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Memória RAM e CACHE APRESENTAÇÃO Os sistemas computacionais necessitam armazenar os dados em lugares onde possam ficar disponíveis para processamento a qualquer momento. Esse é o papel das memórias: armazenar dados. Esse armazenamento pode ser utilizado para armazenar informações tais como dados, instruções de programas e/ou guardar instruções de utilização mais frequentes. As memórias desempenham um papel muito importante, talvez um dos mais importantes, nos sistemas computacionais. Cada tipo funciona de uma forma diferente e tem diferentes características. Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá reconhecer como funcionam as memórias de escrita e leitura, identificará as diferenças entre memórias RAM e cache e classificará quais são os principais fabricantes dessas memórias. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conceituar as memórias de escrita e leitura.• Listar as diferenças entre memórias RAM e cache.• Enumerar os princpais fabricantes de memórias RAM e cache.• DESAFIO Você trabalha na área de TI de uma grande organização e recebe a tarefa de montar um computador para a área de testes de produtos. Ao chegar na área de suporte, para selecionar o material que irá utilizar na montagem do computador, você verifica que a placa selecionada para a montagem era uma ASUS H110M-CS/BR. Uma das solicitações era para que a máquina fosse otimizada e que tivesse a maior quantidade de memória RAM possível. Ao verificar quais materiais tem à sua disposição, você encontra as seguintes peças: Considerando a circunstâncias, qual a melhor solução para o problema? Justifique sua resposta. INFOGRÁFICO No infográfico a seguir, você vai visualizar as principais características das memórias RAM e cache. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! CONTEÚDO DO LIVRO No capítulo Memória RAM e CACHE, da obra Fundamentos Computacionais, você verá os detalhes de o que deve conter em um sistema computacional. Memórias RAM e cache Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Conceituar as memórias de escrita e de leitura. � Listar as diferenças entre memórias RAM e cache. � Enumerar os principais fabricantes de memórias RAM e cache. Introdução Os sistemas computacionais precisam armazenar os dados em lugares em que estes possam ficar disponíveis para processamento a qualquer momento. Esse é o papel das memórias: armazenar dados. Esse arma- zenamento pode ser utilizado para guardar informações como dados e instruções de programas ou para armazenar instruções de utilização mais frequentes. As memórias desempenham um papel muito importante — tal- vez um dos mais importantes nos sistemas computacionais. Cada tipo de memória funciona de forma diferente e apresenta diferentes características. Neste capítulo, você vai compreender como funcionam as memórias de escrita e de leitura, estudar as diferenças entre memórias RAM e cache e conhecer quais são os principais fabricantes dessas memórias. Conceitos sobre memórias de escrita e de leitura Em um sistema computacional, existe um conjunto de dispositivos (do qual a memória faz parte) que servem para armazenar grandes quantidades de dados binários. As memórias geralmente são organizadas em forma matricial de um conjunto de latches, flip flops ou capacitores. Em geral, as matrizes são compostas de células que armazenam 1 bit e são organizadas em unidades de 1 a 8 bits. A combinação de 8 bits é chamada de byte. Cada bloco ou posição de memória pode ser acessado por meio da especificação de sua linha e coluna. Um arranjo de 256 células de memória pode ser organizado de várias maneiras, dependendo da sua unidade de dados. Por exemplo, pode ser uma memória com 16 posições de 2 bytes (16 bits) cada, uma de 32 posições com 1 byte (8 bits) cada, ou uma de 256 posições de 1 bit cada. Especifica-se uma memória pelo tamanho da palavra vezes o número de palavras que ela pode armazenar. Uma memória de 16 k × 8 significa que ela pode armazenar 16.384 palavras com tamanho de 8 bits. O número 16.384 advém do cálculo de 214, pois, no mundo binário, a base é sempre 2. Na representação, no entanto, costuma-se arredondar para o número mais próximo de mil — nesse caso, 16.000 ou 16 k. A localização de uma célula em uma memória é dada pelo endereço. En- tretanto, devemos notar que, para acessar um bit, o endereço será dado pela linha e coluna