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DESENVOLVIMENTO-E-MUDANÇAS-NO-ESTADO-BRASILEIRO-2

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1 
 
 
DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS NO 
ESTADO BRASILEIRO 
1 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
2. Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro - Algumas considerações .... 4 
3. Desenvolvimento do brasil .................................................................................... 8 
4. Gestão Pública ................................................................................................... 20 
4.1 Conceitos Necessários ao Entendimento do Tema Administração Pública .. 22 
4.2 A Evolução da Administração Pública no Brasil .................................................... 24 
4.3 Administração Pública no Brasil dos Dias Atuais .................................................. 29 
4.4 Participação Popular na Gestão Administrativa do Estado ................................ 31 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33 
 
2 
 
 
1. NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
A Gestão Pública é responsável pelo desenvolvimento urbano e econômico de 
uma cidade. No entanto para que haja eficiência na gestão correspondente à 
administração de um município há que se estabelecer a organização na gestão, criar 
missões correspondentes ao desenvolvimento que se almeja alcançar para, enfim, 
realizar a gestão de forma eficiente e eficaz. 
A História da República Brasileira iniciou-se em 1889 com a Proclamação da 
República e acompanhou todo o período posterior, até o século XXI. A difusão dos 
ideais republicanos remonta ao período colonial, como durante a Inconfidência Mineira 
e a Conjuração Baiana, no final do século XVIII. Apesar dos ideais e das revoltas 
buscarem a superação da monarquia, apenas no final do século XIX, com o fim do 
escravismo, as elites agrárias do país aceitaram organizar o Estado brasileiro nos 
moldes republicanos. 
O fato de a República nascer como uma aceitação das elites e ter sido realizada 
através da espada do exército brasileiro conformou um caráter autoritário e excludente 
do Estado brasileiro, garantindo os privilégios das classes dominantes e a negação 
de direitos às classes exploradas durante muito tempo. A participação do exército na 
vida política nacional foi também uma constante da história republicana do país, que 
pode ser dividida em algumas fases. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
3. DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS NO ESTADO BRASILEIRO - 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 
 
Figura 1 
 
Fonte: Google 
 
Historicamente, o desenvolvimento econômico tem-se alterado muito nas 
sociedades e no nascimento e crescimento de nações ao longo dos tempos, desde o 
início do trabalho da terra, agricultura, sobras de produção, até os modernos conceitos 
de finanças, economia, acumulação do capital e riquezas. 
 O desenvolvimento econômico não ocorreu ou ocorre de forma homogênea 
nas nações como em suas sociedades e em seus aspectos intrínsecos sociais, onde 
as riquezas não são divididas ou repartidas em termos igualitários, mesmo com o 
aumento da tecnologia, acumulação de capitais, novos processos de produção, maior 
volume de informações e de conhecimento, além da capital humano empregado na 
construção de riquezas, finanças e economia. 
 Não se pode confundir crescimento e desenvolvimento econômico, onde o 
primeiro trata da elevação do valor agregado produzindo por uma nação, 
diferentemente do segundo que considera um conjunto mais complexo de variáveis 
como qualidade de vida dos cidadãos, a diferenciação econômica entre indivíduos, ou 
5 
 
 
seja, como a riqueza é distribuída no conjunto populacional, se o crescimento 
econômico também direciona para um desenvolvimento social. 
Dentro do conceito de crescimento econômico, termos como macroeconomia e 
microeconomia, onde envolve termos como equilíbrio ou estabilidade 
macroeconômica, com um governo que tem suas contas em um padrão ideal, dentro 
também de um ambiente de inflação baixa e controlada, além também da estabilidade 
política, ou seja, o cuidado com o aparato legal nacional da segurança jurídica de uma 
nação, que já considerando a microeconomia, estuda a relação do comportamento 
dos consumidores, do problema da escassez de recursos, da atuação empresarial, 
das questões relacionadas com preços, fatores de produção em mercados, da oferta 
e da demanda de bens e serviços. 
 Segundo correntes de estudos econômicos, o crescimento econômico 
favorável deve-se a alguns fatores como taxa de poupança para financiamento de 
novos investimentos produtivos para a formação de capital, manutenção de 
produtividade efetiva considerando aspectos viabilidade financeira e econômica. Isto 
em uma primeira análise, tendo por outra linha, que além de considerar o aumento de 
capital, também enfatiza a formação de capital humano para o sistema produtivo, com 
conseqüente acumulação de novos conhecimentos, gerando, por conseguinte, novas 
tecnologias aplicadas tanto a produção em si como para a economia em geral, 
envolvendo assim áreas como a educação, a pesquisa, como o desenvolvimento 
profissional. 
 
Figura 2 
 
Fonte: Google 
6 
 
 
 Nesse sentido, o aumento da economia, como no nível educacional de uma 
sociedade, como dos próprios indivíduos, esta passa a galgar melhores oportunidades 
profissionais como também de renda médio, em comparação com aqueles que não 
têm acesso a este processo, fato este análogo em comparação entre países e 
desenvolvimento humano. Isto é muito visível se comparados os aspectos 
socioeconômicos dos países considerando de primeiro mundo ou ricos com os que 
estão em desenvolvimento ou ainda se encontram atrasados em seus sistemas 
produtivos, economia, tecnologia, política, legislação, educação e sociedade. 
 No caso Brasil, mesmo com as adversidades do sistema político nacional que 
herda um sistema patrimonialista imperialista colonial, vem formatando uma realidade 
complexa do nascimento de uma república velha oligárquica, golpes de estado, 
diversas constituições, sistemas políticos ditatoriais militares, abertura política, 
administração racional-legal e gestão pública gerencial. Considerando este pequeno 
resumo histórico brasileiro, os governos, principalmente após Getúlio Vargas, 
priorizaram maior industrialização nacional, em indústrias de base, infraestrutura, 
metalurgia, além de reformas estruturais nos sistemas financeiros, tributários, 
trabalhistas, previdenciários, como também, um conjunto agregado de crescimento 
econômico e social. 
Figura 3 
 
