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APOSTILA SEMIOLOGIA MÉDICA

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1 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
 
2 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
º
Consiste na relação que é estabelecida a partir do 
primeiro contato, ultrapassando o âmbito dos fenômenos 
biológicos (envolve a parte emotiva, o afeto); 
Constitui a parte fundamental da prática médica; 
O exame clínico, principalmente, a anamnese constitui o 
elemento principal da medicina moderna; 
 Tripé do método clínico: exame clínico (anamnese), 
exames laboratoriais e complementares. O exame clínico 
é fundamental; 
Importância do exame clínico: formular hipótese 
diagnóstica, estabelecer uma boa relação médico-
paciente e tomar decisões; 
O método clínico permite uma visão humanitária dos 
problemas do paciente; 
Expectativas do Paciente: deseja ser ouvido (saber ouvir 
e se colocar no lugar do paciente), interesse como ser 
humano (tratar o paciente pelo nome), espera que o 
médico seja competente (reconhecer limitações), deseja 
ser informado (diagnóstico, prognóstico e tratamento), 
não ser abandonado (garantir qualidade de vida); 
Princípios bioéticos: o médico no seu relacionamento 
com o paciente deve ter em mente os 5 princípios 
bioéticos: 
• Beneficência: buscar fazer sempre o bem para o 
paciente; 
• Não maleficência: não fazer nada de mal ao paciente, 
fazer aquilo que beneficia o paciente e evitar atitudes 
que prejudiquem ou causem danos ao seu estado de 
saúde; 
• Justiça: todos têm o direito igual de ter acesso ao 
serviço de saúde de qualidade, fazer sempre o que é 
justo ao paciente; 
• Autonomia: respeitar o desejo do paciente, informa-
lo e consulta-lo sobre o que diz respeito a sua saúde; 
autonomia não implica em atitude passiva do 
médico, ou seja, a decisão deve ser conjunta 
(consentimento informado); 
• Sigilo: segredo médico. 
 
 
Aspectos psicodinâmicos: aspectos inconscientes do 
paciente para o médico ou do médico para o paciente. 
• Transferência: diz respeito aos fenômenos afetivos 
que o paciente transfere para a relação com o 
médico, sentimentos inconscientes já vividos 
anteriormente com os pais, irmãos e outros membros 
da família, podendo ser positiva (o paciente confirma 
a expectativa que tinha de encontrar no médico uma 
pessoa disponível, atenciosa e com capacidade de 
ajuda-lo) ou negativa (resistência, devido a situação 
que faz o paciente reviver fatos desagradáveis de 
relações anteriores); 
• Contratransferência: aspectos afetivos do médico 
para o paciente, sentimentos inconscientes já vividos 
pelo médico com seus pais, filhos e cônjuge, podendo 
ser uma contratransferência positiva (criação de uma 
empatia que é útil e importante, principalmente, para 
o tratamento do paciente com doenças crônicas e 
incuráveis), ou contratransferência negativa (o 
médico rotula o paciente de chato, irritante, 
enjoado). 
Tipos de médico: existem médicos paternalistas 
(protetivos), agressivos, inseguros, autoritários, 
tecnicistas, otimistas, pessimistas, rotuladores, sem 
vocação e frustrado. 
Tipos de paciente: durante o adoecimento, alguns traços 
de personalidade podem exacerbar. Há pacientes 
ansiosos, deprimidos, hostis, sugestionáveis (medo 
excessivo), hipocondríacos, eufóricos, inibidos, 
psicóticos, surdos, especiais e em estado grave. 
 
A anamnese, se benfeita, acompanha-se de decisões 
diagnósticas e terapêuticas corretas; se malfeita, em 
contrapartida, desencadeia uma série de consequências 
negativas, as quais não podem ser compensadas com a 
realização de exames complementares, por mais 
sofisticados que sejam; 
Anamnese = relembrar; 
 
3 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
Diagnóstico = buscar conhecimento; 
A anamnese é SUBJETIVA e é a parte mais importante do 
método clínico. O exame clínico é OBJETIVO e varia de 
acordo com a anamnese; 
Objetivos da anamnese: 
• Estabelecer condições para uma adequada relação 
médico-paciente; 
• Conhecer, por meio da identificação, os 
determinantes epidemiológicos do paciente que 
influenciam seu processo saúde-doença; 
• Fazer a história clínica, registrando, detalhada e 
cronologicamente, o problema atual de saúde do 
paciente; 
• Avaliar, de maneira detalhada, os sintomas de cada 
sistema corporal; 
• Registrar e desenvolver práticas de promoção da 
saúde; 
• Avaliar o estado de saúde passado e presente do 
paciente, conhecendo os fatores pessoais, familiares 
e ambientais que influenciam seu processo saúde-
doença; 
• Conhecer os hábitos de vida do paciente, bem como 
suas condições socioeconômicas e culturais. 
Elementos da anamnese: 
1. Identificação; 
2. Queixa principal e duração (QPD); 
3. História da doença/moléstia atual (HMA); 
4. Doenças preexistentes; 
5. Medicações em uso; 
6. Interrogatório sintomatológico (ISDA); 
7. Antecedentes pessoais e familiares. 
Cor: leucoderma (brancos), faioderma (pardos), 
melanodermas (negros), xantodermas (amarelos e 
asiáticos). 
Profissão: atual e anteriores. 
• A quanto tempo trabalhou nesse emprego? 
• Já teve outros empregos? 
• Onde o sr. ou sra. trabalha? 
Estado civil: solteiro(a), amasiado(a), casado(a), 
divorciado(a), viúvo(a). 
• Quantos casamentos você teve? 
• Por quanto tempo permaneceu casado? 
• Você mora com seu namorado(a)? A quanto tempo? 
Os dados da identificação são importantes não só para 
preencher a ficha do paciente, mas também para 
identificar possíveis comorbidades relacionadas a sexo 
(HAS > homens negros, esclerose múltipla > mulheres...), 
raça/cor (câncer de pele > brancos, anemia falciforme > 
negros), naturalidade e procedência (doenças endêmicas, 
como chagas, dengue, malária...), profissão (doenças 
ocupacionais, como asbestose, antracose, 
paracoccidioidomicose...) e estado civil (ISTs...); 
A religião à qual o paciente se filia tem relevância no 
processo saúde-doença. Alguns dados bastante objetivos, 
como a proibição à hemotransfusão em testemunhas de 
Jeová e o não uso de carnes pelos fiéis da Igreja 
Adventista, têm uma repercussão importante no 
planejamento terapêutico. 
QUEIXA PRINCIPAL E DURAÇÃO: é o motivo pelo qual o 
paciente procurou o atendimento médico; 
É uma afirmação breve e espontânea, geralmente um 
sinal ou um sintoma, suscitador nas próprias palavras da 
pessoa, que descreve o motivo da consulta. Geralmente, 
é uma anotação entre aspas para indicar que se trata das 
palavras exatas do paciente. 
→ Qual o motivo da consulta? 
→ Por que o(a) senhor(a) me procurou hoje? 
Nome: 
Data de nascimento: Idade: 
Sexo: Cor: 
Naturalidade: Procedência: 
Profissão: 
Estado civil: Religião: 
Acompanhante/informante (se tiver): 
QPD: “dor na barriga há 6 dias”; “dor no peito há 2 
horas” ... 
 
4 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
→ O que trouxe o(a) sr. (a) no hospital hoje? 
HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL (HMA): é um registro 
cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente 
a procurar assistência médica, desde o seu início até a 
data atual; 
É a parte mais importante da anamnese!!! É fundamental 
para partir do POSSÍVEL (pela QPD) e ir para o PROVÁVEL; 
Na HMA é possível identificar o SINTOMA GUIA. 
SINTOMA GUIA: sintoma ou sinal que permite construir a 
HMA com mais facilidade e precisão; 
Sintoma-guia não é necessariamente o mais antigo, a 
primeira queixa relatada pelo paciente, ou sintoma mais 
realçado pelo paciente, mas pode ser todos esses 
elementos; 
Normalmente coincide com a QPD. 
Passos para colher uma boa HMA: 
1. Deixe que o paciente fale sobre sua doença; 
2. Determine o sintoma-guia; 
3. Descreva o sintoma-guia com suas características e 
analise-o minuciosamente; 
4. Use o sintoma-guia como fio condutor da história e 
estabeleça as relações das outras queixas com ele em 
ordem cronológica; 
5. Verifique se a história obtida tem começo, meio e fim; 
6. Nãoinduza respostas; 
7. Apure evolução, exames e tratamentos realizados em 
relação à doença atual; 
8. Resuma a história o paciente, a fim de ele possa 
confirmar ou corrigir algum dado relatado, ou mesmo 
acrescentar alguma queixa esquecida. 
DOENÇAS PREEXISTENTES: são as comorbidades que o 
paciente já possui e tem conhecimento. São importantes 
pois estas podem estar relacionadas com a queixa do 
paciente. 
Ex.: paciente queixa de síncope acompanhada de 
parestesia hemilateral, com queda da rima bucal 
hemilateralmente e disartria. Paciente possui HAS há 20 
anos. 
→ Provável AVC. A principal causa de AVC é HAS. 
MEDICAÇÕES EM USO: também é um dado importante 
para relacionar com a HMA, pois alguns sintomas podem 
acontecer por efeitos colaterais de medicações. É 
fundamental também para evitar interações 
medicamentosas maléficas. 
→ É nesse momento que você identifica o grau de adesão 
a tratamentos pelo paciente, e o seu autocuidado. Se o 
paciente possuir comorbidades e não usar corretamente 
as medicações necessárias, provavelmente também não 
vai aderir ao tratamento atual. 
 
!!! Alguns pacientes não vão se lembrar dos nomes, 
portanto é importante saber os nomes das principais 
medicações antihipertensivantes, antidiabéticos, 
diuréticos, antiarrítmicos, analgésicos, corticoides, 
antidepressivos, etc. 
Início: “A quanto tempo você está sentindo isso?” 
Características do sintoma: localização, duração, 
intensidade, frequência, tipo... 
Fatores de melhora ou piora: fatores ambientais, posições, 
atividade física ou repouso, alimentos, medicações... 
Relação com outras queixas: sintomas concomitantes 
Evolução: como esse sintoma se comportou ao longo do 
tempo 
Situação atual: como o sintoma está hoje. 
Qual/quais doença(s): exemplo comum é diabetes, 
HAS, dislipidemia... 
A quanto tempo você possui: perguntar para cada 
doença. 
→ Perguntar se faz acompanhamento correto de tais 
doenças. 
Nome da medicação/medicações: identificar 
princípio ativo. 
Miligramas 
Posologia: quantas vezes ao dia e horários. 
→ Perguntar se faz uso correto das medicações. 
 
5 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO SOBRE OS 
DIVERSOS APARELHOS (ISDA): O interrogatório 
sintomatológico documenta a existência ou ausência de 
sintomas comuns relacionados com cada um dos 
principais sistemas corporais. 
É comum o paciente não relatar um ou vários sintomas 
durante a elaboração da história da doença atual por 
simples esquecimento ou medo inconsciente de 
determinados diagnósticos podem levar o paciente a não 
se referir a padecimentos de valor crucial para chegar a 
um diagnóstico. 
Outra importante função do interrogatório 
sintomatológico é avaliar práticas de promoção à saúde. 
 
