Neórico Onde: P = potência do conjunto elevatório (CV) ɣ = peso especifico do líquido (kgf/m³) Q = Vazão de bombeamento (m³/s) Hman = altura manométrica total (m) ⴄ = rendimento do conjunto motor bomba Exercicio 1 Para uma edificação de oito pavimentos com quatro apartamentos por pavimento, contendo cada apartamento três quartos social e um de serviço. Para esta edificação dimensione um sistema de recalque com os dados a seguir: Sucção – comprimento real 15 m; altura estática de 6 m; 1 válvula de pé e crivo; 1 registro de gaveta aberto; 1 tê de saída de lado; 1 joelho de 90º Recalque – altura estática 35 m; comprimento real 42,5 m; 1 registro de gaveta aberto; 1 válvula de retenção pesada; 4 joelhos de 90º; 2 joelhos de 45º; 1 tê de saída de lado; 1 saída de canalização. Rendimento do conjunto motor-bomba 80%. Material PVC. Atividade 1 1 – Qual a pressão na entrada de um reservatório inferior de um edifício residencial com oito pavimentos, com quatro apartamento por pavimento, onde cada apartamento tem três quartos social e um de serviço. Considere: per capita = 200 L/hab.dia, canalização em PVC, a pressão no ponto de tomada de água na rede pública é 4,8 mca, a saída de água no reservatório se encontra a 0,8 m acima da rede pública. Dados: comprimento real da canalização entre a rede e o reservatório é de 50,0 m. Peças nesta instalação: 5 joelhos de 90º, e Tê de saída de lado, 1 registro globo aberto e uma saída de canalização. 2 – Com base na questão anterior, determine as alturas construtivas dos reservatórios superior e inferior, considerando uma folga de 30 cm entre o nível da água e a tampa dos reservatórios, uma reserva técnica de incêndio de 20% do consumo diário, utilize consumo para dois dias. As áreas previstas no projeto arquitetônico para os reservatórios são: RI = 6,80 x 5 m e o RS = 5,8 x 4 m 3 – Em uma edificação verificou-se que a seção da canalização do alimentador predial é de 12 cm².Sendo adotado nos cálculos uma velocidade de escoamento da água de 0,9 m/s e o per capita de 150 L/hab.dia. Nesta situação qual foi a população de projeto adotado nestes cálculos. Instituto João Neórico 4 - Determine as características de um sistema de recalque para uma edificação residencial, com os dados a seguir: Sendo o CD = 60000 L/dia ⴄ = 60% Dados da sucção Dados do recalque Comprimento real = 18 m Altura estática = 38 m Altura estática = 4 m Comprimento real = 52,5 m Uma válvula de pé e crivo Um registro de gaveta aberto Um registro de gaveta aberto Uma válvula de retenção leve Um tê de saída de lado Quatro joelho de 90º Um joelho de 90º Dois joelhos de 45º Um tê de saída de lado Material PVC Uma saída de canalização 5 - Uma bomba de um sistema elevatório de uma edificação residencial foi dimensionada de tal modo que o diâmetro da canalização de sucção foi de 75 mm. Se a bomba trabalha com três intervalos de duas horas por dia. Qual o consumo diário desta edificação. Material utilizado PVC. Instituto João Neórico Dimensionamento dos Sub-Ramais Cada sub-ramal – serve apenas a uma peça de utilização ou aparelho sanitário e é dimensionado segundo tabelas elaboradas através de resultados obtidos em ensaios realizados com as mesmas. Os fabricantes dos aparelhos fornecem em geral nos seus catálogos os diâmetros que recomendam para os sub-ramais. Vamos utilizar A tabela de diâmetros mínimos para as diversas peças de