Fonte: Google 
7 
 
 
Nesse sentido, de modo geral, o crescimento econômico nem sempre traz em 
seu bojo o mesmo nívelde desempenho para o desenvolvimento econômico e social 
de uma sociedade em aspectos de distribuição de riquezas e desenvolvimento 
humano, sendo o Brasil também, integrante dessa insípida realidade, contrastado por 
um retrato de um país em pleno crescimento econômico, melhorias tecnológicas, 
aumento de produtividade, acumulação constante de riquezas em seu produto interno 
bruto, e, por outra em que muitos dessa sociedade não percebem dos resultados do 
desempenho econômico, das riquezas produzidas, dos serviços de melhorias de 
qualidade de vida em geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
4. DESENVOLVIMENTO DO BRASIL 
 
Antes da república, o Brasil viveu um regime monárquico, que existiu entre 
1822 e 1889. Neste período, o país teve dois imperadores: D. Pedro I e D. Pedro II. 
O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico 
brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de 
transformações que levou à chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de 
um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas. 
Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a 
última a levantar-se contra a monarquia. 
A república foi instaurada sem a participação popular, visando o atendimento 
de interesses particulares da elite econômica dominante à época. Aparentemente 
pouco mudou. Mesmo que atualmente a população tenha o direito/dever de votar e 
escolher seus representantes, e que a Constituição Federal de 1988 tenha dado ao 
povo o poder político, o povo brasileiro continua a assistir inerte, na maior parte do 
tempo, aos grandes acontecimentos políticos. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
Figura 4 
 
Fonte: Google 
10 
 
 
Presidentes do Brasil na Primeira República (1889-1930) 
 
Figura 5 
 
Fonte: Google 
 
A Primeira República, também conhecida como República Velha, foi a 
primeira fase da organização republicana nacional. Abrangeu o período entre a 
Proclamação da República, em 1889, e a chamada Revolução de 1930. Pela liderança 
do poder de Estado, alteraram-se confrontos e alianças entre a oligarquia rural e os 
militares das Forças Armadas. 
Entre o fim do Império e a posse da presidência por Prudente de Morais, em 
1894, apenas militares ocuparam o cargo de líder na Primeira República. Este período 
ficou conhecido como República da Espada. 
11 
 
 
O presidente Prudente de Morais foi o primeiro presidente civil, eleito em 
1894, dando início à alternância entre representantes das oligarquias rurais do 
sudeste brasileiro até 1930. A política do café com leite, assim chamada em 
decorrência da aliança nas indicações para presidentes entre São Paulo e Minas 
Gerais, foi o auge da ordem oligárquica. 
 
Presidentes do Brasil neste período: 
 Deodoro da Fonseca (15.11.1889 a 25.02.1891); 
 Floriano Peixoto (23.11.1891 a 15.11.1894); 
 Prudente de Moraes (15.11.1894 a 15.11.1898); 
 Campos Salles (15.11.1898 a 15.11.1902); 
 Rodrigues Alves (15.11.1902 a 15.11.1906); 
 Affonso Penna (15.11.1906 a 14.06.1909); 
 Nilo Procópio Peçanha (14.06.1909 a 15.11.1910); 
 Hermes da Fonseca (15.11.1910 a 15.11.1914); 
 Wenceslau Braz (15.11.1914 a 15.11.1918); 
 Delfim Moreira (15.11.1918 a 28.07.1919); 
 Epitácio Pessoa (28.07.1919 a 15.11.1922); 
 Arthur Bernardes (15.11.1922 a 15.11.1926); 
 Washington Luís (15.11.1926 a 24.10.1930); 
 *Júlio Prestes (eleito em 1930, não chegou a ser empossado, por conta da 
eclosão do movimento revolucionário liderado por Getúlio Vargas, quando a Junta 
Governativa assume o poder). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
Era Vargas (1930-1945) 
 
Figura 6 
 
Fonte: Google 
 
Palácio do Catete abre exposição sobre os cinqüenta anos da morte de Getúlio 
Vargas. O local foi sede da Presidência da República até 1960, quando foi 
transformado em museu (Tomaz Silva/Agência Brasil) 
A partir de 1914, a Primeira República entrou em declínio. Nem o surto de 
industrialização suportou a crise pela qual passava a produção do café, que teve seu 
golpe final com a crise econômica mundial capitalista de 1929. A burguesia industrial 
entrava em conflito com a política econômica voltada preferencialmente à agricultura. 
O resultado foi uma instabilidade crescente dos acordos políticos que 
caracterizaram a Primeira República, e a insatisfação no seio do exército proporcionou 
a aproximação de vários grupos estaduais que se opunham à política do Governo 
Federal. 
As revoltas tenentistas no Rio Grande do Sul, em 1923, e em São Paulo, em 
1924, somadas à insatisfação das oligarquias com a eleição de Júlio Prestes, em 
13 
 
 
1930, levaram ao impedimento do presidente eleito e, com um golpe militar, teve fim 
a Primeira República. 
Os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pelo clima de tensão entre 
as oligarquias e os militares – principalmente no estado de São Paulo – o que 
provocou a Revolução Constitucionalista de 1932. 
Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) promoveu uma tentativa de 
golpe contra o governo Getúlio Vargas – a Intentona Comunista. Getúlio aproveitou 
o episódio para declarar estado de sítio e ampliar seus poderes políticos. Nessa 
época, Getúlio adotou um discurso nacionalista e começou a articular um movimento 
pela sua permanência no cargo. Mas, em 1945, o Exército derrubou o presidente. 
 
