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É uma unidade do espaço geográfico caracterizado de acordo com o macroclima, a fitofisionomia, o solo e a altitude específicos (biomas). Alguns, também são caracterizados de acordo com a presença ou não de fogo natural. Vocabulário Aciculifoliada: folha em forma de agulha, como a do pinheiro. A área de incidência são regiões de clima com invernos prolongados e rigorosos. Latifoliada: folha larga e grande, típica das áreas onde a umidade do solo é elevada, como as regiões de clima equatorial e tropical. Coriáceas: folhas grossas, pequenas e geralmente peludas, típicas das áreas de clima quente e com estação seca prolongada. Perenifólia: espécie vegetal que mantém a folhagem todo o ano, embora ocorra uma renovação constante das folhas. Decíduas ou caducas: espécies vegetais que perdem folhas para enfrentar uma estação seca prolongada ou um inverno rigoroso. Densidade: número de espécies vegetais dividido pela área. A densidade é alta, como na floresta equatorial, ou baixa, como nos desertos. Diversidade: número de espécies vegetais diferentes dividido pela área, A diversidade é alta, como na floresta equatorial ou baixa, como na floresta temperada. Estratificação: diversos tamanhos de uma formação vegetal. Existem os seguintes estratos: Herbáceo: formado principalmente por gramíneas; Arbustivo: constituído por árvores de pequeno porte, até 15 metros; Arbóreo-arbustivo: constituído por árvores de médio porte, entre 15 e 20 metros; Arbóreo: constituído por árvores de grande porte, acima de 20 metros. Liquens: associação entre fungos e algas. Mata galeria ou ciliar: vegetação que ocorre em áreas de menor declividade do relevo ou ao longo dos rios. No Brasil, é típica da área de cerrado e de campos. Fatores físicos ou abióticos Hidrófilas: vegetação que vive todo o ano, ou a maior parte dele, em meio aquático. As principais espécies são as taboas, lótus, vitória-régia e aguapé. Hidrófilas: espécies vegetais que se desenvolvem em meio de grande umidade durante o ano, como a floresta equatorial. Xerófilas: vegetais típicos de áreas onde a umidade é pequena durante o ano, como os desertos e a caatinga. Mesófilas: espécies que necessitam de água em quantidade média durante o ano, como a floresta temperada e a mata com araucária. Tropófitas: espécies que se adaptam à variação sazonal da umidade, no caso, duas estações distintas: chuvosa e outra seca. Como por exemplo tem-se o cerrado, a savana e a vegetação mediterrânea. Halófilas: espécies vegetais que vivem em meio salino, típicas das áreas litorâneas, tem-se os mangues. Plantas como o girassol necessitam de muita luminosidade, são plantas de luz ou heliófilas. Plantas como os fetos necessitam de pouca luminosidade, são plantas de sombra ou umbrófilas. Temperatura Megatérmica: quando sal área climática apresenta médias anuais superiores a 20°C, como a floresta equatorial, tropical, cerrados, etc. Mesotérmica: quando as espécies vegetais ocupam a área climática onde a temperatura varia de 12° a 20°C de média anual, como as florestas temperadas. Microtérmica: quando sua área climática apresenta médias anuais abaixo de 12°C, como a taiga e a tundra. Altitude Formação do solo Solo Laterizado Problemas do solo laterização: Com o processo de lixiviação decorrente das enxurradas, das chuvas, muitos minerais são levados, (os chamados minerais hidrossolúveis: sódio, potássio, cálcio e outros) facilitando para que aflorem os minerais pesados como hidróxido de alumínio e ferro. O ferro cria uma coloração avermelhada e um ph alto entre 8 e 9. Como resultado, forma-se a leterita (crosta endurecida), inviabilizando a fertilidade do solo. No Brasil o solo laterízado é chamado de Canga e aparece principalmente nas chapadas da região Centro Oeste. Domínio da Amazônia Extensão próxima: 4.196.943 km2 (49,29%). Dominado pelo clima quente e úmido (com temperatura média de 25°C) e por florestas. Tem chuvas torrenciais bem distribuídas durante o ano e rios com fluxo intenso. Marcado pela bacia amazônica, com uma área de aproximadamente 7 mil km2. A vegetação característica é de árvores altas. Estima-se que esse bioma abrigue mais da metade de todas as espécies vivas do Brasil. Floresta Equatorial Ocorre nas áreas de baixa latitudes, onde predomina o clima quente e úmido, a exemplo da Amazônia, faixa centro-ocidental da África e Sudeste Asiático. Epífitas: são vegetais que utilizam das árvores como suporte para seu crescimento, não sendo parasita. As principais espécies são as orquídeas e a bromélias. Lianas: são vegetais que utilizam das árvores como suporte para seu crescimento. As principais espécies de lianas são os cipós. Solo da Amazônia Solo Arenoso e pobre em nutrientes; Camada de folhas com rápida decomposição bacteriana; Bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do planeta. O rio gigante passa pelo canyn mais profundo do planeta. No vale do Colca, que alcança 3.223 metros de profundidade, o Amazonas se estreita, para depois seguir águas ao longo do caminho. Sistema aquífero grande Amazônia: Extensão: 1,3 milhão de km2; Volume de água: 162.000 km3. Sistema aquífero grande Guarani: Extensão: 1,2 milhão de km2 (840 mil km2 no