 
 
 
1. Sintomas Gerais 
2. Pele e fâneros 
• Febre: quantos graus? (Se o paciente mediu 
coloca SIC). Acompanhada ou não de cefaleia, 
calafrios, sede...? 
• Astenia: sensação de fraqueza 
• Alteração de peso: pra mais ou para menos? Em 
quanto tempo? Motivo (dieta, exercício, sem 
motivo...)? 
• Adinamia: falta de força física ou moral por 
debilidade emocional. 
• Sudorese e calafrios: generalizada? Localizada? 
Acompanha febre? 
• Prurido 
• Manchas: localização? Quando apareceram? 
Coloração? Sensibilidade? 
• Lesões cutâneas: localização? Quando 
apareceram? Coloração? Sensibilidade? 
• Pápulas, nódulos, petéquias, equimoses, 
sufusões hemorrágicas 
• Fenômeno de Raynauld: indicativo de doença 
autoimune 
• Alteração em cabelos e pelos: quedas? 
ressecamento? Mudança na coloração? 
• Alteração em unhas: quebradiças? Engrossaram? 
Tortuosas? Manchas? Micoses? 
• Cefaleia: a quanto tempo? Localização? Como 
doí? Frequência? Sintomas de melhoras e pioras? 
Acompanha outros sintomas? Evolução? 
• Vertigem: acompanhada de zumbido? 
 
• Tontura: houve perda de consciência? Sensação 
de escurecimento visual? Acompanhado de 
cefaleia? O que estava fazendo quando 
aconteceu? 
• Perda de consciência: houve desmaio? 
• Dor no pescoço? A quanto tempo dói? Onde dói? 
Como é a dor? Fatores de melhora e piora? 
Acompanha outros sintomas? Evolução? 
• Tumorações e nódulos? a quanto tempo? 
Localização? 
• Alteração na movimentação? 
3. Cabeça e pescoço 
4. Olhos 
• Dor? A quanto tempo dói? Onde dói? Como é a 
dor? Fatores de melhora e piora? Acompanha 
outros sintomas? Evolução? 
• Edema palpebral? Tem um horário preferencial? 
A quanto tempo aconteceu? 
• Prurido visual? Acompanha vermelhidão? 
• Acuidade visual? Usa óculos? Pra perto ou para 
longe? A quanto tempo? Quantos graus? Já teve 
perda de visão? Acredita que enxerga bem? 
• Escotomas? A quanto tempo? Quando ocorre? 
Acompanha cefaleia (descrever cefaleia)? É 
frequente? 
• Moscas volantes? A quanto tempo? 
• Diplopias? Quantas vezes aconteceu? 
Acompanha algum sintoma? 
• Lacrimejamento? A quanto tempo? Quando olha 
a luz? 
• Fotofobia? Acompanha outros sintomas? 
• Secreção? A quanto tempo? Como é a secreção? 
Frequência? 
5. Nariz 
• Epistaxe? Quando ocorre? Frequência? Relação 
com época de ano? Sintomas concomitantes? 
• Coriza? Frequência? Sintomas concomitantes? 
• Obstrução? Perguntar se respira corretamente 
de ambas as narinas. Adenoide? 
• Olfação? Sente corretamente os cheiros? Sente 
cheiros ruins (cacosmia)? 
• Hiposmia ou anosmia? 
6. Orelhas 
• Dor? A quanto tempo dói? Onde dói? Como é a 
dor? Fatores de melhora e piora? Acompanha 
outros sintomas? Evolução? 
• Otorréia? A quanto tempo? Há odor? Dói? 
 
 
6 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
 
• Acuidade auditiva? Escuta bem das duas 
orelhas? houve perda de audição? a quanto 
tempo? 
• Otorragia? Quando ocorreu? Acompanhou 
outros sintomas? Frequência? 
• Zumbidos? Acompanha tonturas, cefaleias? A 
quanto tempo? Quando ocorre? Há outros 
sintomas? 
7. Boca e garganta 
• Sialose? Excessiva produção salivar, a quanto 
tempo? Ocorre na presença de algum alimento? 
• Halitose? A quanto tempo? Horário preferencial? 
Acompanha gastrite ou outros sintomas? 
• Dor na garganta ou cavidade oral? A quanto 
tempo dói? Onde dói? Como é a dor? Fatores de 
melhora e piora? Acompanha outros sintomas? 
Evolução? 
• Afonia? por qual motivo? A quanto tempo? 
Acompanha dor? 
• Disfagia? 
• Faz escovação de dentes e línguas? Sente dor nos 
dentes ou na língua? 
8. Aparelho cardiorrespiratório 
• Dor torácica? A quanto tempo dói? Onde dói? 
Como é a dor? Fatores de melhora e piora? 
Acompanha outros sintomas? Evolução? 
• Tosse? A quanto tempo? Seca ou com secreção? 
Tem horário preferencial? Fatores de melhora ou 
piora? 
• Ronco? A quanto tempo? Acorda a noite com o 
ronco? 
• Expectoração? Acompanha ou não a tosse? 
Coloração da expectoração? Há cheiro? A quanto 
tempo? 
• Hemoptise? A quanto tempo? 
• Palpitações? A quanto tempo? Horário 
preferencial? Fatores de melhora ou piora? 
Fatores emocional? Modo de instalação e 
desaparecimento? Relação com o esforço? 
• Dispneia? Relação com grandes, médios e 
pequenos esforços? Fatores de melhora e piora? 
Melhora com o decúbito? A quanto tempo? 
• Cianose? A quanto tempo? Acompanha dispneia, 
taquicardia? Relação com esforço. 
• Edema? Localização? A quanto tempo? 
Consistência? Intensidade? Elasticidade? 
Coloração? Textura e espessura? Sensibilidade? 
• Dispneia paroxística noturna? 
• Ortopneia? Dispneia que melhora na posição 
ortostática (possível DPOC e congestão pulmonar) 
• Sibilância? A quanto tempo? Acompanha 
dispneia? 
 9. Aparelho digestivo 
• Apetite? Aumento? Hiporexia? Motivos? 
• Disfagia? Dificuldade para deglutir? 
• Odinofagia? Dor ao deglutir? 
• Regurgitação? A quanto tempo? Acompanha 
tosse? Há queimação no esôfago? 
• Pirose? A quanto tempo? Acompanha náuseas? 
• Dispesia? A quanto tempo? Acompanha outros 
sintomas? 
• “Má digestão”? peso ou desconforto epigástrico? 
Eructações? Sensaçãode plenitude? A quanto 
tempo? Ocorre na presença de algum alimento 
específico? 
• Intolerância alimentar? Leite, amêndoas, farinha, 
camarão... 
• Náuseas e vômitos? A quanto tempo? Tem 
horário preferencial? Algum fator de melhora ou 
piora? Acompanha outro sintoma? 
• Hematêmese? 
• Dor abdominal? A quanto tempo? Localização? 
Como é a dor? Fatores de melhora e piora? 
Acompanha outros sintomas? Evolução? 
• Distensão abdominal? Acompanha gases? A 
quanto tempo? Acompanha outros sintomas? 
• Meteorismo? Acúmulo de gases no estômago, 
com fortes dores no abdômen e distensão. 
• Flatulências? Frequência? Acompanha outros 
sintomas? 
• Hábito intestinal? Frequência intestinal? 
Consistência das fezes? Coloração das fezes? Dor 
e esforço ao evacuar? Presença de rajas de 
sangue? Hemorróias? 
• Diarreia? A quanto tempo? Quantas evacuações 
por dia? Característica das evacuações (muita 
água e poucas fezes, muitas fezes e pouca água)? 
Coloração das fezes? Odor ou não? Sintomas 
concomitantes (febre, astenia, dor periumbilical 
ou em fossas ilíacas, vômitos, cefaleia)? Lienteria? 
Esteatorréia? Presença de muco ou sangue? 
• Lienteria e esteatorréia? Investigar 
coledocolitíase, patologia gástrica, insuficiência 
pancreática... 
• Tenesmo? sensação de constante necessidade de 
defecar, de evacuação incompleta. 
• Enterorragia e melena? 
• Prurido anal? Investigar oxiuríase, hemorróida... 
 
7 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
 
 
10. Aparelho gênito-urinário 
• Dor lombar, em flancos, bexiga, testículos, pênis 
e vagina? A quanto tempo dói? Onde dói? Como 
é a dor? Fatores de melhora e piora? Acompanha 
outros sintomas? Evolução? 
• Polaciúria? Aumento da micção com volume 
urinário baixo. 
• Oligúria? Diminuição da micção. 
• Disúria? Dor ao urinar 
• Anúria? Ausência de urina (possível prostatite em 
homens) 
• Poliúria? Aumento da micção com aumento do 
volume urinário (possível diabetes, averiguar 
poligafia, polidipsia e perda de peso) 
• Nictúria? Aumento da micção noturna 
(reabsorção de edemas...) 
• Incontinência urinária? 
• Hematúria? Possível pielonefrite 
• Colúria? Possível aumento de bilirrubina por 
problemas hepáticos ou obstrução hepática 
• Alteração de jato urinário? Pode indicar 
problemas em próstata. Perguntar sobre 
hesitação miccional (dificuldade de iniciar 
micção) 
• Tenesmo vesical? vontade frequente de urinar e 
sensação de não esvaziamento completo da 
bexiga. 
• Corrimento uretral e vaginal? Prurido? Mal 
cheiro? 
• Disfunção sexual e de fertilidade? 
• Frigidez? 
• Ciclos menstruais? Perguntar sobre regularidade, 
intensidade do fluxo (quantos absorventes usa 
por dia), duração, data da última menstruação, 
presença de sintomas relacionados, possíveis 
alterações menstruais. 
 
!!! Em homens > 40 anos, perguntar se já realizou o 
exame de próstata 
Homens de até 59 anos: PSA total até 4,0 ng/mL; 
Entre 60 e 69 anos: PSA total até 4,5 ng/mL; 
A partir dos 70 anos: PSA total até 6,5 ng/mL. 
 
!!! Em mulheres perguntar sobre: último exame 
ginecológico; terapia de reposição hormonal; último 
exame de Papanicolau; uso de anticoncepcional. 
13. Sistema linfo-hematopoiético 
• Adenomegalias? Quais linfonodos? A quanto 
tempo? Sabe o motivo? Já ocorreu outras vezes 
• Palidez? 
• Sangramentos? Hematomas, sufusões, 
petéquias... 
 
14. Sistema endócrino-vegetativo 
• Alterações de pelos e voz? Caiu ou cresceu pelos 
recentemente? Houve mudanças na voz? 
• Polidipsia? Aumentou a sede? Houve aumento da 
frequência urinária? A quantidade de urina está 
aumentada? Há aumento da fome? Há perda de peso? 
• Intolerância ao frio e calor? Sente muito frio ou calor 
comparado às outras pessoas? Agora você está sentindo 
frio ou calor? 
• Bócio? 
• Polifagia? Aumentou a fome? A quanto tempo? E a sede? 
Houve ganho ou perda de peso? Tem algum motivo para 
esse aumento? 
• Galactorreia? Pode estar relacionada a distúrbios 
hormonais ou efeitos colaterais de medicações 
• Ginecomastia? em homens. 
 
