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CTN atualizado em 27 de abril

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL - CTN
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: 18/12/19 - Súmula 626 STJ (art. 32); LC nº 187, de 16/12/21.
Última atualização jurisprudencial: 15/02/2022 - Info 541 (art. 170-A); Infos 643 e 648 (art. 135); Info 607/STF (art. 135); Info 1023 (art. 187, §único)
Última atualização questões de concurso: 27/04/2022.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no CTN).
· EM AMARELO e EM LARANJA: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJMG (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc.
LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.
	
	Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
        Art. 1º Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no artigo 5º, inciso XV, alínea b, da Constituição Federal as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar.
LIVRO PRIMEIRO
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
TÍTULO I
Disposições Gerais
        Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. (TJMG-2012) (MPPR-2012) (DPETO-2013) (DPERS-2014) (TRF4-2014)
	(TJAC-2019-VUNESP): A respeito da hierarquia das normas tributárias no ordenamento jurídico brasileiro, é correto afirmar, com base no CTN, que o CTN é formalmente lei ordinária, mas materialmente lei complementar, motivo pelo qual apenas pode ser alterado por lei complementar no que refere às normas gerais sobre tributação. BL: art. 146, III, CF/88 e art. 2º do CTN.
##Atenção: ##DPERS-2014: ##TRF4-2014: ##TJAC-2019: ##FCC: ##VUNESP: Com fundamento na teoria da recepção, segundo a qual as normas materialmente compatíveis com a nova Constituição seriam por esta recepcionadas, passando a ter o mesmo status da espécie legislativa exigida pela nova Carta para disciplinar a matéria. Desse modo, recepcionada uma lei ordinária que trata de uma matéria cuja disciplina o novo ordenamento atribui à lei complementar, a lei ordinária não deixa de ser ordinária, mas passa a ter status de lei complementar, somente podendo ser revogada ou alterada por esta espécie normativa. Por conta disso, é correto afirmar que as normas gerais em matéria tributária constante do CTN possuem, hoje, status de lei complementar, só podendo ser alteradas por lei complementar. Porém, é errado afirmar que o CTN é lei complementar. A maneira correta de se referir ao fenômeno ocorrido com o CTN é afirmar que foi editado como lei ordinária (Lei 5.172/66), tendo sido recepcionado com força de lei complementar pela Constituição Federal de 1967, e mantido tal status com o advento da Constituição Federal de 1988, uma vez que, tanto esta quanto aquela Magna Carta reservaram à lei complementar a veiculação das normas gerais em matéria tributária, a regulação das limitações ao poder de tributar e as disposições sobre conflitos de competência. Portanto, o CTN não foi recepcionado com força de lei complementar pela CF/1988, mas sim pela Constituição Federal de 1967, que criou no direito brasileiro a espécie normativa da lei complementar, isto é, a atual CF/1988 apenas manteve o status de lei complementar. (Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 14ª ed. 2020, p. 262/263).
(TJSC-2010): Dentre as afirmações abaixo, qual está de acordo com a teoria da recepção das normas gerais contidas no CTN: O Código Tributário Nacional continua sendo lei ordinária, mas com força de lei complementar. BL: art. 146, III, CF/88 e art. 2º do CTN.
(MPDFT-2009): Segundo a CF/1988 a edição de normas gerais em matéria de direito tributário depende de lei complementar, e mesmo tendo sido o Código Tributário Nacional editado como lei ordinária no ano de 1966, essa lei foi recepcionada pela CF/1988. BL: art. 146, III, CF/88 e art. 2º do CTN.
##Atenção: ###MPDFT-2009: ##DPERS-2014: ##TRF4-2014: ##FCC: De acordo com a jurisprudência, o CTN é lei ordinária recepcionada pelas Constituições de 1967 e 1988 com “status de lei complementar”. Isso significa dizer que as normas gerais em matéria de legislação tributária contidas no referido Código somente podem ser alteradas por lei complementar. Entretanto, segundo o entendimento do STF, se eventualmente a matéria contida no CTN, ou em qualquer lei complementar, não foi reservada pela Constituição para lei complementar, ela poderá ser alterada por lei ordinária.
        Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. (PGESE-2005) (AGU-2007) (MPF-2008) (TJPA-2009) (TRF4-2009) (MPPI-2012) (DPEAM-2013) (TRF1-2013) (TRF5-2013) (TRF2-2009/2014) (TJRR-2015) (Cartórios/TJSP-2018) (TJSP-2018) (MPPB-2018) 
	(Aud. Fiscal Trib. Estaduais/RO-2018-FGV): Os agentes públicos envolvidos na cobrança do tributo não podem agir motivados por pressupostos de conveniência e oportunidade, devendo cumprir o que determina a lei, pois a cobrança do tributo é atividade administrativa plenamente vinculada. BL: art. 3º, CTN.
##Atenção: Pela literalidade do art. 3º do CTN, o lançamento é atividade plenamente vinculada. Ocorrendo o fato jurídico-tributário, o agente público tem o dever de proceder ao lançamento, não havendo que se cogitar em discricionariedade, sequer excepcionalmente.
(TRF3-2018): Indique a afirmação correta: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, instituída em lei, que não constitua sanção por ato ilícito. BL: art. 3º, CTN.
(Cartórios/TJMG-2017-Consulplan): A partir da definição legal de tributo, considerando-se o art. 3º e outras disposições constantes do CTN, é correto afirmar: Tributo é pagável em dinheiro, mas também em bens imóveis, nos termos da lei. BL: art. 3º c/c art. 156, XI, CTN.
(TJPI-2012-CESPE): A atividade administrativa de cobrança de tributos dever ser plenamente vinculada, ou seja, não cabe à administração aplicar, na cobrança de tributos, critérios de conveniência e oportunidade. BL: arts. 3º e 142, § único do CTN.
(TJMG-2012-VUNESP): O poder de tributar é ato unilateral e vinculado, como decorrência constitucional da soberania estatal, e impõe ao destinatário do tributo que aceite a invasão em parcela de seu patrimônio. BL: art. 3º, CTN.
(TJMT-2009-VUNESP): Escapa ao conceito de tributo a ideia de penalidade.
##Atenção: ##TRF4-2009: ##TRF2-2009: ##CESPE: A multa não é tributo, pois, segundo o art. 3 do CTN, tributo não se constitui sanção de ato ilícito, característica precípua da multa.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: (TRF4-2010) (MPPR-2012) (MPSC-2012)
	(TJPI-2012-CESPE): A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação. BL: art. 4º do CTN.
        I - a denominação e demais características formaisadotadas pela lei; (MPPR-2012) (MPSC-2012) (DPEDF-2013)
	(TJAC-2019-VUNESP): Segundo o CTN, a natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei. BL: arts. 4º, I, CTN.
        II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. (TJDFT-2007) (TJGO-2012) (MPPR-2012) (MPSC-2012) (TJAC-2019)
	(Cartórios/TJRO-2017-IESES): Analise a sentença a seguir e assinale a opção correta considerando as disposições expressas do CTN: A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação. BL: art. 4º, II, CTN.
         Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. (TRF4-2010) (MPPR-2011/2012) (PGEGO-2013) (Cartórios/TJRO-2017) (TJPA-2019) (MPRS-2021)
	(Cartórios/TJRO-2017-IESES): Analise a sentença a seguir e assinale a opção correta considerando as disposições expressas do CTN: Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. BL: art. 5º CTN.
##Atenção: ##STF: ##TRF4-2010: ##MPPR-2011: ##PGEGO-2013: ##Cartórios/TJRO-2017: ##TJPA-2019: ##MPRS-2021: ##CESPE: ##IESES: O CTN, no seu art. 5.º, dispõe que os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria, claramente adotando a teoria da tripartição das espécies tributárias. Alguns doutrinadores entendem que a CF/88 segue a mesma teoria, ao estabelecer, no seu art. 145, que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Na realidade, tal dispositivo não se restringe a tais espécies tributárias, mas apenas agrupa aquelas cuja competência para criação é atribuída simultaneamente aos três entes políticos. Trata-se de norma atributiva de competência e não de norma que objetive listar exaustivamente as espécies de tributo existentes no ordenamento jurídico brasileiro. O STF tem adotado a teoria da pentapartição, incluindo entre as espécies de tributos os empréstimos compulsórios e contribuições especiais. Nesse contexto, deve-se ter muito cuidado com o enunciado da questão: se afirmar “segundo o CTN”, deve-se adotar a teoria da tripartição. Por outro lado, se cobrar o entendimento do STF, adota-se a teoria da pentapartição.
TÍTULO II
Competência Tributária
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
        Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. (DPEPA-2009) (DPETO-2013) (MPGO-2014) (MPDFT-2015) (TJSP-2021) (MPSC-2021)
	(TJRJ-2016-VUNESP): É correto afirmar que a competência tributária está inserida no âmbito da competência legislativa plena. BL: art. 6º, CTN.
        Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. (TJPE-2015) (MPDFT-2015) (TJSP-2021) (MPSC-2021)
	(TRF5-2011-CESPE): Considerando a competência tributária e as limitações do poder de tributar, assinale a opção correta: De acordo com o que dispõe o CTN, os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. BL: art. 6º, § único, CTN.
##Atenção: Assim, mesmo que a receita do tributo seja distribuída, a competência do tributo permanece com o ente escolhido pela CF, porque ela é indelegável.
        Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. [obs.: §3º do art. 18 refere-se à CF/1946.] (MPRR-2008) (DPEPA-2009) (TRF2-2011) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (TJBA-2012) (MPPR-2012) (MPRR-2012) (TRF3-2013) (TJGO-2015) (MPDFT-2015) (TJAM-2016) (MPGO-2014/2019) (TJSP-2018/2021) (MPSC-2021)
	(TRF2-2013-CESPE): Pode ser objeto de delegação a capacidade tributária ativa. BL: art. 7º, CTN.
##Atenção: ##TJPR-2008: ##DPEPA-2009: ##FCC: ##TJSP-2018: ##VUNESP: ##MPGO-2019: A competência para fiscalização e arrecadação de tributos é chamada de capacidade tributária, e ela, ao contrário da competência tributária, é delegável, nos termos do art. 7º do CTN, que ainda é vigente. Portanto, conclui-se que a competência tributária é indelegável (até mesmo por lei), intransferível e irrenunciável; a capacidade ativa, por sua vez, há apenas a transferência da atividade de arrecadar e fiscalizar tributos.
	(TJPR-2008): Diferentemente da capacidade tributária ativa, que é passível de delegação, a competência tributária é absolutamente indelegável. BL: art. 7º, CTN.
(TRF2-2009-CESPE): Assinale a opção correta acerca da competência tributária: A competência para instituir tributo é distinta da competência para efetuar sua fiscalização e cobrança; pode, por isso, ser delegada a condição de sujeito ativo da obrigação tributária e, consequentemente, a competência para lançar, fiscalizar e exigir o pagamento do tributo. BL: art. 7º, CTN. 
        § 1º A atribuição [obs.: de funções] compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. (MPRR-2008) (TRF2-2011) (TRF5-2011)
        § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.
        § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. (TRF2-2011) (MPPR-2012) (TJPE-2015) (Anal. Judic./TRF5-2017)
        Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. (TJPR-2008) (DPEPA-2009) (TRF2-2011) (MPRR-2012) (TJGO-2015) (MPDFT-2015)
	(MPSC-2010): Quando uma pessoa política deixa de exercitar sua competência tributária, outra pessoa jurídica de direito público não pode fazê-lo suprindo a lacuna. BL: art. 8º, CTN.
CAPÍTULO II
Limitações da Competência Tributária
SEÇÃO I
Disposições Gerais
        Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
        I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos artigos 21, 26 e 65;
        II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda;
        III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais;
        IV - cobrar imposto sobre: 
        a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros;
        b) templos de qualquer culto;
       c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 104, de 2001) (TJPR-2014) (MPMG-2018) (TJPA-2019) (TJRO-2019)
        d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros.
        § 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.
        § 2º O disposto na alínea a do inciso IV aplica-se, exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de direito público a que se refere este artigo, e inerentes aos seus objetivos.
        Art. 10.É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município. (MPSC-2012)
        Art. 11. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino. 
	(TJDFT-2016-CESPE): O estabelecimento de diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou de seu destino, é proibido aos estados, ao DF e aos municípios. BL: art. 11, CTN e art. 152, CF/88.
SEÇÃO II
Disposições Especiais
        Art. 12. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º, observado o disposto nos seus §§ 1º e 2º, é extensivo às autarquias criadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, tão-somente no que se refere ao patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais, ou delas decorrentes.
        Art. 13. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º não se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo tratamento tributário é estabelecido pelo poder concedente, no que se refere aos tributos de sua competência, ressalvado o que dispõe o parágrafo único.
        Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista o interesse comum, a União pode instituir isenção de tributos federais, estaduais e municipais para os serviços públicos que conceder, observado o disposto no § 1º do artigo 9º.
        Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: (PGEPB-2008) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (TJRO-2019)
	Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
IV - cobrar imposto sobre: (...)
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 104, de 2001) (...)
        I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (TJRO-2019)
        II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (TJRO-2019)
        III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. (MPAC-2014) (TJRO-2019)
        § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. (MPAC-2014)
	Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
§ 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.
