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ENGENHARIA CIVIL Vinícius Libório Ribeiro – RA: D487728 APS – Atividade Pratica Supervisionada 7° e 8° Semestre Santana de Parnaíba 2022 Vinícius Libório Ribeiro – RA: D487728 APS – Atividade Pratica Supervisionada Disciplina base: Complementos de Estradas e Aeroportos Relatório final da apresentação da APS apresentado a UNIP, como parte da exigência para a conclusão do curso de Engenharia Civil. Santana de Parnaíba 2022 Sumário 1. Introdução ............................................................................................................................ 1 2. Objetivos .............................................................................................................................. 2 3. Metodologia ......................................................................................................................... 3 4. Desenvolvimento ................................................................................................................ 4 5. Memorial de Cálculo .......................................................................................................... 7 6. Conclusão .......................................................................................................................... 12 7. Bibliografia ......................................................................................................................... 13 Santana de Parnaíba 2022 1 1. Introdução Pavimento é uma estrutura construída após a terraplanagem por meio de camadas de vários materiais de diferentes características de resistência e deformabilidade. Esta estrutura assim constituída apresenta um elevado grau de complexidade no que se refere ao cálculo das tensões e deformações. Em alguns locais nem sempre há uma pavimentação adequada, ou nem mesmo qualquer pavimentação, mas é importante que se entenda que um projeto de um pavimento bem estruturado e bem executado pode trazer benefícios não só para motoristas e sim para a população como um todo, tendo em vista que hoje o Brasil faz uso das rodovias como principal via de transporte. Os transportes são um dos serviços cuja infra estrutura é determinante no grau de desenvolvimento econômico das nações e na qualidade de vida de suas populações. Em primeiro lugar, é um fator de competitividade fundamental, pois uma infraestrutura moderna e adequada permite a redução dos custos. De acordo com a FIESP (2017) a frota rodoviária brasileira cresceu a uma taxa média de 7,5% ao ano entre 2000 e 2016, passando de 29,7 milhões para 93,9 milhões de veículos licenciados. São dois os tipos de pavimentos; rígido e flexíveis. A diferença essencial entre ambos é basicamente como eles irão distribuir a carga recebida pelo volume do trafego para o sub leito daquela estrutura. De acordo com o Manual de Pavimentação do DNIT. Pavimento flexível é aquele em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado. E pavimento rígido é aquele em que o revestimento tem elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento exercido. 2 2. Objetivos O intuito do presente trabalho acadêmico é aplicar os conceitos aprendidos na disciplina de Estradas e Aeroportos através da idealização e concepção de um projeto de pavimentação para uma via com o fluxo projetado para 10 anos, de modo que o aluno seja levado a aprofundar o conhecimento teórico para o desenvolvimento prático em escala reduzida, mas respeitando as normas regulamentadoras utilizadas atualmente. 3 3. Metodologia Para obter os resultados e a conclusão acerca do estudo deste trabalho, foi feita uma análise da Avenida Otaviano Alves de Lima descrito no Relatório MSVP - Mobilidade no Sistema Viário Principal, realizada na cidade de São Paulo. O estudo deste trabalho será fundamentado em ideias e pressupostos de teóricos que apresentam significativa importância no dimensionamento de pavimento flexível. Para tal, tais afirmações serão baseadas em fontes secundarias como trabalhos acadêmicos, manuais, tabelas e afins, que foram aqui selecionados. Assim sendo, o trabalho transcorrerá a partir do método conceitual, baseado principalmente no manual 723 do DNIT, fato que favorece o estudo realizado, tendo em vista todo conteúdo apresentado