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, Os exames bioquímicos confirmam os sinais e sintomas relacionados ao estado nutricional e metabólico Os exames bioquímicos para a avaliação nutricional apontam alterações específicas do metabolismo, que podem estar ou não integrando um quadro patológico Além disso, permitem um monitoramento mais sensível e específico do metabolismo de proteínas, lipídios, carboidratos e função metabólica • A definição dos exames bioquímicos que o nutricionista solicita está na dependência do objetivo pretendido e do diagnóstico nutricional, momento e tipo de tratamento dietoterápico em que o paciente se encontra. • Lei 8234/91, artigo 4o, inciso VIII onde atribui ao nutricionista atividades de solicitação de exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico. A interpretação dos exames laboratoriais deve ser considerada juntamente com outros indicadores diretos e indiretos para obtenção da avaliação nutricional; Em 21 de fevereiro de 2016 o Conselho Federal de Nutricionistas divulgou recomendação sobre exames laboratoriais, onde o profissional só deverá solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas tenham sido aprovados cientificamente, respeitando os princípios da bioética e os preceitos contidos no Código de Ética do Nutricionista. Não cabendo ao CFN e CRN o estabelecimento de um rol de exames laboratoriais; Idade Sexo Massa muscular Estresse metabólico Ingestão de alimentos (necessidade jejum prévio) Ciclo menstrual Drogas (cafeína, tabagismo, álcool, fármacos) Imobilização prolongada (hospitalização) Gravidez Exercício físico Tipo de dieta Estado de hidratação Avaliação hematológica PRÁTICA DIETÉTICA III ▪ Glóbulos vermelhos = contém hemoglobina e transportam oxigênio ▪ Glóbulos brancos= ajudam no combate de infecções; função imunológica - Plaquetas= fragmentos de citoplasma de células; função na coagulação e hemostasia - Leucócitos = tipos específicos/cada um tem uma função • Transportador do O2 do pulmão para circulação, e do CO2 da circulação para o pulmão. • É o pigmento intraeritrocitário • Toda Hb está contida nos eritrócitos Aumenta Desidratação Doença cardíaca congênita Queimaduras Diminui Retenção hídrica Anemia ferropriva Desnutrição/deficiencia AIDS • Medida da porcentagem de células vermelhas dentro do volume total de sangue - percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias • Indica a quantidade de Hb nos eritrócitos; • É afetado na desidratação e hiper-hidratação; Aumenta: Desidratação Trauma Cirurgia Queimadura Doença Cardíaca Congênita Diminui: Retenção hídrica Anemia Insuf. da medula óssea Desnutrição e def. nutricional VCM •Avalia o tamanho médio das hemácias; •Ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia •Aumenta: def. folato, B12, hepatopatia •Diminui: Def Fe avançada, necessidades de Fe aumentadas Valor de normalidade: Entre 80 e 100fl VCM < 80fl Indica microcitose VCM > 100fl Indica macrocitose ) - Peso da hemoglobina dentro das hemácias - É calculada dividindo-se a hemoglobina pelo número de eritrócitos. Ou seja, é o valor absoluto da média da quantidade de hemoglobina, - Hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica - Avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia. - Vai ser o nosso parâmetro para ver se a densidade da hemoglobina está correta nas hemácias. Pode ser, por exemplo, que seu valor médio por hemácia esteja normal, mas se a hemácia estiver pequena, ela acabará por ficar fique muito concentrada. Será um índice que irá associar as informações do VCM e do HCM - Hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica - Avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. - Pode indicar hemácias com problemas na sua morfologia. - Peso da hemoglobina dentro das hemácias - É