Buscar

Curso de coordenador pedagógico - parte 2 - gaby

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Gabriela Galvez ‘ – parte 2 – complemento -
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA SEGUNDO A LEGISLAÇÃO.
       No Brasil, a função de coordenação pedagógica nasceu na década de 1920, com a tarefa de homogeneizar propostas pedagógicas, hierarquizar competências e catalogar as práticas pedagógicas. No decorrer do século XX e, sobretudo, no auge do tecnicismo da década de 1970, a dicotomização do trabalho pedagógico tornou-se potencializada com a estruturação da divisão entre planejamento e execução. A figura do Coordenador pedagógico, revestida dos cargos de supervisão, orientação e inspeção escolar simbolizava o controle e a hierarquização do poder.
Com a redemocratização da sociedade, na década de 1980, e a conquista dos movimentos dos trabalhadores da educação pelo princípio da democratização da gestão escolar, foram intensificadas as experiências e as funções dos Coordenadores Pedagógicos em face aos novos projetos educativos implantados pelos sistemas. 
        Em face desses desafios, o marco legal regulatório da educação escolar brasileira, a Lei nº 9.394/96, mais conhecida como lei de Diretrizes e Bases da educação, define um elenco de tarefas a serem executadas pela instituição e seus profissionais. Nessa medida, os docentes passam a se envolver de forma mais direta na gestão democrática da escola articulados à família e à comunidade.  
A materialização da gestão democrática, pelo que se pode ler na lei, se configura pela autonomia financeira, pedagógica e administrativa, devendo o profissional acompanhar e classificar o aluno de acordo com o seu desempenho, controlar a frequência organizar o projeto pedagógico e o calendário da escola entre outras tarefas, como a gestão financeira, que passou a ocupar lugar central do trabalho do diretor escolar.
Um fator muito importante na função do Coordenador pedagógico é levantado por Bruno (2010, p. 19) Ao subsidiar e organizar a reflexão dos professores sobre as razões que justificam suas ações pedagógicas e sobre as dificuldades que encontram para desenvolver o seu trabalho, o professor-coordenador pedagógico está favorecendo a tomada de consciência sobre a sua prática pedagógica na escola. 
Hoje, não se pode pensar mais em escola sem a figura de um Coordenador Pedagógico, profissional essencial a evolução do sistema educacional. Sua participação no processo de ensino aprendizagem é indiscutivelmente importantíssimo frente aos objetivos que se pretende alcançar nos diversos níveis de aprendizagem, desde a educação Infantil até os últimos anos do Ensino Médio, sua participação é fundamental.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
BRUNO, Eliane Bambini Gorgueira. O coordenador pedagógico a formação docente. São Paulo, Edições Loyola, 2000.
 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS DOCENTES
Uma das premissas mais importantes dos profissionais de Educação diz respeito a sua Formação Continuada, que nada mais é do que aquela formação complementar a sua Formação inicial, que lhe auxiliar em seu processo de melhoramento da sua prática.
Por isso, primeiramente, com as novas diretrizes para a gestão da educação no Brasil, a relação do coordenador com os professores passou a ser de formador — ou seja, é ele quem dispõe de meios para que a Formação Continuada dos docentes aconteça, o que de certa forma não é o ideal, importante sim, mas o profissional deve também buscar outras formas de estar realizando a sua Formação Continuada.
Essa responsabilidade acerca da Formação Continuada do profissional de Educação não é de inteira responsabilidade do Coordenador Pedagógico, mas ele pode e deve contribuir consideravelmente para com essa formação.
É importante considerar em meio a sua responsabilidade com a Formação continuada que é de fato nesse processo de continuidade dos estudos que o professor tem a chance de aprofundar e atualizar seus conhecimentos. O coordenador pode incentivar essa prática oferecendo cursos online voltados para a formação continuada, e trabalhando para implementar na instituição uma cultura que incentive e valorize a Formação Continuada dos docentes.
O incentivo acerca da Formação Continuada deve ser uma prática não somente das Instituições públicas de Ensino, ou tão somente da Gestão Pública, mas deve nortear a prática das Instituições Privadas de Ensino, também, muito embora isso não seja uma realidade em nosso país.
Dentre as tantas responsabilidades atribuídas ao Coordenador Pedagógico, a de prover mecanismos que possibilitem a Formação Continuada dos seus professores, equipe docente, é apenas mais uma, cuja atribuição lhe possibilita ao mesmo tempo que oferta conhecimento, também aprende com ele durante aa troca de experiências entre seus profissionais.
Dessa forma, ele também tem o papel de promover a formação continuada do corpo docente por meio de cursos e encontros focados na melhoria da prática pedagógica dentro da própria instituição. Nesse âmbito, cabe ressaltar que essa formação não deve ser pauta apenas em um encontro formal, sem planejamento ou estratégia de execução. Essa formação deve de fato objetivar o melhoramento da prática docente, contribuindo assim para com a formação integral de toda a sua comunidade escolar.
Assim, entende-se que a articulação entre teoria e a prática acontece por intermédio desse profissional, sendo dele a função de refletir junto aos professores quanto às suas práticas diante das condições e necessidades de ensino-aprendizagem dos alunos.
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: CONEXÃO ENTRE TEORIA X PRÁTICA
Um dos fatores importantes na condução das diretrizes educacionais pelo Coordenador Pedagógico, diz respeito a relação que ele estabelece com os seus comandados, em especial o corpo docente entre teoria x prática, visto que diz o bom senso que entre essa relação, não deve haver disparidade.
No entanto, ressalta-se que infelizmente é muito comum que haja diferenças na relação do Coordenador Pedagógico entre teórica e prática, comprometendo além do processo de ensino aprendizagem dos educandos a relação entre os profissionais de educação.
É função do coordenador avaliar a conexão entre o currículo e a prática diária dos professores na sala de aula. É claro que ele deve fazer isso sem a pressão de um fiscalizador, no papel de observador.
Na prática de um Coordenador Pedagógico comprometido como a formação integral do ser humano não há espaço para um ser autoritário, prepotente e tão pouco fiscalizador, mesmo estando ocupando um cargo de chefia onde a sua parcela de responsabilidade torna-se ainda maior.
É preciso compreender que a relação entre Coordenação pedagógica e corpo docente deve ser sempre cordial e harmoniosa, fazendo as intervenções e cobranças necessárias ao bom funcionamento e rendimento escolar, mas nunca ultrapassando as esferas do bom senso e da ética profissional.
O coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que se apresenta a sua volta valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando os resultados, essa caminhada nem sempre é feita com segurança, pois as diversas informações e responsabilidades o medo e a insegurança também fazem parte dessa trajetória, cabe ao coordenador refletir sobre sua própria prática para superar os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino – aprendizagem. O trabalho em equipe é fonte inesgotável de superação e valorização do profissional.
Face a isso, é preciso que o Coordenador Pedagógico possa compreender que será partilhando o conhecimento e experiência adquirido que fará a sua jornada, caminhada, um momento de sucesso partilhado. Essa percepção acerca da coletividade é que fará toda a diferença na propagação do conhecimento nos mais diversos lugares.
O coordenador deve estar preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe. Dentro das diversas atribuições está o ato de acompanhar o trabalho docente, sendo responsável pelo elo de ligação entre os envolvidos na comunidade educacional. A questão do relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial para uma gestão democrática, para que isso aconteça com estratégias bem formuladas o coordenador não pode perderseu foco.
Agora, diferentemente do que acontecia antes dos anos 90, ele verifica com mais flexibilidade se os professores estão acompanhando o que foi decidido no projeto pedagógico da escola.
Nessa função ele também pode propor novas formas de lidar com a turma ou com alguns alunos que precisam de atenção especial, oferecendo soluções para problemas e dando o suporte necessário para as atividades que estejam relacionadas ao aprendizado.                                                                               
 COORDENAR: INCENTIVAR O TRABALHO EM GRUPO
Na sociedade contemporânea não há espaço para o trabalho individualizado, o coletivo é sempre a melhor opção. Em razão disso, o papel do Coordenador Pedagógico como um líder nato, é ter a capacidade de reunir em um mesmo ambiente, profissionais que possam trabalhar em grupo em prol do mesmo propósito, o desenvolvimento das habilidades e competências dos educandos.
A coordenação pedagógica torna-se então essencial à gestão pedagógica da escola, uma vez que o coordenador assume a função de articulador da Proposta Pedagógica da escola e do currículo da rede na qual está inserido, assim como a responsabilidade pela formação continuada dos professores, sem perder de vista que a sala de aula e, portanto, a aprendizagem dos alunos deve se constituir como o referencial para as ações que irá desenvolver no seu exercício profissional.
Diante dessa função estruturante no desenvolvimento da prática pedagógica é necessário que o coordenador priorize atividades através de uma rotina, elabore um projeto de formação continuada direcionado ao corpo docente e estruture um plano de ação a partir das definições da proposta pedagógica e com base nas necessidades da escola.
O desenvolvimento de uma rotina resulta da necessidade de se prever espaços e tempo para cada ação do Professor Coordenador no cotidiano da escola: estudo, planejamento, reuniões de formação, acompanhamento do trabalho dos professores e das classes.
Ao atuar como gestor pedagógico, com competência para planejar, acompanhar e avaliar os processos de ensinar e aprender, o coordenador deve orientar o trabalho dos demais docentes, oferecendo condições para que o professor aprofunde sua área específica e transforme seu conhecimento em ensino. Desta maneira, deve rever periodicamente seu plano de formação e dedicar tempo para a elaboração de pautas para reuniões de formação continuada centradas tanto nas necessidades de ensino dos professores como nas necessidades de aprendizagem dos alunos, uma vez que cada reunião deve ser articulada ao contexto de trabalho e ter como referencial a reflexão sobre as práticas de sala de aula e a aprendizagem dos alunos, buscando construir coletivamente respostas para as dificuldades enfrentadas pelo grupo docente.
                            
