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E. E. M. DONA MARIETA CALS
	Questões de Língua Portuguesa (1º Bimestre)
	NOTA
	
	Aluno(a):
	Nº:
	
	
	Ano: 2º
	Turma: A
	Profa. Diana Santos
	Data: 
	
	O CANTO DO PIAGA - Gonçalves Dias
	 Pelas ondas do mar sem limites
 Basta selva, sem folhas, i vem;
 Hartos troncos, robustos, gigantes;
 Vossas matas tais monstros contêm.
 Traz embira dos cimos pendente
 - Brenha espessa de vário cipó -
 Dessas brenhas contêm vossas matas,
 Tais e quais, mas com folhas; é so!
 Negro monstro os sustenta por baixo,
 Brancas asas abrindo ao tufão,
 Como um bando de cândidas garças,
 Que nos ares pairando - lá vão.
 Oh! quem foi das entranhas das águas,
 O marinho arcabouço arrancar?
 Nossas terras demanda, fareja...
 Esse monstro... - o que vem cá buscar?
 Não sabeis o que o monstro procura?
 Não sabeis a que vem, o que quer?
	 Vem matar vossos bravos guerreiros,
 Vem roubar-vos a filha, a mulher!
 Vem trazer-vos crueza, impiedade -
 Dons cruéis do cruel Anhangá;
 Vem quebrar-vos a maça valente,
 Profanar Manitôs, Maracás.
 Vem trazer-vos algemas pesadas,
 Com que a tribu Tupi vai gemer;
 Hão-de os velhos servirem de escravos
 Mesmo o Piaga inda escravo há de ser?
 Fugireis procurando um asilo,
 Triste asilo por ínvio sertão;
 Anhangá de prazer há de rir-se,
 Vendo os vossos quão poucos serão.
 Vossos Deuses, ó Piaga, conjura,
 Susta as iras do fero Anhangá.
 Manitôs já fugiram da Taba,
 Ó desgraça! ó ruína!! ó Tupá!
1. No início do texto, o piaga descreve de forma alegórica
(A) o ataque dos animais da floresta brasileira.
(B) a chegada dos navios portugueses aos Brasil.
(C) o mar e as praças, a fauna e a flora brasileiras.
(D) o porte dos negros que vinham como escravos para o Brasil.
(E) as possibilidades que a natureza oferecia para a luta contra os colonizadores.
	NÃO TE AMO - Almeida Garrett
	 Não te amo, quero-te: o amor vem 
 d'alma.
 E eu n'alma – tenho a calma,
 A calma – do jazigo.
 Ai! não te amo, não.
 Não te amo, quero-te: o amor é vida.
 E a vida – nem sentida
 A trago eu já comigo.
 Ai, não te amo, não!
 Ai! não te amo, não; e só te quero
 De um querer bruto e fero
 Que o sangue me devora,
 Não chega ao coração
	Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.
2. Ao longo do poema, o eu lírico utiliza diferentes imagens para definir o amor. No poema, o amor é representado como
(A) um sentimento bruto e fero. 
(B) o mau agouro da estrela que brilha na má hora da perdição. 	
(C) um mau feitiço e um indigno furor.	 
(D) um sentimento semelhante ao espanto, ao medo e até ao terror. 
(E) um sentimento que vem da alma, e como sendo sinônimo da vida.
	CANÇÃO DO EXÍLIO - Gonçalves Dias
	"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
	Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
3. Toda representação artística é a imagem indireta do contexto histórico-social em que o autor está inserido. Marque a opção que indica o contexto a partir do qual o eu-lírico fala sobre a sua pátria. 
(A) A fala do eu-lírico é de alguém que se está completamente apaixonado por uma pessoa que não corresponde ao seu amor. 
(B) A voz do sujeito lírico corresponde a de um homem que faz uma declaração de amor para sua amada, a qual não vê há muito tempo.
(C) A fala do eu lírico indica uma profunda satisfação em está distante da terra em que nasceu.
(D) A fala do eu-lírico é a de alguém que está exilado, portanto, de alguém que está fora de sua terra natal e que dela sente saudades. 
(E) A voz do eu lírico expressa a sua insatisfação em precisar retornar ao seu país de origem, pelo qual não possui nenhuma afeição ou admiração.
	MORTE (HORA DE DELÍRIO)
Junqueira Freire
Pensamento gentil de paz eterna
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dous fantasmas que a existência formam,
— Dessa alma vã e desse corpo enfermo.
Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da vida,
do prazer que nos custa à dor passada.
Pensamento gentil de paz eterna
Amiga morte, vem. Tu és a pena
A visão mais real das que nos cercam,
Que nos extingues as visões terrenas.
Amei-te sempre: — pertencer-te quero
Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra, - esse elemento
Que não se sente dos vaivéns da sorte.
	4. Com base na confissão do eu lírico, pode-se afirmar que para os ultrarromânticos 
(A) a vida é um momento de extrema alegria e satisfação, no qual se pode desfrutar das belas mulheres e da natureza virgem.
