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RESUMO PRATICAS DIETETICAS III

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Os exames bioquímicos confirmam os sinais e 
sintomas relacionados ao estado nutricional e 
metabólico 
Os exames bioquímicos para a avaliação nutricional 
apontam alterações específicas do metabolismo, que 
podem estar ou não integrando um quadro 
patológico 
Além disso, permitem um monitoramento mais 
sensível e específico do metabolismo de proteínas, 
lipídios, carboidratos e função metabólica 
• A definição dos exames bioquímicos que o 
nutricionista solicita está na dependência do objetivo 
pretendido e do diagnóstico nutricional, momento e 
tipo de tratamento dietoterápico em que o paciente 
se encontra. 
• Lei 8234/91, artigo 4o, inciso VIII onde atribui ao 
nutricionista atividades de solicitação de exames 
laboratoriais necessários ao acompanhamento 
dietoterápico. 
A interpretação dos exames laboratoriais deve ser 
considerada juntamente com outros indicadores 
diretos e indiretos para obtenção da avaliação 
nutricional; 
Em 21 de fevereiro de 2016 o Conselho Federal de 
Nutricionistas divulgou recomendação sobre exames 
laboratoriais, onde o profissional só deverá solicitar 
exames laboratoriais cujos métodos e técnicas 
 
 
 
 
tenham sido aprovados cientificamente, respeitando 
os princípios da bioética e os preceitos contidos no 
Código de Ética do Nutricionista. Não cabendo ao 
CFN e CRN o estabelecimento de um rol de exames 
laboratoriais; 
 
Idade 
Sexo 
Massa muscular 
Estresse metabólico 
Ingestão de alimentos (necessidade jejum prévio) 
Ciclo menstrual 
Drogas (cafeína, tabagismo, álcool, fármacos) 
Imobilização prolongada (hospitalização) 
Gravidez 
Exercício físico 
Tipo de dieta 
Estado de hidratação 
Avaliação hematológica 
PRÁTICA DIETÉTICA III 
 
▪ Glóbulos vermelhos = contém hemoglobina e 
transportam oxigênio 
▪ Glóbulos brancos= ajudam no combate de 
infecções; função imunológica 
- Plaquetas= fragmentos de citoplasma de células; 
função na coagulação e hemostasia 
- Leucócitos = tipos específicos/cada um tem uma 
função 
 
 
 
 
• Transportador do O2 do pulmão para circulação, e 
do CO2 da circulação para o pulmão. 
• É o pigmento intraeritrocitário 
• Toda Hb está contida nos eritrócitos 
 
Aumenta 
Desidratação 
Doença cardíaca congênita 
Queimaduras 
Diminui 
Retenção hídrica 
Anemia ferropriva 
Desnutrição/deficiencia 
AIDS 
 
 
• Medida da porcentagem de células vermelhas 
dentro do volume total de sangue - percentual do 
sangue que é ocupado pelas hemácias 
• Indica a quantidade de Hb nos eritrócitos; 
• É afetado na desidratação e hiper-hidratação; 
 
Aumenta: 
Desidratação 
Trauma 
Cirurgia 
Queimadura 
Doença Cardíaca Congênita 
Diminui: 
Retenção hídrica 
Anemia 
Insuf. da medula óssea 
Desnutrição e def. nutricional 
 
VCM 
 
•Avalia o tamanho médio das hemácias; 
•Ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia 
•Aumenta: def. folato, B12, hepatopatia 
•Diminui: Def Fe avançada, necessidades de Fe 
aumentadas 
 
Valor de normalidade: 
Entre 80 e 100fl 
 
VCM < 80fl 
Indica microcitose 
 
VCM > 100fl 
Indica macrocitose 
 
) 
- Peso da hemoglobina dentro das hemácias 
- É calculada dividindo-se a hemoglobina pelo número de 
eritrócitos. 
Ou seja, é o valor absoluto da média da quantidade de 
hemoglobina, 
- Hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica 
 
- Avalia a concentração de hemoglobina dentro da 
hemácia. 
- Vai ser o nosso parâmetro para ver se a densidade da 
hemoglobina está correta nas hemácias. Pode ser, por 
exemplo, que seu valor médio por hemácia esteja normal, 
mas se a hemácia estiver pequena, ela acabará por ficar 
fique muito concentrada. Será um índice que irá associar 
as informações do VCM e do HCM 
- Hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica 
 
- Avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. 
- Pode indicar hemácias com problemas na sua 
morfologia. 
 
