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Ciências Contábeis 4ºGraduação a Distância SEMESTRE CONTABILIDADE SOCIETÁRIA II UNIGRAN - Centro Universitário da Grande Dourados Rua Balbina de Matos, 2121 - CEP 79.824 - 9000 Jardim Universitário Dourados - MS Fone: (67) 3411-4141 / Fax: (67) 3411-4167 Os direitos de publicação desta obra são reservados ao Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), sendo proibida a reprodução total ou parcial de acordo com a Lei 9.160/98. Os artigos de sites e revistas indicados para a leitura foram registrados como nos originais. Contabilidade Societária II Apresentação do Docente WACHTER, Sérgio Almir. Contabilidade Societária II. Dourados: UNIGRAN, 2019. 52 p.: 23 cm. 1. Créditos. 2. Investimentos. 3. Ativos. Sérgio Almir Wachter - é proprietário de um escritório contábil e sócio de uma empresa de consultoria na cidade de Dourados (UNIGRAN). Em 1997, concluiu a Especialização em Contabilidade Gerencial, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). É Bacharel em Direito, graduando-se em 1992, pela UNIGRAN. A partir de março de 2012, é mestrando em Produção e Gestão Agroindustrial, pela UNIDERP de Campo Grande-MS. Leciona na UNIGRAN, desde 1998, as disciplinas de Contabilidade III, Contabilidade IV, Contabilidade Rural, Contabilidade Tributária e Contabilidade Gerencial. Foi contador de empresas do ramo de combustíveis e, atualmente, é proprietário do Escritório Contábil Contagro e sócio da empresa G10 Consultoria e Treinamento Corporativo Ltda. Sumário Conversa inicial ........................................................................ 4 Aula 01 Créditos: tributos a compensar e recuperar .................................. 5 Aula 02 Créditos: provisões e ajustes ............................................................. 9 Aula 03 Investimentos: método de custo ...................................................... 15 Aula 04 Investimentos: método da equivalência patrimonial ................. 21 Aula 05 Ativo imobilizado I .............................................................................. 27 Aula 06 Ativo imobilizado II ............................................................................. 33 Aula 07 Ativos intangíveis ................................................................................ 39 Aula 08 Princípios contábeis ............................................................................ 47 Referências ........................................................................................50 Contabilidade Societária II Estimados Alunos! Bem vindos a disciplina de Contabilidade Societária II. Estamos avançando nos conhecimentos das contas de Ativo e Passivo. Neste módulo iremos ver com mais profundidade aspectos do Ativo Não Circulante e do Passivo Circulante. Para que o estudo seja proveitoso, dividimos o conteúdo em 8 aulas, tendo cada aula seu conteúdo específico. Da mesma forma, temos os vídeos explicativos de cada uma das aulas. Há também material de apoio no Material de Aula – Arquivo, disponível par leitura complementar. Desejo bom estudo a todos! Conversa Inicial 1ºAula Créditos: tributos a compensar e recuperar Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • identificar os tributos a recuperar, compensar e restituir; • reconhecer os depósitos restituíveis e valores vinculados. Prontos(as) para nossa nona aula?! Agora estudaremos sobre tributos a compensar/restituir e a recuperar, por diversas operações que podem gerar valores de ICMS, IPI, PIS, COFINS, IRRF e outros. Para melhoria e facilidade de controle, devido à natureza variada dessas operações, as mesmas devem ser segregadas em subcontas. Convido vocês a participarem desta aula, realizando uma boa leitura do material impresso, procurando resolver os exercícios propostos e interagindo mutuamente. Sempre que surgir dificuldades ou queiram dar alguma contribuição para enriquecer o nosso conteúdo, utilizem as ferramentas da plataforma. Bons estudos! Bons estudos! Contabilidade Societária II 6 1 - Compensar e recuperar: tributos 2 - Depósitos restituíveis e valores vinculados 1 - Compensar e recuperar: tributos A partir do critério do conteúdo e natureza dos critérios contábeis relacionados ao crédito, verificamos que há diversas operações que podem gerar valores a recuperar de impostos, tais como saldos devedores (credores, na linguagem fiscal) de ICMS, IPI, PIS, COFINS, IRRF, entre outros. Disponível em: http://www.sicoobsc.com.br/crediserra/blog/noticias/brasileiros- com-nome-em-cadastro-de-devedores-chegam-405-da-populacao/. Acesso em: 27 ago. 2019. Tais impostos devem ser registrados numa conta que, em face da natureza variada dessas operações, deve ter segregação em subcontas, inclusive para melhoria e facilidade de controle. 1.1 - Tributos a compensar e recuperar Assim, dentre os tributos a compensar e a recuperar teremos: a) IPI a recuperar; b) ICMS a recuperar; c) IRRF a compensar; d) IR E CS a restituir/ compensar; e) PIS a recuperar; f) COFINS a recuperar; g) Outros tributos a recuperar. Pensem nisso!! É importante observar que tributo a compensar/restituir é o crédito que constitui moeda de pagamentos de tributos da mesma espécie ou não e que, se não houver débito com o qual compensar, pode gerar solicitação de sua restituição em dinheiro, como é o caso, por exemplo, do saldo credor do IRPJ e da CSLL, apurados no ajuste atual pelas pessoas jurídicas optantes pela apuração anual. Seções de estudo Já tributo a recuperar identifica o tributo pago na aquisição de bens, embutido no preço, que poderá ser deduzido do tributo devido sobre vendas ou prestação de serviços, sendo essa normalmente a única forma possível de sua recuperação (exemplo: ICMS, PIS E COFINS não cumulativos pagos na compra de bens para revenda, de insumos da produção ou de bens destinados ao ativo imobilizado). Atenção! Cabe ressaltar que é legalmente assegurada a possibilidade de utilização dos créditos do PIS e da COFINS para compensar débitos relativos a outros tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal ou o ressarcimento em dinheiro dos créditos não compensados dentro de cada trimestre. Nos casos excepcionais de empresas exportadoras de mercadorias ou serviços para o exterior ou que realizem vendas de bens para empresas comerciais exportadoras com o fim específico de exportação, sendo essas formas excepcionais de utilização estendidas aos créditos, não recuperados em cada trimestre, nas empresas que realizam vendas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-incidência das contribuições. Agora vamos verificar as particularidades de cada um dos tributos a recuperar e a compensar. Vamos lá?! 1.1.1 - IPI, ICMS, PIS e COFINS a recuperar As contas IPI, ICMS, PIS e COFINS a recuperar, destinam-se a abrigar, respectivamente, o saldo devedor do ICMS (Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação), do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados, do PIS (Programa de Integração Social) e da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Pela própria sistemática fiscal desses impostos, mensalmente os débitos fiscais pelas vendas são compensados pelos créditos fiscais das compras, remanescendo um saldo a recolher ou a recuperar, dependendo do volume de tais compras e vendas. O normal é de que tais saldos sejam a recolher, quando figuram no Passivo Circulante, mas às vezes ocorrem saldos a recuperar, quando então deverão figurar nessa conta do Ativo Circulante. Observe que seus saldos devem ser periodicamente conciliados com os dos livros fiscais respectivos e feitos de ajustes contábeis aplicáveis. 1.1.2 - IRRF a Compensar A conta I.R.R.F. a compensar, destina-se a registrar o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) nas operações previstas na legislação em que será recuperado mediantecompensação com imposto de renda quando da apresentação da Declaração de rendimentos ou de outra forma. Disponível em: http://ivomarbarbosa. com.br/impostos-das-empresas/. Acesso em: 27 ago. 2019. 7 Disponível em: https://www.contabeis.com.br/noticias/39298/imposto-de-renda- tudo-o-que-nao-pode-faltar-na-sua-declaracao-de-2019/. Acesso em: 27 ago. 2019. Aqui a conta é debitada pela retenção quando do registro da operação que a originou e creditada quando o valor do imposto retido for compensado mediante sua inclusão na declaração de rendimentos e utilização na guia de recolhimento, conforme a sistemática fiscal determinar. 1.1.3 - IRPJ e CSLL a restituir ou a compensar A conta IRPJ e CSLL a restituir ou a compensar, destina-se a registrar o Imposto de Renda e a Contribuição Social a restituir/compensar apurados no encerramento do período fiscal, decorrente de retenções na fonte e/ou antecipações superiores ao valor devido no exercício. Note que a conta é debitada quando da apuração do valor, bem como pelo valor do acréscimo de juros (SELIC) definido pelo governo para essas restituições. O crédito será feito quando do efetivo recebimento de parcelas ou do valor total, ou da compensação do imposto. 