Buscar

VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ENCHENTES, PRINCIPAIS DOENÇAS RELACIONADAS E PREVENÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
OBJETIVOS 
• CONHECER AS MEDIDAS DE SANEAMENTO BÁSICO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA 
SITUAÇÕES DE DESASTRES NATURAIS, COM FOCO EM ENCHENTES 
• CONHECER QUAIS SÃO AS DOENÇAS QUE MAIS OCORREM EM DESASTRES NATURAIS, 
COM FOCO EM ENCHENTES 
• CONHECER AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO INDIVIDUAIS E COLETIVAS DE DESASTRES 
NATURAIS 
MEDIDAS DE SANEAMENTO BÁSICO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA 
SITUAÇÕES DE DESASTRES NATURAIS 
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES 
 
Os desastres naturais predominantes no Brasil estão associados às inundações, vendavais, granizos, 
escorregamentos, secas e estiagens. Desses, as inundações são as mais incidentes 
As inundações ocorrem quando há transbordamento de água da calha normal de rios, mares, lagos e açudes, 
ou pelo acúmulo de água por drenagem deficiente após chuvas intensas e concentradas. Elas podem ser: 
• Graduais 
• Intensas e bruscas (enxurradas) 
• Alagamentos 
• Chuvas intensas (subtipo de desastre meteorológico) 
Uma característica relevante das inundações é a capacidade de acometer grandes áreas e poder ocorrer 
em qualquer região, estado e município do país → pode causar óbitos, traumas, alterações no 
comportamento de doenças, prejuízos ao patrimônio público, ambiental e de bens materiais individuais 
• As inundações distribuem-se por todas as regiões e são registradas em todos os meses do ano 
• Os danos dependem da magnitude do evento e das vulnerabilidades locais 
O setor de saúde deve estabelecer estratégias para gestão de risco de desastres associados às inundações, 
baseadas nos princípios de integralidade e equidade do SUS 
• Política Nacional de Vigilância em Saúde (PVNS): preconiza que medidas de prevenção, controle e 
contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública devem estar estabelecidas como um processo 
contínuo no âmbito do SUS, em suas 3 esferas de gestão 
• Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS): tem como competência aprimorar medidas de redução, 
manejo de emergências e recuperação dos efeitos, melhorando sua estrutura organizacional e seu 
processo de trabalho 
DESASTRES E SEUS EFEITOS NA SAÚDE HUMANA 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
Dentre os principais impactos à saúde, destacam-se: 
• Aumento súbito do número de óbitos 
• Ocorrência de traumatismos, afogamentos, quedas e choques elétricos, dentre outros agravos à 
saúde, que excedem a capacidade de resposta dos serviços de saúde 
• Dano ou destruição da infraestrutura física e funcional dos serviços de saúde, incluindo os arquivos, 
com consequente perda de dados, informações e diminuição da capacidade de atendimento 
• Dano à infraestrutura e interrupção do abastecimento de água para consumo humano, dos serviços 
de drenagem, limpeza urbana, de esgotamento sanitário e fornecimento de energia elétrica 
• Aumento do risco de contaminação da água para consumo humano e dos alimentos, considerando 
os parâmetros físicos, químicos e microbiológicos 
• Aumento da ocorrência de doenças infecciosas (respiratórias e de transmissão hídrica e alimentar) e 
agravamento das doenças crônicas e de transmissão por vetores, assim como o surgimento de 
transtornos mentais, acidentes por animais peçonhentos e por outros animais 
• Aumento do risco de transmissão de doenças devido à aglomeração de pessoas (alojamentos, 
abrigos, dentre outros 
• Aumento da demanda nos serviços de saúde (média e alta complexidade) como fator de ampliação 
da ocorrência de surtos e epidemias 
• Escassez de alimentos, podendo ocasionar problemas nutricionais, especialmente nos casos de 
inundações prolongadas 
• Aumento do risco de transtornos mentais e/ou psicossociais na população direta ou indiretamente 
atingida, principalmente quando ocorrem perdas familiares, econômicas, materiais ou quando há 
necessidade de ir para abrigos (podendo causar problemas secundários, a exemplo de violência física 
