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D.PERNAL I - Concurso de agentes - II semestre, aula I e II - F. BOLQUE USJT

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Aula 04/08/2015
Concurso de agentes
Conceito: concurso de agentes configura-se quando varias pessoas praticam o mesmo crime
Modalidades:
Necessárias: obrigatoriamente realizada por concurso de pessoas. O próprio tipo descreve o concurso. A adequação do tipo e direta.
Ex. Artigo 288 (associação criminosa): “Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes:
Pena - reclusão, de um (um) a três (três) anos. ”
Eventual: aquele que o agente pode cometer sozinho, porem pode-se EVENTUALMENTE pratica-lo em concurso de pessoas. A adequação do tipo e indireta. 
Artigo 29 CP: “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.”.
Só teremos concurso de agentes quando houver:
Pluralidade de conduta: cada participante do crime pratica uma conduta. (*Conduta: ação ou omissão).
Relevância causal de cada conduta: cada conduta que tem que ser relevante causal para pratica do crime. 
Ex. Emprestar arma de fogo para alguém cometer um homicídio.
Vinculo subjetivo: deve haver uma conexão de vontades – um agente deve aderir à vontade do outro. Não e exigido um prévio acordo de vontades, um pode não saber da vontade do outro. Ex. Empregada deixa a porta aberta para o ladrão furtar a casa. 
Consequências – art. 29 CP. “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.” ·.
*A consequência e a aplicação da teoria monista como regra e a pluralista como exceção.*.
Ha três teorias a respeito sobre as consequências: 
Teoria monista (unitária): todos os participantes respondem pelo mesmo crime. – Nessa teoria TODOS respondem pelo mesmo crime.·.
Obs.: ha duas espécies de participantes: autor e participe.
Teoria dualista: o autor responde por um crime x e os participes respondem pelo crime y.·.
Teoria pluralista: cada participante responde dera por um crime diferente dependendo da natureza da sua contribuição. 
A teoria adotada pelo código penal brasileiro, em regra, e a teoria MONISTA. Excepcionalmente o próprio código traz a teoria PLURALISTA de aplicação da pena, conforme exemplos: Arts. 124 e 126.
Art. 124. : “Provocar aborto em si mesmo ou consentir que outrem o provoque:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. ”
Art. 126: “Provocar aborto com o consentimento da gestante:
“Pena - reclusão, de um (um) a quatro (quatro) anos.”
Nos dois exemplos temos o concurso de agentes, porem as penas são aplicadas conforme a sua contribuição, mesmo se tratando do mesmo crime: aborto.
*Culpabilidade: pressuposto de aplicação da PENA.
“Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.”
A culpabilidade explicitada no artigo é o que justifica o porquê não é aplicado, em regra, a teoria pluralista.
Espécies: (relacionado aos participantes)
Autor: Quem e o autor do crime? Ha três teorias a respeito:
Teoria Restritiva: autor e apenas aquele que pratica o verbo do tipo. (matar, subtrair, estuprar, etc.).
 Por essa teoria temos duas espécies de autor: 
Autor: autor propriamente dito – quem pratica sozinho o crime.
Coautor: e aquele que pratica o crime com outras pessoas o verbo do crime.
Teoria Ampliativa: todos os participantes são considerados autores, independentemente da sua contribuição – não ha a presença do participe.
Teoria do domínio do fato: o autor é aquele que possui o controle finalístico do crime, mesmo que parcial – não precisa ter controle total do crime.
Por essa teoria temos quatro tipos de autor:
Autor: autor propriamente dito – aquele que pratica o verbo do tipo.
Coautor: e aquele que pratica o crime com outras pessoas o verbo do crime.
 Autor intelectual: e o mandante, aquele que planeja o verbo do crime sem cometer o verbo do tipo.
Autor Mediato: e aquele que se vale de outra pessoa, normalmente um inimputável ou pessoa que não saiba que esta cometendo o crime, para cometer o verbo do tipo.
Parte da doutrina sustenta a adoção do CP pela teoria RESTRITIVA, e ha outra parte da doutrina que defende a adoção da teoria do DOMINIO DO FATO. Não ha predomínio de uma ou outra doutrina.
Conceito de participação (conceito negativo, tido o que não for autor será participe).
Espécies:
Material: representa o auxilio material para o crime. 
Ex. Emprestar a arma, ficar de vigia durante furto, etc.
Moral:
Incitação: significa criar na mente do sujeito uma vontade que ainda não existia.
Instigação: significa REFORCAR uma vontade já existente.
	
Não ha diferenciação pratica de aplicação da pena, pois no próprio artigo 29 diz que “quem, DE QUALQUER MODO, concorre para o crime INCIDE NAS PENAS A ESTE COMINADAS...”
Exceção: 
Art. 29, paragrafo 1º: “Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.”
Participação de menor importância: restrição a apenas a participação MORAL, mais restritamente, PARTICIPACAO MORAL A TITULO DE INSTIGACAO.
Art. 29, paragrafo 2º: “Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.”
