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ESTADO E SOCIEDADE - ORIGENS E CONCEITOS

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CURSO DE DIREITO
ZEZIANE CRISTINA DO NASCIMENTO
JEFERSON MATHEUS AZEVEDO
LUÍS ANTÔNIO PAIXÃO
TEORIA GERAL DO ESTADO
ESTADO E SOCIEDADE: ORIGENS E CONCEITOS
SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO – MG
2015
ESTADO E SOCIEDADE: ORIGENS E CONCEITOS
ZEZIANE CRISTINA DO NASCIMENTO
Graduanda em Direito pela Libertas Faculdades Integradas de São Sebastião do Paraíso – MG.
JEFERSON MATHEUS AZEVEDO
Graduando em Direito pela Libertas Faculdades Integradas de São Sebastião do Paraíso – MG.
LUÍS ANTÔNIO PAIXÃO
Graduando em Direito pela Libertas Faculdades Integradas de São Sebastião do Paraíso – MG.
RESUMO: Em tese, o Estado Democrático de Direito surge junto à necessidade dos “blocos orgânicos” de se desenvolverem sob um “sistema de controle” dentro dos limites desse mesmo Estado. Assim, as aglomerações estratégicas que se formam dentro dessas fronteiras passaram a serem intituladas como “sociedades”. Nesse sentido, temos que Estado e sociedade surgem no séc. XVIII, após os movimentos da Revolução Francesa. No entanto, ao analisarmos obras de pensadores antológicos como Jean-Jacques Rousseau e Nicolau Maquiavel, e de pensadores contemporâneos de expressão, como Ives Gandra Martins, Miguel Reale e Norberto Bobbio, passamos a compreender que Estado e sociedade surgem muitos anos antes de seus conceitos e de suas respectivas semânticas. Por isso, todo um estudo histórico se faz necessário para compreendermos a magnitude da TEORIA GERAL DO ESTADO.
PALAVRAS-CHAVE: Origem do Estado. Origem da Sociedade. Teoria Geral do Estado. Sociedade e Estado.
Introdução
	Antes de se ter um Estado Democrático de Direito (um Estado garantidor de direitos individuais e coletivos), tinha-se em Estado autoritário, que reinava por meio de um sistema de concentração de poder, determinado sistema absolutista. Nesse modelo de Estado, o Chefe de Estado ou monarca concentrava em suas mãos todo o poder e funções possíveis do Estado. O ápice desse modelo de governo foi o reinado de Luis XIV, na França. No entanto, este modelo caiu após vários movimentos sociais em torno do mundo, como: Revolução Inglesa, que fortaleceu um Estado Parlamentar; a Revolução Americana, que fortaleceu o que hoje chamamos de Poder Judiciário; e a Revolução Francesa, que tornou possível a organização de um Estado Democrático de Direito. 
Porém, todas essas transformações do Estado ocorreram cerca de 5.000 anos após o que seria o real surgimento do Estado, no Egito. O Estado egípcio se organizava de maneira autoritária, e todo o poder se concentrava nos seus reis, os faraós. Da mesma forma que o Estado, a sociedade egípcia também era bem organizada e estruturada, o que nos leva a um embate: O QUE SURGIU PRIMEIRO: O ESTADO OU A SOCIEDADE? Pois, a sociedade só existe porque um Estado garantidor à mantém, da mesma forma que o Estado surge hipoteticamente para dissolver os problemas decorrentes do convívio social.
Na verdade, há várias teorias sobre o surgimento de Estado e sociedade, e todas elas se contradizem nas suas premissas e conclusões. Isso porque a ciência não dispõe de mecanismos capazes de determinar com precisão os acontecimentos históricos, fazendo com que todas as teorias à cerca do assunto não passem de mera especulação.
O Estado – Conceito e Elementos
O Estado é uma organização destinada a manter, pela aplicação do Direito, as condições universais de ordem social.  E o Direito é o conjunto das condições existenciais da sociedade, que ao Estado cumpre assegurar.
A palavra Estada – do latim status, que significa modo de estar, situação, condição – é usada para designar o conjunto de instituições que controlam e administram uma nação, com estrutura e políticas próprias. Desta forma, ao falarmos de Estado, temos que ter em mente que estamos frente a um poder constituído. 
Para se formar um Estado, necessita-se da presença de três elementos cruciais para sua manutenção: território, população e soberania.
Território: é o local físico onde os nacionais de um Estado vão viver e conviver sob uma mesma língua dominante, sob uma mesma cultura, regidos por um ordenamento jurídico. E é dentro desse território que o povo irá exercer a soberania.
População: é o povo que vive dentro das fronteiras de um Estado, com direitos e deveres.
Soberania: a partir do momento que um território é dotado de soberania, ele passa a ser chamado de Estado soberano, possuindo independência nas suas relações externas para assuntos com demais nações e autonomia interna para gerenciar o seu povo.
Dessa forma, o Estado pode ser definido como o exercício de um poder político, administrativo e jurídico, exercido dentro de um determinado território, e imposto para aqueles indivíduos que ali habitam. 
Teorias da formação e origens do Estado
Como dito anteriormente, as teorias sobre a formação do Estado são variadas e distintas. No entanto, algumas se destacam por apresentarem embasamentos convincentes ou por serem elaboradas e defendidas por pensadores de extrema relevância, como Hobbes, Platão, Kant, Rousseau, Bobbio, Maquiavel, Kelsen, Aristóteles, entre outros. 
Formação Histórica do Estado
De acordo com a História, o Estado pode se originar de três formas (que são profundamente exploradas no livro O Príncipe, de Maquiavel):
Modos Originários: Ocorre quando a formação do Estado é totalmente nova, sem derivar de outro Estado existente (Ex: França).
