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 AULA 8 A LITOSFERA E A EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA TERRA 
 
1. As esferas da terra 
A área da superfície terrestre pode ser dividia em 
quatro “geoesferas”, cujo relacionamento criou ambien-
tes que permitiram o surgimento, desenvolvimento e 
sustentação da vida. Essas esferas são: a litosfera, 
atmosfera, hidrosfera e biosfera. 
 
1.1. Litosfera 
 A litosfera (conhecida também como crosta ter-
restre) é a camada sólida mais externa da Terra. É 
formada por rochas e minerais e compreende a crosta 
continental e oceânica. 
É na litosfera que ocorrem as interrelações com as 
outras esferas, criando assim condições para o surgi-
mento e desenvolvimento da vida na superfície 
terrestre. 
 
1.2. Atmosfera 
É a camada gasosa que envolve a Terra. A partir da 
superfície da Terra alcança uma altura aproximada de 
800 km É formada por gases, principalmente o nitrogê-
nio, o oxigênio e por gases menores, entre eles o vapor 
de água e o dióxido de enxofre. 
 
1.3. Hidrosfera 
É composta por toda água da Terra: águas glaciais, 
águas dos oceanos e mares, dos rios, das fontes, dos 
lagos e também as águas dos lençóis d’água subterrâ-
neos. Da hidrosfera as águas marinhas e salobras cor-
respondem a 97,4% e os restantes 2,6% são água 
doce, o que mostra a imensidão das águas marinhas e 
consequentemente sua importância sob vários aspec-
tos como fonte alimentar, meio de transporte, depósito 
petrolífero e de minerais, por exemplo. 
 
1.4. Biosfera 
 
 
 
 
É a esfera de vida da Terra. Ela compreende as 
porções de terra, mar e águas continentais habitadas 
pelos seres vivos. O homem integra e depende direta-
mente das relações que se desenrolam no interior da 
biosfera. Há milhares de anos o homem se encontra 
adaptado à biosfera terrestre e sua ausência significa o 
fim da própria humanidade. 
A biosfera, assim como as demais ''esferas'', não é 
uma camada homogênea, pois as condições ambien-
tais do nosso planeta são homogêneas. 
 
2. O tempo geológico conta a história da terra 
O planeta Terra possui aproximadamente 4,6 bi-
lhões de anos, o que pode ser considerado muito tem-
po, a depender do referencial. Para nós, seres huma-
nos, esse tempo é quase que inimaginável, uma vez 
que nossa existência no mundo data de algumas cen-
tenas de milhares de anos. A invenção da escrita e a 
constituição das primeiras civilizações, por sua vez, 
são ainda mais recentes, iniciando-se há cerca de sete 
mil anos ou até menos. 
Em razão dessa brutal diferença de tempo, torna-se 
importante estabelecer a distinção entre a escala de 
tempo geológico e a escala de tempo histórico. O tem-
po geológico refere-se ao processo de surgimento, 
formação e transformação do planeta Terra. O tempo 
histórico, por sua vez, faz referência ao surgimento das 
civilizações humanas e sua capacidade de comunica-
ção escrita. 
Para se ter uma noção aproximada do quanto a 
existência do ser humano é um mero episódio recente 
no tempo geológico da Terra, utilizamos algumas ana-
logias. Por exemplo, se toda a história do planeta fosse 
resumida nas vinte e quatro horas de um dia, a exis-
tência da humanidade teria ocorrido nos últimos três 
segundos desse mesmo dia. Por isso, quando falamos 
em uma formação de relevo geologicamente antiga, 
estamos dizendo que ela se formou há alguns poucos 
milhares de anos, provavelmente em uma das últi-
mas eras geológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
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Por falar em eras geológicas, vamos compreender 
melhor essa forma de classificação e periodização da 
evolução da escala de tempo geológico. Confira a tabe-
la a seguir: 
 