- Peso da hemoglobina dentro das hemácias 
- É calculada dividindo-se a hemoglobina pelo número de 
eritrócitos. 
Ou seja, é o valor absoluto da média da quantidade de 
hemoglobina, 
- Hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica 
- Avalia a concentração de hemoglobina dentro da 
hemácia. 
- Vai ser o nosso parâmetro para ver se a densidade 
da hemoglobina está correta nas hemácias. Pode ser, 
por exemplo, que seu valor médio por hemácia esteja 
normal, mas se a hemácia estiver pequena, ela 
acabará por ficar fique muito concentrada. Será um 
índice que irá associar as informações do VCM e do 
HCM 
- Hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica 
 
- Avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. 
- Pode indicar hemácias com problemas na sua 
morfologia. 
Leucócitos 
- Células de defesa 
- Grupo de diferentes células, com diferentes funções 
no sistema imune 
- Valores elevados podem indicar INFECÇÃO ou 
Leucemia e valores reduzidos ocorrem por lesões na 
medula óssea (alterado na quimioterapia) 
Plaquetas 
- Fragmentos de células responsáveis pelo início do 
processo de coagulação 
- O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 
450.000 por microlitro (uL). Porém, até valores 
próximos de 50.000, o organismo não apresenta 
dificuldades em iniciar a coagulação 
• Caracterizada por: 
- Hemoglobina < 13,5 g/dL (homens) – hemoglobina < 
12,0 g/dL (mulheres) 
- Hematócrito < 41 % (homens) - hematócrito < 36% 
(mulheres) 
→ Lembrar de respeitar o valor de referência do 
laboratório! 
→ Varia conforme faixa etária 
→ Microcítica, macrocítica e normocítica 
Mais comuns = 
- Ferropriva (deficiência de ferro) 
Hematócrito e hemoglobina baixos pode surgir após 
uma hemorragia ou menstruação severa, devido à 
perda de ferro pelo sangue. 
- Megaloblástica 
Deficiência de ácido fólico ou B12 
- Perniciosa 
Deficiência de B12 (má absorção geralmente) 
 
 
• Absorvido principalmente no duodeno e jejuno 
• Ferro não- heme será reduzido à forma ferrosa 
• Transporte ferro dependente de cobre 
• Ferro absorvido só se acumula na célula intestinal 
enquanto houver ferritina livre 
• Transportado pela transferrina 
→ até 12mg do mineral- normalmente 3mg 
• Biodisponibilidade= 
- Ferro heme (produtos de origem animal) = 15-20% 
- Não-heme (produtos de origem vegetal)= 5-10% 
• Biodisponibilidade: 
 
• Sulfato ferroso = efeitos colaterais 
• Ferro (quelado), ferro (polimaltosado), ferro 
(liposomal) 
- H: 2x 10mg ou 15mg 
- M: 2x 15mg ou 20mg 
 