!!! Perguntar sobre a mamografia e o autoexame de mamas 
para mulheres acima de 40 anos. 
15. Aparelho locomotor 
• Dor óssea e muscular? A quanto tempo dói? Onde dói? 
Como é a dor? Fatores de melhora e piora? Acompanha 
outros sintomas? Evolução? 
• Espasmos musculares? 
• Caimbras? 
• Claudicação intermitente? dor intensa ao deambular que 
se alivia com o repouso. Relacionada uma baixa perfusão 
nos músculos de MMII, por exemplo uma obstrução 
arterial. Pessoa caminha um pouco e para. 
• Fraqueza muscular? 
• Dor em coluna? A quanto tempo dói? Onde dói (vertebral, 
torácica, lombar)? Como é a dor? Fatores de melhora e 
piora? Acompanha outros sintomas? Evolução? 
• Dores, inflamações ou problemas articulares? Artralgia, 
calor, rubor, aumento de volume, deficiência funcional, 
rigidez matinal, deformações. 
• Fraturas espontâneas? Sugestivo de osteoporose. As 
vértebras e a pelve são ossos que frequentemente 
fraturam espontaneamente. Pode levar a embolia 
gordurosa. 
• Deformidades ósseas? • Infecções frequentes? De que sistema? Com que 
frequência? 
 
 
8 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
 
ANTECEDENTES PESSOAIS 
 
 
16. Aparelho neuro-psíquico 
• Irritabilidade? Ansiedade? Depressão? a quanto 
tempo? Com que frequência? Qual a intensidade? 
Você faz tratamento? Isso interfere no seu dia-a-
dia? Sintomas concomitantes? 
• Tremores? A quanto tempo? Localização? 
Características? Sintomas concomitantes? 
• Convulsões? A quanto tempo? Características? 
Frequência? Sintomas concomitantes? 
• Parestesias? A quanto tempo? Localização? Após 
algum episódio? Sintomas concomitantes? 
• Paralisias? A quanto tempo? Localização? Após 
algum episódio? Sintomas concomitantes? 
• Lipotímia? Pré-síncope sem perda de consciência, 
com visão turva e sensação de desmaio 
• Síncope? Desmaio com perda de consciência 
• Transtornos do sono? Dorme quantas horas por 
dia? Seu sono é reparador? Faz uso de 
medicações para dormir? 
• Distúrbios de aprendizagem? Perguntar sobre o 
progresso escolar e se foi diagnosticado com 
algum distúrbio. 
• Lapsos de memória? 
1. Condições de nascimento e 
desenvolvimento neuropsíquico 
• Parto? Normal, cesárea, no hospital, na fazenda 
• Nasceu na época certa? 
• Teve complicações neonatais? Teve alta do 
hospital junto com a mãe? 
• Aleitamento materno? 
• Crescimento da dentição com quantos anos? 
começam a surgir entre os 6 e 14 meses de vida 
• Deambulação com quantos anos? entre 10 e 18 
meses 
• Começou a falar? entre os 18 meses e 2 anos 
• Aprendizado escolar? Teve dificuldade? Estudou 
até que ano? Por que parou de estudar? 
2. Passado mórbido 
• Todas as doenças desde a infância até a moléstia 
atual, e incluir tratamentos realizados 
• Cirurgias 
• Transfusão sanguínea 
• Internações 
• Traumatismos 
!!! Infância: sarampo, catapora, caxumba, 
amigdalites. Vida adulta: pneumonia, hepatite, 
dengue, meningite, tuberculose, edemas... 
3. Antecedentes reprodutivos 
• Menarca? 
• Menopausa? 
• Início da vida sexual e se possui vida sexual ativa? 
Faz uso de camisinha? Contraceptivo oral? Pílula do 
dia seguinte? Possui muitos parceiros(as)? 
• Gestações? Abortos? Partos? Números de filhos? 
• ISTs? Já viu uma ferida ou verruga no pênis/vagina? a 
quanto tempo? Como era essa lesão? Era dolorosa ou 
indolor? 
• Orientação sexual? 
4. Condições de vida e moradia 
• Tipo de construção da moradia? Alvenaria, pau a 
pique 
• Número de cômodos? 
• Provisão de eletricidade, água, esgoto e coleta de 
lixo? 
• Número de co-habitantes? 
• Meio de transporte familiar? 
• Empregada mensalista? 
• Animais? Gato, cachorro, passarinho... 
• Tipo de trabalho? Trabalha no sol ou em ambientes 
insalubres? Quantas horas por dia? Observar se 
possui contato com algum agente que pode levar a 
uma patologia ocupacional, como pó de amianto,serragem, fuligem, pó de vidro, fungos, uso de EPIs... 
• Quem contribui economicamente para o lar? 
• Lazer? 
5. Hábitos 
• Álcool? Tipo de bebida, quantidade por 
dia/semana/mês, se sente necessidade de beber 
• Tabagismo? Tipo de cigarro, a quanto tempo fuma, 
quantos maços por dia 
• Uso de tóxicos: drogas ilícitas, anabolizantes, 
remédios para emagrecer, anfetamina? A quanto 
tempo, tipo de tóxico já tentou parar 
• Atividade física? Tipo de atividade, quantos dias por 
semana, duração 
 
!!! Carga tabágica: 
 𝑛º 𝑑𝑒 𝑚𝑎ç𝑜𝑠 
20
 × 𝑛º 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑜𝑠 
Uma carga > 20 anos maço aumenta o risco de DPOC 
6. Anamnese alimentar 
• Número de refeições por dia? De quantas em 
quantas horas 
 
 
9 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
Estado de saúde e condição de vida dos pais, 
irmãos, cônjuge e filhos. 
Causa de morte dos familiares. 
Outras doenças semelhantes à do paciente. 
Doenças insidiosas na família. 
Conceito: acúmulo de líquido no espaço intersticial. 
Como se forma: 
• Por um desequilíbrio onde ocorre ↑PHc e ↓POc; 
• Por um aumento da permeabilidade capilar; 
• Por diminuição da drenagem linfática 
• Por obstrução venosa; 
• Por um trauma; 
• Por aumento da reabsorção de Na+ pelo SRAA. 
Edema por ↑PHc: varizes, insuficiência venosa 
(liquedema), edema vespertino. 
Edema por aumento da permeabilidade capilar: por 
reações inflamatórias. 
Edema por obstrução da drenagem linfática: pós-
cirúrgicos, com remoção da cadeia linfática (linfedema), 
por elefantíase, neoplasias, doenças infecciosas... 
Edema por ↓POc: síndrome nefrótica (há perda de 
proteína na urina) e queimaduras. 
DESCRITORES DO EDEMA: 
1. Localização: 
• Localizado: 1 segmento corporal (membro 
inferior, membro superior...), de causa local. 
• Generalizado: 2 ou mais segmentos corporais 
(MMII, MMSS...), de causa sistêmica. 
• Anasarca: edema generalizado com derrame 
intracavitário (pleural, abdominal - ascite, 
pericárdico, bolsa escrotal - hidrocele...). 
2. Intensidade: 
• Sinal de cacifo: + = 2mm de profundidade; ++ = 
4mm; +++ = 6mm; ++++ = 8mm 
• Medição da circunferência abdominal: em casos 
de ascite 
• Pesar o paciente diariamente: verificar se há 
perda de peso (concomitante perda de líquido, 
reabsorção do edema) ou ganho de peso 
(aumento do edema). 
3. Consistência: 
• Mole: com cacifo positivo ou negativo 
• Duro: crônico, linfedema 
4. Elasticidade: 
• Elástico: cacifo negativo, aperta a pele e ela volta 
• Inelástico: cacifo positivo, aperta o membro 
edemaciado e fica a marca do dedo. Comum 
paciente relatar que fica marca do sapato. 
5. Coloração: 
• Normocorado 
• Pálido 
• Cianótico: represamento de sangue 
• Vermelho: hiperêmico, inflamação 
6. Textura e espessura: 
• Liso e brilhante: liquedema (agudo e hídrico) 
• Enrugado: em reabsorção 
• Duro e espesso: crônico 
7. Sensibilidade: 
• Indolor 
• Doloroso: inflamatório 
8. Temperatura: 
• Frio: em temperatura corporal 
• Quente: febril 
• Qualidade das refeições? Arroz, feijão, proteína, 
verduras, legumes, folhas. 
• Dietas específicas? Diabéticos, celíacos, renais 
crônicos, hipertensos... 
• Consumo de doces, enlatados, processados, 
industrializados, frituras... com que frequência 
• Consumo de óleo por mês na residência: ideal é 
0,5L por pessoa. 
• Consumo de fibra alimentar? 
• Ingesta de água? Quantos litros por dia 
 
7. Antecedentes imunológicos 
• Vacinação em dia? Perguntar sobre a última 
vacina de tétano (deve ser tomada de 10 em 10 
anos) 
• Antecedentes alérgicos? Possui alergia a poeira, 
ácaro, pelo de animal, cosmético, bijuteria, 
medicamentos, alimentos... 
8. Antecedentes de interesse epidemiológico 
• Já morou na fazenda? Já viu o barbeiro? 
• Já morou ou esteve no norte do Brasil nos 
últimos tempos? Sugestivo de malária 
• Na sua cidade há muitos casos de dengue? 
• Nadou em algum rio nos últimos tempos? 
 
10 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
EDEMA INFLAMATÓRIO: ocorre por uma reação 
inflamatória a uma bactéria, normalmente 
Staphylococcus ou Streptococcus. 
• Características: normalmente localizado, nem mole 
nem duro, vermelho, liso e brilhante, doloroso e 
quente e pode ou não ser inelástico. 
→ Erisipela (Streptococcus) ou celulite (Staphylococcus) 
EDEMA POR INSUFICIÊNCIA VENOSA: ocorre devido a um 
represamento de sangue em um membro (normalmente 
membro inferior), há estase sanguínea e aumenta a 
pressão hidrostática capilar. 
• Características: normalmente localizado, cianótico, 
brilhante, frio, mole, elástico e pode haver dor. 
→ TVP (no TVP há dor), varizes, insuficiência venosa... 
LINFEDEMA: edema duro e deformante, sem melhora 
com repouso que cessa o crescimento após equilíbrio 
linfático. 
EDEMA POR SÍNDROME NEFRÓTICA: há perda de 
albumina pela urina e aumento da reabsorção de sódio, 
gerando um desequilíbrio eletrolítico com diminuição da 
pressão oncótica e extravasamento de plasma, além do 
aumento da volemia. 
• Características: edema generalizado, mole, intenso 
matutino, indolor, cacifo positivo (geralmente), liso e 
brilhante, comum em região peripalpebral. 
EDEMA POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: há aumento da 
pressão hidrostática capilar, aumento da reabsorção de 
sódio e ativação do SRAA e aumento do pH. O coração 
está trabalhando com um regime de força menor, com a 
maior reabsorção de sódio, há maior reabsorção de água 
e, com isso, aumenta a volemia. Esses fatos em conjunto 
contribuem para o aumento da pressão hidrostática 
capilar. 
• Características: edema generalizado, ascendente, 
vespertino, simétrico (bilateral), indolor, frio, mole 
(quando agudo), inelástico, cacifo positivo, liso e 
brilhante. 
→ Pode evoluir para anasarca. 
EDEMA POR INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: a fibrose hepática 
resulta em um aumento da pressão do sistema porta, que 
aumenta a pressão hidrostática capilar nesse sistema e 
diminuição da pressão oncótica capilar pela diminuição 
da produção de proteínas (albumina). Há maior 
reabsorção de sódio e água, que aumenta a volemia. 
• Características: inicia com ascite (edema em cavidade 
abdominal) e pode acometer outros seguimentos, 
porém não é ascendente. 
→ Normalmente o paciente é sarcopênico, ictérico, 
possui acolia fecal e colúria. 
EDEMAS DIVERSOS: 
• Por antagonistas de canal de cálcio: dihidropiridinas 
– nifedipina; fenilalquilaminas – verapamil; 
benzotiazepinas – diltazem) 
• Gestação: adaptação do organismo para o parto (há 
aumento da volemia) 
• Angioedema: reação alérgica 
• Enteropatia: quando há perda de proteínas 
• Por traumas e queimaduras 
!!! Insuficiência venosa crônica: dermatite ocre 
(extravasamento de hemácias por represamento) 
!!! Trombose arterial: dedos edemaciados e com 
coloração vinhosa, pulsos pouco palpáveis ou não 
palpáveis. 
!!! Mixedema: extremo de gravidade no hipotireoidismo, 
pele amarelada, globalmente infiltrada, presença de 
dermatite, letargia, edema generalizado, duro e que não 
forma cacifo, deposição de substâncias amorfas. 
Função da dor: a dor serve para nos proteger de lesões, 
nos mostrar as ameaças do mundo. Com o 
desenvolvimento do córtex humano, da experiência 
humana a dor atingiu simbologias muito 
intranscendentes, ela pode ser o motivo para viver de 
uma pessoa que tem a vida caótica, depressiva, triste e 
sem sentido. 
!!! A dor é um fenômeno subjetivo. 
!!! Cada nociceptor é responsável por um tipo de 
estímulo: pressão, temperatura, dor, alterações químicas, 
vibração... Após um estímulo, ativa o potencial de ação 
que estimula o nociceptor. Há um mecanismo de 
modulação de evita disparos inadequados de potenciais 
de ação. 
Via da dor: lesão → ativa nociceptores na periferia → 
estímulo trafega pelas fibras dolorosas e sensitivas → 
passa pelo gânglio da raíz dorsal → entra na medula → 
estímulo sobe ou desce de um a dois segmentos → 
sinapseno corno posterior da medula → decussa (cruza) 
→ substância branca → tálamo; 
 