Presidentes do Brasil neste período: 
 
 Junta Governativa (governo provisório – Menna Barreto, Isaías de Noronha e 
Augusto Tasso Fragoso – 24.10.1930 a 03.11.1930); 
 Getúlio Vargas: 
 Governo Provisório (03.11.1930 a 20.07.1934): empossado pela Revolução 
de 1930. 
 Governo Constitucional (20.07.1934 a 10.11.1937): eleito indiretamente, nos 
termos da Constituição de 1934. Observação: no dia 10 de novembro de 1937, 
Getúlio Vargas deu um golpe de estado, instituindo o Estado Novo, que o manteve no 
poder, pondo fim à luta sucessória dos candidatos à Presidência da República naquele 
momento; 
 Estado Novo (10.11.1937 a 29.10.1945): investidura outorgada. Vargas não 
assina qualquer termo ao se manter no poder após o golpe de estado de 1937. Foi 
como se seu mandato tivesse sido automaticamente prorrogado, uma vez que foi 
cancelada a eleição presidencial prevista. Observação: com o golpe de estado, em 
10 de novembro de 1937, e a instituição do Estado Novo, foi dissolvido o Congresso, 
outorgada a nova Constituição e garantida a permanência de Vargas no poder. 
 
 
 
 
 
14 
 
 
República Populista (1945-1964) 
 
Figura 7 
 
Fonte: Google 
 
Após a queda de Getúlio, o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente. 
A Assembleia Constituinte criou a quinta constituição brasileira, que estabeleceu 
os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Em 1950, Getúlio voltou ao cenário político e venceu as eleições presidenciais. 
Graças à sua postura nacionalista, seu governo recebeu apoio de empresários, 
Forças Armadas, grupos políticos do Congresso, da União Nacional dos Estudantes 
(UNE), entre outros grupos da sociedade civil. 
Por outro lado, a oposição a Vargas cresceu e se organizou contra o governo. 
Em 23 de agosto de 1954, após acusações de o governo ter tramado um atentado 
contra o jornalista Carlos Lacerda, 27 generais exigiram publicamente a renúncia de 
Vargas. Na manhã de 24 de agosto, o presidente cometeu suicídio. 
Após o breve governo de Café Filho, Juscelino Kubitschek assumiu a 
presidência em janeiro de 1955 com a promessa de realizar “cinquenta anos em 
cinco”. A reação à política de JK veio com a eleição do populista Jânio Quadros, que 
15 
 
 
renunciou ao mandato no ano seguinte. Na época, especulou-se que a renúncia foi 
uma estratégia usada pelo presidente para conseguir que o Congresso lhe oferecesse 
poderes totais. Mas ao contrário do queJânio esperava, o Congresso aceitou 
prontamente sua saída. 
Conforme trazido por Boris Fausto 
“A Constituição não deixava dúvidas quanto à sucessão de Jânio: deveria 
assumir o vice-presidente João Goulart. Entretanto, a posse ficou em suspenso, 
diante da iniciativa de setores militares que viam nele a encarnação da república 
sindicalista e a brecha por onde os comunistas chegariam ao poder. 
O sistema de governo passou de presidencialista a parlamentarista, e João 
Goulart tomou posse com poderes diminuídos, em 7 de setembro de 1961. 
A posse de João Goulart na presidência significava a volta do esquema 
populista, em um contexto de mobilizações e pressões sociais muito maiores do que 
no período Vargas. Jango representaria uma sobrevida do populismo, destinado a 
desaparecer desde os últimos tempos de Getúlio. 
Na noite de 1º de abril, quando Goulart rumara de Brasília para Porto Alegre, 
o presidente do Senado Auro Moura Andrade declarou vago o cargo de presidente da 
República. Assumiu o cargo, seguindo a linha sucessória, o presidente da 
Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli. O golpe militar se consumou e o poder 
passou das mãos dos civis para os comandantes militares” 
 
Presidentes do Brasil neste período: 
 José Linhares (29.10.1945 a 31.01.1946): presidente do Supremo Tribunal 
Federal, exerceu a Presidência por convocação das Forças Armadas, após a 
deposição de Getúlio Vargas; 
 Eurico Gaspar Dutra (31.01.1946 a 31.01.1951); 
 Getúlio Vargas (31.01.1951 a 24.08.1954). Observação: Vargas suicidou-se 
em 24 de agosto de 1954; 
 Café Filho (24.08.1954 a 11.11.1955); 
 Carlos Luz (08.11.1955 a 11.11.1955); observação: como Presidente da 
Câmara dos Deputados, Carlos Luz ocupou a Presidência da República apenas por 
três dias, não constando no Livro de Posse o assentamento de sua investidura, 
substituindo o titular licenciado para tratamento de saúde. 
 Nereu Ramos (11.11.1955 a 31.01.1956); 
16 
 
 
 Juscelino Kubitschek (31.01.1956 a 31.01.1961); 
 Jânio da Silva Quadros (31.01.1961 a 25.08.1961); 
 Ranieri Mazzilli (25.08.1961 a 08.09.1961); 
 João Goulart (08.09.1961 a 1º.04.1964); 
 
08.09.1961 a 24.01.1963: fase parlamentarista (observação: assumiu a Presidência 
da República por força da Emenda Constitucional nº 4, de 22.09.1961, que instituiu o 
sistema parlamentar de governo). 
 