	(TJRO-2019-VUNESP): Instituição de ensino superior, sem fins lucrativos, deixa de recolher os impostos sobre a renda, sobre o patrimônio e sobre os serviços prestados, sob o entendimento de ser imune à essa tributação, nos termos da Constituição Federal. A referida instituição mantém escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão e aplica integralmente, no País, os seus resultados positivos na manutenção dos seus objetivos institucionais. Em auditoria realizada na escrituração fiscal da instituição, o Fisco Municipal observou o pagamento de valores a empresas controladas pelos administradores dessa instituição, a título de despesas de aluguel de prédios comerciais ocupados com a sede administrativa da instituição e com salas de aulas. O auditor fiscal responsável pela auditoria considerou inusual o fato de o valor do aluguel pago por metro quadrado estar muito acima da média para a região e também o fato de a instituição ser locatária desses imóveis apesar de ser proprietária de outros imóveis na mesma região alugados a terceiros. Considerando essa situação hipotética e a legislação nacional, é correto afirmar que caso o Fisco constate que o pagamento do aluguel em valor muito superior ao preço de mercado foi utilizado para a distribuição disfarçada de lucros, poderá considerar como descumprido um dos requisitos necessários ao gozo da imunidade tributária. BL: art. 14, caput e §1º, CTN.
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TJSP-2017: ##VUNESP: ##MPPR-2017: A título de esclarecimento, cumpre ressaltar que o STF firmou o entendimento de que a imunidade das instituições de educação e de assistência social depende de regulamentação por lei complementar. Portanto, a lei complementar é a forma exigível para a definição do modo beneficente de atuação das entidades de assistência social contempladas pelo art. 195, § 7º, parte final da CF, especialmente no que se refere à instituição de contrapartidas a serem por elas observadas. STF. Plenário. RE 566622/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 23/2/17 (repercussão geral – Tema 32) (Info 855). STF. Plenário. RE 566622 ED/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, j. 18/12/19 (Info 964). Por conta disso, questiona-se: Existe alguma lei que preveja os requisitos que deverão ser atendidos pela entidade para gozar da imunidade de que trata o § 7º do art. 195 da CF/88? SIM. Os requisitos legais exigidos na parte final do § 7º do art. 195 da CF, enquanto não editada nova lei complementar sobre a matéria, são somente aqueles previstos no art. 14 do CTN. Assim, para gozarem da imunidade, as entidades devem obedecer às condições previstas no art. 14 do CTN. Com base nisso, constata-se que, na situação narrada na questão, os negócios jurídicos foram praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador. Na verdade, não se trata de pagamento de aluguéis, mas de distribuição de lucro disfarçada. Desse modo, ocorrerá a suspensão do benefício, nos termos do §1º do art. 14, CTN, tendo em vista a violação ao inciso I do caput do mesmo dispositivo. Logo, pelo fato de entidade educacional possuir tal imunidade, deveria distribuir o lucro na própria entidade.
        § 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.
        Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
        I - guerra externa, ou sua iminência;
        II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis;
        III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. [Obs.: hipótese não recepcionada pela CF/88].
	(TJPA-2008-FGV): A conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo não pode ensejar a cobrança de empréstimo compulsório pela União, tendo em vista que esse dispositivo do CTN não foi recepcionado pela Constituição Federal. BL: art. 15, III, CTN.
##Atenção: ##TJPA-2019: ##CESPE: Em que pese o art. 15, III do CTN traga a possibilidade de se instituir empréstimos compulsórios em razão de conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo, tal inciso não foi recepcionado pela CF/88, a qual que tratou apenas das duas hipóteses acima, nos incisos I e II do art. 148 da Lei fundamental[footnoteRef:1]. A doutrina tributarista afirma o art. 15 do CTN foi derrogado pela CF/88, ficando mantidos os pressupostos fáticos elencados nos dois primeiros incisos do artigo. Entretanto, em relação ao inciso III do art. 15, não houve previsão da situação no texto constitucional. Desse modo, o inciso III deve ser estudado sob seu ponto de vista histórico, visto queseu comando visava municiar o Estado de importe suficiente para combater a inflação, infertilizando o poder aquisitivo da população. [1: Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.] 
        Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.
TÍTULO III
Impostos
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
        Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. (TRF2-2011) (TJGO-2012) (TJRS-2012) (TRF3-2011/2016) (TJMT-2018)
	(MPMG-2018): Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. BL: art. 16, CTN.
(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): Julgue o item que se segue, a respeito das disposições do CTN: O imposto se distingue das demais espécies de tributos porque tem como fato gerador uma situação que independe de atividades estatais específicas. BL: art. 16, CTN.
##Atenção: Os impostos são tributos não vinculados por excelência, por estarem relacionados com uma manifestação de riqueza do contribuinte. O art. 16 do CTN é claro, ao dizer que “o imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” Em poucas palavras, cabe ao contribuinte apenas pagar! Podemos dizer, em outros termos, que o pagamento de impostos não exige uma contraprestação por parte do Estado. Os impostos são também denominados tributos não contraprestacionais e contributivos, por não exigirem uma retribuição por parte do Estado. (Fonte: Fábio Dutra - Estratégia Concursos). 
(PGEAC-2017-FMP): Analise as assertivas, regras para instituição de impostos, e marque a CORRETA: O fato gerador da obrigação deve configurar uma situação que independa de uma atividade estatal específica relativa ao contribuinte. BL: art. 16, CTN.
(PGEGO-2013): Considerando as determinações legais vigentes, acerca dos tributos, está correta a seguinte proposição: Os impostos são tributos não vinculados, cujo fato gerador consiste numa situação independente de qualquer atividade estatal específica em relação ao contribuinte. BL: art. 16, CTN.
        Art. 17. Os impostos componentes do sistema tributário nacional são exclusivamente os que constam deste Título, com as competências e limitações nele previstas.
        Art. 18. Compete:
        I - à União, instituir, nos Territórios Federais, os impostos atribuídos aos Estados e, se aqueles não forem divididos em Municípios, cumulativamente, os atribuídos a estes; (Analista Jud./TRERJ-2017)
        II - ao Distrito Federal e aos Estados não divididos em Municípios, instituir, cumulativamente, os impostos atribuídos aos Estados e aos Municípios. (Analista Jud./TRERJ-2017)
CAPÍTULO II
Impostos sobre o Comércio Exterior
SEÇÃO I
Impostos sobre a Importação
        Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. (MPPI-2012) (TRF5-2013)
	(Anal. Portuário/EMAP-2018-CESPE): Para a ocorrência do fato gerador do imposto sobre a importação de produtos estrangeiros, é necessário que o bem seja incorporado à economia interna. BL: art. 19, CTN.
##Atenção: "Embora não esteja explícito no artigo citado, prevalece na doutrina e na jurisprudência o entendimento de que o simples ingresso físico do produto estrangeiro no território nacional não é suficiente para configurar o fato gerador do tributo, sendo necessária a incorporação do bem à economia interna. Ou seja, exige-se, como regra, que a entrada, além de física, seja também econômica, voltada à industrialização, comércio, uso ou consumo do produto no território nacional." (Fonte: Ricardo Alexandre, 2017. p. 641).
