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MASTER 2020 - MÓD I - AULA 10 - AT - Livros Poéticos

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AVANÇADO EM TEOLOGIA 
Teólogo Responsável: JUANRIBE PAGLIARIN. Graduado em Teologia e reconhecido como Doctor of 
Christian Ministry pela Cela International University, Miami, Flórida, USA. O que credencia um Teólogo é a 
criação de uma produção científica e teológica inédita. E isto o Pr. Juanribe Pagliarin fez ao reunir pela primeira 
vez na História os relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João em um só, sem acrescentar nada à Palavra original, e 
dispondo os fatos na provável ordem cronológica em que ocorreram. Tal produção deu origem aos livros: JESUS 
- A VIDA COMPLETA e O EVANGELHO REUNIDO. 
NÍVEL MASTER – MÓDULO I 
Copyright © 2020 by JUANRIBE PAGLIARIN 
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. É proibida a publicação, divulgação, 
transmissão, distribuição, contrafação (reprodução não autorizada) etc., total ou parcial sem a expressa 
anuência do autor e coautores. 
AT – Livros Poéticos (Parte 1) 
AULA 10 – Jó 
“Mas ele sabe o meu caminho; prove-me, e sairei como o ouro” (Jó 23:10). 
Estudaremos, nesta disciplina, a respeito dos livros poéticos, que são: Jó, Salmos, 
Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão (Cântico dos Cânticos). A respeito destes livros, 
comenta Silva (1985, p. 10): 
Dentre os cinco livros poéticos da Bíblia, há três que são intitulados livros da 
sabedoria: Jó, Provérbios e Eclesiastes. O primeiro nos apresenta sabedoria para 
aquele que sofre. O segundo ocupa-se da sabedoria para aquele que deseja 
crescer e frutificar, isto é, sabedoria prática. O último expõe a sabedoria para 
aquele que procura a razão da vida ou a sabedoria filosófica. 
Sem sombra de dúvidas estes livros têm muito a nos ensinar, pois fazem parte da Palavra 
de Deus, e conforme está escrito em I Co 10:11b “estão escritos para aviso nosso”, e foram 
inspirados pelo Espírito Santo (II Pe 1:21). Comecemos então, a estudar o primeiro deles, que é 
o livro de Jó. 
 JÓ=> Segundo muitos teólogos, o livro de Jó talvez seja o mais antigo da Bíblia. A história 
de Jó se passa no período dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó). O cerne do livro é a 
resolução da seguinte pergunta: “Por que o justo sofre?”. Não é por acaso, que o livro mais 
antigo, trate de uma questão tão antiga do ser humano. Entender o motivo do sofrimento de 
uma pessoa boa nem sempre é fácil. Todos entendem facilmente que uma pessoa má deva 
sofrer como forma de retribuição por suas más atitudes. O livro de Jó vai lidar com essa questão 
e dar a resposta para esta pergunta. Segundo Hagee (2010, p. 585): 
Iyyob é o título hebraico do livro, e este nome tem, possivelmente, dois 
significados. Se derivado da palavra hebraica para perseguição, seu significado é 
“o perseguido”. Mas é mais provável que a origem seja de uma palavra arábica, 
significando “retornar” ou “arrepender-se”. Se for assim, podemos dizer que o 
significado do nome de Jó é o “arrependido”. Os dois significados se aplicam ao 
livro. O título grego é Iob, e o latino também é Iob. 
O autor de Jó é desconhecido, e não há qualquer indicação textual sobre sua 
identidade. Os comentaristas, entretanto, têm acatado as seguintes sugestões: 
 
