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Aula 22
SEFAZ-BA - Contabilidade Geral - 2022
(Pós-Edital) - Profs. Julio Cardozo e
Luciano Rosa
Autor:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
13 de Maio de 2022
00140387579 - Frederico Nascimento Argolo
 
 
 1 49 
Sumário 
1. Aspectos Iniciais – Tributação do Imposto de Renda .............................................................................................. 3 
2. Despesas Indedutíveis para o Imposto de Renda .................................................................................................... 9 
3. Receitas Não Tributáveis para o Imposto de Renda ............................................................................................ 11 
4. Tratamento do Prejuízo Acumulado ......................................................................................................................... 12 
5. Base Contábil e Base Fiscal ....................................................................................................................................... 15 
6. Reconhecimento de Ativos e Passivos Fiscais e Correntes .................................................................................... 18 
7. Reconhecimento de Passivos e Ativos Fiscais Diferidos ....................................................................................... 19 
7.1 - Diferença Temporária Tributável....................................................................................................................... 19 
7.2 - Diferença temporária dedutível ........................................................................................................................ 21 
8. Questões Comentadas ................................................................................................................................................ 23 
8.1 - VUNESP ................................................................................................................................................................... 23 
8.2 – Outras Bancas ....................................................................................................................................................... 26 
9. Lista de Questões ........................................................................................................................................................ 38 
9.1 - VUNESP ................................................................................................................................................................... 38 
9.2 – Outras Bancas ....................................................................................................................................................... 40 
10. Gabarito ....................................................................................................................................................................... 46 
11. Resumo ........................................................................................................................................................................... 47 
 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 22
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APRESENTAÇÃO DO CURSO 
Olá, meus amigos. Como estão?! 
Prazer revê-los em mais uma aula de Contabilidade. 
A aula de hoje versará sobre o seguinte assunto: CPC 32 – Tributos sobre o Lucro. 
Pedimos que enviem as dúvidas existentes ao fórum de dúvidas do site. 
Vamos à aula?! Então, aos estudos! 
Um abraço. 
Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo 
Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e 
@profjuliocardozo 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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1. ASPECTOS INICIAIS – TRIBUTAÇÃO DO 
IMPOSTO DE RENDA 
Nosso tema é o Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro. 
Antes, porém, vejamos alguns aspectos da tributação do imposto sobre a renda. 
O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é tributo instituído pela União, no 
exercício da competência regular que lhe confere a Constituição Federal (CF, art. 153, III). 
As pessoas jurídicas estão sujeitas a um dos seguintes regimes jurídicos para apuração do imposto 
de renda: 
 a) lucro presumido; 
b) lucro arbitrado; 
c) lucro real . 
O lucro presumido pode ser utilizado pelos contribuintes cuja receita bruta total tenha sido igual 
ou inferior a R$ 78 milhões, no ano calendário anterior, ou R$ 6,5 milhões por mês se ano 
calendário tiver menos de 12 meses. 
Para gravar: 
(Exame de Suficiência/ Tec. Contabilidade/2015 – 1) As empresas A, B, C e D, optantes pelo 
regime de tributação com base no Lucro Presumido, apresentaram os seguintes montantes de 
Receita Bruta Total, de janeiro a dezembro de 2014: 
Empresa Receita Bruta em 2014
A R$ 27.000.000,00
B R$ 48.000.000,00
C R$ 65.000.000,00
D R$ 84.000.000,00 
De acordo com a Lei n.º 9.718/98, com a redação dada pela Lei n.º 12.814/13, poderá(ão) optar 
pelo Lucro Presumido, em 2015, a(s) empresa(s): 
A) A e B, apenas. 
B) A, apenas. 
C) A, B e C, apenas. 
D) A, B, C e D. 
Comentários : 
Nota-se que Receita Bruta A < Receita Bruta B < Receita Bruta C < R$ 78 milhões. Logo, o nosso 
gabarito é letra c. 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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No lucro presumido o imposto é calculado trimestralmente. 
Para achar a base de cálculo, basta que saibamos achá-la por presunção (resultado da receita bruta 
total x alíquota da presunção). Uma vez encontrada, procede-se à apuração pela multiplicação 
com a respectiva alíquota. 
 
A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de 15% (quinze por cento). 
O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro 
presumido será calculado mediante a aplicação do percentual de 10% (dez por cento) sobre a 
parcela do lucro presumido que exceder ao valor de R$60.000,00 (sessenta mil reais) em cada 
trimestre. 
Ou seja: 15% de alíquota normal. O que exceder $20.000 por mês (ou $60.000, no caso de 
apuração trimestral) terá tributação adicional de 10%. 
Por meio da seguinte questão, observem o cálculo: 
(CM Pradópolis/Contabilidade/2016) Uma empresa de prestação de serviços de pintura, Pinta 
o Sete Ltda., registrou receitas de vendas relativas ao primeiro trimestre, findo em 31 de março 
de 2015, nos seguintes valores: 
Janeiro – R$ 850.000,00; 
Fevereiro – R$ 890.000,00; 
Março – R$ 930.000,00. 
A empresa não apresenta qualquer incentivo ou diferencial fiscal de alíquota e está enquadrada 
na tributação pelo lucro presumido. 
Por hipótese, o contador necessita calcular para o trimestre acumulado o valor do imposto de 
renda e o respectivo adicional do imposto de renda. Considerando as alíquotas pertinentes com 
o enquadramento na tributação da referida empresa, os respectivos valores são: 
A) R$ 102.000,00 e R$ 78.540,00. 
B) R$ 128.160,00 e R$ 91.340,00. 
Percentuais aplicados sobre a receita bruta
Atividades
Atividade em geral
Revenda de combustíveis
Serviços de transporte (exceto o de carga)
Serviços de transporte de carga
Serviços em geral (exceto serviços hospitalares)
Serviços hospitalares
Percentuais
8,00%
1,60%
16,00%
8,00%
32,00%
8,00%
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173837900140387579 - Frederico Nascimento Argolo5 49 
C) R$ 128.160,00 e R$ 79.440,00. 
D) R$ 150.350,00 e R$ 79.440,00. 
E) R$ 150.350,00 e R$ 91.340,00. 
Comentários: 
 “Serviços de pintura” se encaixa em “Serviços em geral”, com alíquota de lucro presumido de 
32%. Ficamos assim: 
Receita do trimestre: $ 850.000 + $ 890.000 + $ 930.000 = $ 2.670.000 
Lucro presumido: $ 2.670.000 x 32% = $ 854.400 
Alíquota normal: $ 854.400 x 15% = $ 128.160 
Alíquota adicional: $ 854.400 - $60.000 = $794.400 x 10% = $ 79.440 
Assim, o gabarito é letra c. 
O lucro arbitrado é lançado de ofício pela Secretaria da Receita Federal, por meio de seus 
auditores fiscais, geralmente, quando flagradas fraudes, vícios, omissões, inconsistências na 
escrituração de sujeito passivo. 
 
(CODEMIG/Contador/2015) A tributação do imposto de renda das pessoas jurídicas, 
decorrente da não validação da escrituração contábil, por apresentar evidentes indícios de 
fraudes ou conter vícios, é feita pelo enquadramento do contribuinte no lucro: 
A) real; 
B) contábil; 
C) arbitrado; 
D) líquido; 
E) presumido. 
Comentários: 
Conforme acabamos de salientar, o gabarito é letra c. 
 
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O lucro real , por seu turno, é o lucro líquido do período ajustado por adições, exclusões e 
compensações. 
 
 
Vejamos os ajustes do Lucro Real: 
Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR) 
+ Adições 
(-) Exclusões 
(-) Compensações 
Base de cálculo do imposto de renda. 
As adições aumentam a base do imposto. Um exemplo clássico são as multas. Na demonstração 
do resultado do exercício, as multas reduzem o valor do lucro e, consequentemente, do imposto 
a ser apurado. Permitindo-se esta situação, estar-se-ia sendo condescendente com aqueles que 
cometem ilícitos, uma vez que teriam sua tributação diminuída. Assim, as multas normalmente não 
são dedutíveis, devendo ser somadas ao Lucro Líquido do Exercício para efeito do Imposto de 
Renda 
As exclusões têm por fim reduzir a base de cálculo do imposto, tendo em vista que no resultado 
contábil foram considerados resultados que não devem ser tributadas, como as receitas de 
dividendos, que são tributadas na empresa que os distribui. 
 
Apuração do 
Imposto de Renda
Lucro Presumido
Receita bruta menor 
ou igual a 78 MM 
por ano ou 6,5 MM 
por mês
Lucro Arbitrado
Lançado de ofício 
pela Secretária da 
Receita Federal
Lucro Real
Lucro líquido do 
período ajustado por 
adições, exclusões e 
compensações
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Fique Atento! Professores, não entendi como funcionam as adições e exclusões. 
1) Adições são receitas tributáveis que não foram lançadas na DRE, portanto, 
precisam ser adicionadas para serem tributadas pelo IR ou que foram diminuídas 
da DRE mas devem ser acrescentadas, já que devemos tributar pelo IR. A perda 
com equivalência patrimonial, por exemplo, se enquadra nesta última hipótese. 
Se por exemplo, a empresa tem uma despesa com multa, porque está violando 
um pacto ambiental e está poluindo severamente o meio ambiente, não poderá 
deduzir este valor para fins de cálculo do IR. Seria premiá-la por seu próprio 
desleixo. Você está reduzindo o resultado, mas não pode fazê-lo. Deve fazer uma 
adição! As exclusões são justamente o contrário. 
Quando se está apurando o lucro real, podemos ter algumas exclusões, que vão 
diminuir a base de cálculo para pagamento do imposto de renda. São valores que 
a Receita Federal autoriza sejam diminuídos, resultados positivos, receitas e 
ganhos que estejam na DRE, mas não sejam computados no lucro real, e o próprio 
prejuízo fiscal que for apurado em exercícios anteriores (limitado a 30% do lucro 
líquido ajustado – ver explicações abaixo). 
Sobre a base de cálculo, índice o imposto de 15%, com adicional de Imposto de Renda de 10%, 
quando a base de cálculo ultrapassar $20.000 por mês (considerando-se o período de apuração 
do imposto), conforme abaixo: 
A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$20.000,00 
(vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período de apuração sujeita-
se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez por cento). 
 
