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Divisões do sistema nervoso O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e periférico E o periférico é dividido em Somático Neurônios motores somáticos, os quais controlam os músculos esqueléticos Autônomo Neurônios autonômicos, os quais controlam os músculos liso e cardíaco, diversas glândulas e parte do tecido adiposo. O sistema motor somático e o sistema nervoso autônomo são algumas vezes chamados de divisões voluntária e involuntária do sistema nervoso, respectivamente. Entretanto, essa diferenciação nem sempre é verdadeira O SNA e o Somático – Compartilham o mesmo AGONISTA Acetilcolina Acetilcolina Produzida pela enzima ColinaAcetilTransferase (CAT) Duas grandes famílias de receptores colinérgicos – Nicotínicos e Muscarínicos ❒ Receptor Nicotínico (N) - Muscular, neuronal, ganglionar ❒ Receptor Muscarínico (M) - M1 a M5 A molécula da acetilcolina é hábil. Uma forma de proteger essa molécula é colocar ela em uma vesícula Transmissão colinérgica Transporte da vesícula até o sítio de liberação da acetilcolina Ao despolarizar a membrana, O cálcio entra e promove a movimentação da vesícula por conta do rearranjo no esqueleto de miosina. A vesícula “desce” até encontrar a membrana do terminal A proteína de fusão da vesícula interage com a proteína de fusão da membrana e essas proteínas interagem entre si, promovendo a exocitose Quando a acetilcolina se dissocia, há 2 saídas. Interagir novamente com o receptor ❒ servir de substrato para a enzima acetilcolinesterase Modulações A acetilcolina pode sofrer autorregulação pelo próprio neurotransmissor liberado. Então, os receptores pré-sinápticos fazem diferentes tipos de feedback M Inibitório N Excitatório Hemicolínio e Vesamicol Interrompem a via da acetilcolina *Não possuem aplicabilidade farmacêutica Exocitose é o processo biológico pelo qual uma célula eucariótica viva libera substâncias para o fluido extracelular Acetilcolinesterase Degrada Acetilcolina – Assim, inibindo a enzima, não tem a degradação de acetilcolina Toxina botulínica Possui afinidade pelos neurônios colinérgicos. Essa toxina contém uma série de proteases que promovem a lise das proteínas de fusão Logo, a Toxina interrompe a neurotransmissão colinérgica Nós temos Acetilcolinesterase em todo lugar onde temos Acetilcolina • Autônomo • Central • Somático São Acetilcolinesterases diferentes Pseudocolinesterase – Produzida no fígado. Não chega no terminal sináptico Receptores colinérgicos: Nicotínicos Ativados por nicotina Os neurônios motores, que se originam na (?) e vai até a musculatura energética. O receptor presente na musculatura esquelética é o nicotínico muscular (NM) Esse neurônio vai inervar numa região específica chamada placa motora. A acetilcolina vai ser reconhecida pelos receptores nicotínicos da placa motora Esses receptores são ionotrópicos, ou seja, é acoplado a um canal iônico. Quando ele é ativado, ele deixa entrar sódio e cálcio. Essa entrada do sódio e do cálcio vai promover uma despolarização na membrana, que permite a abertura de canais de sódio voltagem dependente. Quando esse canal abrir, se tem um potencial de ação muscular que vai ser propagado por toda fibra muscular energética e que vai permitir a abertura de canais de cálcio voltagem dependente, entrando, assim, cálcio na célula necessário para a contração muscular Nicotínicos 5 Subunidades Agonista endógeno: Acetilcolina Agonista exógeno: Nicotina Receptores colinérgicos periféricos (N) Gânglios autonômicos e placa motora Receptor ionotrópico. Receptores muscarínicos Ativados por Muscarina Metabotrópicos – Acoplados a proteína G Possuem 7 domínios transmembranares Existem 5 subtipos de receptores muscarínicos M2 e M3 Importantes!! Ações muscarínicas da acetilcolina Coração: Subtipo: M2 Diminuição da frequência cardíaca Isso ocorre através da diminuição do AMPciclico da célula e ativando a corrente de potássio Efeito Bradicardizante Bradicardia – Frequência cardíaca mais baixa do que o normal Efeito vascular Efeito vasodilatador – Indireto