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Dificuldades de Aprendizagem e Motricidade

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11
Índice
1.	Introdução	4
1.1.	Objectivos	4
1.1.1.	Objectivo geral	4
1.1.2.	Objectivos específicos	4
1.2.	Metodologia	4
2.	O Desempenho Psicomotor e as Dificuldades do Calculo	5
2.1.	Caracterização de uma criança com Dificuldades de aprendizagem	5
2.1. Dificuldades de Aprendizagem e Motricidade	6
2.2.	Desempenho matemático e cognição do número	7
2.3.	Dificuldades de Aprendizagem de Matemática	8
2.3.1.	Discalculia	10
2.3.2.	Acalculia	11
Conclusão	12
Bibliografia	13
	
1. Introdução 
O presente trabalho tem como tema “O Desempenho Psicomotor e as Dificuldades do Calculo”. Para que a criança possa acessar o conhecimento matemático, é necessário que ela tenha atingido um nível de desenvolvimento motor, bem como um estado psicológico ótimo. Atividade motora é um suporte para a aprendizagem, pois as interações entre funções motoras e funções mentais favorecem o acesso à abstração. As dificuldades de aprendizagem (DA) apresentam-se como desafio porque dizem respeito a alunos com bom desempenho cognitivo e baixo desempenho escola. A dificuldade de aprendizagem motora é um dos problemas de aprendizagem apresentados por crianças, ou seja, A psicomotricidade fornece bases motoras, cognitivas, afetivas e emocionais que podem facilitar as aprendizagens acadêmicas
1.1. Objectivos 
1.1.1. Objectivo geral 
· Conhecer a correlação existente entre DA em cálculo e psicomotricidade
1.1.2. Objectivos específicos
· Identificar as características de uma criança com D; 
· Indicar a relação existente entre as DA e a psiccomotoridade;
· Identificar as dificuldades de aprendizagem na área de matemática. 
1.2. Metodologia
Para a realização desse trabalho confrontou-se varias bibliografias que versam sobre o tema, ou seja, para a efetivação desse trabalho usou-se a técnica de pesquisa bibliográfica que consistiu na confrontação de diferentes bibliografias que versam sobre o tema. 
2. O Desempenho Psicomotor e as Dificuldades do Calculo
2.1. Caracterização de uma criança com Dificuldades de aprendizagem 
As crianças com dificuldades de aprendizagem podem manifestar uma combinação de habilidades e dificuldades que afectam o processo de aprendizagem. As dificuldades de aprendizagem podem surgir em áreas como: atenção voluntária e concentração; velocidade de processamento simultâneo e sequencial da informação visual, auditiva e táctilo-quinestésica; discriminação, análise e síntese perceptiva; memória a curto prazo; cognição; expressão verbal; e psicomotricidade (Fonseca, 2005).
Ainda na perspectiva de Fonseca (2005) sugere que as crianças com dificuldades de aprendizagem podem apresentar várias problemáticas: problemas psicomotores (apresentando um perfil psicomotor dispráxico, com movimentos exagerados, rígidos e descontrolados); problemas emocionais (sinais de instabilidade emocional e insegurança, fraca tolerância à frustração); problemas de atenção (dificuldade em focar e fixar a atenção e na selecção de estímulos, com alterações e flutuações na atenção selectiva e na sua duração e extensão); problemas cognitivos; problemas perceptivos (dificuldade em identificar, discriminar e interpretar os estímulos auditivos e visuais, o que interfere nas aprendizagens simbólicas); problemas de memória (problemas na memorização, conservação, consolidação, retenção, rechamada da informação anterior); problemas psicolinguísticos (problemas nos processos psicolinguísticos receptivos, integrativos e expressivos); problemas de comportamento. Seguidamente serão desenvolvidos alguns destes processos. 