calculada dividindo-se a hemoglobina pelo número de eritrócitos. Ou seja, é o valor absoluto da média da quantidade de hemoglobina, - Hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica - Avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia. - Vai ser o nosso parâmetro para ver se a densidade da hemoglobina está correta nas hemácias. Pode ser, por exemplo, que seu valor médio por hemácia esteja normal, mas se a hemácia estiver pequena, ela acabará por ficar fique muito concentrada. Será um índice que irá associar as informações do VCM e do HCM - Hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica - Avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. - Pode indicar hemácias com problemas na sua morfologia. Leucócitos - Células de defesa - Grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema imune - Valores elevados podem indicar INFECÇÃO ou Leucemia e valores reduzidos ocorrem por lesões na medula óssea (alterado na quimioterapia) Plaquetas - Fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de coagulação - O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL). Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação • Caracterizada por: - Hemoglobina < 13,5 g/dL (homens) – hemoglobina < 12,0 g/dL (mulheres) - Hematócrito < 41 % (homens) - hematócrito < 36% (mulheres) → Lembrar de respeitar o valor de referência do laboratório! → Varia conforme faixa etária → Microcítica, macrocítica e normocítica Mais comuns = - Ferropriva (deficiência de ferro) Hematócrito e hemoglobina baixos pode surgir após uma hemorragia ou menstruação severa, devido à perda de ferro pelo sangue. - Megaloblástica Deficiência de ácido fólico ou B12 - Perniciosa Deficiência de B12 (má absorção geralmente) • Absorvido principalmente no duodeno e jejuno • Ferro não- heme será reduzido à forma ferrosa • Transporte ferro dependente de cobre • Ferro absorvido só se acumula na célula intestinal enquanto houver ferritina livre • Transportado pela transferrina → até 12mg do mineral- normalmente 3mg • Biodisponibilidade= - Ferro heme (produtos de origem animal) = 15-20% - Não-heme (produtos de origem vegetal)= 5-10% • Biodisponibilidade: • Sulfato ferroso = efeitos colaterais • Ferro (quelado), ferro (polimaltosado), ferro (liposomal) - H: 2x 10mg ou 15mg - M: 2x 15mg ou 20mg • Outros nutrientes importantes: Vitamina A, C, B2 e Zn • UL: 45mg/dia • Observar quantidade de ferro elementar Funções • Vitamina lipossolúvel • Envolvida no metabolismo de cálcio e fósforo • Calciferol = sintetizada na pele pela ação dos raios UVB • Metabolização no fígado (calcidiol – 25 (OH) que é a principal forma de armazenamento) e rim (calcitriol 1,25(OH)D- forma mais ativa) • Síntese cutânea é mais significativa do que a ingestão alimentar • Exame: 25(OH)D3 → superior a 80nmol/L ou 20- 60ng/mL • Meia vida calcidiol de 10 dias a 3 semanas • Suplementação= associar a compostos oleosos (3-5g) • Biodisponibilidade depende de magnésio (fígado) e Mg, ferro, PTH (Rim) • A deficiência é mais prevalente em países com menor incidência de raios solares. • Maior cuidado: idosos, população negra e indivíduos com pouca exposição solar • Hidrossolúvel • Sintetizada exclusivamente por microorganismos como bactérias • Biodisponibilidade depende trato gastrointestinal = depende da produção e liberação adequada de ácido clorídrico e fator intrínseco para ser absorvida no íleo terminal • Valor de referência: 150-900pg/mL (ideal acima de 500) • Suplementação VO ou injeção intramuscular Normal: • jejum entre 60 mg/dl e 99mg/dl e inferior a 140mg/dl 2 horas após sobrecarga de glicose. Pré-diabetes: glicemia de jejum entre 100 a 126mg/dl Diabetes • 2 amostras colhidas em dias diferentes com resultado igual ou acima de 126mg/dl • glicemia aleatória (feita a