Tabela simplificada das eras na escala de tempo geológica 
 
Podemos notar que a periodização da Terra é divi-
dida em Éons, estes agrupando as Eras, que agrupam 
os períodos, que se dividem em épocas. Se nos aten-
tarmos à escala de tempo representada, é possível 
notar que o primeiro Éon, o Arqueano, durou cerca de 
dois bilhões e cem milhões de anos, sendo a maior de 
todas as divisões temporais da Terra, pois foi o período 
de formação do planeta até o surgimento das primeiras 
formas de vida. 
Já no Éon seguinte, o Proterozoico, ocorreu o sur-
gimento das primeiras formas de vida fotossintetizan-
tes, além dos primeiros animais invertebrados, o que 
durou cerca de um bilhão e novecentos milhões de 
anos. Depois disso, todas as evoluções das formas de 
relevo e das formas de vida na Terra aconteceram nos 
quinhentos e setenta milhões de anos seguintes, du-
rante o Fanerozoico. 
É provável que você já tenha observado algumas 
tabelas diferentes com classificações distintas sobre o 
tempo geológico. Isso ocorre porque há diferentes mo-
delos de discussão e diferentes autores elaboraram 
formas distintas de organizar essa classificação, que 
pode mudar à medida que novas descobertas arqueo-
lógicas aconteçam. 
Os continentes em suas formas atuais, com o fenô-
meno da Deriva Continental, por exemplo, originaram-
se há cerca de vinte e três milhões de anos somente. O 
Pangeia, a massa única continental anteriormente exis-
tente, começou a dividir-se há mais ou menos quatro-
centos milhões de anos. 
Compreender a dimensão do tempo geológico e su-
as escalas de medida torna-se um exercício mental 
fascinante para melhor compreender a atuação do 
homem em relação a essa temporalidade e o seu papel 
de herdeiro de todas as transformações ocorridas no 
espaço terrestre ao longo das eras geológicas. 
 
3. As camadas internas da terra 
A estrutura interna da Terra diz respeito a composi-
ção estratificada do planeta em suas áreas interiores, 
essas classificadas didaticamente conforme a sua 
composição físico-química e os elementos que lhes 
são predominantes. Conhecer essa estrutura é conhe-
cer a série processos que condicionam as formas do 
planeta e também influenciam a sua dinâmica de trans-
formação. 
Nesse sentido, a estrutura interna do nosso planeta 
é classificada a partir de três principais camadas da 
Terra, a saber: o núcleo, o manto e a crosta terrestre, 
que se separam entre si por aquilo que chamados de 
descontinuidades, a de Mohorovicic e a de Gutenberg. 
Observe o esquema a seguir: 
 
 
http://docplayer.com.br/58600357-Geologia-geral-e-do-brasil-
profo-gustavo-silva-de-souza.html 
 
3.1. Crosta terrestre 
A crosta terrestre é a menor e mais externa dentre 
as camadas estruturais da Terra. Ela é composta to-
talmente por rochas na forma sólida e, em termos mi-
nerais, por silício, magnésio e alumínio. Sua espessura 
média é de 25 km, variando desde os 6 km em algu-
mas áreas oceânicas até os 70 km em áreas 
continentais. 
 
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Por definição, costuma-se subdividir a crosta terres-
tre a partir de dois critérios: a composição e a estrutura. 
No primeiro, ela é classificada em camada sima, que 
também é chamada de crosta inferior e é composta por 
silício e magnésio; e em camada sial, que também é 
chamada de crosta superior e é composta por silício e 
alumínio. No segundo, ela é classificada em crosta 
oceânica, onde sua espessura é menor, e em crosta 
continental, onde sua espessura é maior. 
A peculiaridade principal da crosta terrestre é o fato 
de ela encontrar-se fraturada em diversos “pedaços”, o 
que chamados de placas tectônicas. A movimentação 
dessas placas é o principal dentre os agentes endóge-
nos de formação do relevo, sendo responsável pela 
formação da maioria das áreas montanhosas da terra, 
pela existência do vulcanismo e pela manifestação dos 
terremotos e tsunamis. 
 
