Buscar

contabilidade societária II apostila

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ciências Contábeis
4ºGraduação a Distância
SEMESTRE
CONTABILIDADE
SOCIETÁRIA II
UNIGRAN - Centro Universitário da Grande Dourados 
Rua Balbina de Matos, 2121 - CEP 79.824 - 9000
Jardim Universitário
Dourados - MS
Fone: (67) 3411-4141 / Fax: (67) 3411-4167
Os direitos de publicação desta obra são reservados ao Centro 
Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), sendo proibida a 
reprodução total ou parcial de acordo com a Lei 9.160/98.
Os artigos de sites e revistas indicados para a leitura foram 
registrados como nos originais.
Contabilidade Societária II
Apresentação do Docente
WACHTER, Sérgio Almir. Contabilidade Societária II. 
Dourados: UNIGRAN, 2019.
52 p.: 23 cm.
1. Créditos. 2. Investimentos. 3. Ativos.
Sérgio Almir Wachter - é proprietário de um escritório 
contábil e sócio de uma empresa de consultoria na cidade de 
Dourados (UNIGRAN). Em 1997, concluiu a Especialização 
em Contabilidade Gerencial, pela Universidade Federal 
de Mato Grosso do Sul (UFMS). É Bacharel em Direito, 
graduando-se em 1992, pela UNIGRAN. A partir de março 
de 2012, é mestrando em Produção e Gestão Agroindustrial, 
pela UNIDERP de Campo Grande-MS. Leciona na 
UNIGRAN, desde 1998, as disciplinas de Contabilidade 
III, Contabilidade IV, Contabilidade Rural, Contabilidade 
Tributária e Contabilidade Gerencial. Foi contador de 
empresas do ramo de combustíveis e, atualmente, é 
proprietário do Escritório Contábil Contagro e sócio da 
empresa G10 Consultoria e Treinamento Corporativo Ltda.
Sumário
Conversa inicial ........................................................................ 4
Aula 01
Créditos: tributos a compensar e recuperar .................................. 5
Aula 02
Créditos: provisões e ajustes ............................................................. 9
Aula 03
Investimentos: método de custo ...................................................... 15
Aula 04
Investimentos: método da equivalência patrimonial ................. 21
Aula 05
Ativo imobilizado I .............................................................................. 27
Aula 06
Ativo imobilizado II ............................................................................. 33
Aula 07
Ativos intangíveis ................................................................................ 39
Aula 08
Princípios contábeis ............................................................................ 47
Referências ........................................................................................50
Contabilidade Societária II
Estimados Alunos!
Bem vindos a disciplina de Contabilidade Societária 
II. Estamos avançando nos conhecimentos das contas 
de Ativo e Passivo. Neste módulo iremos ver com mais 
profundidade aspectos do Ativo Não Circulante e do 
Passivo Circulante.
Para que o estudo seja proveitoso, dividimos o 
conteúdo em 8 aulas, tendo cada aula seu conteúdo 
específico. Da mesma forma, temos os vídeos explicativos 
de cada uma das aulas.
Há também material de apoio no Material de Aula – 
Arquivo, disponível par leitura complementar.
Desejo bom estudo a todos!
Conversa Inicial
1ºAula
Créditos: tributos a 
compensar e recuperar
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• identificar os tributos a recuperar, compensar e restituir;
• reconhecer os depósitos restituíveis e valores vinculados.
Prontos(as) para nossa nona aula?! 
Agora estudaremos sobre tributos a compensar/restituir 
e a recuperar, por diversas operações que podem gerar valores 
de ICMS, IPI, PIS, COFINS, IRRF e outros. Para melhoria e 
facilidade de controle, devido à natureza variada dessas operações, 
as mesmas devem ser segregadas em subcontas. 
Convido vocês a participarem desta aula, realizando uma boa 
leitura do material impresso, procurando resolver os exercícios 
propostos e interagindo mutuamente. Sempre que surgir 
dificuldades ou queiram dar alguma contribuição para enriquecer 
o nosso conteúdo, utilizem as ferramentas da plataforma.
Bons estudos!
Bons estudos!
Contabilidade Societária II 6
1 - Compensar e recuperar: tributos 
2 - Depósitos restituíveis e valores vinculados
1 - Compensar e recuperar: tributos
A partir do critério do conteúdo e natureza dos critérios 
contábeis relacionados ao crédito, verificamos que há diversas 
operações que podem gerar valores a recuperar de impostos, 
tais como saldos devedores (credores, na linguagem fiscal) de 
ICMS, IPI, PIS, COFINS, IRRF, entre outros.
Disponível em: http://www.sicoobsc.com.br/crediserra/blog/noticias/brasileiros-
com-nome-em-cadastro-de-devedores-chegam-405-da-populacao/. Acesso em: 27 
ago. 2019.
Tais impostos devem ser registrados numa conta que, em 
face da natureza variada dessas operações, deve ter segregação 
em subcontas, inclusive para melhoria e facilidade de controle. 
1.1 - Tributos a compensar e 
recuperar
Assim, dentre os tributos a compensar e a recuperar 
teremos:
a) IPI a recuperar;
b) ICMS a recuperar;
c) IRRF a compensar;
d) IR E CS a restituir/ compensar;
e) PIS a recuperar;
f) COFINS a recuperar;
g) Outros tributos a recuperar.
Pensem nisso!!
É importante observar que tributo a compensar/restituir 
é o crédito que constitui moeda de pagamentos de tributos 
da mesma espécie ou não e que, se não houver débito com 
o qual compensar, pode gerar solicitação de sua restituição 
em dinheiro, como é o caso, por exemplo, do saldo credor 
do IRPJ e da CSLL, apurados no ajuste atual pelas pessoas 
jurídicas optantes pela apuração anual. 
Seções de estudo
Já tributo a recuperar identifica o tributo pago na aquisição 
de bens, embutido no preço, que poderá ser deduzido do 
tributo devido sobre vendas ou prestação de serviços, sendo 
essa normalmente a única forma possível de sua recuperação 
(exemplo: ICMS, PIS E COFINS não cumulativos pagos na 
compra de bens para revenda, de insumos da produção ou de 
bens destinados ao ativo imobilizado).
Atenção!
Cabe ressaltar que é legalmente assegurada a possibilidade 
de utilização dos créditos do PIS e da COFINS para 
compensar débitos relativos a outros tributos administrados 
pela Secretaria da Receita Federal ou o ressarcimento em 
dinheiro dos créditos não compensados dentro de cada 
trimestre.
Nos casos excepcionais de empresas exportadoras de 
mercadorias ou serviços para o exterior ou que realizem vendas 
de bens para empresas comerciais exportadoras com o fim 
específico de exportação, sendo essas formas excepcionais de 
utilização estendidas aos créditos, não recuperados em cada 
trimestre, nas empresas que realizam vendas com suspensão, 
isenção, alíquota zero ou não-incidência das contribuições.
Agora vamos verificar as particularidades de cada um dos 
tributos a recuperar e a compensar. Vamos lá?!
1.1.1 - IPI, ICMS, PIS e COFINS a 
recuperar
As contas IPI, ICMS, 
PIS e COFINS a recuperar, 
destinam-se a abrigar, 
respectivamente, o saldo 
devedor do ICMS (Imposto 
sobre Operações Relativas a 
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação), 
do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados, do PIS 
(Programa de Integração Social) e da COFINS (Contribuição 
para o Financiamento da Seguridade Social). 
Pela própria sistemática fiscal desses impostos, 
mensalmente os débitos fiscais pelas vendas são compensados 
pelos créditos fiscais das compras, remanescendo um saldo 
a recolher ou a recuperar, dependendo do volume de tais 
compras e vendas. 
O normal é de que tais saldos sejam a recolher, quando 
figuram no Passivo Circulante, mas às vezes ocorrem saldos a 
recuperar, quando então deverão figurar nessa conta do Ativo 
Circulante.
Observe que seus saldos devem ser periodicamente 
conciliados com os dos livros fiscais respectivos e feitos de 
ajustes contábeis aplicáveis.
1.1.2 - IRRF a Compensar
A conta I.R.R.F. a compensar, destina-se a registrar o 
IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) nas operações 
previstas na legislação em que será recuperado mediantecompensação com imposto de renda quando da apresentação 
da Declaração de rendimentos ou de outra forma.
Disponível em: http://ivomarbarbosa.
com.br/impostos-das-empresas/. 
Acesso em: 27 ago. 2019.
7
Disponível em: https://www.contabeis.com.br/noticias/39298/imposto-de-renda-
tudo-o-que-nao-pode-faltar-na-sua-declaracao-de-2019/. Acesso em: 27 ago. 2019.
Aqui a conta é debitada pela retenção quando do 
registro da operação que a originou e creditada quando 
o valor do imposto retido for compensado mediante sua 
inclusão na declaração de rendimentos e utilização na guia de 
recolhimento, conforme a sistemática fiscal determinar.
1.1.3 - IRPJ e CSLL a restituir ou a 
compensar
A conta IRPJ e CSLL 
a restituir ou a compensar, 
destina-se a registrar o 
Imposto de Renda e 
a Contribuição Social 
a restituir/compensar 
apurados no encerramento 
do período fiscal, 
decorrente de retenções na 
fonte e/ou antecipações 
superiores ao valor devido 
no exercício.
Note que a conta é debitada quando da apuração do 
valor, bem como pelo valor do acréscimo de juros (SELIC) 
definido pelo governo para essas restituições. O crédito será 
feito quando do efetivo recebimento de parcelas ou do valor 
total, ou da compensação do imposto.
1.1.4 - Outros tributos a recuperar
Na conta, outros tributos a recuperar, são registrados 
outros casos de impostos a recuperar pela empresa. 
Exemplificando temos:
• Impostos (ICMS e IPI) são destacados na saída de 
bens (mercadorias) em demonstração, consignação 
etc., que deverão retornar ao estabelecimento;
• Impostos a recuperar por pagamentos efetuados 
indevidamente e maior etc. 
2 - Depósitos restituíveis e valores 
vinculados
Na conta, depósitos restituíveis e valores vinculados, 
devem ser registrados os depósitos e cauções efetuadas pela 
empresa para garantia de contratos, como os de aluguel, bem 
como para direito de uso ou exploração temporária de bens, 
ou, ainda, os de natureza judicial. 