Na sua prática, Araujo e Cuozzo (2003) identificaram algumas características comuns nas crianças com dificuldades de aprendizagem: alterações e dificuldades perceptivas; dificuldades na habilidade manual e alterações da escrita, com desajustes tónico-posturais na actividade gráfica; problemas na organização espácio-temporal; capacidade criativa limitada e dificuldade em expressar as suas ideias; problemas afectivos, como baixa tolerância à frustração, dificuldade em esperar pela vez, baixa auto-estima e dificuldades em controlar a agressividade. 
Assim, é possível identificar alguns indícios em crianças com dificuldades de aprendizagem, tais como: dificuldades na manipulação de tesouras e lápis, distracção e hiperactividade, impulsividade, problemas de coordenação, baixam tolerância à frustração, dificuldades na resolução de problemas e em desenvolver raciocínios, falta de competências de organização, dificuldade numa ou mais áreas académicas, baixa auto-estima, desmoralização, défices nas aptidões sociais, dificuldade em iniciar e terminar tarefas e um desempenho irregular, défices na memória auditiva e visual sequencial, dificuldades na coordenação visuomotora (APA, 1996; Nielsen, 1999).
2.1. Dificuldades de Aprendizagem e Motricidade 
Durante o processo de aprendizagem, o desenvolvimento motor da criança se revela muito importante, pois praticamente para todas as tarefas realizadas em sala é solicitado o uso da coordenação motora
Segundo Oliveira (2009) existe uma percentagem significativa de crianças que têm encontrado dificuldades em acompanhar o desempenho acadêmico, tudo indica que os problemas de aprendizagem são multideterminados, isto é, são devidos a uma associação de causas: problemas emocionais, problemas psicomotores, falta de estimulação adequada nos pré-requisitos necessários à alfabetização, bem como fatores interescolares (inadequação de currículos, sistemas de avaliação, relacionamento professor aluno e métodos de ensino).
 O desenvolvimento motor segundo Gallahue e Ozmun (2005) refere-se a mudança progressiva na capacidade motora de um indivíduo, desencadeada pela interação desse indivíduo com seu ambiente e com a tarefa em que esteja engajado.
 No que se refere à relação das dificuldades na aprendizagem com o desenvolvimento motor, Rosa Neto et al. (2004), afirma que a atividade motora é de suma importância para o desenvolvimento global da criança.). os componentes da aprendizagem motora exercem influência significativa na aquisição das habilidades de aprendizagem cognitiva particularmente da noção de corpo, tempo e espaço principalmente nos anos que antecedem a idade escolar. Deste modo Fonseca (2012) apresenta que a criança com dificuldade de movimentos apresenta, com frequência, problemas na aprendizagem, nesse caso, as relações entre a motricidade e a organização psicológica não se verificam harmoniosa e sistematicamente, consubstanciando o papel da motricidade na preparação do terreno às funções do pensamento e da cognitividade
O desenvolvimento motor possibilita atividades necessárias para o agir e este estando comprometido gera dificuldades no aprendizado. 
2.2. Desempenho matemático e cognição do número 
Os estudos da Psicologia Cognitiva e Neurociência afirmam que o ser humano nasce dotado de uma Matemática inata e simples. Nesta perspectiva, a denominada Cognição Numérica é influenciada por fatores biológicos, cognitivos, educacionais e culturais, composto de um sistema primário, o Senso Numérico, e sistemas secundários, como o Processamento Numérico, subdividido em Compreensão Numérica (entendimento dos símbolos numéricos) e Produção Numérica (leitura, escrita e contagem de números) e o Cálculo (operações matemáticas). (MOLINA et al., 2015).
A aprendizagem de conceitos e o desenvolvimento de habilidades matemáticas é um processo bastante complexo e envolve diversos fatores, das quais pode-se destacar os factores cognitivos (WEISS, 2012).