qualquer hora) estiver igual ou acima de 200mg/dl na presença de sintomas. Testede tolerância à glicose aos 120 minutos igual ou acima de 200mg/dl. • Creatinina é um composto de aminoácido derivado do metabolismo da creatinina do músculo esquelético e da ingestão de dieta à base de carne; • Produto da degradação protéica; • É liberada no plasma numa taxa relativamente constante, é livremente filtrada no glomérulo e não é reabsorvida ou metabolizada no rim; • Reflete a TFG níveis aumentados = redução na função renal Valor de referência: 0,6 a 1,3 mg/dL • Produzida no fígado e excretada nos rins. • O nível elevado pode indicar falha na excreção renal, mas também pode indicar ingestão proteica elevada, desidratação ou hemorragia gastrintestinal. Valor normal: entre 10 – 40mg/dL • Maior forma de reserva de calorias; • Sofrem hidrólise no hepatócito ou nos adipócitos liberando ácidos graxos livres; • Valores normais: até 150mg/Dl • Relacionado ao consumo elevado de açúcares e farináceos • Esterol necessário à produção de hormônios e lipoproteínas; • Níveis elevados são fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCV), aterosclerose, acidente vascular encefálico (AVE); • Níveis reduzidos estão associados a causas como: desnutrição proteico- calórica, inflamação, sepse; e indica aumento do risco de mortalidade • LDL aumentado ou HDL baixo → risco para aterosclerose • LDL : abaixo de 160mg/dL • HDL: acima de 40mg/dL para homens e acima de 50mg/dL para mulheres Albumina • Retrata as reservas proteicas viscerais • Distintas das proteínas somáticas representadas pela massa proteica esquelética • Grande sensibilidade da síntese de albumina ao conteúdo proteico que advém da dieta • Meia vida: 21 dias O exame de tolerância à lactose é um tipo de exame alternativo menos sensível, raramente realizado nos dias de hoje. Depois que a pessoa tiver consumido uma quantidade calculada de lactose, o médico monitora seus sintomas e mede seus níveis de açúcar (glicose) no sangue várias vezes. A pessoa que consegue digerir lactose não desenvolve sintomas e seu nível de açúcar no sangue sobe. A pessoa que não consegue digerir lactose desenvolve diarreia, distensão abdominal e desconforto em 20 a 30 minutos e seu nível de açúcar no sangue não aumenta. • Marcadores sorológicos - Anticorpo antiglutaminase antitecidual (AAG) - Anticorpo antiendomísio (AEM) - Sensibilidade e especificidade superiores a 90% • Biópsia do intestino delgado É uma ferramenta barata e de fácil aplicação que pode contribuir para o diagnóstico nutricional. Parte integrante da avaliação do estado nutricional - São baseados nas medidas antropométricas (perímetros corporais e dobras cutâneas), bioimpedância elétrica (BIA) e ultrassom. - São classificados como “métodos duplamente indiretos”, pois resultam de equações ou nomogramas derivados dos métodos indiretos. Estas equações normalmente são formuladas para populações muito específicas, como atletas, não- atletas, jovens, idosos, crianças, homens, mulheres, negros, brancos e asiáticos etc. - PESO ATUAL - PESO USUAL - PESO ESTIMADO= considera AJ, CP, CB e PSE/ Edema - PESO IDEAL - PESO AJUSTADO = amputados - % Mudança de peso - Estatura x comprimento - Estimativa altura = (AJ ou recumbente) IMC • Braço • Peito/tórax • Cintura • Abdômen • Quadril • Coxa (proximal, medial, distal) • Panturrilha - Muitas equações - generalizadas/específicas - Opção - medidas isoladas ou somatória - Distribuição gordura - é similar/sexo? - Habilidade avaliador - técnica Exame Físico Focado na Nutrição Semiologia Nutricional - Importante ressaltar que sinais e sintomas podem desenvolver-se somente em estágios avançados de deficiência. - Por isso, não é recomendado que se elabore um diagnóstico nutricional baseado exclusivamente em sinais e