(TRF1-2009-CESPE): João firmou, com empresa sediada no exterior, contrato de compra de mercadorias importadas, para serem entregues em um mês, mediante pagamento em doze parcelas mensais, a partir da assinatura do contrato. O fisco, antes de trinta dias, realizou auditoria na empresa de João, tomando como base o contrato para considerar ocorrido o fato gerador de obrigação tributária. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta: O fato não poderia ter servido como base para o fisco, uma vez que não surgiu a obrigação tributária pela importação ainda inexistente da mercadoria. BL: art. 19, CTN.
##Atenção: A justificativa da questão é simplesmente que o fato gerador do imposto de importação só ocorre com a entrada da mercadoria no país. Antes disso, o Fisco não pode cobrar nada de João. O negócio está feito e é eficaz, gera todos os seus efeitos perante os contratantes, mas não ocorreu o fato gerador tributário. Celebrar contrato de compra e venda de mercadorias importadas não é fato gerador (hipótese de incidência) de nenhum tributo. A entrada das mercadorias é uma condição, sim, para a ocorrência do fato gerador, mas no sentido de ser um requisito, um pressuposto. No entanto, não se trata de um negócio jurídico condicional, de uma condição no sentido a que se refere o art. 117 do CTN.
        Art. 20. A base de cálculo do imposto é:
        I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
        II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;
	(TRF4-2014): Considerando o disposto no CTN, assinale a alternativa correta: A base de cálculo do imposto sobre a importação, quando a alíquota seja ad valorem, é o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou no lugar de entrada do produto no país. BL: art. 20, II, CTN.
        III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação. (TRF5-2009) (TJPI-2012)
        Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
	##Atenção: ##DPESP-2019: ##FCC: O art. 21 do CTN prevê que a base de cálculo também pode ser alterada pelo Poder Executivo. Contudo, como a Constituição limitou-se a falar em alíquotas, o correto é entender, sem dúvidas, que o referido art. 21 do CTN não foi recepcionado pela Constituição no tocante à base de cálculo. Portanto, apenas a possibilidade de alteração das alíquotas foi recepcionada.
        Art. 22. Contribuinte do imposto é:
        I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; (MPPR-2012)
        II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados. (MPPR-2012)
	(TJPI-2012-CESPE): Assinale a opção correta com relação aos impostos em geral: O arrematante de produtos importados apreendidos ou abandonados é contribuinte do imposto sobre a importação. BL: art. 22, II, CTN.
SEÇÃO II
Imposto sobre a Exportação
        Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional. (MPPI-2012)
        Art. 24. A base de cálculo do imposto é:
        I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
        II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normalque o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. (TRF5-2011)
        Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento.
        Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela estabelecidos.
        Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. (TJPI-2012)
        Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.
        Art. 28. A receita líquida do imposto destina-se à formação de reservas monetárias, na forma da lei. (TJPI-2012)
CAPÍTULO III
Impostos sobre o Patrimônio e a Renda
SEÇÃO I
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
        Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município. (DPEMA-2009) (TJPI-2012) (MPPI-2012) (TRF2-2014) (DPU-2015) (MPRR-2017)
        Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário. (TJPB-2011)
        Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. (MPRR-2017)
SEÇÃO II
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
        Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. (AGU-2007) (TRF5-2011) (TJRJ-2012) (DPERO-2012) (DPERS-2014) (TJAM-2016) (MPRR-2017) (TJRO-2019)
        § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: (TJRJ-2011) (MPPR-2012) (DPERO-2012) (TJRO-2019)
	(TJSP-2013-VUNESP): Assinale o veículo introdutor habilitado para delimitar a zona urbana, com a finalidade de incidência do IPTU: Lei Municipal. BL: art. 32, §1º, CTN.
        I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; (TJRJ-2011) (MPPR-2012) (TJPA-2014)
        II - abastecimento de água; (TJRJ-2011) (MPPR-2012) (TJPA-2014)
        III - sistema de esgotos sanitários; (TJRJ-2011) (MPPR-2012) (TJPA-2014)
        IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; (TJRJ-2011) (MPPR-2012) (TJPA-2014)
        V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. (TJRJ-2011) (MPPR-2012) (TJPA-2014)
	##Atenção: ##STJ: ##MPRR-2017: ##CESPE: O critério da localização do imóvel é insuficiente para que se decida sobre a incidência do IPTU ou ITR, sendo necessário observar-se o critério da destinação econômica, conforme já decidiu a Egrégia 2ª Turma, com base em posicionamento do STF sobre a vigência do DL nº 57/66 (AgRg no Ag 498.512/RS, 2ª T, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, DJ de 16.5.2005). Não tendo o agravante comprovado perante as instâncias ordinárias que o seu imóvel é destinado economicamente à atividade rural, deve incidir sobre ele o Imposto Predial e Territorial Urbano. STJ. 1ª T., AgRg no REsp 679.173/SC, Rel. Min. Denise Arruda, j. 11/09/07.
        § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. (DPERO-2012) (TJRO-2019)
	Súmula 626-STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN.
        
	##Atenção: ##Rec. Repetitivo/STJ – Tem 174: ##TJRJ-2012: ##VUNESP: ##MPRR-2017: ##CESPE: Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/66). STJ. 1ª S., REsp 1112646/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 26/8/09.
	(MPRR-2017-CESPE): Um imóvel localizado na área urbana de determinado município é utilizado por seu proprietário comprovadamente para o exercício exclusivo de atividades agrícola e pecuária. Nessa situação hipotética, é cabível apenas a cobrança do ITR, por expressa previsão legal, uma vez que o imóvel é utilizado em exploração agrícola e pecuária. BL: art. 15, DL 57/66 c/ art. 32, §§1º e 2º, CTN e Entend. Jurisprud.
(TJRJ-2012-VUNESP): Minoro Toyota é proprietário de um imóvel cujo uso exclusivo é destinado ao plantio de legumes e verduras que, posteriormente, comercializa nas feiras livres da região. O imóvel em questão encontra­se localizado na zona urbana de determinado município, sendo certo que é servido por abastecimento de água, sistema de esgotos sanitários, rede de iluminação pública, além de outros melhoramentos implementados e mantidos pelo Poder Público local. Nessas condições, segundo entendimento do STJ, é correto afirmar que Minoro é sujeito passivo do ITR (Imposto Territorial Rural) em razão da destinação dada ao imóvel. BL: art. 15, DL 57/66[footnoteRef:2] c/ art. 32, §§1º e 2º, CTN e Entend. Jurisprud. [2: Art 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo assim, sôbre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados. (Revogação suspensa pela RSF nº 9, de 2005) ] 
##Atenção: ##DOD: ##MPRR-2017: ##CESPE: IPTU x ITR: O IPTU incide sobre imóveis urbanos. O ITR recai sobre imóveis rurais. Assim, em regra, o ITR incide apenas sobre imóveis rurais. Se o imóvel for urbano, o imposto devido é o IPTU. O conceito de imóvel rural é dado por exclusão. O CTN, em seu art. 32, §§ 1º e 2º, explica em que consiste o imóvel urbano para fins de incidência do IPTU. Se o imóvel não se enquadrar em tais critérios, será considerado rural.
Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. (TJAC-2012) (DPESP-2015)
        Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
        Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. (Cartórios/TJSE-2006) (DPU-2010) (TJPA-2012) (DPEDF-2013) (DPERS-2014) (TJRS-2018) (TJRO-2019)
	Súmula 614-STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos.
SEÇÃO III
Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos
        Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador:
        I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; (PGEPI-2008) (PGESP-2009) (DPERO-2017)
        II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, excetoos direitos reais de garantia; (PGEPI-2008)
        III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. (PGEPI-2008)
        Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. (PGEPB-2008) (TJAL-2019)
        Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior:
        I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito;
        II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra.
        Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos.
        Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
        § 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos subseqüentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo.
        § 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição.
        § 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data.
        § 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
        Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. (PGEPI-2008) (DPESP-2015) (DPERO-2017)
	##Atenção: ##STJ: ##DPESP-2015: ##FCC: Esta Corte firmou o entendimento de que a forma de apuração da base de cálculo e a modalidade de lançamento do IPTU e do ITBI são diversas, razão que justifica a não vinculação dos valores desses impostos. (REsp 1.202.007/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon, 2ª T, DJe 15/5/13). STJ. 2ª T., AgRg no AREsp 610.215/SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 17/03/15.
	##Comentários sobre o julgado acima: Apesar de a definição legal estabelecer a mesma base de cálculo para o IPTU e para o ITBI – o valor venal do imóvel (arts. 33 c/c 38 do CTN), no caso do IPTU, o valor venal é um valor genérico que constará na planta genérica de valores a ser divulgada obrigatoriamente pelos Municípios no diário oficial, enquanto que no caso do ITBI será o valor venal que constar da transação efetivamente realizada (valor venal real do bem) na escritura quando do registro no cartório de imóveis.
        Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução do Senado Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à política nacional de habitação.     (Vide Ato Complementar nº 27, de 1966)
        Art. 40. O montante do imposto é dedutível do devido à União, a título do imposto de que trata o artigo 43, sobre o provento decorrente da mesma transmissão.
        Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no estrangeiro. (TJTO-2007) (TJSC-2013) (TJRJ-2013) (TJCE-2014) (TJPA-2014) (TJRR-2015)
        Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. (PGEPI-2008) (MPBA-2018)
SEÇÃO IV
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza
        Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: (MPPI-2012) (TRF3-2018) (TJRO-2019)
        I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; (MPPI-2012) (TRF3-2018)
        II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. (MPPI-2012) (TRF3-2018)
        § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) (TRF1-2013)
        § 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
        Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. (MPPR-2012) (TRF4-2016)
	(TRF4-2014): Considerando o disposto no CTN, assinale a alternativa correta: A base de cálculo do imposto sobre a renda e os proventos de qualquer natureza é o montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. BL: art. 44, CTN.
        Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
	(TRF5-2011-CESPE): Com relação aos impostos federais, assinale a opção correta: Considera-se contribuinte do imposto de renda o titular de disponibilidade econômica ou jurídica, podendo a lei atribuir essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. BL: art. 43 e art. 45, CTN.
        Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
CAPÍTULO IV
Impostos sobre a Produção e a Circulação
SEÇÃO I
Imposto sobre Produtos Industrializados
        Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador:
        I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
        II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;
        III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. (TRF5-2009) (TJPI-2012)
        Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
        Art. 47. A base de cálculo do imposto é:
        I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante:
        a) do imposto sobre a importação;
        b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;
        c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;
        II - no caso do inciso II do artigo anterior:
        a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;
        b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;
        III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação. (TJPI-2012)
        Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos.
        Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.
        Parágrafo único. O saldo verificado, em determinadoperíodo, em favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodos seguintes.
        Art. 50. Os produtos sujeitos ao imposto, quando remetidos de um para outro Estado, ou do ou para o Distrito Federal, serão acompanhados de nota fiscal de modelo especial, emitida em séries próprias e contendo, além dos elementos necessários ao controle fiscal, os dados indispensáveis à elaboração da estatística do comércio por cabotagem e demais vias internas.
        Art. 51. Contribuinte do imposto é:
        I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
        II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
        III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;
        IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
        Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante.
SEÇÃO II
Imposto Estadual sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias
        Arts. 52 a 58 . (Revogados pelo Decreto-lei nº 406, de 1968
SEÇÃO III
Imposto Municipal sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias
        Arts. 59 a 62 (Revogados pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)
SEÇÃO IV
Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários
        Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
        I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
        II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
        III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
        IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
        Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito.
        Art. 64. A base de cálculo do imposto é:
        I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros;
        II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; (PFN-2003)
        III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
        IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:
        a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
	(TRF4-2014): Considerando o disposto no CTN, assinale a alternativa correta: A base de cálculo do imposto incidente sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários, é, quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver. BL: art. 64, IV, “a”, CTN.
        b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei;
        c) no pagamento ou resgate, o preço.
        Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política monetária. (TRF3-2016)
        Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
        Art. 67. A receita líquida do imposto destina-se a formação de reservas monetárias, na forma da lei.
SEÇÃO V
Imposto sobre Serviços de Transportes e Comunicações
        Art. 68. O imposto, de competência da União, sobre serviços de transportes e comunicações tem como fato gerador:
        I - a prestação do serviço de transporte, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores, salvo quando o trajeto se contenha inteiramente no território de um mesmo Município;
        II - a prestação do serviço de comunicações, assim se entendendo a transmissão e o recebimento, por qualquer processo, de mensagens escritas, faladas ou visuais, salvo quando os pontos de transmissão e de recebimento se situem no território de um mesmo Município e a mensagem em curso não possa ser captada fora desse território.
        Art. 69. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
        Art. 70. Contribuinte do imposto é o prestador do serviço.
 SEÇÃO VI
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
       Arts. 71 a 73  (Revogados pelo Decreto-lei nº 406, de 1968
CAPÍTULO V
Impostos Especiais
SEÇÃO I
Imposto sobre Operações Relativas a Combustíveis, Lubrificantes, Energia Elétrica e Minerais do País
        Art. 74. O imposto, de competência da União, sobre operações relativas a combustíveis, lubrificantes, energia elétrica e minerais do País tem como fato gerador:
        I - a produção, como definida no artigo 46 e seu parágrafo único;
        II - a importação, como definida no artigo 19;
        III - a circulação, como definida no artigo 52;
        IV - a distribuição, assim entendida a colocação do produto no estabelecimento consumidor ou em local de venda ao público;
        V - o consumo, assim entendida a venda do produto ao público.
        § 1º Para os efeitos deste imposto a energia elétrica considera-se produto industrializado.
        § 2º O imposto incide, uma só vez sobre uma das operações previstas em cada inciso deste artigo, como dispuser a lei, e exclui quaisquer outros tributos, sejam quais forem sua natureza ou competência, incidentes sobre aquelas operações.