Disponível em: http://www.
contabilidadenatv.com.br/2016/08/irpj-
e-csll-base-de-calculo-do-lucro-2/. Acesso 
em: 27 ago. 2019.
Para qualquer dessas operações, a classificação nessa 
conta deve abranger somente os valores a serem recuperados 
a curto prazo, pois os de realização superior a um ano da data 
do balanço devem figurar em conta similar do Realizável a 
Longo Prazo.
Importante
Serão ainda registrados nessa conta eventuais depósitos compulsórios 
que a empresa tenha que efetuar por força de legislação para certas 
operações, como ocorreu nos casos de depósitos compulsórios 
sobre importação, sobre combustíveis, ou sobre compra de veículos, 
etc.
Quando houver saldos em operações de naturezas 
diversas, poderão ser criadas subcontas para seu controle e, na 
hipótese de algumas dessas contas assumir valor elevado, deve 
ser apresentada destacadamente no Balanço. 
E então, tudo tranquilo até aqui?! Espero que seus 
estudos referentes a essa aula tenham sido proveitosos. Até a 
próxima aula, quando veremos outros elementos dos créditos, 
como provisões e ajustes. 
Retomando a aula
Agora, para consolidar os conhecimentos adquiridos, 
vamos relembrar os principais pontos estudados na 
Aula 01:
1 - Compensar e recuperar: tributos 
Nesta seção vimos sobre os tributos a compensar e a 
recuperar, entre os quais:
• IPI, ICMS, PIS E COFINS a Recuperar;
• IRRF a Compensar;
• IRPJ E CSLL a Restituir ou a Compensar; e
• Outros Tributos a Recuperar.
Vimos que o tributo a compensar/restituir é o crédito 
que constitui moeda de pagamentos de tributos da mesma 
espécie ou não. 
Já tributo a recuperar identifica o tributo pago na aquisição 
de bens, embutido no preço, que poderá ser deduzido do 
tributo devido sobre vendas ou prestação de serviços.
2 - Depósitos restituíveis e valores vinculados
Na conta de depósitos restituíveis e valores vinculados 
são registrados os depósitos e cauções efetuadas pela empresa 
para garantia de contratos, eventuais depósitos compulsórios 
que a empresa tenha que efetuar por força de legislação para 
certas operações, bem como saldos em operações de naturezas 
diversas, para os quais é preciso criar subcontas.
Contabilidade Societária II 8
BARRETO, Aires Fernandino. Direito Tributário 
Contemporâneo - Estudos em Homenagem a Geraldo Ataliba. 
São Paulo: Malheiros, 2011.
BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento Tributário 
– IPI, ICMS, ISS, IR. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
HARADA, Kiyoshi; HARADA, Kyioshi Marcelo. 
Código Tributário Nacional Comentado. São Paulo: RIDEEL, 
2012.
MORETI, Elizabeth Nazar Carrazza Daniel. Imunidades 
Tributárias. São Paulo: Campus, 2012.
Vale a pena ler
Disponível em: <https://www.3dm.com.br/
produtos/APOSTILA_VRAY_3DM.pdf>.
Disponível em: <https://www.aarquiteta.com.br/>.
<blog/maquete-eletronica-arquitetura/vray-ou-
lumion/>.
Vale a pena acessar
Vale a pena
Minhas anotações
2ºAula
Créditos: provisões e ajustes
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• reconhecer as contas credoras das provisões e ajustes a valor presente.; 
• utilizar o Plano de Contas para a correta contabilização dos fatos e a classificação das contas patrimoniais e de 
resultado;
• contabilizar fatos contábeis e extrair demonstrativos contábeis.
Olá pessoal! Estamos de volta para mais uma aula. 
Na aula anterior nós já falamos sobre questões relativas aos 
créditos quanto aos tributos a compensar e a recuperar, e agora 
vamos conhecer outras contas credoras como as provisões e 
ajustes a valor presente, pelas empresas.
Vamos à aula?!
Bons estudos!
Contabilidade Societária II 10
1 - Provisões e valor presente
2 - Contabilizações 
3 - DRE – Demonstração do resultado do exercício
1 - Provisões e valor presente
No grupo de Outros Créditos podemos ter inúmeras 
outras contas, mas nesta aula vamos nos ater às seguintes 
contas credoras: provisões e ajuste a valor presente.
1.1 - Provisões
Podemos ter no grupo de Outros Créditos as seguintes 
contas credoras:
• Provisão para créditos de liquidação duvidosa.
• Provisão para perdas.
Estas provisões devem 
ser constituídas por valores 
que cubram a expectativa de 
perdas nas diversas contas desse 
subgrupo. Os critérios de sua 
constituição e contabilização são 
similares aos da mesma provisão 
do subgrupo Clientes. 
Devemos, na data do 
Balanço, efetuar uma análise da 
composição de cada uma das 
contas, verifi cando-se as prováveis perdas na cobrança das 
mesmas para, pela estimativa dessas perdas, constituir-se-á a 
provisão.
Notem que as contas mais suscetíveis de perdas por crédito de 
liquidação duvidosa são as de título a receber, cheques em cobrança, 
adiantamentos a terceiros e a funcionários.
Lembrem-se sempre que a segregação da provisão em 
duas contas destina-se a separar as perdas conforme sua 
origem, ou seja, as perdas com o não-recebimento dos valores 
a receber por inadimplência de terceiros e as perdas por 
outras razões (como no caso de perda do direito de recuperar 
imposto por falta ou extravio de documentação hábil etc.).
1.2 - Ajuste a valor presente
Continuando nosso raciocínio, agora vamos verifi car 
como se dá a conta ajuste a valor presente.
Logicamente, inúmeras outras contas da natureza 
de outros créditos poderão surgir. Todavia, o tratamento 
contábil de tais contas em termos de avaliação e classifi cação, 
é semelhante ao já exposto. Podemos elencar entre elas a:
• redução a valor presente das contas a receber. 
• infl ação e juros embutidos nos preços de venda a 
prazo.
Um dos problemas de mais difícil solução pela Contabilidade, 
Seções de estudo
Disponível em: https://pixabay.
com/pt/photos/calculadora-
c%C3%A1lculo-seguro-
fi nan%C3%A7as-385506/. Acesso 
em: 27 ago. 2019
na apuração dos resultados das empresas, tem sido o dos juros 
embutidos nos preços das transações a prazo, em relação aos 
correspondentes preços a vista.
A Contabilidade Tradicional baseia-se nos documentos 
que suportam essas transações, registrando-se pelos valores 
constantes dessas notas fi scaise faturas.
Esse problema, na verdade, existe na maioria dos países, 
mas, nos de moeda forte, os valores são substancialmente 
menores. Nas transações comerciais de curto prazo (30 a 90 
dias de prazo de vencimento), os juros embutidos tendem a 
não ser relevantes e, dessa forma, é aceita a prática dos registro 
das vendas e contas a receber a prazo, como se fossem a vista, 
além do exercício da simplifi cação burocrática. 
Essa aceitação é por sua não relevância relativa e não 
porque seja uma prática contábil sadia e aceitável. Tanto que, 
nas transações de longo prazo com juros embutidos, a prática 
normal é de proceder na contabilidade a uma relação desses 
ativos a seu valor atual ou presente, mediante a técnica do 
desconto, com base nas taxas de juros normais praticadas no 
mercado.
A técnica de redução a valor presente de contas a receber 
no futuro, para fi ns contábeis, não é nova. Decorre dos 
conceitos de avaliação de ativos a valores de saída. 
2 - Contabilizações
Nesta seção, exemplifi caremos as contabilizações das 
contas credoras estudadas na Seção 1.
Veremos agora alguns casos práticos de contabilização.
Dados da Empresa Modelo em 31/01/x1:
Caixa R$ 10.000,00 
Estoque Inicial R$ 30.000,00
Adto Viagem R$ 1.000,00 
ICMS a recuperar R$ 9.000,00
Capital Social R$ 50.000,00
Fatos contábeis ocorridos em 02/X1:
1. Compra a prazo de mercadorias para revenda, R$ 20.000 com 
ICMS incluso 17%;
2. Venda a prazo de mercadorias R$ 50.000,00;
3. Acerto da viagem do funcionário cuja despesa foi de R$ 800,00;
4. A empresa Modelo efetuou prestação de serviços à vista a um 
cliente no valor de R$ 10.000,00. A empresa tomadora efetuou 
retenções de IRPJ 1,50% e ISS 5%.
5. Valor do estoque fi nal R$ 5.000,00;
6. ICMS sobre as Vendas 17%;
7. PIS 0,65%; COFINS 3,0% e ISS 5%.
Iremos proceder à contabilização dos fatos, apuração 
dos impostos e escrituração no razão. 
Lançamentos no Diário:
1 - D – Compras.........................R$ 16.600,00
 D – ICMS a recuperar..............R$ 3.400,00
 C – Dpl. a Pagar............................R$ 20.000,00
11
2 - D – Dpl. a Receber 
C – Receita de Vendas 
 Vendas a prazo.........................R$ 50.000,00
3 - D – Despesa de Viagem.........R$ 800,00
D – Caixa........................................R$ 200,00
C – Adiantamento de Viagem....R$ 1.000,00
 Acerto Viagem
4 - C – Receita de Serviços...........R$ 10.000,00
D – Caixa........................................R$ 9.400,00
D – IRPJ a compensar.................R$ 100,00
D – ISS a Compensar...................R$ 500,00
5 - D – C M V
C – Estoque Inicial
 Apuração do C M V...............R$ 20.000,00
D – C M V
C – Compras
 Apuração do CMV..................R$ 16.600,00
D – Estoque final
C – C M V
 Valor do Estoque final...........R$ 5.000,00
6 - D – ICMS sobre Vendas
 C – ICMS a recolher
 ICMS s/ vendas.......................R$ 8.500,00
 D – ICMS a Recolher
 C – ICMS a Recuperar
 Apuração do ICMS.................R$ 8.500,00
7 - D – PIS sobre Faturamento
 C – PIS a recolher
 Valor do PIS.............................R$ 390,00
 D – COFINS Sobre Faturamento
 C – COFINS a recolher
 Valor da COFINS...................R$ 1.800,00
 D – ISS sobre Serviços
 C – ISS a Recolher
 Valor do ISS.............................R$ 500,00
 D – ISS a Recolher
 C – ISS a compensar
 ISS compensado......................R$ 500,00
Vamos ver a seguir estes lançamentos nos razonetes, para 
facilitar o entendimento.