3.2. Manto terrestre 
Manto Terrestre 
 
O manto terrestre é a maior dentre as camadas da 
terra e se posiciona entre as duas continuidades terres-
tres existentes. Sua profundidade vai desde os 30 km 
até 2900 km, com temperaturas que, nos pontos mais 
profundos, chegam a alcançar os 2000ºC. Desse mo-
do, as rochas não ficam no estado sólido, de modo que 
adquirem uma consistência mais pastosa nas porçõessuperiores e mais líquida e fluida nas porções inferio-
res, conforme a variação de temperatura, o que cha-
mamos de magma. 
Por isso, costuma-se dividir o manto 
em superior e inferior. 
A principais característica do manto terrestre, é o fa-
to de, graças à variação de temperatura em sua exten-
são, o magma apresentar um movimento circular, haja 
vista que o material magmático localizado nas porções 
se aquecer, sobe novamente em um processo cíclico. 
Essa dinâmica interna é a principal causa para a mo-
vimentação das placas tectônicas na crosta terrestre. 
 
3.3. Núcleo 
Núcleo da Terra 
 
Devido à forte pressão exercida pelas camadas su-
periores, o núcleo apresenta as mais altas temperatu-
ras, sendo o responsável direto pelo aquecimento in-
terno do planeta. Seu calor varia entre 3000ºC até os 
5000ºC, segundo algumas estimativas, valores seme-
lhantes ao que é encontrado na superfície do sol. 
Assim como o manto e a crosta, o núcleo terrestre 
também é subdivido em interno e externo. O núcleo 
externo possui uma composição totalmente líquida, em 
um aspecto muito mais fluido que o do manto. Já 
o núcleo interno apresenta uma composição sólida, 
devido a pressa extrema que se exerce sobre ele, for-
mando uma liga maciça de níquel, ferro e outro ele-
mento ainda não diagnosticado. Essa estrutura do nú-
cleo interno interfere e condiciona diretamente o campo 
magnético da Terra. 
 
4. Placas tectônicas 
As placas tectônicas são grandes blocos que fa-
zem parte da camada sólida externa do planeta Terra, 
responsável por sustentar os oceanos e continentes. 
Quando o magma da Terra se movimenta em seu inte-
rior, as placas principais empurram as outras, que alte-
ram alguns milímetros e modificam em partes alguns 
cenários da Terra. 
Elas estão localizadas na camada da Terra chama-
da de litosfera. Quando há o encontro dessas placas, 
uma enorme quantidade de energia fica acumulada nas 
rochas, tendo um poder semelhante à bombas atômi-
cas. Quando essas cargas são liberadas, ocorrem os 
terremotos. Já nos oceanos, podem ocasionar no sur-
gimento de vulcões, por exemplo. 
 
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4.1. Teoria da Deriva Continental 
O cientista alemão Alfred Wegener, em 1915, for-
mulou uma teoria chamada de Deriva Continental, que 
trata da movimentação dos continentes, em sua obra 'A 
Origem dos Continentes e Oceanos'. De acordo com 
seus estudos, todos os continentes que existem teriam 
se separado até o local que se encontram hoje, de um 
único grande continente, chamado de Pangea, rodeado 
pelo mar Panthalassa. Antes dessa separação, o Pan-
gea se dividiu dando origem a dois grandes continentes 
que foram chamados de Laurásia e Godwana. Essa 
movimentação já havia sido apontada por outros cien-
tistas que mencionavam por exemplo, haver um encai-
xe de alguns continentes com outros. Além disso, com 
os estudos dos fósseis, havia uma semelhança entre 
aqueles que foram encontrados em continentes 
diferentes. 
Na Segunda Guerra Mundial, a teoria ainda estava 
em fase de aceitação. Um dos eventos que contribuiu 
para sua comprovação foi a necessidade de conhecer 
o fundo oceânico para a navegação dos submarinos. 
Surgiu assim, um instrumento chamado de sonar, que 
em períodos de guerra servia para a detecção de ou-
tros submarinos, mas também detectava a profundida-
de, os obstáculos existentes, etc. 
 