correspondentes, mas se o endereço for da palavra, ele será só o da linha correspondente. Assim, a forma de endereçamento depende de como a memória está organizada. Nos computadores atuais, as memórias de acesso aleatório estão organizadas em bytes ou múltiplos deles. Desse modo, a menor palavras acessada em um computador é 1 byte ou 8 bits. Em um sistema computacional, após o microprocessador, a memória é o componente mais importante. Em princípio, ela deveria ser tão ou mais rápida do que o processador, para que não houvesse atraso na execução das instruções. Entretanto, as tecnologias existentes não conseguem produzir memórias tão rápidas; assim, adota-se uma hierarquia de camadas na qual as camadas superiores são as mais rápidas, mas de menor capacidade e mais caras. O topo da hierarquia é ocupado pelos registradores, que são memórias especiais, feitas com o mesmo material do processador, e que ficam dentro da CPU (Central Processing Unit). Portanto, elas são tão velozes quanto o processador, não havendo nenhum atraso. Essas memórias normalmente têm capacidades muito pequenas — da ordem de 1 kB — e são gerenciadas pelas instruções dos programas. Memórias RAM e cache2 Em uma CPU (Central Processing Unit) de 32 bits, os registradores são matrizes de 32 por 32 bits. Em CPUs de 64 bits, as matrizes de memórias dos registradores são 64 por 64 bits. Memórias cache Em seguida, como memórias mais rápidas, temos as memórias cache, normal- mente controladas pelo hardware da máquina. As memórias cache são blocos com linhas de bytes, nos quais as linhas mais utilizadas ficam localizadas ou internamente à CPU, ou muito próximas a ela, dentro do encapsulamento. Quando um programa em execução precisa realizar a leitura de uma palavra na memória, o hardware primeiro verifica se ela existe na memória cache. Se existir, o programa não fará nenhuma requisição à memória principal (RAM – Random Acess Memories), economizando assim um tempo precioso. Se aquela palavra não existir na memória cache, então será efetuada uma requisição à memória principal, por meio do barramento, que é uma operação mais demorada. O conceito de caching é muito utilizado em computação, nas mais variadas tarefas. O computador o utiliza o tempo todo, seja armazenando instruções muito frequentes em sua memória principal, a fim de evitar a busca constante no disco magnético; seja armazenando diretórios de arquivos com nomes muito longos, para evitar repetições de busca; seja guardando o endereço e a página principal de um site muito visitado, de modo a evitar a buscar e o carregamento repetidos. Implementar um sistema de cache não é fácil e suscita muitas dúvidas: � Em que momento colocar no cache um item novo? � Em que linha esse item novo deve ser colocado? � Quando o cache estiver cheio, qual linha deve ser retirada? � Onde colocar a linha retirada na memória principal ou em outro cache de segundo nível? Essas perguntam fazem com que haja uma diversidade de algoritmos para lidar com essas questões. Os caches precisam de dois tipos de endereço para que cumpram a sua finalidade. O primeiro refere-se à localização espacial, ou seja, se um endereço de memória foi acessado recentemente, espera-se que 3Memórias RAM e cache os similares a essa localização sejam acessados em seguida. Assim, os caches trazem os dados próximos a esse endereço recentemente acessado, procurando antecipar-se a uma futura requisição. O outro endereço importanterefere-se à localização temporal, ou seja, espera-se que uma localização de memória acessada recentemente seja acessada de novo. Isso acontece com frequência quando o computador está executando uma instrução “FOR” ou “WHILE”. Essa propriedade é bastante explorada pelos caches no momento de decidir qual posição vai ser descartada. Nor- malmente, eles descartam aquelas posições que estão há um longo tempo sem serem acessadas. Os caches geralmente funcionam dividindo a memória principal em linhas de cache, que são blocos de tamanho fixo. Uma linha típica possui de 4 a 64 bytes consecutivos, e cada linha é numerada começando do zero. Assim, por exemplo, se cada linha tiver 64 bytes consecutivos, a primeira linha começará com 0 até o byte 63, a segunda linha começa no byte 64 e vai até o byte 127, e assim por diante. Sempre haverá linhas no cache. Em um dos tipos de cache, se aparecer uma requisição, o dispositivo de controle verifica se os dados