1.1.4 - Outros tributos a recuperar Na conta, outros tributos a recuperar, são registrados outros casos de impostos a recuperar pela empresa. Exemplificando temos: • Impostos (ICMS e IPI) são destacados na saída de bens (mercadorias) em demonstração, consignação etc., que deverão retornar ao estabelecimento; • Impostos a recuperar por pagamentos efetuados indevidamente e maior etc. 2 - Depósitos restituíveis e valores vinculados Na conta, depósitos restituíveis e valores vinculados, devem ser registrados os depósitos e cauções efetuadas pela empresa para garantia de contratos, como os de aluguel, bem como para direito de uso ou exploração temporária de bens, ou, ainda, os de natureza judicial. Disponível em: http://www. contabilidadenatv.com.br/2016/08/irpj- e-csll-base-de-calculo-do-lucro-2/. Acesso em: 27 ago. 2019. Para qualquer dessas operações, a classificação nessa conta deve abranger somente os valores a serem recuperados a curto prazo, pois os de realização superior a um ano da data do balanço devem figurar em conta similar do Realizável a Longo Prazo. Importante Serão ainda registrados nessa conta eventuais depósitos compulsórios que a empresa tenha que efetuar por força de legislação para certas operações, como ocorreu nos casos de depósitos compulsórios sobre importação, sobre combustíveis, ou sobre compra de veículos, etc. Quando houver saldos em operações de naturezas diversas, poderão ser criadas subcontas para seu controle e, na hipótese de algumas dessas contas assumir valor elevado, deve ser apresentada destacadamente no Balanço. E então, tudo tranquilo até aqui?! Espero que seus estudos referentes a essa aula tenham sido proveitosos. Até a próxima aula, quando veremos outros elementos dos créditos, como provisões e ajustes. Retomando a aula Agora, para consolidar os conhecimentos adquiridos, vamos relembrar os principais pontos estudados na Aula 01: 1 - Compensar e recuperar: tributos Nesta seção vimos sobre os tributos a compensar e a recuperar, entre os quais: • IPI, ICMS, PIS E COFINS a Recuperar; • IRRF a Compensar; • IRPJ E CSLL a Restituir ou a Compensar; e • Outros Tributos a Recuperar. Vimos que o tributo a compensar/restituir é o crédito que constitui moeda de pagamentos de tributos da mesma espécie ou não. Já tributo a recuperar identifica o tributo pago na aquisição de bens, embutido no preço, que poderá ser deduzido do tributo devido sobre vendas ou prestação de serviços. 2 - Depósitos restituíveis e valores vinculados Na conta de depósitos restituíveis e valores vinculados são registrados os depósitos e cauções efetuadas pela empresa para garantia de contratos, eventuais depósitos compulsórios que a empresa tenha que efetuar por força de legislação para certas operações, bem como saldos em operações de naturezas diversas, para os quais é preciso criar subcontas. Contabilidade Societária II 8 BARRETO, Aires Fernandino. Direito Tributário Contemporâneo - Estudos em Homenagem a Geraldo Ataliba. São Paulo: Malheiros, 2011. BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento Tributário – IPI, ICMS, ISS, IR. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2012. HARADA, Kiyoshi; HARADA, Kyioshi Marcelo. Código Tributário Nacional Comentado. São Paulo: RIDEEL, 2012. MORETI, Elizabeth Nazar Carrazza Daniel. Imunidades Tributárias. São Paulo: Campus, 2012. Vale a pena ler Disponível em: <https://www.3dm.com.br/ produtos/APOSTILA_VRAY_3DM.pdf>. Disponível em: <https://www.aarquiteta.com.br/>. <blog/maquete-eletronica-arquitetura/vray-ou- lumion/>. Vale a pena acessar Vale a pena Minhas anotações 2ºAula Créditos: provisões e ajustes Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • reconhecer as contas credoras das provisões e ajustes a valor presente.; • utilizar o Plano de Contas para a correta contabilização dos fatos e a classificação das contas patrimoniais e de resultado; • contabilizar fatos contábeis e extrair demonstrativos contábeis. Olá pessoal! Estamos de volta para mais uma aula. Na aula anterior nós já falamos sobre questões relativas aos créditos quanto aos tributos a compensar e a recuperar, e agora vamos conhecer outras contas credoras como as provisões e ajustes a valor presente, pelas empresas. Vamos à aula?! Bons estudos! Contabilidade Societária II 10 1 - Provisões e valor presente 2 - Contabilizações 3 - DRE – Demonstração do resultado do exercício 1 - Provisões e valor presente No grupo de Outros Créditos podemos ter inúmeras outras contas, mas nesta aula vamos nos ater às seguintes contas credoras: provisões e ajuste a valor presente. 1.1 - Provisões Podemos ter no grupo de Outros Créditos as seguintes contas credoras: • Provisão para créditos de liquidação duvidosa. • Provisão para perdas. Estas provisões devem ser constituídas por valores que cubram a expectativa de perdas nas diversas contas desse subgrupo. Os critérios de sua constituição e contabilização são similares aos da mesma provisão do subgrupo Clientes. Devemos, na data do Balanço, efetuar uma análise da composição de cada uma das contas, verifi cando-se as prováveis perdas na cobrança das mesmas para, pela estimativa dessas perdas, constituir-se-á a provisão. Notem que as contas mais suscetíveis de perdas por crédito de liquidação duvidosa são as de título a receber, cheques em cobrança, adiantamentos a terceiros e a funcionários. Lembrem-se sempre que a segregação da provisão em duas contas destina-se a separar as perdas conforme sua origem, ou seja, as perdas com o não-recebimento dos valores a receber por inadimplência de terceiros e as perdas por outras razões (como no caso de perda do direito de recuperar imposto por falta ou extravio de documentação hábil etc.). 1.2 - Ajuste a valor presente Continuando nosso raciocínio, agora vamos verifi car como se dá a conta ajuste a valor presente. Logicamente, inúmeras outras contas da natureza de outros créditos poderão surgir. Todavia, o tratamento contábil de tais contas em termos de avaliação e classifi cação, é semelhante ao já exposto. Podemos elencar entre elas a: • redução a valor presente das contas a receber. • infl ação e juros embutidos nos preços de venda a prazo. Um dos problemas de mais difícil solução pela Contabilidade, Seções de estudo Disponível em: https://pixabay. com/pt/photos/calculadora- c%C3%A1lculo-seguro- fi nan%C3%A7as-385506/. Acesso em: 27 ago. 2019 na apuração dos resultados das empresas, tem sido o dos juros embutidos nos preços das transações a prazo, em relação aos correspondentes preços a vista. A Contabilidade Tradicional baseia-se nos documentos que suportam essas transações, registrando-se pelos valores constantes dessas notas fi scaise faturas. Esse problema, na verdade, existe na maioria dos países, mas, nos de moeda forte, os valores são substancialmente menores. Nas transações comerciais de curto prazo (30 a 90 dias de prazo de vencimento), os juros embutidos tendem a não ser relevantes e, dessa forma, é aceita a prática dos registro das vendas e contas a receber a prazo, como se fossem a vista, além do exercício da simplifi cação burocrática. Essa aceitação é por sua não relevância relativa e não porque seja uma prática contábil sadia e aceitável. Tanto que, nas transações de longo prazo com juros embutidos, a prática normal é de proceder na contabilidade a uma relação desses ativos a seu valor atual ou presente, mediante a técnica do desconto, com base nas taxas de juros normais praticadas no mercado. A técnica de redução a valor presente de contas a receber no futuro, para fi ns contábeis, não é nova. Decorre dos conceitos de avaliação de ativos a valores de saída. 2 - Contabilizações Nesta seção, exemplifi caremos as contabilizações das contas credoras estudadas na Seção 1. Veremos agora alguns casos práticos de contabilização. Dados da Empresa Modelo em 31/01/x1: Caixa R$ 10.000,00 Estoque Inicial R$ 30.000,00 Adto Viagem R$ 1.000,00 ICMS a recuperar R$ 9.000,00 Capital Social R$ 50.000,00 Fatos contábeis ocorridos em 02/X1: 1. Compra a prazo de mercadorias para revenda, R$ 20.000 com ICMS incluso 17%; 2. Venda a prazo de mercadorias R$ 50.000,00; 3. Acerto da viagem do funcionário cuja despesa foi de R$ 800,00; 4. A empresa Modelo efetuou prestação de serviços à vista a um cliente no valor de R$ 10.000,00. A empresa tomadora efetuou retenções de IRPJ 1,50% e ISS 5%. 5. Valor do estoque fi nal R$ 5.000,00; 6. ICMS sobre as Vendas 17%; 7. PIS 0,65%; COFINS 3,0% e ISS 5%. Iremos proceder à contabilização dos fatos, apuração dos impostos e escrituração no razão. Lançamentos no Diário: 1 - D – Compras.........................R$ 16.600,00 D – ICMS a recuperar..............R$ 3.400,00 C – Dpl. a Pagar............................R$ 20.000,00 11 2 - D – Dpl. a Receber C – Receita de Vendas Vendas a prazo.........................R$ 50.000,00 3 - D – Despesa de Viagem.........R$ 800,00 D – Caixa........................................R$ 200,00 C – Adiantamento de Viagem....R$ 1.000,00 Acerto Viagem 4 - C – Receita de Serviços...........R$ 10.000,00 D – Caixa........................................R$ 9.400,00 D – IRPJ a compensar.................R$ 100,00 D – ISS a Compensar...................R$ 500,00 5 - D – C M V C – Estoque Inicial Apuração do C M V...............R$ 20.000,00 D – C M V C – Compras Apuração do CMV..................R$ 16.600,00 D – Estoque final C – C M V Valor do Estoque final...........R$ 5.000,00 6 - D – ICMS sobre Vendas C – ICMS a recolher ICMS s/ vendas.......................R$ 8.500,00 D – ICMS a Recolher C – ICMS a Recuperar Apuração do ICMS.................R$ 8.500,00 7 - D – PIS sobre Faturamento C – PIS a recolher Valor do PIS.............................R$ 390,00 D – COFINS Sobre Faturamento C – COFINS a recolher Valor da COFINS...................R$ 1.800,00 D – ISS sobre Serviços C – ISS a Recolher Valor do ISS.............................R$ 500,00 D – ISS a Recolher C – ISS a compensar ISS compensado......................R$ 500,00 Vamos ver a seguir estes lançamentos nos razonetes, para facilitar o entendimento. Caixa 20.000 200 9.350 29.550 ICMS a recuperar 9.000 8.500 3.400 3.900 Dpl. a pagar 20.000 Receita de serviços 10.000 Estoque inicial 20.000 30.000 Capital social 50.000 Receita de vendas 50.000 IRPJ a compensar 150 Adto viagem 1.000 1.000 Compras 16.600 16.600 Despesa de viagem 800 ISS a compensar 500 500 5 1 2 3 4 14 4 1 3 3 3 4 1 Contabilidade Societária II 12 CMV 20.000 10.000 16.600 31.600 ICMS a recolher 8.500 8.500 Dpl. a receber 50.000 Estoque fi nal 5.000 PIS s/ faturamento 390 CONFINS s/ fatur. 