Caixa
 20.000
 200
 9.350
 29.550
ICMS a recuperar
 9.000 8.500
 3.400
 3.900
Dpl. a pagar
 20.000
Receita de serviços
 10.000
Estoque inicial
 20.000 30.000
Capital social
 50.000
Receita de vendas
 50.000
IRPJ a compensar
 150
Adto viagem
 1.000 1.000
Compras
 16.600 16.600
Despesa de viagem
 800
ISS a compensar
 500 500
5
1
2 3
4 14 4
1
3
3
3
4
1
Contabilidade Societária II 12
CMV
 20.000 10.000
 16.600
 31.600
ICMS a recolher
 8.500 8.500
Dpl. a receber
 50.000
Estoque fi nal
 5.000
PIS s/ faturamento
 390
CONFINS s/ fatur.
 1.800
ICMS s/ vendas
 8.500
PIS a recolher
 390
CONFINS a recolher
 1.800
6
7
7
5 5
6 7
 7
6
2
ISS s/ serviços
 500
ISS a recolher
 500 500 7 77
3 - DRE – Demonstração do resultado 
do exercício
Agora iremos proceder à contabilização dos fatos 
elencados na seção anterior, na DRE e, em seguida, no 
Balanço Patrimonial.
Vejamos:
Demonstração do resultado do exercício
Receita Bruta de Vendas R$ 50.000,00
Receita de Serviços R$ 10.000,00
(-) Deduções de Vendas
 ICMS s/ Vendas R$ (8.500,00)
 ISS s/ Serviços R$ (500,00)
 PIS s/ Faturam. R$ (390,00)
 COFINS s/ Faturam. R$ (1.800,00)
Receita Líquida de Vendas R$ 48.810,00
( - ) C M V
Custo da Merc. Vendida R$ (31.600,00)
Lucro Bruto R$ 17.210,00
( - ) Despesas adm. e operacionais
Despesas de Viagem R$ (800,00)
Lucro Líquido do Exercício R$ 16.410,00
Está claro até aqui? Então, vamos adiante verifi carmos como fi ca o 
Balanço Patrimonial?
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Ativo circulante
Disponível
Caixa R$ 29.500,00
Clientes
Dpl. a receber R$ 50.000,00
Outros créditos
ICMS a recuperar R$ 3.900,00
IRPJ a compensar R$ 150,00
Estoques
Estoque R$ 5.000,00
Total do ativo R$ 88.600,00
Passivo circulante
Fornecedores
Dpl. a pagar R$ 20.000,00
Obr. fi scais
PIS a recolher R$ 390,00
COFINS a recolher R$ 1.800,00
Patrimônio Líquido
Capital social R$ 50.000,00
Lucro líquido R$ 16.410,00
Total do passivo R$ 88.600,00
Assim, encerramos os estudos sobre as contas credoras: 
provisões e ajuste a valor presente.
Como estamos indo? Tudo tranquilo até aqui?!
Agora, vamos rever resumidamente o que estudamos em cada seção. 
Confi ra também as sugestões disponibilizadas, para aprofundar seus 
conhecimentos.
13
Retomando a aula
Agora, para consolidar os conhecimentos adquiridos, 
vamos relembrar os principais pontos estudados na 
Aula 02:
1 - Provisões e valor presente
Vimos que no grupo de Outros Créditos, encontramos 
as contas credoras de: Provisão para créditos de liquidação 
duvidosa e Provisão para perdas. As provisões constituem-se 
em valores estimados, levantados na data do Balanço, a partir 
análise da composição de cada conta, para cobrir prováveis 
perdas. 
A técnica de redução a valor presente de contas a receber 
no futuro, para fi ns contábeis, decorre de conceitos de 
avaliação de ativos a valores de saída. 
2 - Contabilizações 
Nesta seção, foram vistos alguns casos práticos de 
contabilização, como lançamento em diário e razonetes.
3 - DRE – Demonstração do resultado do exercício
Aqui pudemos realizar a contabilização dos fatos 
propostos na DRE e no Balanço Patrimonial.
HIRASHIMA & ASSOCIADOS. Guia Para Pesquisas de 
Práticas Contábeis: Incluindo Aspectos Tributários Relevantes. 
1. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
SÁ, Antonio Lopes de. Plano de Contas. 9. ed. São Paulo: 
Atlas, 1998.
SANTOS, Ariovaldo. Consolidação de Demonstrações 
Contábeis: Erro na contabilização quando existem Lucros 
Não-Realizados. Curitiba: Resumos dos Trabalhos do 28o 
Encontro da Anpad – ENANPAD, 2004.
Vale a pena ler
Ajuste do Valor Presente e o Fortalecimento da 
Teoria Contábil. Disponível em: <http://www.ebah.com.
br/content/ABAAAAq0YAF/ajuste-valor-presente-
fortalecimento-teoria-contabil> 
Classe Contábil. Disponível em: <www.classecontabil.
Vale a pena acessar
Vale a pena
com.br>
Revista Universo Contábil - Furb. Disponível em: 
<furb.br/universocontabil/>
Minhas anotações
Contabilidade Societária II
Minhas anotações
3ºAula
Investimentos:
método de custo
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• distinguir os Investimentos das empresas na sua forma de avaliação;
• distinguir osInvestimentos das empresas na sua forma de contabilização;
• refletir como se dá o processo da provisão para perdas em relação à legislação fiscal.
Bem-vindos(as) à nossa penúltima aula! 
Quanto já estudamos e quantos enfoques já foram vistos, 
não é mesmo?! Mas, ânimo, para chegarmos ao final de nossa 
disciplina, atingindo com sucesso os objetivos propostos. 
Nesta aula enfocaremos basicamente a respeito do método de 
custos, adotado para avaliação de investimentos menores. Os 
investimentos avaliados ao método de custo, são investimentos 
chamados “não-relevantes”! 
Vamos lá, então?!
Excelente estudo!
Bons estudos!
Contabilidade Societária II 16
1 - Avaliação de investimentos pelo método do custo
2 - Investimentos avaliados pelo método de custo
3 - A provisão para perdas e a legislação fi scal
1 - Avaliação de investimentos pelo 
método do custo
Como já dito introdutoriamente, os Investimentos 
avaliados ao método de custo, são investimentos chamados 
“não-relevantes”. 
Os investimentos DO ATIVO PERMANENTE (AP) 
podem ser avaliados pelo método do custo de aquisição, 
atendendo ao Princípio do Registro pelo Valor Original.
Basicamente, passaram a existir dois métodos de 
avaliação de investimentos quais sejam:
• Método de custo
• Método da equivalência patrimonial
Nesta aula investigaremos sobre o Método de Custo e na próxima 
aula trataremos a respeito do Método da Equivalência Patrimonial.
O método de custo é adotado para os investimentos 
menores e o método da equivalência patrimonial para os mais 
signifi cativos, em termos do nível de participação acionária na 
investida e de sua relevância na investidora.
A Lei nº 6.404/76, introduziu critérios contábeis de avaliação de 
investimentos mais adequados que os até então praticados (art. 183, 
III a VI e §§ 1 º a 3º). São, esses critérios, de relativa complexidade na 
aplicação prática. 
Os investimentos que não atinjam valores signifi cativos, quando a 
investidora não terá direito a voto na investida.
Classifi cação no Balanço
Investimentos de caráter permanente são classifi cados 
em título especial à parte no balanço patrimonial com 
a intitulação INVESTIMENTOS. Esse subgrupo de 
Investimentos faz parte do Grupo ATIVO PERMANENTE, 
que inclui também o ATIVO IMOBILIZADO e o ATIVO 
DIFERIDO.
1.1 - Natureza das contas
O artigo 179 da Lei nº 6.404 estabelece como as contas 
serão classifi cadas, defi nindo no seu item III, o seguinte:
Em Investimentos: as participações 
permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classifi cáveis 
no ativo circulante, e que não se destinem à 
manutenção da atividade da companhia ou da 
empresa.
Assim, podemos verifi car, por esse texto legal, que no subgrupo 
Investimentos deverão estar classifi cados dois tipos de ativos, ou 
seja, as Participações permanentes em outras sociedades e outros 
investimentos permanentes, ambos analisados a seguir:
Seções de estudo
Participações permanentes em outras sociedades
Veja que essas participações são os tradicionais 
investimentos em outras empresas, na forma de ações ou de 
quotas. 
Devem ter a característica de permanente, ou seja, 
incluem-se aqui somente os investimentos em outras 
sociedades que tenham a característica de aplicação do capital, 
não de forma temporária ou especulativa, existindo efetiva 
intenção de usufruir dos rendimentos proporcionados por 
esses investimentos.
 Investimentos voluntários
O normal é que tais aplicações de capital em outras 
sociedades sejam de natureza voluntária, representando 
uma espécie de extensão da atividade econômica da própria 
empresa, pela participação numa coligada ou controlada que, 
por exemplo, tenha por atividade a produção de matérias-
primas, que são fornecidas à investidora, ou vice-versa. 
Outros exemplos que temos são as contas coligadas ou 
controladas de outra atividade econômica, formadas para 
diversifi cação da atividade do grupo. 
De qualquer forma, representam tais investimentos uma 
ampliação voluntária da atividade econômica, que é feita 
através da constituição ou aquisição de outra empresa, ao 
invés de se efetuar a ampliação na própria investidora.
2 - Investimentos avaliados pelo 
método de custo
São avaliados pelo método de custo todos os 
investimentos na forma de ações ou quotas que não sejam 
em coligadas ou em controladas, ou mesmo os feitos em tais 
empresas, porém não signifi cativos, ou seja, não relevantes, 
individualmente ou em seu conjunto. 
Disponível em: https://chiptronic.com.br/blog/como-separar-as-
fi nancas-pessoais-e-as-da-ofi cina. Acesso em: 27 ago. 2019.
De forma resumida, podemos dizer que, com poucas 
exceções, se adota o método de custo quando a participação 
em outra sociedade for inferior a 20% das ações do capital 
daquela sociedade. 