e sexual 
MEDIDAS SANITÁRIAS A SEREM ADOTADAS 
Os desastres naturais, em especial as enchentes, causam grandes prejuízos materiais, ambientais, sociais, 
econômicos e de saúde, colocando a saúde e o bem-estar da população acometida em perigo 
O período pós desastre é tão sério quanto o momento da destruição em si → grande número de pessoas 
sem abrigo, alimentação, agasalho e sujeitas a condições ambientais adversas que propiciam a propagação 
de doenças 
A adoção de medias apropriadas visa a redução e/ou eliminação de riscos de enfermidades preveníveis e de 
óbitos 
• Fase de recuperação: todas as medidas de emergência têm como objetivo específico restabelecer 
as condições e serviços de saúde ambiental ao nível que eram antes do desastre 
(independentemente da qualidade anterior), contemplando as seguintes ações: 
o Busca, resgate, evacuação e tratamento de pessoas afetadas 
o Restauração das comunicações 
o Estudo, informe e avaliação dos danos 
• O melhoramento da qualidade do serviço é parte da fase de reabilitação (imediatamente após a fase 
de recuperação) 
Medidas sanitárias a serem adotadas: 
• Provisão de abrigo 
• Provisão de água 
• Esgotos sanitários 
• Medidas contra insetos e roedores 
• Eliminação de resíduos sólidos 
• Preparação e distribuição de alimentos 
PROVISÃO DE ABRIGOS 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
O conceito principal a se ter em mente é o de “provisório” e o critério para instalação de abrigos deve ser 
coerente com esse princípio 
O melhor e mais prático sistema de abrigos provisórios para pessoas afetadas é o alojamento em domicílio 
de parentes, amigos ou solidários. O alojamento coletivo gera problemas e deve ser utilizado somente em 
casos de extrema necessidade 
Possíveis tipos de abrigos provisórios: 
• Autoalbergues: residência de familiares, amigos ou solidários foram das áreas de risco 
• Substitutos: transferência para outra moradia em arrendamento 
• Comunitários: alojamentos em clubes, colégios, igrejas, acampamentos 
o Esses devem ser uma solução muito provisório, pois não podem abrigar as pessoas por 
períodos prolongados 
o Acampamentos devem ser a última opção, podem são caros, difíceis de administrar e podem 
representar riscos especiais à saúde da população 
Critérios para seleção de abrigos: 
• Proteção contra o frio, calor, vento e chuva 
• Lugar para guardar pertences pessoais e proteção de bens 
• Seguridade emocional e de intimidade 
• Abastecimento de água potável 
• Facilidade de acesso e próximo às fontes de abastecimento de água, alimentos, combustível 
Atividades a serem desenvolvidas nos abrigos provisórios (tanto por profissionais da área diretamente ou 
pela própria comunidade mediante assessoria técnica de profissionais): 
• Administração 
• Atividades de saúde: em geral, compreendem planejar, coordenar e executar ações em saúde com 
a finalidade de controlar a morbimortalidade da população abrigada, desenvolvendo programas de: 
o Assistência 
o Prevenção de enfermidades 
o Promoção e educação em saúde 
o Vigilância em saúde pública 
o Saneamento ambiental 
• Atividades de nutrição 
• Segurança 
PROVISÃO DE ÁGUA 
A possibilidade de colapsos no sistema de abastecimento de água após desastres é grande → as 
providências para retomar o abastecimento devem ser imediatas 
• Quando o abastecimento público de água é danificado pela enchente, a primeira prioridade sanitária 
é colocá-lo de volta em condições de uso de tal forma a suprir o requerimento mínimo de água 
O serviço de água da localidade deve ter já de antemão um plano para casos de emergências, contendo 
informações, instruções e ações que devem levantar em conta aspectos antes, durante e após a emergência 
• Acordos de cooperação institucional entre a Defesa Civil e outras instituições locais e do governo 
Outros meios de suprir as necessidades: 
• Fontes alternativas: sistemas privados de indústrias e clubes 
o Aqueles que produzem água:poços, captações de água superficial em tratamento 
o Aqueles que armazenam água: volumes de água, como piscinas e tanques de armazenamento 