via célula endotelial Os vasos sanguíneos possuem uma monocamada de células pavimentos que revestem todo o sistema vascular. Essa monocamada é composta pelas células endoteliais que compõe o endotélio. O endotélio tem uma importância pra homeostase O endotélio libera uma substancia vasodilatadora. Essa substância é inorgânica, que é o óxido nítrico. Todas as células endoteliais expressam receptores muscarínicos, principalmente do tipo M3. Toda vez que se tem atividade do M3 no endotélio, aumenta o cálcio no endotélio. Isso ativa uma enzima chamada oxido-nítrico sintase. Ela vai formar o óxido nítrico. Pulmão (M3) broncoconstricção da secreção muco O fluxo de ar está dentro da arvore brônquica alveolar. Se tivermos a contração dessa arvore brônquica, a passagem de ar fica limitada Ao longo da arvore brônquica ocorre a expressão de receptores muscarínicos e quando eles são ativados eles aumentam o cálcio intracelular. A musculatura é do tipo lisa e o aumento do cálcio intracelular aumenta a contração. Esse processo de contração reduz o calibre bronquiolar, levando ao quadro de broncoconstricção. Presença do M3 Existe algumas doenças que são associadas a brônquio espasmo como a asma e esses receptores são importantes para pacientes asmáticos, eles fazem parte da fisiopatologia da asma, sua hiperatividade contribui pro bronquiespasmo na asma. A arvore brônquica tem na sua luz a presença de células secretoras de muco que tem sua função estimuladas pelo aumento de cálcio intracelular. Outros locais da presença de receptor Muscarínico Na mucosa gástrica temos as células parietais que se estimuladas por acetilcolina aumentam a secreção de ácido. Olho (M3) Uma das principais indicações farmacológicas de agonistas muscarínicos O Tamanho da íris é modulado por 2 tipos de músculos: O músculo circular e radial O musculo circular tem receptor muscarínico - Depende da acetilcolina O musculo radial tem receptor do sistema simpático Se o musculo circular se contrair, a pupila diminui. Se ele relaxa, a pupila aumenta Principal regulador do tamanho da pupila: Luminosidade Miose (contração músculo circular ou músculo constrictor da pupila) acomodação para visão próxima; drenagem do humor aquoso - Estímulo parassimpático O corpo ciliar tem uma porção muscular e uma glandular. A porção glandular secreta humor aquoso que vai drenar da porção posterior da câmara para a porção anterior. Quando temos ativação muscarínica temos contração do corpo ciliar, rearranjo dos ligamentos suspensórios que vão reposicionar a lente, de forma que a gente tenha ajuste do foco da visão para objetos de perto. A contração desse corpo ciliar aumenta a abertura do canal de xilen favorecendo a drenagem do humor aquoso. A via parassimpática, então, atua estimulando a drenagem do humor aquoso, impedindo que a pessoa intraocular aumente. Se a drenagem não ocorrer adequadamente, a pressão aumenta O aumento da pressão intraocular danifica o nervo ótico e causa perda de campo visual Na bexiga temos o Músculo detrusor, que quando esse musculo contrai, ele expulsa o líquido contido nele Agonistas muscarínicos Acetilcolina é o agonista endógeno Alguns éteres da colina correlatos agem como agonistas tanto nos receptores muscarínicos quanto nos nicotínicos. Então, partindo da acetilcolina, nós tivemos, primeiramente a metacolina Metacolina →Possui uma limitação por ter o tempo de ½ vida curto. Ela era usada como confirmaçãopara o diagnóstico de arma (não tem regulamentação da ANVISA atualmente) Carbacol → possui um tempo de ½ vida bom. Possui afinidade pelos 2 tipos de receptores colinérgicos (uso clínico no BR) Betonecol → Agonista muscarínico com afinidade alta. Sem afinidade pelo nicotínico. Tempo de ½ vida boa. Em uma pesquisa recente, este fármaco foi descontinuado Pilocarpina → Produto de origem natural.! Agonista muscarínico não seletivo. Uso clinico no BR No caso da pilocarpina, o fato dela se distribuir muito bem e atravessar a barreira hematoencefálica limita seu uso terapêutico Farmacocinética No caso de aminas quaternária como o Carbacol, a