• Outros nutrientes importantes: Vitamina A, C, B2 e 
Zn 
• UL: 45mg/dia 
• Observar quantidade de ferro elementar 
Funções 
• Vitamina lipossolúvel 
• Envolvida no metabolismo de cálcio e fósforo 
• Calciferol = sintetizada na pele pela ação dos raios UVB 
• Metabolização no fígado (calcidiol – 25 (OH) que é a 
principal forma de armazenamento) e rim (calcitriol 
1,25(OH)D- forma mais ativa) 
• Síntese cutânea é mais significativa do que a ingestão 
alimentar 
• Exame: 25(OH)D3 → superior a 80nmol/L ou 20-
60ng/mL 
• Meia vida calcidiol de 10 dias a 3 semanas 
• Suplementação= associar a compostos oleosos (3-5g) 
• Biodisponibilidade depende de magnésio (fígado) e Mg, 
ferro, PTH (Rim) 
• A deficiência é mais prevalente em países com menor 
incidência de raios solares. 
• Maior cuidado: idosos, população negra e indivíduos com 
pouca exposição solar 
• Hidrossolúvel 
• Sintetizada exclusivamente por microorganismos como 
bactérias 
• Biodisponibilidade depende trato gastrointestinal = 
depende 
da produção e liberação adequada de ácido clorídrico e 
fator intrínseco para ser absorvida no íleo terminal 
• Valor de referência: 150-900pg/mL (ideal acima de 
500) 
• Suplementação VO ou injeção intramuscular 
Normal: 
• jejum entre 60 mg/dl e 99mg/dl e inferior a 
140mg/dl 2 horas após sobrecarga de glicose. 
Pré-diabetes: glicemia de jejum entre 100 a 126mg/dl 
Diabetes 
• 2 amostras colhidas em dias diferentes com 
resultado igual ou acima de 126mg/dl 
• glicemia aleatória (feita a qualquer hora) estiver 
igual ou acima de 200mg/dl na presença de 
sintomas. 
Testede tolerância à glicose aos 120 minutos igual 
ou acima de 200mg/dl. 
 
 
 
 
• Creatinina é um composto de aminoácido derivado 
do metabolismo da creatinina do músculo 
esquelético e da ingestão de dieta à base de carne; 
• Produto da degradação protéica; 
• É liberada no plasma numa taxa relativamente 
constante, é livremente filtrada no glomérulo e não 
é reabsorvida ou metabolizada no rim; 
• Reflete a TFG níveis aumentados = redução na 
função renal 
Valor de referência: 0,6 a 1,3 mg/dL 
• Produzida no fígado e excretada nos rins. 
• O nível elevado pode indicar falha na excreção 
renal, mas também pode indicar ingestão proteica 
elevada, desidratação ou hemorragia gastrintestinal. 
Valor normal: entre 10 – 40mg/dL 
 
 
 
• Maior forma de reserva de calorias; 
• Sofrem hidrólise no hepatócito ou nos adipócitos 
liberando ácidos graxos livres; 
• Valores normais: até 150mg/Dl 
• Relacionado ao consumo elevado de açúcares e 
farináceos 
• Esterol necessário à produção de hormônios e 
lipoproteínas; 
• Níveis elevados são fatores de risco para doenças 
crônicas não transmissíveis (DCV), aterosclerose, 
acidente vascular encefálico (AVE); 
• Níveis reduzidos estão associados a causas como: 
desnutrição proteico- 
calórica, inflamação, sepse; e indica aumento do 
risco de mortalidade 
 
• LDL aumentado ou HDL baixo → risco para 
aterosclerose 
• LDL : abaixo de 160mg/dL 
• HDL: acima de 40mg/dL para homens e acima de 
50mg/dL para mulheres 
Albumina 
• Retrata as reservas proteicas viscerais 
• Distintas das proteínas somáticas representadas 
pela massa proteica esquelética 
• Grande sensibilidade da síntese de albumina ao 
conteúdo proteico que advém da dieta 
• Meia vida: 21 dias 
 
O exame de tolerância à lactose é um tipo de 
exame alternativo menos sensível, raramente 
realizado nos dias de hoje. 
Depois que a pessoa tiver consumido uma 
quantidade calculada de lactose, o médico monitora 
seus sintomas e mede seus níveis de açúcar 
(glicose) no sangue várias vezes. A pessoa que 
consegue digerir lactose não desenvolve sintomas e 
seu nível de açúcar no sangue sobe. A pessoa que 
não consegue digerir lactose desenvolve diarreia, 
distensão abdominal e desconforto em 20 a 30 
minutos e seu nível de açúcar no sangue não 
aumenta. 
 