1.800 ICMS s/ vendas 8.500 PIS a recolher 390 CONFINS a recolher 1.800 6 7 7 5 5 6 7 7 6 2 ISS s/ serviços 500 ISS a recolher 500 500 7 77 3 - DRE – Demonstração do resultado do exercício Agora iremos proceder à contabilização dos fatos elencados na seção anterior, na DRE e, em seguida, no Balanço Patrimonial. Vejamos: Demonstração do resultado do exercício Receita Bruta de Vendas R$ 50.000,00 Receita de Serviços R$ 10.000,00 (-) Deduções de Vendas ICMS s/ Vendas R$ (8.500,00) ISS s/ Serviços R$ (500,00) PIS s/ Faturam. R$ (390,00) COFINS s/ Faturam. R$ (1.800,00) Receita Líquida de Vendas R$ 48.810,00 ( - ) C M V Custo da Merc. Vendida R$ (31.600,00) Lucro Bruto R$ 17.210,00 ( - ) Despesas adm. e operacionais Despesas de Viagem R$ (800,00) Lucro Líquido do Exercício R$ 16.410,00 Está claro até aqui? Então, vamos adiante verifi carmos como fi ca o Balanço Patrimonial? BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Ativo circulante Disponível Caixa R$ 29.500,00 Clientes Dpl. a receber R$ 50.000,00 Outros créditos ICMS a recuperar R$ 3.900,00 IRPJ a compensar R$ 150,00 Estoques Estoque R$ 5.000,00 Total do ativo R$ 88.600,00 Passivo circulante Fornecedores Dpl. a pagar R$ 20.000,00 Obr. fi scais PIS a recolher R$ 390,00 COFINS a recolher R$ 1.800,00 Patrimônio Líquido Capital social R$ 50.000,00 Lucro líquido R$ 16.410,00 Total do passivo R$ 88.600,00 Assim, encerramos os estudos sobre as contas credoras: provisões e ajuste a valor presente. Como estamos indo? Tudo tranquilo até aqui?! Agora, vamos rever resumidamente o que estudamos em cada seção. Confi ra também as sugestões disponibilizadas, para aprofundar seus conhecimentos. 13 Retomando a aula Agora, para consolidar os conhecimentos adquiridos, vamos relembrar os principais pontos estudados na Aula 02: 1 - Provisões e valor presente Vimos que no grupo de Outros Créditos, encontramos as contas credoras de: Provisão para créditos de liquidação duvidosa e Provisão para perdas. As provisões constituem-se em valores estimados, levantados na data do Balanço, a partir análise da composição de cada conta, para cobrir prováveis perdas. A técnica de redução a valor presente de contas a receber no futuro, para fi ns contábeis, decorre de conceitos de avaliação de ativos a valores de saída. 2 - Contabilizações Nesta seção, foram vistos alguns casos práticos de contabilização, como lançamento em diário e razonetes. 3 - DRE – Demonstração do resultado do exercício Aqui pudemos realizar a contabilização dos fatos propostos na DRE e no Balanço Patrimonial. HIRASHIMA & ASSOCIADOS. Guia Para Pesquisas de Práticas Contábeis: Incluindo Aspectos Tributários Relevantes. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2006. SÁ, Antonio Lopes de. Plano de Contas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1998. SANTOS, Ariovaldo. Consolidação de Demonstrações Contábeis: Erro na contabilização quando existem Lucros Não-Realizados. Curitiba: Resumos dos Trabalhos do 28o Encontro da Anpad – ENANPAD, 2004. Vale a pena ler Ajuste do Valor Presente e o Fortalecimento da Teoria Contábil. Disponível em: <http://www.ebah.com. br/content/ABAAAAq0YAF/ajuste-valor-presente- fortalecimento-teoria-contabil> Classe Contábil. Disponível em: <www.classecontabil. Vale a pena acessar Vale a pena com.br> Revista Universo Contábil - Furb. Disponível em: <furb.br/universocontabil/> Minhas anotações Contabilidade Societária II Minhas anotações 3ºAula Investimentos: método de custo Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • distinguir os Investimentos das empresas na sua forma de avaliação; • distinguir osInvestimentos das empresas na sua forma de contabilização; • refletir como se dá o processo da provisão para perdas em relação à legislação fiscal. Bem-vindos(as) à nossa penúltima aula! Quanto já estudamos e quantos enfoques já foram vistos, não é mesmo?! Mas, ânimo, para chegarmos ao final de nossa disciplina, atingindo com sucesso os objetivos propostos. Nesta aula enfocaremos basicamente a respeito do método de custos, adotado para avaliação de investimentos menores. Os investimentos avaliados ao método de custo, são investimentos chamados “não-relevantes”! Vamos lá, então?! Excelente estudo! Bons estudos! Contabilidade Societária II 16 1 - Avaliação de investimentos pelo método do custo 2 - Investimentos avaliados pelo método de custo 3 - A provisão para perdas e a legislação fi scal 1 - Avaliação de investimentos pelo método do custo Como já dito introdutoriamente, os Investimentos avaliados ao método de custo, são investimentos chamados “não-relevantes”. Os investimentos DO ATIVO PERMANENTE (AP) podem ser avaliados pelo método do custo de aquisição, atendendo ao Princípio do Registro pelo Valor Original. Basicamente, passaram a existir dois métodos de avaliação de investimentos quais sejam: • Método de custo • Método da equivalência patrimonial Nesta aula investigaremos sobre o Método de Custo e na próxima aula trataremos a respeito do Método da Equivalência Patrimonial. O método de custo é adotado para os investimentos menores e o método da equivalência patrimonial para os mais signifi cativos, em termos do nível de participação acionária na investida e de sua relevância na investidora. A Lei nº 6.404/76, introduziu critérios contábeis de avaliação de investimentos mais adequados que os até então praticados (art. 183, III a VI e §§ 1 º a 3º). São, esses critérios, de relativa complexidade na aplicação prática. Os investimentos que não atinjam valores signifi cativos, quando a investidora não terá direito a voto na investida. Classifi cação no Balanço Investimentos de caráter permanente são classifi cados em título especial à parte no balanço patrimonial com a intitulação INVESTIMENTOS. Esse subgrupo de Investimentos faz parte do Grupo ATIVO PERMANENTE, que inclui também o ATIVO IMOBILIZADO e o ATIVO DIFERIDO. 1.1 - Natureza das contas O artigo 179 da Lei nº 6.404 estabelece como as contas serão classifi cadas, defi nindo no seu item III, o seguinte: Em Investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classifi cáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. Assim, podemos verifi car, por esse texto legal, que no subgrupo Investimentos deverão estar classifi cados dois tipos de ativos, ou seja, as Participações permanentes em outras sociedades e outros investimentos permanentes, ambos analisados a seguir: Seções de estudo Participações permanentes em outras sociedades Veja que essas participações são os tradicionais investimentos em outras empresas, na forma de ações ou de quotas. Devem ter a característica de permanente, ou seja, incluem-se aqui somente os investimentos em outras sociedades que tenham a característica de aplicação do capital, não de forma temporária ou especulativa, existindo efetiva intenção de usufruir dos rendimentos proporcionados por esses investimentos. Investimentos voluntários O normal é que tais aplicações de capital em outras sociedades sejam de natureza voluntária, representando uma espécie de extensão da atividade econômica da própria empresa, pela participação numa coligada ou controlada que, por exemplo, tenha por atividade a produção de matérias- primas, que são fornecidas à investidora, ou vice-versa. Outros exemplos que temos são as contas coligadas ou controladas de outra atividade econômica, formadas para diversifi cação da atividade do grupo. De qualquer forma, representam tais investimentos uma ampliação voluntária da atividade econômica, que é feita através da constituição ou aquisição de outra empresa, ao invés de se efetuar a ampliação na própria investidora. 2 - Investimentos avaliados pelo método de custo São avaliados pelo método de custo todos os investimentos na forma de ações ou quotas que não sejam em coligadas ou em controladas, ou mesmo os feitos em tais empresas, porém não signifi cativos, ou seja, não relevantes, individualmente ou em seu conjunto. Disponível em: https://chiptronic.com.br/blog/como-separar-as- fi nancas-pessoais-e-as-da-ofi cina. Acesso em: 27 ago. 2019. De forma resumida, podemos dizer que, com poucas exceções, se adota o método de custo quando a participação em outra sociedade for inferior a 20% das ações do capital daquela sociedade. Assim, os investimentos feitos com incentivos fi scais, bem como as participações em companhias telefônicas, e que sejam permanentes, são normalmente avaliados por este método de custo, a não ser nos casos de projetos próprios, enquadrados nas condições de investimentos relevantes em coligadas e controladas. 