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Conceito e Objetivo de Estudo da Administração ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Apresentação Fonte: https://goo.gl/v5Y1C2 Nesta aula, você verá como a Administração se fez necessária nos diversos períodos da humanidade, inicialmente utilizada de forma empírica, até ser tratada como uma ciência que revolucionou o mundo, gerando as grandes Organizações que existem hoje. Estudaremos o que originou nossas grandes Corporações, orientadas para o atingimento de seus objetivos (metas), com seus tipos e modelos que dominaram nossa sociedade e que hoje estão muito distantes daquelas do passado. Assim, você deverá compreender o contexto que gerou a necessidade de se estudar a administração, esclarecendo seu objetivo e definindo um conceito geral para o ato de administrar. ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Desafio "No mundo empresarial extremamente competitivo e dinâmico em que vivemos, com inovações tecnológicas surgindo a todo momento e mercados se transformando na mesma proporção, não é difícil encontrarmos pessoas comentando, ou as mídias divulgando, sobre empresas sucumbindo frente a suas dificuldades estruturais e financeiras. Frente a crises econômicas, as dificuldades se acumulam no mundo empresarial tornando, cada vez mais, um desafio fazer com que as empresas cheguem a resultados positivos. Aumento de gastos e diminuição do faturamento fazem com que os lucros sejam cada vez menores e, muitas vezes, nulos. Do lado do Estado, vemos a diminuição de benefícios e incentivos resultantes da baixa arrecadação resultante da crise, além da falta de eficiência gerada pela falta de recursos, também proveniente da crise. Nosso problema é a crise..." (Fonte: XXX) Por mais que o tempo passe, governos mudem, empresas abram e fechem, o discurso anterior é sempre atual. E a quem se atribui a responsabilidade sobre a "crise"? E a resposta sempre é: "má gestão". Pois, se a causa da "crise" é má gestão, por que isso não muda? Por que os gestores não estudam melhor os problemas e buscam soluções efetivas? Por que a história sempre se repete? Assim, convido você a mudar esse estado das coisas e fazer diferente! A gestão não é um segredo protegido, e todos temos acesso a entender como seria a melhor forma de gerir cada negócio, e o Estado. Todos temos acesso para conhecer as técnicas e práticas adotadas por aqueles empresários e gestores que se saíram bem da "crise", então, por que não adotarmos essas técnicas e práticas para desenvolver nossos próprios negócios, ou aqueles em que atuamos? Por que não nos dedicamos em entender como as Finanças, o Marketing, a Produção e os Recursos Humanos influenciam os resultados da Organização em que atuamos, seja ela qual for? Ou, seja ela nossa própria casa? E ainda, por que não lemos e estudamos os resultados das pesquisas das "Melhores Empresas", que revistas como Exame, Época e VOCÊ S/A fazem e divulgam anualmente? Só depende de nós mesmos a mudança dessa situação e cabe a nós decidirmos o nosso futuro e o das organizações em que atuamos. Assim, antes de iniciarmos nossos estudos sobre a Gestão de Negócios, vamos reler as histórias sobre a boa gestão para, assim, deixarmos as resistências naturais de que a "crise" é um desafio inatingível. ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Conteúdo Primórdios da Administração Você pode pensar que a Administração é um assunto recente, já que no passado não existiam empresas, mas somente os feudos. De fato, a Administração como ciência surgiu no início do século XX, mas as práticas administrativas sempre nortearam as transformações sociais, viabilizando migrações, a estruturação de cidades, a organização do Estado, as estratégias utilizadas nas guerras, e muitas outras experiências em que as técnicas administrativas surgiram. Baseados em Maximiano (2007), vamos fazer uma breve revisão dos acontecimentos e das práticas administrativas utilizadas. Há relatos que os sumérios, que viveram no ano 5.000 a.C. e são considerados como a civilização mais antiga da humanidade, já viviam no entorno das grandes cidades, as quais tinham sua arquitetura definida no entorno de seus templos. Para manter sua estrutura social concentrada nessas cidades, mantinham as terras cultivadas no entorno, alimentadas por seus próprios sistemas de