em aula, o que auxiliará para a construção de uma análise detalhada e dimensionamento adequado da via. 4 4. Desenvolvimento Para desenvolvimento do trabalho tomamos como base os dados expostos na pesquisa realizada em 2017 publicadas no Relatório MSVP - Mobilidade no Sistema Viário Principal, realizada na cidade de São Paulo. Estas informações oferecem premissas básicas para determinação da engenharia de tráfego e neste trabalho acadêmico irá nortear os cálculos e possibilitar o correto dimensionamento da estrutura do pavimento. A primeira etapa do trabalho consiste em escolher uma das 24 rotas apresentadas pelo MSVP com base em seu tráfego, desse modo, os estudantes optaram por vias que contivessem maior incidência de veículos pesados, como ônibus e caminhões, para que assim fosse possível elaborar cálculos condizentes com os encontrados no mercado de trabalho. A rota escolhida foi da Avenida Otaviano Alves de Lima. Considerando que o volume de veículos que passa por uma via não é uniforme no tempo e o volume horário do pico (VDM) sofre uma flutuação de acordo o horário analisado, as tabelas de contagem volumétrica apresentam juntamente com o fator horário do pico, o volume equivalente do horário. Analisando os valores de FHP máximo e volume horário total equivalente de cada ponto no pico da manhã e no pico da tarde, conforme tabelas pag. 162 e 163 da Pesquisa de Monitoração de Mobilidade – 2017 realizado pela CET, que informam a contagem volumétrica da Avenida Otaviano Alves de Lima (em anexo). Fonte: CTESP, (2017) 5 Assim, analisando os dados da rota, sentidos e pontos apresentados, o horário das 18:15 às 19:15 horas é quando o trânsito se intensifica e há maior volume de veículos, desta forma projetamos a via para a pior condição possível. Após escolher o ponto de maior fluxo de vemos realizar os cálculos para transformação de VHP (volume da hora pico) em VDM (volume médio diária), ou seja, é necessário expandir a amostra para as 24 horas do dia em que esta foi realizada. Esta etapa foi realizada para cada tipo de veículo considerado na pesquisa, excluindo veículos leve como automóveis, motos e bicicletas, devido a carga transmitida ao solo serem de pouca influência em comparação à ônibus e caminhões. Como os dados de referência foram coletados em apenas em um período de horas do dia, das 07:00 ás 10:00 e das 17:00 às 20 :00 é necessário fazer uso da expressão Fpd do manual do DNIT, presente na página 200, que será exposta com maior detalhes no memoria l de cálculo do presente trabalho. Em seguida, deve-se aplicar o fator de expansão para dimensionar o pavimento para projeção de tráfego de veículos parados próximos 10 anos, de acordo o edital da atividade prática supervisionada, deve-se projetar o pavimento considerando como base o ano de 2019. Consoante ao manual 723 do DNIT, no que diz sobre a experiência para a adoção de taxas de crescimento anuais, esta relata que as variações são relativamente lentas e que devido à falta de informações de variáveis socioeconômicas,toma como taxa de crescimento anual de 3%, que é próxima da taxa de crescimento econômico do país como um todo. O pavimento é dimensionado em função do número equivalente (N) de operações de um eixo tomado como padrão durante o período de projeto escolhido. Em qualquer caso, o desejável é que sejam definidos alguns elementos relativos ao tráfego como carregamento da frota, fator de equivalência de carga e carregamento da frota. O Fv(fator de veículos) é um dos fatores mais importantes para obtenção do número N, pode ser calculado com base no método de da AASHTO e pelo método do Corpo dos Engenheiros (USACE). Neste trabalho foi utilizado o método USACE, no qual se faz necessário multiplicação da a somatória de FC(fator de equivalência de carga por eixo) pela somatória de FE(fator de equivalência de carga) seguindo as tabelas apresentadas pelo manual do DNIT. 6 Os valores de P estão descritos no memorial de cálculo, tendo como base a média das cargas de cada tipo de veículo. Com base nas tabelas da figura 1 e figura 2 é necessário analisar a solicitação da via quanto ao peso dos veículos e a frequência com que passam pelo ponto estudado. Após concluir estes cálculos, e descobrir suas somatórias basta aplicar a fórmula do número N, e dimensionar o pavimento de acordo com as orientações quanto às espessuras das camadas, presente no manual do DNIT e comparar os resultados com as informações do Ábaco. 