utilizaçãoInstituto João Neórico A tabela de diâmetros mínimos para as diversas peças de utilização Pontos de utilização Diâmetros (mm) Pol. Aquecedor de baixa pressão 20 3/4” Aquecedor de alta pressão 15 1/2” Banheira 20 3/4” Bebedouro 15 1/2” Bidê 15 1/2” Bacia sanitária c/caixa de descarga 15 1/2” Bacia sanitária c/válvula de descarga 32 1.1/4” Chuveiro 15 1/2” Filtro de pressão 15 1/2” Lavatório 15 1/2” Máquina de lavar roupa ou prato 20 3/4” Mictório auto-aspirante 25 1” Mictório não aspirante 15 1/2” Pia de cozinha 15 1/2” Pia de despejo 20 3/4” Tanque de Lavar roupa 15 1/2” Dimensionamento do Ramal de Alimentação O dimensionamento do ramal de alimentação é feito levando-se em consideração um dos seguintes critérios: a) Critério do Consumo Máximo Provável Este critério se baseia na hipótese de que o uso simultâneo não ocorre, existe a probabilidade de alguns aparelhos serem utilizados simultaneamente. Neste caso ocorre um Consumo Máximo Provável. Este tipo de consumo é o mais frequente nas instalações prediais “normais” a) Não há utilização simultânea de todas as peças sanitárias. Isto é, nunca todas as peças sanitárias são utilizadas ao mesmo tempo. Ou seja considera-se o Consumo Máximo Provável. Este critério de dimensionamento conduz a seção de canalização menores de um ramal que representa economia. Dimensionamento Embora exista mais métodos, o método adotado pela NBR-5662 e que atende ao critério de consumo máximo provável é o Método do somatório dos pesos, que se baseia no estudo da probabilidade do uso simultâneo dos aparelhos sanitários. Instituto João Neórico 𝐐 = 0,3 x √∑𝑃 Pelo ábaco do somatório dos pesos, encontra o diâmetro e em seguida verifica-se se a velocidade do escoamento da água na canalização atende ao recomendado pela norma: V ≤ 3,0 m/s através da expressão: V = 4 x Q π x D² b) Critério do Consumo Máximo Possível Este critério se baseia na hipótese do uso simultâneo de todas as peças de utilização instalada, o uso de simultâneo de todas as peças de utilização instalada dificilmente ocorrerá em instalações “normais”. O uso simultâneo ocorrerá em instalações onde o regime de uso determina esta ocorrência, como em: quadras esportivas, colégios, quarteis, industrias etc. Embora o critério do consumo máximo possível conduza a diâmetros maiores, podemos adotá-la em pequenas instalações, devido à praticidade do dimensionamento. Dimensionamento Para atender ao critério de do consumo máximo possível deve-se fazer o dimensionamento pelo Método das Seções Equivalentes, consiste em expressar cada diâmetro em função da vazão equivalente obtida com diâmetro de1/2”. D (pol) 1/2” 3/4” 1” 1.1/4” 1.1/2” 2” 2.1/2” 3” 4” Nº de tubos de 1/2” com a mesma capacidade 1 2,9 6,2 10,9 17,4 37,8 65,5 110,5 189 Exercício 1 Dimensione um ramal de distribuição que alimenta um banheiro de uma residência com as seguintes peças de utilização: 1 vaso sanitário com caixa de descarga, 1 lavatório, 1 chuveiro e 1 banheira. a) Através do Consumo Máximo Provável b) Através do Consumo Máximo Possível, Instituto João Neórico Dimensionamento das Colunas de Distribuição de Água Fria. (AF) As colunas de distribuição são dimensionadas trechos por trecho, e para isso será necessário já dispor do esquema vertical da instalação, com as peças que serão atendidas por cada ramal de distribuição derivados da coluna. Obs. Em vez de ramais longos, é