sintomas. Orientações gerais: - Deverá ser realizado após a anamnese; - É complementar ao raciocínio clínico do nutricionista; Preparação para o Exame Físico - Lavar as mãos - Higiene dos equipamentos - Uso de EPIs se necessário Atenção: - O paciente deve estar confortável, com vestimentas adequadas (avental de exame) - Ambiente privado, silencioso, confortável em termos de luz e temperatura - Explicação do processo de avaliação. > Orientações gerais: - Deverá ser realizado após a anamnese; - É complementar ao raciocínio clínico do nutricionista; Preparação para o Exame Físico - Lavar as mãos - Higiene dos equipamentos - Uso de EPIs se necessário - Explicação do processo de avaliação. Habilidades x Exame Físico - O exame físico faz uso de todos os sentidos do examinador qualificado para distinguir variações do “usual/normal” - Como me torno qualificado? As habilidades são desenvolvidas e mantidas através da prática continuada! Brilho, quantidade, espessura, hidratação, alopecia ✓ Sem brilho ✓ Quebradiço ✓ Perda de cabelo ✓ Esparso ✓ Despigmentado ✓ Fácil de arrancar s/dor Edema ou depleção, cor da pele, lesões e traumas Exame Físico Nutricional ✓ Observar cor da pele, lesões, texturas, profundidade e umidade. ✓ Bochechas, regiões suborbitárias e têmporas; ✓ Edema ou depleção da musculatura temporal (exposição arco zigomático) ✓ Lesões e traumas na face podem interferir na ingestão alimentar. Nariz - Observar se existe sonda para a alimentação. Inspecionar esclera e conjuntiva ✓ Aspecto (brilho, umidade e cor) das mucosas e membranas ✓ Sinais de excesso de nutrientes (xantelasma, arco córneo lipídico) ✓ Sinais de deficiência de nutrientes (desnutrição – olhos escavados, escuros e flacidez ao redor; xeroftalmia, nictalopia) Inspecionar ✓ Lábios: coloração da mucosa, presença de lesões decorrentes de hipovitaminoses ✓ Língua: coloração, integridade papilar, edema, espessamento ✓ Gengiva: edema, porosidade e sangramento ✓ Peças dentárias: cáries, ausência de peças, prótese (bem adaptada ou não), alterações por excesso ou escassez de nutrientes Inspecionar ✓ Pele: cor, pigmentação, integridade, turgor, edema, brilho e temperatura, manifestações de deficiência ou excesso de nutrientes ✓ Unhas: forma, ângulo, coloração, contorno, rigidez e presença de micoses ✓ Unhas moles, finas e facilmente dobráveis: associação com desnutrição. ✓ Ondas transversas: deficiência de PTN. ✓ Côncavas: deficiência de Fe. ✓ Coiloníquia: deficiência de Fe, com ou sem anemia, podendo ser resultado de deficiência de Zn, PTN e/ou Cu ✓ Unhas irregulares e manchadas: deficiências vitamínicas. Inspecionar ✓ Rigidez: flácido ou tenso ✓ Volume: distendido, plano, globoso ou escavado ✓ Presença de gases: poucos gases (normal), maciez (quando há tumor) ou timpânico Inspecionar ✓ Excesso ou déficit de tecido subcutâneo /adiposo – flacidez; presença de edema ✓ Retração ou atrofia muscular. CONDIÇÃO HÍDRICA ✓ A condição hídrica é parte do exame físico nutricional. ✓ Os sinais extremos opostos das anormalidades hídricas são a desidratação e o edema. Edema ✓ Pesquisa = membros inferiores e tornozelos. ✓ Após pressão suave e contínua sobre face anterior da perna. Cacifo ou Sinal de Godet Causas: ✓ Hipoalbuminemia ✓ DCV ✓ DR DESITRATAÇÃO ✓ Observar cor e turbidez da urina (volume urinário pequeno; urina escura e concentrada) ✓ Turgor ruim da pele pode indicar desidratação ou redução excessiva de peso. ✓ Outros sinais precoces: cefaleia, fadiga, perda de apetite, boca e olhos secos, saliva pegajosa, pele fria/pálida/úmida, urina com odor forte, tontura ao mudar de posição, confusão mental, hipotensão, taquicardia, temperatura aumentada. . ✓ Cada vez mais raras. ✓ Muitos achados clínicos não são específicos. ✓ DEP x Obesos com restrição calórica muito severa (<1000 Kcal/dia). ✓ Hepatopatase nefropatas também são grupo de risco (ingestão inadequada). Deficiência de Micronutrientes ✓ Idosos ✓ Pacientes que fazem uso de múltiplas medicações ✓ Injúria ✓ Má-absorção intestinal ✓ Cirurgia bariátrica Do grego “aná” (trazer de novo) + “mesis” (memória) Entrevista = técnica e objetiva Identificação Queixa principal História da doença atual (HDA) História médica pregressa (HMP) Alguns questionamentos importantes: Intolerâncias e alergias alimentares; Quem prepara as refeições; Hidratação; Uso de suplementos, medicamentos; Uso de latas óleo/mês, sal, açúcar; Hábito urinário e intestinal; Rotina diária. Procedimento metodológico onde se obtém informações quantitativas e/ou qualitativas sobre o consumo alimentar de indivíduos, grupos e populações Instrumento fundamental para avaliação nutricional Podem avaliar consumo atual e pregresso Avaliar o consumo alimentar de indivíduos e/ou grupos Estabelecer diagnóstico e condições de risco Planejar e avaliar programas de educação nutricional Orientar políticas nacionais sobre alimentação e Nutrição O que será avaliado? ✓ Nutrientes / Energia ✓ Alimento ✓ Grupos de alimentos ✓ Padrão alimentar Técnica retrospectiva: informações do passado imediato ou de longo prazo • Questionário de frequência alimentar • Recordatório de 24h • História alimentar Técnica prospectiva: informações do presente • Diário alimentar ou Registro alimenta – • Instrumento mais empregado – indivíduos e populações • Quantificar e definir todos os alimentos e bebidas consumidos nas 24 horas precedentes‐ dia anterior • Entrevista pessoal ou telefone • Dieta atual • Detalhamento (forma de cocção, marcas, “integral”) • Porções – álbum fotográfico, réplicas Aborda hábitos alimentares atuais e do passado • Extensa entrevista para obtenção de um padrão alimentar global • QFA + Registro Alimentar de 3 dias + entrevista detalhada sobre o padrão de alimentação • Estudos longitudinais Visa a avaliação da dieta habitual do indivíduo • Considerado o mais adequado para estudos epidemiológicos que avaliam a associação entre dieta e doenças crônicas • 3 tipos • Qualitativo = visão superficial da qualidade da dieta do indivíduo • Semiquantitativo = avalia-se tamanho das porções consumidas = possibilita estimar consumo alimentar em quantidade • Quantitativo = similar ao semiquantitativo com riqueza maior de detalhes – • Visa a avaliação da dieta habitual do indivíduo • Considerado o mais adequado para estudos epidemiológicos que avaliam a associação entre dieta e doenças crônicas – Exemplos de QFA Questionário tipo Willet • QFA semiquantitativo (1979) • Relação dieta x DCNT • 131 itens alimentares e 9 categorias de frequência • Nível de ingestão – ano anterior Questionário tipo Block • QFA quantitativo • Relação dieta x fatores de risco para câncer • 147 itens alimentares e 9 categorias de frequência Exemplos de QFA – desenvolvidos no Brasil Questionário de Sichieri e Everhart (1998) ‐ 71 itens ‐ Formulado com base em dados do ENDEF e de outras pesquisas ‐ Avaliação da dieta do adulto no mês anterior Cardoso e Stocco (2000) ‐ 120 itens aplicado em mulheres de origem japonesa ‐ Avalia o consumo no ano precedente Salvo e Gimeno (2002) ‐ 90 itens – população adulta com excesso de peso Slater et al. (2003) ‐ QFA semiquantitativo para adolescentes ‐ 76 itens – consumo nos últimos 6 meses Collucci (2003) ‐ QFA semiquantitativo para < 5 anos Lima et al. (2003) ‐ 76 itens ‐ Avaliando o ano precedente ‐ Aplicação: Caso –controle sobre dieta e câncer de Mama REGISTRO ALIMENTAR • Ingestão atual • Anotação dos alimentos e bebidas consumidas, em formulários específicos • 3, 5 ou 7 dias (1 dia = final de semana) • Anotação da porção em medidas caseiras ou pesagem • Registro detalhado = forma de