• Marcadores sorológicos 
- Anticorpo antiglutaminase antitecidual (AAG) 
- Anticorpo antiendomísio (AEM) 
- Sensibilidade e especificidade superiores a 90% 
• Biópsia do intestino delgado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É uma ferramenta barata e de fácil aplicação que 
pode contribuir para o diagnóstico nutricional. Parte 
integrante da avaliação do estado nutricional 
 
- São baseados nas medidas antropométricas 
(perímetros corporais e dobras cutâneas), 
bioimpedância elétrica (BIA) e ultrassom. 
- São classificados como “métodos duplamente 
indiretos”, pois resultam de equações ou 
nomogramas derivados dos métodos indiretos. Estas 
equações normalmente são formuladas para 
populações muito específicas, como atletas, não-
atletas, jovens, idosos, crianças, homens, mulheres, 
negros, brancos e asiáticos etc. 
- PESO ATUAL 
- PESO USUAL 
- PESO ESTIMADO= considera AJ, CP, CB e PSE/ Edema 
 
 
- PESO IDEAL 
- PESO AJUSTADO = amputados 
- % Mudança de peso 
- Estatura x comprimento 
 - Estimativa altura = (AJ ou recumbente) 
 
 
IMC 
 
• Braço 
• Peito/tórax 
• Cintura 
• Abdômen 
• Quadril 
• Coxa (proximal, medial, distal) 
• Panturrilha 
 
- Muitas equações - generalizadas/específicas 
- Opção - medidas isoladas ou somatória 
- Distribuição gordura - é similar/sexo? 
- Habilidade avaliador - técnica 
 
Exame Físico Focado na Nutrição 
Semiologia Nutricional 
- Importante ressaltar que sinais e sintomas podem 
desenvolver-se somente em estágios avançados de 
deficiência. 
- Por isso, não é recomendado que se elabore um 
diagnóstico nutricional baseado exclusivamente em 
sinais e sintomas. 
 
Orientações gerais: 
- Deverá ser realizado após a anamnese; 
- É complementar ao raciocínio clínico do 
nutricionista; 
Preparação para o Exame Físico 
- Lavar as mãos 
- Higiene dos equipamentos 
- Uso de EPIs se necessário 
Atenção: 
- O paciente deve estar confortável, com 
vestimentas adequadas (avental de exame) 
- Ambiente privado, silencioso, confortável em 
termos de luz e temperatura 
- Explicação do processo de avaliação. 
>
Orientações gerais: 
- Deverá ser realizado após a anamnese; 
- É complementar ao raciocínio clínico do 
nutricionista; 
Preparação para o Exame Físico 
- Lavar as mãos 
- Higiene dos equipamentos 
- Uso de EPIs se necessário 
- Explicação do processo de avaliação. 
Habilidades x Exame Físico 
- O exame físico faz uso de todos os sentidos do 
examinador qualificado para distinguir variações do 
“usual/normal” 
- Como me torno qualificado? As habilidades são 
desenvolvidas e mantidas através da prática 
continuada! 
 
 
 
 
Brilho, quantidade, espessura, hidratação, alopecia 
✓ Sem brilho 
✓ Quebradiço 
✓ Perda de cabelo 
✓ Esparso 
✓ Despigmentado 
✓ Fácil de arrancar s/dor 
 
Edema ou depleção, cor da pele, lesões e traumas 
Exame Físico Nutricional 
✓ Observar cor da pele, lesões, texturas, 
profundidade e umidade. 
✓ Bochechas, regiões suborbitárias e têmporas; 
✓ Edema ou depleção da musculatura temporal 
(exposição arco zigomático) 
✓ Lesões e traumas na face podem interferir na 
ingestão alimentar. 
 
Nariz 
- Observar se existe sonda para a alimentação. 
 
Inspecionar esclera e conjuntiva 
✓ Aspecto (brilho, umidade e cor) das mucosas e 
membranas 
✓ Sinais de excesso de nutrientes (xantelasma, arco 
córneo lipídico) 
✓ Sinais de deficiência de nutrientes 
(desnutrição – olhos escavados, escuros e 
flacidez ao redor; xeroftalmia, nictalopia) 
 
 
 
Inspecionar 
✓ Lábios: coloração da mucosa, presença de lesões 
decorrentes de hipovitaminoses 
✓ Língua: coloração, integridade papilar, edema, 
espessamento 
✓ Gengiva: edema, porosidade e sangramento 
✓ Peças dentárias: cáries, ausência de peças, 
prótese (bem adaptada ou não), alterações por 
excesso ou escassez de nutrientes 
 