preferível criar novas colunas. Obs. Deve-se evitar colocar em uma mesma coluna vasos sanitários com válvula e aquecedores, devido a golpe de aríete, além do piloto apagar por queda de pressão. A Norma NBR-5662, sugere uma planilha de cálculo das colunas, que facilita o dimensionamento, além de constar as velocidade, vazões máximas e a pressão dinâmica a jusante. Planilha de Cálculo Coluna Trecho Pesos Vazão (L/s) Diam. (mm) Veloc. (m/s) Comprimento (m) P. de carga Pressão Jusante Simples Acumulado Real Equival Total Unit Total 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Instituto João Neórico Exemplo No esquema vertical de uma instalação hidráulica predial abaixo, Preencha a planilha de cálculo para a coluna de distribuição AF.1 com os dados a seguir: altura do nível da água até o ponto A é de 2,0 m, distancia vertical entre cada derivação é de 3 m. Cada derivação corresponde a um ramal de distribuição que alimenta 2 vasos sanitário com caixa de descarga, dois lavatório dois chuveiro. Comprimento no trecho A-C = 1,20 m Roteiro de Calculo Coluna 1 – Numera as colunas com a denominação AF.1, AF.2 ... Coluna 2 – Numera os trechos de cada coluna Coluna 3 – Pesos simples, corresponde ao somatório dos pesos das peças sanitária que é alimentada por cada ramal. No nosso exemplo: 2 vasos c/ caixa = 2 x 03 = 0,6 2 lavatório = 2 x 03 = 0,6 2 Chuveiro = 2 x 04 = 0,8 → ∑P = 2,0 Coluna 4 – pesos acumulado, vai acumulando os peso de baixo para cima. Coluna 5 – Vazão – em cada trecho determina a vazão pela forma ou pelo ábaco do somatório dos pesos, utilizando os pesos acumulado para cada trecho Trecho A-1 → Q = 0,3 x √10 → Q = 0,95 L/s Coluna 6 – Diâmetro – com o peso acumulado em cada trecho, no ábaco do somatório dos pesos encontra o provável diâmetro Coluna 7 – Velocidade, através da expressão: ex. trecho A- C V = 4 x Q = 0,00095 4 x→ 1,94 m/s π x D² 3,14 x 0,025² Coluna 9 - equivalente as peças e conexões em cada trecho em função do diâmetro. Ex : Trecho A-C → 2 Tês de saída de lado de D= 25 mm (1”) →2 x 3,1 = 6,2 m Trecho C-D → 1 Tês de saída de lado de D= 25 mm (1”) →3,1 m Instituto João Neórico Coluna 10 – Comprimento total do trecho Ct = CR + Ceq Coluna 11 – Perda de carga unitária, determina-se pelo gráfico o pela formula J = ( Q / 55,934 x D2,714 )1,75 ex. trecho A-C → J = ( 0,00095 / 55,934 x 0,0252,714 )1,75 = 0,18 m Coluna 12 – Perda de carga total → hp = J x Lt Coluna 13 – Pressão de jusante. Pj = Altura de água – perda de carga. Ex. Trecho A – C → Pjc = 2,0 + 1,2 - 1,33 → Pjc = 1,87 m PD = Pc + 3 –hp = 1,87 + 3 – 0,92 Planilha de Cálculo Coluna Trecho Pesos Vazão (L/s) Diam. (mm) Veloc. (m/s) Comprimento (m) P. de carga Pressão Jusante Simples Acumulado Real Equival Total Unit Total 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 A - C 2,0 10,0 0,95 25 1,94 1,2 6,2 7,4 0,18 1,33 1,87 AF.1 C - D 2,0 8,0 0,85 25 1,76 3,0 3,1 6,1 0,15 0,92 3,95 D - E 2,0 6,0 0,74 25 1,51 3,0 3,1 6,1 0,12 0,73 6,22 E - F 2,0 4,0 0,60 25 1,22 3,0 3,1 6,1 0,08 0,49 8,73 F - G 2,0 2,0 0,42 20 1,34 3,0 1,2 4,2 0,04 0,17 11,56 Dimensionamento do Barrilete ou Colar de Distribuição A ligação das colunas de distribuição diretamente ao reservatório, oferece sérios inconvenientes, pois poderia ocorrer casos em que do reservatório sairia várias dessas inserções de estanqueidade problemática. O barrilete ou também chamado de colar de