absorção por via oral é pequena. A distribuição também é menor do que a da pilocarpina O Carbacol e pilocarpina são resistentes a hidrolise pela acetilcolinesterase As vias de administração dessa classe são: Via oral, via tópica (na forma de colírio) e via subcutânea *Aqui no br estamos usando apenas via tópica Não é usado via intravenosa por conta do efeito de vasoconstrição e porque pode causar uma hipotensão arterial Usos clínicos (considerando registro no Brasil): Xerostomia – Boca seca (ex: Síndrome de Sjögren, pós-radioterapia) Afeta principalmente mulheres Uso: Pilocarpina Glaucoma Uso: Pilocarpina, Carbacol (gotas) Efeitos adversos Ativação de úlcera péptica Cólica abdominal Hipotensão Broncoespasmo Sudorese intensa Contraindicações - Obstrução do trato intestinal ou urinário - Bradicardia - Hipotensão - Arritmia cardíaca O coração já não consegue se organizar sozinho - Asma, DPOC - Hipertireoidismo - Associação com domperidona, bromoprida, metoclopramida Princípio ativos desses medicamentos: • Domperidona - Motilium • Bromoprida - Digezan • Metoclopramida – Plazil São usados para tratamento de náuseas e enjoos Esses fármacos potencializam a a sinalização colinérgica no intestino. Com isso, eles aumentam o peristaltismo. Intoxicação: tratamento com antagonista muscarínico (ex: atropina) Inibidores da acetilcolinesterase (Anti-AChE) Os principais usados perifericamente são os Carbamatos Eles competem com a acetilcolina pelo sítio catalítico, mas eles inibem a enzima de forma REVERSÍVEL. Então, quando o uso do fármaco for suspenso, o efeito deles vai desaparecendo gradativamente Em relação as enzimas acetilcolinesterase presentes no sistema nervoso central, teremos os fármacos tacrina e donepezil São usados no tratamento da doença de Alzheimer A fisiostigmina terá um efeito mais autônomo, enquanto que a neostigmina terá um efeito mais na junção neuromuscular Usando a fisiostigmina, temos um impacto menor sobre a atividade motora Organofosforados – Aspecto de toxicologia Usados pra combater pragas na lavoura. Só que eles contaminam o solo, a água e as plantas. Levando o risco de consumo de alimentos e água com resíduos desses organosfosforados Os organosfosforados são irreversíveis. Ou seja, quando eles se ligam a enzima, eles não se dissociam. Pralidoxima → Antídoto. S/ registro no BR Farmacocinética Fisostigmina: amina terciária Boa absorção VO, SC e mucosas. Atravessa BHE. Neostigmina: amina quaternária Menor absorção VO. Menor chegada ao SNC. Metabolismo: esterases plasmáticas Eliminação renal Organofosforados: São extremamente lipofílicos Algumas substâncias são voláteis Boa absorção por todas as vias. Metabolismo: hepático (CYP450); esterases plasmáticas e teciduais. Usos clínicos: Miastenia gravis (neostigmina, piridostigmina) Uma doença autoimune, onde o indivíduo tem em seu organismo uma produção de anticorpos contra os receptores nicotínicos da placa motora. Sintomas: Fraqueza muscular Fraqueza pra manter o olho aberto, dificuldade na deglutição, pra falar etc. Para melhoras os sintomas, é feito o uso de inibidor da enzima acetilcolinesterase, aumentando os níveis de acetilcolina (ação periférica e indireta via Ach): Glaucoma (fisostigmina, neostigmina na forma de colírio) Hipotonia (ou atonia) do trato GI ou urinário (neostigmina) ex: pós-cirúrgico, neuropatia autonômica Intoxicação com antagonistas muscarínicos (fisostigmina) Efeitos adversos • Salivação • Ativação de úlcera gástrica • Cólica abdominal • Hipotensão • Broncoespasmo Contraindicações • Obstrução do trato GI ou urinário • Úlcera péptica • Bradicardia • Arritmia cardíaca • Asma • Associação com domperidona, bromoprida, metoclopramida Referências: SILVERTHORN, Dee Unglaub. Homeostasia e controle. In: FISIOLOGIA humana: uma abordagem integrada. 7°. ed. [S. l.: s. n.], 2017. BRUNTON, LAURENCE L. Neurotransmissão: os sistemas nervosos autônomo e somático motor. In: AS BASES Farmacológicas de Goodman & Gilman: uma abordagem integrada. 12°. ed. [S. l.: s. n.], 2012.
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