Ditadura Militar (1964-1985) 
Figura 8 
 
Fonte: Google 
 
Com o aumento da crise política e das tensões sociais, em março de 1964, 
tropas em Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas. Com o apoio do governador 
Magalhães Pinto, o general Olímpio Mourão Filho mobilizou – no dia 31 de março – 
tropas sob seu comando sediadas em Juiz de Fora (MG), deslocando-se em direção 
ao Rio de Janeiro. 
O movimento de 31 de março tinha sido lançado aparentemente para livrar o 
país da corrupção e – principalmente – do comunismo. Entretanto, o novo regime 
17 
 
 
mudou as instituições democráticas do país e instaurou Atos Institucionais que 
funcionariam ao seu favor. 
Assim, no dia 9 de abril, foi decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1), 
que cassou mandatos políticos e tirou a estabilidade de funcionários públicos. 
Formalmente, manteve a Constituição de 1946 com várias modificações, assim como 
o funcionamento do Congresso. 
O AI-1 suspendeu as imunidades parlamentares e autorizou o comando 
supremo da revolução a cassar mandatos em qualquer nível, além de suspender 
direitos políticos pelo prazo de dez anos. 
Perderam os mandatos os governadores dos Estados de Pernambuco e 
Sergipe (respectivamente Miguel Arraes e Seixas Dória). O governador de Goiás, 
Mauro Borges, ligado ao PSD, foi deposto em novembro de 1964. Entre as figuras 
mais conhecidas que tiveram mandatos cassados ou sofreram a suspensão de seus 
direitos políticos, além de nomes óbvios como os de Jango e Brizola, figuravam Jânio 
e Juscelino, este último senador por Goiás. 
Em 1964, o marechal Castello Branco foi escolhido como primeiro presidente 
do regime. Em 67, o marechal Costa e Silva assumiu a presidência em seguida e 
decretou um dos mais memoráveis Atos: o Ato Institucional Número 5 (AI-5), que 
fechou o sistema político e ampliou a repressão da ditadura. 
No final de 1969, Costa e Silva adoece e é substituído por uma junta militar. 
Em seguida, o general Emílio Garrastazu Médici assume a presidência. Com ele, 
cresce a repressão e uma severa política de censura é colocada em prática para todos 
os meios de comunicação e expressão. 
Sucessor de Médici, o general Ernesto Geisel inicia um lento processo de 
transição rumo à democracia. Em 1978, ele acaba com o AI-5 e impõe o general João 
Batista Figueiredo para a sucessão. Figueiredo decreta então a Lei da Anistia e 
restabelece o pluripartidarismo. 
Presidentes do Brasil neste período: 
 Castello Branco (15.04.1964 a 15.03.1967); 
 Costa e Silva (15.03.1967 a 31.08.1969); 
 Governo Provisório – Junta Militar (Augusto Hamann Rademaker 
Grünewald; Aurélio Lyra Tavares; Márcio de Souza Mello – 31.08.1969 a 30.10.1969): 
assumiram a Chefia do Governo por força do Ato Institucional nº 12/69, durante o 
impedimento temporário do Presidente da República; 
18 
 
 
 Emílio Médici (30.10.1969 a 15.03.1974); 
 Ernesto Geisel (15.03.1974 a 15.03.1979); 
 João Figueiredo (15.03.1979 a 15.03.1985); 
 
Nova República (1985-hoje) 
 
Figura 9 
 
Fonte: Google 
 
A Nova República consiste no período que se seguiu ao governo militar 
caracterizado pela democratização política e pela estabilização econômica. 
Em 1984, o movimento Diretas Já mobilizou milhões de brasileiros que 
pediam eleições diretas para presidente. A Câmara dos Deputados, no entanto, não 
aprovou e o Colégio Eleitoral elegeu o deputado oposicionista Tancredo Neves, que 
concorria contra Paulo Maluf. 
Tancredo não chegou a tomar posse – falecendo vítima de infecção hospitalar. 
Assim, o vice José Sarney assumiu. No seu governo, foi promulgada a Constituição 
de 1988 – o documento que reinstituiu o Estado democrático e a república 
presidencialista. 
Em 1989, Fernando Collor de Mello venceu as primeiras eleições diretas para 
presidente realizadas desde 1960. Praticamente desconhecido no resto do país, sua 
19 
 
 
campanha foi baseada na promessa de combate à corrupção e da construção de uma 
imagem de líder jovem e dinâmico. Após dois anos de governo, o Congresso Nacional 
instaurou uma CPI cujas conclusões levam ao pedido de afastamento do presidente. 
Por fim, Collor renunciou ao cargo para evitar o impeachment. 
Após a renúncia, o vice-presidente Itamar Franco assumiu o cargo. Em sua 
administração, foi implantado o Plano Real. O projeto foi executado pela equipe do 
então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que se elegeu presidente 
em 1994 e foi reeleito em 1998. 
Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente da República, e 
reeleito em 2006. 
Em 2010, Dilma Rousseff foi eleita sucessora de Lula, e reeleita em 2014. 
Entretanto, em 2016, a primeira presidente mulher eleita sofreu um processo 
de impeachment e foi substituída por seu vice Michel Temer. 
Presidentes do Brasil neste período 
 Tancredo Neves: sua posse, marcada para o dia 15.02.1985, não chegou a 
realizar-se porque o Presidente eleito adoeceu gravemente na véspera, vindo a 
falecer no dia 21.04.1985; 
 José Sarney (15.03.1985 a 15.03.1990); 
 Fernando Collor (15.03.1990 a 02.10.1992); 
 Itamar Franco (29.12.1992 a 01.01.1995); 
 Fernando Henrique Cardoso (01.01.1995 a 01.01.2003); 
 Luiz Inácio Lula da Silva (01.01.2003 a 01.01.2011); 
 Dilma Rousseff (01.01.2011 a 31.08.2016): mandato da então Presidenta 
Dilma Rousseff foi interrompido em 31 de agosto de 2016. Assumiu em seu lugar o 
vice-presidente, Michel Temer; 
 Michel Elias Temer Lulia (31.08.2016-31.12.2018): por ocasião da interrupção 
do mandato da então presidenta Dilma Rousseff, em 31 de agosto de 2016,assume 
a Presidência do país. 
 Jair Messias Bolsonaro (01.01.2019-hoje) 
 