 Os fatores cognitivos envolvem o processamento e armazenamento das informações numéricas que necessitam do recrutamento de funções cognitivas, como: a memória, a atenção e as funções executivas. A aprendizagem de forma geral e a aprendizagem da Matemática, em específico, está relacionada ao armazenamento de informações na memória; e esse armazenamento depende de diversos fatores, um importante é a prática (BADDELEY, 2011).
Assim, para a construção sólida dos conhecimentos matemáticos, é necessário um bom funcionamento dessas funções, sendo que prejuízos, mesmo queleves, podem acarretar dificuldades diversas na área da Matemática. 
O desenvolvimento da Cognição Numérica ocorre paulatinamente ao desenvolvimento cognitivo e acadêmico. Assim, o ensino da Matemática deve acontecer de forma progressiva, considerando aspectos do Senso Numérico, Compreensão Numérica, Produção Numérica e o Cálculo, além de vincular as práticas de ensino às situações do cotidiano, as vivências dos alunos, apresentando os conteúdos de diferentes formas, para que a aprendizagem se torne mais prazerosa e significativa.
2.3. Dificuldades de Aprendizagem de Matemática 
Segundo o DSM-IV, a perturbação da aprendizagem da aritmética é uma capacidade de cálculo abaixo do que seria esperado para a idade cronológica, a capacidade intelectual e o nível de escolaridade, interferindo nas atividades cotidianas que pressupõem competências aritméticas (APA, 1995).
Conforme a APA (1995), na perturbação do cálculo pode haver comprometimentos de diversas competências ligadas ao cálculo, nomeadamente: linguísticas - como a compreensão de termos aritméticos, operações e conceitos e a decodificação de problemas escritos em símbolos aritméticos; perceptuais - como o reconhecimento ou a leitura de símbolos numéricos ou sinais aritméticos e a associação de objetos em grupos; de atenção - como a cópia correta de números, a recordação de passos operacionais; e aritméticas - como as sequências de passos de aritmética (algoritmos) e a contagem de objetos. Portanto, as DA em matemática podem reduzir a capacidade de a criança resolver problemas e definir estratégias, comprometendo o desenvolvimento do seu raciocínio.
As DA em matemática podem surgir associadas a um ou mais domínios da matemática, segundo Cruz (2003), podendo implicar combinações de dificuldades no domínio dos fatos básicos dos números; no domínio da linguagem matemática; na realização de operações ou cálculos; na representação ou recordação de fatos aritméticos; na memorização e sequencialização; no processamento visual ou no processamento da linguagem. As dificuldades também se caracterizam pela elevada frequência de erros processuais e pela ansiedade tipicamente exacerbada na realização da tarefa. 
Ainda segundo Cruz (2003), para realizar as operações matemáticas, a criança deve ser capaz de analisar e verbalizar uma série de fatos que decorrem no tempo e no espaço para somente depois poder traduzi-los em símbolos, ou seja, na realização de operações, sendo então necessário que ela também compreenda a sua função simbólica, tenha percepção do tempo, orientação espacial e consciência de reversibilidade destas (Cruz, 2003)
Na perspectiva de Sanchez (2004) dificuldades de aprendizagem de Matemática podem se manifestar nos seguintes aspectos:
· Dificuldades em relação ao desenvolvimento cognitivo e à construção da experiência matemática; do tipo da conquista de noções básicas e princípios numéricos, da conquista da numeração, quanto à prática das operações básicas, quanto à mecânica ou quanto à compreensão do significado das operações. Dificuldades na resolução de problemas, o que implica a compreensão do problema, compreensão e habilidade para analisar o problema e raciocinar matematicamente.
· Dificuldades relativas à própria complexidade da matemática, como seu alto nível de abstração e generalização, a complexidade dos conceitos e algoritmos. A hierarquização dos conceitos matemáticos, o que implica ir assentando todos os passos antes de continuar, o que nem sempre é possível para muitos alunos; 
· Podem ocorrer dificuldades mais intrínsecas, como bases neurológicas, alteradas. Atrasos cognitivos generalizados ou específicos. Problemas lingüísticos que se manifestam na matemática; dificuldades atencionais e motivacionais; dificuldades na memória, etc.
