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Adenocarcinoma da Adrenal em Cão Labrador

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ADENOCARCINOMA DA 
ADRENAL EM UM CÃO 
LABRADOR RETRIEVER: 
RELATO DE CASO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUAZEIRO DO NORTE – CE, 2023. 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
TRABALHO PATOLOGIA GERAL VETERINÁRIA 
PROFESSORA: VANESSA RAQUEL PINTO DE BARROS 
EQUIPE: ERICK JOHNNY MENEZES DOS SANTOS 
 SEIXA JUSTINO LEMOS 
TURMA 307.4 
 
ADENOCARCINOMA DA ADRENAL EM UM CÃO LABRADOR 
RETRIEVER: RELATO DE CASO 
 
Resumo: Este trabalho descreve um caso clínico de um cão Labrador Retriever, macho, 
de 8 anos de idade, diagnosticado com adenocarcinoma da adrenal. São detalhados os 
exames realizados para o diagnóstico, com ênfase nos mais relevantes, e são discutidas 
as alterações encontradas no exame microscópico. 
Palavras-chave: adenocarcinoma, adrenal, cão, diagnóstico, exames clínicos, exames de 
imagem, alterações celulares. 
Introdução: O adenocarcinoma da adrenal é uma neoplasia maligna rara que pode afetar 
cães e outros animais. Essa condição resulta na proliferação anormal de células 
glandulares da adrenal, levando a sintomas clínicos variados e desafios no diagnóstico. 
Neste trabalho, relatamos um caso clínico de um cão Labrador Retriever diagnosticado 
com adenocarcinoma da adrenal, abordando os exames realizados e as alterações 
encontradas no exame microscópico. 
Relato do Caso: Um cão Labrador Retriever, macho, de 8 anos de idade, foi encaminhado 
ao hospital veterinário com histórico de letargia, perda de peso progressiva, anorexia e 
sinais de desconforto abdominal. Durante a anamnese, o tutor relatou que o animal 
apresentava aumento do volume abdominal e episódios intermitentes de vômitos. 
O exame físico revelou distensão abdominal e dor à palpação na região da cavidade 
abdominal direita. Com base nesses achados, foram solicitados diversos exames para 
auxiliar no diagnóstico da causa do quadro clínico apresentado. 
Inicialmente, foram realizados exames laboratoriais, incluindo hemograma completo e 
bioquímica sanguínea. O hemograma não apresentou alterações significativas, enquanto 
a bioquímica sanguínea revelou elevação dos níveis de enzimas hepáticas e bilirrubina, 
sugerindo possível comprometimento hepático. 
Considerando a suspeita de uma massa abdominal, foi solicitada uma ultrassonografia 
abdominal. O exame ultrassonográfico revelou uma massa sólida na região da glândula 
adrenal direita, com características sugestivas de malignidade. Para avaliar a extensão da 
massa e possíveis metástases, uma tomografia computadorizada (TC) foi realizada. 
A TC confirmou a presença da massa na adrenal direita e revelou sinais de invasão local 
de tecidos adjacentes, sugerindo um estágio avançado da neoplasia. Com base nesses 
achados, foi realizada uma aspiração por agulha fina (AAF) da massa para obter material 
para análise citológica. 
A análise citológica revelou a presença de células tumorais com características de 
adenocarcinoma, fornecendo um diagnóstico preliminar. No entanto, para confirmação 
definitiva e avaliação histopatológica mais detalhada, foi realizada uma biópsia cirúrgica 
da massa. 
No exame microscópico, foram encontradas as seguintes alterações nas células e tecidos 
tumorais: 
Picnose, cariólise, cariorrex e cariólise avançada: Essas alterações indicam danos ao 
núcleo celular, como condensação, dissolução e fragmentação do DNA, características 
típicas de células malignas. 
Edema: Indica a presença de acúmulo de fluido intersticial devido à resposta inflamatória. 
Infarto: Refere-se à morte do tecido tumoral devido à falta de suprimento sanguíneo 
adequado, levando à necrose. 
Mitose: A presença de mitoses sugere alta atividade proliferativa e rápida divisão celular, 
características de neoplasias malignas. 
Neoplasia: Confirmação da presença de um tumor maligno de origem glandular na 
adrenal. 
Inflamação sistêmica e congestão: Indicam a resposta inflamatória sistêmica e a 
congestão vascular associada ao crescimento tumoral. 
Discussão: O diagnóstico do adenocarcinoma da adrenal em cães envolve uma 
abordagem integrada, incluindo exames clínicos, laboratoriais, de imagem e análise 
histopatológica. No caso fictício relatado, a ultrassonografia abdominal e a TC foram 
fundamentais para identificar a presença da massa na adrenal e avaliar sua extensão. A 
citologia por AAF forneceu um diagnóstico preliminar, enquanto a biópsia cirúrgica 
permitiu uma análise mais detalhada do tecido tumoral. 
As alterações encontradas no exame microscópico são características do adenocarcinoma 
da adrenal e refletem a agressividade da neoplasia. As alterações nucleares, como picnose, 
cariólise, cariorrex e cariólise avançada, indicam danos e degeneração celular. O edema 
e a inflamação sistêmica são respostas do organismo à presença do tumor. A presença de 
infarto sugere a falta de suprimento sanguíneo adequado para o tecido tumoral. A alta 
taxa de mitoses confirma a natureza proliferativa do adenocarcinoma da adrenal. 
Conclusão: O adenocarcinoma da adrenal é uma condição maligna rara em cães, exigindo 
uma abordagem diagnóstica abrangente. Este relato de caso destacou a importância de 
exames clínicos, laboratoriais, de imagem e análise histopatológica para o diagnóstico do 
adenocarcinoma da adrenal. As alterações encontradas no exame microscópico 
forneceram insights sobre a agressividade e os efeitos da neoplasia no tecido tumoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMAGENS DOS EXAMES HISTOPATOLÓGICOS:

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