11 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
!!! Na medula a substância cinzenta é interna e a 
substância branca é externa, é o contrário do que se 
observa no encéfalo. 
!!! O estimulo entra no corno posterior faz sinapse e 
decussa (muda de lado) e chega na substância branca até 
subir no tálamo 
A dor não é simplesmente consequência de estimulo, há 
uma série de mecanismos endógenos que nos ajudam a 
defender da dor. No entanto, um estímulo alérgico como, 
inflamação, lesão, queimadura, tumor, fazem receptores 
serem ativados, os chamados nociceptores que são 
terminações nervosas e livres nas extremidades dos 
nervos sensitivos. Esses últimos irão captar os estímulos 
da periferia (pele e mucosa) e a partir daí, os estímulos 
dolorosos trafegam por fibras dolorosas e sensitivas, 
passam por um gânglio chamado gânglio da raiz dorsal 
(perto da medula) e, posteriormente, o estimulo adentra 
a medula. Ao entrar na medula, o estimulo sobe ou desce 
de um a dois segmentos chamado de Lissauer e, 
posteriormente, faz sinapse no corno posterior da 
medula. 
Trato Espinotalâmico Lateral: trato que leva o estímulo 
da medula ao tálamo. É ele que nos permite sentir a dor. 
Os estímulos que captamos do nosso hemicorpo 
esquerdo entram na medula, vão decussar e subir por um 
trato chamado espinotalâmico lateral até chegar ao 
tálamo que ladeia o 3º ventrículo. Ao chegar no tálamo, o 
estimulo faz sinapses em núcleos talâmicos e a partir daí 
partem neurônios que vão levar o estímulo até o córtex. 
O estímulo, então, chega ao córtex sensitivo na área 
chamada Homúnculo de Penfield (Giro pós central). 
!!! Estimulo → periferia → medula → decussa → tálamo 
contra lateral → radiações tálamo corticais → córtex 
sensitivo (giro pós central – homúnculo de Penfield). 
No córtex acontece a localização/ precisão da dor, é 
possível então caracterizar a dor. Antes de chegar ao 
córtex a dor é difusa. O estimulo de dor que sai da 
periferia é bem localizado. 
Trato Neoespinotalâmico: é a facção do trato 
espinotalâmico que é filogeneticamente mais recente, 
mais desenvolvido, cuja maior parte dos estímulos 
chegam ao córtex. Por isso, os estímulos são localizados 
rapidamente, que são os estímulos da periferia. Quando 
os estímulos são percebidos na periferia, eles trafegam 
por fibras periféricas mais grossas (Fibras A-delta), com 
mais mielina (células de Schwann) que torna a condução 
mais rápida. A dor somática se enquadra nesse trato. 
Trato Paleoespinotalâmico: é a facção mais antiga do 
trato espinotalâmico lateral. Dores que saem dos órgãos, 
viajam por fibras mais finas que as fibras Adelta, 
chamadas fibras C que possuem pouca mielina e por isso 
são mais lentas. Elas percorrem o mesmo caminho das 
fibras A-delta. O estimulo chega ao tálamo, mas não 
ascendem ao córtex. Assim sendo, essas dores são 
difusas, mal localizadas, sendo chamada de dor difusa ou 
dor visceral. 
CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLÓGICA 
• Dor nociceptiva: dor fisiológica normal, por um 
estímulo doloroso. 
• Dor neuropática: perda das fibras da dor aguda, 
levando a uma dor sem lesão prévia. A terapia é feita 
com medicação para modular o SNC. 
- Se o nervo que traz a sensibilidade está doente, ele 
começa a desencadear estímulos descontrolados, 
bizarros, grotescos que causam dor no sitio que ele 
inerva. 
- A dor neuropática acontece em choque, pontada e 
frequentemente cursa com um fenômeno chamado 
alodinia que significa estímulos geralmente, não 
dolorosos que leva a dor, como colocar roupa. 
• Dor mista: nociceptiva + neuropática, causada por 
um câncer por exemplo. 
• Dor psicogênica: dor sem lesão. O paciente converte 
uma energia psíquica em dor, que acredita que tem 
essa dor. Não é gerada por estimulo álgico 
nociceptivo, ela é gerada pelo próprio encéfalo que 
está fabricando a dor. O paciente tem necessidade, 
inconsciente, de ser acolhido. Essas dores podem se 
cronificar. O médico não encontra causas palpáveis 
para a dor do paciente. 
CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA 
• Dor somática superficial: dor rápida e localizada em 
tecidos superficiais, como a pele e mucosas. 
• Dor somática profunda: dor rápida e localizada em 
tecidos profundos, como o tecido subcutâneo, 
peritônio... 
!!! A dor somática é a dor que nos protege, é a dor do 
corpo; irradia pouco e não é referida. 
• Dor visceral: dor em órgãos profundos. Pouco 
localizada, lenta, difusa, difícil de caracterizar. 
Normalmente refere. 
- Grande parte dos estímulos não chegam ao córtex, 
os estímulos viajam por fibras lentas (fibra C), sobem 
pela medula por meio do trato paleoespinotâlamico. 
 
12 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
- Dor visceral irradia para outros lugares que possuem 
a mesma origem embriológica que o órgão que está 
doendo e muitas vezes se refere. 
!!! Cólica biliar: cálculo obstrui o ducto cístico e por ser 
uma víscera oca com peristaltismo ocorre contração para 
vencer o obstáculo = dor em cólica. Causa dor no 
hipocôndrio direito e que irradia para a região epigástrica, 
ombro direito e região interescapulovertebral direita, 
acompanhada de náuseas, vômito, sudorese, palidez. A 
dor da cólica biliar pode irradiar ou referir. 
!!! Cólica renal: ocorre por cálculos que sai da pelve e 
desce pelos ureteres, vísceras ocas que também tem 
peristaltismo. É uma dor em cólica acompanhada de 
náuseas e vômito que irradia para a região lombar, flanco 
e região inguinal. 
!!! Pneumonia bacteriana: dor pleurítica, febre alta, 
hiporexia, astenia, adinamia, mal estar geral. O 
parênquima pulmonar não tem inervação sensitiva para a 
dor. A dor pleurítica é em pontada, pois a pleura parietal 
tem inervação rápida. Dor bem localizada, que não 
irradia, é uma dor somática. 
!!! Infarto: dor em aperto sob peito esquerdo, que pode 
referir para lateral de membro superior esquerdo, 
mandíbula e orelha esquerda e região epigástrica. É uma 
dor visceral e referida. 
• Dor simulada: inventada, para ganho secundário, não 
existe dor. 
- Mecanismos nociceptivos endógenos = são 
barreiras, mecanismos para nos defender da dor. 
- Na entrada da medula está presente o mecanismo 
chamado de comporta de Melzack e Wall, através de 
fibras táteis que entram junto com as fibras finas da 
dor (fibras alfas) há inibição de dor (bateu faz 
massagem que melhora) 
- À medida que o estímulo chega ao encéfalo, lá na 
substância que circunda o terceiro ventrículo, nos 
núcleos há liberação de encefalinas que também nos 
protegem contra a dor. 
- No córtex há fibras chamadas córtico fulgazes que 
descem pela medula e impedem ou diminuem a 
transmissão da dor. 
 
CARACTERÍSTICAS 
• Dor referida: dor distante do local da lesão. Ocorre 
quando fibras nervosas de regiões de densa 
inervação (como a pele) e fibras nervosas das regiões 
menos densamente inervadas convergem nos 
mesmos níveis da medula espinhal. 
• Dor irradiada: compressão de um nervo que irradia a 
dor. 
- Hérnia discal: extrusão do disco que irá comprimir 
uma raiz. Estímulo em choque, pontadas, a dor desce 
pela distribuição da raiz. 
TIPOS DE DOR: 
• Pontada: dor aguda, pleurítica... 
• Aperto: infarto, cefaleia tensional 
• Dilacerante 
• Queimação: esofagite, gastrite... 
• Cólica: dor proveniente de órgãos ocos, que aperta e 
solta. 
• Pulsátil: enxaqueca. 
• Surda (contínua e imprecisa): dor lombar 
• Contínua ou em faixa: pancreatite aguda 
• Fantasma: membro amputado 
• Difusa: fibromialgia 
• Em choque: neuropática, compressão de nervo 
DESCRITORES DA DOR: 
1. A quanto tempo? 
2. Localização? Hemi ou bilateral? Topografia exata. 
3. Frequência? Quantas vezes ao dia, semana, mês...? 
4. Evolução da frequência: começou assim ou piorou? 
5. Intensidade: 0 – 10 (é subjetivo) 
6. Característica da dor: em pontada, aperto... 
7. Fatores de melhora ou alívio8. Fatores de piora ou desencadeante 
 
13 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
9. Irradiação (na HMA escreve que a dor irradia, mesmo 
se é referida. Deve negar irradiação na HMA) 
10. Evolução 
11. Sintomas concomitantes: náuseas, cólicas, cefaleia... 
 