Assim, os investimentos feitos com incentivos fi scais, 
bem como as participações em companhias telefônicas, e 
que sejam permanentes, são normalmente avaliados por este 
método de custo, a não ser nos casos de projetos próprios, 
enquadrados nas condições de investimentos relevantes em 
coligadas e controladas.
17
2.1 - O critério de avaliação e a 
forma de contabilização
Pelo método do critério de avaliação e a forma de 
contabilização, os investimentos são registrados pelo custo de 
aquisição, deduzido de provisão para perdas. 
Assim, temos o custo de aquisição e a provisão para 
perdas, conforme veremos a seguir:
a) Custo de Aquisição
Conceito
O custo de aquisição é o valor efetivamente despendido na transação. 
• Pode ser por subscrição relativa a aumento de capital, 
caso em que é a quantidade de ações ou quotas ao 
seu preço de emissão, seja pelo valor nominal ou 
valor superior ao nominal (ágio). 
• Pode ser ainda pela compra de ações de terceiros, 
quando a base do Custo é o preço total pago.
b) Provisão para perdas - Conceitos
Segundo estipulação da Lei nº 6.404, deverá ser 
constituída uma provisão para cobrir as perdas prováveis na 
realização do valor do investimento, quando comprovadas 
como permanentes.
Normalmente, para determinar se uma empresa 
investidora tem perdas com seus investimentos em outras 
sociedades, é necessário saber qual a situação dessas outras 
sociedades.
A base normal, para tanto, é obter as demonstrações 
fi nanceiras dessas empresas e apurar o valor patrimonial das 
ações possuídas para comparar com o valor registrado na 
conta de investimentos da investidora. 
Atenção!
A empresa onde foi feito o investimento está operando com 
prejuízos: o valor de seu patrimônio fi ca reduzido e a comparação 
acima indicará a necessidade da constituição de uma provisão, pois 
seria uma perda já comprovada como permanente.
A não ser em casos de novos empreendimentos com 
prejuízos já esperados no início das atividades, porém, com 
sólidas perspectivas de recuperação através das próprias 
operações futuras.
Um outro caso de perdas já comprovadas como permanentes é 
o dos investimentos em empresas falidas ou em má situação, ou 
em empresas cujos projetos não mais sejam viáveis, ou estejam 
abandonados. Nesses casos, normalmente não haverá recuperação 
do investimento feito, devendo ser constituída a provisão para perdas.
Como podemos verifi car, o importante é conhecer 
a situação da empresa onde se efetuou o investimento, 
procurando-se obter o maior volume de informações possível 
o que, aliás, deveria ser uma prática normal, não somente 
para fi ns de contabilização, mas para proteção dos recursos 
aplicados.
É preciso, ainda, considerar que:
• Algumas informações de utilidade seria conhecer 
seus acionistas e dirigentes; se está em fase 
de implantação, saber se o processo caminha 
normalmente ou qual é o nível de difi culdade.
• Para empresas em operação, informações úteis a 
essa fi nalidade poderiam ser:
• demonstrações fi nanceiras periódicas;
• situação patrimonial e fi nanceira;
• evolução dos negócios e situação do mercado;
• rentabilidade e política de dividendos;
• grupo a que pertence e sua segurança.
A obtenção dessesdados tem melhorado sensivelmente 
com a Lei nº 6.404 e regulamentações emitidas pela CVM, 
não só pela maior responsabilidade legal, mas também 
pelo aprimoramento qualitativo e pelo maior volume de 
informações e dados nas Demonstrações Financeiras.
Não há dúvida de que a constituição de uma provisão 
para perdas em investimentos é, em muitos casos, subjetiva e 
até complexa, conforme as circunstâncias.
A provisão, além disso, deve ser feita na proporção das perdas 
esperadas, ou seja, em certas circunstâncias será necessária uma 
provisão integral (100% do valor do investimento) e, em outros casos, 
deverá ser de 30%, 40%, 50%, ou outra porcentagem.
Algumas empresas adotam a prática simplista de fazer provisões. 
Seus investimentos feitos com incentivos fi scais e outros, também 
provisionam 100% pelo fato de não terem informações das empresas.
No entanto, lembrem-se que essas práticas não são 
adequadas, pois antes se deve verifi car a situação da empresa 
- como já exposto -, fazer o julgamento e, então, constituir a 
provisão.
3 - A provisão para perdas e a 
legislação fi scal
Agora vamos examinar como se dá a provisão para 
perdas e a legislação fi scal.
A legislação do imposto sobre a renda trata também 
dessa provisão, através do art. 374, do Regulamento do 
Imposto de Renda - RIR Decreto nº 1.041, de 10 janeiro 
de 1994, aceitando-a como dedutível se atendidos alguns 
quesitos, como segue:
I. Constituída depois de 3 anos da aquisição do 
investimento.
II. Comprovada como permanente, assim entendida a de 
impossível ou improvável recuperação.
Determina também à empresa o ônus da prova da perda 
permanente que justifi que a constituição da provisão. 
Como se verifi ca, a legislação fi scal aceita a provisão 
como dedutível, mas estabelece alguns critérios mais rígidos 
para sua aceitação, claramente consonantes com a Lei das 
S.A., exceto na parte referente à dedutibilidade, somente após 
3 anos da aquisição do investimento. 
Em certos casos, poderá ser necessária a provisão para atender aos 
princípios contábeis e à Lei das SA, antes de decorrido este prazo, ou 
Contabilidade Societária II 18
no próprio exercício da aquisição do investimento. Nessa situação, 
deve-se contabilizar a provisão no momento necessário, apesar de 
não ser dedutível nesse exercício.
A própria legislação fi scal, aliás, já prevê essa possibilidade 
ao mencionar que a provisão constituída antes do prazo, do 
item I (3 anos) poderá ser deduzida, após o decurso desse 
prazo, para efeito de determinar o lucro real, desde que 
observadas as demais condições.
Durante o período em que não é dedutível, tal provisão 
aparecerá como ajuste no Livro de Apuração do Lucro Real.
Deve-se lembrar que a provisão para perda relativa a 
investimentos feitos com incentivos fi scais de imposto de 
renda não é dedutível.
3.1 - Dividendos
Com relação aos Dividendos podemos ter:
• O Registro como Receita; 
• Dividendo a Receber; 
• Dividendos de Empresas Adquiridas
Vamos compreender agora as características particulares 
de cada um deles:
 I – Registro como Receita
No Método de Custo, as receitas dos investimentos 
são reconhecidas pelos dividendos. Tal receita é considerada 
como operacional nos termos da legislação, mas em subgrupo 
à parte.
No Modelo de Plano de Contas criou-se um subgrupo 
de Outras Receitas e Despesas Operacionais, entre as quais 
se incluem os Lucros e Prejuízos de Participações em outras 
Sociedades, através da conta Dividendos e Rendimentos de 
Outros Investimentos.
II – Dividendo a Receber
Pela atual legislação societária, as companhias devem, 
na data do balanço, contabilizar a destinação do lucro líquido 
proposta pela Administração, inclusive a Provisão para 
Dividendos Propostos, que fi gurará no Passivo Circulante. 
Dessa forma a empresa com investimentos em outras sociedades 
deve verifi car os dividendos propostos, já contabilizados nos 
balanços dessas empresas, devendo registrar a receita de dividendos 
proporcionais naquele mesmo período, debitando uma conta a 
receber que poderia ser intitulada Dividendos Propostos a Receber, 
creditando a receita correspondente, como já indicado.
Essa conta a receber está prevista no Modelo de Plano de 
Contas, no Ativo Circulante, no subgrupo Outros Créditos. 
Entretanto, a proposta de destinação do lucro estará sujeita à 
aprovação pela assembleia geral dos acionistas, a qual poderá 
alterar os dividendos propostos a distribuir.
Nessa situação, se for um valor maior, bastaria registrar o 
complemento no exercício seguinte. Por outro lado, se forem 
menores os dividendos aprovados, surgiria a necessidade 
de reverter no exercício seguinte parte da receita registrada 
no exercício anterior. Todavia, são muito raros os casos de 
alteração da proposta dos administradores.
Havendo dúvidas quanto à distribuição ou impossibilidade de 
obtenção da informação dos dividendos propostos pelas empresas 
investidas, a receita de dividendo deve ser contabilizada quando 
efetivamente recebida.
III – Dividendos de Empresas Adquiridas
Normalmente, os dividendos são contabilizados como 
receita, conforme visto anteriormente. Todavia devemos 
considerar a situação em que se recebem dividendos de uma 
empresa da qual se compraram as ações, dividendos esses 
oriundos de lucros ou reservas já existentes na data da compra 
dessas ações. 
De fato, nessa circunstância, normalmente ocorre que 
tais reservas e lucros proporcionais foram “comprados” junto 
com a parcela de capital, ou seja, no preço pago pelas ações, 
já registrado na conta de investimentos, está incorporada à 
parcela de lucros e reservas então existentes. 
Disponível em: http://www.puzzle-me.com.br/2016/02/quebracabecasaude/. 
Acesso em: 27 ago. 2019.
Dessa forma, quando tais lucros ou reservas são 
posteriormente distribuídos na forma de dividendos, sua 
contabilização não deve ser a crédito de Receita, mas, sim, a 
crédito da própria conta de investimentos. 
Importante
Esse raciocínio deve ser seguido, pois a empresa investidora, ao 
receber tais dividendos, está meramente recuperando o dinheiro 
anteriormente despendido por aquela parcela, e que está no seu 
ativo.
Nesse momento, está, portanto, simplesmente 
destrocando tal ativo por dinheiro novamente, operação que 
não gera receita, mas a simples baixa daquele ativo.
Esse critério apresenta, por vezes, problemas práticos 
para identificar tal parcela, mas, sempre que os investimentos 
tiverem significância, deve ser seguido.
Alguma dúvida? Tudo tranquilo até aqui?!
Nesta penúltima aula, após terem realizado uma boa 
leitura dos assuntos abordados, sugiro que procurem tornar 
a pesquisa e a interação com colegas de curso, instrumento 
de aprendizagem sobre a temática desta aula. Aguardo a 
participação de vocês em nosso ambiente virtual!
19
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: 
abordagem básica e gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de contabilidade básica: 
uma introdução à prática contábil. 5. ed. São Paulo : Atlas, 
2004.
SOUZA, Clovis de; FAVERO, Hamilton Luiz; 
LONARDONI, Mário; TAKAKURA, Massazaku. 