Uma empresa possui registrada em seu LALUR prejuízos fiscais no montante de R$ 100.000,00. 
Considere os seguintes dados: Em 2010, no primeiro trimestre, o lucro foi de R$ 400.000, 
sendo 40.000 de provisão para férias e resultado negativo de Método de Equivalência 
Patrimonial de R$ 40.000. Calcule o imposto de renda devido ao fim do primeiro trimestre. 
Comentários: 
No primeiro trimestre: 
Lucro antes do IR = 400.000. 
+ Adições (Perda com MEP) 40.000 
- Exclusões 0 
Lucro ajustado 440.000 . 
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Uma primeira ressalva. A provisão para férias é dedutível, mas como se trata de despesa, já foi 
considerada, uma vez que apurada antes do lucro líquido do trimestre. O lucro do trimestre já 
considera todas as despesas do período. 
O máximo que poderá ser utilizado com as compensações é o montante de 30% deste lucro 
ajustado , de R$ 440.000, isto é, R$ 132.000. Mas só tem os R$ 100.000, logo, poderemos utilizar 
todo o valor. 
Lucro ajustado 440.000 
(-) Compensações 100.000 
Base de cálculo do IR  Lucro real 340.000 
Agora, calcula-se o IR. 
A alíquota é de 15%, cobrando-se um adicional de 10% sobre o montante que exceder o 
número de meses x R$ 20.000 . 
Teremos: 
Imposto = 15% x 340.000 = 51.000 
Adicional = 10% x (340.0000 – (3 x 20.000)) = 28.000 
Somando as parcelas, teremos um imposto total de 51.000 + 28.000 = R$ 79.000,00. 
De acordo com o Princípio Contábil da Competência, se a contabilidade já reconheceu uma receita 
ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve ser reconhecida nesse mesmo período, ainda que 
tais receitas e lucros tenham a sua tributação diferida para efeitos fiscais, ou seja, o Imposto de 
Renda incidente sobre elas será pago em períodos futuros. 
A entidade deve reconhecer esses efeitos fiscais por meio da contabilização do passivo fiscal 
diferido , no exercício em que ocorrer. 
Ressalte-se que o diferimento do Imposto de Renda é feito somente para fins fiscais no LALUR, 
não alterando o lucro líquido na contabilidade , pois em função do regime de competência, na 
contabilidade não há postergação do reconhecimento do resultado. 
Nesses casos, a receita ou o lucro já foram registrados contabilmente pelo regime de competência 
e a despesa de Imposto de Renda também deve ser reconhecida no mesmo período, mediante 
crédito na conta de Provisão para Imposto de Renda Diferido, classificada no Passivo Circulante 
ou no Passivo Não Circulante e débito na conta de despesa de Imposto de Renda no Resultado. 
Quando a receita ou o lucro se tornarem tributáveis, o valor constante da conta de Provisão para 
Imposto de Renda Diferido será transferido para a conta de Provisão para Imposto de Renda no 
Passivo Circulante, não alterando o resultado desse período. 
Esses registros de Imposto de Renda Diferido também podem ocorrer em conta de ativo, 
denominada Ativo Fiscal Diferido. 
A despesa tributária (receita tributária) compreende a despesa tributária corrente (receita 
tributária corrente) e a despesa tributária diferida (receita tributária diferida). 
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Esquematizemos: 
 
 
2. DESPESAS INDEDUTÍVEIS PARA O IMPOSTO DE RENDA 
Vejamos a seguir as principais despesas que aparecem na Contabilidade, mas que não são 
dedutíveis e devem ser somadas ao lucro para efeito do Imposto de renda: 
--- Provisões em geral : as únicas provisões dedutíveis para o Imposto de Renda (IR) são as 
provisão para Férias e a provisão para 13º salário. 
Todas as outras são indedutíveis : Provisão para processos judiciais, provisões para perdas com 
devedores duvidosos, provisões para contingências etc. Ressalta-se que a provisão será dedutível 
quando ocorrer a despesa. 
Por exemplo: uma empresa contabiliza uma provisão para processo trabalhista, devido a ação 
movida por um ex-funcionário. A empresa avaliou que é “provável” que seja necessário pagar 
$100.000 nesse processo, e assim contabiliza o seguinte: 
D – Despesa com provisão para processo trabalhista (Resultado) 100.000 
C – Provisão para processo trabalhista (Passivo) 100.000 
A despesa de $100.000 não é dedutível. Tal valor deverá ser somado ao resultado para cálculo do 
IR. 
Digamos que, 2 anos depois, o processo seja decidido contra a empresa. Nesse caso, o valor do 
pagamento ao ex-funcionário é dedutível. Ou seja, quando ocorre o decisão judicial, a provisão 
passa a ser dedutível para o IR. 
A contabilização fica assim: 
Despesa 
tributária 
Despesas 
tributária 
corrente 
Despesa 
tributária 
diferida
Receita 
tributária 
Receita 
tributária 
corrente 
Receita 
tributária 
diferida.
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D - Provisão para processo trabalhista (Passivo) 100.000 
C – Caixa/Bancos (ativo) 100.000 
Repare que, no lançamento acima, não houve alteração no resultado. Mas, como a empresa 
perdeu o processo judicial, a despesa passa a ser dedutível. 
--- Brindes : as despesas com brindes não são dedutíveis. Ocorrem quando a empresa oferece 
gratuitamente os seus produtos. 
A contabilização dos brindes é a seguinte: 
D – Despesas com brindes (resultado) 
C – Estoque (Ativo) 
-- Multas Indedutíveis : Ocorre quando a empresa é multada por alguma infração tributária, de 
trânsito etc. Contabilização: 
D – Despesa com multas (Resultado) 
C – Multas a pagar (Passivo) 
--- Perda com Método da Equivalência Patrimonial (MEP ). A perda com o Método de 
Equivalência Patrimonial refere-se a prejuízos apurados na empresa investida. Portando, serão 
considerados para Imposto de Renda na empresa investida, e não na investidora. 
Esquematizemos: 
 
Despesas Indedutíveis 
para o Imposto de 
Renda
Provisões em geral
Exceto a Provisão para 
Férias e a Provisão 
para 13° salário, que 
são dedutíveis
Brindes
Resultado Negativo da 
Equivalência 
Patrimonial
Multas Indedutíveis
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3. RECEITAS NÃO TRIBUTÁVEIS PARA O IMPOSTO DE 
RENDA 
As mais comuns são o Resultado positivo na Equivalência Patrimonial e as Receitas de Dividendos. 
Ambas se referem a lucros auferidos em empresa investida. Portanto, o tratamento tributário 
ocorre nas empresas investidas. 
Exemplo: A empresa A tem resultado positivo pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP) da 
sua investida, empresa B. 
Contabilização em A: 
D – Investimento em B (Ativo) 
C – Resultado positivo com MEP (Resultado) 
Para o imposto de renda de A, a receita com MEP não será tributada, pois já foi tributada em B 
quando essa apurou o seu resultado. O mesmo ocorre com as Receitas de Dividendos. 
Esquematizemos: 
 
 
 
 
 
 
Receitas NÃO 
Tributáveis
Resultado Positivo da 
Equivalência Patrimonial
Dividendos
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4. TRATAMENTO DO PREJUÍZO ACUMULADO 
O Prejuízo Acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no LALUR (Livro de apuração 
do Lucro Real). E apresenta a seguinte particularidade, em relação ao Prejuízo contábil: só pode 
abater 30% do Lucro Real apurado no exercício. 
Vamos supor que uma empresa tenha prejuízos acumulados no valor de $10.000 (e que tal prejuízo 
seja também o prejuízo fiscal, para efeito de IR). 
Caso a empresa obtenha lucro de $12.000 no exercício, para a contabilidade ficará assim: 
Lucro do exercício $12.000 – prejuízo acumulado $10.000 = $2.000 de lucros acumulados. 
A empresa irá constituir reservas e pagar dividendos sobre o valor de $2.000. 
Para o Imposto de Renda : só pode compensar 30% do lucro. 
Fica assim: 
Lucro do Exercício $12.000 
Prejuízo fiscal (30% x $12.000) ($3.600) 
Base para IR $8.400 
IR (15% x8400) $1.260 
Vejamos como foi cobrado: 
(Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016) Uma empresa apresentava em 31/12/X0 o seguinte balanço 
patrimonial: 
Caixa 100.000 Capital Social 100.000 
No ano X1, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 50.000,00 e incorreu em despesas à 
vista no valor de R$ 80.000,00. Em 31/12/X1 foi feito um estudo e constatou-se que a empresa 
apresentava perspectivas de lucros futuros. 
No ano X2, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 90.000,00 e incorreu em despesas, 
também à vista, no valor de R$ 70.000,00. 
Assinale a opção que indica a provisão para o imposto sobre a renda e contribuição social da 
empresa em 31/12/X2, considerando alíquota de 34%. 
(A) Zero. 
(B) R$ 2.040,00. 
(C) R$ 3.400,00. 
(D) R$ 4.760,00. 
(E) R$ 6.800,00 
 
