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Apostila Semiologia Médica I

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MEDICINA 
 
 
 
 
 
PEDRA BRANCA 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA I 
Jéssica Klein Flach 
Semiologia Médica I 
 
1 
JeKF 
Sugestão de Anamnese (Prof. Sbissa) 
 
 Anamnese: entrevista com o paciente que tem como objetivo colher informações acerca do mesmo, 
estabelecer com ele uma relação de confiança e apoio e fornecer informações e orientações. 
 
Tipos de perguntas ao paciente: 
 Abertas: sem restrição, paciente livre para se expressar. 
 Focadas: abertas, mas com assunto específico. 
 Fechadas: questões diretas de interesse específico. 
Perguntas do tipo indutiva não devem feitas. 
Exemplos de perguntas indutivas: "O senhor já teve...?"; “O senhor costuma...?". Melhor complementar a pergunta 
como: “O senhor já teve...ou não?". Desta forma não se induz o paciente, dá-se uma escolha. Também evitar perguntas 
compostas, complexas, geralmente o paciente deixa de responder uma ou mais delas. 
 
Identificação 
 Nome – prontuário médico, perícia médica. 
 Idade – grupos etários com doenças específicas. 
 Sexo – diferenças fisiológicas óbvias; doenças órgãos sexuais; doenças endócrinas; hemofilia (apenas sexo 
masculino). 
 Cor (Raça): 
Branca – Leucodermos 
Parda – Faiodermos 
Preta – Melanodermos (anemia falciforme apenas nestes) 
 Estado civil 
 Profissão – saúde ocupacional, condições socioeconômicas. 
 Condições culturais – grau escolaridade, nível cultural, religião (testemunhas de Jeová – transfusão de sangue). 
 Naturalidade 
 Residência – movimentos migratórios e epidemiologia das doenças infecciosas e parasitárias. 
 
Queixa Principal 
O que o paciente refere, motivo que o levou ao médico. 
Breve, usando as palavras do paciente, se necessário. 
Utiliza-se “SIC:” para expor o que o paciente falou, nas suas próprias palavras. 
 
História da Doença Atual (HDA) 
 Histórias complicadas são trabalhosas para todos: 
1) Determinar o sintoma-guia; 
2) Época de seu início, modo de evolução, frequência, intensidade, condições, características (“tipo da dor”) 
tratamentos efetuados e resultados; 
3) Usando o sintoma-guia como centro do doente. 
 
As informações devem ser "digeridas", interpretadas com o conhecimento médico. 
Omissões iniciais - faltam conhecimentos sobre as doenças. 
 
 Sintomas e sinais apresentados 
 
Sintomas - sentidos pelo paciente. 
Exemplos: dor, náuseas. 
Sinais - reconhecidos pela inspeção, palpação, percussão, ausculta ou pelos exames complementares. 
Exemplos: cianose, palidez, dispneia, tosse, são sensações subjetivas e objetivas. 
Sinal Patognomônico - sintoma típico. 
Sintoma atípico, pouco característico. 
 
Semiologia Médica I 
 
2 
JeKF 
− Conhecimentos básicos sobre os sinais e os sintomas. 
− Compreensão da fisiopatológica. 
− Criar hipóteses e possibilidades. 
− Sintomas podem ser “orgânicos”: dor coronária na isquemia miocárdica, dispneia na congestão pulmonar. 
− Sintomas podem ser “psíquicos”: tosse nervosa, dispneia suspirosa na ansiedade. 
− Para o paciente não há esta distinção, sente da mesma forma, ambos são reais. 
 
 Esquema básico para análise do sintoma 
Época em que o sintoma surgiu. 
Episodicamente: início do primeiro episódio. 
Modo de início do sintoma: súbito ou gradativo. 
Fatores ou situações que o desencadearam ou o acompanharam em seu início. 
Duração do sintoma. 
Características: localização, qualidade, intensidade. 
Relações com as funções orgânicas. 
Evolução: cronológica, modificações ocorridas, tratamentos efetuados. 
Relação com os demais sintomas. 
Características do sintoma atualmente. 
 
Interrogatório Sobre os Diversos Aparelhos e Sistemas (ISDAS) 
Perguntas feitas relacionadas a cada sistema especificamente, relevantes ao raciocínio médico, sem induzir o paciente. 
Quando encontramos algum sintoma relatado pelo paciente, deve-se buscar mais informações sobre o mesmo. 
 
Sintomas Gerais: febre, sudorese, calafrios, aumento de peso, perda de peso, astenia (sensação de fraqueza, mal 
estar), palidez, icterícia, cianose, mialgia, lipotimia (desmaio), síncope (perda de consciência, força muscular, sudorese, 
palidez), convulsões, etc. 
 
Olhos 
− Acuidade visual. 
− Fatores emocionais e exageros: “perda da visão”. 
− Não percebe um grave defeito visual. 
− Diminuição foi progressiva ou súbita. 
− Há perda da visão (amaurose). 
− Um ou em ambos os olhos. 
− Súbita ou gradual. 
Diplopia: Visão dupla, constante ou intermitente, posições do olhar ou a determinadas distâncias. Pode ser mono ou 
binocular. 
Escotomas: Área de cegueira parcial dentro do campo visual. Uni ou bilaterais. Antecedendo enxaqueca - escotomas 
cintilantes. 
 