17 2.1 - O critério de avaliação e a forma de contabilização Pelo método do critério de avaliação e a forma de contabilização, os investimentos são registrados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas. Assim, temos o custo de aquisição e a provisão para perdas, conforme veremos a seguir: a) Custo de Aquisição Conceito O custo de aquisição é o valor efetivamente despendido na transação. • Pode ser por subscrição relativa a aumento de capital, caso em que é a quantidade de ações ou quotas ao seu preço de emissão, seja pelo valor nominal ou valor superior ao nominal (ágio). • Pode ser ainda pela compra de ações de terceiros, quando a base do Custo é o preço total pago. b) Provisão para perdas - Conceitos Segundo estipulação da Lei nº 6.404, deverá ser constituída uma provisão para cobrir as perdas prováveis na realização do valor do investimento, quando comprovadas como permanentes. Normalmente, para determinar se uma empresa investidora tem perdas com seus investimentos em outras sociedades, é necessário saber qual a situação dessas outras sociedades. A base normal, para tanto, é obter as demonstrações fi nanceiras dessas empresas e apurar o valor patrimonial das ações possuídas para comparar com o valor registrado na conta de investimentos da investidora. Atenção! A empresa onde foi feito o investimento está operando com prejuízos: o valor de seu patrimônio fi ca reduzido e a comparação acima indicará a necessidade da constituição de uma provisão, pois seria uma perda já comprovada como permanente. A não ser em casos de novos empreendimentos com prejuízos já esperados no início das atividades, porém, com sólidas perspectivas de recuperação através das próprias operações futuras. Um outro caso de perdas já comprovadas como permanentes é o dos investimentos em empresas falidas ou em má situação, ou em empresas cujos projetos não mais sejam viáveis, ou estejam abandonados. Nesses casos, normalmente não haverá recuperação do investimento feito, devendo ser constituída a provisão para perdas. Como podemos verifi car, o importante é conhecer a situação da empresa onde se efetuou o investimento, procurando-se obter o maior volume de informações possível o que, aliás, deveria ser uma prática normal, não somente para fi ns de contabilização, mas para proteção dos recursos aplicados. É preciso, ainda, considerar que: • Algumas informações de utilidade seria conhecer seus acionistas e dirigentes; se está em fase de implantação, saber se o processo caminha normalmente ou qual é o nível de difi culdade. • Para empresas em operação, informações úteis a essa fi nalidade poderiam ser: • demonstrações fi nanceiras periódicas; • situação patrimonial e fi nanceira; • evolução dos negócios e situação do mercado; • rentabilidade e política de dividendos; • grupo a que pertence e sua segurança. A obtenção dessesdados tem melhorado sensivelmente com a Lei nº 6.404 e regulamentações emitidas pela CVM, não só pela maior responsabilidade legal, mas também pelo aprimoramento qualitativo e pelo maior volume de informações e dados nas Demonstrações Financeiras. Não há dúvida de que a constituição de uma provisão para perdas em investimentos é, em muitos casos, subjetiva e até complexa, conforme as circunstâncias. A provisão, além disso, deve ser feita na proporção das perdas esperadas, ou seja, em certas circunstâncias será necessária uma provisão integral (100% do valor do investimento) e, em outros casos, deverá ser de 30%, 40%, 50%, ou outra porcentagem. Algumas empresas adotam a prática simplista de fazer provisões. Seus investimentos feitos com incentivos fi scais e outros, também provisionam 100% pelo fato de não terem informações das empresas. No entanto, lembrem-se que essas práticas não são adequadas, pois antes se deve verifi car a situação da empresa - como já exposto -, fazer o julgamento e, então, constituir a provisão. 3 - A provisão para perdas e a legislação fi scal Agora vamos examinar como se dá a provisão para perdas e a legislação fi scal. A legislação do imposto sobre a renda trata também dessa provisão, através do art. 374, do Regulamento do Imposto de Renda - RIR Decreto nº 1.041, de 10 janeiro de 1994, aceitando-a como dedutível se atendidos alguns quesitos, como segue: I. Constituída depois de 3 anos da aquisição do investimento. II. Comprovada como permanente, assim entendida a de impossível ou improvável recuperação. Determina também à empresa o ônus da prova da perda permanente que justifi que a constituição da provisão. Como se verifi ca, a legislação fi scal aceita a provisão como dedutível, mas estabelece alguns critérios mais rígidos para sua aceitação, claramente consonantes com a Lei das S.A., exceto na parte referente à dedutibilidade, somente após 3 anos da aquisição do investimento. Em certos casos, poderá ser necessária a provisão para atender aos princípios contábeis e à Lei das SA, antes de decorrido este prazo, ou Contabilidade Societária II 18 no próprio exercício da aquisição do investimento. Nessa situação, deve-se contabilizar a provisão no momento necessário, apesar de não ser dedutível nesse exercício. A própria legislação fi scal, aliás, já prevê essa possibilidade ao mencionar que a provisão constituída antes do prazo, do item I (3 anos) poderá ser deduzida, após o decurso desse prazo, para efeito de determinar o lucro real, desde que observadas as demais condições. Durante o período em que não é dedutível, tal provisão aparecerá como ajuste no Livro de Apuração do Lucro Real. Deve-se lembrar que a provisão para perda relativa a investimentos feitos com incentivos fi scais de imposto de renda não é dedutível. 3.1 - Dividendos Com relação aos Dividendos podemos ter: • O Registro como Receita; • Dividendo a Receber; • Dividendos de Empresas Adquiridas Vamos compreender agora as características particulares de cada um deles: I – Registro como Receita No Método de Custo, as receitas dos investimentos são reconhecidas pelos dividendos. Tal receita é considerada como operacional nos termos da legislação, mas em subgrupo à parte. No Modelo de Plano de Contas criou-se um subgrupo de Outras Receitas e Despesas Operacionais, entre as quais se incluem os Lucros e Prejuízos de Participações em outras Sociedades, através da conta Dividendos e Rendimentos de Outros Investimentos. II – Dividendo a Receber Pela atual legislação societária, as companhias devem, na data do balanço, contabilizar a destinação do lucro líquido proposta pela Administração, inclusive a Provisão para Dividendos Propostos, que fi gurará no Passivo Circulante. Dessa forma a empresa com investimentos em outras sociedades deve verifi car os dividendos propostos, já contabilizados nos balanços dessas empresas, devendo registrar a receita de dividendos proporcionais naquele mesmo período, debitando uma conta a receber que poderia ser intitulada Dividendos Propostos a Receber, creditando a receita correspondente, como já indicado. Essa conta a receber está prevista no Modelo de Plano de Contas, no Ativo Circulante, no subgrupo Outros Créditos. Entretanto, a proposta de destinação do lucro estará sujeita à aprovação pela assembleia geral dos acionistas, a qual poderá alterar os dividendos propostos a distribuir. Nessa situação, se for um valor maior, bastaria registrar o complemento no exercício seguinte. Por outro lado, se forem menores os dividendos aprovados, surgiria a necessidade de reverter no exercício seguinte parte da receita registrada no exercício anterior. Todavia, são muito raros os casos de alteração da proposta dos administradores. Havendo dúvidas quanto à distribuição ou impossibilidade de obtenção da informação dos dividendos propostos pelas empresas investidas, a receita de dividendo deve ser contabilizada quando efetivamente recebida. III – Dividendos de Empresas Adquiridas Normalmente, os dividendos são contabilizados como receita, conforme visto anteriormente. Todavia devemos considerar a situação em que se recebem dividendos de uma empresa da qual se compraram as ações, dividendos esses oriundos de lucros ou reservas já existentes na data da compra dessas ações. De fato, nessa circunstância, normalmente ocorre que tais reservas e lucros proporcionais foram “comprados” junto com a parcela de capital, ou seja, no preço pago pelas ações, já registrado na conta de investimentos, está incorporada à parcela de lucros e reservas então existentes. Disponível em: http://www.puzzle-me.com.br/2016/02/quebracabecasaude/. Acesso em: 27 ago. 2019. Dessa forma, quando tais lucros ou reservas são posteriormente distribuídos na forma de dividendos, sua contabilização não deve ser a crédito de Receita, mas, sim, a crédito da própria conta de investimentos. Importante Esse raciocínio deve ser seguido, pois a empresa investidora, ao receber tais dividendos, está meramente recuperando o dinheiro anteriormente despendido por aquela parcela, e que está no seu ativo. Nesse momento, está, portanto, simplesmente destrocando tal ativo por dinheiro novamente, operação que não gera receita, mas a simples baixa daquele ativo. Esse critério apresenta, por vezes, problemas práticos para identificar tal parcela, mas, sempre que os investimentos tiverem significância, deve ser seguido. Alguma dúvida? Tudo tranquilo até aqui?! Nesta penúltima aula, após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados, sugiro que procurem tornar a pesquisa e a interação com colegas de curso, instrumento de aprendizagem sobre a temática desta aula. Aguardo a participação de vocês em nosso ambiente virtual! 19 MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de contabilidade básica: uma introdução à prática contábil. 5. ed. São Paulo : Atlas, 2004. SOUZA, Clovis de; FAVERO, Hamilton Luiz; LONARDONI, Mário; TAKAKURA, Massazaku. Contabilidade: Teoria e Prática. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Vale a pena ler Conselho Regional de Contabilidade. Disponível em: <www. cfc.org.br> Acesso em: 25 mar. 2012. Equivalência Patrimonial x Atualização de Custos. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/topicos/3285685/ equivalencia-patrimonial-x-atualizacao-de-custos> ZANLUCA, Júlio César. Manual de Contabilidade de Custos. Portal Tributário Editora. Disponível em: <http:// www.portaldecontabilidade.com.br/obras/custos.htm> Vale a pena acessar Vale a pena Retomando a aula Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar essa aula, vamos recordar: 1 - Avaliação de investimentos pelo método do custo Nesta seção, vimos que os Investimentos do Ativo Permanente (AP), chamados “não-relevantes”, são adotados para os investimentos menores, avaliados pelo método de custo de aquisição, atendendoao Princípio do Registro pelo Valor Original. No subgrupo Investimentos, quanto a natureza das contas, devem estar classificados dois tipos de ativos: as Participações permanentes em outras sociedades e outros investimentos permanentes. 2 - Investimentos avaliados pelo método de custo Quanto ao critério de avaliação, podemos dizer que, com poucas exceções, se adota o método de custo quando a participação em outra sociedade for inferior a 20% das ações do capital de dada sociedade. Já levando em consideração a forma de contabilização, os investimentos são registrados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas. Assim, temos o custo de aquisição e a provisão para perdas. 3 - A provisão para perdas e a legislação fiscal A legislação fiscal aceita a provisão como dedutível, mas estabelece alguns critérios mais rígidos para sua aceitação. A legislação do imposto sobre a renda trata também dessa provisão, através do art. 374, do Regulamento do Imposto de Renda - RIR Decreto nº 1.041, de 10 janeiro de 1994. Os Dividendos se verificam: no registro como receita; nos dividendo a receber; e nos dividendos de empresas adquiridas. Minhas anotações Contabilidade Societária II Minhas anotações 4ºAula Investimentos: método da equivalência patrimonial Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conceituar e compreender sobre o método de equivalência patrimonial; • caracterizar o investimento quando se dá em sociedade controlada e em sociedade coligada; • definir o valor contábil do investimento, em relação ao Método da Equivalência Patrimonial. Olá pessoal! Então, vamos a nossa última aula?! Dando continuidade ao assunto dos Investimentos, vamos conhecer os aspectos do método da equivalência patrimonial (MEP), um dos métodos utilizados na avaliação de investimentos do Ativo Permanente (AP). Veremos que o investimento é classificado no AP quando a empresa tem intenção mantê-lo no patrimônio no longo prazo. Comecemos, então, analisando os objetivos e verificando as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula. Boa aula! Bons estudos! Contabilidade Societária II 22 1 - O Método da equivalência patrimonial 2 - Sociedades coligadas e controladas 3 - O Valor contábil do investimento 1 - O Método da equivalência patrimonial A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade investida, e no reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício. Assim, temos que o valor do investimento, portanto, será determinado mediante a aplicação da porcentagem de participação no capital social, sobre o patrimônio líquido de cada sociedade coligada ou controlada, conforme veremos adiante. No método da equivalência patrimonial se concentram as maiores complexidades e difi culdades de aplicação prática. Todavia, apresenta resultados signifi cativamente mais adequados. Esse critério traz refl exos relevantes nas demonstrações fi nanceiras de muitas empresas, com repercussões positivas, particularmente no mercado de capitais, pois as empresas reconhecem os resultados de seus investimentos relevantes em coligadas e controladas, defi nidos adiante, no momento em que tais resultados são gerados naquelas empresas, e não somente no momento em que são distribuídos na forma de dividendos, como ocorre no método de custo. Dessa forma, o método da equivalência patrimonial acompanha o fato econômico, que é a geração dos resultados e não a formalidade da distribuição de tal resultado. 1.1 - Método de custo No método de custo, como verifi cado na aula anterior, os investimentos são avaliados ao preço de custo. Desse modo, quanto mais correção monetária, menos provisão para perdas permanentes. Em resumo, esse método baseia-se no fato de que a empresa investidora registra somente as operações ou transações baseadas em atos formais, pois, de fato, os dividendos são registrados como receita no momento em que são declarados e distribuídos, ou provisionados pela empresa investida. Dessa forma, no método de custo não importa a geração efetiva dos lucros ou reservas, mas sim, as datas e os atos formais de sua distribuição. Assim, deixa-se de reconhecer na Empresa investidora os lucros e reservas gerados e não Seções de estudo Disponível em: https://www. ibccoaching.com.br/portal/o-que-e- contabilidade-de-custo/. Acesso em: 27 ago. 2019. distribuídos pela coligada ou controlada. 1.2 - Casos de aplicação da equivalência patrimonial A equivalência patrimonial, quanto à defi nição legal, apresenta no artigo 248, da Lei nº 6.404, que estabelece para as S.A. a obrigatoriedade da adoção do método da equivalência patrimonial de avaliação dos investimentos. Esse mesmo método é aceito pela legislação fi scal, que o estendeu também às outras pessoas jurídicas, como consta dos arts. 330 a 334 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 1.041, de 11-01-94). Cabe ressaltar que tais investimentos, mesmo com a aplicação de tal método, terão o acréscimo de correção monetária sobre o saldo do início do exercício. Esse método será aplicado, todavia, somente para “os investimentos relevantes em sociedades coligadas, sobre cuja administração tenha infl uência ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas”. Dessa forma, o método da equivalência patrimonial se aplicará para todos os investimentos, desde que relevantes, em empresas de que se participe com 20% ou mais do capital social, o que abrange todas as controladas e todas as coligadas de que se tenha mais de 20%. É de se notar que os 20% de participação no capital, segundo o texto da lei, independe do tipo de ação e de direito a voto. Fica, portanto, a decisão sobre os investimentos em coligadas das quais se tenha menos de 20%, do capital, ou seja, aquelas em que se tenha entre 10% e 20% do capital. A lei defi ne que tais coligadas também serão avaliadas pelo método patrimonial nos casos em que “sobre cuja administração tenha infl uência”. Atenção! Essa infl uência na administração pode ser de diversas formas, como: a. A empresa investidora tem só 15% do capital, mas é ela quem fornece a tecnologia de produção e designa o Diretor Industrial ou o responsável pela área de produção. b. A investidora tem só 15% de participação, mas é a responsável pela administração e fi nanças, sendo a área de produção de responsabilidade dos outros acionistas. Enfi m, há inúmeras situações e cada caso deverá ser analisado individualmente. Para um melhor entendimento destas questões, veremos, na próxima seção, o conceito de coligadas e controladas e, em seguida, na última seção a defi nição de quando o investimento é relevante. 2 - Sociedades coligadas e controladas O conceito do método da equivalência patrimonial é baseado no fato de que os resultados e quaisquer variações patrimoniais de uma controlada ou coligada devem ser reconhecidos (contabilizados) no momento de sua geração, independentemente de serem ou não distribuídos. 23 Esse método de avaliação é designado pela expressão método da equivalência patrimonial pelo fato de o seu cálculo basear-se no valor do patrimônio líquido da coligada ou controlada. O valor do investimento é determinado no final do exercício mediante a aplicação, sobre o valor do patrimônio líquido da coligada ou controlada, da porcentagem de participação no seu capital, observados alguns aspectos adiante mencionados. Investida • Aumenta, no exercício seguinte, o valr de seu Patrimônio Líquido (PL) Investidora • Mantém em seu balanço o valor da participação na Investida pelo custo original de R$ 100.000,00 Fonte: <http://www.blogdireitoempresarial.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2012. O artigo 243, da Lei estabelece, em seus parágrafos 1 º e 2º: § 1 º São coligadas as sociedadesquando uma participa com 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra, sem controlá-la. § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. A fim de permitir entendimento da matéria que adiante será exposta, é necessário o conhecimento do conceito estabelecido pela Lei das S.A. sobre a divisão feita nos investimentos em função da participação acionária. 2.1 – Coligada Notem que uma empresa é coligada de outra sempre que uma tenha participação de, no mínimo, 10% no capital da outra, mas desde que não seja uma participação acionária grande a ponto de controlá-la. Fonte: <http://direito.folha.uol.com.br/1/post/2012/3/para-entender-a-diferena- entre-controlada-coligada-e-subsidiria.html>. Acesso em: 28 ago. 2019. No que se refere à definição de coligada, a lei não fez qualquer referência a tipos de ações de que se constitui a participação, podendo ser ações ordinárias com direito a voto ou mesmo preferenciais, sem ou com esse direito, ou mesmo com outras restrições. Cabe ainda notar que a menção da lei é genérica em termos da participação, abrangendo as sociedades como um todo, podendo, portanto, ser Sociedades por Ações ou Limitadas. A lei não faz menção sobre participações indiretas, concluindo-se que as empresas são coligadas somente por participações diretas. A lei não faz menção sobre participações indiretas, concluindo-se que as empresas são coligadas somente por participações diretas. 