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Comentários: 
Exercício de X1. 
Receita 50.000,00 
(-) Despesa (80.000,00) 
Prejuízo do exercício (30.000,00) 
O prejuízo acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no LALUR (Livro de apuração 
do Lucro Real). E apresenta a seguinte particularidade, em relação ao Prejuízo contábil: só pode 
abater 30% do Lucro Real apurado no exercício . 
Nesse caso, a empresa tinha Prejuízos acumulados no valor de $10.000 (e que tal prejuízo seja 
também o prejuízo fiscal, para efeito de IR). 
Como em X2 ela teve lucro no exercício, para a contabilidade ficará assim: 
Lucro do exercício: 90.000 – 70.000 = 20.000,00 
$20.000– prejuízo acumulado $30.000 = $10.000 de prejuízos acumulados. 
Como há prejuízo, não há constituição de reserva e pagamento de dividendos. Mas a questão 
quer saber o IR. 
Para o Imposto de Renda : só pode compensar 30% do lucro. Fica assim: 
Lucro do Exercício $ 20.000 
Prejuízo fiscal (30%) ($ 6.000) 
Base para IR $ 14.000 
IR (34% x 14000) 4.760,00 
O gabarito é letra d. 
Alguns termos apresentados na resolução devem ser levados para a prova, quais sejam: 
Resultado contábil é o lucro ou prejuízo para um período antes da dedução dos 
tributos sobre o lucro. 
Tributo corrente é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro tributável 
(prejuízo fiscal) do período. 
Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro 
relacionado às diferenças temporárias tributáveis . 
Ativo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro recuperável em período 
futuro relacionado a: 
(a) diferenças temporárias dedutíveis ; 
(b) compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados; e 
(c) compensaçãofutura de créditos fiscais não utilizados. 
 
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Atente-se a este primeiro aspecto. Uma questão de prova vai perguntar: ativo fiscal diferido 
corresponde à diferença temporária dedutível . Certo ou errado? Certo! Outra: passivo fiscal 
diferido corresponde à diferença temporária tributável . Certo ou errado? Certo! 
A despesa tributária (receita tributária) compreende a despesa tributária corrente (receita 
tributária corrente) e a despesa tributária diferida (receita tributária diferida). 
As Provisões indedutíveis, como as Provisões para Processos Judiciários, são diferenças 
temporárias tributáveis. Serão tributáveis se a empresa perder o processo. 
Já os Brindes, as Multas e o Resultado Negativo da Equivalência Patrimonial são adições 
definitivas, pois não serão tributados no futuro. 
Agora, uma questão para reforçar o conceito: 
(SERGAS/Contador/2010) Na apuração do imposto de renda pelo regime do Lucro Real, 
representa uma adição ou exclusão temporária: 
A) resultado de equivalência patrimonial. 
B) perda oriunda de investimento por incentivos fiscais. 
C) excesso de depreciação. 
D despesas com brindes. 
E) multas de trânsito. 
Comentário: 
O “Excesso de Depreciação” contábil em relação à depreciação permitida pelo Imposto de Renda 
é uma adição temporária. Será tributada com o passar do tempo. As demais são adições ou 
exclusões definitivas. O gabarito é letra c. 
 
 
 
 
 
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5. BASE CONTÁBIL E BASE FISCAL 
Base fiscal é, em suma, o valor que os fiscos consideram para fins de tributação. 
Segundo o CPC, item 7, a base fiscal de um ativo é o valor que será dedutível para fins fiscais 
contra quaisquer benefícios econômicos tributáveis que fluirão para a entidade quando ela 
recuperar o valor contábil desse ativo. Se aqueles benefícios econômicos não serão tributáveis, a 
base fiscal do ativo é igual ao seu valor contábil. 
Exemplifiquemos. 
Base fiscal de um ativo 
1. Uma máquina custa $ 100. Para fins fiscais a depreciação de $ 30 já foi deduzida 
nos períodos corrente e anterior, e o custo remanescente será dedutível nos 
períodos futuros, tanto como depreciação ou por meio de dedução na alienação. 
O lucro gerado pelo uso da máquina é tributável, qualquer ganho sobre a 
alienação da máquina é tributável e qualquer perda na venda é dedutível para fins 
fiscais. A base fiscal da máquina é $ 70. 
2. Contas a receber têm o valor contábil de $ 100. A receita relacionada já foi 
incluída no lucro tributável (prejuízo fiscal). A base fiscal das contas a receber é $ 
100. 
3. Um empréstimo a receber tem o valor contábil de $ 100. O recebimento do 
empréstimo não tem nenhum efeito fiscal. A base fiscal do empréstimo é $ 100. 
A base fiscal de um passivo é o seu valor contábil, menos qualquer valor que será dedutível para 
fins fiscais relacionado àquele passivo em períodos futuros. No caso da receita que é recebida 
antecipadamente, a base fiscal do passivo resultante é o seu valor contábil, menos qualquer valor 
da receita que não será tributável em períodos futuros. 
Exemplifiquemos. 
Base fiscal de um passivo 
1. O passivo circulante inclui multas e penalidades provisionadas com o valor 
contábil de $ 100. Multas e penalidades não são dedutíveis para fins fiscais. A base 
fiscal das multas e penalidades provisionadas é $ 100. 
2. Um empréstimo a pagar possui o valor contábil de $ 100. O pagamento do 
empréstimo não tem nenhum efeito fiscal. A base fiscal do empréstimo é $ 100. 
 
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A seguir, veremos esse assunto de forma mais clara por meio de dois quesitos: 
(LIQUIGÁS/Ciências Contábeis/2013) Uma companhia tributada pelo lucro real apresentou as 
seguintes informações sobre um bem registrado no Ativo Não Circulante / Imobilizado 
Situação do bem Contábil Fiscal
Custo de aquisição do ativo 36.000 36.000
(-) Depreciação acumulada (12.000) (21.600) 
Admitindo, para todos os efeitos, uma alíquota de Imposto de Renda de 25% e somente os 
dados informados, o passivo fiscal diferido, em reais, é 
A) 2.400,00 
B) 3.600,00 
C) 5.400,00 
D) 6.000,00 
E) 9.600,00 
Comentários: 
Vamos apurar o valor contábil e o valor fiscal: 
Situação do bem Contábil Fiscal
Custo de aquisição do ativo 36.000 36.000
(-) Depreciação acumulada (12.000) (21.600)
Valor (contábil e fiscal) 24.000 14.400 
Repare o seguinte: para fins fiscais, o bem ainda terá uma depreciação dedutível de $14.400. 
A partir daí, a depreciação será considerada para fins contábeis (até 24.000,00), mas não para 
fins fiscais. Ou seja: a empresa terá uma despesa de depreciação que não será dedutível. 
Isso gera um passivo fiscal diferido, que pode ser calculado assim: 
Valor Contábil – Valor Fiscal = 24.000 - 14.400 = 9.600 
Esta é a diferença entre base contábil e base fiscal. Para achar o passivo fiscal diferido, 
multiplicamos a diferença de base pela alíquota do IR: 
9.600 x 25% = 2.400 
Outra forma de calcular: podemos efetuar o cálculo diretamente pela depreciação: 
21.600 – 12.000 = 9.600 x 25% = 2.400 
O gabarito é letra a. 
(ICMS RJ/2009/Adaptada) A Cia. Turfa efetuou as seguintes operações em 2008: 
Receitas operacionais: $500.000 
Despesas de salários (totalmente dedutíveis): $100.000 
Despesas administrativas (totalmente dedutíveis) $200.000 
Do total das Receitas, 15% são auferidas de instituições governamentais e ainda não foram 
recebidas. 
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Além das despesas de salários e administrativas, foram provisionadas contingências trabalhistas 
no valor de $ 40.000. Desse montante foi efetuado um depósito judicial de $ 20.000. 
Considerando que a alíquota do Imposto de Renda e da Contribuição Social (somadas) é de 34%, 
assinale a alternativa que indique, respectivamente, os saldos ativos e passivos do Imposto de 
Renda e da Contribuição Social diferidos. 
Obs.: A empresa reconhece de forma plena o efeito sobre variações temporárias. 
(A) zero e $ 42.500. 
 (B) $ 6.800 e zero. 
(C) $ 11.900 e zero. 
(D) $ 13.600 e $ 25.500. 
(E) $ 6.800 e $ 25.500. 
Comentários: 
Inicialmente, devemos calcular o valor do lucro líquido contábil. 
Contabilidade: 
Receitas operacionais: $500.000 
(-) Despesas de salários (totalmente dedutíveis): ($100.000) 
(-) Despesas administrativas (totalmente dedutíveis): ($ 200.000) 
(-) Contingências Trabalhistas ($ 40.000) 
LAIR $ 160.000 
(-) Provisão IR e CSLL (34% de 160.000) ($ 54.400) 
Lucro Líquido $105.600 
Contabilização da Provisão para IR e CSLL: 
D – Despesa com IR e CSLL (resultado) 54.400 
C – IR e CSLL a recolher (PC) 54.400 
Apuração do Lucro Real (no LALUR): 
Lucro antes IR e CSLL: 160.000 
(+) Adições (prov. Contingências trabalhistas) 40.000 
(-) Exclusões (15% receita: 500000 x 15%) (75.000) 
(=) Lucro ajustado (base para o IR e CSLL) 125.000 
(x) Percentual 34% . 
(=) IR e CSLL a recolher (125.000 x 34%) 42.500 
Assim, temos: 
IR e CSLL apurados contabilmente = 54.400 
IR e CSLL que serão efetivamente recolhidos = 42.500Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Contabilização: 
D – IR e CSLL diferido - adições (40.000 x 34%) 13.600 
C – IR e CSLL a recolher (PC) 13.600 
D – IR e CSLL a recolher (PC) 25.500 
C – IR e CSLL diferido – exclusões (75.000 x 34%) 25.500 
Por fim, temos que: 
Saldo da conta IR a recolher: +54.400 + 13600 – 25500 = 42.500 
Saldo ativo do IR diferido : 13.600 
Saldo passivo do IR diferido : 25.500 
O gabarito é letra d. 
Obs.: estes professores têm uma pequena discordância com o gabarito apresentado pela banca, 
mas deixaremos o tema para as questões resolvidas. Por ora, basta conhecer a forma de 
contabilização. 
6. RECONHECIMENTO DE ATIVOS E 
PASSIVOS FISCAIS E CORRENTES 
Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não 
estejam pagos, ser reconhecidos como passivos. Se o valor já pago relacionado aos períodos atual 
e anteriores exceder o valor devido para aqueles períodos, o excesso deve ser reconhecido como 
ativo. 
O lançamento aqui é algo simples: 
D – Despesa com Imposto de Renda (Resultado) 
C – Imposto de Renda a pagar (Passivo Circulante) 
 