Inspecionar 
✓ Pele: cor, pigmentação, integridade, turgor, edema, 
brilho e temperatura, manifestações de deficiência 
ou excesso de nutrientes 
✓ Unhas: forma, ângulo, coloração, contorno, rigidez 
e presença de micoses 
 
✓ Unhas moles, finas e facilmente dobráveis: 
associação com desnutrição. 
✓ Ondas transversas: deficiência de PTN. 
✓ Côncavas: deficiência de Fe. 
✓ Coiloníquia: deficiência de Fe, com ou sem 
anemia, podendo ser 
resultado de deficiência de Zn, PTN e/ou Cu 
✓ Unhas irregulares e manchadas: deficiências 
vitamínicas. 
 
 
 
Inspecionar 
✓ Rigidez: flácido ou tenso 
✓ Volume: distendido, plano, globoso ou escavado 
✓ Presença de gases: poucos gases (normal), 
maciez (quando há tumor) ou timpânico 
 
Inspecionar 
✓ Excesso ou déficit de tecido subcutâneo /adiposo 
– flacidez; presença de edema 
✓ Retração ou atrofia muscular. 
CONDIÇÃO HÍDRICA 
✓ A condição hídrica é parte do exame físico 
nutricional. 
✓ Os sinais extremos opostos das anormalidades 
hídricas são a desidratação e o edema. 
 
 
Edema 
✓ Pesquisa = membros inferiores e tornozelos. 
✓ Após pressão suave e contínua sobre face 
anterior da perna. 
 
Cacifo ou Sinal de Godet 
Causas: 
✓ Hipoalbuminemia 
✓ DCV 
✓ DR 
DESITRATAÇÃO 
✓ Observar cor e turbidez da urina (volume urinário 
pequeno; urina escura e concentrada) 
✓ Turgor ruim da pele pode indicar desidratação ou 
redução excessiva de peso. 
✓ Outros sinais precoces: cefaleia, fadiga, perda de 
apetite, boca e olhos secos, saliva 
pegajosa, pele fria/pálida/úmida, urina com odor 
forte, tontura ao mudar de posição, confusão mental, 
hipotensão, taquicardia, temperatura aumentada. 
. 
 
 
✓ Cada vez mais raras. 
✓ Muitos achados clínicos não são específicos. 
✓ DEP x Obesos com restrição calórica muito severa 
(<1000 Kcal/dia). 
✓ Hepatopatase nefropatas também são grupo de risco 
(ingestão inadequada). 
 
Deficiência de Micronutrientes 
✓ Idosos 
✓ Pacientes que fazem uso de múltiplas medicações 
✓ Injúria 
✓ Má-absorção intestinal 
✓ Cirurgia bariátrica 
 
 
 
 
 
 
 
Do grego “aná” (trazer de novo) + “mesis” (memória) 
Entrevista = técnica e objetiva 
 
Identificação 
 
Queixa principal 
 
História da doença atual (HDA) 
 
História médica pregressa (HMP) 
 
 
Alguns questionamentos importantes: 
 
Intolerâncias e alergias alimentares; 
Quem prepara as refeições; 
Hidratação; 
Uso de suplementos, medicamentos; 
Uso de latas óleo/mês, sal, açúcar; 
Hábito urinário e intestinal; 
Rotina diária. 
Procedimento metodológico onde se obtém informações 
quantitativas e/ou qualitativas sobre o consumo 
alimentar de indivíduos, grupos e populações 
Instrumento fundamental para avaliação nutricional 
Podem avaliar consumo atual e pregresso 
Avaliar o consumo alimentar de indivíduos e/ou grupos 
Estabelecer diagnóstico e condições de risco 
Planejar e avaliar programas de educação nutricional 
Orientar políticas nacionais sobre alimentação e Nutrição 
 