    O trabalho em grupo também é incentivado por esse profissional, que busca motivar o desenvolvimento de atividades interdisciplinares. Por isso, a boa comunicação entre a coordenação e os professores é um meio eficaz de amarrar pontas que estejam soltas para a construção de um projeto alinhado.
A atuação do coordenador está vinculada tanto ao coletivo quanto ao individual. Por isso, ele tem o papel de articular as ideias. Logo, se o professor de português, por exemplo, tem uma ideia que, na visão do coordenador, pode ser utilizada por todos os outros docentes, ele provavelmente compartilhará essa ideia no intuito de agregar algo à prática do grupo.
Esse processo interdisciplinar é importante para a formação do indivíduo, por isso compartilhar além de novos conhecimentos, experiências que possibilitem a coordenar sua prática em sala de atual, certamente, será incentivado pelo Coordenador Pedagógico, o líder do corpo docente.
O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO É OUVIR E GUIAR OS PROFESSORES
A atuação do coordenador se relaciona tanto à equipe escolar como um grupo, quanto a cada docente individualmente. Isso significa que é função do coordenador ouvir e guiar os professores, estimulando o engajamento com projetos coletivos e individuais.
O guia, aqui representado pelo Coordenador Pedagógico, ao perceber que alguém está triste, deverá questionar o grupo do que pode ser feito para alegrar aquela pessoa, fazendo com que todos reflitam sobre os sentimentos alheios e o quanto podemos ser solidários às pessoas, quando estas precisam de nós.
Importante elogiar, e quando esse elogio vem do seu Coordenador Pedagógico principalmente, portanto, você que hoje está na função de Coordenador Pedagógico, lembre-se que seu professor (a) tem  muito mais do  que os pontos negativos que você tem feito questão de destacar, seja de forma individual, ou naquela reunião coletiva que costuma fazer, mesmo que faça isso sem citar o seu nome. Talvez, seja o elogio, a cereja do bolo que estava faltando para que o seu profissional possa render tudo aquilo que você sabe que ele tem potencial, mas que até agora você ainda espera por esse rendimento. Faça isso... elogie-o e verá que o seu rendimento, certamente mudará, e para melhor.
Para isso, ele traça estratégias e ações focadas na melhoria do processo de ensino-aprendizagem, no desenvolvimento do conhecimento e no estreitamento das relações interpessoais.
Por isso, é importante destacar que dentre as tantas inteligências emocionais que uma pessoa possui, a relação interpessoal é uma de grande destaque, pois é a forma como o indivíduo lida com o seu meio social, seja na família, na escola ou no trabalho. Nesse caso, relacionar-se bem com os demais colegas de trabalho, com sua coordenação pedagógica e com os demais membros que compõem a escola é extremamente importante para sequência da caminhada pessoal e profissional.
Mas nem sempre encontramos pelo caminho pessoas que somente nos agradam, tendo aqueles que de uma forma ou outra causam sensações que não queríamos viver, afastando-nos dos mesmos. Dessa forma, quando acontece qualquer contratempo com a sua equipe de profissionais devido as relações interpessoais, é preciso que o Coordenador Pedagógico, possa por meio do diálogo, intervir, a fim de ouvir os dois lados e solucionar a problemática da melhor forma possível, trazendo ao ambiente escolar, a relação de boa convivência.
Como a escola é um espaço social de grande número de pessoas, é normal que aconteçam os conflitos. O que não pode ser comum é o desprezo em relação aos incômodos, pois esses devem ser trabalhados a fim de tornar os sujeitos mais tolerantes com o seu próximo. É preciso considerar que mesmo sendo diferentes em nossas habilidades e competências, somos todos iguais perante a Constituição federal de 1988 e por isso merecemos tratamento igualitário, promovendo a equação da equidade, bem como servindo de exemplo para nossos comandados.
Algumas atividades podem auxiliar os profissionais de educação a perceberem as diferenças entre as pessoas, além de mostrar que cada um deve ser respeitado e valorizado em suas características próprias. E esse é um papel importante para o Coordenador Pedagógico, mostrar aos seus comandados que todos eles são importantes para a árdua caminhada que é a transmissão do conhecimento, por isso precisa do apoio e profissionalismo de todos os envolvidos.
 COORDENAR É GARANTIR A BOA COMUNICAÇÃO
O coordenador também está na escola para garantir uma boa comunicação entre a direção e os educadores, entre os alunos e os professores, e entre a família e a escola, assim entendemos a comunicação entre ambas as partes como um fator preponderante para o sucesso da parceria.
Nesse quesito, ressalta-se que a família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. E nesse elo de ligação se encontra o profissional que atua como Coordenador Pedagógico na escola.
Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor. E para que isso aconteça,o ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.
Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola podem oferecer, propiciando o desenvolvimento pleno respectivamente dos seus filhos e dos seus alunos. Alguns critérios devem ser considerados como prioridade para ambas as partes. Por isso, mediar essa relação de forma cordial e ética é uma das mais relevantes atuações do Coordenador Pedagógico.
A parceria da família com a escola sempre será fundamental para o sucesso da educação de todo indivíduo. Portanto, pais e educadores necessitam ser grandes e fiéis companheiros nessa nobre caminhada da formação educacional do ser humano, auxiliando o papel desenvolvido pelo Coordenador Pedagógico na escola, contribuindo com informações necessárias a boa prática, bem como ao desenvolvimento das suas habilidades e competências do educando.
Com uma parceria afinada, em que todos conhecem as funções um do outro no ambiente escolar, o coordenador é capaz de dar o norte para as ações, visando sempre ao melhor desempenho do todo. Por isso, é dele a função de informar pais e responsáveis quanto à situação escolar de seus filhos, sobretudo em casos problemáticos.
Cabe, dessa forma, ao profissional que atua como Coordenador Pedagógico a incumbência de comunicar a família todo o processo de desenvolvimento do educando, seja positivo ou negativo, para que a família tenha de fato, ciência de como está se desenvolvendo o seu filho (a).
Um outro fator preponderante é a parceria do professor com o aluno cria, na sala de aula, um clima interativo, um conhecimento articulado, facilitadores da comunicação e da abordagem da educação democrática e libertadora.
Ao trabalhar o aluno, sua matéria-prima, o professor marcam sua presença na sociedade, quando lhe entrega o resultado de sua obra maior: um cidadão conscientizado de que o desenvolvimento do País é a soma do desenvolvimento individual.
Para chegar a esse bom termo, o professor precisa adequar o seu ensino ao tipo de aluno que recebe; precisa falar, como emissor, a língua do aluno, o receptor. Conhecê-lo bem, conhecer seu universo cultural, deve ser o ponto de partida, a fim de centrar a aprendizagem em bases no real, no concreto, preferentemente nas séries iniciais, e evitar, assim, uma possível inadaptação do aluno aos métodos da escola.
Escola é vida, é experiência de vida. Investigar o cotidiano do aluno, trazer sua vida à escola, relacioná-la, estrategicamente, aos conteúdos do currículo, vão tornar a aula mais atraente, mais condizente com esse aluno.
O ato pedagógico deve estar inserido nas condições psicossociais do aluno, dentro de sua faixa etária, e ministrado de forma prazerosa e afetiva. O professor deve encaminhar o seu ensino de modo a desenvolver habilidades paralelamente à aquisição do conhecimento.
Face a isso, você que atua como Coordenador Pedagógico deve instigar em seu professor esse bom relacionamento entre professor e aluno, cada um tenho a consciência da sua responsabilidade, onde o respeito mútuo fará toda a diferença para o sucesso dessa jornada.
COORDENAR É INSERIR NOVAS FORMAS DE PENSAR ÀS PRÁTICAS ESCOLARES
Em tempos de novas tecnologias, todos os dias há alguma novidade inovadora no âmbito escolar. Nessa perspectiva, o coordenador tem o papel de articular as práticas escolares com as novas formas de pensar em uma escola conectada.
Enquanto os alunos estão por dentro de quase tudo o que envolve tecnologia, a gestão escolar não pode se fechar para as novidades. Portanto, novas formas de manter o aluno engajado nas aulas com a ajuda de ferramentas digitais devem ser pensadas pelo coordenador em conjunto com a comunidade escolar.
Os recursos tecnológicos são mutáveis e é o sujeito quem decide o que fazer com esses recursos. A nova tecnologia não é um fator isolado. Ela está presente nas transformações da vida, no meio sócio-político e cultural, no mercado de trabalho, nos relacionamentos, nos ideais, esperanças e sonhos. Cabe ao educador fazer escolhas coerentes com relação ao lugar apropriado e metodologia de aplicação da tecnologia. Essas escolhas são fundamentais para que a sociedade possa conquistar, gradativamente, domínio das ferramentas oferecidas pela informática, tendo a sensibilidade ética e social de que as nossas instituições de ensino formam a maioria dos "futuros cidadãos" deste país.
Em tempos de tecnologia, é preciso lembrar que grande parte dos profissionais que hoje atuam na escola não tem domínio sobre essa ferramenta. E sobre essa temática cabe ao Coordenador Pedagógico proporcionar aos seus professores formação inicial para alguns e continuada para outros, que precisam dar os primeiros passos para o uso assertivo dessa ferramenta.
Nesse processo do uso de tecnologias na escola cabe revelar que existem muitos paradigmas emergentes a serem superados no processo de informatização da escola. O sujeito é compreendido em função de seu constante processo de construção, transformando-se a partir de suas ações sobre o mundo, havendo intercâmbio com o meio, mediante processos interativos, onde sujeito e objeto são organismos vivos, ativos e abertos. O ser que se constrói a partir das relações com o mundo físico e social dá a dimensão sociocultural. À medida que constrói a consciência da estreita comunhão do homem com a totalidade tecnológica, compreendendo-se como parte integrante do universo, o sujeito projeta-se como transcendente e corresponsável para construção da realidade futura.
No intuito de garantir o trabalho pedagógico coletivo de qualidade, o coordenador deve levar a inovação para o âmbito escolar, principalmente por meio do incentivo ao uso de novas tecnologias educacionais, que, por sua vez, colaboram com a organização e com a escolha dos materiais necessários no processo de ensino-aprendizagem.
Em meio a esse processo pedagógico de informatização do professor na escola, o Coordenador deve estar atento a conduta do seu professor e identificar o que de fato é dificuldade do que é relutância quanto ao uso dessa ferramenta em suas aulas. Inovar é preciso, mas antes disso é preciso prover a estes profissionais de educação condições do manuseio desses equipamentos dentro e fora da sala e aula.
                                        