 
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Jó, Eliú, Moisés, Salomão, Isaías, Ezequias, Jeremias, Baruque e Esdras. O 
cenário cultural não é hebraico, e isto pode indicar um autor gentio. A tradição 
rabínica é inconsistente, mas a tradição talmúdica sugere que Moisés tenha 
escrito o livro. A terra de Uz (1:1) é adjacente de Midiã, onde Moisés viveu por 
40 anos, e é concebível que Moisés tenha obtido um registro do diálogo deixado 
por Jó ou Eliú. 
É importante esclarecer a questão da data em que os fatos ocorreram e a data em que o 
livro foi escrito. Não há como dar uma data precisa, exata, para os acontecimentos descritos no 
livro. Entretanto, alguns fatos indicam uma data no período patriarcal, ou não muito depois de 
Abraão, como por exemplo: 1) Jó viveu mais 140 anos depois dos eventos do livro (42:16); ele 
deve ter vivido cerca de 200 anos. Isto se encaixa com o período patriarcal, pois Abraão viveu 
175 anos (Gn 25:7). 2) A riqueza de Jó era medida em termos de animais (1:3; 42:12), ao invés 
de ouro e prata. 3) Assim como Abraão, Isaque e Jacó, Jó era o sacerdote de sua família e 
oferecia sacrifícios (1:5). 4) Não existem referências a Israel, ao êxodo, à lei mosaica ou ao 
tabernáculo. 5) Correspondendo ao tempo de Abraão, a unidade social em Jó é a família/clã 
patriarcal. 6) Os caldeus que assassinaram os servos de Jó (1:17) eram nômades e ainda não 
habitavam em cidades. 7) Jó usa o nome patriarcal de Deus, Shaddai (“O Poderoso”), 31 
vezes. Esse termo é encontrado somente 17 vezes no resto do Antigo Testamento. O raro uso de 
Yahweh, “O SENHOR”, também sugere uma data pré-mosaica. 
Segundo Sproul (1999, p. 577): 
Entre os escritos de sabedoria do Antigo Testamento, o Livro de Jó, junto com 
Eclesiastes, figura como um tipo de antissabedoria. Ele se opõe à sabedoria 
tradicional ao confrontar a difícil questão do sofrimento com a afirmação de que 
Deus é justo e bom. O livro trata desse assunto com uma franqueza às vezes 
desconcertante e não sugere a existência de uma divindade maligna ou que o 
poder de Deus seja limitado. Ao invés disso, ele louva a soberania, a sabedoria e 
a glória do Criador. Em duas descrições do relacionamento entre Jó e Deus, 
percebe-se que o Deus de Jó não é maligno nem limitado. 
A primeira é tirada do prólogo e do epílogo do livro. O prólogo descreve a 
submissão de Jó à vontade divina em meio ao sofrimento. Ali, Jó aparece como 
um homem bom que confia na bondade do seu Deus. Ao final, no epílogo 
(42:7-17), Deus honra a sua confiança, restaurando a Jó. 
A segunda descrição mostra a indignação de Jó com o seu estado. Ele pensa 
que Deus se tornou seu inimigo e que o está afligindo injustamente. Jó chega a 
essa conclusão porque sabe que Deus é soberano. Tivesse ele crido em uma 
divindade limitada, não teria tido problemas com a justiça ou bondade de Deus, 
uma vez que não poderia considerar Deus responsável por todos os 
acontecimentos, inclusive pelo seu infortúnio. 
Os três primeiros capítulos de Jó apresentam quatro fatos importantes sobre a vida dele: 
1) A prosperidade de Jó (1:1-5). 2) A adversidade de Jó (1:6-19). 3) A fidelidade de Jó (1:20-
22) e 4) A miséria de Jó (2:1-3:26). Os embates e lutas enfrentadas por Jó levaram a uma 
importante transformação em sua vida, pois o homem de depois do processo não é o mesmo 
de antes (42:5). 
Jó sofreu a perda de toda a sua riqueza e todos os seus filhos num único dia. Pouco 
tempo depois, a sua saúde foi atacada de tal modo, que aparentemente ele nunca se 
 