Modos Secundários: Ocorre quando vários Estados se agrupam para formar um novo Estado, ou quando um Estado maior se divide para formar Estados menores (Ex: Estados Unidos da América).
Modos Derivados: Ocorre quando o Estado se forma por influência ou pressão de outros Estados (Ex: Israel).
Formação Jurídica do Estado
De acordo com Carré de Malberg, o Estado existe a partir do momento que a coletividade estatal se organiza e possui órgãos que agem por ela, sob uma Constituição. Porém, depois de formado, a Constituição é incapaz influenciar a existência do Estado.
	No entanto, outros doutrinadores preferem adotar que o nascimento jurídico do Estado ocorre quando ele é reconhecido pelas demais potências, que corresponde à matéria de Direito Internacional. Essas duas teorias são úteis e não se contradizem.
Teoria da Origem Familiar
	A teoria da origem familiar do Estado pode ser compreendida também como a origem da sociedade, pois, a primeira sociedade da qual fazemos parte é a família. Ou seja, a sociedade geral deriva necessariamente da família, e é por isso que se adota a ideia de que a família é a célula da sociedade. Porém, o a sociedade de um Estado é composta por um número incalculável de famílias e, por isso, um único chefe de família não poderia ser o chefe de todas. Assim, nasce o Estado para regular o convívio.
 Teoria Violenta do Estado
	A teoria violenta do Estado, ou teoria da força, é a que adota que o Estado nasce da violência dos mais fortes, ou seja, nasce da teoria de dominação dos mais fortes sobre os mais fracos.
	Thomas Hobbes foi o principal estudioso s sistematizador dessa doutrina já no início dos tempos modernos, em que afirma por inúmeras vezes que os homens, por sua natureza, são inimigos uns dos outros, e que por isso viviam em constantes conflitos. Assim, o Estado surge como o resultado da guerra dos mais fortes, tornando-se uma organização forte e dominante com poder de controle social. 
	Hobbes ainda divide o Estado em duas categorias: o Estado Real, que se forma por imposição da força; e o Estado Racional, advindo da fórmula contratualista.
 Teoria Contratualista
	O Estado contratualista advém de convenções coletivas, em que o poder do Estado se concentra no povo que elege o seu representante. No livro Do Contrato Social, Jean-Jacques Rousseau dá fundamento à teoria de Estado na igualdade de seus membros, que necessitaria de uma vontade geral para sobrepor-se à vontade individual, fazendo do Estado o fruto do convívio social. Dessa forma, temos que a teoria contratualista é a que respalda a teoria de EstadoDemocrático de Direito.
 Sociedade – Conceitos e Elementos
	Existem também várias concepções doutrinárias à cerca do conceito de sociedade. Platão, por exemplo, via a sociedade como um corpo orgânico, único e indivisível, ao qual todos os elementos singulares e plurais se subordinam, dando origem à uma ordem comum ou única. Este seria o princípio da unidade social. 
	Já Aristóteles defendia o princípio da pluralidade social, que deixa cada modelo de sociedade catalogada como perfeita ou imperfeita, em que as perfeitas seriam aquelas em que por sua natureza, completam a si mesmo, e imperfeitas aquelas que são os grupos integrantes da sociedade maior.
	Além dos princípios, há a necessidade de apresentar elementos essenciais, pois, um conjunto numeroso de indivíduos, mesmo que unidos pelos mesmos ideais, só será considerado sociedade se apresentar esses elementos necessários, que são: ter uma finalidade social comum; manifestar‑se ordenadamente, em conjunto; existir um poder social.
Conclusão
	Embora diferentes nos seus conceitos básicos, o Estado pode ser visto como uma sociedade política que apresenta elementos básicos para a sua manutenção. E esse Estado vem essencialmente para regular a sociedade, que surgiu antes do Estado.
	Hobbes escreveu o livro Leviatã, em que explana grande parte de suas ideias sobre o a relação entre Estado e sociedade – Na lenda, o Leviatã é um peixe marítimo gigantesco, que, através de sua grande força, impedia com que os peixes grandes comessem os peixes pequenos – e assim é realmente o Estado: na luta de todos contra todos, vem para proteger aquele que não condições.
	Em comparação com todos os autores antes citados, Hobbes defende um ponto de vista comum com todos: o Estado surge para trazer o bem estar social.
Referências Bibliográficas
VIDEOAULA SABER DIREITO <https://www.youtube.com/watch?v=kc8YLdz8s6U> acesso em 08 de agosto de 2015.
CANAL STARTCON CONCURSOS (YOUTUBE) < https://www.youtube.com/watch?v=1-xW678tP4A> acesso em 08 de agosto de 2015.
MARTINS, Ives Gandra. REALE, Miguel. WALD, Arnold. BARROS, Benedito F. de. TÁCITO, Caio. BRANDÃO, Carlos. FIGUEIREDO, Diogo de. GALVÊAS, Ernane. GONZÁLES, Eusebio. VIDIGAL, Geraldo C.. MACHADO, Hugo. PASTORE, José. FILHO, Manoel G. Ferreira. COLASSUONNO, Miguel. CASTRO, Paulo Rabello de. CAMPOS, Roberto. SANTOS, Teófilo A.. O Estado do Futuro. São Paulo (SP): Pioneira; Associação Internacional de Direito e Economia, 1998.
BOBBIO, Norberto. ESTADO, GOVERNO, SOCIEDADE Pra uma teoria geral da política. 14° Ed. São Paulo (SP): Paz e Terra, 2007.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Trad. Ana Resende. São Paulo (SP): Martins Claret, 2013.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe: Itália; Presença, 1532.
Site Cola da Web <http://www.coladaweb.com/direito/teorias-sobre-a-formacao-do-estado> acesso em 10 de agosto de 2015.

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