        Art. 75. A lei observará o disposto neste Título relativamente:
        I - ao imposto sobre produtos industrializados, quando a incidência seja sobre a produção ou sobre o consumo;
        II - ao imposto sobre a importação, quando a incidência seja sobre essa operação;
        III - ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias, quando a incidência seja sobre a distribuição.
SEÇÃO II
Impostos Extraordinários
        Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de cinco anos, contados da celebração da paz. (TJSC-2013)
TÍTULO IV
Taxas
        Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. (PGESE-2005) (PGECE-2008) (PGEPI-2008) (PGESP-2009) (TRF2-2009/2011) (PGEPA-2012) (TRF1-2013) (DPEPA-2015) (TRF3-2011/2016) (MPPR-2011/2017) (TJSC-2017) (TJMT-2018) (DPERS-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (MPMG-2021) (MPSC-2021)
	(Cartórios/TJRS-2019-VUNESP): Nos termos do que dispõe o CTN, a utilização de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, enseja a cobrança de taxa. BL: art. 77, CTN.
##Atenção: ##DOD: O que são as taxas? A taxa é uma espécie de tributo paga pelo contribuinte em virtude de um serviço prestado pelo Poder Público ou em razão do exercício da atividade estatal de poder de polícia.
##Atenção: ##DOD: ##PGESE-2005: ##PGEPA-2012: ##DPEPA-2015: ##DPERS-2018: ##FCC: ##FMP: Características: Diz-se que a taxa é um tributo bilateral, contraprestacional, sinalagmático ou vinculado. Isso porque a taxa é um tributo vinculado a umaatividade estatal específica, ou seja, a Administração só pode cobrar se, em troca, estiver prestando um serviço público ou exercendo poder de polícia. Há, portanto, obrigações de ambas as partes. O poder público tem a obrigação de prestar o serviço ou exercer poder de polícia e o contribuinte a de pagar a taxa correspondente.
##Atenção: ##DOD: ##TRF4-2014: ##DPEPA-2015: ##FMP: Quem pode instituir taxa? A União, os Estados, o DF e os Municípios. Trata-se de tributo de competência comum. A taxa será instituída de acordo com a competência de cada ente. Ex.: Município não pode instituir uma taxa pela emissão de passaporte, uma vez que essa atividade é de competência federal. Logo, a competência para a instituição das taxas está diretamente relacionada com as competências constitucionais de cada ente.
(MPMG-2018): As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. BL: art. 77, CTN.
        Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 1967) (PGESP-2009) (TJRJ-2011/2012) (TJSC-2017/2019)
	(TJAC-2012-CESPE): Sendo o fato gerador da taxa a utilização efetiva ou potencial, de serviços públicos de atribuição do ente tributante, a taxa de serviço só pode ser criada caso exista um serviço público efetivamente ou potencialmente utilizado pelo contribuinte e desde que esse serviço seja específico e divisível. BL: art. 77, CTN.
##Atenção: ##DOD: Base de cálculo das taxas: Base de cálculo é o valor sobre o qual a alíquota irá incidir. Ex: a alíquota do tributo é de 5%. A base de cálculo é 1000 reais. Logo, o valor do tributo será 5% de 1000 reais (50 reais). A base de cálculo deve estar prevista na própria lei.
##Atenção: ##DOD: Qual critério o legislador deve adotar par a fixar a base de cálculo das taxas? Vimos acima que a taxa é um tributo contraprestacional. Logo, sua base de cálculo deve estar relacionada com o custo do serviço ou do poder de polícia exercido. Vale ressaltar, no entanto, que não é necessário que a base de cálculo seja exatamente igual ao custo do serviço público prestado. A base de cálculo da taxa deve estar relacionada com o custo. Deve haver uma “equivalência razoável entre o custo real dos serviços e o montante a que pode ser compelido o contribuinte a pagar.” (Min. Moreira Alves, STF Rp 1077/RJ). Assim, o que não pode ocorrer é o valor da base de cálculo ser muito superior ao custo do serviço, uma vez que, nesse caso, haveria enriquecimento sem causa por parte do Estado ou até mesmo uma forma de confisco (STF. ADI 2551).
(TJPA-2009-FGV): A taxa e o preço público se caracterizam por a taxa ter como sujeito ativo pessoa jurídica de direito público e o preço público podem ser exigido por pessoa jurídica de direito privado. 
##Atenção: Por ser espécie de tributo, a taxa poderá ser exigida pelas pessoas políticas (União, Estados, DF e municípios), e só por elas, enquanto o preço público ou tarifa pode ser exigida por pessoa jurídica de direito privado, pois vigora, nesse caso, um regime contratual, facultativo e de natureza não tributária, já que não se trata de espécie de tributo.
(TJAL-2008-CESPE): Os serviços públicos justificadores da cobrança de taxas são sempre específicos e divisíveis. BL: art. 145, II da CF e art. 77, CTN.
(TJSP-2009-VUNESP): A taxa judiciária tem caráter sinalagmático e incide sobre a prestação de serviços judiciários. 
##Atenção: A taxa judiciária é tributo vinculado a uma atuação estatal em relação ao contribuinte (portanto, é sinalagmática). Assim, a prestação de serviços judiciários é a contrapartida dada ao contribuinte.
(TJMG-2007): A jurisprudência do STF consagrou, no domínio do sistema tributário nacional, a obrigatoriedade de o Poder Público respeitar, como princípio para a instituição de taxas: isonomia. BL: STF, ADI 1378-MC.
##Atenção: ##STF: ##TJMG-2007: ##TRF4-2009: ##TRF5-2011: ##DPEAP-2018: ##DPERS-2018: ##TJPA-2019: ##TJSP-2021: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais possuem natureza tributária, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico-constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que proclamam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade. STF. Plenário. ADI 1378 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 30/11/95.
       Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966) (PGERR-2006) (PGECE-2008) (PGEPI-2008) (DPESP-2006/2010) (DPEBA-2010) (TRF4-2010) (DPERO-2012) (PGEPA-2012) (TJSC-2017) (TJRS-2018) (DPEMA-2018) (DPERS-2018) (TJAL-2019) (MPSC-2021)
	(MPMT-2019-FCC): “Atividade estatal consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público”, conceitua-se poder de polícia. BL: art. 78, CTN.
(MPMG-2018): Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. BL: art. 78, CTN.
##Atenção: ##DOD: Em que consiste a taxa de polícia? É a taxa instituída pelo poder público para custear a sua atuação no exercício efetivo do poder de polícia. Em outras palavras, é a taxa cobrada como contraprestação pelo fato de o Estado estar realizando uma atividade de fiscalização. O conceito está previsto no art. 78 do CTN. Exemplos de realização do poder de polícia: licença concedida pelo Município para construir segundo determinados critérios, licença para dirigir, licença para ter porte de arma, alvará de funcionamento de indústria etc.