Contabilidade: Teoria e Prática. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2009.
Vale a pena ler
Conselho Regional de Contabilidade. Disponível em: <www.
cfc.org.br> Acesso em: 25 mar. 2012.
Equivalência Patrimonial x Atualização de Custos. Disponível 
em: <http://www.jusbrasil.com.br/topicos/3285685/
equivalencia-patrimonial-x-atualizacao-de-custos>
ZANLUCA, Júlio César. Manual de Contabilidade de 
Custos. Portal Tributário Editora. Disponível em: <http://
www.portaldecontabilidade.com.br/obras/custos.htm>
Vale a pena acessar
Vale a pena
Retomando a aula
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar 
essa aula, vamos recordar:
1 - Avaliação de investimentos pelo método do custo
Nesta seção, vimos que os Investimentos do Ativo 
Permanente (AP), chamados “não-relevantes”, são adotados 
para os investimentos menores, avaliados pelo método de 
custo de aquisição, atendendoao Princípio do Registro pelo 
Valor Original.
No subgrupo Investimentos, quanto a natureza das 
contas, devem estar classificados dois tipos de ativos: as 
Participações permanentes em outras sociedades e outros 
investimentos permanentes.
2 - Investimentos avaliados pelo método de custo
Quanto ao critério de avaliação, podemos dizer que, 
com poucas exceções, se adota o método de custo quando a 
participação em outra sociedade for inferior a 20% das ações 
do capital de dada sociedade. 
Já levando em consideração a forma de contabilização, 
os investimentos são registrados pelo custo de aquisição, 
deduzido de provisão para perdas. Assim, temos o custo de 
aquisição e a provisão para perdas.
3 - A provisão para perdas e a legislação fiscal
A legislação fiscal aceita a provisão como dedutível, mas 
estabelece alguns critérios mais rígidos para sua aceitação. 
A legislação do imposto sobre a renda trata também dessa 
provisão, através do art. 374, do Regulamento do Imposto de 
Renda - RIR Decreto nº 1.041, de 10 janeiro de 1994. 
Os Dividendos se verificam: no registro como receita; 
nos dividendo a receber; e nos dividendos de empresas 
adquiridas.
Minhas anotações
Contabilidade Societária II
Minhas anotações
4ºAula
Investimentos: método da 
equivalência patrimonial
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• conceituar e compreender sobre o método de equivalência patrimonial;
• caracterizar o investimento quando se dá em sociedade controlada e em sociedade coligada;
• definir o valor contábil do investimento, em relação ao Método da Equivalência Patrimonial.
Olá pessoal! Então, vamos a nossa última aula?!
Dando continuidade ao assunto dos Investimentos, 
vamos conhecer os aspectos do método da equivalência 
patrimonial (MEP), um dos métodos utilizados na avaliação de 
investimentos do Ativo Permanente (AP). 
Veremos que o investimento é classificado no AP quando a 
empresa tem intenção mantê-lo no patrimônio no longo prazo.
Comecemos, então, analisando os objetivos e verificando 
as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula.
Boa aula!
Bons estudos!
Contabilidade Societária II 22
1 - O Método da equivalência patrimonial
2 - Sociedades coligadas e controladas
3 - O Valor contábil do investimento
1 - O Método da equivalência 
patrimonial
A equivalência patrimonial é o 
método que consiste em atualizar 
o valor contábil do investimento 
ao valor equivalente à participação 
societária da sociedade investidora 
no patrimônio líquido da sociedade 
investida, e no reconhecimento 
dos seus efeitos na demonstração 
do resultado do exercício.
Assim, temos que o valor do investimento, portanto, 
será determinado mediante a aplicação da porcentagem de 
participação no capital social, sobre o patrimônio líquido de 
cada sociedade coligada ou controlada, conforme veremos 
adiante.
No método da equivalência patrimonial se concentram as maiores 
complexidades e difi culdades de aplicação prática. Todavia, apresenta 
resultados signifi cativamente mais adequados.
Esse critério traz refl exos relevantes nas demonstrações 
fi nanceiras de muitas empresas, com repercussões positivas, 
particularmente no mercado de capitais, pois as empresas 
reconhecem os resultados de seus investimentos relevantes 
em coligadas e controladas, defi nidos adiante, no momento 
em que tais resultados são gerados naquelas empresas, e não 
somente no momento em que são distribuídos na forma de 
dividendos, como ocorre no método de custo.
Dessa forma, o método da equivalência patrimonial 
acompanha o fato econômico, que é a geração dos resultados 
e não a formalidade da distribuição de tal resultado.
1.1 - Método de custo
No método de custo, como verifi cado na aula anterior, os 
investimentos são avaliados ao preço de custo. Desse modo, 
quanto mais correção monetária, menos provisão para perdas 
permanentes. 
Em resumo, esse método baseia-se no fato de que a empresa 
investidora registra somente as operações ou transações baseadas 
em atos formais, pois, de fato, os dividendos são registrados como 
receita no momento em que são declarados e distribuídos, ou 
provisionados pela empresa investida.
 Dessa forma, no método de custo não importa a geração 
efetiva dos lucros ou reservas, mas sim, as datas e os atos 
formais de sua distribuição. Assim, deixa-se de reconhecer 
na Empresa investidora os lucros e reservas gerados e não 
Seções de estudo
Disponível em: https://www.
ibccoaching.com.br/portal/o-que-e-
contabilidade-de-custo/. Acesso em: 
27 ago. 2019.
distribuídos pela coligada ou controlada.
1.2 - Casos de aplicação da 
equivalência patrimonial 
A equivalência patrimonial, quanto à defi nição legal, 
apresenta no artigo 248, da Lei nº 6.404, que estabelece para as 
S.A. a obrigatoriedade da adoção do método da equivalência 
patrimonial de avaliação dos investimentos.
Esse mesmo método é aceito pela legislação fi scal, que 
o estendeu também às outras pessoas jurídicas, como consta 
dos arts. 330 a 334 do Regulamento do Imposto de Renda 
(Decreto nº 1.041, de 11-01-94). Cabe ressaltar que tais 
investimentos, mesmo com a aplicação de tal método, terão 
o acréscimo de correção monetária sobre o saldo do início 
do exercício.
Esse método será aplicado, todavia, somente para “os investimentos 
relevantes em sociedades coligadas, sobre cuja administração tenha 
infl uência ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do 
capital social, e em sociedades controladas”.
Dessa forma, o método da equivalência patrimonial se 
aplicará para todos os investimentos, desde que relevantes, em 
empresas de que se participe com 20% ou mais do capital 
social, o que abrange todas as controladas e todas as coligadas 
de que se tenha mais de 20%. É de se notar que os 20% de 
participação no capital, segundo o texto da lei, independe do 
tipo de ação e de direito a voto.
Fica, portanto, a decisão sobre os investimentos em 
coligadas das quais se tenha menos de 20%, do capital, ou 
seja, aquelas em que se tenha entre 10% e 20% do capital. 
A lei defi ne que tais coligadas também serão avaliadas 
pelo método patrimonial nos casos em que “sobre cuja 
administração tenha infl uência”. 
Atenção!
Essa infl uência na administração pode ser de diversas formas, como:
a. A empresa investidora tem só 15% do capital, mas é ela quem 
fornece a tecnologia de produção e designa o Diretor Industrial 
ou o responsável pela área de produção.
b. A investidora tem só 15% de participação, mas é a responsável 
pela administração e fi nanças, sendo a área de produção de 
responsabilidade dos outros acionistas.
Enfi m, há inúmeras situações e cada caso deverá ser 
analisado individualmente.
Para um melhor entendimento destas questões, veremos, 
na próxima seção, o conceito de coligadas e controladas e, em 
seguida, na última seção a defi nição de quando o investimento 
é relevante.
2 - Sociedades coligadas e 
controladas
O conceito do método da equivalência patrimonial é 
baseado no fato de que os resultados e quaisquer variações 
patrimoniais de uma controlada ou coligada devem ser 
reconhecidos (contabilizados) no momento de sua geração, 
independentemente de serem ou não distribuídos.
23
Esse método de avaliação é designado pela expressão método da 
equivalência patrimonial pelo fato de o seu cálculo basear-se no valor 
do patrimônio líquido da coligada ou controlada.
O valor do investimento é determinado no final do 
exercício mediante a aplicação, sobre o valor do patrimônio 
líquido da coligada ou controlada, da porcentagem de 
participação no seu capital, observados alguns aspectos 
adiante mencionados.
Investida
• Aumenta, no exercício
seguinte, o valr de seu
Patrimônio Líquido (PL)
Investidora
• Mantém em seu
balanço o valor da 
participação na Investida 
pelo custo original de
R$ 100.000,00
Fonte: <http://www.blogdireitoempresarial.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2012.
O artigo 243, da Lei estabelece, em seus parágrafos 1 º 
e 2º:
§ 1 º São coligadas as sociedadesquando uma 
participa com 10% (dez por cento) ou mais, 
do capital da outra, sem controlá-la.
§ 2º Considera-se controlada a sociedade na 
qual a controladora, diretamente ou através de 
outras controladas, é titular de direitos de sócio 
que lhe assegurem, de modo permanente, 
preponderância nas deliberações sociais e o 
poder de eleger a maioria dos administradores.
A fim de permitir entendimento da matéria que adiante 
será exposta, é necessário o conhecimento do conceito 
estabelecido pela Lei das S.A. sobre a divisão feita nos 
investimentos em função da participação acionária.
2.1 – Coligada
Notem que uma empresa é coligada de outra sempre 
que uma tenha participação de, no mínimo, 10% no capital 
da outra, mas desde que não seja uma participação acionária 
grande a ponto de controlá-la. 
Fonte: <http://direito.folha.uol.com.br/1/post/2012/3/para-entender-a-diferena-
entre-controlada-coligada-e-subsidiria.html>. Acesso em: 28 ago. 2019.
No que se refere à definição de coligada, a lei não fez 
qualquer referência a tipos de ações de que se constitui a 
participação, podendo ser ações ordinárias com direito a voto 
ou mesmo preferenciais, sem ou com esse direito, ou mesmo 
com outras restrições. 
Cabe ainda notar que a menção da lei é genérica em 
termos da participação, abrangendo as sociedades como 
um todo, podendo, portanto, ser Sociedades por Ações ou 
Limitadas. 
