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Ramo da farmacologia que trata da transformação dos princípios ativos em medicamentos, por meio de procedimentos técnicos e científicos. • Remédio: qualquer medicamento que faça bem à saúde do paciente. Nem todo remédio é um farmaco. • Droga: toda substância, natural ou não, que ao ser introduzida no organismo provoca mudanças físicas ou psicológicas. Nem toda droga é um farmaco. • Farmaco: substância química capaz de provocar um efeito terapêutico no organismo. Todo farmaco é uma droga e todos os fármacos são remédios. • Medicamento: produto tecnicamente elaborado contendo um ou mais fármacos, com ação preventiva ou curativa. Todo medicamento tem um fármaco, o que não tem é um placebo. Medicamentos • Fórmula farmacêutica: conjunto de substâncias que entram na constituição do medicamento. Ex: TYLEX -> paracetamol + codeína + excipiente • Forma farmacêutica: É o estado final de apresentação da fórmula farmacêutica. Essas formas são pensadas em função de vários itens, como facilitar a administração e obter o maior e mais rápido efeito terapêutico desejado. FÓRMULA FARMACÊUTICA Classificação • Farmacopeicas ou oficiais ou oficinais: aquelas cuja fórmula se encontra inscrita e descrita nas farmacopeias em formulários. Ex: ácido acetil salicílico, solução de álcool iodado. • Magistrais: aquelas cuja fórmula é de autoria do clínico, e que o farmacêutico prepara seguindo essas prescrições. Ex: digluconato de clorexidina 0,12%. Utilizada principalmente para bochechos de clorexidina. • Especialidade farmacêutica: fórmulas que já se encontram preparadas e embaladas por laboratórios farmacêuticos e se apresentam sob um nome de fantasia ou sob uma denominação (genéricos). Ex: aspirina, amoxil, periogard, ibuprofeno. Apresentam registro na Anvisa. Princípio ativo ou base medicamentosa: componente responsável pela AÇÃO TERAPÊUTICA. • Placebo: “medicamento” que não apresenta princípio ativo. Não faz efeito fisiológico. Tem a forma exatamente igual a de um medicamento, mas não apresenta o princípio ativo. O princípio ativo é o que realmente vai fazer efeito. • Simples: tem como princípio ativo só um composto. • Associações: tem vários princípios ativos associados. Coadjuvante terapêutico: substância que vai auxiliar ou potencializar o efeito do princípio ativo. Ex: clavulin (amoxicilina + clavulanato de potássio) Coadjuvante farmacotécnico: facilita a dissolução do princípio ativo no veículo ou excipiente. Estabilizantes: evitam alterações de ordem física, química ou biológica, conservando o medicamento. Ex: conservantes, corantes, acidulantes • Estabilizantes físicos: evitam alteração de viscosidade, cor, odor e sabor • Estabilizantes microbiológicos (conservantes): ex metilparabeno aumenta o prazo de validade das soluções anestésica em frasco-ampola hospitalares. • Estabilizantes químicos: evitam oxidação, redução e hidrólise. Ex: bissulfito evita oxidação das aminas simpatomimeticas - soluções anestésicas locais. Corretivos: corrigem as propriedades organolépticas do medicamento, ou seja, fazem com que ele seja mais agradável ao paladar, olfato, visão. Ex: Fluor para bochecho semanal a 0,2% sabor menta Veículo ou excipiente: dissolver o princípio ativo e outros componentes da fórmula. Dar “corpo” ao produto final. Inertes biologicamente. • Veículo (líquido): água, álcool, glicerina, propilenoglicol • Excipiente (sólido): talco, amido FORMA FARMACÊUTICA Tipos • Solida • Líquida • Pastosa ou semi-solida Forma sólida • Pó/granulados • Comprimidos: comprimidos revestidos que controlam a liberação do farmaco. • Drágeas • Cápsulas • Supositórios • Óvulos Fracionamento de comprimidos Tipos de comprimidos cuja partição nao é recomendada: • Comprimidos não sulcados • Comprimidos revestidos • Comprimidos de liberação entérica • Comprimidos de liberação prolongada Drágeas: método tradicional de revestimento de comprimidos. Aplicações sucessivas de soluções que contém