Cooperação Dolosamente Distinta: em regra, todos os coautores e participes devam responder pelo mesmo crime, o legislador determina a imputação por outra figura típica, QUANDO O AGENTE QUIS PARTICIPAR DE CRIME MENOS GRAVE. Ex. motorista que conduz três agentes para o crime de furto, e fica dentro do carro durante o ato, e dentro da residência não ocorre o furto como o esperado, mas sim latrocínio. O motorista responde pelo crime de furto. Se o crime for previsível, como no caso de agentes que vão furtar casa do capitão do exercito com o mesmo dentro da residência, sendo previsível a hipótese de subtração com o emprego de violência (resultado mais grave, o crime, para o motorista pode ser aumentado em ate à metade).
Aula 06/08/2015
Comunicabilidade e incomunicabilidade de elementares e circunstancias
Circunstancias: são dados acessórios não fundamentais para a existência da figura típica, que ficam a ela agrupadas, com a função de influenciar na pena. Apenas circundam o crime não integram a sua essência. A sua exclusão NÃO interfere na existência da infração penal, mas a torna mais um menos grave. Encontram-se nos tipos incriminadores. Ex. Art. 155, §1º. “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
(...) 1º A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.”
Art. 157, § 2º, I: “ Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: (...)
2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
 I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma.”.
Condições de caráter pessoal (subjetivo): dizem respeito ao agente e não ao fato. São elas: 
2.1 antecedentes, a personalidade, a conduta social, os motivos (quem tem motivo é o agente e não o fato), a maioridade relativa, a maioridade senil, a reincidência, o parentesco com o ofendido.
Condições objetivas: relaciona-se ao fato.
Tempo do crime, lugar do crime, o modo de execução, etc.
Provém do elemento, que significa componente básico, essencial, fundamental, configurando assim os dados fundamentais da figura típica, sem os quais esta desaparece (atipicidade absoluta) ou se transforma em outra (atipicidade relativa). Ex. homicídio: sem a pessoa humana viva não há homicídio.
A regra do artigo 30CP: “Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.” 
As circunstancias subjetivas (pessoal) JAMAIS se comunicam, sendo irrelevante se o coautor ou participe delas tinham conhecimento. Ex. Se um dos agentes era reincidente, ainda que os demais agentes tinham o conhecimento da reincidência,tal circunstancia não se comunicará (não ira cominar nas penas dos demais, recaindo tal circunstancia apenas sobre o reincidente). 
As circunstancias objetivas: comunicam-se desde que o coautor pu participe delas tenham conhecimento.
Circunstancias elementares: seja a circunstancia objetiva ou subjetiva, se comunicam, desde que o coautor ou participe delas tenham conhecimento. Ex. A condição de funcionário público para o delito do artigo 312 CP (peculato). Trata-se, portanto, de elementar, comunica-se ao participe que dela teve CIENCIA. Assim, o participe que , consientimente participe de um peculato responde por esse crime.
Conflito Aparente de Normas
Exemplos: Art 121 CP e Art 123 CP: 
Art. 121. – “Matar alguém: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.”
Art. 123. – “Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.”
Para a existência de um conflito de conflito aparente de normas necessitamos:
Unidade do fato: necessário apenas um fato. (matar)
Pluralidade de normas: duas ou mais normas regulam o fato. Essas normas devem coexistir, ou seja, devem existir ao mesmo tempo. (Não existe conflito de leis no tempo)
Não existe um conflito REAL de norma, caso houvesse seria ANTINOMIA.
É aparente pois existe princípios que irão resolver:
Principio da especialidade: norma especial prevalece sobre a norma geral, pois ela possui elementos especializantes; Ex. Art 123 CP é especial. 
Principio da subsidiariedade: prevalecia da norma principal SOBRE a especial. A norma especial só será aplicada quando não for possível a aplicação da norma especial.
Espécies de subsidiariedade
Subsidiariedade expressa: o próprio tipo declara a sua subsidiariedade. Ex. art 132 (crime de periclitação da vida): “Art. 132. - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, se o fato não constitui crime mais grave.”
Subsidiariedade tácita: é aquela que a norma é implicitamente subsidiaria. Ex. Art 150 (violação de domicilio): “Art. 150. - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.” Esse artigo só se aplica quando não é possível aplicar, por exemplo, o dispositivo do furto. Quando o ladrão entra na casa para furtar, mas desiste, aplicar-se-á o art. 150.
Principio da Consunção: é a absorção da norma menos grave que é absorvida pela norma mais grave.
Motivos de absorção:
A norma menos grave é o meio necessário. Ex. não é possível o crime de homicídio sem causar lesões corporais, ou seja, lesão corporal incorporado pelo crime de homicídio. 
A norma mais grave é o fim do agente. Ex. Há a possibilidade de o agente usar outros crimes para o fim de um outro crime, como no caso do furto de uma folha de cheques (furto), a falsificação da assinatura do dono do talão (falsificação) e o desconto do cheque no banco (estelionato).
Pos Factum impunível – o crime posterior é absorvido pelo crime anterior.
 Quando o crime posterior é praticado contra a mesma vitima.
 Quando o crime posterior é praticado contra o mesmo objeto jurídico.
 Quando o crime posterior é praticado contra o mesmo objeto material.
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