Também chamado de somatoscopia ou ectoscopia, o 
exame físico geral tem como objeivo avaliar os dados 
gerais do paciente. 
Semiotécnica: a inspeção necessita de uma iluminação 
adequada, denudar a região, olhar frontal e tangencial, 
palpação de pulsos e elevações. 
1. SINAIS VITAIS 
• Palpação do pulso radial: localizado 
medialmente ao processo estilóide do rádio, 
palpa em formato de pinça com o dedo indicador 
e médio, e o polegar se fixa o dorso do punho 
empurrando a artéria contra o dorso. O 
antebraço fica apoiado em supinação e mão 
pode ficar levemente flexionada. 
• Palpação do pulso braquial: localizado medial ao 
tendão do bíceps, paciente deve estar com o 
braço em pronação, palpa a artéria braquial com 
o dedo indicador e médio em forma de pinça 
contra o úmero, enquanto o polegar fica 
posicionado sob o lado oposto do úmero. 
• Frequência de pulso: é medida no pulso radial 
por 1 minuto. 
- Normal: 50 – 100 ppm (pulsações por minuto) 
• Temperatura axilar: primeiro deve observar a 
axilar o paciente, a região deve estar seca, se 
houver sudorese deve secar. O termômetro é 
colocado oblíquo no oco axilar. 
- Termômetro digital: deixar até parar de apitar 
totalmente 
- Termômetro de mercúrio: de 3-5 minutos 
- Temperatura normal: 35,5 – 37 ou 37,2°C 
- Febre: > 37,0°C 
• Frequência respiratória: “finge” que vai medir a 
pulsação e avalia os movimentos respiratórios do 
tórax e abdome. 
- FR normal: 12 -20 IRPM 
• Pressão arterial: primeiramente deve-se medir a 
circunferência do braço do paciente e, em 
seguida, a PA. 
→ Antes de medir a pressão: está sentindo dor? 
Tomou café, fumou, bebeu ou fez alguma atividade 
física nos últimos 30 ou 60 min? Está com vontade de 
ir ao banheiro? Está ansioso? Estava em repouso ou 
veio para o hospital caminhando? 
- Circunferência do braço: mede no ponto médio 
entre o acrômio e o epicôndilo lateral do 
cotovelo. 
- Método palpatório da PA: coloca o esfigmo 2 
dedos acima da fossa cubital e posiciona o dedo 
no pulso radial. Insufla o esfigmo e observa o 
manômetro até que pare a pulsação. Coloca o 
estetoscópio sob a artéria braquial e insufla mais 
30mm. 
- Medida da PA: ausculta a primeira pulsação 
para averiguar a pressão sistólica e quando parar 
a pulsação para a diastólica. Ausculta por mais 
30mm. 
!!! Não se deve medir a PA com as pernas cruzadas e se 
for medir com o paciente sentado, ele deve estar com as 
costas apoiadas e com o braço na altura do coração. 
!!! Diretrizes sobre a HAS 
 P SISTÓLICA P DIASTÓLICA 
NOMAL ≤ 120mmHg ≤ 80mmHg 
PRÉ-HIPERTENSÃO 121-139 81-89 
HAS I 140-159 90-99 
HAS II 160-179 100-109 
HAS III ≥180 ≥110 
- Para diagnosticar HAS são necessárias 3 medidas em 
momentos diferentes. Há a hipertensão do jaleco branco 
e, também, a pressão pode aumentar por alterações 
emocionais, dor, etc. 
2. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
• Altura: medida planta-vértice 
- Paciente bem posicionado, calcanhares juntos e 
com cabeça reta. 
• Peso: em algumas patologias, é necessário 
avaliar o peso diariamente, como no edema, para 
verificar se houve reabsorção ou aumento. 
- Peso ideal: quando não é possível pesar alguns 
pacientes ou quando um paciente é obeso 
mórbido, é necessário fazer o peso ideal, pois 
muitos medicamentos necessitam do peso para 
a dosagem. 
Fórmula do peso ideal ou Regra de Broca: 
P. ideal = altura (cm) – 100 
Intervalo aceito: 10% acima e 10% abaixo. 
P. ideal = (altura (cm) – 100) – 5% 
Intervalo aceito: 10% acima e 10% abaixo. 
 
14 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
• IMC: 
𝑷𝒆𝒔𝒐
𝑨𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂²
 
- É utilizado para avaliar o estado nutricional e 
tem correlação com a morbidade. 
- Baixo peso: <18,49 (Porto diz <20) 
- Normal: entre 18,5 - 24,99 (Porto diz de 20 – 
24,99) 
- Sobrepeso: 25 – 29,99 
- Obesidade grau I: 30 – 34,99 
- Obesidade grau II: 35 – 39,99 
- Obesidade grau III ou mórbida: > 40 
• Circunferência abdominal: ponto médio entre os 
rebordos costais e as espinhas ilíacas. 
Normalmente coincide com a cicatriz umbilical. 
- Mulheres: ideal até 88 cm 
- Homens: ideal até 102 cm 
- O excesso de gordura abdominal está 
relacionado com alterações metabólicas 
(síndrome metabólica), incluindo dislipidemias, 
resistência à insulina, diabetes melito tipo 2, 
hipertensão arterial e doença arterial 
coronariana. 
• Circunferência do pescoço: medida no ponto 
médio do pescoço. 
- Mulheres: ideal <34 cm 
- Homens: ideal <37cm 
• Relação cintura-quadril: Para obtê-lo mede-se a 
circunferência da cintura em um ponto médio 
entre o final dos arcos costais, e a do quadril, no 
nível das espinhas ilíacas anteriores. Faz-se a 
diferença entre essas medidas. 
- Mulheres: RCQ < 0,8cm 
- Homens: RCQ < 0,9cm 
• Envergadura: normalmente essa medida não é 
realizada, porém quando se nota que o paciente 
possui o MMSS desproporcionalmente grandes, 
pode ser realizada a envergadura. 
- Envergadura: a distância entre as extremidades 
das 3ªs falanges, estando o indivíduo com os 
braços abertos. Normalmente, a envergadura 
equivale à altura. 
- Distância pubovértice: corresponde à distância 
entre a sínfise pubiana e o ponto mais alto da 
cabeça 
- Distância puboplantar: equivale à medida entre 
a sínfise pubiana e a planta dos pés. 
As distâncias pubovértice e puboplantar em 
conjunto com a altura e a envergadura, são 
importantes na caracterização dos distúrbios do 
desenvolvimento físico. As proporções corporais 
variam de acordo com a faixa etária de tal 
maneira que o ponto médio da altura do recém-
nascido está ao nível da cicatriz umbilical, 
enquanto, no adulto, encontra-se na sínfise 
pubiana. 
 
3. ESTADO GERAL 
• Bom estado geral (BEG) 
• Regular estado geral (REG) 
• Mal estado geral (MEG) 
!!! O estado geral é uma observação subjetiva, não 
significa um mau prognóstico, e sim como o paciente se 
encontra no momento da avaliação. 
4. ESTADO DE CONSCIÊNCIA 
• Vígil: percepção consciente do mundo exterior e 
de si mesmo 
• Sonolento: dorme facilmente durante a 
conversa/exame físico, tem dificuldade para se 
manter alerta 
• Torporoso: só se mantém acordado quando há 
algum estímulo, como um som 
• Obinubilado: distúrbio de ideação, sonolento ou 
torporoso, com confusão mental. Comum em 
pacientes psiquiátricos. 
• Comatoso: estágio de I a IV 
!!! Coma: 
- Grau I: responde a estímulos táteis 
- Grau II: responde a estímulos dolorosos 
- Grau III: consegue respirar sozinho 
- Grau IV: não respira sozinho 
 
!!! Observar: no coma: perceptividade, reatividade, 
deglutição e reflexo; sonolento ou torporoso: interesse, 
atenção, coerência e concentração 
 
5. NÍVEL DE ORIENTAÇÃO 
• Auto orientação: orientado sobre si mesmo 
- Qual é seu nome? Sua data de nascimento? 
Quantos anos você tem? Como é o nome de seu 
acompanhante? 
• Espaço-temporal ou alo orientação: orientação 
sobre espaço e tempo 
 
15 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
- Que dia é hoje? Que dia da semana? Que mês 
estamos? Que ano estamos? Sabe se estamos no 
período da manhã, tarde ou noite? 
- Que cidade estamos? Que local estamos? Como 
chama esse cômodo que estamos? Esse local que 
estamos fica perto de onde? 
 
6. MUCOSAS 
• Conjuntiva e esclera: pedir para o paciente olhar 
para baixo e puxar a pálpebra pra cima e pedir 
para o paciente olhar para cima e puxar a 
pálpebra para baixo. 
• Orais: bochechas e freio lingual. Usar lanterna. 
- Normocoradas: róseas avermelhadas 
- Hipocoradas: rosa claro, esbranquiçadas 
(indicar em +. 1+=pouco hipocorado, 
2+=levemente hipocorado, 3+=razoavelmente 
hipocorado, 4+=bastante hipocorado) 
- Ictéricas:amareladas (avaliar em ++++) 
- Cianóticas: brancas-arroxeadas 
- Filme lacrimal: lâmina aquosa sob a esclera e 
conjuntiva. 
- Filme salivar: lâmina aquosa sob a boca. 
Observar se é fluido ou espesso. 
!!! Sempre negar icterícia e cianose caso não haja: 
anictéricas e acianóticas. 
7. PELE 
• Coloração: normocorado, pálido, cianótico, 
ictérico, hiperêmico... 
- Palidez: generalizada: vasoconstrição da 
microcirculação cutânea e subcutânea e na 
redução da Hb. Localizada: isquemia (diminuição 
da circulação no local). 
- Vermelhidão ou eritrose: generalizada: febre, 
exposição ao sol, atividade física, policitemia, 
alterações da pele (escarlatina, eritrodermia). 
Localizada: fugaz= vasomotor (vermelho de 
vergonha); duradouro = eritema palmar, 
hiperemia da inflamação. 
!!! Fenômeno de Raynauld: vasoconstrição 
localizada da extremidade, pode ser no lóbulo da 
orelha, mamilo, ponta do nariz, ponta do dedo. A 
vasoconstrição caminha para uma cianose e 
depois tem vasoplegia reflexa (relaxa tudo, fica 
vermelho e quente). 
- Cianose: o Cor azulada: Hb reduzida > 5 mg/100 
ml. Generalizada: problema na relação 
ventilação-perfusão, alteração de Hb. Localizada: 
obstrução venosa (deve ser pesquisada em rosto 
e extremidades) 
✓ Generalizada: central - diminuição de O2 
inalado, hipoventilação pulmonar 
(restritivo ou obstrutivo), curto circuito 
venoarterial (CIV, tetralogia). 
✓ Periférica: perda de O2 capilar (estase 
venosa ou alteração da microcirculação) 
✓ Mista (ICC): o coração não funciona, 
assim o sangue fica represado no 
pulmão provocando um edema e 
diminuindo a área de troca. Logo, há 
diminuição da Hb oxigenada. Ao mesmo 
tempo, o coração não empurra o sangue 
da circulação periférica, provocando 
estase, o que leva a perda de O2 capilar. 
✓ Alteração de Hb – metemoglobinemia: 
aumenta a Hb reduzida como na 
intoxicação por CO2. 
!!! Esquema prático para diferenciar os tipos de cianose: 
(1) A cianose segmentar é sempre periférica (cianose 
localizada) 
 (2) A cianose universal pode ser periférica por alteração 
da hemoglobina ou por alteração pulmonar ou cardíaca 
(cianose generalizada) 
(3) A oxigenoterapia é eficaz no tratamento da cianose 
central e não influi na periférica; melhora também a 
cianose do tipo mista 
(4) A cianose periférica diminui ou desaparece quando a 
área é aquecida 
(5) A cianose das unhas concomitantemente com calor 
nas mãos sugere cianose central. 
 