irrigação. Assim, em 5.000 a.C. já existiam cidades e uma administração pública organizada!!!! Depois, no Egito Antigo, como a construção da Pirâmide de Queóps, que utilizou 2.300 blocos de pedra com 2 toneladas cada, poderia controlar as atividades de 100 mil homens que trabalharam durante 20 anos? Foi um empreendimento público elaborado com a aplicação das tecnologias mais rudimentares. Contudo, sua conclusão só foi possível devido à aplicação de técnicas de gestão pública. Ainda no Egito, Ptolomeu planejou e dimensionou um sistema econômico, surgindo as escrituras, a estruturação de escolas, a criação de juntas de conselhos, o detalhamento do trabalho e sua decomposição em tarefas. Por volta de 1.700 a.C., o Código de Hamurabi estabelecia 282 princípios que regiam a vida e a propriedade para todos os súditos da civilização babilônica, orientando políticas de salários, o controle das riquezas, a responsabilidade sobre os atos em sociedade e saúde coletiva. É admirável, não é? Seguindo adiante, na China antiga, no ano 500 a.C., a Constituição promulgada pelo Imperador Chow regulamentava as atividades de alguns setores do governo segundo as Regras de Administração Pública de Confúcio: 1. O Alimento; 2. O Mercado; 3. Os Ritos; 4. O Ministério do Emprego; 5. O Ministério da Educação; 6. A administração da Justiça; 7. A Recepção dos Hóspedes; e 8. O Exército. Foi quando surgiu a obra A Arte da Guerra, que foi escrita pelo general chinês Sun Tzu, composta por 13 capítulos envolvendo estratégias militares que até hoje são aplicadas no estudo das organizações. Temos ainda, em 350 a.C., na Grécia Antiga, o surgimento do método científico direcionando as relações de trabalho e tempo, por meio dos filósofos: No período bíblico, existem relatos de que Moisés, quando conduzia seu povo, atendia a todos que lhe quisessem falar e tomava sempre suas próprias decisões. Foi aí que o sacerdote Jetro o aconselhou que escolhesse dentre aqueles seus seguidores capazes, os que seriam os líderes do povo - os chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez - transferindo a eles a aplicação da justiça, e, assim, chegariam a Moisés somente os casos de maior importância. Sócrates considerava a Administração como uma habilidade pessoal independente do conhecimento técnico e da experiência. Platão analisou problemas decorrentes do desenvolvimento social e cultural do povo sobre a visão da República. Aristóteles fala da Organização do Estado, distinguindo Monarquia, Aristocracia e Democracia. Foi então que, já na história contemporânea, James Watt (1736-1819) inventou uma máquina movida a vapor, ou, um instrumento que produzia força motriz a partir do vapor d'água. Essa invenção, aplicada à produção de bens, modificou toda a estrutura social da época, provocando rápidas mudanças de ordem econômica, política e social. Foi a chamada Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra e conquistou o mundo em épocas distintas. Você deve ter ouvido falar muita coisa sobre a Revolução Industrial e sobre sua divisão em fases ou períodos, quando foram introduzidas novas invenções. Pois bem, considerando as inovações introduzidas e o resultado alcançado, inicialmente divide-se a Revolução Industrial em duas etapas: A Primeira Revolução Industrial (1780 a 1860) foi marcada pelo uso do carvão e do ferro, teve sua evolução dividida em quatro fases: 1ª fase: a mecanização da indústria e da agricultura, com a invenção do descaroçador de algodão, da máquina de fiar e do tear mecânico, que substituíram totalmenteo trabalho direto do homem na produção de tecidos. 2ª fase: a utilização da força da máquina a vapor na indústria, em que as máquinas passaram a implantar o componente (motor a vapor) que possibilitava que as pequenas oficinas se transformassem em fábricas, graças à capacidade das máquinas de manterem um ritmo de trabalho intenso e constante. 3ª fase: com a substituição das pequenas Você deve ter percebido que as mudanças foram profundas, com o artesão sendo substituído pelo operário, as oficinas evoluindo para as fábricas, e a vida no campo migrando para as cidades que surgiam ao redor dessas fábricas. Mas a Revolução Industrial não acabou! Temos agora a Segunda Revolução Industrial (1860 a 1914), que foi marcada pelo desenvolvimento do processo de fabricação do aço; o aperfeiçoamento do gerador de eletricidade e a invenção do motor de combustão interna, com todos esses avanços sendo determinantes para o surgimento da indústria automobilística de Henry Ford. oficinas por fábricas estruturadas e produtivas, onde o artesão dá lugar ao operário. Ocorre a intensa migração da população das áreas agrícolas para próximo das fábricas criadas. 