distribuição, é a situação adotada para limitar as ligações das colunas ao reservatório. Barrilete ou Colar de Distribuição, é o conjunto de canalização, peças e conexões que interliga as duas metade do reservatório, e de onde saem as derivações correspondentes as diversas colunas de distribuição. Quanto a opção de projeto, os barrilete podem do tipo: a) Concentrado ou unificado b) Ramificado. Barrilete do tipo concentrado Do barrilete, partem todas as colunas de distribuição, cada uma dotada de seu registro próprio. Deste modo, o controle, a manobra e o isolamento das diversas colunas são feita em um único local da cobertura. Obs. Quando o número de colunas for muito grande, pode-se prolongar o barrilete além dos pontos de inserção com o reservatório.Instituto João Neórico Barrilete do tipo Ramificado. Do barrilete, saem os ramais, os quais por sua vez, dão origem a derivação secundaria para as colunas de distribuição. Na parte superior das colunas ou nos ramais do barrilete próximo a descida das coluna, coloca-se um registro. Obs. Este tipo de barrilete tem a vantagem de ser mais econômico no dimensionamento da canalização. Porém tem a desvantagem de dispersar os pontos de controle por registro. Dimensionamento da Canalização do Barrilete O barrilete pode ser dimensionado segundos os métodos: a) de Hunter b) das seções equivalentes Instituto João Neórico Método de Hunter – O qual consiste em fixar a perda de carga em 8% e calculando a vazão como se cada metade da caixa d`água atendesse à metade das colunas. Com J = 8% = 0,08 m/m e com a vazão, determina-se o diâmetro e a velocidade. Exemplo Dimensione o barrilete esquematizado pelo Método de Hunter AF1 – ∑P = 100 → Q1 = 0,3 x √100 → Q1 = 3 L/s AF2 – ∑P = 50 → Q2 = 0,3 x √50 → Q2 = 2,12 L/s Q1-2 = 3 + 2,12 = 5,12 L/s e J = 0,08 m/m D= (Q / 55,934 x J0,571 )0,368 = (0,00512 / 55,934 x 0,080,571 )0,368 = 0,056 m = 60 mm AF3 – ∑P = 80 → Q3 = 0,3 x √80 → Q3 = 2,68 L/s AF4 – ∑P = 90 → Q4 = 0,3 x √90 → Q4 = 2,84 L/s Q3-4 = 2,68 + 2,84 = 5,52 L/s e J = 0,08 m/m D= (Q / 55,934 x J0,571 )0,368 = (0,00552/ 55,934 x 0,080,571 )0,368 = 0,057 m = 60 mm Método das Seções Equivalentes – O qual consiste em consideramos os diâmetros encontrados para as colunas de modo que a metade seja atendida pela metade da caixa d`água. AF1 – ∑P = 100 → ábaco D = 40 mm (1.1/2”) → 17,4 AF2 – ∑P = 50 → ábaco D = 40 mm (1.1/2”) → 17,4 17,4 + 17,4 = 34,8 → D = 2” = 50 mm Instituto João Neórico Dimensionamento da canalização de descarga. No dimensionamento da canalização de limpeza e extravasor, existem fórmulas para o seu dimensionamento, porém é usual adotar um diâmetro comercial imediatamente superior ao da canalização de entrada de água no reservatório. Ou podendo ser dimensionado através da seguinte expressão. D = (4 x A x √ℎ / 4850 x π x T)0,5 Onde: A = área em planta de um compartimento do reservatório (m²) T = tempo de esvaziamento adotado (≤ 2 horas) h = altura inicial da água no reservatório (m) D = diâmetro da canalização de limpeza e extravasor (m) Exemplo Dimensione a canalização de limpeza e o extravasor de uma caixa de água de área em planta de um compartimento de 3 m x 3 m, estando a altura de água de 2 m do fundo e adotando um tempo de 1,5 horas para o seu esvaziamento. A = 3 x 3 = 9 m² D = (4 x 9 x √2 / 4850 x 3,14 x 1,5)0,5 = 0,05 m = 50 mm
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