2.2 - Controlada No que se refere à controlada, vale também a referência de que pode ser uma Limitada. Não há também menção a tipo de ações ou quotas; todavia, há a clara referência quanto à qualidade dos títulos representativos do investimento (ações ou quotas), no sentido de que tenham “direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores”. Não há dúvida de que esses direitos são conferidos às ações com direito a voto, ou seja, às ações ordinárias e, em casos especiais, a certos tipos de ações preferenciais, quando assim definido no Estatuto da empresa. Devemos, portanto, verificar qual o tipo de ações ou quotas que possui e seus direitos ou restrições. Fonte: <http://www.blogdireitoempresarial.com.br>. Acesso em: 28 ago. 2019. A “preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores” de modo permanente ocorrem, normalmente e com segurança, quando a empresa investidora possuir o controle acionário representado por mais de 50% do capital votante da outra sociedade. Contabilidade Societária II 24 Investidora CV 50% (controlada) infl uência signifi cativa cap. vot > 20% Coligada Fonte: <http://www.qualquerinstante.com.br/blog/impressao.php?p=1588>. Acesso em: 31 mar. 2012. Nessa situação, se a investida tiver seu capital formado por 1/3 em ações ordinárias e 2/3, que é o limite, em ações preferenciais, um investidor que tiver 51 % das ações ordinárias terá o controle acionário. Digamos que o capital seja de 1.000 ações, sendo 334 de ações ordinárias e 666 de preferenciais. Nesse caso, o investidor com 50% das ordinárias mais uma, ou seja, com 168 ações, tem o controle acionário, o que representa menos de 17% do capital total. Outra situação frequente em que existe a controlada é a de empresas que tenham seu capital muito pulverizado, ou seja, muitos acionistas com pequenos investimentos individuais. Nesse caso, pode ocorrer que um acionista, mesmo tendo somente, digamos, 40% do capital votante, ainda detenha a preponderância nas deliberações sociais, de forma a se poder dizer permanente, pois todos os demais 60% estão espalhados por muitos pequenos acionistas que detêm, individualmente, pequena porcentagem. No Brasil, há poucos desses casos, mas em outros países é relativamente comum essa situação em grandes companhias abertas. Como se vê, devemos analisar cada caso em particular, verifi cando-se a classe e espécie de ação possuída, a porcentagem do capital detido e, na última situação de empresas com muitos acionistas, analisar ainda se é possível admitir que seja permanente a situação. 2.3 – Ivestimento relevante Conceito A defi nição de investimento relevante é dada pelo parágrafo único do art. 247, da Lei nº 6.404, reproduzido no § 3º do art. 328 do novo RIR, como segue: Parágrafo único. Considera-se relevante o investimento: a. em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou superior a 10% (dez por cento) do valor do patrimônio líquido da companhia; b. no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é igual ou superior a 15% (quinze por cento) do valor do patrimônio líquido da companhia. Assim, de acordo com a Lei das S.A., a determinação da relevância dos investimentos é feita pela relação porcentual entre o valor contábil dos investimentos no ativo da investidora e o valor do patrimônio líquido da própria investidora, ambos na data do balanço de encerramento. Agora, na próxima seção, para completar o desenvolvimento destes assuntos, conheceremos a respeito do valor contábil do investimento em relação ao método da equivalência patrimonial. Vamos lá?! 3 - O Valor contábil do investimento Cabe em primeiro lugar destacar que, como valor contábil do investimento deve se entender seu saldo constante da contabilidade pelo valor total líquido. Assim, será o saldo contábil que já deve incluir a correção monetária. Da mesma forma, quando tal investimento já estiver sendo contabilizado pelo método da equivalência patrimonial, seria também seu saldo inicial pela equivalência patrimonial mais a correção monetária registrada no ano, ou seja, o saldo, na data do balanço, antes de ajustá-lo ao novo valor da equivalência patrimonial. Na hipótese de a empresa ter para tal investimento saldo de ágio ou deságio ainda não amortizado em subcontas na mesma data, esses saldos serão adicionados ou diminuídos da conta de investimentos para se apurar sua relevância. Igualmente, ocorre com eventual provisão para perdas permanentes, constituída sobre tais investimentos, a qual deve também ser deduzida. Também os créditos contra coligadas e controladas deverão ser adicionados ao valor dos investimentos, para se determinar a relevância. Para tanto, necessitamos conhecer como é feita a contabilização como um todo no método de equivalência patrimonial. 3.1 Contabilização do método da equivalência patrimonial Pelo já exposto, podemos constatar que no método da equivalência patrimonial a conta de investimentos será igual ao valor do patrimônio líquido da coligada ou controlada, proporcional à participação no seu capital. O texto da Lei das SA, no seu item 111, do artigo 248, estabelece que a diferença entre o valor do investimento, pelo método da equivalência patrimonial e o custo de aquisição corrigido monetariamente, somente será registrada como resultado do exercício: a. Se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada; b. Se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos. Continuando... Assim, se uma investidora tiver, digamos 30% do capital Disponível em: https://maiconrissi.com/82- maneiras-de-ganhar-dinheiro-com-seu- computador/. Acesso em: 28 ago. 2019. 25 de uma coligada, a conta de investimentos na investidora deverá ser, a cada encerramento de balanço, igual a 30% do patrimônio líquido da coligada nas respectivas datas. Se o valor do patrimônio da coligada aumentar ou diminuir, haverá um aumento ou diminuição proporcional correspondente na conta de investimento da investidora. Essa situação somente não ocorre quando o patrimônio líquido da investida for negativo. Desse modo, são contabilizados as contrapartidas desses lançamentosna conta de investimentos. E, então? Entenderam tudo até aqui?! Chegamos ao fi nal de nossa aula! Espero que a aula tenha sido proveitosa. Fizemos uma caminhada interessante, não acham? Lembrem-se, o tempo é igual para todos. Cabe a cada um de nós encontrarmos a própria receita e o próprio método para fazer e resolver as coisas. Em caso de dúvidas, acessem as ferramentas “Fórum” ou “Quadro de avisos”. Retomando a aula Fomos muito bem até aqui! Então, para encerrar essa aula, vamos resumir os pontos principais do que aprendemos: 1 - O método da equivalência patrimonial O método da equivalência patrimonial consiste em atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade investida, e também no reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício. Os casos em que se aplicam a equivalência patrimonial perfazem todos os investimentos, desde que relevantes, em empresas de que se participe com 20% ou mais do capital social. 2 - Sociedades coligadas e controladas Uma empresa é coligada de outra sempre que uma tenha participação de, no mínimo, 10% no capital da outra, mas desde que não seja uma participação acionária grande a ponto de controlá-la . Já para as controladas vale a referência de que pode ser uma Limitada. Também caracterizam-se como controladas as empresas que tenham seu capital muito pulverizado, isto é, muitos acionistas com pequenos investimentos individuais. 3 - O valor contábil do investimento O valor do investimento é determinado mediante a aplicação da porcentagem de participação no capital social, sobre o patrimônio líquido de cada sociedade coligada ou controlada. Assim, o valor contábil do investimento é entendido como saldo constante da Contabilidade pelo valor total líquido. MARTINS, Eliseu. Iniciação à Equivalência Patrimonial Considerando Algumas Regras Novas da CVM (1ª parte). São Paulo: IOB-Informações Objetivas – TC 38/97, 1997. ______. Quais Investimentos Devem Ser Avaliados Pela Equivalência Patrimonial? São Paulo: IOB – Informações Objetivas – TC – 34 e 35/97, 1997. WALTER, Milton Augusto. Investimentos Relevantes e Equivalência Patrimonial. São Paulo: Saraiva, 1982. SANTOS, A. dos; MACHADO, I. M. Investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial: erro na contabilização de dividendos quando existem lucros não realizados. Curitiba: Anais do XXVIII Enanpad, 2005. Vale a pena ler Vale a pena COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/ mostraOrientacao.php?id=17>. Equivalência Patrimonial. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/ equivalenciapatrimonial.htm>. Vale a pena acessar Minhas anotações Contabilidade Societária II Minhas anotações 5ºAula Ativo imobilizado I Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • definir o ativo imobilizado; • classificar e descrever o conteúdo das contas dos grupos de bens em operação e imobilizado em andamento. Caros alunos(as), sejam bem-vindos(as) à nossa primeira aula, da disciplina de Contabilidade IV. Nesta aula, conceituaremos o Ativo Imobilizado e verificaremos que o mesmo possui contas para cada classe principal de ativo, para o registro do seu custo, que incluem os bens tangíveis e os bens intangíveis. Veremos que o Plano de Contas divide o Imobilizado em dois grandes grupos: bens em operação e imobilizado em andamento e classificaremos o conteúdo destas contas. Antes, porém, vamos conhecer os objetivos de aprendizagem e as seções de estudo desta aula. Ótimo estudo! Bons estudos! Contabilidade Societária II 28 1 - Ativo imobilizado: conceituação 2 - Classificação e conteúdo das contas 1 - Ativo imobilizado: conceituação A Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, através do seu artigo 179, item IV, conceitua como contas a serem classificadas no Ativo Imobilizado: Os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa fi nalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. Desta definição, subentendemos que neste grupo de contas do balanço são incluídos todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. De acordo com Iudícibus et al. (2009, p. 190), os itens classificados na categoria de Ativo Imobilizado incluem: a. Bens tangíveis, que têm um corpo físico, tais como terrenos, obras civis, máquinas, móveis, veículos, benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre recursos naturais etc. b. Bens intangíveis, cujo valor reside não em qualquer propriedade física, mas nos direitos de propriedade que são legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como patentes, direitos autorais, marcas etc. Integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens da natureza citada, mesmo que ainda não em operação, mas que se destinam a tal finalidade, tais como construções em andamento, importações em andamento, adiantamentos para inversões fixas etc. Devemos observar que as inversões realizadas em bens de caráter permanente, mas não destinadas ao uso nas operações, e que poderão vir a ser utilizadas em futuras expansões, como pode ocorrer com terrenos e outros bens imóveis, deverão ser classificadas, enquanto não definida sua destinação, no grupo de Investimentos e não no grupo de Ativo Imobilizado. A sua transferência para o Imobilizado se dará quando definida sua utilização e iniciada a fase de expansão. Da mesma forma as obras de arte adquiridas, que se valorizam com o transcorrer do tempo, deverão estar classificadas no grupo de Investimentos ao invés de no Ativo Imobilizado. 2 - Classifi cação e conteúdo das contas O Imobilizado, segundo Iudícibus et al. (2009, p. 191), deve ter contas para cada classe principal de ativo, para o registro do seu custo, contas essas que receberão as correções monetárias correspondentes; daí podermos denominá-las de Custo Corrigido. Seções de estudo As depreciações acumuladas devem estar em contas à parte, mas classificadas como redução do ativo, e com idêntica segregação por classe dada ao custo corrigido. Tais contas de depreciações acumuladas também receberão os acréscimos das correções mone-tárias respectivas, daí sua intitulação como Depreciações Acumuladas Corrigidas (idem para as Amortizações e Exaustões). Compensação Orçamentário Financeiro PatrimonialCustos Sistema Contábil Fonte: Arquivo Pessoal. Em função dessas necessidades e características essenciais é que cada empresa deve elaborar seu plano de contas do Imobilizado. Apesar de não haver menção específica na Lei das S.A., o Plano de Contas divide o Imobilizado em dois grandes grupos, quais sejam: a. Bens em operação, que são todos os bens já em utilização na geração da atividade objeto da sociedade. b. Imobilizado em andamento, onde se classificam todas as aplicações de recursos de imobilizações (bens ou direitos), mas que ainda não estão operando. Essa segregação é importante na análise das operações da empresa, particularmente na apuração de índices e comparações entre as receitas e o imobilizado, o que é melhor apurado utilizando-se o imobilizado em operação, que está gerando as receitas. 2.1 - Bens em operação Assim, sumariamente, o conteúdo de cada conta acima prevista é como descrito a seguir, dos itens I ao XIV, conforme expõe Iudícibus et al. (2009, p. 193-196). I – Terrenos - Esta conta registra os terrenos de propriedade da empresa realmente utilizados nas operações, ou seja, onde se localizam a fábrica, os depósitos, os escritórios, as filiais, as lojas etc. Os terrenos onde se está construindo uma nova unidade ainda não em operação devem estar no grupo de Imobilizado em Andamento. Os terrenos sem uma destinação definidadevem estar classificados em Investimentos. II - Obras preliminares e complementares - Esta conta abrange todos os melhoramentos e obras integradas aos terrenos, bem como os serviços e instalações provisórias, necessários à construção e ao andamento das obras. Assim sendo, engloba limpeza do terreno, serviços topográficos, sondagens de reconhecimento, terraplenagem, drenagens, estradas e arruamento, pátios de estacionamento e manobra, urbanização, cercas, muros e portões etc., além 29 das instalações provisórias como galpões, instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias, durante as obras. Durante a fase de construção, tais custos estarão no Imobilizado em Andamento e, para fins de controle e acompanhamento do projeto, se for de porte, poderá haver subcontas por natureza. Essa conta diferencia-se da de terrenos, apesar de haver gastos integrados aos mesmos no sentido de que tais custos devem ser depreciados. III - Obras civis - Engloba os edifícios que estão em operação, abrangendo prédio ocupado pela administração, edifícios da fábrica ou setor de produção, armazenagem, expedição etc., e os edifícios de filiais, depósitos, agências de vendas etc., de propriedade da empresa. Não devem ser incluídas como parte do custo das obras civis as instalações hidráulicas, elétricas etc., que são parte da conta Instalações, descrita a seguir, já que ambas têm vida útil e depreciação diferentes. IV – Instalações - Abrange os equipamentos, materiais e custos de implantação de instalações que, apesar de integradas aos edifícios, devem ser segregadas das obras civis como, por exemplo, as instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, frigoríficas, de vapor, ar comprimido, incêndio, comunicações, climatização, combustíveis, gases, antipoluição, cozinha etc. Logicamente, sua aplicabilidade deve ser em função do tipo de empresa, do seu processo produtivo e das instalações que possui. Essa conta, dependendo do porte, complexidade e tipo de instalações que engloba, deve estar segregada em subcontas para fins de controle e de depreciação, dentro dos exemplos já citados. A conta de Instalações deve referir-se sempre a tais equipamentos e materiais, com a característica de serviços indiretos e auxiliares ao processo produtivo principal. De fato, dependendo do processo produtivo da empresa, algumas dessas instalações não serão auxiliares, mas a fonte principal geradora de seu produto ou serviço e, nesse caso, sua classificação deve ser na conta de Máquinas, Aparelhos e Equipamentos. Por exemplo, num Frigorífico, os equipamentos e instalações frigoríficas não devem estar na conta Instalações, já que não representam serviço auxiliar, mas principal. V - Máquinas, aparelhos e equipamentos - Tal conta envolve todo o conjunto dessa natureza utilizado no processo de pro-dução da empresa. Naquela conta de instalações estariam os equipamentos e bens de serviços auxiliares à produção e, nesta, os utilizados como base para a realização da atividade da empresa; todavia, inúmeras empresas classificam as instalações na própria conta de Máquinas, aparelhos e equipamentos, mantendo controles paralelos para segregação da depreciação. VI - Equipamentos de processamento eletrônico de dados - Nesta conta, são contabilizados os equipamentos de processamento de dados (hardware) adquiridos pela empresa. Incluem-se nesse grupo tanto as unidades centrais de processamento, como unidades periféricas (de disco, de fita, impressoras, terminais de vídeo etc.); além dos “terminais inteligentes” (microcomputadores), atualmente muito utilizados. VII - Sistemas aplicativos – SOFTWARE - São contabilizados nessa conta o valor dos softwares (programas que fazem o computador operar) adquiridos ou desenvolvidos pela empresa. Sua amortização deve ser em função da expectativa de períodos a serem beneficiados. Softwares de pequeno valor devem ser apropriados ao resultado do período, em razão da relação custo/benefício e controlados à parte. As despesas com manutenção do software, geralmente contratadas com o fornecedor do software, também são despesas do período. Disponível em: https://www.fundacred.org.br/site/2019/06/17/contabilidade- uma-profissao-em-crescimento/. Acesso em: 27 ago. 2019. VIII - Móveis e utensílios - Essa conta abriga todas as mesas, cadeiras, arquivos, máquinas de somar e calcular, máquinas de escrever e de contabilidade e outros itens dessa natureza que tenham vida útil superior a um ano. São classificados nesta conta todos os veículos de propriedade da empresa, sejam os de uso da Administração, como os do pessoal de vendas ou de transporte de carga em geral. Os veículos de uso direto na produção, como empilhadeiras e similares, podem ser registrados na conta de Equipamentos. IX – Ferramentas - Nessa conta se registram as ferramentas de vida útil superior a um ano. É aceitável a prática de lançar diretamente em despesas as ferramentas e similares de pequeno valor unitário, mesmo quando de vida útil superior a um ano. X - Peças e conjuntos de reposição - São registradas nesta conta as peças (ou conjuntos já montados) destinadas à substituição em máquinas e equipamentos, aeronaves, embarcações etc. Tais substituições podem ocorrer em manutenções periódicas de caráter preventivo e de segurança, ou em casos de quebra ou avaria. Dependendo das circunstâncias, as peças ou conjuntos de reposição podem ser classificados no imobilizado ou em conta de Estoques no Ativo Circulante, em função das características específicas de uso, vida útil, destinação contábil etc. Basicamente, devem integrar o imobilizado as peças que serão contabilizadas como adição ao imobilizado em operação, e não como despesas. Ao mesmo tempo, as peças substituídas devem ser baixadas quando da troca. Todavia, essa baixa e adição parcial em muitos casos não são praticamente possíveis, por não ter a empresa a identificação do custo da peça substituída, já