solicitados estão em alguma linha do cache. Se estiverem, o cache é lido, e uma solicitação à memória principal é evitada. Se os dados não estiverem no cache, uma de suas linhas é retirada, e a informação é buscada na memória principal, ocupando o espaço da que foi retirada. Existem caches de vários tipos, mas os principais são o de mapeamento direto, em que se mapeia cada bloco da memória principal em uma linha do cache (como explicado no parágrafo anterior); o de mapeamento associativo, em que os blocos da memória principal podem ser carregados em qualquer linha do cache; e o de mapeamento associativo por conjunto, que é uma mistura dos dois anteriores. O importante é ter em mente que existem muitos algoritmos para lidar com essa troca de informações entre memória principal, cache e CPU; porém, em todos os algoritmos, a ideia é sempre manter no cache as linhas mais utilizadas no maior tempo possível. Os processadores modernos utilizam bastante o caching, fornecendo me- mórias cache de dois níveis: um cache L1, que está sempre dentro da unidade central de processamento e cujo acesso não apresenta retardo, e um cache L2, que apresenta retardo de um a dois ciclos de clock (relógio). O cache L1 geralmente é da ordem de 16 kB a 64 kB, e o cache L2 é da ordem de 512 kB a vários megabytes. Os processadores multinúcleo (dual core, quad core, octa core, etc.) possuem caches colocados de forma diferente, dependendo do fabricante. A Figura 1 Memórias RAM e cache4 mostra um exemplo. Na Figura 1a, temos um processador com quatro núcleos compartilhando um cache L2 — essa abordagem é utilizada pela Intel. Na Figura 1b, temos um processador com quatro núcleos, no qual cada núcleo tem o seu próprio cache L2. Cada abordagem apresenta vantagens e desvantagens. A abordagem compartilhada exige uma controladora mais complexa; já na abordagem dos caches separados, é mais difícil manter a consistência dos dados entre os caches. Figura 1. (a) Quad core com cache L2 compartilhado. (b) Quad core com caches L2 separados. Fonte: Tanenbaum (2010, p. 13). As placas mais modernas já vêm com um terceiro nível de cache e são chamadas de L3. Memórias RAM O nível seguinte, em termos de velocidade de processamento, é o da memória principal. Ela é o centro das memórias. Toda vez que o processador, ao fazer uma requisição, não encontra o solicitado no cache, passa a requisição para a memória principal. A memória principal também é chamada de RAM (Random Access Me- mory), o que conceitualmente está correto, uma vez que, no conjunto de memórias que fazem parte da memória principal, as memórias ROM também são de acesso aleatório. As controladoras dos dispositivos de entrada e saída, dos dispositivos de armazenamento, dos dispositivos de comunicação e BIOS 5Memórias RAM e cache (Basic Input Output System) têm memórias ROM (Read Only Memories), que são gravadas em fábrica, não podem ser alteradas e permitem o funcionamento desses dispositivos — mas continuam sendo de acesso aleatório. O BIOS desempenha um importante papel na maioria dos computadores: quando este é ligado, quem primeiro entra em ação é o programa gravado no BIOS, chamado de bootstrap (daí a expressão “dar o boot no computador”). Ele vai executar a inicialização do computador e fazer a verificação das in- terfaces e os testes das memórias; se estiver tudo certo, ele passa o controle para o sistema operacional (SO). As placas-mãe mais modernas já vêm com os chamados flash BIOS, que permitem atualizações do BIOS. Existem diversos tipos de memórias RAM. Basicamente, elas podem ser divididas em memórias estáticas SRAM (Static RAM) e memórias dinâmicas DRAM (Dynamic RAM). As memórias estáticas são constituídas de circuitos similares aos flip flops D. Flip flops D são circuitos digitais capazes de armazenar um bit. As SRAMs são extremamente rápidas, com acessos da ordem de nanosse- gundos, mas muito caras. Por isso, são utilizadas como memórias dos caches L2. As DRAMs não utilizam flip flops, mas sim células compostas de um transistor e um capacitor; os bits são armazenados no capacitor. Devido à simplicidade das células, esse tipo de memória permite uma grande densidade de células em espaços extremamente pequenos, e as capacidades de armazena- mento de hoje chegam a vários gigabytes por conjunto de memórias (módulos). Isso traz como consequência uma maior latência (retardo) nas operações de leitura/escrita, com