Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO JOÃO DA SILVA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (RG), (CPF), (endereço), por sua advogada ao final assinada, conforme procuração anexa (doc. 01), vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 621, inciso III do Código de Processo Penal, requerer a REVISÃO CRIMINAL em face da condenação transitada em julgado, pelas razões que passa a expor. I. DOS FATOS João da Silva, Revisionado, foi condenado por sentença transitada em julgado, a cumprir 6 anos de reclusão em regime prisional fechado, como incurso nas sanções do art. 213, caput, do Código Penal, em razão de ter constrangido Maria Soares à conjunção carnal, mediante grave ameaça. Passado 1 ano do trânsito em julgado da sentença, e encontrando-se o Revisionado cumprindo pena, a vítima, Maria Soares, confidenciou à sua amiga Joana Gonçalves que, antes dos fatos, namorava João e que, com ele, havia mantido relações sexuais por sua própria vontade. Além disso, relatou que o acusou de crime porque João rompera definitivamente o namoro. Joana Gonçalves procurou imediatamente os familiares de João, informando- lhes os fatos que integram a justificação criminal já realizada. II. DO DIREITO Tendo em vista os fatos apresentados, é evidente a injustiça sofrida pelo Revisionado, eis que nunca cometeu o crime à ele imputado, crime de estupro, do art. 213 do Código Penal. Aliás, a relação sexual ocorrida foi de livre e espontânea vontade de Maria, não sendo possível a configuração de crime para ato que não ocorreu mediante violência, nem grave ameaça. Logo, em função da sentença já ter transitado em julgado, de acordo com o art. 621, III do Código de Processo Penal, a revisão do processo é cabível quando, mesmo após sentença, surgem novos fatos que corroboram para a inocência do condenado, como ocorrido no presente caso. A novação provatória que sustenta a inocência do Revisionado é a prova testemunhal de Joana, amiga que ouviu de Maria a confissão de que nunca houve crime, somente imputação caluniosa deste. Portanto, da inexistência do fato que ensejou a condenação, é de de extrema urgência a absolvição do condenado, nos termos dos arts. 386, I c/c art. 626, ambos do Código de Processo Penal. III. DOS PEDIDOS Por todo o exposto, postulando pelo apensamento dos autos do processo-crime nesta revisão, com fulcro no art. 626 do Código de Processo Penal, requer o deferimento do pedido revisional para absolver João da Silva, como medida de justiça. Além disso, requer seja expedido alvará de soltura em seu favor, bem como seja reconhecido seu direito à indenização, liquidada posteriormente, com fundamento no art. 630, §1º do Código de Processo Penal. Termos em que, Pede deferimento. (Local, data) Advogado – OAB/UF nº___
Compartilhar