-Bronzeamento artificial e patológico: 
bronzeamento artificial (sol) e secundário a 
patologias (addison, hemocromatose) 
- Albinismo 
- Icterícia: coloração amarelada das mucosas 
visíveis, pele e escleróticas por aumento da 
bilirrubina no sangue. Pode ser classificada pela 
cor e intensidade. 
• Umidade: normal, seca e úmida 
- Seca: idosos, hipotireoidismo, ictiose, 
avitaminose ou hipovitaminose A, IRC, 
desidratação, esclerodermia... 
- Úmida (sudoreica e pegajosa): febre, 
hiperidrose, ansiedade, hipertireoidismo, 
neoplasia, dor... 
• Textura: normal, lisa, áspera e enrugada 
- Lisa: idosos, hipertireoidismo 
- Áspera: dermatopatias, exposição a 
intempéries, hipotireoidismo 
 
16 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
- Enrugada: idosos, pós emagrecimento rápido, 
pós edema. 
→ Deslize as polpas digitais na pele do paciente para 
avaliar a umidade e a textura. 
• Espessura: pinçamento da dobra cutânea sem 
englobar o tecido subcutâneo. 
- Normal 
- Atrófica: idoso, Cushing 
- Hipertrófica ou espessada: esclerodermia. 
• Temperatura: avaliada através do dorso da mão 
em ambos os lados, comparando. 
- Normal 
- Aumentada: inflamação 
- Diminuída: alteração arterial (isquemia, má 
perfusão) 
• Elasticidade: avalia ao fazer uma prega cutânea 
na região deltapeitoral. 
- Normal 
- Hiperelástica: Síndrome de Ehlers-Danlos 
 - Diminuída: desidratação, idosos, desnutridos (a 
pele demora a voltar para o lugar) 
• Mobilidade: avalia fazendo movimentos 
circulares na pele para avaliar se esta é móvel 
- Normal: móvel 
- Aumentada: Síndrome de Ehlers-Danlos 
- Diminuída: cicatriz, esclerodermia 
• Sensibilidade: pedir para o paciente fechar o 
olho e tocar em regiões aleatórias e perguntar 
onde tocou. 
- Erros na sensibilidade pode indicar neuropatias, 
parestesias e outros problemas que afetam o 
córtex sensorial. 
• Regiões interdigitais, mãos e pés: observar 
fungos, rachaduras, baqueteamento digital... 
 
8. FÂNEROS 
• Cabelo: 
- Tipo de implantação: 
✓ Criança: a implantação é igual, pois não 
há ação do hormônio sexual 
✓ Mulher: tem implantação em meia lua 
✓ Homem: apresenta entradas 
androgênicas que podem se acentuar ou 
se encontrar formando a calvície. 
✓ Implantação baixa ou em tridente: 
Síndrome de Tunner. 
- Distribuição: uniforme ou com falhas 
- Quantidade 
- Coloração: algumas alterações metabólicas 
alteram a cor do cabelo, como intoxicação 
por cobre (cabelo fica vermelho), 
desnutrição (despigmentação das pontas do 
cabelo) 
- Viço: brilho, textura. 
• Pêlos: 
- Adolescentes: até a puberdade são finos, 
escassos e claros 
 - Homens adultos: androgênicos 
- Pilificação anômala: hirsutismo (acontece 
quando mulheres tem aumento de pêlos em 
áreas androgênicas), hipertricose (aumento de 
pêlos em áreas não androgênicas), síndromes 
genéticas; 
- Queda de pêlos: hepatopatia, desnutrição, 
doença endócrina. 
• Unhas: 
- Forma: normal, tortuosa, em vidro de relógio... 
- Tipo de implantação: retificação do ângulo 
acontece no baqueteamento digital 
- Coloração: hiperpigmentação 
- Superfície: lisa, rugosa, com hiperqueratose 
- Consistência: firme, mole 
- Brilho 
!!! Unha normal: ângulo < 160º do ângulo de implantação, 
superfície lisa, brilhante, cor rósea – avermelhada, 
espessura e consistência firmes. 
!!! Unhas de plummer (hipertireoidismo): a unha descola 
do leito ungueal 
!!! Unhas em vidro de relógio: implantação retificada, 
adquire formato arredondado como se fosse um vidro de 
relógio e baqueteamento digital = cardiopatia, 
hepatopatia, pneumopatia. 
 
9. TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO 
• Destribuíção da gordura corporal: 
- Uniformemente distribuída 
- Gordura andróide (em maçã): concentrada em 
tronco e abdome 
- Gordura ginecóide (em pera): concentrada em 
glúteos, quadris e coxas. 
- Redução da gordura corporal 
!!! A obesidade andróide aumenta o risco de doenças 
cardiovasculares. 
• Turgor: pinça flancos e prega triceptal 
- Suculento ou turgor preservado 
- Turgor reduzido (pastoso): desidratação 
• Edemas: observar principalmente em tornozelos 
e panturrilhas e, se o paciente estiver acamado, 
observar em costas em tronco. 
- Descritores do edema: localização, intensidade, 
textura, consistência, temperatura à palpação, 
coloração, sensibilidade, alteração na pele 
 
17 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
adjacente, cacifo positivo ou negativo (observar 
apertando com o polegar). 
• Circulação colateral: veias superficiais tortuosas, 
normalmente em tronco e abdome. 
→ Comprime a circulação com ambos os polegares e 
ordenha o sangue. Em seguida solta. 
-Cava superior: ingurgitamento de veias de 
metade superior do tórax, braços e pescoço, o 
fluxo vai das veias tóraco-abdominal na direção 
da veia cava inferior pelas veias xifoideanas e 
longas torácicas superficiais (descendente). 
Outros sinais: estase jugular bilateral não 
pulsátil, cianose e edema de porção superior de 
tronco, face e pescoço. 
- Cava inferior: ingurgitamento de veias da 
metade inferior do abdome, região umbilical, 
flancos e face anterior do tórax. O fluxo vai das 
veias do abdome-tórax na direção da veia cava 
superior (ascende) pelas veias subcutâneas 
abdominais e longas torácicas. Há uma obstrução 
na cava inferior. 
- Porta: fluxo centrípeto por hipertensão portal, 
veias periumbilicais. Se as veias forem acima da 
cicatriz umbilical o fluxo é ascendente, e seforem 
abaixo é descendente. 
- Braquiocefálica: ingurgitamento de veias de 
ambos os lados da parte superior do tórax com 
fluxo látero-medial na direção das veias 
mamárias, toraco-axilares e jugulares anteriores. 
Há estase de veia jugular externa não pulsátil 
direita ou esquerda a depender da localização da 
obstrução. 
 
10. MUSCULATURA 
• Inspeção: relevo muscular e simetria 
• Trofismo: palpar músculos de ambos os lados, 
anteriores e posteriores de MMSS e MMII afim 
de avaliar se são tróficos. 
- Eutrófico: trofismo normal 
- Hipotrófico ou atrófico: trofismo reduzido, 
inanição, ELA, idosos, desnutridos, denervação... 
- Hipertrofia: aumento de trabalho 
• Tônus: realizar manobra de dobrar antebraço 
sobre ombro, sacudir mãos, flexionar panturrilha 
em direção a coxa e sacudir pés lateralmente. 
- Eutônico: normal 
- Hipotônico: diminuição do estado de contração, 
membro fica mole 
- Hipertônico: aumento no estado de contração, 
membro fica duro. 
✓ Hipertonia em canivete: resistência 
inicial no movimento de estender o 
membro, seguida por uma diminuição 
dessa resistência conforme o ângulo-
arco do movimento aumenta. Indicativo 
de AVC 
✓ Hipertonia em roda denteada: 
alternância entre os movimentos de 
contração e relaxamento da 
musculatura. O membro fica rígido e 
relaxa, fica rígido e relaxa... Sugestivo de 
Parkinson. 
 
11. CADEIAS DE LINFONODOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ A palpação de linfonodos deve ser feita contra uma 
superfície óssea, dedilhando e fazendo movimentos 
circulares na região. 
Pré-auricular 
Da mandíbula e pescoço 
Sub-clavicular 
Infra-clavicular 
Axilar anterior 
Axilar lateral 
Axilar medial 
Axilar inferior 
Epitroclear 
Inguinais 
Poplíteos 
Pré-auricular 
Retro-auricular 
Amigdaliano 
Mentonianos 
Submandibulares 
Occipitais 
Cadeia cervical 
superior (superficial e 
profunda) 
Cadeia cervical 
posterior 
Subclaviculares 
Infraclaviculares 
 
18 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
• Pré-auriculares: anterior ao tragus da orelha. 
- Drena cabeça 
• Retro-auriculares: nas bordas do músculo 
temporal, deve-se dedilhar toda a borda do 
músculo. 
- Drena cabeça. 
• Amigdalino: abaixo do ângulo da mandíbula. 
- Drena cabeça 
• Submandibular: por todo rebordo do osso 
mandibular, palpa contra o osso. 
- Drena cabeça 
• Mentonianos: abaixo da protuberância mentual, 
pede pro paciente abaixar a cabeça e palpa 
contra o osso. 
- Drena cabeça. 
• Cadeia cervical superior: sob o músculo 
esternocleidomastoideo. 
- Drena cabeça 
• Cadeia cervical posterior: posterior ao músculo 
esternocleidomastoideo. 
- Drena cabeça 
• Occipital: palpar processo mastoide e rebordo do 
crânio 
- Drena principalmente couro cabeludo 
• Supra-clavicular: pede para o paciente inspirar e 
palpa na fossa clavicular. 
- Lado esquerdo: abdome. Sugere normalmente 
processo maligno abdominal (p.ex. estômago, 
vesícula biliar, pâncreas, rins, testículos, ovários 
ou próstata) 
- Lado direito: Mediastino e pulmão. sugere uma 
neoplasia do mediastino, pulmão, esôfago e 
linfoma de Hodkins 
• Axilar cadeia lateral: palpar contra o úmero. 
- Drena braço, mama e tórax. 
• Axilar cadeia medial: palpar contra o gradil 
costal 
- Drena braço, mama e tórax. 
• Axilar cadeia anterior: palpar contra prega 
peitoral 
- Drena braço, mama e tórax. 
• Axilar cadeira posterior: palpar contra face 
anterior do latíssimo do dorso 
- Drena braço, mama e tórax. 
• Axilar apical: linfonodos do oco axiliar 
- Drena braço, mama e tórax. 
• Epitroclear: fazer sinal de cumprimentar e palpar 
região epitroclear. 
- Drena parte medial do braço, abaixo do 
cotovelo 
• Inguinais e femorais: palpa sob o ligamento 
inguinal, na parte medial da virilha. 
- Drenam MMII, genitais, região abdominal 
abaixo do umbigo e nádegas. 
• Poplíteos: semi flexiona a perna do paciente e 
palpa a fossa poplitia em pinça. 
- Drena panturrilhas, pernas e pés. 
• Descritores dos linfonodos: 
- Localização: linfonodos palpáveis em certas 
cadeias podem indicar patologias, como o 
supraclavicular esquerdo (linfonodo de Virchow) 
e o epitroclear, que geralmente não é palpável, 
se palpável pode ser hanseníase ou artrite 
reumatóide. 
- Tamanho: medido por polpa digital 
✓ Normal: < 1 cm (os inguinais podem ter 
até 2 cm e os epitrocleares não devem 
ser palpáveis) 
- Sensibilidade: 
✓ Doloroso (linfonodo infartado): 
processos inflamatórios 
✓ Indolor: normal ou com metástase 
- Consistência: 
✓ Mole: com abcesso por tuberculose 
ganglionar ou doença da arranhadura do 
gato 
✓ Fibroelástico: normal 
✓ Pétrio: metástase 
- Característica da pele na região adjacente: 
✓ Normal 
✓ Inflamada: com rubor, calor e dor 
- Conglomerados: massa de linfonodos que 
crescem e se unem. Comum em linfomas. Negar 
ausência. 
- Mobilidade: 
✓ Móveis: normais 
✓ Fixos: metástase ou doenças 
granulomatosas crônicas 
 
!!! Linfoma: febre vespertina, sudorese noturna, 
emagrecimento. 
 