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recuperaria. A tragédia foi tão devastadora, que a mulher de Jó chega a dizer a ele para 
amaldiçoar Deus e morrer (2:9). Por fim, seus melhores amigos se achegam a ele para acusá-lo 
de ter algum pecado secreto que precisava ser confessado a Deus. 
Vejamos o que diz Pagliarin (2014, p. 18) a respeito de pecado: 
PECADOS. [...]. Mais do que um sentimento psicológico de culpa ou remorso 
– porque isto até o ateu sente –, e mais do que a noção do delito que gera 
punição – porque mesmo as nações laicas têm leis justas para repreender os 
transgressores –, o pecado é uma acusação espiritual refletida na alma de cada 
pessoa. Jamais os psicólogos, sociólogos, historiadores ou arqueólogos 
encontraram um só povo que fosse imune a esta estranha convicção de 
“pecado”. O apóstolo Paulo, na sua obra missionária, ao entrar emcontato 
mais profundo com os povos pagãos, admirou-se que a Lei – dada por Deus a 
Moisés – estivesse também escrita no coração dos outros povos, conforme 
relatou: “Porque, quando os gentios, que não têm Lei, fazem por natureza as 
coisas da Lei, eles, embora não tendo Lei, para si mesmos são Lei. Pois mostram 
a obra da Lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência 
e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Rm 2:14-15). 
Mesmo uma criança, que nunca foi ensinada a respeito do pecado, já nasce com 
esta Lei de Deus escrita em seu coração. Ao crescer e pecar, sente que se tornou 
devedor a Alguém que não se pode ver, mas que sabe existir. 
O pecado gera uma certeza de condenação que não desaparece mesmo nos 
casos em que o transgressor é punido pela lei dos homens e paga a sua dívida 
com a sociedade. O pecador, ao se aproximar a hora da sua morte, parte na 
certeza de que terá de acertar contas com Deus. E isto gera desespero na sua 
alma... 
O livro de Jó ensina a lidar com o sofrimento. Não que alguém deseje sofrer, mas 
devemos extrair do sofrimento a instrução para nossas vidas, e essa instrução produz um fruto 
pacífico de justiça, conforme lemos em Hebreus 12:11. Paulo diz em sua carta aos Romanos 
(8:28), que todas as coisas cooperam/contribuem para o bem daqueles que amam a Deus. 
Segundo Sproul (1999, p. 577): 
O formato literário de Jó, que consiste de um prólogo em prosa, um diálogo 
poético e um epílogo também em prosa, não é estranho entre os documentos do 
Antigo Oriente. Mas não há outra obra sobre o problema do sofrimento humano 
à luz da transcendência e bondade de Deus que se aproxime da profundeza 
teológica, da sofisticação literária e da aplicação prática do Livro de Jó. 
A maneira como o livro explora os temas relacionados com o propósito de Deus 
no sofrimento humano desdobra-se como segue. No prólogo, vemos a relação 
entre Deus e Jó a partir da perspectiva divina. Deus escolhe Jó como um de 
seus servos sofredores, um instrumento através do qual se alcançará uma vitória 
espiritual: “Observaste o meu servo Jó?” (1:8; 2:3). Satanás acusa Jó falsamente 
de servir a Deus por causa de bênçãos materiais (1:9-11). Jó recebe a sublime 
vocação de permanecer leal a Deus mesmo quando tudo lhe é tirado e o 
sofrimento amargo se torna a sua porção diária. 
Enquanto o prólogo nos oferece a perspectiva divina, a seção central dos 
discursos apresenta a perspectiva humana. Como ser humano, Jó ignora o que 
se passou no conselho divino. Ele se debate com uma percepção tradicional, 
uma perversão do ensino contido em Provérbios, de que todo o sofrimento é 
uma punição imediata dos pecados humanos. Os conselheiros de Jó, como 
 