                                                        
  O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO UM LÍDER
As pressões existem e surgem de todos os lados — dos pais, dos professores, do diretor e dos estudantes. Por isso, o Coordenador Pedagógico se posiciona como um líder no espaço escolar. Contudo, uma boa liderança sabe que o diálogo é a base para conduzir e resolver conflitos.
         Para a aquisição dessa liderança é preciso que você, enquanto profissional que está a frente de uma Coordenação Escolar compreenda que será adquirindo o respeito dos seus colegas que sua liderança fluirá naturalmente, lembre-se de que seus comandados precisam ter respeito por você, e por seu trabalho.  Não será impondo, gritando, ditando regras que conseguirá esse respeito. É preciso que eles tenham respeito e não medo de você.
Uma das principais características de um bom líder é a flexibilidade de saber ouvir, analisar e discutir de maneira profissional. Assim, o Coordenador Pedagógico com atuação escolar que sabe liderar tem visão ampla e, por isso, consegue enxergar a escola como um todo, sendo capaz de buscar a melhor solução para os problemas existentes.
A liderança exercida por um profissional de educação que atua como Coordenador Pedagógico, vai muito além da relação coordenação e corpo docente ou discente, mas está também implicitamente relacionada com o dialogo exercido com toda a comunidade acadêmica.
Então, Coordenador Pedagógico, ser líder é ter a capacidade de administrar bem as situações, ser descontraído e extrovertido, manter um bom relacionamento, driblar os conflitos existentes no grupo e sedestacar no meio de todos.
A pessoa líder é aquela que tem o poder da sedução, desenvolvido através da fala, da forma como consegue expor suas ideias, conseguindo a confiança dos outros, transmitindo sua emoção e paixão por alguma coisa.
É importante mostrar que as pessoas precisam umas das outras e que se vangloriar disso pode levá-lo a ser mal visto pelos colegas, bem como pela família. Ao mesmo tempo, fazer com que aprenda a ter humildade em acatar a opinião dos outros e aceitar e respeitar as vontades de seus amigos durante as brincadeiras, não se achando melhor do que ninguém.
Portanto, não fique conhecido no âmbito escolar por ser um Coordenador Pedagógico fechado ao diálogo, autoritário, ou até mesmo que persegue seu professor, lembre-se de que você é tão responsável pelo sucesso ou fracasso da comunidade escolar na qual está inserido quanto ele.
Lidere o seu grupo de professores ao sucesso, coordene as ações pedagógicas de forma harmoniosa, ouça seus professores, oriente sus ações junto ao corpo discente e demais membros da comunidade estudantil, essa é a verdadeira atribuição de um Coordenador Pedagógico líder de seu grupo.  
O líder em situações de conflito, deve ser um elemento mediador, pois mobiliza as partes em conflito para um ajuste. Ajuda as partes envolvidas a discutir e resolver as situações de conflito. Age como um facilitador do processo, procura transformar as ações negativas em positivas, acolhe a diversidade de ideias, enaltece o respeito às características individuais, busca harmonizar os opostos. A boa liderança considera os interesses das partes envolvidas e ao mesmo tempo busca resultado favorável para ambas.
O líder procura sempre a acomodação de uma situação em conflito, ao apaziguar a situação, chegando a colocar as necessidades e interesses da outra parte acima dos seus. Uma boa administração de conflitos procura soluções, não culpados; analisa de maneira crítica e reflexiva a situação; sempre mantêm um clima de respeito; busca aperfeiçoar a habilidade de ouvir e falar; é construtivo ao fazer uma crítica, impede preconceitos; conserva a calma.
    O líder competente, em situações de conflito, possui a arte de ser flexível, contemplando a capacidade de responder de forma mais consistente aos desafios e problemas , de reagir com confiabilidade diante de desafios e circunstâncias desfavoráveis, obtendo uma atitude otimista, positiva e persistente e mantendo uma atitude de equilíbrio eficaz durante e após contendas.
 
COORDENAR É TAMBÉM AVALIAR O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Em mais uma das suas atribuições, o Coordenado Pedagógico, também é responsável pela avaliação do desenvolvimento do processo avaliativo do educando no ambiente escolar, para dimensionar o alcance o não dos objetivos traçados por sua equipe pedagógica.
É o coordenador quem analisa, avalia e dá feedback para pais e professores em relação aos resultados de aprendizagem dos alunos. Portanto, ele é quem planeja formas de trabalhar as demandas dos discentes. Para cumprir a função de transformador, o coordenador fornece condições reais para a aprendizagem.
Isso significa que o coordenador é quem oferece a abertura do espaço pedagógico para questionamentos, intervenções e propostas colaborativas, em que todos os envolvidos possam opinar e trocar informações a fim de ter um clima de confiança mútua e um ambiente agradável para se trabalhar.
Mensurar as possibilidades avaliativas durante o processo da aquisição do conhecimento pelo corpo discente é uma providência que deve ser liderada pelo Coordenador Pedagógico, visto que há várias faces que podem ser tomadas como processos avaliativos, vislumbrando o ser humano como um ser que está em constante evolução.
O ideal é que a avaliação considere a relação mútua existente entre os aspectos qualitativos e quantitativos da vida escolar do educando. Para isso, deve assumir várias formas, umas mais sistemáticas, outras menos, umas mais formais, ou mais informais. Sendo assim, o resultado das avaliações será apenas o reflexo do trabalho do professor. Isto porque, avaliar é um processo que exige comprometimento e perseverança do professor para vencer os obstáculos que surgem.
É possível verificar nesse processo avaliativo que o professor, enquanto profissional que está na ponta desse processo não pode ser responsabilizado sozinho, tanto pelo sucesso, quanto pelo fracasso, afinal de contas, as derrotas e as conquistas são resultados de inúmeros esforços, por isso devem ser partilhados com toda a equipe.
Na ação pedagógica a avaliação sempre se justifica em função dos objetivos previstos, que vão nortear o processo ensino-aprendizagem, que se define o que e como julgar, ou seja, o que e como avaliar. A avaliação pode ser entendida como um processo de análise qualitativa referente ao ensino e aprendizagem entre os alunos. Sendo esta, consequência de uma abordagem que envolve, além do aluno, o ambiente escolar e principalmente o professor. A avaliação possibilita verificar se os objetivos foram atingidos e realizados em sala de aula. Através de formas diferentes é possível avaliar o desenvolvimento do aluno, e assim, obter o resultado para dar continuidade no processo de ensino.
Nessa percepção acerca do processo avaliativo na escola, cabe ressaltar que a avaliação, portanto, representa um trabalho participativo, no qual há o engajamento de toda a comunidade educacional na busca de êxitos, tendo como perspectiva a continuidade da aprendizagem e um conhecimento de qualidade. Neste caso, a avaliação deve ser compreendida com um processo mediador onde os pressupostos de caráter qualitativo sirvam como subsídio para uma contínua reflexão do trabalho educacional.
 
 
QUAL É O PESO ESTRATÉGICO DAS FUNÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA ESCOLA?
 