sacarose aos comprimidos (hidrossolúvel e de dissolução rápida após deglutição). A finalidade do drageamento é proteger o farmaco contra o ar e umidade, mascarar odor e sabor desagradáveis. Cápsulas: podem conter pós ou líquidos. Podem ser gelatinosas ou gastro-resistentes. Forma líquida • Solução • Suspensão • Emulsão • Aerossóis Soluções: formas farmacêuticas líquidas nas quais tem uma fase líquida (veículo) e um princípio ativo totalmente diluído naquele veículo. Não precisa agitar antes de usar. Líquido + sólido solúvel (mistura de duas ou mais substâncias homogêneas em um líquido). Podem ser utilizadas por via oral ou injetáveis. Temos soluções que podem ser mais ou menos concentradas. As mais, contamos gotas. As menos, contamos em ml. Suspensão: pó que não é totalmente miscível no líquido ou pó que vem separado do líquido e nós é que devemos misturar. Há necessidade de agitar antes de usar. > a fase externa (maior) é um líquido e a fase interna (menor), um sólido insolúvel, que se constitui no princípio ativo do medicamento Líquido + sólido insolúvel Ex: benzetacil Emulsões e aerossóis: fase dispersa (sólido ou líquido) e fase dispergente (gás). Líquido + líquido heterogêneo Formas pastosas • Pastas • Pomadas • Cremes • Géis • Unguentos Pomadas: geralmente oleosas. Ex: acetonida de trisanciclona em orabase Pastas: característica abrasiva. Ex: pasta de hidróxido de cálcio. Apresentam uma quantidade muito grande de pó. Géis: menor proporção de pó. Vias de administração de fármacos 1. Enterais ou digestivas 2. Parenterais Vias enterais: são mais fáceis de se seguir o esquema terapêutico. • Sublingual • Bucal • Oral • Retal Sublingual • Muito irrigada -> absorção muito rápida • Não passa pela circulação êntero-hepática • Não são inativadas pelo suco gástrico • Veículos adequados para propiciar dissolução imediata • Já caem direto na corrente circulatória e são distribuídos -> não sofre efeito de primeira passagem • Ex: cetorolaco e nitratos Via oral • 80% dos medicamentos • Fácil, econômica e segura • Usar água (em torno de 250ml) • Absorção gástrica ou entérica • Necessária a adesão do paciente • Risco de automedicação • Absorção demorada e, às vezes, prejudicada (insulina, etc) • O medicamento passa antes pelo fígado (circulação entero-hepatica), sofrendo efeito de primeira passagem, ou seja, a dose que vamos administrar tem que ser maior que a dose necessária para se fazer efeito. Via bucal • Medicamentos aplicados topicamente na cavidade oral, ajudam a eliminar o mau hálito, cicatrizar feridas e também podem ter efeito antibacteriano e anti cárie. • Efeito local. • O paciente não vai deglutir. • Ex: listerine, remédio para afta, periogard. Via retal • Indicações: bebês, pacientes impossibilitados de receber medicamento via oral. • Veias retais inferiores, médias e superiores. • Protege os fármacos das reações de biotransformação hepática, pois a drenagem de sangue da parte mais baixa do reto passa pela veia cava inferior, não passando, portanto, pela veia porta e pelo fígado, ou seja, não sofre metabolismo de primeira passagem. • Absorção pode ser irregular ou incompleta. Vias parenterais: não sofrem efeito de primeira passagem • Percutânea • Respiratória ou inalatoria • Submucosa e subperiostea • Intra-articular • Intramuscular • Intravenosa • Subcutânea intradérmica Vantagens: maior disponibilidade, ação praticamente imediata, administração de peptídeos (ex: insulina). Desvantagens: irritação e dor, necessidade de pessoal treinado, risco de intoxicação. Via percutânea (tópica) • A absorção depende da lipossolubilidade do farmaco (quanto mais lipossoluvel mais fácil de ser absorvido) • Efeito geralmente local • Ex: anestésico, triancinolona, colutorios • Podemser de longa duração (patches) -> ex: anticoncepcional Respiratória ou inalatoria • Da mucosa nasal aos alvéolos pulmonares • Usar quando o paciente tem crise asmática durante a sessão de atendimento (bombinha broncodilatadora) Submucosa