o A água dessas fontes pode ser utilizada como água potável em emergências, adicionando 
quantidades adequadas de cloro e estabelecendo convênios com os proprietários 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
• Novas fontes: aquelas que tradicionalmente não são utilizadas 
o Águas subterrâneas: geralmente são de boa qualidade, necessitando apenas de um processo 
de desinfecção 
o Águas superficiais: requerem algum tipo de tratamento, desde a desinfecção até os processos 
mais completos 
Distribuição de água por meios não convencionais: 
• Caminhões cisterna 
• Tubulações provisórias e fontes públicas 
Controle de qualidade: a água distribuída deve ser pelo menos sanitariamente “segura”, isto é, isenta de 
poluição microbiana ou tóxica, o que é verificado por meio de exames laboratoriais 
• Determinação do cloro residual 
• Determinação do pH 
• Exame bacteriológico 
Desinfecção da água e das estruturas: elimina os microrganismos potencialmente nocivos e, assim, reduz a 
incidência da maior parte das enfermidades transmitidas pela água 
• Consiste no emprego de substâncias químicas como permanganato de potássio, iodo, cloro, ozônio 
• A presença de cloro protege, além da água em si, as tubulações e estruturas contra o 
desenvolvimento de microrganismos patogênicos 
Desinfecção no domicílio: 
• Os recipientes para armazenar água são selecionados de acordo com sua disponibilidade e 
comodidade 
• Estudos da OPS têm chegado à conclusão de que frequentemente a água desses recipientes está 
contaminada (seja por uma contaminação antes de ser armazenada ou seja por conta do recipiente 
contaminado) → causa comum da propagação de enfermidades transmitidas pela água 
• Alternativas para a desinfecção doméstica: 
o Fervura: um dos métodos mais caros 
o Desinfecção por iodo: uso limitado, destinando-se geralmente em emergências curtas 
o Desinfecção por cloro: mais utilizado 
o Filtração domiciliar 
OS ESGOTOS SANITÁRIOS 
Os materiais sólidos e o lodo que são arrastados pelas águas durantes as inundações se depositam nos 
esgotos, podendo obstruí-los totalmente 
As medidas de emergência a serem adotadas nas cidades com sistema público de esgoto são: 
• Reparação rápida das tubulações 
• Desentupimento de galerias 
• Drenagem e limpeza das estações de tratamento e elevatórias 
• Desinfecção de efluentes 
A desinfecção é uma das etapas mais importantes no tratamento de esgotos → promover redução do número 
de microrganismos patogênico → água do corpo receptor pode ser usada para abastecimento e irrigação 
• Cloração: método mais utilizado nas estações de tratamento 
o Antes da cloração: pré-tratamento 
▪ Peneiras e/ou desintegradores: reduzir as dimensões dos sólidos 
 
Quando não existe esgoto disponível no local acometido pela inundação: 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
• Se existe água encanada: veiculação hídrica 
o Construir privadas (W.C.) → da privada, o esgoto segue 2 caminhos distintos e exclusivos: a 
fossa séptica ou a rede de esgotos 
• Construção de sistemas de fossa tipo privada higiênica ou fossa seca não são aconselháveis em 
zonas urbanas 
Sistema de saneamento portátil (banheiros químicos): cabines sanitárias autônomas (não dependem da rede 
de água e esgoto) 
• Caráter provisório, sempre para períodos curtos 
MEDIDAS CONTRA OS INSETOS E ROEDORES 
As condições imediatamente após uma enchente favorecem um aumento brusco da população de insetos e 
roedores, como consequência da destruição de serviços de coleta e eliminação de resíduos 
• Vetores mais comuns transmissores de doenças: pulgas, moscas, piolhos, ácaros, carrapatos, 
mosquitos e roedores 
• Animais peçonhentos: cobras e aranhas 
Objetivo das medidas contra vetores: controle das enfermidades transmitidas por eles, sobretudo em áreas 
que já se conhece a prevalência delas 
Os programas de luta contra vetores devem ser planejados em duas fases: 
• Fase de urgência: imediatamente após a enchente, o foco deve ser a destruição, por meios físicos ou 
químicos, desses vetores (em pessoas, roupas, camas, domicílios) 
• Após o período de urgência: ênfase às medidas de gestão ambiental, concentradas no saneamento 
