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Esse resumo refere-se a aula 1 de bioética do 8° Período Introdução Bioética: Para iniciar devemos entender o que significa o termo SENCIENTE. Esse termo significa a capacidade dos seres de sentir sensações e sentimentos de forma consciente, ou seja, é a capacidade de sentir, reagir frente a estímulos. Significado de valor: tudo aquilo em que eu atribuo algum sentimento. Todo ser humano busca duas coisas: prazer e fugir da dor. Quanto a essa afirmativa, podemos notar que o médico irá lidar com pessoas que buscam isso e deve ser capaz de ter empatia. O médico também deve tomar diversas decisões em seu ambiente de trabalho e para poder opinar algo (decidir algo) em circunstâncias importantes, ele deve fazer uso de: elementos, arcabouço multicognitivo, multifacetado e multidisciplinar. Se não souber interligar esses elementos tomará decisões multifacetadas, precipitadas e nem sempre a decisão mais correta. Para auxiliar nessa interligação, precisamos de algo que seja transversal aos multipensamentos e elementos, sendo necessária a bioética, ou seja, é o único eixo da medicina que é transdisciplinar (transversal). É a bioética que ajuda na tomada de decisões que impactam diretamente no paciente, ela é como uma caixa de ferramentas para tomada de decisões. A bioética não é uma disciplina de Código de Ética Médica (CEM), pois o CEM é um conjunto de elementos com valor LEGAL e o único que diz o que pode e o que não pode, ou seja, tem um discurso ASSERTIVO (verdadeiro ou falso). Mas a gente deve concordar com tudo que o CEM diz? Aqui sim entra a bioética, o saber refletir, que é seu conceito. Ética e Moral: Você sabe a diferença entre elas? Vou explicar agora :D Elas não são sinônimas e nem antônimas e derivam da mesma palavra. Moral: A moral traz consigo toda a construção de personalidade, bagagem, ponto de vista da pessoa para tomada de alguma decisão, ou seja, traz a maneira como pensamos, como vemos, como achamos que o mundo deve ser, também falando sobre os costumes, um conjunto de regras de caráter prescritivo, normativo. O costume é uma criação social, não natural e que varia entre cada sociedade, mas é ela que torna a socialização possível, não causando repulsa (se sigo os costumes da sociedade que vivo, torno-me sociável, se não sigo, dessociável). O discurso moral diz se é bom ou ruim, justo ou injusto, tem caráter PRESCRITIVO e necessita de COMPROVAÇÃO, mas deve ser JUSTIFICÁVEL. A moral é uma organizadora social, ou seja, segundo ela cumprimentamos as pessoas, não prejudicamos o outro, não colamos em provas, etc (seguimos conjunto de costumes adotados como aceitos em determinada sociedade). Ela também é precursora de discursos legais. Como assim? Os enunciados morais, a série de costumes, geram regras de convivência e acabam tornando-se leis (de tanto virar verdade, vira lei). O discurso moral, como já dito, é prescritivo e tem pretensão de universalidade. Mas o que isso significa? Para entender vou citar um exemplo, onde existem 2 pessoas e as falas delas são as seguintes: Pessoa 1: Homens não podem bater em mulheres Pessoa 2: Homens não podem bater em ninguém Nesse exemplo, podemos notar que está embutida na frase que a pessoa espera que todo mundo pense como ela, mesmo não sendo uma frase verificável, deve ser justificável, ou seja, para isso a pessoa deverá ter boa habilidade de comunicação para criar um princípio regulamentador. Sabe a diferença entre discurso moral e discurso assertivo? No discurso assertivo temos a ideia de verdadeiro ou falso (assim como no CEM) e não consegue justificar todos os recursos morais. Ética: A ética também trata de outro ponto de vista da perspectiva de costumes da sociedade. Ela é o ramo da filosofia que é a reflexão de 2° grau acerca dos enunciados morais. Como assim? Se o enunciado moral diz que é correto andar vestido pelas ruas, a ética é o pensamento feito em cima disso, como: por que isso é o correto? Isso é correto para quem? O que não seria ético? Fazer o que não é a favor de uma vida boa, de um bem comum. Fundamentação dos Juízos Morais: Durante muitos anos a moralidade estava ligada à religião, mas a partir do iluminismo (modernidade) passaram a questionar a autoridade divina, trazendo a filosofia da consciência e da ciência, ou seja, estrutura a moralidade no pensamento humano, na iluminação. Criou-se então duas grandes perspectivas para justificar a moralidade: EMPIRISMO e RACIONALISMO. Empirismo: doutrina segundo o qual todo conhecimento provém unicamente da experiência dos órgãos do sentido. Racionalismo: dá prioridade à razão, não fazendo uso de sentimentalismo. “A fundamentação do discurso e dos juízos morais tem como objetivo a universalidade do agir moral e, então, do bem-estar coletivo” A moralidade serve para promover bem-estar e minimizar males e para que isso seja aplicado na coletividade as pessoas devem perceber se isso é bom ou ruim. Cria o sentimento de EMPATIA (saber dispor do seu sofrimento p outra pessoa sabendo que não pode sofrer o sentimento dela). Isso criou a virtude artificial (sociedade criou p dizer q por mais q não sofra oq alguém ta sofrendo, não acho correto ela sofrer e precisamos de algo p impedir o sofrimento que é a JUSTIÇA). A justiça então é a virtude que se busca na distribuição do bem estar. Pontos importantes resumidos: Costumes: criação social, não natural, permite socialização Moral: organizadora social, conjunto de costumes adotados como aceitos por determinada sociedade, precursora de discursos legais Ética: reflexão de 2º grau acerca da moral. Agir de forma ética é evitar o sofrimento que pode ser evitado. Características do discurso moral: prescritivo, pretensão à universalização, carece de comprovação e deve ser justificável. Fundamentação dos juízos morais: Objetiva a universalidade do agir moral e do bem estar coletivo. Virtude artificial.
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