         Ao contrário do que muitos pensam o Coordenador Pedagógico está muito além de um agente fiscalizador do trabalho dos seus comandados, ele está inserido no contexto escolar como um agente contribuinte do processo de ensino-aprendizagem e que está apto a dar a sua parcela de contribuição para a formação do ser humano.
Os pensamentos distintos dentro da comunidade escolar podem gerar conflitos. Assim, é preciso que a escola tenha um profissional preparado para resolvê-los quando necessário. Essa é a função estratégica do coordenador escolar, que, como vimos, é o articulador, formador e transformador das relações.
Cada grupo tem sua função ligada a um setor da escola e, dessa maneira, os diretores ficam com a administração e os educadores com as práticas em sala de aula. 
O Coordenador Escolar, por sua vez, garante a boa relação interpessoal desses grupos, além da verificação da aplicação do currículo e do Projeto Político Pedagógico.
A escola como instituição para o ensino pode ser um lócus excelente para a construção da cidadania, pois é o lugar institucional do projeto educacional. Sem negar o valor da educação informal em outros espaços, a escola é o lugar onde o processo de construção do conhecimento se dá de forma sistematizada. Por caracterizar-se como a institucionalização das mediações reais, a escola pode prever que além da intencionalidade, estejam garantidas as condições objetivas de concretização das ações pedagógicas impregnadas com as finalidades da cidadania.
Nesse conceito se compreende a escola enquanto parceira fundamental para a continuidade da formação do ser humano, enfatizando a contribuição que a família, enquanto primeira instituição educadora tem a nos proporcionar.
Dessa forma, a escola que introduz em seu Projeto Educacional a luta pela qualidade da educação para todos, abrangendo a totalidade da ação educacional como processo político-cultural e técnico-pedagógico de formação social e de construção, bem como de distribuição de conhecimentos científicos e tecnológicos socialmente significativos e relevantes para a cidadania, pode ser chamada de escola cidadã.
No entanto, a escola cidadã, autônoma e participativa, somente se completa com o desenvolvimento de um projeto político pedagógico capazde aglutinar os esforços na busca de melhores resultados para todos os alunos. O projeto político pedagógico (PPP) configura-se como um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira e por quem, para chegar aos resultados desejados. Deve, para tanto, explicitar uma filosofia e harmonizar as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo-lhe autonomia e definindo o compromisso com a comunidade. A ideia implica uma relação contratual, isto é, uma aceitação do projeto por todos os envolvidos; daí a importância de ser elaborado participativa e democraticamente.
Com foco no desenvolvimento do PPP (Plano político Pedagógico) da escola, o Coordenador Pedagógico deve organizar de forma estruturada, a função que cada um dos participes deve desempenhar na elaboração do PPP da escola, visto que, esse documento norteador deve conter os diversos olhares da comunidade escolar, unindo todos em razão de um único propósito, o desenvolvimento do ser humano.
As alternativas para a elaboração dos projetos que pensem e repensem as práticas escolares articulam-se com a capacidade do Coordenador Pedagógico em entender a realidade escolar e criar estratégias para implementar as melhorias necessárias — assim como para a manutenção daquilo que está dando certo.
Além de fazer o trabalho pedagógico e refletir sobre o desempenho da escola para criar maneiras de ver e fazer a prática educacional, as funções de um Coordenador Pedagógico favorecem a construção de um espaço democrático em que a participação de toda a comunidade escolar funciona como base para a produção de conhecimento — coletiva e individualmente.
É certo que o contexto social em que a escola se encontra é sempre dinâmico, heterogêneo, conflitivo: de um lado, condiciona o caráter da escola e restringe as possibilidades de como atuar; de outro, abre brechas que apontam a direção das potenciais transformações. Mas, ao ocupar seu espaço para realizar seu trabalho educativo, a escola faz mais que adotar diretrizes. Com o seu projeto, o caminho escolhido ganha a sua marca, a escola assume feição própria, adquire personalidade.
E, muito dessa personalidade de que a escola assume está relacionada a função que o Coordenador Pedagógico desempenha diuturnamente na sua comunidade escolar, visto que seu trabalho inicia e termina diferentemente dos demais profissionais da escola, dada a sua responsabilidade.
É evidente que a educação não constitui sozinha a cidadania, embora seja condição indispensável para que essa se constitua. Cidadania é um conceito em evolução, cujas diversas dimensões adquirem relevância variada no discurso do tempo e em virtude do desenvolvimento das formações históricas. Por isso, é necessário que a escola tenha clareza nos objetivos de seu projeto e que esteja preparada para o inesperado, incluindo a intuição e a sensibilidade de seus educadores.
                                                                                     