e levando em consideração fatores como: 
o Tipo de enfermidades de transmissão vetorial na área afetada 
o Densidade da população 
Luta contra moscas, mosquitos e outros insetos: 
• Moscas: a mosca doméstica é a mais comum dos vetores por conta de sua larga distribuição e 
elevado número de indivíduos 
o Ciclo biológico (8 a 20 dias): ovo, larva, pupa, adulto 
o Controle das fezes humanas e dos animais, bem como de resíduos sólidos orgânicos 
provenientes dos abrigos reduz a proliferação de moscas 
▪ Correto acondicionamento + sistema de coleta e destino final + educação sanitária 
▪ Uso de inseticidas (medida temporária) 
• Mosquitos: adulto é a forma transmissora de doenças e caracteriza-se pelo aparelho bucal picador-
sugador 
o Ciclo biológico: ovo, larva, pupa, adulto 
o Larvas são todas aquáticas 
▪ Destruição de criadouros (locais que acumulam água parada) 
▪ Drenagem 
▪ Aterro 
o Combate à fase adulta 
▪ Uso de inseticidas (pulverização de alta pressão) 
▪ Desmatamento: eliminação da vegetação ao redor da casa, prédio ou abrigo, num raio 
de 500m 
o Uso de mosquiteiros, repelentes e telas nas janelas, iluminação abundante 
• Piolhos, pulgas e ácaros: se desenvolvem entre pessoas com pouca higiene pessoal e em 
aglomerações 
o Baratas: problemas estéticos, de mau cheiro, estragos de alimentos, transmissão de doenças 
(helmintos) 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
o Medidas para eliminar infestações: boa higiene dos ambientes e combate químico 
o Pulgas: picam o humano, os gatos, os cachorros e ratos (peste bubônica) 
o Ácaros: sarna (enfermidade na pele que pode propagar-se muito nos abrigos provisórios) 
Controle de roedores: animais dotados de grande resistência que causam prejuízos de ordem econômica e 
sanitária 
• Danificam estruturas e transmitem doenças 
• Efeito bumerangue: alto aumento populacional de roedores em curto espaço de tempo por conta da 
desratização inadequada e incompleta 
• As medidas de controle consistem em técnicas de caráter permanente (medidas preventivas) 
realizadas antes do surgimento de um desastre e técnicas de caráter provisório ou temporário, que 
visam à redução do nível de infestação dos roedores 
o Ações permanentes (Anti-ratirzação): disposição, coleta e destino adequado do lixo; vedação 
de rachaduras que favoreçam o acesso e a permanência de roedores; limpeza de área 
peridomiciliar 
o Ações temporárias (Desratização): medidas para eliminação de roedores infestados 
▪ Métodos mecânicos: raticidas (ratoeiras), aparelhos de ultrasom que repelem 
instalações de roedores, pasta adesiva 
▪ Métodos biológicos: para o controle de ratos urbanos, quase não se tem avanços 
nesse método 
▪ Emprego de substâncias químicas com a finalidade de matar, atrair ou repelir os 
roedores 
• O mecanismo mais eficaz no controle de roedores a longo prazo é a prevenção, através de práticas 
de saneamento adequadas 
ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
As enfermidades transmitidas por vetores aumentam com o manejo inadequado do lixo → ocorrência de 
enchentes em zonas urbanas → acionar o órgão de limpeza urbana encarregado de executar serviços de 
coleta e eliminação do lixo 
Os serviços normais de limpeza pública podem vir a inexistir em algumas áreas durante um certo período de 
tempo → serviços individuais devem ser feitos de modo a amenizar os problemas 
Os resíduos devem ser acondicionados, coletados, transportados e submetidos a um tratamento 
• Acondicionamento: à medida que são produzidos, devem ser acondicionadoso Os recipientes devem ser, na medida do possível, herméticos, resistentes, possuir alças e 
tampas 
o Devem ser colocados em pontos estratégicos que gerem pequenas distâncias a serem 
percorridas pelas pessoas 
o Sacos plásticos 
o Para a remoção dos recipientes, pode-se formar equipes de limpeza dentro dos abrigos 
• Coleta: retirar os resíduos sólidos do local de armazenamento e levá-los até o lugar de eliminação 
o Campanhas educativas + disponibilidade de serviços de limpeza = sucesso 
• Destinação final: pode haver 2 tipos de situações: 