4ª fase: os transportes e as comunicações tornam-se fator determinante para a sustentação da Organização social implantada. Assim, surge a navegação a vapor, a locomotiva a vapor, o telégrafo elétrico, o selo postal e, finalmente, o telefone. Você deve avaliar que todas essas transformações resultaram em fábricas com alta produtividade e uma população carente de consumir seus produtos, já que o artesanato já não era mais suficiente para atender todas as suas necessidades. A complexidade dessa nova estrutura produtiva gerou a necessidade de se garantir sua perenidade e os altos ganhos, assim, os obstáculos financeiros, legais, tecnológicos, comerciais e de segurança, precisavam ser vencidos para as fábricas crescerem ainda mais. Esses fatores foram determinantes para o desenvolvimento dos primeiros estudos das práticas administrativas, que tiveram início com o trabalho de Frederick Taylor (1856-1915) com o nome Os Princípios da Administração Científica (1911), no qual são difundidas as aplicações de diversos conceitos da Administração. Entenda que, até aqui, tratamos dos primórdios da administração, ou seja, das primeiras experiências que mostraram a necessidade de um maior aprofundamento científico, o qual teve início com Taylor. A cronologia de toda essa evolução está ilustrada no quadro 1, dando mais detalhes dos períodos, autores e os eventos que foram marcantes. Quadro 1 – Evolução Histórica da Administração. Anos Autores Eventos 4000 a.c. Egípcios Necessidade de planejar, organizar e controlar. Anos Autores Eventos 2600 a.c. Egípcios Descentralização na Organização. 2000 a.c. Egípcios Necessidade de ordens escritas. Uso de consultoria. 1800 a.c. Hamurabi (Babilônia) Uso do controle escrito e testemunhal, estabelecimento do salário mínimo. 1491 a.c. Hebreus Conceito de Organização; princípio escalar. 600 a.c. Nabucodonosor (Babilônia) Controle de produção e incentivos salariais. 500 a.c. Mencius (China) Necessidade de sistemas e padrões. 400 a.c. Sócrates (Grécia) Enunciado da universidade da Administração. Arranjo físico, manuseio de materiais. 400 a.c. Platão (Grécia) Princípio da especialização. 175 a.c. Cato (Roma) Descrição de funções. 284 Dioclécio (Roma) Delegação de autoridade. 1436 Arsenal de Veneza Contabilidade de custos; balanços contábeis, controle de inventários. 1525 Niccoló Machiavelli (Itália) Princípio do consenso na Organização; liderança; táticas políticas. Fonte: Baseado em Maximiano (2007) Anos Autores Eventos 1767 Sir James Stuart (Inglaterra) Teoria da fonte de autoridade; especialização. 1776 Adam Smith (Inglaterra) Princípio de especialização dos operários, conceito de controle. 1799 Eli Whitney (Estados Unidos) Método científico; contabilidade de custos e controle de qualidade. 1800 Mathew Boulton Padronização da produção, especializações, métodos de trabalho. 1810 Robert Owen Práticas de RH, treinamento para operários, casas para operários. 1832 Charles babbage Abordagem científica, divisão do trabalho, estudo do tempo. 1856 Daniel C. McCallum Organograma, administração em ferrovias. 1886 Henry Matcalfe Arte e Ciência da administração. 1900 Frederick W. Taylor Princípios da administração científica. Perceba que o ato de administrar teve suas origens nos tempos mais remotos, nos quais as pessoas precisavam seguir preceitos da Administração, mesmo que instintivamente, para atingir seus objetivos. Já a Administração como conhecemos hoje, surgiu como consequência da Revolução Industrial, em resposta ao crescimento acelerado e desorganizado das empresas e a necessidade de uma maior eficiência frente à concorrência e às exigências do mercado. Conclui-se, então, que o início do século XX foi marcado pelo início da Administração Científica, sendo o marco para todos os estudos específicos sobre o assunto, inclusive das Organizações que surgiram em decorrência do desenvolvimento acelerado. A Sociedade Organizacional O ser humano é social por essência e sempre teve sua vida organizada em grupos, desde a pré-história