COMO SE TORNAR UM COORDENADOR PEDAGÓGICO
Especificamente, não há um padrão para que profissionais da educação assumam uma Coordenação Pedagógica. Os critérios variam de estado para estado e de tipo de rede – pública e particular. É sempre interessante pesquisar sobre o plano de carreira para entender como funciona o processo de seleção. Mas há consensos quanto ao currículo dos que almejam assumir uma Coordenação Pedagógica.
        Pelo menos dois fatores são consenso entre os contratantes de profissionais com desejo em assumir um cargo de Coordenador Pedagógico, Experiência e Formação, isso mesmo, antes que você pense o contrário, formação e experiência, as escolas têm dado preferência a profissionais que tenham experiência no assunto e consequentemente alguma formação no ramo educacional. 
Experiência: Ter vivência em sala de aula é um dos diferenciais ao cargo de Coordenador Pedagógico. Novamente, essa não é uma regra, mas conclui-se que, ao ter esse contato direto com os alunos e com a rotina docente, o profissional terá uma visão mais realista, facilitando o diálogo, tanto com os professores quanto com os discentes.
        Nesse campo acrescenta-se também a experiência no diálogo que este profissional deve ter para lidar com os demais membros da comunidade escolar, como é o caso da família, sempre com diferentes modos de pensar, agir e compreensão, deve respeitar as diferenças para aprender a conviver com elas.
Formação: Não é obrigatório ter magistério para exercer a função, mas normalmente o profissional dessa área possui essa formação, ou então, diploma de licenciatura. Entenda o não obrigatório como um requisito essencial, haja visto que, em se tratando de escola, os profissionais que vem do segmento magistério, certamente saem na frente dos outros que não são especificamente dessa área. 
COORDENADOR COMO UM MEDIADOR DA APRENDIZAGEM ESCOLAR. 
            A aprendizagem escolar passa por princípios éticos e morais que normatizam a conduta de um ser humano para a prática não só na escola, mas durante toda a sua vida em sociedade. Compreender a importância do Coordenador  Pedagógico como um mediador da aprendizagem escolar, é também ser entendido, reconhecido, e valorizado como agente multiplicador dos seus pensamentos, quando estes visam contribuir com a formação humana
Importante elogiar, e quando esse elogio vem do seu Coordenador Pedagógico principalmente, portanto, você que hoje está na função de Coordenador Pedagógico, lembre-se que seu professor(a) tem  muito mais do  que os pontos negativos que você tem feito questão de destacar, seja de forma individual, ou naquela reunião coletiva que costuma fazer, mesmo que faça isso sem citar o seu nome. Talvez, seja o elogio, a cereja do bolo que estava faltando para que o seu profissional possa render tudo aquilo que você sabe que ele tem potencial, mas que até agora você ainda espera por esse rendimento. Faça isso... elogie-o e verá que o seu rendimento, certamente mudará, e para melhor.
Em tempos de tecnologia, é preciso lembrar que grande parte dos profissionais que hoje atuam na escola não tem domínio sobre essa ferramenta. E sobre essa temática cabe ao Coordenador Pedagógico proporcionar aos seus professores formação inicial para alguns e continuada para outros, que precisam dar os primeiros passos para o uso assertivo dessa ferramenta.
Em meio a esse processo pedagógico de informatização do professor na escola, o Coordenador deve estar atento a conduta do seu professor e identificar o que de fato é dificuldade do que é relutância quanto ao uso dessa ferramenta em suas aulas. Inovar é preciso, mas antes disso é preciso prover a estes profissionais de educação condições do manuseio desses equipamentos dentro e fora da sala e aula.
Você deve se tornar um líder e para a aquisição dessa liderança é preciso que você, enquanto profissional que está a frente de uma Coordenação Escolar compreenda que será adquirindo o respeito dos seus colegas que sua liderança fluirá naturalmente, lembre-se de que seus comandados precisam ter respeito por você, e por seu trabalho.  Não será impondo, gritando, ditando regras que conseguirá esse respeito. É preciso que eles tenham respeito e não medo de você.  
Lidere o seu grupo de professores ao sucesso, coordene as ações pedagógicas de forma harmoniosa, ouça seus professores, oriente suas ações junto ao corpo discente e demais membros da comunidade estudantil, essa é a verdadeira atribuição de um Coordenador Pedagógico líder de seu grupo. 
Mensurar as possibilidades avaliativas durante o processo da aquisição do conhecimento pelo corpo discente é uma providência que deve ser liderada pelo Coordenador Pedagógico, visto que há várias faces que podem ser tomadas como processos avaliativos, vislumbrando o ser humano como um ser que está em constante evolução.
É possível verificar nesse processo avaliativo que o professor, enquanto profissional que está na ponta desse processo não pode ser responsabilizado sozinho, tanto pelo sucesso, quanto pelo fracasso, afinal de contas,as derrotas e as conquistas são resultados de inúmeros esforços, por isso devem ser partilhados com toda a equipe.
De fundamental importância para o processo de ensino aprendizagem dos educandos, o Coordenador Pedagógico tem grande relevância quanto a disseminação de uma Educação inclusiva capaz de alcançar todas as deficiências, respeitando-as e acolhendo-as dentro e fora da escola
É preciso que essa Educação inclusiva a qual se propõe possa de fato alcançar nos lugares mais longínquos da sociedade, todos aqueles que de fato precisam ser incluídos, não só na escola, mas nos demais segmentos da sociedade. Face a isso, o Coordenador Pedagógico, como profissional atuante nesse processo, precisa direcionar as práticas inclusivas capaz de ultrapassar as fronteiras da teoria e se tornar uma prática contundente na escola.
Diante desse exposto, o profissional que atua como Coordenador Pedagógico na escola precisa estar atento a todas as perspicácias que possam impedir o cumprimento da legislação em vigência na escola, ficando ciente que a violação dos direitos constituídos a pessoa com deficiência,  e sua conivência, certamente acarretará em sérias consequências, inclusive civis e criminal.
Dessa maneira, é preciso que o Coordenador Pedagógico esteja sempre atento as demandas apontadas por esse público, realizando ações que possam conscientizar a toda a comunidade escolar que todos nós somos iguais diante da lei, e como princípio norteador da igualdade, devemos aprender a viver com as qualidades e defeitos uns dos outros.  
Um dos fatores importantes na condução das diretrizes educacionais pelo Coordenador Pedagógico, diz respeito a relação que ele estabelece com os seus comandados, em especial o corpo docente entre teoria x prática, visto que diz o bom senso que entre essa relação, não deve haver disparidade.
No entanto, ressalta-se que infelizmente é muito comum que haja diferenças na relação do Coordenador Pedagógico entre teórica e prática, comprometendo além do processo de ensino aprendizagem dos educandos a relação entre os profissionais de educação.
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E O PPP
As contribuições do Coordenador Pedagógico para o sucesso do processo educacional brasileiro vão muito além da sua rotina escolar. Via de regra, sua contribuição nos marcos constitucionais é de suma importância, como é o caso do PPP (Plano Político Pedagógico) instrumento norteador da prática escolar.
A elaboração do PPP (Plano Político Pedagógico) deve ser organizado  pelo Coordenador Pedagógico, mediante aval da Gestão Escolar, considerando a contribuição de todos os segmentos da escola, professores, gestores, funcionários, alunos e demais membros da comunidade escolar, para que todos possam contribuir com a sua elaboração, bem como ter a consciência das práticas adotas para a evolução do sistema educacional  da sua escola.
 Para a elaboração do PPP (Plano Político Pedagógico) é preciso levar em consideração a realidade da comunidade em que a escola está inserida, para que não haja nenhuma disparidade entre o que preconiza a LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases), a realidade vivenciada e a necessidade local.
Compete ao Coordenador Pedagógico conciliar dentro do calendário escolar, tempo suficiente, bem como empenho de todos os envolvidos para a elaboração do documento, que deve ser cumprido à risca, por todos os envolvidos, haja vista que todos estão cientes do seu conteúdo.
O PPP (Plano Político Pedagógico) deve contemplar todos as necessidades, direcionamentos e providências que a escola deve tomar para dirimir qualquer situação que possa fugir a regra da normalidade. Esse documento, certifica a concordância de todos os segmentos envolvidos durante a sua elaboração.
   O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO EM MEIO A EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
De fundamental importância para o processo de ensino aprendizagem dos educandos, o Coordenador Pedagógico tem grande relevância quanto a disseminação de uma Educação inclusiva capaz de alcançar todas as deficiências, respeitando-as e acolhendo-as dentro e fora da escola.
Com isso é preciso considerar que nas últimas décadas, o foco da educação inclusiva no Brasil foi o de garantir o acesso de crianças, adolescentes e jovens com deficiência à escola comum. Hoje, mais de dez anos após a implementação da política que orienta a educação especial na perspectiva inclusiva, a preocupação dos educadores é garantir o direito à aprendizagem. Afinal, incluir não é só estar no mesmo espaço, mas também possibilitar que todos possam se desenvolver integralmente e ter sucesso escolar.
É preciso que essa Educação inclusiva a qual se propõe possa de fato alcançar nos lugares mais longínquos da sociedade, todos aqueles que de fato precisam ser incluídos, não só na escola, mas nos demais segmentos da sociedade. Face a isso, o Coordenador Pedagógico, como profissional atuante nesse processo, precisa direcionar as práticas inclusivas capaz de ultrapassar as fronteiras da teoria e se tornar uma prática contundente na escola.
Como a perspectiva inclusiva prevê a colaboração de todos, os coordenadores são responsáveis por garantir que informações trazidas pelos próprios estudantes, seus familiares, outros profissionais envolvidos e parceiros da escola sejam contempladas nos momentos coletivos. Na nossa escola, esses encontros devem reunir os professores da sala regular, os profissionais do atendimento educacional especializado (AEE), outros de apoio, tudo em diálogo com as famílias, para que juntos possam traçar um plano de ação capaz de proporcionar o desenvolvimento das habilidades e competências do educandos considerados especiais, ou pessoais com deficiência, respeitando os seus limites de aprendizagem, afinal de contas, somos todos iguais em nossas diferenças.
        	A presença do docente do AEE nas horas de trabalho pedagógico, aliás, é fundamental para superar os desafios encontrados na sala comum. Quando ele participa, pode propor atividades ao colega da sala comum considerando os interesses e as necessidades de cada aluno com deficiência, identificar possíveis barreiras à aprendizagem e apontar estratégias para que o estudante tenha as mesmas oportunidades que toda a turma.
        	Por isso é muito importante que os coordenadores possam garanti que os profissionais responsáveis pelas salas de AEE (atendimento educacional especializado) estejam presentes, para ao trabalhar essas questões coletivamente, as soluções encontradas potencializam a aprendizagem de todos os alunos, com ou sem deficiência, uns colaborando com o desenvolvimento dos outros, pois quando partilhamos conhecimentos, aprendemos muito mais do que costumamos ensinar.
Apesar de tantas dúvidas que ainda assolam o universo educacional, temos certeza de uma coisa: o aluno dever ser incluso. O educador sabe que aquela criança vai exigir dele maior preparo, cuidado e maior atenção no ensino e pensa: se fosse para cuidar de um só não haveria problema, mas como educá-lo de uma maneira correta com mais trinta, quarenta em sala? Alguns docentes se revoltam em pensar que não poderão educar aquela criança da maneira devida e não há nada que eles possam fazer a esse respeito.
O POSICIONAMENTO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO FRENTE A LBI (LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO)
Diante de tantas legislações em vigência em nosso país, é preciso considerar como um marco essencial a igualdade de direitos, a LBI (Lei Brasileira de Inclusão) de nº 13146, estabelecendo em seu artigo. 
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
Diante desse exposto, o profissional que atua como Coordenador Pedagógico na escola precisa estar atento a todas as perspicácias que possam impedir o cumprimento da legislação em vigência na escola, ficando ciente que a violação dos direitos constituídos a pessoa com deficiência,  e suaconivência, certamente acarretará em sérias consequências, inclusive civis e criminal.
Na verdade, a LBI (Lei Brasileira de inclusão) veio de encontro a um outro marco exponencial na garantia dos direitos das pessoas com deficiência. Mais conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Nº 8.069 garante, entre outras coisas, o atendimento educacional especializado às crianças com deficiência preferencialmente na rede regular de ensino; trabalho protegido ao adolescente com deficiência e prioridade de atendimento nas ações e políticas.
E é justamente na escola, lugar onde a igualdade de direitos deveria ser uma regra padrão, por estarem todos em plena formação cognitiva, afetiva e social onde se encontra grande índices de preconceito velado e de exclusão de educandos portadores de deficiência. Por isso, a grande importância do Coordenador Pedagógico em coibir ações que venham a denegrir, ferir ou até negar os direitos constitucionais da pessoa com deficiência.
Dessa maneira, é preciso que o Coordenador Pedagógico esteja sempre atento as demandas apontadas por esse público, realizando ações que possam conscientizar a toda a comunidade escolar que todos nós somos iguais diante da lei, e como princípio norteador da igualdade, devemos aprender a viver com as qualidades e defeitos uns dos outros.   
                