ou subperiostea: anestésicos. > vias mais usadas em odontologia. Intra-articular: injeções de corticoides na atm. Intra-dérmica: testes alérgicos. Nós não utilizamos. Subcutânea: insulina. Intramuscular e endovenosa Vantagens: • Absorção mais rápida e segura • Determinação exata da dose • Possibilidade de usar grandes volumes • Não sofrem ação do suco gástrico • Não agridem topicamente a mucosa gástrica Desvantagens: • Necessidade de assepsia rigorosa • Dor decorrente da aplicação • Dificuldade de auto-administracao • Custo geralmente maior • Reações alérgicas normalmente mais graves • Risco de embolia, hematomas Intramuscular: podem ocorrer equimoses, hematomas, reações de hipersensibilidade e abscessos Intravenosa: efeito praticamente imediato e infusão continua de antibióticos Outras vias • Soluções no ouvido • Colírios • Via intra-tecal • Via intra-vaginal O que nós usamos: bucal, oral, subperiostea, submucosa. Nomenclatura dos fármacos Todo medicamento tem: 1. Nome químico 2. Nome genérico ou oficial 3. Nome registrado, comercial ou patenteado Classificação • Referência • Genérico • Similar As três classes tem os mesmos princípios ativos e podem ser usados por qualquer pessoa, sem prejuízo ao tratamento, segundo a Anvisa e o cff. Medicamento de referência • Inovador, com maior credibilidade. • Registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, após terem eficácia, segurança e qualidade comprovadas cientificamente. • Ex: amoxicilina - amoxil (medicamento de referência da amoxicilina) Por que é caro? • Grande investimento em pesquisa e divulgação. • Patente: título de propriedade temporária, outorgados pelo estado, é um direito de exclusividade normalmente por 20 anos. • Em nome da saúde pública, se um medicamento trouxer grandes benefícios à terapia, a patente pode ser quebrada. A lista dos medicamentos de referência é periodicamente atualizada pela Comissão de Medicamentos de Referência. As empresas podem solicitar o registro, seguindo os procedimentos para solicitar a indicação de um medicamento de referência. É sempre confiável? • Rimonabato (acomplia): era usado para redução de peso e afinamento da cintura. • Abril de 2006: Sanofi-Aventis anuncia venda do medicamento no Brasil. • Outubro de 2008: suspensão da venda em todo o mundo: risco de efeitos colaterais que envolvem complicações psiquiátricas. • Posteriormente foi comercializado pela Eticos sob o nome Redufast, mantendo o alto índice de casos de depressao e suicidios. Medicamento genérico • “Cópia” do medicamento de referência, com eficácia e segurança equivalentes. • Não possui nome comercial ou fantasia. • Mesmo princípio ativo, dose e forma farmacêutica, administrado pela mesma via e com a mesma posologia e indicação terapêutica, para serem aprovados pela Anvisa. • Ex: amoxicilina (medicamento genérico da amoxil). Objetivo: contribuir para o aumento do acesso aos medicamentos de qualidade, seguros e eficazes, à população de baixa renda. • Preço no mínimo 35% mais barato que o medicamento de referência. • Reduzir os preços dos medicamentos de referência, com a entrada de medicamentos concorrentes. • Elaborado com sais mais baratos que não comprometam o princípio ativo, sem sofisticação quanto à forma, corretivos, etc. Medicamento similar • “Genérico com marca” • Contém o mesmo princípio ativo, mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica que o referência. • Pode diferir somente no tamanho, forma, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo. • Os similares tem menor credibilidade. • Ex: novocilin (similar da amoxil). Intercambialidade entre medicamento similar e referência • Intercambialidade de medicamentos corresponde à substituição com a mesma qualidade, eficácia e segurança para o sucesso do tratamento. • A intercambialidade entre o medicamento de referência pelo seu genérico já era possível. • A patente de 20 anos cria um vínculo com a classe médica que é difícil de ser rompida no curto