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7. RECONHECIMENTO DE PASSIVOS 
E ATIVOS FISCAIS DIFERIDOS 
7.1 - Diferença Temporária Tributável 
Os itens contabilizados como Ativos devem ter o seu valor contábil recuperado na forma de 
futuros benefícios econômicos. Ou seja, uma mercadoria contabilizada como estoque (ativo) deve 
trazer futuros benefícios econômicos (dinheiro) para a empresa que alcancem, no mínimo, o seu 
valor contábil, através da venda desse estoque. 
Quando o valor contábil de ativo excede sua base fiscal, o valor dos benefícios econômicos 
tributáveis excede o valor que será permitido como dedução para fins fiscais. 
Essa diferença é uma diferença temporária tributável, e a obrigação de pagar o tributo incidente 
sobre o lucro em períodos futuros é um passivo fiscal diferido . 
À medida que a entidade recupera o valor contábil do ativo, a diferença temporária tributável 
reverterá e a entidade terá lucro tributável. Isso torna provável que os benefícios econômicos 
venham fluir da entidade na forma de pagamentos de tributos. 
Não entendeu? Expliquemos por um exemplo. 
A sociedade Frauda Muito Ltda., comércio de fraldas, comprou um ativo cujo valor foi R$ 150 (à 
época). Com o passar do tempo, considerando o registro da depreciação, este ativo vale hoje na 
contabilidade R$ 100, ou seja, fora depreciado no montante de R$ 50. 
Todavia, para o fisco, essa depreciação acumulada deve ser considerada no valor de R$ 90, com 
uma alíquota de tributo sobre o lucro de 25%. 
Hoje, portanto, podemos inferir que o ativo possui base fiscal de R$ 60 (150 – 90). Um ativo pode 
ser recuperado pelo uso ou pela venda, dos dois o maior. 
Para recuperar o valor contábil de R$ 100, a entidade deve obter renda no mínimo neste valor. 
Todavia a depreciação para fins fiscais será considerada apenas partindo-se do montante de R$ 
60, pois este é o valor que existe para o fisco. 
Com efeito, podemos dizer que os outros R$ 40,00 (100 – 60), os quais não foram considerados 
pela Receita, deverão ser tributados (R$ 40 x 25%) = R$ 10. Esses R$ 10 são considerados como 
passivo fiscal diferido, que será pago quando da recuperação do valor contábil do ativo. 
O lançamento é o que se segue: 
D – Despesa de Imposto de Renda 10,00 
C – Imposto de Renda Diferido 10,00 
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Pode cair em prova da seguinte forma... 
Se comprarmos um ativo no valor de R$ 100.000, cuja depreciação é considerada à taxa de 
20% ao ano, mas o fisco permite uma depreciação incentivada no montante de 25% ao ano. 
Considerando um lucro de R$ 200.000 para todos os anos, calcule o valor do imposto de renda 
diferido, pelo lucro real, considerando uma alíquota de 15%, e determine o lançamento. 
Desconsidere, neste caso, o adicional 
Comentários: 
A depreciação na contabilidade somará o valor de R$ 20.000 (20% x 100.000). Ao revés, a 
depreciação a que o Estado incentiva será no montante de R$ 25.000 (25% x 100.000). 
O LAIR é de R$ 200.000 x 15% = R$ 30.000 de IR. 
Todavia, vimos que devemos ajustar este lucro, pois se trata de lucro real. O ajuste, neste caso, é 
feito pela diferença, de 25.000 – 20.000 = 5.000. Portanto, ajustando o lucro temos: 
LAIR 200.000 
(-) Exclusões  Depreciação Incentivada = 5.000 
Lucro real = 195.000. 
O IR será, portanto, 195.000 x 15% = 29.250. 
O lançamento é o seguinte. 
D – Despesa com Imposto de Renda (Resultado) 30.000 
C – Imposto de Renda a Pagar (Passivo Circulante) 29.250 
C – Imposto de Renda Diferido (PNC) 750 
E assim procederemos até o quarto ano. Quando não mais haverá depreciação incentivada, ao 
término do qual não mais haverá depreciação incentivada (25% x 4 anos = 100% em 4 anos). 
Ao final do quarto ano teremos um saldo acumulado no Imposto de Renda Diferido no montante 
de 750 x 4 = 3.000. 
Ao término do 5º ano, quando já finda a depreciação incentivada, faremos o seguinte: 
LAIR  200.000 x 15% = 30.000 (IR contábil) 
Ajustando: 
LAIR  200.000 
+ Depreciação contábil  20.000 (20% x 100.000). 
Lucro real  220.000 x 15% = 33.000. 
Vejam que o IR ajustado superou o valor do IR que seria devido “normalmente”. Devemos agora 
fazer o seguinte lançamento: 
D – Despesa com IR 30.000 
D – Imposto de Renda Diferido 3.000 
C – IR a pagar 33.000 
Vejam que pagamos o imposto que outrora fora diferido, concluindo o lançamento. Ok?! 
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7.2 - Diferença temporária dedutível 
O ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis na 
medida em que seja provável a existência de lucro tributável contra o qual a diferença temporária 
dedutível possa ser utilizada. 
 
(ELETROSUL/Administração de Empresas/2016) Determinada empresa, enquadrada no 
regime de tributação do IRPJ pelo Lucro Real, possui aplicações financeiras em fundos de 
investimento, sujeitas, portanto, à retenção de Imposto de Renda na fonte incidente sobre os 
rendimentos auferidos mensalmente. Ao efetuar as Demonstrações do Resultado do Exercício, 
a provisão para o Imposto de Renda apurado mostrou-se bastante inferior ao montante já 
pago pela companhia mediante a retenção sobre as parcelas dos rendimentos financeiros 
auferidos no curso do exercício. A diferença entre o montante retido e aquele efetivamente 
devido em face do lucro tributável identificado 
A) pode ser contabilizada como imposto diferido, desde que haja evidências de que a companhia 
terá lucro tributável nos exercícios seguintes. 
B) constitui crédito a ser abatido nos próximos períodos de apuração, não cabendo, contudo, 
qualquer registro nas Demonstrações Financeiras do exercício de apuração. 
C) pode ser lançada, integralmente, como despesa na apuração do lucro líquido do exercício, 
adicionalmente à provisão para o Imposto de Renda. 
D) deve ser registrada, contabilmente, em Reserva de Lucros, caracterizando, do ponto de vista 
tributário, saldo negativo a favor da companhia que pode serutilizado para pagamento, mediante 
compensação, do imposto de renda devido em exercícios futuros. 
E) somente pode ser aproveitada como crédito fiscal pela companhia, para pagamento por 
compensação, se não superar 50% do capital social integralizado. 
Comentários : 
Segundo o CPC 32 – Tributos sobre o Lucro: 
24. O ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis 
na medida em que seja provável a existência de lucro tributável contra o qual a diferença 
temporária dedutível possa ser utilizada, a não ser que o ativo fiscal diferido surja do 
reconhecimento inicial de ativo ou passivo na transação que: 
(a) não é uma combinação de negócios; e 
(b) no momento da transação não afeta nem o lucro contábil nem o lucro tributável (prejuízo fiscal). 
O gabarito é letra a. 
Continuando... 
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Esquematizemos: 
 