Em síntese, o capítulo da LBI sobre Educação fala muito sobre o que deve ser feito para atingir esse objetivo. Alguns dos principais exemplos são:
· Nas escolas inclusivas é indispensável que o conteúdo e as aulas sejam oferecidos em Libras, como primeira língua, e em português, na modalidade escrita, para os alunos surdos. O mesmo vale para as escolas e classes bilíngues e para os materiais de aula (Art. 28-IV);
· A adoção de medidas individuais e coletivas que proporcionem o desenvolvimento acadêmico e a socialização dos alunos com deficiência. Isso facilita a integração e, consequentemente, o aprendizado (Art. 28-V);
· Além da oferta de aulas e materiais inclusivos (em Libras e Braile), as práticas pedagógicas também precisam ser incorporadas e preferidas pela instituição que possuir alunos com deficiência (Art. 28-XII);
· Também devem ser oferecidas tecnologias assistivas que ampliem as habilidades dos estudantes nas escolas (Art. 18-XII) ou auxiliem nos processos seletivos e permanência nos cursos da rede pública e privada (Art. 30-IV).
    No entanto, todos nós somos cientes que ainda temos muito a caminhar para que tais itens acima listados possam de fato fazer parte da realidade do público das pessoas com deficiência na escola. E aquele que hoje está exercendo um cargo de Coordenação Pedagógica tem muito  contribuir para essa evolução, utilizando sua voz para romper as barreiras do silencia e poder fazer valer os direitos daqueles que na maioria das vezes não mais ninguém por eles, que de forma esclarecida possa reivindicar os seus direitos
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
     	Nesse contexto acerca da Declaração universal dos Direitos Humanos, se enquadram as pessoas com deficiência, e em consequência disso, é extremamente relevante a participação do Coordenador Pedagógico, para a ampla garantia dos direitos constituídos a esse público na escola. Desta forma, considerar as pessoas com deficiência como pessoas capazes de desempenhar suas atividades, mesmo que em seu ritmo de aprendizagem, faz com que elas sejam amparadas pelo princípio da equidade.
É preciso que o Coordenador Pedagógico dissemine a concepção de que todos os seres humanos têm direito à educação, não somente os educandos tidos como normais, visto que essa concepção é extremamente preconceituosa e excludente. A educação será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A educação elementar será obrigatória. A educação técnica-profissional será acessível a todos, bem como a educação superior, está baseada no mérito.
        Por essa razão, as pessoas com deficiência podem estar inseridos nos mais diversos níveis de aprendizagem, desde a Educação Infantil aos níveis finais. Na base, a Coordenação pedagógica tem como prioridade conscientizar toda a comunidade escolar de que os educandos ali inseridos devem ser vistos e tratados de forma igualitária, isso auxiliará a aprendizagem da criança, contribuindo com a sua formação.
A educação será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A educação promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
        Educação como um direito humano fundamental é essencial para o exercício de todos os outros direitos humanos. A educação promove liberdade individual e contribui definitivamente para o empoderamento mais amplo da criança, para o bem-estar e o desenvolvimento, garantindo que estejam equipadas para entender e reivindicar seus direitos ao longo da vida.
    Partimos de práticas que atendiam alunos com e sem deficiências em espaços diferenciados, cujos profissionais também possuíam formação e habilitação distintas, e passamos à possibilidade de unificação desses espaços e à formação generalista dos professores (para que fossem capazes de atuar com todo e qualquer aluno) como fatores facultativos.
        Ao ultrapassarmos a primeira década do século XXI, temos a obrigatoriedade tanto de matrícula dos alunos com deficiência nas escolas regulares quanto de inserção de conhecimentos relativos às deficiências em todos os cursos de licenciaturas do país.
         Afinal, como não defender a igualdade de oportunidades? Como não respeitar o direito que todos têm de estar na escola regular? Como defender práticas nomeadas de segregacionistas? Entendo que, costuradas aos princípios morais, as estratégias de convencimento de todos com relação à necessidade de inclusão acabaram conquistando seus objetivos. 
        Práticas ditas inclusivas acabaram sendo naturalizadas e hoje fazem parte das relações entre os sujeitos. Partimos do princípio de que, se todos têm o direito à vida em sociedade, não há o que se discutir e, assim, não discutimos nem mesmo sob quais condições essas práticas têm sido postas em funcionamento, tampouco quais sujeitos têm sido produzidos por elas. Portanto, não olhamos para as in/exclusões que nós mesmos provocamos.
             É nosso dever, acima de tudo, profissionais de educação, estando ou não atuando como Coordenador Pedagógico na escola, manisfestar nossa profunda preocupação para com a educação inclusiva, mantermos vigilantes a qualquer prática que venha a ferir os preceitos estabelecidos pelas legislações em vigência, mantendo a equidade como princípio norteador da nossa vida. 
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICO?
 
É importante ressaltar que este artigo tem o propósito de detalhar as principais funções de um coordenador escolar, ou seja, as funções que regem os princípios de formador, articulador e transformador desse profissional. Nessa linha de raciocínio, as funções podem ser resumidas de acordo com cada um desses princípios:
Princípio Formador
Dentro desse princípio, o Coordenador Pedagógico precisa estar atento as diversas possibilidades de execução e melhoramento do seu trabalho no ambiente escolar:
É preciso que ele observe a conduta pedagógica do seu corpo docente, a fim de que possa estar ciente das condutas e ações que os mesmos estão pondo em prática no âmbito escolar, averiguando se estão condizentes com a sua orientação transmitida.
· É importantíssimo que ele acompanhe o processo de ensino-aprendizagem do seu corpo discente para ter ciência da real situação em que o mesmo se encontra, para que, caso seja necessário realizar as intervenções necessárias ao bom desenvolvimento.
· Como uma boa iniciativa ao desenvolvimento do seu corpo discente e docente, se faz necessário incentiva o trabalho interdisciplinar com projetos e meiospara que sejam desenvolvidos de forma a alcançar os objetivos prontamente traçados.
Princípio Articulador
Para atingir os objetivos de seu princípio articulador, o Coordenador pedagógico precisa estar ciente da necessidade de:
· Realizar trabalhos coletivos pedagógicos om frequência, tanto dentro quanto fora do ambiente escolar, quando justificavelmente for necessário;
· Realizar encontros pedagógicos com os docentes em horários pertinentes a sua jornada de trabalho, sejam extraordinários ou não;
· De forma cordial e ética atender aos professores individualmente, para ouvi-los, incentivá-los, cobrá-los e instigá-los a estar sempre superando seus limites;
· Estabelecer a mediação entre direção, famílias, alunos e professores, de forma nata e líder para que todos esses segmentos saibam que o seu papel é extremamente comprometido com a comunidade escolar.
· Por fim, articular planejamento, currículo, avaliação de aprendizagem e a formação continuada da equipe docente.
Princípio Transformador
Para formar professores e favorecer a construção de um ambiente harmônico e participativo para a comunidade escolar, o coordenador aplica o seu princípio transformador. É dele a função de transformar situações, que podem ser negativas ou estar ultrapassadas, por exemplo. Faz parte desse princípio as funções de:
· Inovar estudos e planejamentos, para que não se ouça dos seus comandados que o seu planejamento é sempre a mesma coisa, isso de certa forma acaba desestabilizando o seu papel junto ao grupo;
· Mapear dados para prevenção de conflitos, tanto no seu corpo docente, quanto discente, você precisa poder contar com todos, para que os objetivos traçados possam ser atingidos sem maiores percalços;
· Implementar tecnologias e inovações que auxiliem o processo de ensino-aprendizagem, não se pode conceber em pleno século XXI, profissionais de educação avessos a tecnologia como ferramenta norteadora da aprendizagem escolar dos educandos.
· Identificar necessidades dos docentes e alunos, transformando a realidade quando necessário.
Todos os itens elencados nesses três princípios norteadores a conduta do Coordenador Pedagógico precisam ser discutido e encarado,  como uma realidade a ser vivenciada na escola. Por isso é extremamente importante que você, que atua como Coordenador Pedagógico na escola tenha esses itens aqui discorridos como um norte a sua prática.
                                                                                             