A lei não faz menção sobre participações indiretas, concluindo-se que 
as empresas são coligadas somente por participações diretas.
A lei não faz menção sobre participações indiretas, 
concluindo-se que as empresas são coligadas somente por 
participações diretas.
2.2 - Controlada
No que se refere à controlada, vale também a referência 
de que pode ser uma Limitada. 
Não há também menção a tipo de ações ou quotas; todavia, há a 
clara referência quanto à qualidade dos títulos representativos do 
investimento (ações ou quotas), no sentido de que tenham “direitos 
de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância 
nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos 
administradores”.
Não há dúvida de que esses direitos são conferidos às 
ações com direito a voto, ou seja, às ações ordinárias e, em 
casos especiais, a certos tipos de ações preferenciais, quando 
assim definido no Estatuto da empresa. Devemos, portanto, 
verificar qual o tipo de ações ou quotas que possui e seus 
direitos ou restrições.
Fonte: <http://www.blogdireitoempresarial.com.br>. Acesso em: 28 ago. 2019.
A “preponderância nas deliberações sociais e o poder de 
eleger a maioria dos administradores” de modo permanente 
ocorrem, normalmente e com segurança, quando a empresa 
investidora possuir o controle acionário representado por 
mais de 50% do capital votante da outra sociedade. 
Contabilidade Societária II 24
Investidora
CV 50%
(controlada)
infl uência
signifi cativa
cap. vot > 20%
Coligada
Fonte: <http://www.qualquerinstante.com.br/blog/impressao.php?p=1588>. 
Acesso em: 31 mar. 2012.
Nessa situação, se a investida tiver seu capital formado 
por 1/3 em ações ordinárias e 2/3, que é o limite, em 
ações preferenciais, um investidor que tiver 51 % das ações 
ordinárias terá o controle acionário. 
Digamos que o capital seja de 1.000 ações, sendo 334 
de ações ordinárias e 666 de preferenciais. Nesse caso, o 
investidor com 50% das ordinárias mais uma, ou seja, com 
168 ações, tem o controle acionário, o que representa menos 
de 17% do capital total.
Outra situação frequente em que existe a controlada é a 
de empresas que tenham seu capital muito pulverizado, ou seja, 
muitos acionistas com pequenos investimentos individuais. 
Nesse caso, pode ocorrer que um acionista, mesmo tendo somente, 
digamos, 40% do capital votante, ainda detenha a preponderância 
nas deliberações sociais, de forma a se poder dizer permanente, 
pois todos os demais 60% estão espalhados por muitos pequenos 
acionistas que detêm, individualmente, pequena porcentagem.
No Brasil, há poucos desses casos, mas em outros países 
é relativamente comum essa situação em grandes companhias 
abertas.
Como se vê, devemos analisar cada caso em particular, 
verifi cando-se a classe e espécie de ação possuída, a 
porcentagem do capital detido e, na última situação de 
empresas com muitos acionistas, analisar ainda se é possível 
admitir que seja permanente a situação.
2.3 – Ivestimento relevante
Conceito
A defi nição de investimento relevante é dada pelo 
parágrafo único do art. 247, da Lei nº 6.404, reproduzido no § 
3º do art. 328 do novo RIR, como segue:
Parágrafo único. Considera-se relevante o 
investimento:
a. em cada sociedade coligada ou 
controlada, se o valor contábil é igual ou 
superior a 10% (dez por cento) do valor 
do patrimônio líquido da companhia;
b. no conjunto das sociedades coligadas e 
controladas, se o valor contábil é igual 
ou superior a 15% (quinze por cento) 
do valor do patrimônio líquido da 
companhia.
Assim, de acordo com a Lei das S.A., a determinação da 
relevância dos investimentos é feita pela relação porcentual 
entre o valor contábil dos investimentos no ativo da investidora 
e o valor do patrimônio líquido da própria investidora, ambos 
na data do balanço de encerramento.
Agora, na próxima seção, para completar o desenvolvimento destes 
assuntos, conheceremos a respeito do valor contábil do investimento 
em relação ao método da equivalência patrimonial. Vamos lá?!
3 - O Valor contábil do investimento
Cabe em primeiro 
lugar destacar que, 
como valor contábil 
do investimento deve 
se entender seu saldo 
constante da contabilidade 
pelo valor total líquido. 
Assim, será o saldo 
contábil que já deve incluir 
a correção monetária. 
Da mesma forma, quando tal investimento já estiver 
sendo contabilizado pelo método da equivalência patrimonial, 
seria também seu saldo inicial pela equivalência patrimonial 
mais a correção monetária registrada no ano, ou seja, o 
saldo, na data do balanço, antes de ajustá-lo ao novo valor da 
equivalência patrimonial.
 Na hipótese de a empresa ter para tal investimento saldo 
de ágio ou deságio ainda não amortizado em subcontas na 
mesma data, esses saldos serão adicionados ou diminuídos da 
conta de investimentos para se apurar sua relevância.
Igualmente, ocorre com eventual provisão para perdas 
permanentes, constituída sobre tais investimentos, a qual 
deve também ser deduzida. Também os créditos contra 
coligadas e controladas deverão ser adicionados ao valor dos 
investimentos, para se determinar a relevância. 
Para tanto, necessitamos conhecer como é feita a 
contabilização como um todo no método de equivalência 
patrimonial.
3.1 Contabilização do método da 
equivalência patrimonial
Pelo já exposto, podemos constatar que no método da 
equivalência patrimonial a conta de investimentos será igual 
ao valor do patrimônio líquido da coligada ou controlada, 
proporcional à participação no seu capital. 
O texto da Lei das SA, no seu item 111, do artigo 248, 
estabelece que a diferença entre o valor do investimento, pelo 
método da equivalência patrimonial e o custo de aquisição 
corrigido monetariamente, somente será registrada como 
resultado do exercício:
a. Se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada 
ou controlada;
b. Se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou 
perdas efetivos.
Continuando...
Assim, se uma investidora tiver, digamos 30% do capital 
Disponível em: https://maiconrissi.com/82-
maneiras-de-ganhar-dinheiro-com-seu-
computador/. Acesso em: 28 ago. 2019.
25
de uma coligada, a conta de investimentos na investidora 
deverá ser, a cada encerramento de balanço, igual a 30% do 
patrimônio líquido da coligada nas respectivas datas. 
Se o valor do patrimônio da coligada aumentar ou 
diminuir, haverá um aumento ou diminuição proporcional 
correspondente na conta de investimento da investidora. Essa 
situação somente não ocorre quando o patrimônio líquido da 
investida for negativo.
Desse modo, são contabilizados as contrapartidas desses 
lançamentosna conta de investimentos.
E, então? Entenderam tudo até aqui?! Chegamos ao fi nal de nossa 
aula! Espero que a aula tenha sido proveitosa. Fizemos uma 
caminhada interessante, não acham?
Lembrem-se, o tempo é igual para todos. Cabe a cada um de nós 
encontrarmos a própria receita e o próprio método para fazer e 
resolver as coisas. Em caso de dúvidas, acessem as ferramentas 
“Fórum” ou “Quadro de avisos”. 
Retomando a aula
Fomos muito bem até aqui! Então, para encerrar 
essa aula, vamos resumir os pontos principais do que 
aprendemos:
1 - O método da equivalência patrimonial
O método da equivalência patrimonial consiste em 
atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à 
participação societária da sociedade investidora no patrimônio 
líquido da sociedade investida, e também no reconhecimento 
dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício. 
Os casos em que se aplicam a equivalência patrimonial 
perfazem todos os investimentos, desde que relevantes, em 
empresas de que se participe com 20% ou mais do capital 
social. 
2 - Sociedades coligadas e controladas
Uma empresa é coligada de outra sempre que uma tenha 
participação de, no mínimo, 10% no capital da outra, mas 
desde que não seja uma participação acionária grande a ponto 
de controlá-la . 
Já para as controladas vale a referência de que pode ser 
uma Limitada. Também caracterizam-se como controladas as 
empresas que tenham seu capital muito pulverizado, isto é, 
muitos acionistas com pequenos investimentos individuais.
 
3 - O valor contábil do investimento
O valor do investimento é determinado mediante a 
aplicação da porcentagem de participação no capital social, 
sobre o patrimônio líquido de cada sociedade coligada 
ou controlada. Assim, o valor contábil do investimento é 
entendido como saldo constante da Contabilidade pelo valor 
total líquido.
MARTINS, Eliseu. Iniciação à Equivalência Patrimonial 
Considerando Algumas Regras Novas da CVM (1ª parte). São 
Paulo: IOB-Informações Objetivas – TC 38/97, 1997.
______. Quais Investimentos Devem Ser Avaliados Pela 
Equivalência Patrimonial? São Paulo: IOB – Informações 
Objetivas – TC – 34 e 35/97, 1997.
WALTER, Milton Augusto. Investimentos Relevantes e 
Equivalência Patrimonial. São Paulo: Saraiva, 1982.
SANTOS, A. dos; MACHADO, I. M. Investimentos 
avaliados pelo método da equivalência patrimonial: erro na 
contabilização de dividendos quando existem lucros não 
realizados. Curitiba: Anais do XXVIII Enanpad, 2005. 
Vale a pena ler
Vale a pena
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS 
CONTÁBEIS. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/
mostraOrientacao.php?id=17>.
Equivalência Patrimonial. Disponível em: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/
equivalenciapatrimonial.htm>.
Vale a pena acessar
Minhas anotações
Contabilidade Societária II
Minhas anotações
5ºAula
Ativo imobilizado I
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• definir o ativo imobilizado;
• classificar e descrever o conteúdo das contas dos grupos de bens em operação e imobilizado em andamento.
Caros alunos(as), sejam bem-vindos(as) à nossa primeira aula, da 
disciplina de Contabilidade IV. 
Nesta aula, conceituaremos o Ativo Imobilizado e verificaremos 
que o mesmo possui contas para cada classe principal de ativo, para 
o registro do seu custo, que incluem os bens tangíveis e os bens 
intangíveis. 
Veremos que o Plano de Contas divide o Imobilizado em dois 
grandes grupos: bens em operação e imobilizado em andamento e 
classificaremos o conteúdo destas contas.
Antes, porém, vamos conhecer os objetivos de aprendizagem e as 
seções de estudo desta aula. 
