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Estação de Tratamento de Água de São Gonçalo ETA Imunana-Laranjal
Diagrama esquemático da ETA do Laranjal:
A ETA (Estação de Tratamento de Água) de São Gonçalo Imunana-Laranjal abastece uma população de aproximadamente dois milhões de habitantes nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e parte de Maricá e, ainda, na ilha de Paquetá; essa ETA tem uma vazão de 5.500 l/s; o sistema é operado pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que realiza o tratamento da água na ETA Laranjal.
O município de Niterói é abastecido pela concessionária Águas de Niterói, e os demais municípios e a ilha de Paquetá são abastecidos pela concessionária Águas do Rio; e a captação da água da ETA é realizada no canal de Imunana, que fica localizado no município de Guapimirim, é formado pelos rios (mananciais) Macacu e Guapiaçu, onde a agua é captada e levada até a elevatória de água bruta, que contém cinco conjuntos de bombas, e que através de adutoras de um canal localizado no mesmo município bombeiam a água até a ETA Laranjal. Esse sistema de abastecimento de água é considerado como um sistema integrado, pois ele abastece um conjunto de municípios, já citados acima.
A ETA Laranjal esta localizada no município de São Gonçalo, ela é pode ser definida como um complexo de produção e fornecimento de água potável que é constituído de três estações interligadas com uma vazão de 7 mil metros cúbicos por segundo; após o tratamento, a água é bombeada pela Elevatória de Água Tratada para o Reservatório Amendoeira que possui uma capacidade de armazenamento de 5.000 metros cúbicos. 
Segue abaixo uma imagem do Sistema Imunana- Laranjal (a imagem é da época em que o sistema ainda não abastecia parte do município de Maricá):
 
Áreas de abastecimento da ETA Imunana- Laranjal:
No leito do Canal de Imunana, há uma barragem submersa para o controle do nível mínimo e um sistema de comportas e desarenadores, que são utilizados para o direcionamento do fluxo do canal de adução e o controle das vazões captadas e remanescentes. O sistema de elevatória de água bruta possui cinco conjuntos de bombas que através de adutoras conduzem a água até a ETA Laranjal; ela possui uma capacidade de projeto de 7 m³/s e sua produção flui por gravidade para o reservatório de água tratada que alimenta as estações elevatórias.
A partir do reservatório de água tratada, tem início o subsistema de recalque, constituído de tubulações de sucção, conjuntos eletromecânicos dispostos em duas elevatórias em paralelo, barrilete, adutora de recalque, sistema de proteção e também um reservatório de carga (em Amendoeira). O Subsistema Adutor de Água Tratada é composto pela malha hidráulica que é constituída por adutoras e subadutoras que aduzem a água até os pontos de chegada nos reservatórios setoriais de distribuição que ficam em Niterói e São Gonçalo.
Para aumentar a capacidade do Sistema Imunana- Laranjal o Governo do Estado do Rio de Janeiro construiu uma barragem e um reservatório no Rio Guapiaçu, essa foi a melhor alternativa encontrada que seria viável em curto prazo, e suas vantagens são: localizada próximo ao centro consumidor; a possibilidade de adução por gravidade e a disponibilidade hídrica do manancial.
De acordo com os dados fornecidos pela CEDAE a ETA Laranjal consome mensalmente cerca de 550 toneladas de sulfato de alumínio (coagulante), 5 toneladas de polieletrólito (auxiliar de floculação), 73 toneladas de cal micropulverizada (ajuste do pH) e 49 toneladas de cloro gasoso (desinfecção). Como forma de auxiliar na prevenção da cárie dentária, a fluoretação da água conta com 48 toneladas de ácido fluossilícico mensalmente. 
O começo de tudo
Na segunda metade do século XIX, a população de Niterói era abastecida apenas por nascentes e poços naturais; depois disso foi construído a Primeira Linha Adutora, com 80 quilômetros de extensão, na Serra dos Órgãos, entre as cidades de Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo; e em 1910, constatou-se que o acréscimo de vazão não era suficiente, e iniciaram-se estudos para escolha do novo manancial; dando inicio em 1925 a construção do Sistema de Captação de Águas de Serra de Paraíso. A Segunda Linha, Paraíso, recebeu 50 quilômetros de adutora e foi concluída em 1933 com mais oito milhões de litros por dia, cerca de 220 litros por segundo; na década de 1940 foi construído um canal artificial para drenar as áreas adjacentes que eram frequentemente inundadas a partir do encontro dos rios Guapiaçu e Macacu; o Canal de Imunana foi construído pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS).
O Estado do Rio de Janeiro enfrentou na década de 1950 uma situação de calamidade pública, com o maior índice de doenças de origem hídrica, como a febre tifóide, disenteria e hepatite; o governo assumiu a gerência do saneamento básico e inaugurou, em 1954, a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Laranjal, em São Gonçalo, interligada ao sistema de captação do Canal de Imunana, que se utiliza das adutoras da 1ª Linha (Cachoeiras de Macacu) e da 2ª Linha (Paraíso).
O começo de tudo da ETA do Laranjal:
ETA Laranjal (Década de 1960):
ETA Laranjal (Década de 1970)
ETA Laranjal nos dias de hoje:
Referências: 
Sistema Imunana-Laranjal. Disponível em: < https://cedae.com.br/sistemaimunanalaranjal > Acesso em 29/03/2022.
Estação de Tratamento de Água Laranjal - Cedae (São Gonçalo). Disponível em: < http://wikimapia.org/4798692/pt/Esta%C3%A7%C3%A3o-de-Tratamento-de-%C3%81gua-Laranjal-Cedae > Acesso em 29/03/2022.
Sistemas de abastecimento público de água Imunana - Laranjal. Disponível em: < http://www.inea.rj.gov.br/ar-agua-e-solo/seguranca-hidrica/sistemas-de-abastecimento/imunana-laranjal/ > Acesso em 29/03/2022.
Qualidade e Monitoramento das Águas. Disponível em: < http://www.inea.rj.gov.br/qualidade-e-monitoramento-das-aguas/ > Acesso em 29/03/2022.
Segurança Hídrica. Disponível em: < http://www.inea.rj.gov.br/ar-agua-e-solo/seguranca-hidrica/ > Acesso em 29/03/2022.