o População é assistida por serviços de coleta de lixo 
▪ Etapa segue a coleta e o transporte normais → processamento do lixo 
o População não é assistida por serviços de coleta 
▪ Promoção de educação sanitária pelos órgãos responsáveis para garantir o manejo 
adequado do lixo, evitando situações de insalubridade e contaminação do solo 
▪ Lançamento em fossas (“depósitos de lixo”): método mais adequado nesses casos 
• Vala onde o lixo coletado é jogado e, em seguida, coberta com terra 
• Solução inviável caso o lençol freático seja muito elevado → nesse caso pode-
se incinerar (elevado custo de implantação) 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
PREPARAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS 
Vigilância sanitária: proteção e defesa da saúde da população por meio do controle sanitário de serviços e 
produtos destinados ao consumo (inspeções e fiscalizações) 
• Em emergências, a vigilância sanitária deve desenvolver ações para o gerenciamento dos riscos em 
abrigos, manipulação de alimentos, comércio local e armazéns, destino dos resíduos 
Orientações quanto as doações de alimentos 
• Devem ser doados alimentos e bebidas não perecíveis que possam ser armazenados à temperatura 
ambiente 
• Os alimentos doados devem estar em suas embalagens originais, onde encontram-se as informações 
sobre o produto, fechadas e terem prazos de validade maiores que 3 meses 
• 1ª etapa de doação: por conta da dificuldade de acesso à água, equipamentos e ingredientes para 
preparo de alimentos, devem ser doados alimentos industrializados prontos para consumo (ex: água 
mineral, biscoitos, cereais, sucos, leite UHT, conservas de carne, peixe, vegetais, frutas desidratadas) 
• 2ª etapa de doação: com a melhoria das condições de estrutura física, podem ser doados alimentos 
que devem ser preparados, como arroz, feijão, farinha, açúcar, macarrão, sal 
Orientações quanto ao armazenamento e transporte dos alimentos 
• Agrupar os alimentos por categorias 
• Armazenar longe de medicamentos, vacinas e outros produtos químicos 
• Evitar empilhamentos excessivos para não haver danos às embalagens dos alimentos e, assim, não 
contaminá-los 
• Consumir os alimentos que vencem a validade primeiro, para que não sejam desperdiçados e haja o 
maior aproveitamento possível dos alimentos pela população afetada 
• Local limpo e arejado, mantidos sobre estruturas que evitem o contato direto dos alimentos com o 
chão e com as paredes 
DOENÇAS QUE MAIS OCORREM EM DESASTRES NATURAIS 
ENDEMIAS E ZOONOSES: POR QUE AUMENTAM EM PERÍODOS DE ENCHENTES? 
LEPTOSPIROSE 
Uma das principais ocorrências epidemiológicas após inundações (água + rato + lixo = leptospirose) 
Doença infecciosa causada por bactéria (Leptospira) presente na urina de ratos 
Transmissão: contato de humanos com água ou lama contaminada com urina de roedores → leptospira 
penetra no organismo pela pele, sobretudo se houver arranhões ou ferimentos 
• Não é transmitida de uma pessoa para outra 
Sintomas frequentes: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo (sobretudo na panturrilha) 
Tratamento: antibióticos e hidratação 
Prevenção: evitar contato com água e lama de inundações (não entrar na água/lama, usar botas e luvas de 
borracha, usar sacos plásticos duplos marrados nos pés e nas mãos) 
• Se o contato for inevitável: permanecer o menor tempo possível na água/lama 
• Inundações em residências: após a água abaixar, lavar e desinfectar a caixa d’água, o chão, as 
paredes, as roupas, os objetos, jogar os alimentos fora 
Outros animais como boi, porco, cão, cavalo podem também se infectar e transmitir a doença a humanos, 
porém em menor escala → evitar contato direto com eles e limpar e desinfectar diariamente o local onde 
urinam 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
• No Brasil, não existem vacinas para humanos, comente para animais 
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS 
Animais peçonhentos são aqueles que produzem substâncias tóxicas e apresentam um aparelho 
especializado de inoculação dessa substância, como serpentes, escorpiões, aranhas e lagartas 