O que será avaliado? 
✓ Nutrientes / Energia 
✓ Alimento 
✓ Grupos de alimentos 
✓ Padrão alimentar 
Técnica retrospectiva: informações do passado imediato 
ou de longo prazo 
• Questionário de frequência alimentar 
• Recordatório de 24h 
• História alimentar 
Técnica prospectiva: informações do presente 
• Diário alimentar ou Registro alimenta 
 
–
• Instrumento mais empregado – indivíduos e populações 
• Quantificar e definir todos os alimentos e bebidas 
consumidos nas 24 horas precedentes‐ dia anterior 
• Entrevista pessoal ou telefone 
• Dieta atual 
• Detalhamento (forma de cocção, marcas, “integral”) 
• Porções – álbum fotográfico, réplicas 
 
 
 
Aborda hábitos alimentares atuais e do passado 
• Extensa entrevista para obtenção de um padrão 
alimentar global 
• QFA + Registro Alimentar de 3 dias + entrevista 
detalhada sobre o padrão de alimentação 
• Estudos longitudinais 
 
 
Visa a avaliação da dieta habitual do indivíduo 
• Considerado o mais adequado para estudos 
epidemiológicos que avaliam a associação entre dieta e 
doenças crônicas 
• 3 tipos 
• Qualitativo = visão superficial da qualidade da dieta do 
indivíduo 
• Semiquantitativo = avalia-se tamanho das porções 
consumidas = possibilita estimar consumo alimentar em 
quantidade 
• Quantitativo = similar ao semiquantitativo com riqueza 
maior de detalhes 
–
• Visa a avaliação da dieta habitual do indivíduo 
• Considerado o mais adequado para estudos 
epidemiológicos que avaliam a associação entre dieta e 
doenças crônicas 
 
–
 
Exemplos de QFA 
Questionário tipo Willet 
• QFA semiquantitativo (1979) 
• Relação dieta x DCNT 
• 131 itens alimentares e 9 categorias de frequência 
• Nível de ingestão – ano anterior 
Questionário tipo Block 
• QFA quantitativo 
• Relação dieta x fatores de risco para câncer 
• 147 itens alimentares e 9 categorias de frequência 
Exemplos de QFA – desenvolvidos no Brasil 
 
Questionário de Sichieri e Everhart (1998) 
‐ 71 itens 
‐ Formulado com base em dados do ENDEF e de outras 
pesquisas 
‐ Avaliação da dieta do adulto no mês anterior 
Cardoso e Stocco (2000) 
‐ 120 itens aplicado em mulheres de origem japonesa 
‐ Avalia o consumo no ano precedente 
 
Salvo e Gimeno (2002) 
‐ 90 itens – população adulta com excesso de peso 
 
Slater et al. (2003) 
‐ QFA semiquantitativo para adolescentes 
‐ 76 itens – consumo nos últimos 6 meses 
 
Collucci (2003) 
‐ QFA semiquantitativo para < 5 anos 
 
Lima et al. (2003) 
‐ 76 itens 
‐ Avaliando o ano precedente 
‐ Aplicação: Caso –controle sobre dieta e câncer de 
Mama 
 
 REGISTRO ALIMENTAR 
• Ingestão atual 
• Anotação dos alimentos e bebidas consumidas, em 
formulários específicos 
• 3, 5 ou 7 dias (1 dia = final de semana) 
• Anotação da porção em medidas caseiras ou pesagem 
• Registro detalhado = forma de preparo, sal, açúcar, 
marcas 
• Fotos, medidas caseiras e porções 
• Tendência a modificar padrão alimentar 
 
 
Gestantes: 
• A ingestão muda durante a gravidez – avaliação deve 
ser periódica 
• A ingestão habitual pode estar alterada devido a 
mitose tabus 
Lactantes: 
• A ingestão muda com a intensidade da amamentação 
Idosos: 
• Limitações quanto ao recordatório 
 