prazo. • Não existe intercambialidade entre os genéricos e os similares, só entre os genéricos e os referência. • Um medicamento similar não é intercambiável com outro similar, nem com seu genérico. • Se o profissional não quiser a troca, escrever na prescrição “não autorizo substituição”. Se o paciente chega com receita para amoxil, ele pode comprar tanto a amoxicilina quanto algum similar. Se o paciente chega com uma receita do nome do medicamento genérico, ele consegue comprar qualquer genérico ou um que é bioequivalente à ele, ou seja, o referência. Os similares não, pois não existe teste de bioequivalência entre eles. Se o paciente chegar com uma receita com um nome de um medicamento similar, ele consegue comprar o similar (exatamente o mesmo da receita) ou o referência, mas nenhum genérico. Prescrição terapêutica Toda e qualquer indicação do uso de medicamentos a um paciente, seja qual for a finalidade, deve ser feita sob a forma de prescrição, em talonário próprio de receituário. Receita comum: deve ser empregada na prescrição de medicamentos de referência ou genéricos, ou quando se desejar selecionar fármacos ou outras substâncias, quantidades e formas farmacêuticas, para manipulação em farmácias. Receita de controle especial: utilizadas na prescrição de medicamentos a base de substâncias sujeitas a controle especial. Introdução: o cirurgião dentista tem competência para prescrever qualquer medicamento, de uso interno e externo “indicados em odontologia”. Prescrição ou receita médica: pré-requisitos • Definir o diagnóstico • Fazer o levantamento e escolher um grupo farmacológico eficaz e seguro • Verificar a aplicabilidade e o custo do tratamento • Optar pela escolha de uma forma farmacêutica adequada • Definir a posologia correta e a duração-padrão do tratamento (com exceção das dtms nos não fazemos uso crônico de medicamentos - os medicamentos que mais usamos são ansiolíticos, antibióticos, anti-inflamatórios e analgesicos) Prescrição: cria uma boa relação médico/paciente • Gaste o tempo necessário para fornecer instruções e recomendações • Verifique a compreensão • Solicite a cooperação familiar • Oriente quanto ao retorno Efeito do medicamento • Quais os sintomas desaparecem e quais não? • Quando começará o efeito? • O que pode acontecer se tomado de forma incorreta ou não tomado? • Informar sobre os possíveis efeitos colaterais Objetivos • Melhorar e ampliar a educação do paciente sobre o uso racional das drogas • Diminuir as pressões das fontes comerciais • Proporcionar fontes de informações não tendenciosas Classificação dos medicamentos de acordo com as listas da portaria 344 • A1: entorpecentes: analgésicos opioids e não opioids, analgésicos gerais • A2: entorpecentes: analgesicos opioids e não opioids • A3: psicotrópicos: estimulantes do snc • B1: psicotrópicos: antidepressivos, antiepiléticos, indutores de sono, ansiolíticos, tranquilizantes • B2: anorexigenos • C1: controle especial: antidepressivos, antiparksonianos, anticonvulsivantes, neurolépticos, anestésicos, coxibes • C2: retinoides Medicamentos comuns na rotina da prescrição odontológica Receituário comum • Antissépticos, analgésicos, anti-inflamatórios não esteroidais e esteroidais prescritos em receituário simples, antibióticos, que atualmente são controlados através da resolução rdc 22 e prescritos em receituários simples em duas vias. Receituário de controle especial • Analgésicosde ação central, como tramadol e codeína, dextropropoxifeno, que constam na lista A2, em dosagens inferiores a 100mg. Utilizados em doses de moderadas a intensas. • inibidores da COX-2 como o celecoxibe, eterocoxibe e lumiracoxibe, também pertencentes à lista C1 Receituário de controle especial • Antidepressivos (amitriptilina) e anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, etc.) em dores neuropáticas (neuralgia do trigêmeo, neuropatia pós-traumática, dores pós-herpética), doenças crônicas com disfunção da articulação