que o equipamento a que pertence está registrado pelo valor total. Neste caso, não se efetiva a baixa da peça substituída, mas a peça nova colocada é apropriada neste momento para despesas. Todavia, há outras considerações e situações a serem analisadas para a classificação das peças no Imobilizado ou Contabilidade Societária II 30 Estoques. XI - Marcas, direitos e patentes industriais - Essa conta normalmente tem valor pequeno, comparativamente com as demais contas do imobilizado, pois envolve ativos intangíveis, engloba os gastos com registro de marca, nome, invenções próprias, além de desembolsos a terceiros por contratos de uso de marcas, patentes ou processos de fabricação (tecnologia). XII - Florestamento e reflorestamento - Classificamos aqui todos os custos acumulados relativos a projetos de florestamento e reflorestamento de propriedade da empresa. Os projetos liderados pela sociedade, como sócio- ostensiva, em conjunto com outros acionistas, devem ter toda a contabilização do projeto à parte, de acordo com os critérios próprios. XIII - Direitos sobre recursos naturais - Engloba contas relativas aos custos incorridos na obtenção de direitos de exploração de jazidas de minério, de pedras preciosas e similares. O valor de custo da jazida, quando a área é de propriedade da empresa, deve ser destacado em conta à parte no Balanço. XIV - Benfeitorias em propriedades arrendadas - Classificamos nesta conta as construções em terrenos arrendados de terceiros e as instalações e outras benfeitorias em prédios e edifícios alugados, sejam de uso administrativo ou de produção. Somente incluímos aqui os gastos com as construções e instalações que se incorporam ao imóvel arrendado, e revertem ao proprietário do imóvel ao final da locação. Sua amortização deve ser feita em função de sua vida útil estimada ou no período de arrendamento ou locação contratual, dos dois o menor. Tem havido diversidade de critérios quanto à classificação dessa conta, já que algumasempresas a têm classificado como um Ativo Diferido, ao invés de Imobilizado. Todavia, trata- se de bens efetivos e que se destinam à atividade objeto da empresa, devendo ser computados no Imobilizado. Disponível em: http://www.molinatomaz.com.br/site/es/trabalhador-recebera- indenizacao-por-ser-ofendido-durante-reunioes/. Acesso em: 27 ago. 2019. Por outro lado, se a empresa incorrer em outros gastos, que não em bens físicos, que tenham mais a característica de despesas, mas beneficiarão todo o período de locação da propriedade de terceiros, deverá registrá-los no Ativo Diferido, em conta própria, e amortizá-los da mesma forma. Todas essas contas, quando no caso de uma indústria, devem estar subdivididas para mostrar a parte do imobilizado cuja depreciação, amortização ou exaustão se transformará em custo do produto, e a parte a se transformar diretamente em despesa. 2.2 - Imobilizado em andamento Como vimos, como explicita Iudícibus et al. (2009, p. 196), no imobilizado em andamento onde se classificam todas as aplicações de recursos de imobilizações (bens ou direitos), mas que ainda não estão operando. I - Bem em uso na fase da implantação - Nessa conta, devem ser classificados todos os bens que já estão em uso durante a fase pré-operacional da empresa relativos ao desenvolvimento do projeto. Tais bens seriam, por exemplo, as instalações do escritório administrativo do projeto, seus móveis e utensílios, veículos e outros. Por estarem em uso, devem ser depreciados normalmente, motivo pelo qual o Plano de Contas apresenta as depreciações acumuladas respectivas como redução do custo corrigido nesse próprio grupo de Imobilizado em Andamento. Deve ter subcontas por natureza, tais como: Custo corrigido Móveis e utensílios Instalações de escritório Veículos Depreciação acumulada corrigida Móveis e utensílios, Instalações de escritório e Veículos. A contrapartida da depreciação desses bens é a conta de Gastos de Implantação e pré-operacionais do projeto respectivo no Ativo Diferido. Chegamos, assim, ao final da quinta aula. Espero ter contribuído de maneira construtiva com o aprendizado de vocês e que todos tenham entendido o conteúdo apresentado. Retomando a aula Vamos, então, recordar as principais abordagens da Aula 05: 1 – Ativo imobilizado: conceituação Vimos, nessa seção, que o Ativo Imobilizado compreende os direitos cujo objeto são bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. O Ativo Imobilizado possui, para o registro do seu custo, contas para cada classe principal de ativo. Os itens classificados na categoria de Ativo Imobilizado incluem: bens tangíveis e bens intangíveis. 2 - Classificação e conteúdo das contas O Plano de Contas divide o Imobilizado em dois grandes grupos: bens em operação e imobilizado em andamento. Bens em operação: terrenos; obras preliminares e complementares; obras civis; instalações; máquinas, aparelhos 31 e equipamentos; equipamentos de processamento eletrônico de dados; sistemas aplicativos – software; móveis e utensílios; ferramentas; peças e conjuntos de reposição; marcas, direitos e patentes industriais; florestamento e reflorestamento; direitos sobre recursos naturais benfeitorias em propriedades arrendadas. Imobilizado em andamento – 1ª parte: bem em uso na fase da implantação. Fiquem atentos(as)! Na próxima aula, verificaremos o restante dos itens do imobilizado em andamento. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais sociedades. Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras - FIPECAFI. 7. ed. 6. reimpr. - São Paulo: Atlas, 2009. CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia Contábil e Comercial Brasileira. 29. ed. São Paulo: Cetec, 2004. Vale a pena ler Academia Brasileira de Ciências Contábeis. Disponível em: <http://www.abcienciascontabeis.com.br/> IBRACON NPC nº 27 – Demonstrações Contábeis. Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/ npc27.htm>. Vale a pena acessar Vale a pena Minhas anotações Contabilidade Societária II Minhas anotações 6ºAula Ativo imobilizado II Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • classificar as contas do imobilizado em andamento; • definir os critérios de avaliação, legislação societária e fiscal; • aplicar o critério contábil para a base de cálculo. Olá Pessoal! Como vimos na Aula 01, o Ativo Imobilizado possui, para o registro do seu custo, contas para cada classe principal de ativo, que incluem os bens tangíveis e os bens intangíveis, bem como que o Plano de Contas divide o Imobilizado em dois grandes grupos: bens em operação e imobilizado em andamento. Nesta aula, continuaremos a ver aspectos do Ativo Imobilizado, principalmente, do Imobilizado em andamento, quanto às construções, importações, adiantamento e almoxarifado para inversões fixas. Conheceremos também critérios de avaliação, investigaremos sobre a legislação societária e fiscal, critério contábil para base de cálculo e taxa de depreciação. Bons estudos! Contabilidade Societária II 34 1 - Imobilizado em andamento: 2ª parte 2 - Critérios de avaliação 3 - Critério contábil e base de cálculo 1 - Imobilizado em andamento: 2ª parte Nesta seção, continuaremos a verifi car as demais contas do Imobilizado em andamento, conforme iniciadas em I, Aula 01, e agora veremos dos itens II a V, de acordo com Iudícibus et al. (2009, p. 196). II - Construções em andamento Primeiramente, em relação às construções em andamento, são classifi cadas todas as obras no período de sua construção e instala-ção, até o momento em que entram em operação, quando são reclassifi cadas para as contas correspondentes de Bens em Operação. Para uma empresa já em operação poderá representar obras complementares, construções de anexos, novos depósitos e outros. Essa conta deve estar subdividida dentro do mesmo detalhamento do grupo de contas dos Bens em Operação para permitir adequada identifi cação de custos, ou seja: • Terrenos; • Obras preliminares e complementares; • Obras Civis; • Instalações; • Máquinas, aparelhos e equipamentos. Durante a fase de construção, quando se tratar de grandes obras que requeiram um acompanhamento de custos, pode segregar-se a conta de Obras Civis por etapa ou fase de obra, como por exemplo: • Marcação da obra; • Fundações; • Laje; • Estrutura; • Alvenaria; • Piso; • Armação para cobertura; • Revestimento; • Esquadrias; • Pintura; • Formas e divisórias; • Elevadores; • Acabamento. Da mesma forma, as contas de Obras Preliminares e Complementares e de Instalações têm detalhes por subcontas, como já descrito nos títulos respectivos em Bens em Operação. III - Importações em andamento de bens do imobilizado - Essa conta registra todos os gastos incorridos relativos aos equipamentos, máquinas, aparelhos e outros bens até a sua chegada, desembaraço e recebimento pela empresa, considerando-se as modalidades de importações, CIF ou Seções de estudo FOB. Neste momento, se passar ainda por fase de montagem e instalação de construção em andamento, é transferida, pelo seu custo total, para a conta de Construções em Andamento. Se, por outro lado, já entrar em operação logo após a chegada, sua transferência é feita diretamente para a conta correspondente de Bens em Operação. Disponível em: https://www.catho.com.br/educacao/blog/o-que-e-preciso -fazer-para-trabalhar-com-contabilidade/. Acesso em: 27 ago. 2019. IV - Adiantamento para inversões fixas - Registramos aqui todos os adiantamentos a fornecedores por conta de forne-cimento sob encomenda de bens do imobilizado, que representam pagamentos por conta de um valor previamente contratado. Isso ocorre comumente com grandes
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