(MPMG-2018): No exercício do poder de polícia, a Administração Pública dispõe de discricionariedade, o que significa que detém relativa liberdade de atuação quanto à oportunidade e conveniência para a sua prática, escolhendo o motivo e o conteúdo do ato, sempre nos limites da lei, para atender à finalidade do interesse público e do bem comum.
(Anal. Judic./TREBA-2017-CESPE): É responsabilidade da administração pública regular a prática de ato ou a abstenção de fato por meio da limitação ou regulação de direito, interesse ou liberdade. Para essa finalidade, utiliza-se a taxa de polícia. BL: art. 78, CTN.
(TRF3-2016): Sobre o poder de polícia, assinale a alternativa correta: A edição de atos normativos pode caracterizar a atuação de polícia administrativa, por exemplo, quando impõe limitações administrativas ao exercício dos direitos e de atividades individuais. BL: art. 78, CTN.
        Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgãocompetente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
	(TJSP-2014-VUNESP): A “faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”, como a conceitua Hely Lopes Meirelles, é conhecida tecnicamente como poder de polícia. BL: art. 78, CTN.
##Atenção: ##DOD: ##PGEPI-2008: ##TRF5-2011: ##DPERO-2012: ##MPPR-2017: ##CESPE: Exercício regular do poder de polícia: Segundo explica Ricardo Alexandre, “só se pode cobrar taxa de polícia pelo efetivo exercício desse poder.” (Direito Tributário esquematizado. São Paulo: Método, 2012, p. 27). No entanto, o STF considera que o simples fato de existir um órgão estruturado que exerça permanentemente atividade de fiscalização já permite a cobrança da taxa de polícia de todos quantos estejam sujeitos a essa fiscalização. Assim, admite-se a cobrança periódica de todas as pessoas que estejam sujeitas à fiscalização, tenham ou não sido concretamente fiscalizadas, desde que o órgão fiscalizador esteja estruturado e a atividade de fiscalização seja regularmente exercida. Ex: no caso da taxa de controle e fiscalização ambiental – TCFA, o STF decidiu que era legítima a exigência dessa taxa a ser paga pelas empresas potencialmente poluidoras, independentemente de sofrerem fiscalização efetiva (RE 416601, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, j. 10/08/2005).
##Atenção: ##STF: ##MPSC-2021: ##CESPE: Estados podem instituir taxa de polícia por expedição de atestados de idoneidade para porte de arma de fogo: Os Estados possuem competência para dispor sobre instituição de taxas de polícia cobradas em função de atividades tais como: i) fiscalização e vistoria em estabelecimentos comerciais abertos ao público (casas noturnas, restaurantes, cinemas, shows); ii) expedição de alvarás para o funcionamento de estabelecimentos de que fabriquem, transportem ou comercializem armas de fogo, munição, explosivos, inflamáveis ou produtos químicos; iii) expedição de atestados de idoneidade para porte de arma de fogo, tráfego de explosivos, trânsito de armas em hipóteses determinadas; e iv) atividades diversas com impacto na ordem social, no intuito de verificar o atendimento de condições de segurança e emitir as correspondentes autorizações essenciais ao funcionamento de tais estabelecimentos. STF. Plenário ADI 3770, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 13/09/2019.
(TJPA-2014-VUNESP): No âmbito do exercício do poder de polícia, é correto afirmar que os meios diretos de coação podem ser delegados a pessoas jurídicas de direito público, como autarquias da Administração Indireta. BL: art. 78, CTN.
(TJMG-2014): A expressão “Poder de Polícia da Administração Pública” comporta dois sentidos, um amplo, outro estrito. Em sentido amplo, poder de polícia significa toda e qualquer ação restritiva do Estado em relação aos direitos individuais. Assinale a alternativa que define corretamente o “Poder de Polícia da Administração Pública” em sentido estrito. É a prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza a administração pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade. BL: art. 78, CTN.
(MPMA-2014): A atividade de poder de polícia administrativa não apresenta natureza inovativa, mas meramente regulamentar, pelo que lhe é defesa a introdução de limitação ou constrangimento não autorizado no ordenamento positivo. BL: art. 78, CTN.
(MPRO-2013-FCC): A licença é um meio de atuação do poder de polícia da administração pública e não pode ser negada se o requerente satisfizer os requisitos legais para a sua obtenção.
(TRF1-2013-CESPE): No que diz respeito ao poder de polícia administrativa, assinale a opção correta: No Código Tributário Nacional, é apresentada a definição legal de poder de polícia, cujo exercício constitui um dos fatos geradores da taxa. BL: art. 78, CTN.
(TJGO-2012-FCC): A concessão de alvará de construção pode ser remunerada por taxa de polícia, pois se trata de exercício regular do poder de polícia. BL: art. 78, CTN.
(MPMG-2011): Em relação ao poder de polícia administrativo, é correto afirmar que a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade podem ser apontados como seus atributos.
        Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
        I - utilizados pelo contribuinte:
        a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; (PGECE-2008) (TRF2-2011) (TRF3-2011) (PGEPA-2012)
        b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; (PGECE-2008) (TRF2-2011) (TRF3-2011) (PGEPA-2012)
        II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; (PGECE-2008) (TRF2-2009/2011) (TRF3-2011) (PGEPA-2012) (TRF4-2014) (TJPR-2017) (TJRS-2018) (MPSC-2012/2021) (MPMG-2021)
	(PGECE-2008-CESPE): Os serviços públicos justificadores da cobrança de taxas são considerados específicos quando o contribuinte, ao pagar a taxa relativa a seu imóvel, sabe por qual serviço está recolhendo o tributo. BL: art. 79, II, CTN.
         III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. (TRF2-2009) (TRF3-2011) (PGEPA-2012) (TRF4-2014) (TJPR-2017) (TJSC-2017) (TJRS-2018) (MPSC-2012/2021) (MPMG-2021)
	(TJRS-2012): O serviço público que dá ensejo ao nascimento da taxa há de ser específico, isto é, quando possa ser separado em unidades autônomas de intervenção da autoridade, ou de sua utilidade, ou de necessidade pública, que o justificou. BL: art. 79, I e II, CTN.
(MPES-2010-CESPE): A taxa pode ter como fato gerador a utilização potencial de serviço público específico e divisível, posto à disposição do contribuinte mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento, desde que tal serviço seja de utilização compulsória.
(TJSC-2009): As taxas de serviço são tributos vinculados a uma atuação estatal específica e dirigida a contribuinte e podem ser cobradas independentemente do uso efetivo do serviço público pelo contribuinte. BL: art. 79, CTN.
        Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público. (TJSC-2013)
TÍTULO V
Contribuição de Melhoria
        Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. (PGESE-2005) (TJMG-2006) (MPDFT-2009) (TRF2-2011) (MPPR-2012) (DPERO-2012) (PGEPA-2012) (TJSC-2013) (TRF3-2011/2016) (TJDFT-2016) (MPRS-2014/2021)
	##Atenção: ##STF: ##TRF5-2011: ##CESPE: Contribuição de melhoria. Art. 18, II, da CF/67, com redação dada pela EC n. 23/83. Recapeamento asfaltico. Não obstante alterada a redação do inciso II do art. 18 pela Emenda Constitucional n. 23/83, a valorização imobiliaria decorrente de obra pública - requisito ínsito a contribuição de melhoria - persiste como fato gerador dessa espécie tributaria. Hipótese de recapeamento de via pública já asfaltada: simples serviço de manutenção e conservação que não acarreta valorização do imóvel, não rendendo ensejo a imposição desse tributo. STF. 2ª T., RE 115863, Min. Rel. Célio Borja, j. 29/10/91. (...) Contribuição de melhoria. Recapeamento de via públicajá asfaltada, sem configurar a valorização do imóvel, que continua a ser requisito ínsito para a instituição do tributo, mesmo sob a egide da redação dada, pela Emenda n. 23, ao art. 18, II, da Constituição de l967. STF. 1ª T., RE 116148, Min. Rel. Octávio Gallotti, j. 16/02/93.
##Atenção: ##TRF2-2011: ##MPRS-2021: ##CESPE: As contribuições de melhoria são de competência comum (União, Estados-membros, DF e Municípios) e não de competência exclusiva dos entes municipais (art. 145, III, CF/88 e art. 81, CTN).
	(MPMG-2018): A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. BL: art. 81, CTN.
(DPEPA-2015-FMP): Assinale a alternativa correta: A contribuição de melhoria é tributo contraprestacional, visto que pressuposto para a sua cobrança é a existência de obra pública da qual decorra a valorização de imóveis. BL: art. 81, CTN.
(Anal. Legisl.-Câm. Deputados-2014-CESPE): O fato gerador da contribuição de melhoria não é a realização da obra em si, mas sua consequência. Com isso, para efeito de cobrança do tributo, deve-se considerar melhoria como sinônimo de valorização do imóvel beneficiado. BL: art. 81, CTN.
##Atenção: Segundo Ricardo Alexandre, “o fato gerador da contribuição de melhoria não é a realização da obra, mas sim a sua consequência, a valorização imobiliária. a melhoria exigida pela CF é, segundo o STF, o acréscimo de valor à propriedade imobiliária do contribuinte. Assim, não é todo benefício proporcionado pela obra ao particular que legitima a cobrança da contribuição. A valorização imobiliária é FUNDAMENTAL.".
(TJSP-2008-VUNESP): A contribuição de melhoria tem por fato gerador a valorização de imóvel, em razão de obra pública, e será calculada pela parcela de seu custo, rateada entre os contribuintes beneficiados. BL: art. 81, CTN.
        Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
        I - publicação prévia dos seguintes elementos:
        a) memorial descritivo do projeto;
        b) orçamento do custo da obra;
        c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
        d) delimitação da zona beneficiada;
        e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
        II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
        III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
        § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
	(DPEPA-2009-FCC): Município institui contribuição de melhoria no valor de trezentos reais, para todos os contribuintes, em razão de obra pública de calçamento de vias públicas municipais realizada no exercício de 2008. Esta contribuição de melhoria é indevida, porque não está sendo cobrada de maneira individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada imóvel teve de valorização em razão da obra pública. BL: art. 81 c/c art. 82, §1º, CTN.
OBS: Logo, o cálculo não considerou o "quantum" que cada imóvel valorizou proporcionalmente ao valor da obra pública, sem prejuízo da observância dos limites no art. 81 do CTN.
OBS: "O STF considera que a “realização de pavimentação nova, suscetível de vir a caracterizar benefício direto a imóvel determinado” com incremento de seu valor pode justificar a cobrança de contribuição de melhoria, o que não acontece com o mero “recapeamento de via pública já asfaltada”, que constitui simples serviço de manutenção e conservação, não ensejando a cobrança"
        § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. (PGEES-2008)
TÍTULO VI
Distribuições de Receitas Tributárias
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
        Art. 83. Sem prejuízo das demais disposições deste Título, os Estados e Municípios que celebrem com a União convênios destinados a assegurar ampla e eficiente coordenação dos respectivos programas de investimentos e serviços públicos, especialmente no campo da política tributária, poderão participar de até 10% (dez por cento) da arrecadação efetuada, nos respectivos territórios, proveniente do imposto referido no artigo 43, incidente sobre o rendimento das pessoas físicas, e no artigo 46, excluído o incidente sobre o fumo e bebidas alcoólicas.
        Parágrafo único. O processo das distribuições previstas neste artigo será regulado nos convênios nele referidos.
        Art. 84. A lei federal pode cometer aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios o encargo de arrecadar os impostos de competência da União cujo produto lhes seja distribuído no todo ou em parte. (MPSC-2012)
        Parágrafo único. O disposto neste artigo, aplica-se à arrecadação dos impostos de competência dos Estados, cujo produto estes venham a distribuir, no todo ou em parte, aos respectivos Municípios. (MPSC-2012)
CAPÍTULO II
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural e sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza
        Art. 85. Serão distribuídos pela União:
        I - aos Municípios da localização dos imóveis, o produto da arrecadação do imposto a que se refere o artigo 29;
        II - aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, o produto da arrecadação, na fonte, do imposto a que se refere o artigo 43, incidente sobre a renda das obrigações de sua dívida pública e sobre os proventos dos seus servidores e dos de suas autarquias.
        § 1º Independentemente de ordem das autoridades superiores e sob pena de demissão, as autoridades arrecadadoras dos impostos a que se refere este artigo farão entrega, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, das importâncias recebidas, à medida que forem sendo arrecadadas, em prazo não superior a 30 (trinta) dias, a contar da data de cada recolhimento.
        § 2º A lei poderá autorizar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a incorporar definitivamente à sua receita o produto da arrecadação do imposto a que se refere o inciso II, estipulando as obrigações acessórias a serem cumpridas por aqueles no interesse da arrecadação, pela União, do imposto a ela devido pelos titulares da renda ou dos proventos tributados.
        § 3º A lei poderá dispor que uma parcela, não superior a 20% (vinte por cento), do imposto de que trata o inciso I seja destinada ao custeio do respectivo serviço de lançamento e arrecadação. (Suspensa a execução pela RSF nº 337, de 1983)
CAPÍTULO III
Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios
SEÇÃO I
Constituição dos Fundos
        Art. 86.      (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 2013)   
 Art. 87.      (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 2013)   
SEÇÃO II
Critério de Distribuição do Fundo de Participação dos Estados
        Art. 88.      (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 2013)   
 Art. 89.      (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 2013)   
        Art. 90. O fator representativo do inverso da renda per capita, a que se refere o inciso II do artigo 88, será estabelecido da seguinte forma:
	Inverso do índice relativo à renda per capita da entidade participante:
	Fator
	Até 0,0045 ...............................................................
	0,4
	Acima de 0,0045 até 0,0055 .....................................

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