 
 
 
20 
 
 
5. GESTÃO PÚBLICA 
 
Figura 10 
 
Fonte: Google 
 
 
A Gestão Pública é responsável pelo desenvolvimento urbano e econômico 
de uma cidade. No entanto para que haja eficiência na gestão correspondente à 
administração de um município há que se estabelecer a organização na gestão, criar 
missões correspondentes ao desenvolvimento que se almeja alcançar para, enfim, 
realizar a gestão de forma eficiente e eficaz. 
Para Lima (2006), “gestão é a capacidade de fazer o que precisa ser feito”. Em 
uma gestão pública não se pode esquecer a capacidade de se atentar e permanecer 
no posicionamento da organização planejada, para que assim, a missão possa ser 
cumprida, que neste caso primordial é o desenvolvimento da cidade em benefício ao 
povo que nela reside. Lima ainda acredita que uma boa organização na gestão pública 
está relacionada à uma alta capacidade de gestão, que por sua vez, relaciona-se com 
a “melhor relação entre recurso, ação e resultado”. Neste sentido pode-se dizer que 
quanto maior for a demanda, isto é, a necessidade de um planejamento eficiente no 
município, maior deverá ser a capacidade do gestor público, principalmente se os 
recursos disponíveis forem escassos. 
Uma das palavras fundamentais para uma boa gestão pública é “excelência”. 
Através dela os processos de fundamentação da estrutura do município, a capacidade 
21 
 
 
de administração baseada em necessidade coletiva e o controle dos valores exigidos 
na gestão será indispensável para a ocorrência de resultados que beneficie tanto a 
estrutura física do município como sua base econômica e a qualidade de vida dirigida 
à população local. 
A proposta de uma gestão pública, segundo Lima (2006) se baseia na 
excelência de valores e de resultados. O ganho social é de extrema importância e 
alcança o topo em uma pirâmide de prioridade, pois “cria valor público para o cidadão” 
(LIMA, 2006 p 8). Segundo o próprio Lima (2006) “a gestão pública é focada em 
resultados e orientada para o cidadão”. A melhoria da qualidade ofertada pelos 
serviços público também é de responsabilidade da gestão pública que deve sempre 
estar elencada para uma “devida contribuição à competitividade do país” (LIMA, 2006 
p.8). 
Dentro da opinião estabelecida por Lima (2006) para uma excelente gestão 
pública em que engloba o desenvolvimento geral de uma cidade estão os 
fundamentos que são alcançados com a publicidade dos recursos aplicados às 
políticas públicas apresentadas; da moralidade e legalidade estabelecida diante da 
transparência realizada às benfeitorias à própria população e finalmente à excelência 
de toda a ação realizada que será devidamente direcionada aos cidadãos do 
município. 
A adoção de boas práticas relacionada à Gestão Pública constitui, também, um 
conjunto de mecanismos através dos quais investidores de outros setores, incluindo 
impostos pagos por cidadãos, protegem-se contra desvios de ativos por indivíduos 
que têm poder de influenciar ou tomar decisões em nome da cidade que é 
administrada. O fato é que todos nós desejamos um setor público eficiente, ágil e de 
qualidade. Para isso é preferido reconhecer os problemas da cidade e procurar 
resolvê-los através de uma boa preparação na administração desta mesma cidade. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
5.1. Conceitos Necessários ao Entendimento do Tema Administração 
Pública 
 
 
Figura 11 
 
Fonte: Google 
 
É relevante a definição de alguns conceitos para o entendimento do tema 
Administração Pública. A seguir, procura-se delimitar o espaço de compreensão 
acerca do objeto para que não haja distanciamento da questão proposta. Muitas são 
as definições para a palavra administração. O vocábulo abrange tanto a atividade 
superior de planejar, dirigir, comandar, como a atividade subordinada de executar. (Di 
Pietro, 2003, p.53). 
Pode-se conceituar administração comoo processo ou atividade dinâmica que 
consiste em tomar decisão sobre objetivos e recursos. O processo de administrar é 
inerente a qualquer situação que haja pessoas utilizando recursos para atingir algum 
tipo de objetivo. A finalidade última do processo de administrar é garantir a realização 
de objetivos por meio de aplicação do recurso. (Maximiano, 2000, p. 54) 
Ao se definir Administração Pública, necessita-se classificar a expressão dentro 
dos sentidos existentes, o objetivo e material e o subjetivo e formal. Em sentido 
amplo:A Administração Pública, subjetivamente considerada, compreende tanto os 
órgãos governamentais, supremos, constitucionais (Governo), aos quais incube traçar 
23 
 