relação às SRAMs. As DRAMs podem ser encontradas com várias tecnologias. Em compu- tadores mais antigos, ainda podemos encontrar as DRM FPM (Fast Page Mode), uma DRAM de modo de página rápida. Ela é organizada segundo uma matriz de bits na qual o hardware seleciona o endereço de linha e os de coluna um a um. Ela não trabalha de acordo com o relógio, funcionando no modo assíncrono, ou seja, um sinal informa o momento de a memória responder a uma requisição. Memórias RAM e cache6 A DRAM EDO (Extended Data Output), DRAM de saída de dados am- pliada, foi uma evolução à FPM, porque permitia que uma segunda requisição à memória fosse feita, antes de a primeira ser concluída. Essa simples carac- terística resultou no aumento de desempenho das memórias. Com o aumento da velocidade dos computadores, as FPMs e EDOs, que permitiam respostas em torno de 12 nanossegundos (TANENBAUM, 2007), passaram a não responder às exigências dessas novas tecnologias, sendo substituídas pelas SDRAM (Syncronous DRAM), ou DRAM síncronas. Essas memórias funcionam em perfeito ajuste com o relógio. A unidade central de processamento simplesmente informa a quantidade de ciclos de relógio em que a memória deve funcionar após a sua inicialização; contando os ciclos, ela entrega os bits solicitados. Com isso, as SDRAMs não precisam dos sinais de controle, e a sua velocidade de troca de dados com o processador aumenta. Atualmente, a evolução da tecnologia levou às SDRAM DDR (Double Data Rate), ou SDRAM com dupla taxa de dados, que respondem às bordas de subida e de descida do pulso de relógio, dobrando assim a taxa de troca de dados. Uma memória DDR de 8 bits funcionando a 400 MHz entrega 8 x 2 = 16 bits a cada ciclo do relógio, o que resulta numa taxa de 16 x 400 106 = 6,4 109 (ou seja, 6,4 Gbps). Diferenças entre memórias RAM e cache A Figura 2 mostra um esquema de um computador, com destaque para as partes nas quais existem memórias. As memórias mais rápidas ficam dentro da unidade central de processamento CPU (Central Processing Unit), e são chamadas de registradores. Essas memórias são utilizadas permanentemente pelo processador, para executar as suas instruções, e são feitas da mesma matéria da CPU — e por isso mesmo são extremamente rápidas. Não há atraso em seu funcionamento, com relação ao processador central. 7Memórias RAM e cache Figura 2. Sistema computacional com três níveis de cache. Fonte: Tanenbaum (2007, p. 173). Em seguida, temos as memórias cache L1. Essas memórias também estão localizadas dentro da CPU, e por isso partilhamdas mesmas propriedades dos registradores, mas, como já vimos, com outras funções. Nos processadores mais modernos, o cache L1 costuma ser dividido em cache de instruções (L1-I) e cache de dados (L1-D), o que faz com que a largura de banda do sistema de memórias seja dobrada, já que cada cache acessa a memória principal individualmente. Largura de banda é o número máximo de bits que pode estar em trânsito ao mesmo tempo pelo barramento. O próximo nível é o cache L2. Ele pode ficar dentro do núcleo da CPU ou fora dele, mas dentro do encapsulamento e interligada à unidade central de processamento por um barramento interno de alta velocidade. Geralmente, esse cache é construído com SRAMs e faz um tratamento único para os dados e as instruções, ou seja, é um cache L2 para dados e instruções. Os processadores mais modernos trazem ainda um cache de nível 3, ou L3. Esse cache é composto de alguns megabytes de memória SRAM e tem como característica que todo o conteúdo dos caches L1 está contido no cache L2, e todo o conteúdo do cache L2 está contido no cache L3. Memórias RAM e cache8 Os caches se comunicam com a memória principal controlada pela uni- dade central de processamento. Na realidade, as instruções e os dados são transferidos da memória principal para as memórias cache sob o comando da CPU. Todos os dispositivos, inclusive as memórias, possuem controladoras para acessar os endereços e ler/escrever dados. As memórias das controladoras normalmente são memórias ROM, que já vêm com os programas gravados de fábrica. Elas fazem parte da memória principal, no sentido de que todos os programas são armazenados e rodam a partir da memória, mas as ROM não podem ser alteradas. No nível seguinte, temos a memória principal, composta principalmente por DRAMs — por isso, é chamada também de memória RAM. Essa memória funciona como um armazenador