A entidade reconhece o passivo de $ 100 relativo à provisão para gastos com garantia de produto. 
Para fins fiscais, os gastos de garantia de produto não são dedutíveis até que a entidade pague as 
reclamações. A alíquota do tributo é de 25%. 
A base fiscal do passivo é zero (valor contábil de $ 100, menos o valor que será dedutível para fins 
fiscais relacionado àquele passivo em períodos futuros). 
Ao liquidar o passivo pelo seu valor contábil, a entidade reduz seu lucro tributável futuro no valor 
de $ 100 e, consequentemente, reduz seus futuros pagamentos de tributos em $ 25 ($ 100 a 25%). 
A diferença entre o valor contábil de $ 100 e a base fiscal de zero é a diferença temporária 
dedutível de $ 100. 
Portanto, a entidade reconhece o ativo fiscal diferido de $ 25 ($ 100 a 25%) desde que seja 
provável que a entidade venha a obter lucro tributável suficiente nos períodos futuros para se 
beneficiar da redução dos pagamentos de tributos. 
O lançamento é o que se segue: 
D – Imposto de Renda Diferido (ANC – Realizável a LP) 25,00 
C – Despesa de Imposto de Renda (Diminui a conta despesa, que é do resultado) 25,00 
Em suma, os passos e lançamentos, neste caso, são os seguintes: 
1) Apura-se o LAIR; 
2) Ajusta-se o LAIR (achamos o Lucro Real); 
3) Aplica-se a alíquota do imposto; 
4) Lançamos o imposto através do lançamento: 
D – Despesa com IR 
C – IR a pagar 
5) As despesas que forem dedutíveis somente em períodos futuros (principalmente provisão para 
contingências e para garantia de produtos) devem ser somadas e multiplicadas pelo percentual 
do IR; 
6) O valor encontrado será lançado como IR diferido ativo, através do lançamento: 
D – Imposto de Renda Diferido (ANC – Realizável a LP) 
Diferença temporária dedutível Ativo fiscal diferido
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C – Despesa de IR (Diminui a conta despesa, que é do resultado) 
7) No período em que a despesa se tornar dedutível, fazemos o lançamento inverso: 
D – Despesa de IR 
C – Imposto de Renda Diferido (ANC – Realizável a LP) 
8. QUESTÕES COMENTADAS 
 
8.1 - VUNESP 
1. (VUNESP/CM Pradópolis/Contabilidade/2016) Uma empresa de prestação de serviços de 
pintura, Pinta o Sete Ltda., registrou receitas de vendas relativas ao primeiro trimestre, 
findo em 31 de março de 2015, nos seguintes valores: 
Janeiro – R$ 850.000,00; 
Fevereiro – R$ 890.000,00; 
Março – R$ 930.000,00. 
A empresa não apresenta qualquer incentivo ou diferencial fiscal de alíquota e está enquadrada 
na tributação pelo lucro presumido. 
Por hipótese, o contador necessita calcular para o trimestre acumulado o valor do imposto de 
renda e o respectivo adicional do imposto de renda. Considerando as alíquotas pertinentes com 
o enquadramento na tributação da referida empresa, os respectivos valores são: 
A) R$ 102.000,00 e R$ 78.540,00. 
B) R$ 128.160,00 e R$ 91.340,00. 
C) R$ 128.160,00 e R$ 79.440,00. 
D) R$ 150.350,00 e R$ 79.440,00. 
E) R$ 150.350,00 e R$ 91.340,00. 
Comentários : 
“Serviços de pintura” se encaixa em “Serviços em geral”, com alíquota de lucro presumido de 
32%. Ficamos assim: 
Receita do trimestre: $ 850.000 + $ 890.000 + $ 930.000 = $ 2.670.000 
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 24 49 
Lucro presumido: $ 2.670.000 x 32% = $ 854.400 
Alíquota normal: $ 854.400 x 15% = $ 128.160 
Alíquota adicional: $ 854.400 - $60.000 = $794.400 x 10% = $ 79.440 
O gabarito é letra c. 
2. (VUNESP/CM Pradópolis/Contabilidade/2016) Uma entidade, enquadrada no Lucro Real, 
apresentou um Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda (LAIR), num determinado 
trimestre, da ordem de R$ 350.000,00. 
Adicionalmente, a contabilidade dessa empresa forneceu as seguintes informações: 
adições temporárias: R$ 58.000,00; 
adições permanentes: R$ 12.000,00; 
exclusões permanentes: R$ 18.500,00; 
exclusões temporárias: R$ 8.500,00. 
A empresa apresenta, ainda, expectativa de geração de lucros tributáveis futuros determinada em 
estudo técnico aprovado pela administração, portanto, os prejuízos fiscais acumulados, no 
montante de R$ 180.000,00, bem como a base negativa de contribuição social, no montante de 
R$ 80.000,00, deverão ser considerados pela empresa, uma vez que não possuem prazo 
prescricional. 
Os valores do imposto de renda e do seu respectivo adicional do imposto de renda, no trimestre 
apresentado, são, nessa ordem, 
A) R$ 40.365,00 e R$ 20.600,00. 
B) R$ 41.265,00 e R$ 21.510,00. 
C) R$ 40.365,00 e R$ 21.890,00. 
D) R$ 41.265,00 e R$ 22.050,00. 
E) R$ 43.652,00 e R$ 22.912,00. 
Comentários : 
Vamos calcular o lucro, considerando as adições e exclusões: 
Lucro do Trimestre 350.000,00 
+ Adições temporárias 58.000,00 
+ Adições permanentes 12.000,00 
(-) Exclusões permanentes - 18.500,00 
(-) Exclusões temporárias - 8.500,00 
Lucro ajustado 393.000,00 
Compensação de prejuízos (30%) - 117.900,00 
Lucro tributável 275.100,00 
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 25 49 
Vamos ao cálculo do IR: 
Lucro Tributável $ 275.100 x 15% = $ 41.265 
Adicional IR: $ 275.100 - $ 60.000 = $ 215.100 x 10% = $ 21.500 
O gabarito é letra b. 
3. (VUNESP/CRO – SP/Contabilidade/2015) Uma empresa tributada pelo lucro real, durante o 
ano, apresentou os seguintes resultados: 
Balancete do Período Valores (Em R$) 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.200.000,00 
(–) Deduções de Vendas – 327.000,00 
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 873.000,00 
(–) Custos das Mercadorias Revendidas – 420.000,00 
LUCRO BRUTO 453.000,00 
(–) Salários e Ordenados –120.000,00 
(–) Encargos Sociais – 42.000,00 
(–) Assistência Médica a Funcionários –12.000,00 
(–) Serviços Profissionais Pagos às Pessoas Jurídicas – 20.260,00 
(–) Aluguéis –12.000,00 
(–) Encargos de Depreciação – 5.216,00 
(–) Provisão para Férias – 6.424,00 
(–) Provisão para Contingências Tributárias – 50.000,00 
(+) Resultado Financeiro, Líquido 62.400,00 
LUCRO LÍQUIDO ANTES DOS IMPOSTOS 247.500,00 
 O imposto de renda e respectivo adicional do período são em R$: 
A) 25.375,00 
B) 29.375,00 
C) 37.875,00 
D) 50.375,00 
E) 86.875,00 
Comentários: 
Vamos calcular o Lucro Real, para o Imposto de Renda. A única conta indedutível é a Provisão para 
Contingências Tributárias: 
Lucro Líquido antes dos impostos 247.500.00 
(+) Provisão para Contingências Tributárias 50.000.00 
= Lucro Real297.500.00 
Imposto de renda: $297.500 x 15% = $44.625,00 
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 26 49 
Abatimento para adicional ($20.000 por mês x 12 meses = $240.000) 
Adicional IR: $297.500 - $240.000 =$ 57.500 x 10% = $ 5.750 
Total IR = $ 44.625 + $ 5.750 = $ 50.375 
O gabarito é letra d. 
8.2 – Outras Bancas 
4. (FCC/ELETROSUL/Administração de Empresas/2016) Determinada empresa, enquadrada 
no regime de tributação do IRPJ pelo Lucro Real, possui aplicações financeiras em fundos 
de investimento, sujeitas, portanto, à retenção de Imposto de Renda na fonte incidente 
sobre os rendimentos auferidos mensalmente. Ao efetuar as Demonstrações do Resultado 
do Exercício, a provisão para o Imposto de Renda apurado mostrou-se bastante inferior ao 
montante já pago pela companhia mediante a retenção sobre as parcelas dos rendimentos 
financeiros auferidos no curso do exercício. A diferença entre o montante retido e aquele 
efetivamente devido em face do lucro tributável identificado 
A) pode ser contabilizada como imposto diferido, desde que haja evidências de que a companhia 
terá lucro tributável nos exercícios seguintes. 
B) constitui crédito a ser abatido nos próximos períodos de apuração, não cabendo, contudo, 
qualquer registro nas Demonstrações Financeiras do exercício de apuração. 
C) pode ser lançada, integralmente, como despesa na apuração do lucro líquido do exercício, 
adicionalmente à provisão para o Imposto de Renda. 
D) deve ser registrada, contabilmente, em Reserva de Lucros, caracterizando, do ponto de vista 
tributário, saldo negativo a favor da companhia que pode ser utilizado para pagamento, mediante 
compensação, do imposto de renda devido em exercícios futuros. 
E) somente pode ser aproveitada como crédito fiscal pela companhia, para pagamento por 
compensação, se não superar 50% do capital social integralizado. 
Comentários : 
Segundo o CPC 32 – Tributos sobre o Lucro: 
24. O ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças 
temporárias dedutíveis na medida em que seja provável a existência de lucro 
tributável contra o qual a diferença temporária dedutível possa ser utilizada, a não 
ser que o ativo fiscal diferido surja do reconhecimento inicial de ativo ou passivo 
na transação que: 
(a) não é uma combinação de negócios; e 
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(b) no momento da transação não afeta nem o lucro contábil nem o lucro tributável 
(prejuízo fiscal). 
O gabarito é letra a. 
5. (FGV/Pref. Cuiabá/AFTRM/2016) Uma empresa apresentava em 31/12/X0 o seguinte 
balanço patrimonial: 
Caixa 100.000 Capital Social 100.000 
No ano X1, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 50.000,00 e incorreu em despesas à 
vista no valor de R$ 80.000,00. Em 31/12/X1 foi feito um estudo e constatou-se que a empresa 
apresentava perspectivas de lucros futuros. 
No ano X2, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 90.000,00 e incorreu em despesas, 
também à vista, no valor de R$ 70.000,00. 
Assinale a opção que indica a provisão para o imposto sobre a renda e contribuição social da 
empresa em 31/12/X2, considerando alíquota de 34%. 
A) Zero. 
B) R$ 2.040,00. 
C) R$ 3.400,00. 
D) R$ 4.760,00. 
E) R$ 6.800,00. 
Comentários: 
No primeiro ano (X1) a empresa apurou prejuízo de R$ 30.000,00 (receitas de $50.000,00 e 
despesas de R$80.000,00). 
No segundo ano, conseguiu lucro de R$ 20.000,00 (receita de $90.000,00 menos despesas de 
$70.000,00) 
Como tem prejuízos acumulados (que deve ser considerado também como prejuízos fiscais), a 
empresa pode abater 30% do lucro com os prejuízos. Os outros 70% do lucro serão tributáveis. 
Lucro $ 20.000 x 70% = $14.000 
$14.000 x alíquota de 34% = $4.760,00 
O gabarito é letra d. 
6. (FBC/Exame de Suficiência/ Tec. Contabilidade/2015 – 1) As empresas A, B, C e D, optantes 
pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido, apresentaram os seguintes 
montantes de Receita Bruta Total, de janeiro a dezembro de 2014: 
 