Durante inundações, esses animais podem ser desalojados de seus habitats naturais e passar a procurar 
alimentos nas proximidades das casas e abrigos 
Os acidentes costumam aumentar em 2 momentos: quando o nível da água começa a subir ou enquanto 
desce, principalmente quando as pessoas começam a voltar para suas casas para limpar e remover o entulho 
Sintomas de uma pessoa picada por: 
• Jararaca: região da picada apresenta dor, inchaço, machas arroxeadas, sangramento pelos orifícios 
da picada, pelas gengivas e pela urina, podendo haver necrose e insuficiência renal 
• Cascavel: local da picada não apresenta lesão evidente, apenas uma sensação de formigamento, 
dificuldade de manter os olhos abertos, visão turva, sonolência, dores musculares generalizadas e 
urina escura 
• Coral verdadeira: não provoca alterações importantes no local da picada, visão borrada, pálpebras 
caídas e sonolência 
• Escorpião: dor no local da picada de início imediato e intensidade moderada, geralmente com boa 
evolução dos casos 
o Crianças podem apresentar manifestações graves 
• Aranhas de importância médica no Brasil: 
o Aranha-armadeira ou aranha-da-banana 
o Aranha-marrom 
o Aranha viúva-negra 
 
Medidas após uma picada por animal peçonhento: 
• Lavar o local da picada com água e sabão 
• Levar a vítima ao serviço de saúde mais próximo, de preferência um hospital onde um médico deve 
atendê-la 
• Manter a vítima deitada em repouso para reduzir a absorção do veneno 
o Manter o local da picada (pernas e braços) em posição mais elevada que o restante do corpo 
• Não fazer torniquete, pois impede a circulação de sangue, podendo causar necrose 
• Não sugar o local da picada ou furar tentando fazer o veneno sair, pois alguns venenos causam 
hemorragias 
• Hidratar a vítima somente com água 
• Levar, se possível, o animal agressor, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
• Nenhum remédio caseiro substitui o soro antipeçonheto específico 
o Todo soro só é encontrado e aplicado em hospitais do SUS 
DENGUE 
Virose transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti 
Estratégias de prevenção: controle vetorial 
Não existem evidências que as inundações por si próprias possam contribuir com o aumento imediato do 
número de casos. Contudo, acredita-se que posteriormente ocorre a formação de muitos criadouros, o que 
favorece o desenvolvimento do vetor e o aumento de infestação 
DOENÇAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIA 
São doenças infectocontagiosas causadas por diferentes agentes (bactérias, vírus, fungos) e transmitidas 
através das vias respiratórias por gotículas contaminadas eliminadas em espirros, tosses ou fala 
Transmissão: 
• Contato direto com gotículas de secreção respiratória de uma pessoa doente ou portadora da 
infecção 
• Contato indireto: objetos recentemente contaminados → mãos contaminadas levadas à boca, olhos 
ou nariz 
Condições meteorológicas (umidade, frio, vento) + descolamento de populações de suas residências para 
abrigos → favorecimento de disseminação de doenças de transmissão respiratória, como gripes, meningites, 
sarampo, rubéola, difteria, coqueluche, tuberculose 
Sintomas de pessoas contaminadas por doenças de transmissão respiratória:• Influenza (gripe): febre acima de 38°C, dor no corpo, tosse seca, dor de garganta, fraqueza 
• Coqueluche: tosse comprida, crises de tosse muito fortes acompanhadas de um “guincho” e tosse 
vômito 
• Rubéola: febre baixa, caroços no pescoço (gânglios retroauriculares infartados) manchas vermelhas 
pelo corpo 
• Sarampo: febre alta, olhos vermelhos (conjuntivite), tosse e manchas vermelhas pelo corpo 
• Difteria: febre moderada, presença de placas branco-acinzentadas que se instalam nas amígdalas e 
invadem estruturas vizinhas e comprometimento do estado geral 
• Meningite: febre elevada, vômitos em jato, dor de cabeça, rigidez na nuca, podendo apresentar 
petéquias (pequenas manchas vermelhas pelo corpo) 
• Tuberculose: febre moderada e frequentemente vespertina, persistente por mais de 15 dias, 
irritabilidade, tosse, perda de peso e sudorese noturna 