de instruções e dados que serão executados pela CPU, permitindo a leitura ou escrita de dados, e é acessada a qualquer momento pela CPU. Um computador não funciona sem memória RAM. Os computadores atuais do tipo PC que apresentam arquitetura aberta permitem a troca ou o aumento das memórias RAM. Elas são vendidas em módulos das mais diversas capacidades: você encontra pentes de 1, 2, 4, 8, 16 ou 32 GB, e cada vez mais o mercado oferece maior capacidade. É óbvio que, quanto maior a capacidade da memória RAM, mais rapida- mente o computador pode funcionar. Muitas vezes, é preferível aumentar a capacidade da memória RAM do que trocar de processador. Quando um computador é ligado, entra em ação um programa chamado de bootstrap, que fica gravado no BIOS da placa-mãe. Esse programa ini- cializa o sistema, testa todas as interfaces e memórias, verifica se o mouse e o teclado estão conectados e funcionando. Estando tudo certo, ele envia o comando para carregar o sistema operacional na memória RAM. A memória principal conta com um espaço protegido para o carregamento do SO. Ao ser carregado, o SO operacional assume o comando da máquina. A partir daí, só quem pode gravar alguma coisa na área protegida é o próprio sistema operacional. 9Memórias RAM e cache Quando se dá o comando de executar algum programa, o sistema opera- cional vai até a memória de armazenamento secundário (HD, pen drive, CD, DVD, Blu-Ray, SSD, etc.) e carrega as instruções do programa na memória RAM. A partir desse momento, o programa pode ser executado. Nesse aspecto, a quantidade de memória existente passa a ser fundamental. Normalmente o sistema operacional e outros programas detalham a con- figuração mínima necessária para que sejam executados. Isso é necessário não só por causa da velocidade de execução do programa, como também por causa da exigência de memória. Suponha que você possui um computador com 2 GB de memória. Ao instalar o Windows 10, ele exige 2 GB de memória para computadores de 64 bits. Nesse caso, o seu desempenho será muito ruim. Suponha agora que seu computador tenha 4 GB. O sistema operacional reservará 2 GB para ele, ficando 2 GB para dados e programas. Quando o SO é carregado na memória, ele também instala outros programas que iniciam com a máquina, como programas que fazem verificações periódicas de atualização. Assim, a memória livre do seu computador vai sendo reduzida. Suponha que restou 500 MB livres. Se você rodar um programa que carregue 700 MB para a memória, ele executará isso em duas vezes. Na primeira, lerá os dados e carregará em torno de 500 MB para a memória. Depois ele fará outro acesso ao disco e carregará mais 200 MB. Isso faz com que toda a execução sofra o retardo dos acessos ao disco. Pelo caso citado no exemplo, pode-se concluir que, quanto mais memória, melhor. Entretanto, aumentar a capacidade de memória vai depender se o SO é de 32 bits (só permite até 4 GB de memória) ou 64 bits, e se a placa-mãe pode receber módulos de memória maiores. Finalmente, outra diferença primordial entre as memórias RAM e memó- rias cache é que, para trocar ou aumentar a memória cache, só trocando de processador. Já para trocar os módulos de memórias RAM, basta ter os slots disponíveis na placa-mãe — observando, é claro, o SO e os detalhes constantes nos manuais das placas. Memórias RAM e cache10 Principais fabricantes de memórias RAM e cache As memórias RAM são vendidas em módulos ou pentes. As principais fabrican- tes dessas memórias são Kingston, Samsung, Motorola, Itaucom, MTec, NEC, Corsair, Spectec, Geil, Micron, Hynix, Patriot, OCZ, G. Skill e Markvision. É claro que a qualidade e a durabilidade variam entre elas. As mais conceituadas são Corsair, Samsung, Kingston, OCZ, G. Skill e Geil. Existem muitos fabricantes de memórias de marca genérica, com uma grande diver- sidade de preços e qualidade. Quanto aos fabricantes de memórias cache, é mais difícil enumerá-los, uma vez que, como dito anteriormente, elas já vêm dentro do processador ou, algumas vezes, soldadas na placa-mãe. As memórias que vêm dentro do encapsulamento do processador são escolhidas quando você seleciona o processador que vai colocar na placa-mãe. Os principais fabricantes de processadores são a Intel e a AMD; entretanto, existem inúmeros outros: VIA Cyrix, MOS Technology, Qualcomm, Analog