 
os planos de ação, dirigir, comandar, como também os órgãos administrativos, 
subordinados, dependentes (Administração Pública, em sentido estrito), aos quais 
incube executar os planos governamentais; ainda em sentido amplo, porém 
objetivamente considerada, a Administração Pública compreende a função política, 
que traça as diretrizes governamentais e a função administrativa, que as executa. (Di 
Pietro, 2003, p.54). 
A definição para Administração Pública em sentido estrito compreende, sob 
aspecto subjetivo, apenas os órgãos administrativos, e sob o aspecto objetivo, apenas 
a função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no 
segundo, a função política. (Di Pietro, 2003, p.54) 
É necessário distinguir as funções do Estado. As funções são: legislativa, 
judiciária e executiva. Predominantemente, cada Poder exerce uma dessas funções. 
Precisa-se focar, entretanto, na função executiva que é, em última análise, a própria 
função administrativa do Estado. 
A Administração Pública, tomada a expressão em seu sentido subjetivo, ganha 
corpo e atuação através das entidades, órgãos e agentes que a compõem. 
Doutrinariamente, costuma-se dividi-la em: 
(i) administração direta e (ii) administração indireta. 
São entidades da administração direta a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios. Essas pessoas jurídicas são divididas em órgãos, que são parcelas 
de competência dentro das entidades, não sendo classificadas como pessoas 
jurídicas (exemplos: Ministérios, Secretarias, Departamentos). Já a administração 
indireta é composta por pessoas jurídicas que, apesar de não fazerem parte da 
estrutura das entidades da administração direta, a elas são vinculadas. Fazem parte 
da administração indireta as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas 
e as sociedades de economia mista. 
Toda essa estrutura tem por finalidade satisfazer as necessidades públicas. 
Harada (2008, p.5) define necessidade pública como: 
Aquela que é de interesse geral, satisfeita sob o regime de direito público, presidido 
pelo princípio da estrita legalidade, em contraposição aos interesses particulares ou 
coletivos, satisfeitos pelo regime de direito privado, informado pelo princípio da 
autonomia da vontade. 
Dentro das necessidades públicas básicas, está a prestação de serviços 
público. Celso Antonio Bandeira de Melo (2004, p.620) define: 
24 
 
 
Serviço público é toda a atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade 
material destinada à satisfação da coletividade em geral, mas fruível singularmente 
pelos administrados, que o Estado assume como pertinente a seus deveres e presta 
por si mesmo ou por quem lhe faça as vezes, sob regime de Direito Público ? portanto, 
consagrador de prerrogativas de supremacia e de restrições especiais ?, instituído em 
favor dos interesses definidos como públicos no sistema normativo. 
O Estado atua através da execução de políticas públicas. Segundo Maria Paula 
Dallari Bucci (2002, apud OLIVEIRA, 2005, p. 66) políticas públicas são: 
"Programas de ação governamental visando coordenar os meios à disposição do 
Estado e as atividades privadas, para a realização de objetivos socialmente relevantes 
e politicamente determinados.Políticas públicas são metas coletivas conscientes". 
 
5.2. A Evolução da Administração Pública no Brasil 
 
A história da Administração Pública no Brasil pode ser analisada levando-se 
em consideração três modelos de administração: modelo patrimonialista, modelo 
burocrático e modelo gerencial. 
Cada modelo de gestão é classificado de acordo com o momento vivenciado 
pela sociedade e conforme a administração dos bens públicos. 
A Administração Pública é o conjunto de entidades, órgãos e agentes que 
possuem atribuições para que se faça cumprir as atividades administrativas com a 
finalidade de satisfazer os interesses da coletividade. 
Diante disso, cada modelo de administração da Administração Pública 
Brasileira será analisado, com o objetivo de explorar as características marcantes de 
cada momento. 
Administração Patrimonialista 
No modelo de administração patrimonialista, que se manifestou desde o 
período colonial até meados da década de 1930, é possível verificar uma “confusão” 
patrimonial, não havendo distinção entre os bens públicos e os bens privados. 
O soberano (príncipe/monarca) se apropria da coisa pública como se fosse sua, 
para satisfazer interesses pessoais. 
Na administração patrimonialista, os bens públicos se confundiam com os bens 
privados. 
25 
 
 
Assim sendo, nessa fase da administração, o monarca se utilizava dos bens 
públicos, da forma que bem lhe interessava, em detrimento dos interesses da 
coletividade que era o verdadeiro titular do patrimônio público. 
O modelo patrimonialista é caracterizado pela ausência da observância de 
diversos princípios fundamentais para o funcionamento do aparato estatal na 
atualidade. 
A ideia da indisponibilidade do interesse público, da impessoalidade, finalidade 
pública e a responsabilidade de prestar contas à população, não foram preceitos 
considerados nessa fase da administração. 
Ao contrário, deu-se lugar à corrupção, ao nepotismo e a apropriação dos bens 
públicos para fins particulares. 
Segundo o Plano Diretor, 
no momento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o 
mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado. Neste novo momento 
histórico, a administração patrimonialista torna-se uma excrescência inaceitável. 
Apesar da superação do modelo patrimonialista de gestão estatal, ainda é 
possível observar a prática de alguns atos administrativos visivelmente 
inconstitucionais, como por exemplo a constante nomeação de parentes para cargos 
de confiança da Administração Pública (nepotismo). 
Figura 11 
 
Fonte: Google 
 
 
 