(B) a ideia de morrer tem sentido positivo, pois garante o fim da agonia de viver, surgindo como uma solução para todos os problemas.
(C) a vida é o “mal do século”, pois é muito mau e, às vezes, dura um século.
(D) o amor é um sentimento que deve ser vivido ao extremo e durante a juventude, momento em que se devem desfrutar os prazeres carnais.
(E) a morte é o fim de todas as coisas, ela deve ser adiada o máximo de tempo possível para que a vida seja longa e frutífera. 
	Senhor Deus dos desgraçados! 
Dizei-me vós, Senhor Deus! 
Se é loucura... se é verdade 
Tanto horror perante os céus?! 
Ó mar, por que não apagas 
Co'a esponja de tuas vagas 
De teu manto este borrão?... 
Astros! noites! tempestades! 
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! [...]
São os filhos do deserto, 
Onde a terra esposa a luz. 
Onde vive em campo aberto 
A tribo dos homens nus... 
São os guerreiros ousados 
Que com os tigres mosqueados 
Combatem na solidão. 
Ontem simples, fortes, bravos. 
Hoje míseros escravos, 
Sem luz, sem ar, sem razão... [...]
	Ontem a Serra Leoa, 
A guerra, a caça ao leão, 
O sono dormido à toa 
Sob as tendas d'amplidão! 
Hoje... o porão negro, fundo, 
Infecto, apertado, imundo, 
Tendo a peste por jaguar... 
E o sono sempre cortado 
Pelo arranco de um finado, 
E o baque de um corpo ao mar... 
Ontem plena liberdade, 
A vontade por poder... 
Hoje... cúm'lo de maldade, 
Nem são livres p'ra morrer. . 
Prende-os a mesma corrente 
— Férrea, lúgubre serpente — Nas roscas da escravidão. 
E assim zombando da morte, 
Dança a lúgubre coorte 
Ao som do açoute... Irrisão!... 
5. Na terceira e na quarta estrofes, as palavras destacadas criam um efeito de sentido de tempo e espaço para ilustrar a situação dos negros. Com base na leitura de todo o fragmento, assinale a opção que melhor traduz essa situação vivenciada pelos negros.
(A) “ontem” e “hoje” se referem ao momento que estão vivenciando a viagem pelo mar no navio.
(B) “ontem” se refere ao momento em que se tornaram escravos e foram levados em um navio negreiro para uma terra desconhecida; “hoje” se refere ao tempo em que os africanos eram homens livres e viviam em sua terra natal.
(C) “ontem” se refere ao tempo em que os africanos eram homens livres e viviam em sua terra natal; “hoje” se refere ao momento em que se tornaram escravos e foram levados em um navio negreiro para uma terra desconhecida.
(D) “ontem” se refere ao momento em que seus companheiros de viajem morreram de banzo; “hoje” se refere ao instante em que jogaram seus corpos no mar.
(E) “ontem” se refere ao momento em que viajavam em um navio negreiro para uma terra desconhecida; “hoje” se refere ao instante em que chegaram às fazendas de açúcar e café no Brasil para seremtomados como escravos.
Leia o texto a seguir e responda a questão 6. 
TERRA DEVASTADA
A montanha de escombros atingia a altura de um poste de luz. Quarenta e cinco segundos de terremoto reduziram a pó o prédio de apartamentos de cinco andares. No topo da montanha, um dos poucos sobreviventes do edifício remexia os destroços em desespero, como um catador de lixo faminto.
O homem de meia-idade tinha as roupas rasgadas, os cabelos castanhos cobertos de poeira e os olhos inchados de tanto chorar. Era Adair Gazel, comerciante de colchões que na noite anterior deitou-se pensando no futuro, mas pela manhã, tomado de susto, olhava apenas para trás.
Ele havia perdido a mulher, o filho de vinte e um anos e a filha adolescente. Sem nenhuma esperança de encontrá-los com vida, e no limite de sua força física, ele procurava sob lajes e paredes alguma lembrança da família.
O comerciante guardava dólares em casa, sua esposa possuía muitas joias, mas Adair tinha uma única preocupação naquele momento: encontrar um álbum de fotografias. Sim, apenas algum registro dele ao lado da mulher, dos filhos no parque, da família reunida à mesa do restaurante preferido em Istambul ou em alguma festa de aniversário em casa. Recordações era tudo o que importava àquele homem sem casa, órfão das pessoas mais queridas...
— Eu necessito de uma única foto que seja — disse arrasado. — Quero poder rezar olhando todas as noites para o rosto de cada um dos meus filhos e de minha mulher. A fotografia me servirá de amuleto, quem sabe de analgésico para a terrível dor que irá me acompanhar de hoje para sempre. [...]