GRUPOS ESPECIAIS 
Crianças: 
• Não tem habilidade para lembrar seu consumo 
alimentar e estimar corretamente o tamanho das 
porções 
• Vocabulário limitado sobre alimentos e preparações 
Autores sugerem idade mínima de 10 anos para se ter 
uma 
informação razoavelmente precisa sobre o consumo 
alimentar 
Enfermos: 
• Alimentação diferente do hábito normal 
• Condição clínica interfere com a ingestão 
Analfabetos: 
• A avaliação deve ser realizada por um membro da 
família 
Obesos/Magros: 
• Tendência à omissão ou inclusão de alimentos 
Atletas: 
• Ingestão de acordo com a fase de treinamento 
• Ingestão de suplementos 
- Nutrição comportamental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Prazer 
- Comunidade 
- Família 
- Espiritualidade 
- Relacionamento com o mundo 
- Expressão de nossa identidade 
Comportamento Alimentar 
 
 
Nutrição comportamental 
• Atuação do nutricionista mais globalizante e empática 
• Promover mudanças no relacionamento do nutricionista 
com seu paciente e na comunicação da mídia e da 
indústria com seus consumidores. 
• Deve ser inclusiva 
• Ampliar o modo de atuação do nutricionista 
• Reconhecer e respeitar o espaço de cada alimento em 
uma alimentação saudável 
• Ressaltar a importância de comportamentos saudáveis 
e da saúde, não apenas do peso 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA HEDÔNICO 
As estruturas córtico-límbicas lidam com cognição, 
recompensa e emoção 
❖ Este sistema tem a capacidade de modular o 
comportamento alimentar apenas pelo desejo de algum 
alimento e não pela sua necessidade metabólica 
 
 
 
• Quando fazemos educação nutricional e reeducação 
alimentar, nós atuamos em cada uma dessas etapas 
• Ao conseguir modificar estilo de vida, de fato, em nível 
cortical, o que fazemos nada mais é do que 
neuroplasticidade. Porque plasticidade em neurociência 
significa mudança 
• Ainda, plasticidade pode ser maladaptativa (obesidade 
ou TA’s) ou bem adaptativa (comportamento alimentar 
saudável) 
Maiores Enganos 
• Conhecimento→ Prediz comportamento alimentar 
• Indivíduos que participam de intervenções nutricionais: 
Estão prontos/aptos para mudança comportamento? 
Terapia cognitivo comportamental 
• É uma abordagem de tratamento fundamentada em 
evidências. 
• Não significa que o nutricionista vai se aprofundar na 
análise das emoções, mas sim utilizar técnicas adaptadas 
à realidade de nutrição para ajudar o indivíduo a 
resgatar os sinais internos de fome, saciedade e prazer 
em comer. 
Mudar do papel prescritivo para o papel de guiar o 
indivíduo 
Precisamos trabalhar com o processo e não apenas com 
o objetivo 
A TCC é uma psicoterapia breve, estruturada, orientada e 
com foco na resolução de um problema atual, por meio 
da modificação de pensamentos e comportamentos 
disfuncionais 
• Sua eficácia está muito bem fundamentada por 
diversos ensaios clínicos e metanálises 
COGNIÇÕES – EMOÇÕES – COMPORTAMENTOS 
 
❖ Nível mais superficial da cognição 
❖ Espontâneos, involuntários e rápidos 
❖ Raramente questionados 
❖ Específicos para cada situação 
❖ Pode ser mais facilmente reconhecido através da 
emoção, mudanças no comportamento e reações 
fisiológicas 
 
” Não conseguirei comer melhor” 
“Ela acha que sou feio” 
“Para ele é fácil, é magro de ruim” 
“Essa semana foi horrível, só comi besteira” 
“Já saí da dieta mesmo, agora vou comer tudo que vier 
pela frente” 
 
“Nãoé justo que eu não possa comer como as outras 
pessoas” 
“Não melhorou a minha alimentação por motivos mais 
profundos e de natureza desconhecida” 
 
❖ São crenças nucleares que agem como normas 
sociais para o processamento de informações 
❖ Permite aos indivíduos selecionar, filtrar, codificar e 
atribuir significado às informações do ambiente 
“Sou digno de confiança” 
“Tudo que é bom é imoral ou engorda” 
“Se eu não agradar aos outros, serei rejeitado” 
“Se eu me preparar antes, faço melhor” 
“Não consigo ter controle sobre a minha alimentação” 
 