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==1a868b==
 
 
 28 49 
Empresa Receita Bruta em 2014 
A R$27.000.000,00 
B R$48.000.000,00 
C R$65.000.000,00 
D R$84.000.000,00 
De acordo com a Lei n.º 9.718/98, com a redação dada pela Lei n.º 12.814/13, poderá(ão) optar 
pelo Lucro Presumido, em 2015, a(s) empresa(s): 
A) A e B, apenas. 
B) A, apenas. 
C) A, B e C, apenas. 
D) A, B, C e D. 
Comentários : 
O lucro presumido pode ser utilizado pelos contribuintes cuja receita bruta total tenha sido igual 
ou inferior a R$ 78 milhões, no ano calendário anterior, ou R$ 6,5 milhões por mês se ano 
calendário tiver menos de 12 meses. 
Assim, apenas a Empresa D não pode optar pelo lucro presumido, eis que a receita bruta 
ultrapassa o limite de R$ 78 milhões. 
As empresas A, B e C podem optar pelo lucro presumido. O gabarito é letra c. 
7. (FGV/CODEMIG/Contador/2015) A tributação do imposto de renda das pessoas jurídicas, 
decorrente da não validação da escrituração contábil, por apresentar evidentes indícios de 
fraudes ou conter vícios, é feita pelo enquadramento do contribuinte no lucro: 
A) real; 
B) contábil; 
C) arbitrado; 
D) líquido; 
E) presumido. 
Comentários: 
O lucro arbitrado é lançado de ofício pela Secretaria da Receita Federal, por meio de seus 
auditores fiscais, geralmente, quando flagradas fraudes, vícios, omissões, inconsistências na 
escrituração de sujeito passivo. O gabarito é letra c. 
8. (CESPE/TELEBRAS/Contador/2013) Deve-se registrar o ativo fiscal diferido em relação aos 
prejuízos fiscais, independentemente da probabilidade de a geração futura de lucro 
tributável ser suficiente para a compensação desses prejuízos. 
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Comentários: 
O ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis na 
medida em que seja provável a existência de lucro tributável contra o qual a diferença temporária 
dedutível possa ser utilizada. O gabarito é errado. 
9. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Ciências Contábeis/2013) Uma companhia tributada pelo lucro 
real apresentou as seguintes informações sobre um bem registrado no Ativo Não Circulante 
/ Imobilizado: 
Situação do bem Contábil Fiscal 
Custo de aquisição do ativo 36.000,00 36.000,00 
(-) Depreciação Acumulada (12.000,00) (21.600,00) 
Admitindo, para todos os efeitos, uma alíquota de Imposto de Renda de 25% e somente os dados 
informados, o passivo fiscal diferido, em reais, é 
A) 2.400,00 
B) 3.600,00 
C) 5.400,00 
D) 6.000,00 
E) 9.600,00 
Comentários : 
Vamos apurar o valor contábil e o valor fiscal: 
Situação do bem Contábil Fiscal 
Custo de aquisição do ativo 36.000,00 36.000,00 
(-) Depreciação Acumulada - 12.000,00 - 21.600,00 
Valor (contábil e fiscal) 24.000,00 14.400,00 
Repare o seguinte: para fins fiscais, o bem ainda terá uma depreciação dedutível de 
$14.400. 
A partir daí, a depreciação será considerada para fins contábeis (até 24.000,00), mas não 
para fins fiscais. Ou seja: a empresa terá uma despesa de depreciação que não será 
dedutível. 
Isso gera um passivo fiscal diferido, que pode ser calculado assim: 
Valor Contábil 24.000 – valor fiscal 14.400 =9.600 
Esta é a diferença entre base contábil e base fiscal. Para achar o passivo fiscal diferido, 
multiplicamos a diferença de base pela alíquota do IR: 
9.600 x 25% = 2.400 
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Outra forma de calcular: podemos efetuar o cálculo diretamente pela depreciação: 
21.600 – 12.000 = 9.600 x 25% = 2.400 
O gabarito é letra a. 
10. (FCC/COPERGÁS/Contador/2011) Do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) da Cia. 
Gama, foram extraídos os seguintes dados, em R$, referentes ao ano calendário de 2010: 
− Lucro Líquido do Exercício antes do IR 300.000,00 
− Adições na Parte A do LALUR 170.000,00 
− Exclusões na Parte A do LALUR 200.000,00 
− Prejuízo de Exercícios Anteriores (Parte B do LALUR) 110.000,00 
O valor da base de cálculo do imposto devido pela companhia é, em R$, 
A) 199.000,00. 
B) 189.000,00. 
C) 190.000,00. 
D) 270.000,00. 
E) 160.000,00. 
Comentários : 
Os valores controlados na parte A do LALUR devem ser adicionados ou subtraídos do lucro do 
exercício, para a apuração da base de cálculo. 
E os prejuízos anteriores (prejuízos acumulados) devem ser abatidos. Mas a empresa pode abater, 
no máximo, 30% da base de cálculo com os prejuízos. 
Vamos calcular: 
Lucro Líquido do Exercício antes do IR R$ 300.000,00 
 + Adições na Parte A do LALUR R$ 170.000,00 
(−) Exclusões na Parte A do LALUR -R$ 200.000,00 
Subtotal R$ 270.000,00 
Agora, do subtotal de R$ 270.000,00, vamos abater 30%, devido aos prejuízos anteriores. 
R$ 270.000,00 x 30% =R$ 81.000,00 
Base de cálculo do IR: R$ 270.000,00 – R$ 81.000,00 
Base de cálculo do IR: R$ 189.000,00 
O gabarito é letra b. 
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11. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) A empresa Atividade Tributada S/A 
apurou, ao fim do exercício social, os seguintes componentes de resultados: 
Receitas tributáveis 80.000,00 
Despesas dedutíveis 58.200,00 
Receitas Não Tributáveis 9.600,00 
Despesas não dedutíveis 4.600,00 
Contribuição Social sobre o lucro líquido 2.400,00 
Imposto de Renda 15% 
O saldo de prejuízos fiscais a compensar, conforme apuração na demonstração do lucro real de 
períodos anteriores e registrado no livro próprio, monta a R$ 10.000,00. 
Com base nas informações acima, calcule o imposto de renda a provisionar e indique o seu valor. 
a) R$ 3.360,00 
b) R$ 3.270,00 
c) R$ 2.541,00 
d) R$ 2.289,00 
e) R$ 1.770,00 
Comentários : 
Vamos aos cálculos: 
Receitas Tributáveis 80.000 
Deduções 58.200 
Base de Cálculo antes Compensação 21.800 
Compensação = 30% da Base de Cálculo anterior 6.540 
Base de Cálculo = 21.800 - 6.540 15.260 
Imposto de Renda 15% 2.289 
A compensação de prejuízos anteriores é limitada a 30% da base de cálculo do imposto. Ou seja, 
70% da base de cálculo será obrigatoriamente tributada. O gabarito é letra d. 
12. (FCC/SERGAS/Contador/2010) Na apuração do imposto de renda pelo regime do Lucro 
Real, representa uma adição ou exclusão temporária: 
A) resultado de equivalência patrimonial. 
B) perda oriunda de investimento por incentivos fiscais. 
C) excesso de depreciação. 
D despesas com brindes. 
E) multas de trânsito. 
 
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Comentários : 
O “Excesso de Depreciação” contábil em relação à depreciação permitida pelo Imposto de 
Renda é uma adição temporária. Será tributada com o passar do tempo. As demais são adições 
ou exclusões definitivas. O gabarito é letra c. 
 