temporomandibular (ATM), síndrome da ardência bucal e dores oncológicas, entre outras. Costumam ser prescritos em dosagens inferiores às usadas com ação antidepressiva. Notificação de receita tipo B • Benzodiazepínicos (alprazolam, bromazepam e diazepam, etc.), que apresentam ação ansiolítica, hipnótica e miorrelaxante, objetivando realizar sedação consciente, indicados em pacientes acometidos de intensa ansiedade. Tipos de receituários • Comum • Controle especial Tipos de notificação de receita • A • B • C Nos só utilizamos a azul. Tipo b. Normas - receituário comum Identificação do profissional • Nome • Especialidade • Número de inscrição no cro • Endereço • Número de telefone (opcional) • Carimbo (?) - nao é imprescindível Todas as prescrições deverão estar escritas de forma legível, datilografadas ou informatizadas. A quantidade em algarismos arábicos por extenso, sem emenda ou rasura. Receita (prescrição) comum • Superscricao ou cabeçalho (identificação do paciente, via de administração) • Inscrição (nome do medicamento, concentração e quantidade) • Instrução ou orientação • Data, signação ou rubrica Prescrição magistral - rdc 67 (farmácia de manipulação) A avaliação da prescrição deve observar os seguintes itens: (está diferente do livro, estudar por aqui) • Legibilidade e ausência de rasuras e emendas • Identificação da instituição ou profissional prescritos com o número de registro no respectivo conselho profissional • Identificação do paciente • Endereço residencial do paciente ou a localização do leito hospitalar para os casos de internação • Identificação da substância ativa (tem que ser o nome genérico), concentração/dosagem, forma farmacêutica, quantidades e respectivas unidades • Modo de usar ou posologia • Duração do tratamento • Local e data de emissão • Assinatura e identificação do prescritor A ausência de qualquer um dos itens pode acarretar o não atendimento da prescrição. A prescrição de formulações magistrais para manipulação em farmácias deve ser feita em duas folhas do talonário separadas. A primeira deverá conter apenas a solicitação da preparação da formulação ao farmacêutico; a segunda, trazer orientações ao paciente para o uso da medicação. Manipulação de formas magistrais 1. Princípio ativo 2. Coadjuvante terapêutico 3. Coadjuvante técnico 4. Corretivo 5. Veículo ou excipiente Prescrição carbonada • Utilizadas duas folhas do receituário comum, carbonadas. • Para aprescrição de substâncias da lista C1 e antibióticos, em substituição à receita de controle especial. Como fazer: • Identificação do paciente: nome completo, idade e sexo • Nome do medicamento ou da substância prescrita, dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia e quantidade • Identificacao do emitente: nome do profissional com sua inscrição no cro, endereço completo, telefone • Data de emissão A receita é válida em todo territorio brasileiro, e tem validade de 10 dias. Receita de controle especial Deve ser preenchido em 2 vias carbonadas, apresentando uma via de retenção da farmácia e outra fica com o paciente. Pode ser utilizada para prescrição de antibióticos e c1. Lista c1 que necessitam de receita de controle especial para a dispensação Anticonvulsivantes, antiparksonianos, antidepressivos, antipsicóticos, coxibes • Validade por 30 dias, em todo território nacional, a partir da data de sua emissão • Podem ser prescritos até 3 medicamentos da lista c1 por receita • A quantidade dispensada deve atender o suficiente para até 60 dias de tratamento, conforme a posologia registrada na receita. Notificações • Tipo a: amarela - usada para entorpecentes e psicotrópicos. Uso exclusivo da área médica. • Tipo C: branca - substâncias retinóico, imunossupressores, • Tipo B: azul - substâncias psicotrópicas. É o que nos usamos (ansiolíticos). Por ex: benzodiazepinicos Para termos, temos que fazer um cadastro na vigilância sanitária, uma requisição de notificação de receita tipo B, aí vai precisar de uma