26 
 
 
Administração Burocrática 
 
Com o desenvolvimento do capitalismo e da democracia, o modelo de 
administração patrimonialista começou a se desgastar. O modelo burocrático 
começou a ser implementado no Brasil por volta de 1936, com a finalidade de 
organizar o trabalho estatal. 
O modelo burocrático surgiu com o objetivo de eliminar as práticas do modelo 
patrimonialista: corrupção e nepotismo. 
A burocracia foi uma forma de administração idealizada por Max Weber, que 
adicionou às práticas administrativas os conceitos de impessoalidade, formalismo e 
profissionalismo. 
 Impessoalidade: surgiu com a finalidade de se distinguir o bem público do bem 
particular, impedindo a interferência de interesses particulares nas decisões da 
Administração Pública. 
 Formalidade: surgiu com a finalidade de estabelecer normas e regras para a 
utilização e disposição dos recursos públicos. Regras para a utilização de recursos 
humanos, materiais e financeiros para alimentar o funcionamento da Administração. 
 Profissionalismo: surgiu com a finalidade de ocupar os cargos públicos com os 
agentes capacitados para as atribuições exigidas. O indivíduo passa a ocupar o cargo 
em decorrência de sua aptidão e meritocracia e não mais pela indicação de uma 
autoridade. 
Característica igualmente importante no modelo burocrático de administração, 
foi a implementação de uma hierarquia funcional, ou seja, a elaboração de uma forma 
de organização estatal em níveis estruturais de autoridade e subordinação. 
Com isso foi estabelecida a forma organizacional de departamentalização, 
onde os indivíduos eram agrupados em uma unidade de funcionamento da 
administração com vistas a facilitar a coordenação e o controle das atividades 
realizadas. 
O modelo burocrático objetivava a eliminação das práticas patrimonialistas. 
Trabalhos complexos foram divididos em atividades mais simples, permitindo o 
surgimento de funções especializadas para cada unidade de gestão. 
As atividades, no modelo burocrático, eram baseadas na desconfiança da 
possibilidade de retorno das práticas patrimonialistas e, por isso, havia muitas regras 
e procedimentos. 
27 
 
 
Assim, o controle dos atos da administração era exercido antes de sua 
execução. 
O foco da administração se dirigia ao processo, ou seja, na observância rígida 
das regras e dos procedimentos para a realização de determinado ato. 
 
Disfunções da Burocracia 
 
O foco do modelo burocrático se sustentava na ideia de se priorizar a 
observância das regras e procedimentos existentes. Diante disso, a Administração 
Pública acabou por deixar de lado o destinatário de suas ações que era o cidadão. 
O Estado não se preocupava com os resultados obtidos após a execução dos 
atos administrativos. Dessa forma, a burocracia começou a apresentar alguns efeitos 
negativos. 
 Excesso de formalidade e de regras a serem seguidas tornando as atividades 
lentas e caras; 
 Centralização das decisões e excesso de níveis organizacionais dificultando o 
contato direto com o cidadão; 
 Organizações resistentes à mudanças e despreocupadas em garantir a 
qualidade de vida da coletividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Administração Gerencial 
Figura 12 
 
Fonte: Google 
 
Em 1995 foi instituído o chamado Plano Diretor que teve por objetivo instituir 
algumas mudanças para implementar o modelo gerencial de administração. Tal 
reforma foi legalmente instituída com a Emenda Constitucional n˚19 de 1998. 
A administração gerencial surgiu para reafirmar os pilares do modelo 
burocrático: impessoalidade, formalidade e profissionalismo. 
Além disso, trouxe os ideais de eficiência e flexibilidade, e a importância da 
necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços públicos. 
O modelo gerencial trouxe os ideais de eficiência e flexibilidade para a 
administração pública. 
A Emenda Constitucional n˚19, adicionou o princípio da eficiência no rol dos 
princípios da Administração Pública, previstos no Art.37 da Constituição Federal. 
O controle dos atos da administração passou a ser realizados também a 
posteriori, ou seja, depois da execução dos atos administrativos. 
O foco de controle passou a ser direcionado aos resultados alcançados. 
Assim, a administração gerencial apresentou as seguintes características: 
 Aplicação de princípios utilizados na iniciativa privada às instituições públicas – 
governo empreendedor; 
 Possibilidade de participação do cidadão na elaboração de políticas públicas; 
 Ações públicas focadas nos clientes/usuários; 
 Accountability – responsabilidade dos agentes públicos perante a sociedade; 
 Descentralização – mais autonomia ao agente público e ao cidadão; 
29 
 
 
5.3. Administração Pública no Brasil dos Dias Atuais 
Figura 13 
 
Fonte: Google 
 
 A Emenda Constitucional n.º 19 promoveu diversas mudanças no sentido da 
modernização do aparelho estatal, entre as quais se destacam: 
 
I. limitação da remuneração dos servidores públicos, agentes políticos e empregados 
públicos das empresas e sociedades de economia mista que recebam recursos dos 
entes federativos, cujo teto passou a ser o subsídio percebido pelos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal; 
 
II. possibilidade de aumento da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dosórgãos e entidades da administração direta e indireta, mediante contrato, a ser firmado 
entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas 
de desempenho para o órgão ou entidade; 
 
III. fixação (por lei complementar) de um limite de gastos com pessoal, a ser observado 
por todos os entes federativos (Estados, Municípios, União e Distrito Federal); 
 
IV. previsão da criação das "Escolas de Governo" no âmbito da União, dos Estados e 
do Distrito Federal, com a promoção de cursos, cuja participação constitui um dos 
requisitos para promoção na carreira; 
 
V. previsão da instituição dos conselhos de política de administração e remuneração 
30 
 
 
de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes da União, 
Estados, Municípios e Distrito Federal; 
 