 
 
 
 
Na década de 40, novas expedições foram realiza-
das com equipamentos mais sofisticados a fim de cole-
tar amostras e mapear o piso oceânico. Através desses 
estudos foi possível detectar a existência de monta-
nhas submersas, chamadas de dorsais meso-
oceânicas. Com o avanço do método de definir a ida-
de das rochas, os cientistas descobriram que as mais 
jovens eram aquelas que estavam perto das dorsais 
meso-oceânicas, já as que estavam mais próximas dos 
continentes eram as mais antigas. 
No início da década de 60, Harry Hess e Robert 
Dietz sugeriram que a crosta se separava por meio de 
riftes existentes nas dorsais meso-oceânicas, assim, 
devido a essas falhas, era formado um novo fundo 
oceânico, derivados de processos que ocorriam no 
manto. Isso mostrava que o interior da Terra estava em 
constante movimentação provando a teoria de 
Wegener, que não era muito aceita na época. Com os 
avanços nos estudos da geologia e geofísica marinha 
na década de 60 pode-se comprovar a teoria de 
Wegener. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. p.66. 
A superfície da Terra é constituída por placas tectônicas que se movem em direções e velocidades diferentes. 
Mário 
Yoshida 
 
 
 
5 
 
 
(Disponível em: <www.telescopionaescola.pro.br>. 
Acesso em: 3 abr. 2014. Adaptado.) 
 
4.2. Teoria da tectônica de Placas 
Além da Deriva Continental, a tectônica das pla-
cas seria outra teoria que informava o motivo da movi-
mentação dos continentes e que o contato entre elas 
causavam vários efeitos na superfície da Terra. Apesar 
de outros geólogos e cientistas sugerirem a existência 
de placas, comparando os estudos de Alfred Wegener 
e do fundo oceânico, os responsáveis pela descoberta 
foram Robert Palmer e Donald Mackenzie, na década 
de 60. 
 
 
De acordo com eles, toda a superfície terrestre esta-
ria ocupada por camadas rochosas em movimento, que 
formam os continentes e também o piso dos oceanos, 
chamada de placas tectônicas. Os continentes ainda 
estariam se afastando, devido as profundas falhas exis-
tentes na crosta terrestre, e estariam sob placas tectô-
nicas organizadas lado a lado e que se movimentavam 
por estar em cima de uma massa chamada magma. 
As placas deslizam, se separam, entram em atrito 
ou convergem causando muitas vezes, deformação 
nas rochas, terremotos e outros fenômenos. Um exem-
plo de formação por meio de placas tectônicas são 
a Cordilheira dos Andes e o Himalaia. Com o desen-
volvimento dos estudos e a detecção das placas, hou-
ve a divisão das maiores placas onde se localizam os 
continentes. 
 
4.3. Limites das Placas Tectônicas 
Os limites entre as placas tectônicas são áreas on-
de ocorrem intensas atividades geológicas, tais como 
falhas, vulcões, abalos sísmicos, cadeias de monta-
nhas, construção de novas placas e crosta, bem como 
sua destruição. São nessas áreas que ocorrem os mo-
vimentos das placas tectônicas. Com base nisso, exis-
tem três limites entre as placas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a 
 
1. Limites Transformantes ou Conservativos: 
Ocorre quando uma placa se desliza horizontalmen-
te em relação a outra. Nesse tipo de falha, não há cria-
ção e nem destruição da litosfera, mas apenas um 
afastamento que pode gerar grandes rachaduras. Po-
dem ser encontradas dentro dos oceanos ou em conti-
nentes como a Falha de San Andreas, na Califórnia, 
onde há um deslize entre a Placa do Pacífico e a Nor-
te-Americana; 
 
2. Limites Divergentes: 
Ocorre um afastamento entre placas que forma uma 
nova litosfera. Ou seja, nesses limites ocorrem tensões 
que provocam o afastamento das placas, quando o 
magma é ‘empurrado’ para a superfície dá origem a 
uma nova crosta. Existem dois tipos de limites diver-
gentes: 
 Separação de Placas nos Continentes: quando 
há essa separação ocorrem atividades vulcânicas, 
terremotos ou vales em rifte. Um grande exemplo 
de riftes podem ser observados no Mar Vermelho 
e no Golfo da Califórnia. 
 Separação de Placas nos Oceanos: no oceano, 
essa separação é verificada por meio de uma dor-
sal meso-oceânica que causa a expansão do fun-
do oceânico. A partir dela, podem surgir vulcões 
ativos, riftes ou terremotos. 
 
3.Limites Convergentes: ocorre a colisão frontal, 
onde uma desliza para baixo, sendo ‘sugada’ para o 
manto. As consequências irão depender da densidade 
das placas. Normalmente, uma placa que possui uma 
densidade maior mergulha por cima da outra. Assim, 
existem três tipos de convergência:oceano-oceano, 
oceano-continente e continente-continente. 
 