Julgue o item a seguir a respeito de exercício financeiro e lucro real. 
13. (CEBRASPE/MPU/Analista - Controle Interno/2010) O encargo com o imposto de renda 
deve ser reconhecido e contabilizado no período fiscal seguinte ao da ocorrência do lucro 
a que se refere. 
Comentários: 
O encargo com imposto de renda deve ser computado no exercício a que se refere, segundo 
informa o já consagrado princípio da competência. O gabarito é errado. 
14. (CESGRANRIO/TERMOAÇU/Contador Jr./2008) Uma empresa comercial tributada pelo 
lucro presumido apresentou as seguintes receitas ao final do 1o trimestre de 2007: 
• Vendas de mercadorias R$ 1.500.000,00 
• ICMS sobre vendas R$ 180.000,00 
• Ganho na venda de Imobilizado R$ 1.000,00 
Informações adicionais para calcular o imposto de renda 
• O percentual de presunção na venda de mercadorias é de 8% no Imposto de Renda. 
• Empresa não possui escrituração contábil regular, utilizando apenas o livro caixa. 
• O ganho na venda de Imobilizado refere-se à venda de um veículo adquirido em abril de 2004 
por R$ 18.000,00 e vendido por R$ 19.000,00 em março de 2007. 
• Utilizar a alíquota vigente para o imposto de renda, que é de 15%, além do adicional de 10% 
determinado pela legislação tributária. 
Considerando a legislação tributária, os números da empresa e as informações prestadas, o 
imposto de renda devido no 1o trimestre de 2007, em reais, monta a 
(A) 20.650,00 
(B) 23.350,00 
(C) 24.250,00 
(D) 26.950,00 
(E) 32.950,00 
 
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Comentários : 
Cálculo do IR presumido: 
Receita bruta x 8% = 1.500.000 x 0,08 = 120.000 
Valor compra = 18.000.00 
(–) depreciação acumulada = (18000 / 60) x 36 = - 10.800.00 
valor contábil = 7.200.00 
Valor venda = 19.000.00 
(-) Valor contábil = 7.200.00 
 = Ganho de capital = 11.800.00 
Assim: 
Base de cálculo (120.000 + 11.800) = 131.800 
Cálculo do imposto (131.800 x 15%) = 19.770,00 
Cálculo do adicional (131.800-60.000) x 10%) = 7.180,00 
Total do imposto 26.950,00 
Então, letra d. 
Uma dúvida nesta questão refere-se ao fato de não ser utilizado 1000 como ganho de capital, 
não é? 
Bem, deve ser usada a depreciação acumulada para calcular o ganho de capital, mesmo que a 
empresa não tenha escrituração contábil regular. Leia abaixo: 
“Art. 521, parágrafo 1o. O ganho de capital nas alienações de bens do ativo 
permanente e de aplicações em ouro não tributadas como renda variável 
corresponderá à diferença positiva verificada entre o valor da alienação e o 
respectivo valor contábil.” 
“Nota 1553 – Determinação do ganho de capital – O ganho de capital de que trata 
este parágrafo corresponde à diferença positiva verificada, no mês, entre o valor 
da alienação e o respectivo custo de aquisição, diminuído dos encargos de 
depreciação, amortização ou exaustão acumulada, ainda que a empresa não 
mantenha escrituração contábil ( DIPJ/2005, Considerações Adicionais, subitem 
18.2.6.3.1) “ Conforme “ Regulamento do Imposto de Renda 2005”, de Alberto 
Tebechrani e outros, pg. 1402. 
O gabarito é letra d. 
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15. (FCC/MPU/Analista - Controle Interno/2007) Foram extraídas as seguintes informações da 
Demonstração de Resultado da Cia. Piraju, relativas ao exercício findo em 31/12/2005: 
- Lucro do Exercício antes do Imposto de Renda 400.000,00 
- Multas indedutíveis de acordo com a legislação do imposto de renda50.000,00 
- Receita de dividendos de participações societárias 110.000,00 
Sabe-se que no Livro de Apuração do Lucro Real da companhia, na parte B, estavam registrados 
prejuízos fiscais a compensar da ordem de R$ 115.000,00, referentes a períodos de apuração 
anteriores. O lucro real anual da companhia, depois de efetuada a compensação dos prejuízos 
fiscais, equivaleu, em R$, a: 
(A) 340.000,00 
(B) 335.000,00 
(C) 290.000,00 
(D) 238.000,00 
(E) 225.000,00 
Comentários : 
Ajustemos o lucro: 
Temos “Multas Indedutíveis” no valor de $50.000. Como são indedutíveis, devem ser somadas ao 
Lucro para efeito do Imposto de Renda. 
E a “Receita de dividendos de participação societária” no valor de $110.000 deve ser excluída 
para calcular o IR. Afinal, a receita de dividendos refere-se ao lucro auferido na empresa investida, 
e será tributado na empresa investida. 
Ficamos assim: 
Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR) 400.000 
+ Adições 50.000 
(-) Exclusões 110.000 
Lucro ajustado antes das compensações 340.000. 
Limite para as compensações  340.000 x 30% = 102.000 
Portanto, 
Lucro ajustado antes das compensações 340.000 
(-) Compensações 102.000 
Lucro Real 238.000 
O gabarito é letra d. 
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16. (CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico Contabilidade/2007) Em 2007, a Cia. Zarca S/A, 
tributada pelo lucro real, antes de fazer a sua declaração anual do Imposto de Renda ano 
base 2006, fez as seguintes anotações de despesas incluídas na apuração do resultado do 
exercício, em reais, evidenciadas na Demonstração do Resultado, encerrado em 31/12/06: 
Despesa de: 
Brindes 10.000,00 
Provisão para Dev. Duvidosos ou Créd. de Liqui. Duvidosa 50.000,00 
Provisão para Perdas em Processos Trabalhistas 20.000,00 
Considerando-se os aspectos técnicos conceituais e a legislação tributária do Imposto de Renda, 
o valor de adições temporárias, a ser incluído no LALUR, para determinação do lucro real, em 
reais, é 
(a) 20.000,00 
(b) 30.000,00 
(c) 60.000,00 
(d) 70.000,00 
(e) 80.000,00 
Comentários : 
Todas as despesas citadas na questão são indedutíveis para fins de apuração do Imposto de 
Renda. Devemos, portanto, adicioná-las ao lucro de período. 
Contudo, devemos notar aquilo que foi pedido, que são as adições temporárias. 
A despesa com brinde não é temporária, mas as outras o são, uma vez que dependem da 
ocorrência de fatores posteriores. Portanto, as adições temporárias somam $ 70.000 (50.000 + 
20.000). 
O gabarito é letra d. 
17. (Autores) Assinale a alternativa correta: 
a) O diferimento do Imposto de Renda altera o lucro líquido na contabilidade. 
b) Resultado contábil é o lucro ou prejuízo para um período após a dedução dos tributos sobre o 
lucro. 
c) Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado 
às diferenças temporárias dedutíveis. 
d) Ativo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro recuperável em período futuro relacionado 
a: (a) diferenças temporárias dedutíveis; (b) compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados; 
e (c) compensação futura de créditos fiscais não utilizados. 
e) Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não 
estejam pagos, ser reconhecidos como passivos, mesmo no caso de o valor já pago relacionado 
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aos períodos atual e anteriores exceder o valor devido para aqueles períodos, o excesso deve ser 
reconhecido como ativo. 
Comentários : 
a) Incorreto. O diferimento do IR é feito somente para fins fiscais no LALUR, não alterando o lucro 
líquido na contabilidade, pois em função do regime de competência, na contabilidade não há 
postergação do reconhecimento do resultado. 
b) Incorreto. Segundo o CPC, resultado contábil é o lucro ou prejuízo para um período antes da 
dedução dos tributos sobre o lucro. 
c) Incorreto. Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro 
relacionado às diferenças temporárias tributáveis . 
d) Correto. Exato teor do CPC. 
e) Incorreto. Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores devem, na medida 
em que não estejam pagos, ser reconhecidos como passivos. Se o valor já pago relacionado aos 
períodos atual e anteriores exceder o valor devido para aqueles períodos, o excesso deve ser 
reconhecido como ativo. 
O gabarito é letra d. 
18. (Autores) A empresa JULIOCELL Ltda apurou um lucro contábil antes do IR no valor de R$ 
10.000. Incorreu também nas seguintes despesas: 
--- Multas indedutíveis: R$ 1.000 
--- Provisão para manutenção e reparos a executar: R$ 500. 
Considere-se uma alíquota de 15% para o IR, desconsiderando eventual existência de imposto de 
renda adicional. 
A conta “Despesa com IR" irá para DRE com o saldo de: 
a) 1.650 
b) 1.725 
c) 1.800 
d) 1.500 
e) 1.700 
Comentários : 
Vamos seguir os passos que dissemos em aula: 
1) Apura-se o LAIR. A questão já informou, no valor de R$ 10.000. 
2) Achamos agora o lucro real: 
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LAIR  10.000 
+ Adições 1.500 (tanto as multas como a provisão para reparos) 
Lucro real 11.500 x 15% = R$ 1.725. 
3) Lançamento - O lançamento é 
D – Despesa com IR 1.725 
C – IR a pagar 1.725 
4) A despesa com reparos e manutenção a executar será dedutível em período futuro, portanto, 
o imposto sobre elas deverá ser diferido. O total é de R$ 500 x 15% = R$ 75. 
As multas são adições no período em que ocorrem, em homenagem ao princípio da competência. 
Para elas, portanto, nada há de ser feito. 
5) Portanto, essa parcela do imposto será diferida, através do seguinte lançamento: 
D – IR diferido (ativo) 75 
C – Despesa de IR 75 
6) Portanto, a conta despesa de IR apresentará saldo na DRE de 1725 – 75 = 1.650. 
O gabarito é letra a. 
 