VI. previsão de lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a fim 
de disciplinar a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com 
despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no 
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e 
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço 
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. 
Aos poucos, algumas das diretrizes da EC 19 vão sendo implementadas, 
principalmente no âmbito do governo federal. O foco na qualificação dos agentes 
públicos, com a criação de várias escolas de governo, tem sido um dos destaques 
desse processo de modernização (veja-se, para tanto, o número de instituições 
participantes da Rede Nacional das Escolas de Governo, disponível em 
http://www2.enap.gov.br/rede_escolas/index.php?option=com_content&task=view&id
=14&Itemid=28) 
Outros sinais de modernização gerencial podem ser vistos na criação das 
agências reguladoras, que são autarquias especiais, com autonomia financeira e 
gerencial, destinadas a controlar as concessionárias de serviços públicos e com a 
criação das chamadas "parcerias público-privadas" pela Lei Federal 11.079/2004, 
destinadas a promover investimentos de grande vulto (acima de 20 milhões de reais) 
contratos de prestação de serviços de longo prazo (acima de 5 anos). 
Dentro do modelo gerencial, o atual governo vem implantando uma gestão 
norteada para o crescimento e empenhada com a diminuição da desigualdade social. 
Silva e Amaral (2007) destacam as seguintes ações da atual gestão federal: a 
inauguração de processos inclusivos de tomada de decisão, como ampliação dos 
espaços de discussão das políticas públicas junto à sociedade e o reconhecimento da 
necessidade de investimento no fortalecimento dos quadros públicos. Alguns 
programas como o Bolsa Família, que visam a atender um público específico, dando 
possibilidades de inclusão e participação na sociedade e retirando essas pessoas da 
situação de indigência; O PAC Programa de Aceleração do Crescimento, que 
busca promover o crescimento do país, com gestão integrada de medidas 
institucionais de investimento público e privado em infra-estrutura logística, 
energética, social e urbana. 
31 
 
 
Reconhece-se que ainda há uma grande defasagem de grande parte das 
entidades públicas no tocante à cultura organizacional. A União é o ente federativo 
que mais vem dando demonstrações de vontade no sentido de modernizar a gestão 
pública. Por outro lado, os Estados mais atrasados e a grande maioria dos Municípios 
brasileiros, carentes de recursos e de pessoal qualificado, encontram muitas 
dificuldades para implementar um modelo moderno de gestão. 
Motta (2007) nos informa que, hoje, o desafio maior da gestão pública é a 
eficiência eqüitativa, ou seja, garantir igualdade de acesso com eficiência no uso dos 
recursos públicos. Os próprios entes federativos, entretanto, têm capacidades de 
gestão diferentes, o que dificulta, em muito, a implementação dessa eficiência 
equitativa. 
 
5.4. Participação Popular na Gestão Administrativa do Estado 
 
Figura 14 
 
Fonte: Google 
 
Conforme a Constituição Federal de 1988, demonstra que a participação 
popular é um dos princípios que garante o fortalecimento da democracia no nosso 
país. Dessa forma, o cidadão auxilia na gestão pública, assumindo o papel de 
acompanhar o processo de construção, administração, cumprimento e avaliação das 
políticas públicas, este modelo de participação já vem sendo utilizado em vários 
estados brasileiros (BRASIL, 1998; MENEZES, 2005). Este têm sido a melhor 
caminho a ser percorrido pelos indivíduos que lutam pelo cumprimento dos seus 
direitos. 
32 
 
 
A partir desse embasamento, a participação dos cidadãos quando ocorre, 
acaba colaborando para fortalecer a transparência na gestão pública e nos serviços 
prestados enquanto eixos essenciais para cumprir constitucionalmente princípio de 
eficiência. 
Nesse sentido, a população não requer somente um serviço público digno que 
satisfaça suas necessidades, mais que o cidadão possa ter acesso às informações de 
forma clara, concisa e objetiva sobre os atos públicos, tendo a oportunidade de criticar, 
elogiar e dar sugestões. Por esse motivo, Modesto (2005) afirma que a administração 
pública vê o cidadão como ponto chave da legitimidade, isto é, ao ouvi-lo, assume a 
responsabilidade de garantir sua dignidade prevista em lei. 
Em relação a essa prerrogativa, o presente trabalho segue com o objetivo de 
destacar a importância da Participação Popular na Administração Pública como 
instrumento no fortalecimento da democracia, primando ainda as dificuldades que 
interferem nesse processo participativo. 
Para Rocha (2011) a participação do cidadão é vista como um modo de 
satisfazer as necessidades do ser humano, tanto de forma individual, grupal ou 
organizações representativas, atuando no meio legislativo (voto), administrativo ou 
judicial (fiscalizando, participando dos atos públicos, etc.). Assim, a participação 
popular é compreendida como uma medida praticada como um recurso para lutar 
pelos direitos dos cidadãos, principalmente os desfavorecidos (excluídos e os pobres). 
Sendo assim, torna-se possível constatar a contribuição da democracia 
participativa como elemento constitucional para colaborar na efetivação da 
participação do cidadão nas tomadas das decisões. Sendo que na realidade, mesmo 
a população indo as ruas, escolhendo seus representantes através do voto e tomando 
iniciativas para lutar pelos seus direitos, a sua participação na gestão pública passa a 
ser falseada e nula, devido a interferência dos setores reguladores que também possui 
parcela de participação na Administração Pública. (LOCK, 2004). Logo, é necessário 
que a democracia seja exercida de modo efetivo, legitimando a inclusão da população 
no controle social do Estado. (DIAS, SILVA e CALDAS, 2015). 
 
 
 
 
 
33 
 
 
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