quando viviam como nômades e tinham um líder que era responsável pelo bando. Com o passar dos tempos, estes grupos sociais foram se desenvolvendo e ficando mais complexos, surgindo as primeiras sociedades organizadas. Na história, duas dessas sociedades perduram até hoje: a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares. A Igreja Católica como uma Organização formal e eficiente, mostra força e eficácia em atingir seus objetivos com suas técnicas organizacionais peculiares, influenciando o comportamento de seus seguidores. Já as Organizações Militares desenvolveram uma hierarquia de autoridade rígida, munida de princípios e práticas administrativas que moldaram as empresas que temos hoje. Com as transformações estudadas anteriormente, provocadas pela Revolução Industrial, surgem as grandes corporações empresariais, que moldam o estilo de vida das pessoas e da sociedade em que vivemos. Inicialmente, Frederick Taylor e Henry Ford, dois expoentes da época, buscavam a eficiência dos processos de produção e de suprimentos, sem se preocupar com a estrutura organizacional necessária para se administrar um conjunto de fábricas que vinham surgindo. Logo, o rápido crescimento das empresas e o aumento da concorrência obrigou o deslocamento das atenções para a estratégia e a estrutura organizacional. Pierre du Pont e Alfred Sloan foram referências na proposição de soluções que contribuíram para finalizar o modelo das grandes corporações, o que passa a dominar o cenário dos negócios a partir do século XX. Pois bem, as organizações fornecem meios para o atendimento das necessidades das pessoas, como serviços de saúde, de água e energia, a segurança pública, os controles sanitários das cidades, a alimentação, a diversão, a educação e praticamente tudo que necessitamos para atender às nossas necessidades. E você, consegue imaginar como seria a vida sem as Organizações? Para atender às nossas expectativas, as Organizações devem ser bem administradas, por pessoas capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir seus objetivos. Segundo Maximiano (2004), "uma Organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo, e tem dois componentes importantes: processos de transformação e divisão de trabalho" (figura 1). Figura 1 - Processo de Transformação de Recursos em Objetivos. Fonte: Baseado em Maximiano (2004) Encontramos as organizações em todos os lugares, com todos os tamanhos para fornecer todos os tipos de produtos e serviços, como por exemplo: a Universidade, o Governo nos diversos níveis, os serviços públicos de água e luz, o shopping center, a fábrica, o time de futebol, o restaurante, a biblioteca, a banca da feira ... e muitas outras. Você pode se admirar de nunca ter percebido o quanto estamos envolvidos com as Organizações! As organizaçõessão fornecedoras de uma combinação de produtos e serviços que atendem outras organizações ou a população. Por exemplo, a empresa montadora de veículos produz e comercializa os carros, mas também produz peças e componentes utilizados nos veículos, presta serviços de assistência técnica a seus clientes e dá treinamento ao pessoal de suas concessionárias, a qual vende o carro que você quer comprar. Já os Governos são responsáveis por atender a população em tudo ligado às áreas da saúde, educação, transportes, justiça e segurança, providenciando os recursos materiais e de mão de obra necessários. Perceba que as atividades do Governo desencadeiam uma infinidade de outras necessidades, atendidas por outras organizações, públicas ou particulares. Veja que as organizações mantêm uma relação de interdependência, criando relacionamentos de serviços ou participando dos processos produtivos, cada uma com sua incumbência, gerando, assim, vários segmentos onde atuam estas organizações. Esta segmentação das organizações pode acontecer por muitos critérios, sendo que, avaliando-se o setor da economia em que atuam, as organizações podem ser classificadas como: governo, empresas e terceiro setor. As Organizações Governamentais atendem os serviços públicos ao cidadão e administram o Estado, cuidando da arrecadação de impostos, da criação de leis, da defesa e segurança, da justiça, saúde e educação, entre outras. As organizações governamentais podem ser representadas pelos Ministérios e Secretarias, as autarquias (Ex.: universidades públicas), as