 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E O PRINCÍPIO FORMADOR
O trabalho do Coordenador Pedagógico é fazer com que a equipe de professores seja colaborativa, as crianças aprendam e as famílias participem do projeto educativo da escola. Ser coordenador pedagógico na escola contemporânea é, portanto, um desafio. Porém muitos têm conseguido atingir esses objetivos em escolas de todo o país - o que lhes traz muita satisfação.
Importa ainda dizer que tanto nas escolas públicas quanto privadas a responsabilidade do Coordenador Pedagógica é a mesma, talvez por critérios ínfimos, na escola da rede privada de ensino a cobrança sobre o Coordenador Pedagógico seja um pouco maior, mais isso não dimensiona o comprometimento ou não que esse profissional tem com a formação do ser humano.
Ainda é um desafio para muitos Coordenadores Pedagógicos criar situações formativas para os professores - entendendo a formação como um processo contínuo - e materializar seu plano de formação para aquela equipe. Os coordenadores Pedagógicos precisam entender que seu papel é muito mais do que auxiliar os professores a resolverem problemas pontuais. O Coordenador Pedagógico é o profissional que dá sustentação ao projeto pedagógico da escola por meio da formação de docentes.
        O Coordenador Pedagógico coopera com o projeto pedagógico organizando uma rotina formativa capaz de explicitar problemas e desafios, promover o compartilhamento de práticas e a resolução de problemas. Qualificar as experiências de aprendizagem e de convivência dos alunos é a meta que deve nortear essa rotina formativa. E sempre que nos perguntarmos o que desejamos que as crianças aprendam, ou que aspectos da prática com elas queremos qualificar, será possível estabelecer um paralelo sobre o que os professores deverão aprender para alcançar a qualificação.
        Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o Coordenador Pedagógico precisa se atualizar e conhecer as teorias e práticas de alfabetização. Dessa maneira, capacita sua equipe para construir nas crianças comportamentos leitores e escritores. Nos anos seguintes do Ensino Fundamental, o Coordenador Pedagógico continua organizando situações para discutir os processos de ensino e de aprendizagem, as didáticas de cada disciplina, a interdisciplinaridade e a avaliação dos alunos.
        O Coordenador Pedagógico leva a equipe docente a refletir e chegar a acordos sobre esses pontos. Em todos os anos, o coordenador tira dúvidas das famílias e media sua relação com a escola; faz contato com a comunidade; organiza eventos significativos para o calendário e auxilia o diretor nos diferentes aspectos de gestão.
Com isso, o Coordenador Pedagógico precisa manter encontros formativos regulares, durante os quais a equipe docente construa os hábitos de investigar, discutir e problematizar suas práticas pedagógicas. É preciso transformar em oportunidades ricas de trabalho as reuniões pedagógicas, encontros de formação ou quaisquer outros momentos destinados ao encontro da equipe docente.
Nesse âmbito, a devolutiva dos profissionais de educação é de suma relevância para que se tenha um parâmetro norteador das diretrizes tomadas em coletividade, supervisionado pelo Coordenador Pedagógico, representante legal da escola frente a comunidade escolar.   
O Coordenador Pedagógico deve usar estratégias formativas como a devolutiva a registros, a tematização de práticas e a dupla conceitualização, visto que de nada adianta haver reuniões, sejam elas informativas ou formativas, se o corpo docente não tiver a oportunidade de discutir problemáticas ocorrentes na escola, trocar experiências, bem como alinhar condutas que serão tomadas para direcionar o processo de ensino aprendizagem do educando na escola. 
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E O PRINCÍPIO ARTICULADOR
        O poder articulatório do Coordenador Pedagógico é um grande diferencial na condução do processo educacional do corpo discente da escola em que está inserido. E um colaborador para o sucesso desse processo educacional é a família, por isso é preciso que o Coordenador Pedagógico tenha argumentos condizentes para trazer a família a escola, sempre que possível.
    	Nesse entendimento, ter a consciência de que a presença dos pais na escola é muito importante na construção da educação refletirá no sucesso do corpo docente que o Coordenador Pedagógico lidera. A educação passou por várias mudanças, especialmente nas últimas duas décadas, que ocorreram tanto nas leis como em sua estrutura, nesse sentido os professores também alteraram sua postura e a forma de trabalhar, tudo isso pensando na evolução da sociedade.
O professor atual e do futuro possui novas perspectivas, com isso esse dever ter a concepção de que a função do educador não se limita ao comodismo, além da extinção de pensamentos arcaicos de ensino, pois esse considerado era como o dono da verdade, detentor de todo conhecimento e que podia informar sobre todo e qualquer assunto caso fosse questionado.
Seguindo por essa linha de visão, o Coordenador Pedagógico precisa defender sempre a ideia de que o conhecimento não é um círculo hermeticamente fechado, por isso precisa transmitir aos seus professores em suas formações, que o professor é o mediador do processo de ensino aprendizagem do educando, nunca o único detentor do conhecimento.
Na nova visão para a educação, o primeiro passo que um professor deve desenvolver é o de criar manobras em conjunto com a família dos educandos com intuito de facilitar o enfrentamento de situações inusitadas que ocorrem continuamente na escola, mais especificamente,na sala de aula.  Sobre essa visão, cabe ressaltar que a troca de informações entre a família e a escola são extremamente importantes para que a escola posso cumprir de fato a sua missão de educar, transformar e colher os frutos dos bons ensinamentos transmitidos ao longo dos anos.
Conhecer a família de um aluno é conhecer e compreender o próprio aluno, a convivência no seio familiar resulta na vida dos educandos de forma positiva ou negativa. Se uma criança está envolvida diariamente em um ambiente hostil certamente agirá assim, o contrário acontece com uma criança que vive em um lar de muita calma, carinho e educação, pois será assim que se apresentará na escola.
A contextualização do meio em que a escola e o aluno estão inseridos, certamente é um fato contribuinte a formação do ser humano, por isso, você que atua na escola como Coordenador Pedagógico, busque sempre contextualizar o seu aluno/professor, para que possa entender os avanços ou as dificuldades pelas quais estão passando, e isso certamente, fará toda a diferença.
Notadamente, fica muito claro para o Coordenador Pedagógico que  se não houver a participação efetiva dos pais, o processo educativo restrito à escola é insuficiente para uma educação completa. A escola não pode ser responsabilizada como a única responsável pela educação das crianças, jovens e adultos, mesmo sendo essa a percepção que muito pais têm acerca da escola.
    	
Os pais podem exercer grandes influências no trabalho docente por causa do grande vínculo entre os entes da família e os problemas por ela derivados que refletem na vida escolar das crianças, assim o professor irá conhecer a realidade através dos pais e responsáveis, resultando numa parceria de sucesso. Assim, coordenar é ativar o seu princípio articulador para a evolução do processo escolar.
                                                                                       
  COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E O PRINCÍPIO TRANSFORMADOR
        A tecnologia está cada vez mais presente nas relações e no dia a dia do brasileiro. As relações interpessoais se adaptaram a esse novo modo de se comunicar. Porém, não é apenas nesse campo que a inovação ganha espaço. Atualmente, tecnologia e educação têm andado lado a lado de modo a auxiliar e aumentar o modo de aprendizagem.
       Infelizmente, muitos dos profissionais de educação não pertencem a essa geração tecnológica e têm um pouco mais de dificuldades em lidar com essas ferramentas tecnológicas. Em meio a essa dificuldade, o Coordenador Pedagógica, tem papel importante na promoção de atividades que possibilitem a utilização dessas ferramentas como procedimento metodológico dentro e fora da sala de aula.
        Diferentemente dos professores, os alunos, pertencentes a nova geração são sem sombra de dúvidas um exemplo a ser seguido. As novas gerações estão cada vez mais atualizadas. Atualmente as crianças já nascem entre computadores, celulares, jogos e tecnologias em geral. Essa nova realidade pode ser um desafio para as escolas com um modelo tradicional. Os alunos estão acostumados a realizar diversas tarefas ao mesmo tempo.  A rapidez e facilidade que os jovens lidam com os artigos tecnológicos é muito maior do que seus pais e professores.
     Diante dessa grande dificuldade, além dos encontros pedagógicos é preciso que o Coordenador Pedagógico coordene formações tecnológicas afim do melhoramento da utilização de aparelhos eletrônicos como ferramentas de ensino.
        As ferramentas de comunicação facilitam a interação. Elas representam agentes importantes do processo educacional como um todo. Com a utilização dessas ferramentas é possível otimizar a troca de informação entre professores, alunos e até mesmo com os pais. A comunicação é uma forte aliada para auxiliar a busca pelo conhecimento. Algumas dessas ferramentas podem ser utilizadas como fonte para algo maior, colocando os alunos em contato com plataformas de dúvidas entre outros fóruns.
        Alunos e professores também podem utilizar as redes sociais para desenvolverem atividades e trabalharem conteúdos curriculares. Existe uma quantidade gigantesca de bons conteúdos na internet que podem ser usados na aula. Essa esfera ainda é pouco usada dentro da sala de aula. Diversas estratégias podem ser usadas para promover o aprendizado por meio dessas ferramentas, como a criação de comunidades, canais de jornalismo estudantil, desafios, enquete de dúvidas e muito mais.
A PARCERIA ENTRE A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E A FAMÍLIA
A Família é sem sombra de dúvidas a primeira Instituição educadora, é na família onde são transmitidos os primeiros ensinamentos que serão fortalecidos no âmbito escolar, além dos valores, que cada família considera essenciais a sua formação enquanto ser humano.
         Dessa maneira, a Coordenação Pedagógica que se preza dispensa um tempo considerável a conquistar a família, tê-la como sua aliada é de fundamental importância para o seu sucesso na comunidade escolar.
         Quando a família matricula o seu filho na escola, conscientemente está entregando-o ao que considera ser a sua 2º casa, deixando o seu bem mais precioso sob a guarda da Instituição, consequentemente sob a responsabilidade da Coordenação Pedagógica, o que aumenta o compromisso que deve ter, para que todo o planejamento traçado com o seu corpo docente, transcorra da melhor forma possível.
         O não alinhamento da parceria entre Coordenação Pedagógica e Família colocará em risco todo o processo educacional do educando, visto que cada uma dessas instituições tem suas responsabilidades e comprometimentos com a formação do ser humano, e ambas tendem a se ajudar no processo de aquisição de novos conhecimentos.
         Há de se considerar que a Coordenação pedagógica deve alinhar ações que possibilitem trazer a família a escola, seja em ações individualizadas ou coletivas, mas o mais importante é ter a presença da família na escola, pois somente juntos podemos construir uma sociedade mais justa e igualitária.
         Cativar essa parceria é de suma importância, para que a Família tenha sempre a confiança para tratar de assuntos de interesse individual ou coletivo, sugerir ações que possam fortalecer esses vínculos, bem como inseri-las em atividades de cunho social.
         Coordenar para além dos murros da Escola significa trazer para perto todos os parceiros intrínsecos, inclusive a Família, para que esta, por sua vez possa contribuir com Coordenação Pedagógica na Escola.
         Infelizmente, há Coordenadores que preferem o distanciamento entre Família e Escola, o que não condiz com o processo de Formação do ser humano, pois como construir um novo processo educacional, sem uma importante parceira?
         É preciso compreender que a presença da família na Escola não é para fiscalizar o trabalho desenvolvido pela Coordenação Pedagógica ou corpo docente, muito pelo contrário, a parceria visa fortalecer os vínculos e construir um processo educacional capaz de ultrapassar os desafios que por ventura venham a surgir. 
          Em meio a necessidade do firmamento dessa parceria entre Família e Escola, sabe-se que nem toda Família é presente nas ações educacionais proporcionadas pela Escola. Existem Famílias que parecem ter aversão a Escola, simplesmente somem após a efetivação da matrícula.
         Sob essa questão, do abandono familiar dos seus filhos na Escola, ainda há a falsa interpretação que a responsabilidade de prover Educação aos educandos é da Escola, por isso é muito comum que crianças sejam verdadeiramente abandonadas na Escola, como se a mesma fosse a única responsável por essa criança.
         E isso, sob a ótica educacional, principalmente da Coordenação Pedagógica é um verdadeiro absurdo, embora muito comum nas Escolas brasileiras, sejam elas públicas ou privadas, não há tanta diferença, há falta de compromisso nas duas realidades, o que dificulta ainda mais a evolução do sistema educacional brasileiro.
         Talvez esse seja um dos grandes gargalos da Coordenação pedagógica, conseguir trazera Família para dentro da Escola, que ela possa cumprir com a sua responsabilidade, que vai muito além do que simplesmente matricular a criança na Escola.
         Estratégias de execução devem ser pensadas para trazer a Família à Escola, para que ela possa dar a sua parcela de contribuição com o processo de ensino-aprendizagem do educando. Quando, ações proporcionadas pela escola não surtem efeitos, engrossa-se os altos índices de abando escolar, bem como de reprovações, comprometendo o desenvolvimento do educando e consequentemente da Escola.
         Ultrapassar as fronteiras da resistência familiar é um desafio que deve ser superado pela Coordenação Pedagógica, bem como elogiar as famílias que continuamente participam das atividades escolares, pois sua presença mostra o comprometimento não só para com os seus filhos, mas também com toda a funcionalidade do processo educacional. 
OS DESAFIOS DE UMA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Elencar todos os desafios encontrados em um Coordenação Pedagógica do Sistema educacional brasileiro é por si só um grande desafio, mas nesse tópico do estudo, abordaremos alguns dos desafios mais encontrados, conforme relatos de profissionais de educação que já ocuparam ou ocupam um cargo de Coordenação pedagógica.
Notadamente, pode ocorrer de outros desafios não serem contemplados nesse item do estudo, no entanto, nada lhe impede de refletir sobre as possíveis soluções para essas demandas, por isso, pense em como poderia corrigir essa problemática dentro da sua realidade.
Certamente, essa atitude reflexiva lhe ajudará a pensar em possibilidades de execução, se não para a solução definitiva, para a amenização da problemática, afinal de constas somente você, que vive e convive com seus pares no ambiente escolar é que tem autoridade para falar sobre o assunto, com clareza e principalmente com responsabilidade.
 