autorização. Na notificação tudo tem que ser escrito por extenso, não pode ter números. Considerações gerais sobre a notificação de receita • Deverá estar preenchida de forma legível, sendo a quantidade por extenso, sem emenda ou rasura • Deve conter somente uma substância • Ficará retida pela farmácia no momento da compra (via única) • A receita deve ser devolvida ao paciente devidamente carimbada, como comprovante do aviamento ou da dispensação. Temos que fazer a notificação de receita, pegar um receituário simples, fazer a receita no receituário simples. Essa receita simples fica com o paciente para que ele saiba como o medicamento deve ser tomado, tendo em vista que a notificação fica retida na farmácia. Na prescrição de ansiolíticos do grupo benzodiazepinicos, a receita comum deverá ser acompanhada da notificação de receita tipo B, de cor azul. Lista b1 (drogas capazes de induzir dependência física ou psíquica) • A notificação de receita B tem validade de 60 dias, a partir da data de emissão • A quantidade dispensada não deve exceder 60 dias de tratamento • À drogaria somente poderá dispensar quanto todos os itens da receita e da respectiva notificação de receita estiverem devidamente preenchidos. • O receituário passará a ter validade em todo o território nacional. Sedação mínima Pacientes medrosos ou ansioso: menor limiar de dor • Experiências negativas • Relatos negativos • Visão do operador paramentado • Visão de sangue • Anestesia • Sensação inesperada de dor • Comportamento ríspido do profissional Métodos não farmacológicos • Verbalização • Distração Métodos farmacológicos • Sedação mínima • Anestesia geral ADA • Sedação mínima (sedação consciente): discreta depressao do nível de consciência, produzida por método farmacológico, que não altera a habilidade do paciente de respirar de forma autônoma e de responder adequadamente a estímulos físicos e verbais. • Sedação moderada: combinação de vários agentes sedativos ou uso de sedativos por via parental. • Sedação profunda: altas doses de sedativo por via oral, inalatoria ou parental. Indicações para sedação mínima • Ansiedade não controlada por métodos farmacológicos • Intervenções mais invasivas, mesmo em pacientes calmos • Portadores de doença cardiovascular, asma brônquica, episódios convulsivos com a doença controlada (contato com o médico) • Logo após traumatismos dentários Benzodiazepinicos • Eficácia • Boa margem de segurança clínica - índice terapêutico muito alto, então para causar algum dano a dose teria que ser MUITO grande • Rx: diazepam: dose terapêutica de 10mg e dose tóxica de 250 a 400mg • Facilidade posologica (paciente toma 1 ou 2x só) Óxido nitroso • Regulamentadas pela resolução 51/2004 do CFO Margem de segurança nos benzodiazepinicos: o benzodiazepinico em si não causa a sedação, mas potencializa a atividade depressora de um neurotransmissor gaba. Quando o gaba é liberado na sinapse neural ele faz com que haja uma entrada de íons cloreto pra dentro da célula, fazendo com que a célula se hiperpolarize, dificultando a transmissão do impulso nervoso. O paciente fica calmo por um determinado período de tempo, pela potencialização da ação do gaba. Outras vantagens • Diminui fluxosalivar e reflexo vômito • Mantém pressão arterial em níveis seguros (hipertensos) • Previne episódios de asma, convulsões, hipoglicemia, lipotimia Efeitos colaterais dos benzodiazepinicos • Sonolência (midazolam, triazolam) • Efeito paradoxal (1% em idosos e crianças) - lorazepam: quando o efeito da droga é o oposto daquilo que você quer obter com ela • Amnésia anterógrada (midazolam, lorazepam): dificultam a formação de memórias enquanto estão ativos • Depressão respiratória (midazolam) • Outros efeitos podem aparecer, mas com uso prolongado Uso com precaução - contato com o médico • Pacientes que fazem uso de outro depressor de snc (anti-histamínico, antitussigenos, barbitúricos, anticonvulsivantes) • Insuficiência respiratória de grau leve • Doença