fundações e as empresas estatais. As Organizações Empresariais são produtoras de todo tipo de bens e serviços que a população deseja, oferecendo estes produtos mediante a expectativa de se obter lucro, que corresponde à vantagem financeira obtida após a venda do produto e o pagamento de todas as suas despesas. Como você pôde entender, as empresas se baseiam no investimento de um capital para se obter um retorno maior, mediante a exploração de todo tipo de produto que seja requerido pelo mercado, ou seja, se há pessoas interessadas em pagar por algo, haverá um investidor disposto a atendê-las. Já as Organizações do Terceiro Setor atendem à utilidade pública, mas não são do governo, sendo também chamadas de Organizações Não Governamentais – ONG, e trabalham áreas como: educação, saúde, desenvolvimento, meio ambiente, ou até defendem os interesses de um grupo social específico. A característica que a distingue de uma empresa é o fato de não objetivar o lucro financeiro. Modelos de Organização As organizações alimentam certas características que as fazem semelhantes umas das outras, o que nos permite identificar modelos. Você deve perceber que todos os supermercados são parecidos entre si, assim como os bancos, as escolas, os shoppings. Enquanto os bancos são cheios de regras e normas para os usuários, clientes e funcionários, os shoppings são livres e informais, permitindo que as pessoas entrem e saiam sem nenhuma regra. Perceba que as organizações têm níveis diferentes de exigências e de formato de como tratam suas regras, o que as caracteriza entre dois polos: o Mecanicista e o Orgânico (figura 2). Figura 2 – Modelos Organizacionais Mecanicista e Orgânico. Fonte: Baseado em Maximiano (2007) No Modelo Mecanicista, as organizações procuram imitar o funcionamento automático das máquinas. Os bancos com seus regulamentos e suas estruturas altamente especializadas são exemplos. O Modelo Orgânico afasta-se desse conceito, e as organizações procuram imitar o comportamento dinâmico dos organismos vivos. Uma equipe esportiva durante um jogo e um centro acadêmico são exemplos. Obviamente, as organizações fundem esses dois conceitos em proporções diferentes para cada caso em particular. Segundo Maximiano (2007), a pesquisa de Mintzberg aponta que existem sete tipos de organizações e cada tipo é caracterizado por valorizar mais uma das áreas da Organização, isto é, nenhuma Organização despreza totalmente alguma das áreas administrativas, porém elege aquela que é a mais importante para suas operações. Vejamos quais os tipos identificados por Mintzberg: Organização empresarial: representa o tipo mais simples de Organização, que adota uma centralização na figura de um executivo principal (presidente, diretor, gerente) ou de um financiador ou empreendedor, todos esses focados na estratégica do negócio. Organização máquina: baseada em atividades repetitivas, tem a uniformidade e a padronização como determinantes das práticas administrativas. Não se baseia em uma única pessoa, mas em um grupo de especialistas e dirigentes que comanda as áreas de planejamento, finanças, T&D, pesquisa operacional ou projeto de produto. Organização profissional: apoia-se na gestão do conhecimento e é dominada por especialistas da área de Treinamento & Desenvolvimento mantidos em um Núcleo operacional. Organização diversificada: são as grandes corporações com várias unidades de negócios independentes, como resultado da subdivisão de uma Organização de máquina. Organização inovadora: são organizações que valorizam a pesquisa e a inovação constantes. Atuam em ambientes orgânicos e descentralizados, possuindo pequena estrutura formal. A cooperação sustenta sua estrutura e seus resultados superiores. Organização missionária: se baseia na influência sobre as pessoas por meio de crenças e de sua ideologia. Organização política: é caracterizada pela busca na solução de conflitos, sem um mecanismo de coordenação ou orientação geral. De acordo com Mintzberg, o conflito é positivo pois estimula a mudança e a inovação, sem, porém, comprometer o necessário funcionamento da Organização. Você deve entender que essa caracterização feita por Mintzberg não despreza que, uma Organização em particular, possa apresentar mais de uma configuração ao mesmo tempo, ou configurações diferentes em partes ou regiões diferentes. Concluindo esta