Fatores de risco para contração dessas doenças: gestação, diabetes, doenças cardiorrespiratórias, doenças 
renais crônicas, imunodepressão, idade (idosos e crianças) 
Vacinas: 
 
DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
Inundações frequentemente levam à contaminação da rede pública de abastecimento de água, seja pela 
entrada de água poluída nos pontos de vazamento da rede seja pela interrupção temporária das atividades 
das estações de tratamento 
Cólera (doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminada pela bactéria) 
Doenças com sintomas mais tardios: 
• Febre tifoide: bactéria Salmonella entérica 
• Hepatite A: vírus (HAV) 
• Parasitoses intestinais 
Em casos de surtos de DDA, os primeiros casos devem ter amostras coletadas para pesquisa etiológica e os 
casos seguintes podem ter amostras coletada somente para realizar o exame específico de confirmação do 
agente etiológico identificado previamente 
TÉTANO ACIDENTAL 
Toxi-infecção grave causada pela toxina do bacilo Clostridium tetani, o qual pode estar exposto no ambiente 
e ser introduzido no organismo humano por meio de acidentes com objetos cortantes (arames, pregos, 
sobretudo os enferrujados, madeira, poeira) 
• Em inundações, a população afetada está mais susceptível a acidentes com esses tipos de objetos 
Prevenção: vacinação de crianças e adultos, sobretudo em municípios classificados como de risco para 
serem atingidos por desastres 
 
 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO EM DESASTRES NATURAIS 
MEDIDAS INDIVIDUAIS DE PREVENÇÃO 
CUIDADOS COM A ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO 
Caso observe alguma alteração na água da torneira, como odor ou coloração diferentes do habitual, entre 
em contato com a empresa responsável pela distribuição de água e/ou Secretaria de saúde do município 
Sempre filtrar e ferver por 5min a água antes de beber. Caso não possa ferver, trate a água com hipoclorito 
de sódio 2,5% (duas gotas de hipoclorito para cada litro de água e deixar repousar por 30min) 
 
Todo recipiente que vai servir de armazenamento para a água para consumo humano deve ser limpo e 
desinfectado, e não se pode usar, para isso, água sanitária que contenha alvejante e perfume, a qual só pode 
ser usada para limpar chão, pisos, paredes e embalagens 
Para não se contaminar com a água da enchente ou com a lama, no momento da limpeza, utiliza 
equipamentos de proteção individual como botas, luvas e máscaras (botas e luvas podem ser substituídas 
por sacos plásticos duplos e as máscaras por panos ou lenços úmidos) 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
 
CUIDADO COM OS ALIMENTOS 
Alimentos manipulados e armazenados de forma inadequada podem transmitir doenças 
Durante e após enchentes, é possível que os alimentos não estejam em condições adequadas para serem 
consumidos 
Não consumir: 
• Alimentos com cheiro, cor ou qualquer outro aspecto fora do habitual (úmidos, mofados ou murchos) 
• Alimentos como leite, peixe, carne, ovos, frango crus ou malcozidos, sobretudo aqueles que entraram 
em contato com a água da enchente 
• Frutas, verduras e legumes que entraram em contato com a água com a enchente 
• Alimentos industrializados com validade vencida 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
• Alimentos cozidos ou refrigerados que tenham ficado por mais de 2h fora da geladeira 
• Alimentos em embalagens de plástico que, mesmo não abertos, tiveram contato com a água da 
enchente 
• Alimentos em embalagens que apresentem sinais de alteração 
Alimentos que podem ser reaproveitados após contato com a água da enchente 
• Alimentos industrializados em embalagens de vidro, lata e caixa tipo longa vida que não estejam 
danificados ou com aspectos alterados ou abertos 
• As embalagens devem ser higienizadas antes de serem abertas 
 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS 
Em períodos de enchentes, os animais peçonhentos invadem residências e aumentam os riscos de acidentes 
com humanos, sobretudo em áreas verdes ou próximas a matagais 
Cuidado ao entrar na água: deve-se evitar, mas caso entre, ficar atento a serpentes ou outros animais que 