Ótimo estudo!
Bons estudos!
Contabilidade Societária II 28
1 - Ativo imobilizado: conceituação
2 - Classificação e conteúdo das contas
1 - Ativo imobilizado: conceituação
A Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, através 
do seu artigo 179, item IV, conceitua como contas a serem 
classificadas no Ativo Imobilizado:
Os direitos que tenham por objeto bens 
destinados à manutenção das atividades da 
companhia e da empresa, ou exercidos com 
essa fi nalidade, inclusive os de propriedade 
industrial ou comercial. 
Desta definição, subentendemos que neste grupo de 
contas do balanço são incluídos todos os bens de permanência 
duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade 
e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos 
com essa finalidade. 
De acordo com Iudícibus et al. (2009, p. 190), os itens 
classificados na categoria de Ativo Imobilizado incluem: 
a. Bens tangíveis, que têm um corpo físico, tais como 
terrenos, obras civis, máquinas, móveis, veículos, 
benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos 
sobre recursos naturais etc. 
b. Bens intangíveis, cujo valor reside não em qualquer 
propriedade física, mas nos direitos de propriedade 
que são legalmente conferidos aos seus possuidores, 
tais como patentes, direitos autorais, marcas etc. 
Integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já 
destinados a bens da natureza citada, mesmo que ainda não 
em operação, mas que se destinam a tal finalidade, tais como 
construções em andamento, importações em andamento, 
adiantamentos para inversões fixas etc. 
Devemos observar que as inversões realizadas em bens de 
caráter permanente, mas não destinadas ao uso nas operações, 
e que poderão vir a ser utilizadas em futuras expansões, como 
pode ocorrer com terrenos e outros bens imóveis, deverão ser 
classificadas, enquanto não definida sua destinação, no grupo 
de Investimentos e não no grupo de Ativo Imobilizado. 
A sua transferência para o Imobilizado se dará quando 
definida sua utilização e iniciada a fase de expansão. Da 
mesma forma as obras de arte adquiridas, que se valorizam 
com o transcorrer do tempo, deverão estar classificadas no 
grupo de Investimentos ao invés de no Ativo Imobilizado. 
2 - Classifi cação e conteúdo das 
contas
O Imobilizado, segundo Iudícibus et al. (2009, p. 191), 
deve ter contas para cada classe principal de ativo, para o 
registro do seu custo, contas essas que receberão as correções 
monetárias correspondentes; daí podermos denominá-las de 
Custo Corrigido. 
Seções de estudo
As depreciações acumuladas devem estar em contas à 
parte, mas classificadas como redução do ativo, e com idêntica 
segregação por classe dada ao custo corrigido. Tais contas de 
depreciações acumuladas também receberão os acréscimos 
das correções mone-tárias respectivas, daí sua intitulação 
como Depreciações Acumuladas Corrigidas (idem para as 
Amortizações e Exaustões).
Compensação
Orçamentário
Financeiro
PatrimonialCustos
Sistema
Contábil
Fonte: Arquivo Pessoal.
Em função dessas necessidades e características essenciais 
é que cada empresa deve elaborar seu plano de contas do 
Imobilizado. Apesar de não haver menção específica na Lei 
das S.A., o Plano de Contas divide o Imobilizado em dois 
grandes grupos, quais sejam: 
a. Bens em operação, que são todos os bens já 
em utilização na geração da atividade objeto da 
sociedade. 
b. Imobilizado em andamento, onde se classificam 
todas as aplicações de recursos de imobilizações 
(bens ou direitos), mas que ainda não estão operando. 
Essa segregação é importante na análise das operações 
da empresa, particularmente na apuração de índices e 
comparações entre as receitas e o imobilizado, o que é melhor 
apurado utilizando-se o imobilizado em operação, que está 
gerando as receitas. 
2.1 - Bens em operação
Assim, sumariamente, o conteúdo de cada conta acima 
prevista é como descrito a seguir, dos itens I ao XIV, conforme 
expõe Iudícibus et al. (2009, p. 193-196). 
I – Terrenos - Esta conta registra os terrenos de 
propriedade da empresa realmente utilizados nas operações, 
ou seja, onde se localizam a fábrica, os depósitos, os escritórios, 
as filiais, as lojas etc. 
Os terrenos onde se está construindo uma nova unidade 
ainda não em operação devem estar no grupo de Imobilizado 
em Andamento. Os terrenos sem uma destinação definidadevem estar classificados em Investimentos. 
II - Obras preliminares e complementares - Esta 
conta abrange todos os melhoramentos e obras integradas 
aos terrenos, bem como os serviços e instalações provisórias, 
necessários à construção e ao andamento das obras. 
Assim sendo, engloba limpeza do terreno, serviços 
topográficos, sondagens de reconhecimento, terraplenagem, 
drenagens, estradas e arruamento, pátios de estacionamento 
e manobra, urbanização, cercas, muros e portões etc., além 
29
das instalações provisórias como galpões, instalações elétricas, 
hidráulicas e sanitárias, durante as obras. 
Durante a fase de construção, tais custos estarão no 
Imobilizado em Andamento e, para fins de controle e 
acompanhamento do projeto, se for de porte, poderá haver 
subcontas por natureza. Essa conta diferencia-se da de 
terrenos, apesar de haver gastos integrados aos mesmos no 
sentido de que tais custos devem ser depreciados. 
III - Obras civis - Engloba os edifícios que estão em 
operação, abrangendo prédio ocupado pela administração, 
edifícios da fábrica ou setor de produção, armazenagem, 
expedição etc., e os edifícios de filiais, depósitos, agências de 
vendas etc., de propriedade da empresa. 
Não devem ser incluídas como parte do custo das obras 
civis as instalações hidráulicas, elétricas etc., que são parte da 
conta Instalações, descrita a seguir, já que ambas têm vida útil 
e depreciação diferentes. 
IV – Instalações - Abrange os equipamentos, materiais e 
custos de implantação de instalações que, apesar de integradas 
aos edifícios, devem ser segregadas das obras civis como, 
por exemplo, as instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, 
frigoríficas, de vapor, ar comprimido, incêndio, comunicações, 
climatização, combustíveis, gases, antipoluição, cozinha etc. 
Logicamente, sua aplicabilidade deve ser em função do 
tipo de empresa, do seu processo produtivo e das instalações 
que possui. Essa conta, dependendo do porte, complexidade 
e tipo de instalações que engloba, deve estar segregada em 
subcontas para fins de controle e de depreciação, dentro dos 
exemplos já citados. 
A conta de Instalações deve referir-se sempre a tais 
equipamentos e materiais, com a característica de serviços 
indiretos e auxiliares ao processo produtivo principal. 
De fato, dependendo do processo produtivo da 
empresa, algumas dessas instalações não serão auxiliares, 
mas a fonte principal geradora de seu produto ou serviço e, 
nesse caso, sua classificação deve ser na conta de Máquinas, 
Aparelhos e Equipamentos. Por exemplo, num Frigorífico, 
os equipamentos e instalações frigoríficas não devem estar 
na conta Instalações, já que não representam serviço auxiliar, 
mas principal. 
V - Máquinas, aparelhos e equipamentos - Tal conta 
envolve todo o conjunto dessa natureza utilizado no processo 
de pro-dução da empresa. Naquela conta de instalações 
estariam os equipamentos e bens de serviços auxiliares à 
produção e, nesta, os utilizados como base para a realização da 
atividade da empresa; todavia, inúmeras empresas classificam 
as instalações na própria conta de Máquinas, aparelhos e 
equipamentos, mantendo controles paralelos para segregação 
da depreciação. 
VI - Equipamentos de processamento eletrônico de 
dados - Nesta conta, são contabilizados os equipamentos de 
processamento de dados (hardware) adquiridos pela empresa. 
Incluem-se nesse grupo tanto as unidades centrais de 
processamento, como unidades periféricas (de disco, de fita, 
impressoras, terminais de vídeo etc.); além dos “terminais 
inteligentes” (microcomputadores), atualmente muito 
utilizados.
VII - Sistemas aplicativos – SOFTWARE - São 
contabilizados nessa conta o valor dos softwares (programas 
que fazem o computador operar) adquiridos ou desenvolvidos 
pela empresa. Sua amortização deve ser em função da 
expectativa de períodos a serem beneficiados. 
Softwares de pequeno valor devem ser apropriados ao 
resultado do período, em razão da relação custo/benefício 
e controlados à parte. As despesas com manutenção do 
software, geralmente contratadas com o fornecedor do 
software, também são despesas do período. 
Disponível em: https://www.fundacred.org.br/site/2019/06/17/contabilidade-
uma-profissao-em-crescimento/. Acesso em: 27 ago. 2019.
VIII - Móveis e utensílios - Essa conta abriga todas 
as mesas, cadeiras, arquivos, máquinas de somar e calcular, 
máquinas de escrever e de contabilidade e outros itens dessa 
natureza que tenham vida útil superior a um ano.
São classificados nesta conta todos os veículos de 
propriedade da empresa, sejam os de uso da Administração, 
como os do pessoal de vendas ou de transporte de carga 
em geral. Os veículos de uso direto na produção, como 
empilhadeiras e similares, podem ser registrados na conta de 
Equipamentos. 
IX – Ferramentas - Nessa conta se registram as 
ferramentas de vida útil superior a um ano. É aceitável a 
prática de lançar diretamente em despesas as ferramentas e 
similares de pequeno valor unitário, mesmo quando de vida 
útil superior a um ano. 
X - Peças e conjuntos de reposição - São registradas 
nesta conta as peças (ou conjuntos já montados) destinadas 
à substituição em máquinas e equipamentos, aeronaves, 
embarcações etc. Tais substituições podem ocorrer em 
manutenções periódicas de caráter preventivo e de segurança, 
ou em casos de quebra ou avaria. 
Dependendo das circunstâncias, as peças ou conjuntos 
de reposição podem ser classificados no imobilizado ou 
em conta de Estoques no Ativo Circulante, em função das 
características específicas de uso, vida útil, destinação contábil 
etc. 
Basicamente, devem integrar o imobilizado as peças 
que serão contabilizadas como adição ao imobilizado em 
operação, e não como despesas. Ao mesmo tempo, as peças 
substituídas devem ser baixadas quando da troca. 