TRALLI, César. Olhar crônico. São Paulo: Globo, 2001. p. 67-68. (Fragmento)
6. Nesse texto, há a narração do drama pessoal de Adair Gazel, que sofreu perdas irreparáveis devido a um terremoto. Para tanto o autor se utiliza de vários recursos estilísticos, dentre eles o uso de artigos e numerais. Leia as alternativas a seguir e marque a que corresponde uma informação incorreta em relação ao uso dessas classes gramaticais no texto.
(A) Ao longo do texto, há a alternância no uso dos artigos definidos e indefinidos, a depender do grau de particularização do que é dito. 
(B) Inicialmente Adair Gazel é apresentado como “um dos poucos sobreviventes”, de forma mais genérica, por meio do uso do artigo indefinido; aos poucos a sua descrição torna-se mais específica, particularizada por meio do emprego dos artigos definidos: o homem de meia-idade, as roupas rasgadas, os olhos inchados, a mulher, o filho de vinte e um anos e a filha adolescente.
(C) As referências mais gerais, abrangentes e pouco precisas, são todas feitas por meio dos artigos indefinidos, que ocorrem em menor número no texto, pois o interesse do autor está em particularizar o drama de um homem específico, o comerciante de colchões Adair Gazel.
(D) Os artigos definidos aparecem em maior número (às vezes combinados com preposições) e são eles que orientam a imaginação do leitor na recriação do cenário de destruição e horror que tomou conta da vida desse homem.
(E) A utilização dos numerais cardinais “quarenta e cinco” (L.2) e “vinte e um” (L.11), para quantificar o tempo de duração do terremoto e a idade do filho de Adair Gazel, é feita de forma conotativa, pois o texto deixa claro que o evento durou um tempo muito maior.
Leia o texto a seguir e responda questão 7. 
PORCO PASSAGEIRO NÃO É PASSAGEIRO PORCO
Um porco passageiro alvoroçou o voo 107 da companhia US Airways, que saiu da Filadélfia com destino a Seattle, nos EUA. Note-se que não se trata de um passageiro porco, mas de um porco passageiro mesmo. Pesando 135 quilos, ele viajou com as suas duas donas (que não foram identificadas) na primeira classe. Durante as sete horas de voo, dormiu tranquilamente numa poltrona. O problema se deu quando a aeronave posou. Vai ver que nervoso porque interromperam o seu sono, o porco disparou em direção a todo mundo e acabou dentro da cabine. Ninguém soube explicar como a companhia permitiu a sua presença é ele tinha amarrado no pescoço um bilhete de embarque. Suas donas alegaram que o porco é um animal de companhia terapêutica, assim como os cachorros.
Disponível em: http://www.terra.com.br/istoe-temp/1623/1623semana_2.htm. Acesso em: 28/02/2016
7. Os sintagmas “porco passageiro” e “passageiro porco” possuem sentidos diferentes devido a alterações nas classes gramaticais das palavras que as compõem. Marque a opção que indica a correta classificação morfológica dessas palavras.
(A) Em “porco passageiro”: “porco” é adjetivo e “passageiro” é substantivo; já em “passageiro porco”: “passageiro” é adjetivo e “porco” é pronome.
(B) Em “porco passageiro”: “porco” é substantivo e “passageiro” é adjetivo; já em “passageiro porco”: “passageiro” é substantivo e “porco” é adjetivo.
(C) Em “porco passageiro”: “porco” é substantivo e “passageiro” é pronome; já em “passageiro porco”: “passageiro” é adjetivo e “porco” é substantivo.
(D) Em “porco passageiro”: “porco” é artigo e “passageiro” é numeral; já em “passageiro porco”: “passageiro” é substantivo e “porco” é adjetivo.
(E) Em “porco passageiro”: “porco” é pronome e “passageiro” é substantivo; já em “passageiro porco”: “passageiro” é adjetivo e “porco” é substantivos.
Leia o poema a seguir e responda a questão 8. 
8. No terceiro quadrinho, sobre as flexões de número e gênero da palavra “borboletas” é correto afirmar que 
(A) está no plural e é um substantivo epiceno. 
(B) está no plural e é um substantivo heterônimo.
(C) está no singular e é um substantivo coletivo.
(D) está no singular e é um substantivo comum de dois gêneros.
(E) está no plural e é um substantivo sobrecomum.
9. No segundo quadrinho, a expressão “não existe ninguém tão esquisito quanto você!”, o adjetivo está flexionado no grau
(A) comparativo de inferioridade. 	(D) superlativo de inferioridade.
(B) comparativo de igualdade. 	(E) superlativo de superioridade.
(C) comparativo de superioridade.
10. Sobre a classificação dos pronomes utilizados nessa tira, é correto afirmar que
(A) “nossos” e “nossas”, no primeiro e no segundo quadrinhos, são pronomes pessoais do caso reto.
(B) “você”, no segundo quadrinho, é pronome pessoal do caso oblíquo.
(C) “nós”, no terceiro quadrinho, é pronome possessivo.
(D) “seu”, no terceiro quadrinho, não tem valor possessivo.
(E) “eles”, no quarto quadrinho, funciona como complemento verbal de “dar”.

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