Devices, Atmel, Cypress, Fairchild, Fujitsu, Hitachi, IBM, Infineon, Intersil, ITT, Maxim, Microchip, Mitsubishi, Mostek, Motorola, National, NEC, NXP, OKI, Renesas, Samsung, Sharp, Siemens, Signetics, STM, Synertek, Texas, Toshiba, TSMC, UMC, Winbond, Zilog, Nvidia, Sun, SGI, entre outros. Como as placas-mãe desempenham um papel muito importante na esco- lha do processador e das memórias, vamos elencar os principais fabricantes dessas placas. Vale lembrar que um fabricante de placa mãe conceituado, que prima pela qualidade de seus produtos, naturalmente vai exigir memórias e processadores provenientes de fabricantes confiáveis. As maiores fabricantes de placas-mãe do mundo são ASUS, ECS, Gigabyte e MSI. Além dessas, temos ainda Dell, Winston, Foxconn, MIC-Mitac Inter- national Corporation, USI-Universal Scientific Industrial, VIA Technologies, Aopen e Kinpo Electronics. 11Memórias RAM e cache TANENBAUM, A. S. Organização estruturada de computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2007. TANENBAUM, A. S. Sistemas operacionais. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2010. Leituras recomendadas MONTEIRO, M. A. Introdução à organização de computadores. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. STALLINGS, W. Arquitetura e organização de computadores. 8. ed. São Paulo: Pearson, 2010. TOCCI, R. J. et al. Sistemas digitais. 11. ed. São Paulo: Pearson, 2015. WEBER, R. F. Fundamentos de arquitetura de computadores. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. Memórias RAM e cache12 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo: DICA DO PROFESSOR No vídeo, você encontrará informações sobre como interpretar as informaçõessobre memórias no manual de uma placa-mãe. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Um CI de memória é especificado como 2k x 8. Este CI pode armazenar quantas palavras? A) 16. B) 1.024. C) 2.048. D) 16.000. E) 16.384. 2) A memória de um computador possui a função de armazenar os dados para que possamos utilizá-los posteriormente. Porém, as células de uma memória possuem certa organização para que esta ação possa ser realizada. Assinale a alternativa correta sobre as memórias de acesso aleatório dos computadores atuais. A) As memórias de acesso aleatório são formadas a cada dado criado pelo usuário. B) Os dados dos usuários são armazenados em um único espaço na memória aleatória. C) O endereçamento da memória de acesso aleatório não podem ultrapassar 8 bits. D) As memórias de acesso aleatório estão organizadas em bytes ou múltiplos deles. E) As memórias de acesso aleatório não necessitam de controladores para acesso aos endereços. 3) Podemos afirmar que uma memória de 16 kbits pode ser organizada das seguintes maneiras: A) 16k x 1, 1k x 16, 2k x 8. B) 8k x 1, 1k x 16, 16k x 1. C) 16k x 1, 1k x 8, 1k x 16. D) 16k x 1, 1k x 16, 1k x 8. E) 16k x 2, 1k x 16, 2k x 8. 4) A técnica onde os blocos da memória principal podem ser carregados em qualquer linha do cache é chamada de: A) mapeamento associativo por conjunto. B) mapeamento direto. C) mapeamento indireto. D) mapeamento associativo. E) mapeamento associativo direto. 5) As memórias que funcionam em perfeito ajuste com o relógio são chamadas de memórias _____. A) EDO. B) FPM. C) assíncronas. D) síncronas. E) DRAM. NA PRÁTICA Sabemos que as memórias RAM desempenham um papel muito importante no computador. Muitas vezes, a lentidão, o travamento e a demora no resultado do processamento de um computador são resultado da falta de memória ou de memórias inadequadas. Assim, frequentemente nos deparamos com o problema de ter pentes de memória e não saber se a memória é de um notebook ou de um desktop. Como o tipo e a capacidade da memória RAM são fatores que afetam o desempenho do computador, além de a frequência com que a memória trabalha estar diretamente relacionada ao seu desempenho, vamos aprender algumas formas de diferenciar as memórias de desktop das de notebooks. Veja, a seguir, uma solução para esse problema: Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Memória RAM Veja neste vídeo o que é e como funciona a memória RAM. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Memória cache Neste vídeo é mostrado como são mapeadas as memórias cache. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! A evolução das memórias RAM Neste artigo é mostrada a evolução das memórias RAM . Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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