hepática ou renal • Insuficiência cardíaca congestiva • Gravidez (2 trimestre) e lactação Contra-indicações • Insufiencia respiratória grave • Glaucoma • Miastenia grave • Gravidez (1 e 3 trimestre) • Hipersensibilidade • Apneia do sono • Álcool Benzodiapenicos no primeiro trimestre: fissura lábio palatina Critérios de escolha, posologia • Não existem protocolos definitivos para a escolha de um benzodiazepinico para sedação mínima por via oral em odontologia • Uma dose antes do procedimento (de 1 a 0,5h antes do procedimento) • Uma dose na noite anterior (pacientes realmente muito ansiosos e medrosos - descreve 2 doses, uma na noite anterior e a outra citada acima) Para o paciente ir embora, ele deve ir sempre acompanhado. Jovens e adultos: • Midazolam (dorminid) 7,5 ou 15mg. 30 minutos antes do procedimento • Rápida instalação (30min) e rápido final (1 a 2h) do efeito. • Alprazolam (frontal) 0,5 ou 0,75mg. 45 a 60 minutos antes do procedimento. • Menos amnésia anterograda e efeito paradoxal. Usar notificação de receita tipo b e receituário comum. Notificação fica na farmácia e receituário com o paciente. Idosos • Os fármacos são muito lipossolúveis e se depositam no tecido adiposo do paciente: prolongamento dos efeitos, pois os idosos apresentam muito tecido adiposo. • Triazolam • Lorazepam (Lorax): 1 a 2mg. 2 horas antes do procedimento. Inicia de ação em torno de 1 a 2h. • Diazepam (Valium): 5 a 10mg. 1h antes do procedimento. Posso utilizar os dois últimos em adultos também. Crianças • Diazepam 0,2 a 0,5 mg/kg. 1 hora antes do procedimento. • Midazolam: 0,2 a 0,5 mg/kg. 30 min antes do procedimento. • Prometazina, hidroxizina, hidrato de cloral Cuidados adicionais • Acompanhante • Não dirigir veículos automotores ou executar tarefas potencialmente perigosas • Não beber Prescrição: notificação de receita tipo B, acompanhada de receituário comum. Sedação com óxido nitroso: o óxido é um gás que não é ingerido, é uma mistura de óxido nitroso e oxigênio. Para utilizar, temos que fazer um curso de capacitação. Só é utilizado em decorrência da demanda. • Estabelece a necessidade de um curso de 96h para habilitar o cirurgião dentista para aplicar a analgesia relativa ou sedação consciente. • O curso deverá ter sido autorizado pelo cfo • Não substitui a anestesia Contra-indicacoes • Respiradores bucais • Doença pulmonar obstrutiva crônica • Infecções respiratórias agudas • Bleomicina (risco de fibrose pulmonar) Vantagens • Tempo curto de instalação e desaparecimento dos efeitos (+- 5 min) • Individualização da concentração de óxido nitroso para cada paciente • Não deixa efeito residual, o paciente pode sair desacompanhado • Diminui a percepção do tempo Sedação mínima com fitoterápicos • Valeria officinalis: 20 voluntários para exodontia de terceiro molar inferior incluso; 70 a 75% ficaram mais relaxados que o grupo placebo. • Passiflora incarnata: 500mg de passiflora 90min antes da intervenção: redução da ansiedade sem sedação. Dor: experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um injúria tecidual real ou potencial -> reflexo protetor • Componentes fisiológicos e psicológicos • A dor de origem dental é a dor orofacial mais comum • Em algumas situações o controle da dor odontogenicas é muito fácil, em outras não. Tipos de dor • Aguda: agente desencadeante detectável, intensidade relacionada ao agente desencadeante, localizada, pequeno desafio terapêutico, facilmente controlável. • Crônica: agente desencadeante muitas vezes inespecífico, intensidade não relacionada ao agente desencadeante, nem sempre localizada ou irradiada, de grande impacto na qualidade de vida, associada a mudanças físicas e psicológicas. • Dores agudas: pulpite irreversível, pulpite reversível, abscesso periapical, periodontite sintomática, pericoronarite • Dores crônicas: disfunções miofaciais, distúrbios de atm • Aguda e ou crônicas neuropaticas: nevralgia do trigêmeo e neurites • Aguda e ou crônicas: dores orofaciais