1º Sobrecarga de Trabalho
         Por se tratar de um cargo de chefia, seja em escolas públicas ou privadas, a Coordenação Pedagógica requer um número maior de horas trabalhadas na Instituição de Ensino, bem como fora dela, haja vista a maioria dos Coordenadores Pedagógicos estarem em plena ação, praticamente 24 horas por dia.
         O cumprimento da sua carga horária, na verdade acaba invadindo o seu lar, e o Coordenador Pedagógico acaba levando trabalho, que não conseguiu concluir na escola, para casa. E isso, aos poucos vai interferindo na sua vida familiar.
         Hoje, infelizmente quem ocupa um cargo de Coordenação Pedagógica é responsável por boa parte das atividades escolares, estando presente em todas as ações, inclusive as do campo que comete a gestão, e isso prejudica o andamento dos procedimentos metodológicos, visto que sobra, quando sobra, pouco tempo para tratar especificamente das questões pedagógicas propriamente ditas.
         Essa saturação do profissional da Coordenação Pedagógica resulta no comprometimento das atividades regulares, uma vez que  o Coordenador Pedagógico desenvolve na escola, ações inerentes a sua função, mas que, por estar a frente da escola, acaba respondendo pela mesma.
 
2º Falta de recursos materiais e humano.
         Em um país onde a educação não tem sido prioridade ao longo dos anos, o Coordenador Pedagógico quase sempre é o único responsável pelo andamento da escola, e a escola não pode parar. Questões que não competem a sua alçada, quase sempre são solucionadas por este profissional, mesmo que em alguns momentos de forma improvisada.
         Há escolas em que falta quase tudo, isso quando não falta tudo, rotineiramente o Coordenador Pedagógico se encontra sem professores para dar aula em sua escola, e com isso vive o dilema de não poder retornar os educandos para suas casas, com isso o próprio Coordenador Pedagógico vai para sala de aula.
         Nas escolas públicas, a escola é a oportunidade que a criança terá de fazer a sua única refeição durante o dia, por isso o Coordenador Pedagógico tem entre tantas outras  preocupações, ainda tem que ficar atento para que não falte essa alimentação, bem como orientando aos profissionais que cuidam desse setor para o não desperdício desses alimentos.
         Há ainda a falta de recursos materiais que possam ser utilizados durante as aulas, a precariedade das instituições, muitas vezes impossibilita, mesmo diante de tantos esforços que faça o melhor do que se pode fazer. Essa angústia do Coordenador Pedagógico é constante, porque na maioria das vezes isso foge a sua competência, pois certamente se pudesse resolver essa e outras demandas, ele resolveria.
Contudo, diante de tantas as dificuldades, elas jamais serão motivos para que nós, Coordenadores Pedagógicos, possamos abandonar o barco, largar a caminhada educacional. Nosso comprometimento para com os nossos educandos vai muito além da nossa formação acadêmica, e principalmente compensação salarial, esse último por sua vez, muito aquém das atribuições as quais somos responsabilizados.
Nosso comprometimento como o processo educacional dos nossos educandos está implicitamente ligado ao nosso desejo e esperança por dias melhores, por que acreditamos que a igualdade de direitos está intrinsecamente ligado ao fato de que a educação pode mudar a realidade de qualquer pessoa, sendo um divisor de águas para uma boa formação do ser humano.
         Pode até faltar recursos, sejam eles humanos ou materiais, mas jamais faltará empenho e dedicação dessa categoria, Coordenadores Pedagógicos, que muitas vezes abrem mão da sua própria família para cuidar dos seus semelhantes, tendo como bônus a certeza de que cumpriu com a sua missão de coordenar para transformar.
 
3º Abandono escolar
         Hoje, talvez um dos grandes gargalos no ambiente escolar é a evasão cada vez mais presente de crianças das escolas. Sempre que se nota a ausência dos educandos a escola, cai em campo o Coordenador Pedagógico como um verdadeiro agente investigativo, em busca de informações que possam lhe levar ao entendimento do porquê dessa ausência.
Felizmente, em alguns casos, se consegue  fazer o resgate dessas crianças a escola, mas o que se tem percebido é que a justificativa do abandono escolar, na maioria das vezes tem a ver com as condições sociais em que a família se encontra, e aqui podemos citar, a necessidade de contribuir com a  renda familiar, ficar em casa cuidando dos irmãos para que os país possam trabalhar, e infelizmente atividades ilícitas, quando algumas dessas crianças são recrutadas pelo tráfico de drogas. 
Na verdade, o abando escolar apenas traz à tona, as mazelas sociais pelas quais nossas crianças, adolescentes e jovens são submetidas, e infelizmente muitos deles não vislumbram a educação como uma possibilidade de vencer na vida honestamente.
Nosso trabalho de Coordenação Pedagógica se depara com situações como essa, onde precisamos resgatar esses educandos para escola, mesmo sabendo que em alguns casos, corremos até risco de morte, por adentrarmos ao universo que não nos pertence.
4º Ausência da Família
O pouco ou baixo interesse de grande parte das famílias brasileiras pela escola é um reflexo do que a escola se tornou para essas famílias, ou seja, perderam a referência que a escola tinha. E esse reflexo é sentido por todos os profissionais de educação, inclusive pela Coordenação Pedagógica que tem sempre traçado um plano de ação para trazer de volta a família para a escola, a fim de tornar-se parceiros inseparáveis.
Quando a família não está comprometida com o processo educacional do seu filho (a), a comunidade escolar passa a ser a própria família do educando, por isso o profissional da Coordenação Pedagógica tem sua responsabilidade aumentada em proporções alarmantes.
Promover ações para manter a presença das famílias que estão inseridas na escola, bem como propor ações para trazer as famílias ausentes são necessárias a prática da Coordenação pedagógica, pois sem a presença da família na escola, todo o processo educacional é colocado em risco, uma vez que, não é papel da escola educar e sim transmitir conhecimentos, educar compete

Continue navegando