preparo, sal, açúcar, marcas • Fotos, medidas caseiras e porções • Tendência a modificar padrão alimentar Gestantes: • A ingestão muda durante a gravidez – avaliação deve ser periódica • A ingestão habitual pode estar alterada devido a mitose tabus Lactantes: • A ingestão muda com a intensidade da amamentação Idosos: • Limitações quanto ao recordatório GRUPOS ESPECIAIS Crianças: • Não tem habilidade para lembrar seu consumo alimentar e estimar corretamente o tamanho das porções • Vocabulário limitado sobre alimentos e preparações Autores sugerem idade mínima de 10 anos para se ter uma informação razoavelmente precisa sobre o consumo alimentar Enfermos: • Alimentação diferente do hábito normal • Condição clínica interfere com a ingestão Analfabetos: • A avaliação deve ser realizada por um membro da família Obesos/Magros: • Tendência à omissão ou inclusão de alimentos Atletas: • Ingestão de acordo com a fase de treinamento • Ingestão de suplementos - Nutrição comportamental - Prazer - Comunidade - Família - Espiritualidade - Relacionamento com o mundo - Expressão de nossa identidade Comportamento Alimentar Nutrição comportamental • Atuação do nutricionista mais globalizante e empática • Promover mudanças no relacionamento do nutricionista com seu paciente e na comunicação da mídia e da indústria com seus consumidores. • Deve ser inclusiva • Ampliar o modo de atuação do nutricionista • Reconhecer e respeitar o espaço de cada alimento em uma alimentação saudável • Ressaltar a importância de comportamentos saudáveis e da saúde, não apenas do peso SISTEMA HEDÔNICO As estruturas córtico-límbicas lidam com cognição, recompensa e emoção ❖ Este sistema tem a capacidade de modular o comportamento alimentar apenas pelo desejo de algum alimento e não pela sua necessidade metabólica • Quando fazemos educação nutricional e reeducação alimentar, nós atuamos em cada uma dessas etapas • Ao conseguir modificar estilo de vida, de fato, em nível cortical, o que fazemos nada mais é do que neuroplasticidade. Porque plasticidade em neurociência significa mudança • Ainda, plasticidade pode ser maladaptativa (obesidade ou TA’s) ou bem adaptativa (comportamento alimentar saudável) Maiores Enganos • Conhecimento→ Prediz comportamento alimentar • Indivíduos que participam de intervenções nutricionais: Estão prontos/aptos para mudança comportamento? Terapia cognitivo comportamental • É uma abordagem de tratamento fundamentada em evidências. • Não significa que o nutricionista vai se aprofundar na análise das emoções, mas sim utilizar técnicas adaptadas à realidade de nutrição para ajudar o indivíduo a resgatar os sinais internos de fome, saciedade e prazer em comer. Mudar do papel prescritivo para o papel de guiar o indivíduo Precisamos trabalhar com o processo e não apenas com o objetivo A TCC é uma psicoterapia breve, estruturada, orientada e com foco na resolução de um problema atual, por meio da modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais • Sua eficácia está muito bem fundamentada por diversos ensaios clínicos e metanálises COGNIÇÕES – EMOÇÕES – COMPORTAMENTOS ❖ Nível mais superficial da cognição ❖ Espontâneos, involuntários e rápidos ❖ Raramente questionados ❖ Específicos para cada situação ❖ Pode ser mais facilmente reconhecido através da emoção, mudanças no comportamento e reações fisiológicas ” Não conseguirei comer melhor” “Ela acha que sou feio” “Para ele é fácil, é magro de ruim” “Essa semana foi horrível, só comi besteira” “Já saí da dieta mesmo, agora vou comer tudo que vier pela frente” “Nãoé justo que eu não possa comer como as outras pessoas” “Não melhorou a minha alimentação por motivos mais profundos e de natureza desconhecida” ❖ São crenças nucleares que agem como normas sociais para o processamento de informações ❖ Permite aos indivíduos selecionar, filtrar, codificar e atribuir significado às informações do ambiente “Sou digno de confiança” “Tudo que é bom é imoral ou engorda” “Se eu não agradar aos outros, serei rejeitado” “Se eu me preparar antes, faço melhor” “Não consigo ter controle sobre a minha alimentação” CONCEITUAÇÃO COGNITIVA Ideias sobre si mesmo, sobre o mundo e sobre as pessoas MODELO COGNITIVO Identificar para avaliar e desenvolver respostas mais adaptativas ❖ Forma verbal e visual ❖ Tipos de pensamentos automáticos 1) Distorções: pensamento não condizente com a realidade 2) Correto, mas conclusão distorcida: “eu não segui o plano alimentar combinado com meu nutricionista, portanto eu não sirvo para nada” “O que estava passando pela sua cabeça?” ❖ Fazer a pergunta quando: 1) O paciente descrever uma situação problemática 2) O nutricionista notar alteração ou intensificação no afeto do paciente na consulta (sinais verbais e não verbais) ❖ Usar exemplos do próprio paciente para explicar É importante decidir colaborativamente com o paciente se o pensamento é verdadeiro ou não. 1) Quais as evidências que apoiam essa ideia? E quais são contrárias? 2) Existe uma explicação alternativa para essa ideia? 3) Qual a pior coisa que pode acontecer? E se isso acontecer, como eu posso enfrentar? Qual a melhor coisa que poderia acontecer? Qual o resultado mais realista? 4) O que eu diria a um amigo se ele tivesse na mesma situação? 5) Como aprendeu a pensar assim? ❖ Pensamentos automáticos disfuncionais ❖ Considerados “erros de pensamentos” ❖ Geralmente são exagerados ❖ Geram consequências negativas AVALIANDO OS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS E se o pensamento for verdadeiro. O que fazer? Focar na solução de problemas Investigar conclusões inválidas Ex: “Estou engordando = sou uma inútil” Que evidências você tem contrárias a essa ideia? Trabalhar aceitação • Aliança terapêutica • Questionamento socrático • Automonitoramento • Reestruturação cognitiva • Prescrição gradual de metas para a dessensibilização • Troca de papéis • Cartão de motivação • Cartão de enfrentamento • Cartão de autocompaixão • Psicoeducação nutricional ❖Confiável ❖Interessado ❖Atento ❖Confidente ❖Disponível ❖Honesto ❖Flexível ❖Respeitoso • Objetivo: guiar o paciente para a descoberta por meio de investigação, questionamento com respostas livres. DIFERENTE DE: TN: Você tem que cuidar da sua glicemia para não piorar o quadro da diabetes. Se ficar beliscando e comendo alimentos com muito açúcar a sua situação só irá piorar. Vamos reorganizar os lanches da tarde, então. Situação: paciente diabético relata que o hábito de 'beliscar’ os snacks disponíveis no trabalho está prejudicando o controle da glicemia. Brainstorm de soluções: - Ir ao mercado no final de semana e preparar lanches que possam ser levados ao trabalho. - Tirar as guloseimas da gaveta de trabalho. - Não pular refeições. - Organizar um número viável de refeições para não ficar com muita fome. • Objetivo: treinar habilidades para enfrentar situações de risco e corrigir crenças disfuncionais; • Visa o aprimoramento dos comportamentos já existentes ou instalação de novos comportamentos. É difícil cuidar da alimentação todos os dias, mas a cada dia que faço isso estou um pouco melhor com a minha saúde e disposição. Quando sentir dificuldade ou desânimo de fazer exercício físico: 1.Farei uma lista dos benefícios que o exercício físico já me proporcionou. 2.Vou levantar e me movimentar pelo menos 5 minutos. 3.Convidarei um amigo para uma caminhada. 4.Mandarei um WhatsApp para a terapeuta. Sei que tenho dificuldades com a alimentação e isso me traz desconforto. Mas, estou fazendo o meu melhor. Tudo bem se eu falhar alguns dias.
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