De acordo com Johnson e Myklebust (2006), a dificuldade de aprendizagem de matemática pode ter várias causas, como desordens e fracassos em aritmética. Existem alguns distúrbios que poderiam interferir nesta aprendizagem. Sendo eles:
· Distúrbios da memória auditiva: O aluno não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados oralmente, sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para resolver os problemas matemáticos. Problemas de reorganização auditiva, o aluno reconhece o número quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar do número com rapidez.
· Distúrbios de leitura: Os dislexos e pessoas com distúrbios de leitura apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer cálculos quando o problema é lido em voz alta. É bom lembrar que os dislexos podem ser excelentes matemáticos, tendo habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor o cálculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na interpretação.
· Distúrbios de percepção visual: O aluno pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em realizar cálculos. Distúrbios de escrita: Aluno com disgrafia tem dificuldade de escrever letras e números (p. 15).
Juntando os problemas e os distúrbios pode-se dizer que as DA em matemática resumem se em discalculia e acalculia. 
2.3.1. Discalculia 
A discalculia é uma dificuldade de aprendizagem apresentada na disciplina de matemática, na qual se caracteriza pela dificuldade de fazer operações matematicamente. Segundo BARBOSA (2008, p. 132), a palavra discalculia apresenta duas raízes gregas: “dis” que significa dificuldade e “calculia”, que se relaciona à arte de contar.
O portador de discalculia apresenta um baixo nível de desempenho nas tarefas de matemática que envolve competências aritméticas. Em geral, essa dificuldade é descoberta na escola, ao desenvolver atividades como estruturação de textos escritos, gráficos, compreensão de tabelas, interpretação de soluções problemas, entre outros.
Para Johnson e Myklebust (2006), o aluno com discalculia é incapaz de visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior, observar quantidades, fazendo comparações entre maior ou menor massa, sequenciar e classificar números, compreender os sinais das operações básicas, montar operações, entender os princípios de medida, lembrar as sequências dos passos para realizar as operações matemáticas, estabelecer correspondências ou contar através dos cardinais e ordinais
O portador de discalculia comete erros diversos na solução de problemas verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na compreensão dos números. Kocs (apud Garcia,1998) classificou a discalculia em seis subtipos, podendo ocorrer combinações diferentes entre eles e com outros transtornos. As classificações são: discalculia verbal, practognóstica, léxica, gráfica, ideognóstica e operacional. Uma breve descrição de cada uma destas discalculias será apresentada a seguir
a) Discalculia verbal: dificuldades em nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações;
b) Discalculia practognóstica: dificuldades para enumerar, comparar, manipular objetos reais;
· Discalculia léxica: dificuldades na leitura de símbolos matemáticos;
· Discalculia gráfica: dificuldades na escrita de símbolos matemáticos;
· Discalculia ideognóstica: dificuldades em fazer operações mentais e compreender os conceitos matemáticos;
· Discalculia operacional: dificuldades na execução de operações e cálculos numérico. 
Alunos com discalculia revelam um ritmo de trabalho muito lento usando, muitas vezes, os dedos para contar. São ansiosas, desmotivadas e têm receio de fracassar, consequência do menosprezo ou repressão por parte dos colegas de turma, professores e pais. 
Uma criança discalcúlica apresenta dificuldades a vários níveis. Na compreensão e memorização de conceitos matemáticos, regras e/ou fórmulas; na sequenciação de números (antecessor e sucessor) ou em dizer qual de dois é o maior.