CONCEITUAÇÃO COGNITIVA 
 
Ideias sobre si mesmo, sobre o mundo e sobre as 
pessoas 
MODELO COGNITIVO 
 
 
Identificar para avaliar e desenvolver respostas mais 
adaptativas 
❖ Forma verbal e visual 
❖ Tipos de pensamentos automáticos 
1) Distorções: pensamento não condizente com a 
realidade 
2) Correto, mas conclusão distorcida: “eu não segui o 
plano alimentar 
combinado com meu nutricionista, portanto eu não sirvo 
para nada” 
 
“O que estava passando pela sua cabeça?” 
❖ Fazer a pergunta quando: 
1) O paciente descrever uma situação problemática 
2) O nutricionista notar alteração ou intensificação no 
afeto do paciente na consulta (sinais verbais e não 
verbais) 
❖ Usar exemplos do próprio paciente para explicar 
 
É importante decidir colaborativamente com o paciente 
se o pensamento é verdadeiro ou não. 
 
1) Quais as evidências que apoiam essa ideia? E quais 
são contrárias? 
2) Existe uma explicação alternativa para essa ideia? 
3) Qual a pior coisa que pode acontecer? E se isso 
acontecer, como eu posso enfrentar? Qual a 
melhor coisa que poderia acontecer? Qual o resultado 
mais realista? 
4) O que eu diria a um amigo se ele tivesse na mesma 
situação? 
5) Como aprendeu a pensar assim? 
 
❖ Pensamentos automáticos disfuncionais 
❖ Considerados “erros de pensamentos” 
❖ Geralmente são exagerados 
❖ Geram consequências negativas 
 
AVALIANDO OS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS 
E se o pensamento for verdadeiro. O que fazer? 
Focar na solução de problemas 
 
Investigar conclusões inválidas 
Ex: “Estou engordando = sou uma inútil” 
 
Que evidências você tem contrárias a essa ideia? 
 
Trabalhar aceitação 
 
 
• Aliança terapêutica 
• Questionamento socrático 
• Automonitoramento 
• Reestruturação cognitiva 
• Prescrição gradual de metas para a dessensibilização 
• Troca de papéis 
• Cartão de motivação 
• Cartão de enfrentamento 
• Cartão de autocompaixão 
• Psicoeducação nutricional 
❖Confiável 
❖Interessado 
❖Atento 
❖Confidente 
❖Disponível 
❖Honesto 
❖Flexível 
❖Respeitoso 
 
• Objetivo: guiar o paciente para a descoberta por meio 
de investigação, questionamento com respostas livres. 
 
DIFERENTE DE: 
TN: Você tem que cuidar da sua glicemia para não piorar 
o quadro da diabetes. Se ficar beliscando e comendo 
alimentos com muito açúcar a sua situação só irá piorar. 
Vamos reorganizar os lanches da tarde, então. 
 
 
 
Situação: paciente diabético relata que o hábito de 
'beliscar’ os snacks disponíveis no trabalho está 
prejudicando o controle da glicemia. 
Brainstorm de soluções: 
- Ir ao mercado no final de semana e preparar lanches 
que possam ser levados 
ao trabalho. 
- Tirar as guloseimas da gaveta de trabalho. 
- Não pular refeições. 
- Organizar um número viável de refeições para não 
ficar com muita fome. 
• Objetivo: treinar habilidades para enfrentar 
situações de risco e corrigir crenças disfuncionais; 
• Visa o aprimoramento dos comportamentos já 
existentes ou instalação de novos comportamentos. 
É difícil cuidar da alimentação todos os dias, mas a cada 
dia que faço isso estou um pouco melhor com a minha 
saúde e disposição. 
Quando sentir dificuldade ou desânimo de fazer 
exercício físico: 
1.Farei uma lista dos benefícios que o exercício físico já 
me proporcionou. 
2.Vou levantar e me movimentar pelo menos 5 minutos. 
3.Convidarei um amigo para uma caminhada. 
4.Mandarei um WhatsApp para a terapeuta. 
Sei que tenho dificuldades com a alimentação e isso 
me traz desconforto. Mas, estou fazendo o meu 
melhor. 
Tudo bem se eu falhar alguns dias.

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