podem estar nadando em busca de terra seca 
Principais cuidados ao voltar para casa: 
• Entrar com cuidado e observar atentamente a presença de animais peçonhentos 
• Bater os colchões antes de usá-los e sacudir cuidadosamente as roupas, sapatos, toalhas e lençóis 
• Limpar o interior e os arredores da casa usando luvas, botas e calças compridas 
• Nunca colocar a mão em buracos ou frestas 
• Caso encontre animais peçonhentos em casa, afaste-se lentamente deles e ligue para os bombeiros 
• Não andar descalço, usar botas ou calçados rígidos com perneira com proteção até o joelho e calças 
compridas 
• Não pegue nos animais peçonhentos, por mais que pareçam estar mortos 
IMUNIZAÇÃO 
O SUS oferece gratuitamente vacinas a diversos grupos populacionais (crianças, adolescentes, adultos, 
idosos e indígenas), cada um tendo seu calendário vacinal bem definido (cartão de vacina) 
As principais doenças que podem ser adquiridas em inundações e que podem ser prevenidas por meio da 
vacinação são: 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
• Diarreia por rotavírus 
• Influenza (gripe) 
• Meningite 
• Rubéola 
• Tétano acidental 
É importante guardar sempre os comprovantes de vacinação e, caso alguma não esteja em dia, procurar um 
serviço de saúde (UBS) para atualizar 
• Os cartões de vacinas devem ser guardados em um lugar seguro e levados caso a pessoa tenha que 
ir ao abrigo por conta da enchente 
CUIDADOS DENTRO E FORA DE CASA 
Dentro de casa: 
• Vedar as soleiras de portas e janelas ao escurecer para evitar a entrada de animais 
• Vedar buracos entre telhas, paredes e rodapés 
• Usar telas em ralos, pias e tanques 
• Manter a limpeza de ralos pelo menos 1 vez por semana 
• Não deixar restos de alimentos pela casa à noite 
• Usar lixeira com tampa 
• Ensacar o lixo doméstico e colocar fora de casa, em lugar alto (sem contato com o chão) pouco antes 
do caminhão de lixo passar para coletar 
• Não deixar acumular água na parte debaixo das torneiras de bebedouros e filtros 
Fora de casa: 
• Manter o quintal livre de entulhos para evitar criadouros de mosquitos, aparecimento de animais 
peçonhentos, ratos e acidentes que possam causar tétano acidental 
• Manter as calhas vazias para que a água corra com facilidade 
• Limpar periodicamente terrenos baldios vizinhos 
• Preserve os inimigos naturais de escorpiões e aranhas, como aves, lagartos, sapos 
MEDIDAS COLETIVAS DE PREVENÇÃO 
 
Leonardo Souza – Medicina Universidade Federal do Amapá 
ANTES DA INUNDAÇÃO (FASE PRÉ-EVENTO) 
Primeira providência: verificar os locais que são considerados áreas de risco 
Verificar a existência de abrigos em áreas elevadas 
Áreas de Proteção Permanentes (APPs): áreas que são sujeitas a inundações periódicas devido à dinâmica 
natural doscursos d’água 
• Não pode haver construção nessas áreas 
• Têm também função de permeabilidade e retenção de sedimentos 
Educação ambiental: conscientizar a população acerca dos riscos da disposição inadequada de lixo e entulho 
no sentido de ocasionar problemas no sistema de drenagem e vazão dos rios e gerar inundações 
DURANTE A INUNDAÇÃO (EVENTO) 
Não se deslocar por locais alagados, seja a pé, a nado ou no carro 
• Risco de afogamento, choque elétrico e doenças 
Sistemas de alerta: informar a população sobre a ocorrência de cheias em tempo hábil 
Acionar a defesa civil e o corpo de bombeiros 
DEPOIS DA INUNDAÇÃO (FASE PÓS-EVENTO) 
Os moradores que tiverem sido retirados de suas casas não devem retornar até que tenham autorização das 
autoridades competentes 
• No retorno, é necessário averiguar se a estrutura do imóvel não foi comprometida 
Lavar a desinfectar todos os objetos que tiveram contato com a água da inundação, assim como as caixas 
d’água 
As casas devem ser abertas e ventiladas 
Deve-se evitar o uso de poços naturais e fontes de água após a inundação 
Ferver a água por no mínimo 5min antes de consumir ou utilizar no preparo de alimentos 
Limpar os disjuntores antes de religar a energia elétrica 
Remover todo o lixo da casa e do quintal e depositar em local apropriado para ser recolhido pelo órgão de 
limpeza pública

Continue navegando