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Sistema de Repartição Simples x Capitalização

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Sistema de Repartição Simples x Capitalização
No ano de 2018, durante o governo de Michel Temer, a Reforma da Previdência assombrou muitas pessoas. Entretanto, o ex-presidente não conseguiu os votos necessários para a aprovação da reforma apresentada. O presente assuntou voltou as manchetes quando o atual presidente, Jair Bolsonaro, voltou a colocar o assunto em pauta. 
Em 2019, foi apresentada a versão final, que obriga os entes federativos a instituir o regime de capitalização, onde a participação do Estado é mínima. 1 .Manual de Direito Previdenciário / Carlos Alberto Pereira de Castro, João Batista Lazzari. – 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020. Pg. 91. PDF 
O referido sistema consiste na acumulação de dinheiro, utilizado como fundo para a aposentadoria. Durante o período em que o valor é depositado, a quantia é reaplicada em outros tipos de investimentos (como a renda fixa e em renda variável). Assim, o volume ira render juros de acordo com o tipo de aplicação escolhida e as taxas de juros praticadas. Basicamente, o regime de capitalização é um modelo de poupança no qual o trabalhador contribuiu com a própria aposentadoria. 
Marisa Ferreira dos Santos explica o seguinte:
Pelo regime de capitalização, o benefício de previdência complementar será decorrente do montante de contribuições efetuadas e do resultado de investimentos, podendo haver, no caso de desequilíbrio financeiro e atuarial do fundo, superávit ou déficit, a influenciar os participantes do plano como um todo, já que pelo mutualismo serão beneficiados ou prejudicados, de modo que, nessa última hipótese, terão que arcar com os ônus daı́ advindos. 2 .Direito previdenciário esquematizado / Marisa Ferreira dos Santos. – Coleção esquematizado®/ coordenador Pedro Lenza – 10. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020. Pg. 675. PDF 
Já o atual regime de contribuição é o regime de repartição simples, também conhecido como regime orçamentário. Este regime realiza a divisão entre os contribuintes das despescas com o pagamento dos benefícios em manutenção. Ele faz um cálculo das contribuições, que deverão ser arrecadadas para entender ao pagamento das parcelas dos benefícios nesse mesmo período. 
Tem como fundamento a solidariedade entre os indivíduos e um paco entre as gerações. Desse modo, aqueles trabalhadores que estão na População Economicamente Ativa (PEA) contribuem com o custeio dos benefícios daqueles que estão no grupo de População Economicamente Inativa (PEI).3 .Direito previdenciário esquematizado / Marisa Ferreira dos Santos. – Coleção esquematizado®/ coordenador Pedro Lenza – 10. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020. Pg. 176. PDF 
Marisa Ferreira dos Santos nos ensina que:
“a cobertura previdenciária pressupõe o pagamento de contribuições do segurado para o custeio do sistema. Somente quem contribui adquire a condição de segurado da Previdência Social e, cumpridas as respectivas carências, tem direito à cobertura previdenciária correspondente à contingência necessidade que o acomete.” 4 SANTOS, Marisa Ferreira dos, Direito Previdenciário Esquematizado, 3ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2013. P. 190 
A existência desses dois regimes, causa uma certa divergência entre a população, visto que cada regime possui prós e contras bem distintos. 
No regime de capitalização, podemos elencar três prós/vantagens, quais sejam:
	Com maior investimento, o retorno será maior. Assim, o resgate será proporcional ao esforço de poupança realizado durante a acumulação;
	O próprio segurado é responsável pela sua aposentadoria. O valor capitalizado será utilizado apenas para a sua própria utilização;
	A rentabilidade é atrativa. O sistema ira fazer o dinheiro render juros;
	Não colocará o segurado a mercê de terceiros para garantir o seu benefício. 
Já os contras/desvantagens são as seguintes:
	O valor da aposentadoria terá que ser devidamente avaliado. Sem o devido planejamento, o recebimento poderá ficar prejudicado;
	Haverá custos com gestoras de capitalização. O sistema de capitalização poderá cobrar taxas específicas. 
								
Em debate realizado na data de 29/05/2019 pela Comissão Especial da Reforma da Previdência, foram levantas as críticas do referido regime. 
No debate, os professores Fabio Zambitte, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e Guilherme Mello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realçaram aspectos negativos da capitalização, como alto custo fiscal para a transição dos regimes e os riscos para as mulheres, que em geral têm salários menores.5 . Agência Câmara de Notícias - https://www.youtube.com/watch?v=l210aQ2D_Lg 
No que se refere ao regime de repartição simples, as vantagens podem ser as seguintes:
	A existência de uma “caixa” que não se baseia apenas na contribuição do segurado;
	É garantido pelo Governo um benefício de pelo menos 01 salário-mínimo nacional;
	Podendo apresentar as seguintes desvantagens:
	Aumento da expectativa de vida e baixa da taxa de natalidade. A população jovem torna-se menor, ficando o benefício da geração anterior prejudicado;
	Deficit de servidores, abrindo maiores chances para fraudes;
	Aumenta o gasto público, visto que o Governo deverá fornecer, no mínimo, um benefício de 01 salário-mínimo nacional.
 Por conta dos pontos discutidos, evidencia-se, que a existência de um regime não anula o outro.
Assim, analisando todos os pontos trazidos no presente texto, verifica-se que ambos os regimes possuem seus prós e contras, fazendo com que cada parte da população tenha uma opinião sobre a Reforma Previdenciária, mas com o trazido aqui, conclui-se que, infelizmente, o povo brasileiro não possui educação financeira, possuindo grande dificuldade para aprender e conseguir economizar dinheiro no fim do mês. 
Consequentemente, o regime de capitalização traria grandes problemas para esse povo, porquanto não conseguiram ter educação financeira para guardar uma quantia X para a sua previdência. E, no momento que vierem a precisar do benefício, não possuirão amparo do Governo e, também, não possuirão quantias relevantes para o seu sustento no fundo de aposentadoria.
Existe-se a necessidade da utilização do regime de repartição simples por aqueles que detém uma capacidade financeira inferior (classe média, classe média baixa e baixa), pois estes não teriam condições financeiras suficientes para contribuir em um regime de previdência privada.
Outrossim, chega-se à conclusão que os dois sistemas têm seus lados negativos, mas também, suas importantes peculiaridades que evidenciam a necessidade da coexistência dos sistemas. Conclui-se, por fim, que um sistema complementa o outro na busca de uma harmonia no âmbito previdenciário.
Referências:
	https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/02/05/aposentadoria-idade-minima-votacao-reforma-da-previdencia-maia-guedes.htm
	https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2019/02/04/proposta-vazada-sobre-a-previdencia-e-uma-das-que-estao-em-analise-diz-marinho.htm
	https://www.terra.com.br/economia/texto-da-previdencia-esta-pronto-e-e-diferente-de-minuta-vazada-a-imprensa-diz-marinho,a950c1172e91aae4fbde42c98ee6d14dxwornbnp.html
	https://www.tudosobreseguros.org.br/reparticao-x-capitalizacao/

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