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muitos outros, consideravam a profundeza do sofrimento de Jó uma evidência 
clara do seu grande pecado. 
No final do livro de Jó, Deus não faz nenhuma referência a seu sofrimento pessoal. 
Contudo, Jó entende a perspectiva divina, reconhece a soberania de Deus sobre a sua vida, 
humilha-se na presença do Senhor e ora por seus amigos. Assim, o desafio inicial de Satanás de 
destruir Jó, sua família, seu patrimônio, sua dignidade, sua reputação, transforma-se em bênção 
dobrada na vida de Jó. Deus restituiu em dobro todo o patrimônio de Jó, deu-lhe dez novos 
filhos, e teve ainda cento e quarenta anos de vida para usufruir de tudo. Deus ama a 
prosperidade de seus servos (Sl 35:27b). 
BIBLIOGRAFIA 
HAGEE, John C. (Ed. Geral). In: BÍBLIA, Português. Bíblia de Revelação Profética. Antigo 
e Novo Testamento. Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição Revista e Atualizada. 
Barueri/SP. SBB. 2010. 
PAGLIARIN, Juanribe. O Evangelho Reunido: Mateus, Marcos, Lucas e João reunidos em 
um só Evangelho e com os fatos organizados em ordem cronológica / compilado e comentado 
por Juanribe Pagliarin. 7ª ed. Luxo. São Paulo: Bless Press Editora, 2014. 
SILVA, José Apolônio da. Síntese Bíblica do Antigo Testamento – Estudo dos Livros 
Poéticos. Rio de Janeiro: CPAD, 1985. 
SPROUL, R. G. (Ed. Geral). In: BÍBLIA, Português. Bíblia de Estudo de Genebra. Antigo e 
Novo Testamento. Edição Revista e Atualizada. São Paulo e Barueri: Cultura Cristã e Sociedade 
Bíblia do Brasil, 1999. 
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo – Poéticos. Traduzido por Susana 
E. Klassen. Santo André. Geográfica. 2007. 
QUESTIONÁRIO 
(Valor total: 1,0 ponto). Cada aula terá, ao seu final, 4 exercícios objetivos e 1 discursivo. Os alunos 
preencherão a Folha-Resposta do Nível Master que precisa ser entregue OBRIGATORIAMENTE na 
semana seguinte à aula ministrada, ao Ministro de Ensino responsável. 
1. Quantos e quais são os livros poéticos? Assinale com um ( X ) a ÚNICA alternativa 
CORRETA. (Valor: 0,2 ponto). 
a. ( ) São três: Jó, Salmos e Provérbios. 
b. ( ) São quatro: Mateus, Marcos, Lucas e João. 
c. ( ) São cinco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 
d. ( ) São cinco: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. 
 
2. Qual é o cerne do livro de Jó? Assinale com um ( X ) a ÚNICA alternativa CORRETA. 
(Valor: 0,2 ponto). 
a. ( ) A resolução da seguinte pergunta: “Por que o justo sofre?”. 
b. ( ) A riqueza adquirida pelo diligente servo Jó. 
 
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c. ( ) O poder de Deus para curar as chagas de Jó. 
d. ( ) A atuação de Deus contra o Diabo em favor de Jó. 
 
3. Em que época ocorreu os fatos narrados no livro de Jó? Assinale com um ( X ) a ÚNICA 
alternativa CORRETA. (Valor: 0,2 ponto). 
a. ( ) No tempo dos juízes. 
b. ( ) Durante o reinado de Davi. 
c. ( ) Por volta do período patriarcal, não há data exata. 
d. ( ) Após o exílio babilônico. 
 
4. O sofrimento produz algum resultado em nossas vidas? Assinale com um ( X ) a ÚNICA 
alternativa CORRETA. (Valor: 0,2 ponto). 
a. ( ) Produz apenas choros e lamentações pela derrocada. 
b. ( ) Produz instrução, e essa instrução produz um fruto pacífico de justiça. 
c. ( ) Produz revolta nos corações que não foram exercitados para suportar a dor. 
d. ( ) Produz paciência e mansidão, que são virtudes daqueles que cresceram espiritualmente. 
 
5. Escreva em 7 (sete) linhas o que você entendeu sobre o conteúdo estudado nesta aula. 
(Valor: 0,2 ponto). 
 
 
Autoria: Juanribe Pagliarin 
Revisão: Gean Costa 
4ª Edição: Mar / 2020 
 
 
Este curso é gratuito para você porque é patrocinado pelos Pregadores do Telhado (PT). Se você tem sido 
abençoado ore pelos PT e se deseja abençoar outras pessoas seja você também um PT fazendo sua 
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