Importa ressaltar que a discalculia é uma dificuldade que às vezes encontra-se junto com outros tipos de dificuldadecomo a Disgrafia, Dislexia e Transtorno de Déficit de Hiperatividade e Atenção
2.3.2. Acalculia 
A acalculia, segundo Johnson e Myklebust (2006), refere-se a: um transtorno em relação ao aprendizado em matemática gerado a partir do momento em que o indivíduo sofre lesão cerebral, como um acidente vascular cerebral ou um traumatismo crânio-encefálico e perde as habilidades matemáticas já adquiridas. A perda ocorre em níveis variados para a realização de cálculos matemáticos (p. 8).
É caracterizada por déficit com as operações numéricas e pode ser diferenciada de duas formas: a acalculia primária ou anaritmetia; a acalculia secundária, em que se diferenciam dois tipos: a acalculia afásica, que apresenta agrafia para os números; a acalculia secundária, com alterações viso-espaciais 
Conclusão 
Findo o trabalho pode-se concluir que o desempenho escolar pode estar associado à psicomotricidade, principalmente na aprendizagem da leitura e da escrita. Para escrever, a criança necessita de um desenvolvimento neuropsicomotor que envolve, desde a independência de ombros, braços e dedos, até uma integridade das funções psicológicas; para conseguir fixar a atenção deve ter domínio do próprio corpo. Desta forma, um desenvolvimento psicomotor harmonioso pode estar associado a menores chances de complicações em tarefas escolares.
As dificuldades de aprendizagem são uma preocupação constante para professores, equipe gestora e toda a comunidade escolar e muitos questionamentos são elencados sobre como lidar com cada dificuldade apresentada pelos alunos em sala de aula. Observa-se que uma das grandes dificuldades de aprendizagem dos alunos apresenta-se na disciplina da matemática, na qual, essa área de aprendizagem para muitos é considerada como um tormento e pode contribuir para o fracasso escolar.
Dentre as dificuldades de matemática existentes, destaca-se a discalculia, uma dificuldade que impede a criança de compreender as relações de quantidade, ordem tamanho, distância, espaço e não consegue compreender as quatro operações. O portador de discalculia apresenta um baixo nível de desempenho nas tarefas de matemática que envolve competências aritméticas. Em geral, essa dificuldade é descoberta na escola, ao desenvolver atividades como estruturação de textos escritos, gráficos, compreensão de tabelas, interpretação de soluções problemas, entre outros.
Bibliografia 
APA. (1996). DSM-IV - Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais. Lisboa: Climepsi Editores. (4ª Edição). 
Araujo, R. & Cuozzo, M. (2003). Taller de Psicomotricidad en niños com dificultades de aprendizaje. In Revista Iberoamericana de Psicomotricidad y Técnicas Corporales. Nº 9. Feverero 2003
BADDELEY, A. Memória. Trad. Cornélia Stolting. Porto Alegre: Artmed, 2011.WEISS, M. L. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: Lamparina, 2012.
CRUZ, Vitor. Dificuldades na aprendizagem da matemática. Revista de Educação Especial e Reabilitação, Cruz Quebrada, Portugal, v.10, n. 2, p. 57-65, 2003
FONSECA, V. Manual de observação Psicomotora: Significação Psiconeurológica dos fatores Psicomotores. Rio de Janeiro: Walk editora, , 2012.
Fonseca, V. (1984). Uma Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. Lisboa. Editorial Notícias
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte Editora, 2005.
GARCIA, Jesus Nicassio. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998
JOHNSON E MYKLEBUST. : Discalculia. 2006
MOLINA, J. et al. Cognição numérica de crianças pré-escolares brasileiras Bauru, v.23, n.1, 2015.
OLIVEIRA, G.C. Psicomotricidade: Educação e Reeducação em um enfoque psicopedagógico. Petrólis: Editora Vozes, 2009.
PÉREZ-RAMOS, A.M.Q. Subsídios das Políticas Públicas como garantia do direito de Brincar. O Brinquedista: Informativo da Associação Brasileira de Brinquedotecas. São Paulo: n.43, p.4, 2007.
SANCHEZ, Jesús Nicasio Garcia. Dificuldades de Aprendizagem e Intervenção Psicopedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2004

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