aula, vimos que os objetivos que determinaram a utilização de práticas administrativas sempre tiveram ligação com as necessidades e os recursos dos grupos sociais, por isso ser qualificada como uma ciência social aplicada. Assim, pode-se dizer que a Administração tem o objetivo de mediar as relações sociais, de forma a torná-las melhor de alguma forma, satisfazendo os anseios dos participantes. Mas não há objetivos alcançados sem que haja ação. Assim, concluímos que os Objetivos determinados pela sociedade, alimentados pelos Recursos disponíveis, necessitarão das Decisões para termos alguma ação. Então, Administrar é: o ato de tomar decisões, utilizando os recursos disponíveis para se atingir um objetivo. Ou então: utilizar os recursos, tomando decisões para atingir um objetivo. Ou ainda: atingir um objetivo por meio das decisões sobre a utilização dos recursos. A figura 3 ilustra essa relação de interdependência entre as três variáveis: Figura 3 - Definição de Administração. Fonte: elaborada pelo autor Espero que tenha aproveitado bem esta aula e que estejam claras a evolução e a influência da administração na formação e manutenção das Organizações. Bom estudo! Para Refletir Fica evidente que a Administração, como técnica, já era utilizada bem antes de ser estudada como ciência e temos registros evidentes dos métodos aplicados. Você acha que hoje, todos os profissionais em cargos administrativos aplicam a ciência na gestão das organizações? Henry Ford foi o grande divulgador dos métodos administrativos como geradores de eficiência, desenvolvendo sua fábrica de carros de forma rápida e o tornando o personagem mais importante da história em sua época. Ford se baseava no modelo radicalmente mecanicista e teve todo o sucesso mencionado; você entende que o modelo mecanicista tem espaço para desenvolver as organizações modernas? ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Na Prática "Prezado(a) estudante, Esta seção é composta por atividades que objetivam consolidar a sua aprendizagem quantoaos conteúdos estudados e discutidos. Caso alguma dessas atividades seja avaliativa, seu (sua) professor (a) indicará no Plano de Ensino e lhe orientará quanto aos critérios e formas de apresentação e de envio." Bom Trabalho! Identifique ao menos três tipos de Organizações que conhece, avaliando qual o impacto da Revolução Industrial no seu desenvolvimento. Faça uma breve pesquisa e avalie o tamanho da indústria automobilística, criada por Ford, frente à produção total dos negócios a nível local, regional e mundial. Atividade 01 Atividade 02 O modelo organizacional "orgânico" parece ser o que mais responde às necessidades atuais da sociedade, em que as respostas esperadas são rápidas e a oferta de bens e serviços tem magnitude global. Identifique organizações que praticam esse modelo e avalie sua eficiência. Atividade 03 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Saiba Mais Para ampliar seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo a(s) sugestão(ões) do professor: Para saber mais sobre Sun Tzu, consulte o site eBiografia e leia sua biografia completa. Para entender um pouco mais sobre a Revolução Industrial, você deve assistir ao vídeo "A Revolução Industrial". Para saber mais sobre Alfred Sloan e seu trabalho na General Motors, consulte o site "Portal da Administração". Para conhecer mais sobre os modelos organizacionais, leia o artigo "Elementos da organização mecânica versus elementos da organização orgânica" Para conhecer mais sobre as ideias de Mintzberg, leia o artigo "A importância do entendimento das estruturas e modelos organizacionais para a estratégia das empresas" https://www.ebiografia.com/sun_tzu/ https://www.youtube.com/watch?v=DmvL6vy_6Qg https://www.portal-administracao.com/2014/03/alfred-sloan-e-administracao.html http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/elementos-da-organizacao-mecanica-versus-elementos-da-organizacao-organica/45365/ http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-importancia-do-entendimento-das-estruturas-e-modelos-organizacionais-para-a-estrategia-das-empresas/71363/ ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Referências ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003. ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César A. T. 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