EXERCITANDO 
 
1. (Pucrj 2017) Nos trechos da crosta terrestre 
onde as placas tectônicas colidem e a placa 
mais densa penetra por baixo da de menor 
densidade, forma-se uma fossa chamada 
de: 
a) justaposição. 
b) geossinclinal. 
c) subducção. 
d) indução. 
e) abissal. 
 
 
 
 
2. (Uece 2017) A crosta continental e a crosta 
oceânica da Terra têm uma significativa ati-
vidade responsável por vários processos 
internos e externos. 
Considerando esses ambientes e a estrutura in-
terna do planeta, analise as afirmações a seguir e 
assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. 
( ) As rochas metamórficas e as rochas plutônicas 
estão expostas atualmente na superfície ter-
restre pela ação combinada de forças geoló-
gicas internas. 
( ) A crosta continental apresenta uma espessura 
muito regular e homogênea em todo o plane-
ta, em torno de 30 km de profundidade. 
( ) O manto superior situa-se abaixo da desconti-
nuidade de Mohorovicic e estende-se até a 
primeira das descontinuidades mantélicas 
abruptas. 
( ) A interface manto-núcleo está situada a apro-
ximadamente 2.900 km de profundidade e é 
conhecida como descontinuidade de Guten-
berg. 
A sequência correta, de cima para baixo, é 
a) V, F, F, F. b) F, V, V, F. 
c) F, V, F, V. d) V, F, V, V. 
 
3. (Unisc 2017) Assinale a alternativa incorreta 
no que se refere à dinâmica de placas tec-
tônicas. 
a) As dorsais oceânicas, também conhecidas como 
cordilheiras oceânicas, apresentam grandes 
elevações de altitude em relação às áreas cir-
cundantes. Elas são formadas em função de 
fendas ocasionadas pelo afastamento de placas 
divergentes. 
b) No que se refere aos movimentos transforman-
tes, não há choque direto, contudo, podem ocor-
rer tremores de terra em função do atrito causa-
do pelo deslocamento das placas. 
c) A convergência entre placas oceânicas e placas 
continentais faz com que as primeiras, por se-
rem menos densas, provoquem o afundamento 
das segundas. 
d) A subducção, relacionada aos movimentos con-
vergentes, ocorre nos casos em que uma placa 
afunda sob a outra. Ela dá origem a fossas 
oceânicas e cadeias montanhosas. 
e) Placas convergentes, com densidades iguais, se 
comprimem de modo a ocasionar orogênese. O 
Himalaia, por exemplo, é formado em função 
deste tipo de dinâmica. 
 
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RESPOSTA COMENTADA DO EXERCITANDO 
 
Resposta da questão 1: [C] 
Nas zonas de convergência entre placas tectônicas, 
a placa menos espessa, muitas vezes a oceânica, ver-
ga-se e mergulha no manto superior (astenosfera) on-
de é destruída pelas elevadas temperaturas. Este pro-
cesso chama-se subducção. Na realidade, a forma de 
relevo submarino presente nas áreas de convergência 
é a fossa submarina ou abissal, que apresenta acentu-
ada profundidade. 
 
Resposta questão 2: [D] 
O 2º item está incorreto, uma vez que a espessura 
da crosta continental é bastante variável. A crosta con-
tinental é mais espessa, já a crosta oceânica é menos 
espessa. A crosta não é homogênea do ponto de vista 
geológico, apresenta grande diversidade de estruturas 
rochosas, a exemplo dos escudos cristalinos, bacias 
sedimentares e dobramentos modernos. Estão corretas 
as menções as descontinuidades, Mohorovicic (entre 
crosta e manto) e Gutenberg (entre manto e núcleo). 
 
Resposta questão 3: [C] 
Em zonas de convergência entre placas tectônicas 
ocorre subducção, isto é, a placa oceânica (menor 
espessura) verga-se no contato com a placa continen-
tal (maior espessura). A placa oceânica mergulha no 
manto superior (astenosfera) e é destruída. As zonas 
de convergência são caracterizadas também por oro-
gênese (formação de dobramentos modernos), vulca-
nismo, terremotos de alta intensidade e tsunamis.

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