!!! Quando há vários linfonodos palpáveis em várias 
cadeias (microadenopatia), pode indicar doenças virais 
como mononucleose, HIV, citomegalovírus... 
 
 
 
 
 
19 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
12. BIOTIPO 
 
PESCOÇO CURTO E GROSSO EQ. ENTRE OS 
DIÂMETROS 
FINO E LONGO 
TÓRAX ALARGADO, COM 
O CORAÇÃO 
LATERALIZADO 
EQ. ENTRE OS 
DIÂMETROS 
ACHATADO, 
DIMINUIÇÃO DO 
DIÂMETRO 
ANTEROPOSTERIOR 
MMII E MMSS CURTOS EQUILÍBRIO LONGOS 
DEDOS DEDOS MENORES 
QUE O CARPO 
EQUILÍBRIO LONGOS E FINOS 
ÂNGULO DE 
CHARPY 
> 90º = 90º < 90º 
FACE Predomínio do 
eixo horizontal 
EQUILÍBRIO Predomínio do 
eixo vertical 
O ângulo de charpy é a medida mais usada para a 
avaliação do biotipo. É feita através do ângulo formado na 
junção dos rebordos costais com o apêndice xifóide. 
→ Junta os dois polegares e mede o ângulo de charpy para 
observar se o indivíduo é brevelíneo, normolíneo ou 
longilíneo. 
13. FÁSCEIS 
• Conjunto de dados exibidos na face do paciente: 
traço anatômico + expressão fisionômica 
• Pode indicar uma expressão fisionômica de 
estado psicológico (face deprimida), alteração do 
estado metabólico, uma doença orgânica ou 
síndrome genética característica, dentre outros. 
• Normal ou atípica: não sugere nenhuma doença 
• Mixedematosa: rosto arredondado com edema 
duro, nariz e lábios alargados, edema 
bipalpebral, olhar sonolento, pele seca e 
espessada, atenuação dos sulcos, cabelos secos e 
sem brilho, expressão de apatia. 
- Ocorre no hipotireoidismo grave. 
• Hipocrática: pacientes emagrecidos, com olhos 
fundos e fixos e inexpressivos, perda gordura de 
bichat e temporal, pele sudoreica, boca entre 
aberta, nariz afilado e adelgaçado, batimento de 
asa de nariz e cianose nasal. 
- Acontece em pacientes terminais ou com 
doenças crônicas graves. 
• Renal: edema palpebral periorbital 
principalmente pela manhã, palidez. 
- Ocorre em pacientes com síndrome nefrótica, 
insuficiência renal crônica... 
• Leonina: pele espessa repleta de lepromas, 
perda de supercílios (madarose), alargamento do 
nariz, desabamento do dorso do nariz, 
engrossamento dos lábios. 
- Ocorre na hanseníase virchowiana. 
• Adenoideana: comum em crianças, hipoplasia 
nasal e malar, olheiras, sulco transverso no nariz, 
boca entre aberta com respiração bucal, nariz 
afilado e pequeno. 
- Ocorre em indivíduos com hipertrofia da 
glândula adenoide. 
• Parkinsoniana: congelamento da expressão 
facial, face marmórea, pescoço fletido para 
frente, elevação do supercílio e olhar fixo. 
• Basedowiana: exoftalmia, pele sudoreica, 
emagrecimento, associado a agitação 
psicomotora, pode ter bócio, perda da gordura 
de bichat. 
- Ocorre no hipertireoidismo autoimune (doença 
de Graves) 
• Cushingoide ou face em lua cheia (moon face): 
preenchimento da fossa temporal e 
supraclavicular com gordura,aumento das 
bochechas, pletora facial, Hipertricose e 
hirsutismo, acne, atenuação dos traços faciais. 
- Ocorre na hipercortisolinemia ou síndrome de 
Cushing. 
• Mongoloide: presença de epicanto, 
macroglossia, testa curta, hipoplasia nasal, boca 
entreaberta, expressão de pouca inteligência. 
- Ocorre na trissomia do XXI ou Síndrome de 
Down. 
• Depressiva: cabisbaixo, sem brilho nos olhos, 
olhar distante e fixo. 
• Etílica: olhos vermelhos, edema nasal, rubor 
facial, saliva no canto da boca, sudorese, hálito 
etílico, sorriso indefinido. 
• Paralisia facial periférica: assimetria facial, 
apagamento das linhas de expressão da fronte 
hemilateral, lagoftalmia, dificuldade para fechar 
os olhos, apagamento do sulco nasolabial e 
desvio da rima labial e sinal de bell. 
- Ocorre quando há uma lesão no 2º neurônio do 
nervo facial (homolateral) acometendo, 
normalmente, os 3 ramos motores desse nervo. 
Geralmente ocorre por reação a uma infecção 
por herpes vírus. 
• Paralisia facial central: desvio da rima da boca 
para o lado íntegro. 
- Lesão no 1º neurônio do lado contrário a lesão, 
geralmente ocorre por um AVC. 
• Miastênica: ptose palpebral bilateral, franzir de 
testas e elevação da cabeça para olhar. 
- Ocorre na miastenia gravis. 
• Esclerodérmica: perda de elasticidade normal da 
pele, pregueamento da boca com incapacidade 
de abri-la, afilamento nasal, olho encovados, 
 
20 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
pele em pergaminho, não tem expressão facial, 
fáceis múmia. 
- Ocorre na esclerodermia, doença autoimune 
onde há aderência da pele no plano profundo. 
• Acromegálica: saliência das arcadas supra 
orbitais, malar e mandibular, aumento do nariz, 
lábios e orelhas, dentes separados sensação de 
olho pequeno, crescimento de extremidades. 
- Ocorre na hipersecreção de GH na vida adulta, 
gerando acromegalia. 
• Tetânica: trismo, sudorese, riso sardônico. 
- Infecção pelo bacilo tetânico. 
• Pseudobulbar: crise de riso ou choro 
involuntários e súbitos, que ao tentar parar gera 
espasmos. 
- Ocorre devido a uma paralisia pseudobulbar. 
 
14. ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO 
• Atitudes podem ser um hábito, indiferente ou 
involuntárias, ou podem ser voluntárias para 
obter alívio. 
→ É observacional, você pode pedir para que o paciente 
sente na maca afim de verificar se possui uma atitude 
ativa ou passiva. 
• Voluntárias: 
- Ortopnéia: sentado a beira do leito com as mãos 
apoiadas no colchão e os pés para baixo ou 
encostado com o tórax ereto. ICC, asma, DPOC 
- Genupeitoral: de joelhos com o tronco fletido 
sobre o joelho (prece maometana). Por derrame 
pericárdico e pancreatite 
- Cócoras: cardiopatia cianótica 
- Parkinsoniana: fletir do tronco para anterior ao 
deambular 
- Decúbito lateral: ascite, gestação, pleurite 
- Decúbito dorsal: abdome agudo 
- Decúbito ventral: cólica abdominal 
- Antálgica: paciente coloca a mão no local da dor 
afim de aliviar (pressão pode ativar substâncias 
analgésicas da dor aguda). Comum na lombalgia, 
cefaleia, angina, cólica de rins... 
• Involuntárias: 
- Passiva: paciente comatoso, fica onde é 
colocado 
- Opistótono: tétano, meningite 
- Emprostótono (pra frente): tétano, meningite, 
raiva 
- Gatilho: hiperextensão da cabeça, flexão das 
pernas e arqueamento da coluna. Indica irritação 
meníngea, comum em crianças 
- Torcicolo: contração dos músculos do pescoço 
- Mão pêndula da paralisia radial 
 
15. MARCHAS 
→ Deve-se pedir para o paciente caminhar devagar com 
os olhos abertos e fechados por pelo menos 3 metros. 
• A alteração na marcha pode indicar transtornos 
neurológicos ou do aparelho locomotor. 
• Ceifante/hemiplégica: hipertonia em flexão do 
membro superior com uma discreta pronação da 
mão, não balança o braço, hipertonia da perna 
em extensão, paciente joga a perna para andar 
fazendo um semi-círculo. 
- Lesão de primeiro neurônio com acometimento 
motor (AVC) 
• Anserina: hiperlordose, pernas afastadas, 
empurra a cintura pélvica para frente 
- Síndrome de Duchenne e gravidez 
• Em bloco: dificuldade para iniciar o movimento; 
sem movimento de balançar dos membros 
superiores, deslocando o centro de gravidade 
para frente. 
- Parkinson. 
• Cerebelar/ebriosa: afastamento dos membros 
inferiores para aumentar a base de sustentação 
e o paciente anda em ziguezague, como um 
bêbado. 
- Lesão do cerebelo ou intoxicação alcóolica 
• Escarvante: perde a força do pé, ele fica incapaz 
de fazer a dorsiflexão, pé pendular. Para evitar 
isso, levanta acentuadamente o membro 
inferior, o que lembra o "passo de ganso" dos 
soldados prussianos. 
- Lesão de nervo periférico lesões dos nervos 
periféricos, radiculites, polineurites e 
poliomielites. 
• Marcha claudicante. Ao caminhar, a paciente 
manca para um dos lados. 
- Ocorre na insuficiência arterial periférica e em 
lesões do aparelho locomotor 
• Marcha Tabética: ocorre perda das informações 
sensoriais dos MMII. O paciente mantém um 
olhar fixo no solo, elevando e abaixando os pés 
abrupta e pesadamente como um soldado. Há 
perda na propriocepção 
- Ocorre na neuropatia periférica sensorial. 
Indica perda proprioceptiva por lesão 
raquimedular, comum nas tabes dorsalis 
(neurossífilis), diabetes, falta de B12 
 
21 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
• Em estrela ou vestibular: apresenta lateropulsão 
quando anda; é como se fosse empurrado para o 
lado ao tentar mover-se em linha reta. Se o 
paciente for colocado em um ambiente amplo e 
lhe for solicitado ir de frente e voltar de costas, 
com os olhos fechados, ele descreverá uma 
figura semelhante a uma estrela, daí ser 
denominada também marcha em estrela. 
- Lesão vestibular (labirinto) 
• Marcha de pequenos passos: É caracterizada 
pelo fato de o paciente dar passos muito curtos 
e, ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse 
dançando "marchinha de carnaval” 
- Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia 
cortical da senilidade. 
• Em tesoura: hipertonia espástica, uma perna 
cruza na frente da outra. 
- Comum na paralisia cerebral e em pacientes 
com espasticidade dos membros inferiores. 
 