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9. LISTA DE QUESTÕES 
 
9.1 - VUNESP 
1. (VUNESP/CM Pradópolis/Contabilidade/2016) Uma empresa de prestação de serviços de 
pintura, Pinta o Sete Ltda., registrou receitas de vendas relativas ao primeiro trimestre, 
findo em 31 de março de 2015, nos seguintes valores: 
Janeiro – R$ 850.000,00; 
Fevereiro – R$ 890.000,00; 
Março – R$ 930.000,00. 
A empresa não apresenta qualquer incentivo ou diferencial fiscal de alíquota e está enquadrada 
na tributação pelo lucro presumido. 
Por hipótese, o contador necessita calcular para o trimestre acumulado o valor do imposto de 
renda e o respectivo adicional do imposto de renda. Considerando as alíquotas pertinentes com 
o enquadramento na tributação da referida empresa, os respectivos valores são: 
A) R$ 102.000,00 e R$ 78.540,00. 
B) R$ 128.160,00 e R$ 91.340,00. 
C) R$ 128.160,00 e R$ 79.440,00. 
D) R$ 150.350,00 e R$ 79.440,00. 
E) R$ 150.350,00 e R$ 91.340,00. 
2. (VUNESP/CM Pradópolis/Contabilidade/2016) Uma entidade, enquadrada no Lucro Real, 
apresentouum Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda (LAIR), num determinado 
trimestre, da ordem de R$ 350.000,00. 
Adicionalmente, a contabilidade dessa empresa forneceu as seguintes informações: 
adições temporárias: R$ 58.000,00; 
adições permanentes: R$ 12.000,00; 
exclusões permanentes: R$ 18.500,00; 
exclusões temporárias: R$ 8.500,00. 
A empresa apresenta, ainda, expectativa de geração de lucros tributáveis futuros determinada em 
estudo técnico aprovado pela administração, portanto, os prejuízos fiscais acumulados, no 
montante de R$ 180.000,00, bem como a base negativa de contribuição social, no montante de 
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R$ 80.000,00, deverão ser considerados pela empresa, uma vez que não possuem prazo 
prescricional. 
Os valores do imposto de renda e do seu respectivo adicional do imposto de renda, no trimestre 
apresentado, são, nessa ordem, 
A) R$ 40.365,00 e R$ 20.600,00. 
B) R$ 41.265,00 e R$ 21.510,00. 
C) R$ 40.365,00 e R$ 21.890,00. 
D) R$ 41.265,00 e R$ 22.050,00. 
E) R$ 43.652,00 e R$ 22.912,00. 
3. (VUNESP/CRO – SP/Contabilidade/2015) Uma empresa tributada pelo lucro real, durante 
o ano, apresentou os seguintes resultados: 
Balancete do Período Valores (Em R$) 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.200.000,00 
(–) Deduções de Vendas – 327.000,00 
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 873.000,00 
(–) Custos das Mercadorias Revendidas – 420.000,00 
LUCRO BRUTO 453.000,00 
(–) Salários e Ordenados –120.000,00 
(–) Encargos Sociais – 42.000,00 
(–) Assistência Médica a Funcionários –12.000,00 
(–) Serviços Profissionais Pagos às Pessoas Jurídicas – 20.260,00 
(–) Aluguéis –12.000,00 
(–) Encargos de Depreciação – 5.216,00 
(–) Provisão para Férias – 6.424,00 
(–) Provisão para Contingências Tributárias – 50.000,00 
(+) Resultado Financeiro, Líquido 62.400,00 
LUCRO LÍQUIDO ANTES DOS IMPOSTOS 247.500,00 
 O imposto de renda e respectivo adicional do período são em R$: 
A) 25.375,00 
B) 29.375,00 
C) 37.875,00 
D) 50.375,00 
E) 86.875,00 
 
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9.2 – Outras Bancas 
4. (FCC/ELETROSUL/Administração de Empresas/2016) Determinada empresa, enquadrada 
no regime de tributação do IRPJ pelo Lucro Real, possui aplicações financeiras em fundos 
de investimento, sujeitas, portanto, à retenção de Imposto de Renda na fonte incidente 
sobre os rendimentos auferidos mensalmente. Ao efetuar as Demonstrações do Resultado 
do Exercício, a provisão para o Imposto de Renda apurado mostrou-se bastante inferior ao 
montante já pago pela companhia mediante a retenção sobre as parcelas dos rendimentos 
financeiros auferidos no curso do exercício. A diferença entre o montante retido e aquele 
efetivamente devido em face do lucro tributável identificado 
A) pode ser contabilizada como imposto diferido, desde que haja evidências de que a companhia 
terá lucro tributável nos exercícios seguintes. 
B) constitui crédito a ser abatido nos próximos períodos de apuração, não cabendo, contudo, 
qualquer registro nas Demonstrações Financeiras do exercício de apuração. 
C) pode ser lançada, integralmente, como despesa na apuração do lucro líquido do exercício, 
adicionalmente à provisão para o Imposto de Renda. 
D) deve ser registrada, contabilmente, em Reserva de Lucros, caracterizando, do ponto de vista 
tributário, saldo negativo a favor da companhia que pode ser utilizado para pagamento, mediante 
compensação, do imposto de renda devido em exercícios futuros. 
E) somente pode ser aproveitada como crédito fiscal pela companhia, para pagamento por 
compensação, se não superar 50% do capital social integralizado. 
5. (FGV/Pref. Cuiabá/AFTRM/2016) Uma empresa apresentava em 31/12/X0 o seguinte 
balanço patrimonial: 
Caixa 100.000 Capital Social 100.000 
No ano X1, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 50.000,00 e incorreu em despesas à 
vista no valor de R$ 80.000,00. Em 31/12/X1 foi feito um estudo e constatou-se que a empresa 
apresentava perspectivas de lucros futuros. 
No ano X2, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 90.000,00 e incorreu em despesas, 
também à vista, no valor de R$ 70.000,00. 
Assinale a opção que indica a provisão para o imposto sobre a renda e contribuição social da 
empresa em 31/12/X2, considerando alíquota de 34%. 
A) Zero. 
B) R$ 2.040,00. 
C) R$ 3.400,00. 
D) R$ 4.760,00. 
E) R$ 6.800,00. 
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6. (FBC/Exame de Suficiência/ Tec. Contabilidade/2015 – 1) As empresas A, B, C e D, optantes 
pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido, apresentaram os seguintes 
montantes de Receita Bruta Total, de janeiro a dezembro de 2014: 
Empresa Receita Bruta em 2014 
A R$27.000.000,00 
B R$48.000.000,00 
C R$65.000.000,00 
D R$84.000.000,00 
De acordo com a Lei n.º 9.718/98, com a redação dada pela Lei n.º 12.814/13, poderá(ão) optar 
pelo Lucro Presumido, em 2015, a(s) empresa(s): 
A) A e B, apenas. 
B) A, apenas. 
C) A, B e C, apenas. 
D) A, B, C e D. 
7. (FGV/CODEMIG/Contador/2015) A tributação do imposto de renda das pessoas jurídicas, 
decorrente da não validação da escrituração contábil, por apresentar evidentes indícios de 
fraudes ou conter vícios, é feita pelo enquadramento do contribuinte no lucro: 
A) real; 
B) contábil; 
C) arbitrado; 
D) líquido; 
E) presumido. 
8. (CESPE/TELEBRAS/Contador/2013) Deve-se registrar o ativo fiscal diferido em relação aos 
prejuízos fiscais, independentemente da probabilidade de a geração futura de lucro 
tributável ser suficiente para a compensação desses prejuízos. 
9. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Ciências Contábeis/2013) Uma companhia tributada pelo lucro 
real apresentou as seguintes informações sobre um bem registrado no Ativo Não Circulante 
/ Imobilizado: 
Situação do bem Contábil Fiscal 
Custo de aquisição do ativo 36.000,00 36.000,00 
(-) Depreciação Acumulada (12.000,00) (21.600,00) 
Admitindo, para todos os efeitos, uma alíquota de Imposto de Renda de 25% e somente os dados 
informados, o passivo fiscal diferido, em reais, é 
A) 2.400,00 
B) 3.600,00 
C) 5.400,00 
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D) 6.000,00 
E) 9.600,00 
10. (FCC/COPERGÁS/Contador/2011) Do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) da Cia. 
Gama, foram extraídos os seguintes dados, em R$, referentes ao ano calendário de 2010: 
− Lucro Líquido do Exercício antes do IR 300.000,00 
− Adições na Parte A do LALUR 170.000,00 
− Exclusões na Parte A do LALUR 200.000,00 
− Prejuízo de Exercícios Anteriores (Parte B do LALUR) 110.000,00 
O valor da base de cálculo do imposto devido pela companhia é, em R$, 
A) 199.000,00. 
B) 189.000,00. 
C) 190.000,00. 
D) 270.000,00. 
E) 160.000,00. 
11. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) A empresa Atividade Tributada S/A 
apurou, ao fim do exercício social, os seguintes componentes de resultados: 
Receitas tributáveis 80.000,00 
Despesas dedutíveis 58.200,00 
Receitas Não Tributáveis 9.600,00 
Despesas não dedutíveis 4.600,00 
Contribuição Social sobre o lucro líquido 2.400,00 
Imposto de Renda 15% 
O saldo de prejuízos fiscais a compensar, conforme apuração na demonstração

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