Brasil); Volume de água: 39.000 km3. Savanas e Cerrados Extensão próxima: 2.036.446 km2. O cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e cobre 22% do território brasileiro. É no cerrado que está a nascente das três maiores bacias da América do Sul: Amazônia, Tocantins, São Francisco e Prata, o que resulta em elevado potencial aquífero e grande biodiversidade. Esse bioma abriga mais de 6,5 mil espécies de plantas já catalogadas. No cerrado predominam formações da savana e clima tropical quente subúmido, com uma estação seca e uma chuvosa e temperatura média anual entre 22°C e 27°C. A principal área de ocorrência do cerrado é o centro oeste. Veredas são alinhamentos de palmeiras meio de uma mata tropical, típicas do cerrado. Indicam a presença de nascentes de rios e olhos d’água. O aproveitamento básico do cerrado é a criação extensiva de bovinos. Na década de 60 o cerrado começou a ser ocupado pela lavoura de exportação e, desenvolveu, consideravelmente, as culturas da soja, café e do trigo. Nos dias atuais predominam a soja, cana, milho e arroz, torna-se, assim, uma das principais áreas produtoras de grãos do Brasil. Bioma da Caatinga/ Desertos Desertização: é um processo natural da formação de desertos que independe da ação antrópica, mas que pode ser agravado pela mesma. Desertificação: é um processo que desencadeia a partir da ação do homem através do uso inadequado do solo com o desmatamento. A terra perde sua capacidade produtiva. A recuperação exige altos custos. A escassez de chuvas impõe o xeromorfismo, isto é, adaptações que o vegetal adquire em função do ambiente seco. Entre elas tem-se: Presença de espinhos; Perda de folhas; Raízes grandes; Caules suculentos; Presença da queratina. Domínio de Floresta Tropical (Mares de Morros) É uma formação que se caracteriza por: Grande densidade e diversidade; Estratificação completa; Folhas latifoliadas e perenes. De acordo com sua localização e diferenciações do meio da fisionomia, a floresta tropical. Mata Atlântica Extensão próxima: .1.110.182 km2. Ela ocupa totalmente o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e Santa Catarina, 98% do Paraná e áreas de mais 11 unidades da federação. Seu principal tipo de vegetação é a floresta ombrófila densa, normalmente composta por árvores altas e relacionada a um climaquente e úmido. A erosão, provocada pelo clima tropical úmido associada a um intemperismo químico significativo sobre os terrenos cristalinos (granito/gnaisse), é um dos fatores responsáveis pela conformação do relevo, com a presença de morros com vertentes arredondadas (morro em meia laranja, pães-de-açúcar). Mata das Araucárias Floresta de coníferas. A principal espécie é o pinheiro-do-Paraná, além dele ocorrem a erva-mate, a canela, a imbuia e outras. A mata encontra-se bastante degradada, em função de dois aspectos: 1. A elevada taxa de ocupação do solo no sul do país; 2. E a exploração de vegetais com valor comercial, como o pinheiro, utilizado na fabricação do papel e a imbuia empregada na indústria de móveis. Pampas ou Pradarias Extensão próxima: 176.496 km2. O bioma pampa está presente somente no Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território do Estado. Ele constitui os pampas sul- americanos, que se estendem pelo Uruguai e pela Argentina e, internacionalmente, são classificados de Estepe. A pampa é marcado por clima chuvoso, sem período seco regular e com frentes polares e temperadas negativas no inverno. A vegetação predominante da pampa é constituída de ervas e arbustos, recobrindo um relevo nivelado levemente ondulado. Tundra É uma formação vegetal de baixo porte, do tipo herbácea. Suas principais espécies são os musgos e liquens. Complexo do Pantanal Extensão próxima: 150.355 km2. O bioma Pantanal cobre 25% de Mato Grosso do Sul e 7% de Mato Grosso e seus limites coincidem com os da Planície do Pantanal, mais conhecida como Pantanal mato-grossense. O Pantanal é um bioma praticamente exclusivo do Brasil, pois apenas uma pequena faixa dele adentra outros países (o Paraguai e a Bolívia). É caracterizado por inundações de longa duração (devido ao solo pouco permeável) que ocorrem anualmente na planície, e provocam alterações no ambiente, na vida silvestre e no cotidiano das populações locais. As formações vegetais apresentam a seguinte distribuição: na área de alagamento tem-se campos de inundação e na área não alagada tem-se cerrado, campos, floresta equatorial, etc. Bioma Litorâneo No Brasil, os mangues se estendem pelo litoral, desde o estado do Amapá até Laguna, em Santa Catarina. Devido à grande quantidade de material em decomposição, há uma elevada atividade microbiana, que por sua vez, é base da cadeia alimentar, daí os mangues considerados como “berçários” para a vida flúvio-marinha. Os mangues vêm sendo destruídos pela expansão urbana e industrial, seja pela construção de loteamentos clandestinos, seja por aterramento. Mata dos Cocais (Domínio de Transição) Espaço de transição entre a Amazônia e a Caatinga. Ocupa os estados do Maranhão e do Piauí. Apresentam vários tipos climáticos: 1. Equatorial: oeste do Maranhão; 2. Tropical: leste do Maranhão; 3. Semiárido: Piauí.
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