16. ESTADO DE HIDRATAÇÃO: avaliada pela alteração 
abrupta do peso; umidade e elasticidade da pele; 
turgor, umidade das mucosas (filme lacrimal e salivar 
fluidos), olhos (desidratado= encovado) e estado 
geral. 
 
17. ESTADO DE NUTRIÇÃO: observar dados 
antropométricos, trofismo, tecido adiposo, pele e 
fâneros, desenvolvimento pondero-estatural, sexual 
e intelectual. 
 
18. OUTRAS OBSERVAÇÕES 
• Presença de acesso venoso, dispositivos, sonda 
vesical, enteral, respirador, vestes inadequadas... 
• Observações subjetivas: paciente com más 
condições de higiene, verborreico, apático, com 
hálito típico... 
→ Exemplo: Presença de acesso venoso em fossa 
cubital esquerda e sonda vesical de alívio. 
 
 
Modificações do tegumento cutâneo causadas por 
processos inflamatórios, degenerativos, neoplásicos, 
cicatriciais ou por alterações no metabolismo. 
Propedêutica dermatológica: ambiente iluminado, 
exame integrado a anamnese. 
• Inspeção: abranger todo tegumento, avaliar 
localização, topografia e distribuição da lesão 
• Palpação: verificar se há lesões sólidas, 
alterações de espessura, umidade, volume ou 
consistência da pele 
• Digitopressão: observar se clareia ao pressionar 
ou não 
• Compressão: avaliar edemas 
!!! A pele Órgão que reflete o estado de saúde do 
organismo. 
Camadas da pele: 
• Epiderme ou camada externa: queratinizada 
• Derme ou córion: tecido conjuntivo 
SINAIS VITAIS: PA:___ P. de pulso: ____ FR: ___T°C axilar: ___ 
MEDIDAS ANTROPOMÉTICAS: Altura: _____ Peso: _____ 
IMC: _____ CA: _____ 
ESTADO GERAL, ORIENTAÇÃO E CONSCIÊNCIA 
MUCOSAS: oral, conjuntiva e esclera 
PELE: integridade, coloração, região interdigital, elasticidade, 
mobilidade, hidratação, temperatura, espessura, textura,sensibilidade e lesões elementares. 
FÂNEROS: cabelos, unhas e pelos. 
TCS: turgor, circulação colateral, edema e distribuição da gordura 
corporal. 
MUSCULATURA: trofismo e tônus. 
LINFONODOS: cadeias pré e retro-auriculares, occipital, 
amigdaliano, submandibular, mentoniano, cervical anterior e 
posterior, supra e infra clavicular, axilares, epitroclear, inguinais e 
poplíteos. 
BIOTIPO: brevelíneo, normolíneo e longilíneo. 
MARCHA: atípica, escarvante, cerebelar, anserina, em estrela, em 
bloco, em tesoura, tabética, claudicante e pequenos passos 
FÁSCEIS: atípica, hipocrática, esclerodérmica, mongolóide, 
cushingoide, mixedematosa, basedowiana, leonina, tetânica, 
pseudobulbar, adenoideana, renal, miastênica, paralisia facial... 
ATITUDE: ativa, passiva ou com decúbitos preferidos. 
NUTRIÇÃO: nutrido, desnutrido, subnutrido, com carência nutri. 
HIDRATAÇÃO: hidratado, desidratado. 
Basedowiana Adenoideana Leonina 
Parkinsoniana Mixedematose Cushingoide 
 
22 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
• Hipoderme ou tecido celular subcutâneo: 
tecido adiposo (reserva calórica) 
Lesões elementares: 
1- Alteração de cor 
2- Elevações edematosas 
3- Formações sólidas 
4- Coleções de líquido 
5- Alterações da espessura da pele 
6- Perdas e reparações teciduais 
 
 ALTERAÇÃO DE COR: alteração de cor sem relevo ou 
depressão 
1. Mancha vásculo-sanguínea: decorrente de 
vasodilatação ou vasoconstrição ou por 
extravasamento de hemácias. 
• Eritema: mancha vermelha por vasodilatação, 
desaparece por digitopressão 
− Cianose: congestão passiva ou venosa, fria (TVP), 
eritema azulado 
− Rubor: eritema rubro por vasocongestão ativa ou 
arterial. Há aumento da temperatura. 
− Enantema: eritema de mucosa 
− Exantema: eritema disseminado agudo e 
efêmero pelo corpo. 
✓ Morbiliforme ou rubeoliforme: pele sã 
entremeada a manchas (por rubéola) 
✓ Escarlatiniforme: áreas extensas e 
contínuas, com placas (por escarlatina) 
− Eritema figurado: mancha eritematosa de borda 
bem definida ligeiramente elevada (EX: doenças 
autoimunes e alterações medicamentosas) 
• Mancha lívida: cor plúmbea (cinza arroxeado) do 
pálido ao azulado, temperatura fria e causada por 
isquemia. 
• Mancha Angiomatosa: cor vermelha permanente, 
por aumento névico de capilares (vasos sanguíneos 
mal formados). Esmaece a forte digitopressão: muda 
de cor, mas não ocorre a expulsão total do sangue 
que está ali. 
• Mancha anêmica: mancha branca permanente por 
agenesia vascular. À digitopressão de área adjacente 
se iguala a cor da lesão. 
• Púrpura: mancha vermelha que não desaparece à 
digitopressão. Ocorre por extravasamento de 
hemácias na derme; muda de cor por alteração da 
hemoglobina; classifica-se em: 
− Petéquias: até 1 cm 
− Equimoses: > 1 cm 
− Víbices: linear 
 
1. Pigmentares ou discromias: ocorrem por aumento 
ou diminuição de melanina ou de outro pigmento. 
Quando o pigmento é depositado sobre a pele 
constitui uma mancha artificial. 
• Leucodermia: diminuição ou ausência de melanina. 
Pode ser adquirida (hanseníase, vitiligo) ou congênita 
(albinismo). 
− Acromia: ausência total do pigmento 
− Hipocromia: diminuição do pigmento 
• Hipercromia: cor variável por aumento de melanina (ex: 
melanina neurofibromatose...) 
!!! Outros pigmentos (hemossiderina, bilirrubina, 
βcaroteno, drogas sistêmicas como amiodarona, prata, 
bismuto, tatuagem) 
− Dermatite ocre: por insuficiência venosa, comuns 
em MMII 
− Sardas: manchas puntiformes ocres comuns em 
áreas expostas por sol. 
− Melasma: manchas escuras em face braços e 
colo, por sol, gravidez e outros fatores. 
− Pigmentação externa: drogas aplicadas 
topicamente que se aderem à parte externa 
(alcatrão, permanganato de potássio, corantes, 
oxidação da queratina) 
 
ELEVAÇÕES EDEMATOSAS: elevações circunscritas 
causadas por edema na derme ou hipoderme, é 
localizada. 
(1) Cianose; (2) rubor; (3) enantema; (4) exantema 
rubeoliforme; (5) exantema escarlatiforme; (6) eritema 
figurado; (7) mancha lívida; (8) mancha angiomatosa; (9) 
mancha anêmica; (10) petéquias; (11) equimose; (12) víbices 
 
23 Gabriela Oliveira Franco - XXXVIII 
• Urtica: elevação efêmera, irregular de cor variável, 
pruriginosa, causada pelo extravasamento de plasma 
(ex: urticária) 
• Edema angioneurótico ou de Quincke: área de 
edema circunscrito subcutâneo, causando um 
aumento na superfície. Causado normalmente por 
reações alérgicas. É um edema que aumenta 
rapidamente pela ação da IgE e pode acometer glote, 
gerando uma obstrução e levar ao óbito. 
(angioedema, observado em lábios, região 
periorbital...) 
 
FORMAÇÕES SÓLIDAS: processo inflamatório ou 
neoplásico que pode atingir qualquer camada da pele, de 
forma conjunta ou isolada. Pode ser superficial ou 
profunda. 
• Pápula: lesão sólida, circunscrita, elevada e menor do 
que 1 cm. Pode ser da derme e/ou epiderme (é 
superficial). 
- Acne, picada de inseto, dermatite, varicela, nevos... 
• Nódulo: lesão sólida, circunscrita, saliente ou não, de 
1 a 3 cm nas três camadas. Pode ou não ser vista, 
sendo só palpável. 
- Furúnculos, nódulos da hanseníase e da sífilis, cistos, 
neurofibromatose... 
• Nodosidade ou tumor: lesão sólida maior do que 3 
cm, circunscrita, saliente ou não. 
• Goma: nódulo ou nodosidade que sofre necrose 
central, eliminando material necrótico (se liquefaz 
em seu interior – necrose gomosa). Tem área de 
drenagem do matérial necrótico. 
- Tuberculose, micoses profundas... 
• Vegetação: lesão sólida pedunculada ou aspecto de 
couve-flor branco avermelhada que sangra 
facilmente. 
- Papilomatose, leishmaniose, acantose... 
• Verrucosidade: lesão sólida elevada com a superfície 
dura, inelástica, amarelada com uma área de 
hiperqueratose. 
- Verruga vulgar. 
 
 
COLEÇÕES LÍQUIDAS: lesões de conteúdo liquido, que 
pode ser cerosidade, sangue ou pus. 
• Vesículas: elevação de até 1 cm de conteúdo claro. 
- Pênfigo, herpes zoster, varicela. 
• Bolha: elevação maior que 1 cm de conteúdo claro 
que pode evoluir para um conteúdo hemorrágico ou 
com pus. 
- Queimadura, impetigo bolhoso. 
• Pústula: elevação circunscrita de até 1 cm contendo 
pus. 
- Acne inflamada 
• Abcesso: formação circunscrita de tamanho variável 
que pode ser profunda, visível ou só palpável, com 
liquido purulento e com bastante sinal inflamatório 
(dor, calor, rubor e edema) 
• Hematoma: formação circunscrita de tamanho 
variável, proeminente ou não, por derrame de 
sangue na pele e tecidos adjacentes. Cor varia com 
alterações da hemoglobina. 
 
ALTERAÇÕES NA EXPESSURA DA PELE 
• Queratose: espessamento da pele, que fica dura, 
inelástica e amarelada por aumento da camada 
córnea. 
- Queratose senil, ictiose. 
• Liquenificação: espessamento da pele com 
acentuação dos sulcos (aumento da camada 
malpighiana). Pele quadriculada, reticulada. Ocorre 
em áreas de atrito. 
- Acantose nigricans. 
• Edema: aumento da espessura da pele como um 
todo, por extravasamento de plasma. Pode ser: 
depressível (se for recente), por extravasamento de 
plasma da derme ou hipoderme. 
• Infiltração: aumento da consistência da pele com 
apagamento dos sulcos, por entrada de células que 
não deveriam estar ali. Na digitopressão é possível 
ver a cor desse infiltrado como sendo de outra 
coloração. 
- Hanseníase, neoplasias. 
• Esclerose: aumento da consistência da pele, que não 
é depressível. Há dificuldade de preguear essa pele e 
a espessura pode ser maior ou menor, com 
alterações de cor. Há fibrose do colágeno 
• Atrofia da pele: espessura da pele diminuída que fica 
muito fina (adelgaçada) e muito pregueável, com 
diminuição dos componentes normais da pele. 
- Desnutrição importante. 
 
 
(1) Pápula; (2) nódulo; (3) tumor; (4) verrucosidade; (5) goma; 
(6) vegetação 
 
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PERDAS E REPARAÇÕES TECIDUAIS: por uma

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