Todavia, essa baixa e adição parcial em muitos casos 
não são praticamente possíveis, por não ter a empresa 
a identificação do custo da peça substituída, já que o 
equipamento a que pertence está registrado pelo valor total. 
Neste caso, não se efetiva a baixa da peça substituída, 
mas a peça nova colocada é apropriada neste momento para 
despesas. Todavia, há outras considerações e situações a serem 
analisadas para a classificação das peças no Imobilizado ou 
Contabilidade Societária II 30
Estoques. 
 XI - Marcas, direitos e patentes industriais - Essa 
conta normalmente tem valor pequeno, comparativamente 
com as demais contas do imobilizado, pois envolve ativos 
intangíveis, engloba os gastos com registro de marca, 
nome, invenções próprias, além de desembolsos a terceiros 
por contratos de uso de marcas, patentes ou processos de 
fabricação (tecnologia). 
XII - Florestamento e reflorestamento - Classificamos 
aqui todos os custos acumulados relativos a projetos de 
florestamento e reflorestamento de propriedade da empresa. 
Os projetos liderados pela sociedade, como sócio-
ostensiva, em conjunto com outros acionistas, devem ter toda 
a contabilização do projeto à parte, de acordo com os critérios 
próprios. 
XIII - Direitos sobre recursos naturais - Engloba 
contas relativas aos custos incorridos na obtenção de direitos 
de exploração de jazidas de minério, de pedras preciosas 
e similares. O valor de custo da jazida, quando a área é de 
propriedade da empresa, deve ser destacado em conta à parte 
no Balanço. 
XIV - Benfeitorias em propriedades arrendadas 
- Classificamos nesta conta as construções em terrenos 
arrendados de terceiros e as instalações e outras benfeitorias 
em prédios e edifícios alugados, sejam de uso administrativo 
ou de produção. 
Somente incluímos aqui os gastos com as construções 
e instalações que se incorporam ao imóvel arrendado, e 
revertem ao proprietário do imóvel ao final da locação. Sua 
amortização deve ser feita em função de sua vida útil estimada 
ou no período de arrendamento ou locação contratual, dos 
dois o menor. 
Tem havido diversidade de critérios quanto à classificação 
dessa conta, já que algumasempresas a têm classificado como 
um Ativo Diferido, ao invés de Imobilizado. Todavia, trata-
se de bens efetivos e que se destinam à atividade objeto da 
empresa, devendo ser computados no Imobilizado. 
Disponível em: http://www.molinatomaz.com.br/site/es/trabalhador-recebera-
indenizacao-por-ser-ofendido-durante-reunioes/. Acesso em: 27 ago. 2019.
Por outro lado, se a empresa incorrer em outros gastos, 
que não em bens físicos, que tenham mais a característica 
de despesas, mas beneficiarão todo o período de locação 
da propriedade de terceiros, deverá registrá-los no Ativo 
Diferido, em conta própria, e amortizá-los da mesma forma. 
Todas essas contas, quando no caso de uma indústria, 
devem estar subdivididas para mostrar a parte do imobilizado 
cuja depreciação, amortização ou exaustão se transformará 
em custo do produto, e a parte a se transformar diretamente 
em despesa. 
2.2 - Imobilizado em andamento
Como vimos, como explicita Iudícibus et al. (2009, p. 
196), no imobilizado em andamento onde se classificam todas 
as aplicações de recursos de imobilizações (bens ou direitos), 
mas que ainda não estão operando. 
 I - Bem em uso na fase da implantação - Nessa 
conta, devem ser classificados todos os bens que já estão em 
uso durante a fase pré-operacional da empresa relativos ao 
desenvolvimento do projeto. Tais bens seriam, por exemplo, 
as instalações do escritório administrativo do projeto, seus 
móveis e utensílios, veículos e outros. 
Por estarem em uso, devem ser depreciados normalmente, 
motivo pelo qual o Plano de Contas apresenta as depreciações 
acumuladas respectivas como redução do custo corrigido 
nesse próprio grupo de Imobilizado em Andamento. 
Deve ter subcontas por natureza, tais como: 
Custo corrigido
Móveis e utensílios Instalações de escritório Veículos 
Depreciação acumulada corrigida
Móveis e utensílios, Instalações de escritório e Veículos. 
A contrapartida da depreciação desses bens é a conta 
de Gastos de Implantação e pré-operacionais do projeto 
respectivo no Ativo Diferido. 
Chegamos, assim, ao final da quinta aula. Espero ter 
contribuído de maneira construtiva com o aprendizado de 
vocês e que todos tenham entendido o conteúdo apresentado.
Retomando a aula
Vamos, então, recordar as principais abordagens da 
Aula 05:
1 – Ativo imobilizado: conceituação
Vimos, nessa seção, que o Ativo Imobilizado compreende 
os direitos cujo objeto são bens destinados à manutenção das 
atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial.
O Ativo Imobilizado possui, para o registro do seu 
custo, contas para cada classe principal de ativo. Os itens 
classificados na categoria de Ativo Imobilizado incluem: bens 
tangíveis e bens intangíveis. 
2 - Classificação e conteúdo das contas 
O Plano de Contas divide o Imobilizado em dois grandes 
grupos: bens em operação e imobilizado em andamento.
Bens em operação: terrenos; obras preliminares e 
complementares; obras civis; instalações; máquinas, aparelhos 
31
e equipamentos; equipamentos de processamento eletrônico 
de dados; sistemas aplicativos – software; móveis e utensílios; 
ferramentas; peças e conjuntos de reposição; marcas, direitos 
e patentes industriais; florestamento e reflorestamento; 
direitos sobre recursos naturais benfeitorias em propriedades 
arrendadas.
Imobilizado em andamento – 1ª parte: bem em uso 
na fase da implantação. Fiquem atentos(as)! Na próxima 
aula, verificaremos o restante dos itens do imobilizado em 
andamento.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; 
GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos. 
Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável 
às demais sociedades. Fundação Instituto de Pesquisas 
Contábeis, Atuariais e Financeiras - FIPECAFI. 7. ed. 6. 
reimpr. - São Paulo: Atlas, 2009.
CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia Contábil e 
Comercial Brasileira. 29. ed. São Paulo: Cetec, 2004. 
Vale a pena ler
Academia Brasileira de Ciências Contábeis. Disponível 
em: <http://www.abcienciascontabeis.com.br/>
IBRACON NPC nº 27 – Demonstrações Contábeis. 
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Disponível 
em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/
npc27.htm>. 
Vale a pena acessar
Vale a pena
Minhas anotações
Contabilidade Societária II
Minhas anotações
6ºAula
Ativo imobilizado II
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• classificar as contas do imobilizado em andamento;
• definir os critérios de avaliação, legislação societária e fiscal;
• aplicar o critério contábil para a base de cálculo.
Olá Pessoal! Como vimos na Aula 01, o Ativo Imobilizado 
possui, para o registro do seu custo, contas para cada classe principal 
de ativo, que incluem os bens tangíveis e os bens intangíveis, bem 
como que o Plano de Contas divide o Imobilizado em dois grandes 
grupos: bens em operação e imobilizado em andamento.
Nesta aula, continuaremos a ver aspectos do Ativo 
Imobilizado, principalmente, do Imobilizado em andamento, 
quanto às construções, importações, adiantamento e almoxarifado 
para inversões fixas. 
Conheceremos também critérios de avaliação, investigaremos 
sobre a legislação societária e fiscal, critério contábil para base de 
cálculo e taxa de depreciação.
Bons estudos!
Contabilidade Societária II 34
1 - Imobilizado em andamento: 2ª parte
2 - Critérios de avaliação
3 - Critério contábil e base de cálculo
1 - Imobilizado em andamento: 2ª 
parte
Nesta seção, continuaremos a verifi car as demais contas 
do Imobilizado em andamento, conforme iniciadas em I, Aula 
01, e agora veremos dos itens II a V, de acordo com Iudícibus 
et al. (2009, p. 196).
 II - Construções em andamento
Primeiramente, em relação às construções em andamento, 
são classifi cadas todas as obras no período de sua construção 
e instala-ção, até o momento em que entram em operação, 
quando são reclassifi cadas para as contas correspondentes de 
Bens em Operação. 
Para uma empresa já em operação poderá representar 
obras complementares, construções de anexos, novos 
depósitos e outros. Essa conta deve estar subdividida dentro 
do mesmo detalhamento do grupo de contas dos Bens em 
Operação para permitir adequada identifi cação de custos, ou 
seja: 
• Terrenos; 
• Obras preliminares e complementares;
• Obras Civis; 
• Instalações;
• Máquinas, aparelhos e equipamentos. 
Durante a fase de construção, quando se tratar de grandes 
obras que requeiram um acompanhamento de custos, pode 
segregar-se a conta de Obras Civis por etapa ou fase de obra, 
como por exemplo: 
• Marcação da obra; 
• Fundações;
• Laje;
• Estrutura;
• Alvenaria;
• Piso;
• Armação para cobertura;
• Revestimento;
• Esquadrias;
• Pintura;
• Formas e divisórias;
• Elevadores;
• Acabamento. 
Da mesma forma, as contas de Obras Preliminares e 
Complementares e de Instalações têm detalhes por subcontas, 
como já descrito nos títulos respectivos em Bens em Operação. 
 III - Importações em andamento de bens do imobilizado 
- Essa conta registra todos os gastos incorridos relativos 
aos equipamentos, máquinas, aparelhos e outros bens até 
a sua chegada, desembaraço e recebimento pela empresa, 
considerando-se as modalidades de importações, CIF ou 
Seções de estudo
FOB. 
Neste momento, se passar ainda por fase de montagem 
e instalação de construção em andamento, é transferida, pelo 
seu custo total, para a conta de Construções em Andamento. 
Se, por outro lado, já entrar em operação logo após a 
chegada, sua transferência é feita diretamente para a conta 
correspondente de Bens em Operação.
Disponível em: https://www.catho.com.br/educacao/blog/o-que-e-preciso
-fazer-para-trabalhar-com-contabilidade/. Acesso em: 27 ago. 2019.
IV - Adiantamento para inversões fixas - Registramos 
aqui todos os adiantamentos a fornecedores por conta de 
forne-cimento sob encomenda de bens do imobilizado, que 
representam pagamentos por conta de um valor previamente 
contratado. 
Isso ocorre comumente com grandes

Continue navegando