7 5. Memorial de Cálculo O volume horário de carros é dado pela soma dos dois sentidos: VPh = 7.075 + 7.170 VPh = 14.245 veículos Sendo: VPh: Volume por hora no horário de pico. Para transformação do VHP para VDM (volume médio diário), podemos relacioná-lo de acordo o fator de expansão diário descrito pelo manual do DNIT–723: FPd = V24/VPh Sendo: FPd: Fator de expansão diário; V24: volume em 24 horas; VPh: volume por hora FPd = V2P / UPh V24 = 14.245 x 24 V24 = 341880 Veículos Dia Equação para o cálculo de projeção de tráfego: Vm = V0 x (2 + P x t) / 2 Sendo: Vt= Volume total de tráfego para um período P de projeto; Vm= Volume médio diário para um período P de projeto; V0= Volume médio diário no ano anterior ao período considerado; T= Taxa de crescimento anual; P= Período de projeto. Adotando: n=10anos e t=3% ao ano, temos: Vm = 3.41820 x (2 + 10 x 0,03) / 2 Vm = 341720 x 2,3 / 2 Vm = 393.162 Veiculo / dia 8 Vt = 365 x Vm x P Vt = 365 x 393167,10 Vt = 1.435041300 Veículos em 10 anos Podemos obter os valores de FEC baseado nos valões de equivalência de carga da USACE: Calculando FEC, FE E FC: FV = FE x FC FV = 0,0252 x 0,01 FV = 0,000252 N = Vt x FV N = 143504,300 x 0,000252 N = 3,61x155 Solicitações TIPO CAT FREQ. % EIXO P (TON) FEC FC FE ÔNIBUS 2BC - tandem duplo 39 19,6 2 9 0,03273 0,0039 0,00006 CAM 2 EIXOS 2C - eixo duplo 81 40,7 2 9 1,7019 0,0081 0,00693 CAM 3 EIXOS 3c - duplo tandem 53 26,6 3 11 0,6571 0,003 0,00175 CAM 4 EIXOS 4C - triplo tandem 26 13,1 4 18 1,3072 0,0052 0,00171 TOTAL 199 100% 0,0202 0,01045 9 Portanto, o número de solicitações do pavimento é de N= 2,64 X 105. Para o dimensionamento das espessuras da camada, devemos utilizar a tabela de espessuras recomendadas para base granular (figura z), as inequações (eq 1, 2 e 3), o ábaco para dimensionamento de pavimentos flexíveis (figura x) e a tabela de coeficientes de equivalência estrutural (figura y). Outro dado importante, fornecido pelo manual da APS é que o CBR de projeto igual a 10%. 10 De acordo a tabela de coeficiente de equivalência estrutural, temos os valores de K: • Revestimento de concreto asfáltico KR = 2 • Base KB = 1 • Sub base Ks = 1 11 Cálculo das espessuras das camadas do pavimento; Com os dados de CBR do projeto, CBR mínimo exigido de acordo camada (base > 80% e sub base > 20%) de e número N plotados no ábaco, obtemos as espessuras. Frisando que quando o CBR da sub base tiver o número N menor ou igual 106, o manual do DNIT admite substituir na inequação, H20 por 0,2*H20, então: Espessura total do pavimento (Hm): 38 cm Espessura da base (B): 7cm Espessura da subbase (h20): 21cm Equação 1:5 x 2 + B x 1 > ou = 24 x 0,2 B > ou = 10 – 4,8 = 5,2 cm x 1,2(majoração) = 6,24 B = 7 cm Equação 2: 5 x2 + 7 x 1 + h20 x 1 > ou = 38 10 + 7 + h20 > ou = 38 h20 = 38 – 17 = 21 cm Equação 3: 5 x 2 + 7 x1 + 21 x 1 + 0 > ou = Hm hm = 38 cm Portanto, através dos cálculos de dimensionamento obtivemos as espessuras: Espessura total do pavimento sem a equivalência estrutural = 33 cm Espessura total do pavimento com a equivalência estrutural = 38 cm 12 6. Conclusão A partir dos resultados encontrados nesta pesquisa, concluímos que o estudo e entendimento das informações coletadas no Relatório MSVP - Mobilidade no Sistema Viário Principal, realizada na cidade de São Paulo, são essenciais para definirmos os valores essências para as camadas dos pavimentos flexíveis. E apesar das dificuldades e dúvidas encontradas, especialmente durante a resolução dos cálculos para dimensionar o pavimento, todos os objetivos propostos foram cumpridos. E com essas informações temos a melhor definição das camadas do pavimento da Avenida Otaviano Alves de Lima. 13 7.Bibliografia http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/disciplinas/420_08avaliacao_de_trafego _e_calculo_do_n.pdf file:///C:/Users/Win10/Downloads/Estudos%20de%20Trafego%20pdf%20web% 20aula.pdf http://www.cetsp.com.br/media/714822/msvp-2017-volume-e-velocidade.pdf http://www.cetsp.com.br/media/714822/msvp-2017-volume-e-velocidade.pdf
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