atípicas e dores de origem no seio do maxilar Dores inflamatórias agudas: dor orofacial mais comum. Podem vir em decorrência de agentes bacterianos. Processo inflamatório • Aumento do fluxo sanguíneo local • Aumento da permeabilidade dos capilares vizinhos • Extravasamento do líquido extracelular • Edema circundando as células lesadas • Marginalização dos leucocitos • Quimiotaxia dos neutrofilos e macrófagos • Degeneração dos leucocitos (formação de pus) • Cicatrização do tecido (proliferação dos fibroblastos) Eventos bioquímicos: liberação de mediadores químicos - autacoides. Prostaglandinas. Na histamina e bradicinina o efeito passa muito rápido. Prostaglandinas • Todas as células, inclusive neutrofilos e macrófagos (com exceção dos eritrócits), são capazes de produzir prostaglandinas • Se queremos diminuir síntese de prostaglandinas, usar medicamentos que vão agir na síntese da cox ou da fosfolipase. • Nossos analgésicos agem na cox e alguns (anti inflamatorios esteroidais) agem na síntese de fosfolipases. Cox • Cox 1: seus produtos tem diferenfetes funções, dependendo do tipo celular envolvido. Atua na regulação da função renal, na manutenção da integridade da musicas gástrica e agregação plaquetário. • Cox 2: participa na prevenção da formação de trombose vascular, por participar na formação de prostaglandinas 2. Regula a excreção renal de sal e protege endotélio dos vasos, inibe agregação plaquetária. Nossos anti-inflamatórios atuam sobre a síntese de cox 2, diminuindo a reação inflamatória. A cox2 é muito mais produzida durante a reação inflamatória, mas isso não quer dizer que ela não seja produzida cotidianamente e que ela não tenha funções importantes para a homeostase do nosso organismo. Ela é presente no nosso cotidiano, mas em quantidades muito pequenas. • Cox 3: causa febre, presente no snc. Mitos relacionados ao controle da dor • Pacientes com dor sempre apresentam sinais observáveis • É possível determinar a intensidade da dor, baseado no tipo de patologia ou procedimento • Pacientes devem postergar ao máximo o uso de medicamentos para controle da dor Controle farmacológico da dor • Iniciação dos impulsos: prescrição de anti-inflamatórios e analgésicos • Propagação de impulsos: anestésicos locais • Percepção de estímulos: analgésicos de ação central O impulso nervoso é reconhecido Como dor no snc. Analgésicos anti-inflamatórios Considerar: • Causa da dor • Gravidade da dor • Histórico médico do paciente (ex paciente com gastrite não pode com diclofenaco, mas sim nimesulida) • Preferência do paciente ? - se o medicamento pelo qual o paciente apresenta uma preferência está dentro do grupo dos medicamentos indicados, ok. Não é deixar ele escolher, mas sim opinar. Classificação: • Fármacos que inibem a síntese de cox (aines) • Fármacos que inibem a ação da fosfolipase a2 (aie) • Analgésicos clássicos • Analgésicos de ação central (opioides) Se o paciente apresenta um dor aguda leve, receitar aines(paracetamol, dipirona). Se for severa, aines (tramadol), que podem ser associados a opioides. Princípios do uso de analgésicos • Devem ser prescritos por tempo e horário determinados: analgésico se usa normalmente por 24h. Um anti-inflamatório, por 3 dias. Antibióticos de 5 a 7 dias. • O dentista deve estar apto a tratar com vários esquemas analgésicos. • Manter o histórico médico do paciente atualizado. • Monitoramento do paciente. Regimes analgésicos preventivos • Analgesia preemptiva: inicio antes do estímulo nocivo, para prevenir a hiperalgesia. Dose única antes do procedimento. • Analgesia preventiva: início logo após a agressão tecidual, mas antes da instalação da dor, com doses de manutenção. É o mais indicado na odontologia. Dose inicial logo depois do procedimento, mantendo depois. • Analgesia perioperatoria: início antes da lesão tecidual, e mantido no pós operatório imediato. Dose inicial antes do procedimento, mantendo depois.
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