Ouvidos 
− Diminuição da acuidade auditiva. 
− Disacusia: perda da capacidade auditiva: moderada (hipoacusia), acentuada (surdez). 
− Autofonia, algiacusia - sensação dolorosa. 
− Zumbidos ou acufenos: Ruídos como “campainha, cachoeira, apito, chiado”. Causas óticas: tampão de cerume, 
corpo estranho, etc. Neuroma do acústico - zumbido "persistente". 
 
Nariz 
− Obstrução nasal. 
− Enfermidades das fossas nasais - rinites, alergia respiratória, pólipos, vegetações adenoides, neoplasias, 
hipertrofia de cornetos etc. 
− Obstrução nasal - respiração bucal. 
 
Semiologia Médica I 
 
3 
JeKF 
Coriza, rinorreia, espirros, cacosmia - sentir mau cheiro, parosmia - interpretação errônea olfatória - afecção 
neurológica, neurite gripal, aura na epilepsia, epistaxe ou hemorragia nasal. 
Garganta 
Dor à deglutição (odinofagia). Laringites, amigdalites agudas ou crônicas, disfonia, tosse, halitose. 
 
Tórax 
Pneumotórax 
Colabamento do pulmão. 
Dor espontânea, súbita, aguda, e intensa. “Em punhalada” com dispneia. 
 
Dor relacionada as mudanças de posição nas patologias da coluna: 
 Processos inflamatórios superficiais 
 Lesões traumáticas 
 Distensão muscular 
 Neoplasias ósseas 
 Espondiloanrose cervical e torácica 
 Hérnia de disco 
 Compressões radiculares 
 Neuralgia herpética 
 Dorsalgia 
 
Tosse e expectoração 
 Tosse - mecanismo de alerta ou de defesa. 
Ocasional ou frequente. 
Tosse intensa – síncope, perda de consciência pelo “efeito vagal”, pela tosse o paciente excita o n. vago. 
 
 Expectoração 
Crianças podem deglutir a expectoração. 
Características: volume, a cor, o odor, transparência e consistência do material eliminado. 
"Toalete brônquica” em pacientes com abcesso de pulmão. 
Vômica: eliminação brusca, abundante de catarro (“Vômito pelo pulmão”). 
Abscesso pulmonar, empiema. 
 
Hemoptise 
Eliminação de sangue pela boca, passando através da glote, proveniente da traqueia, brônquios ou pulmões. 
 
Hematêmese 
Sangue vermelho vivo ou em de borra de café, com ou sem restos alimentares, de odor ácido, e não é arejado. 
Causas: úlcera péptica, esofagite, varizes esofagianas. 
 
Dispneia 
Consciência da dificuldade de respirar. 
− Subjetiva: percebida pelo doente. 
− Objetiva: ao exame clínico. 
Pode acontecer aos grandes, médios e pequenos esforços ou ainda em repouso. 
Ortopneia: com o paciente deitado. 
Cornagem: é a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, de laringe, ruído 
(estridor) e tiragem. 
Tiragem: é o aumento da retração que os espações intercostais. 
 
Palpitações 
Percepção dos batimentos cardíacos. 
"Disparos", "batimentos fortes", "falhas", "arrancos", "paradas", "tremor no coração", "o coração deixa de bater", 
"o coração pula". 
Semiologia Médica I 
 
4 
JeKF 
Abdome 
Alterações de apetite, sialirreia (excesso de saliva), disfagia (dificuldade de deglutir por processos inflamatórios, 
neoplásticos ou paralíticos), odinofagia (ao deglutir dói), regurgitação, pirose (azia). 
 
Dor abdominal 
Leve, moderada ou intensa / Contínua, cíclica ou periódica / Rítmica ou periódica / Fatores desencadeantes ou 
agravantes / Funções orgânicas. 
 Em queimação (esofagite, úlcera péptica) 
 Em cólica (intestinal, menstrual, nefrética) 
 “Surda” (lombar) 
 Contínua (pancreatite aguda) 
 Abdominal em queimor (urente) 
Diarreia, constipação, disenteria, hematêmese,melena (fezes com sangue), enterorragia (evacuação com sangue), 
aumento do volume abdominal. 
 
Pélvis 
 Sistema genital feminino 
Leucorreia, prurido, dismenorreia, amenorreia. 
 Sistema genital masculino 
Impotência, dor testicular, alterações no volume do escroto. 
 
Sintomas Relacionados com o Sistema Hemolinfopoiético 
Linfonodos (“ínguas”) 
Sufusões hemorrágicas (presença de manchas sob a pele, devido a sangramentos. 
 
Sistema Nervoso 
Insônia, sonolência, paralisias, paresias, parestesias (hemi, tetra). 
 
História Mórbida Pregressa 
Doenças que o paciente teve anteriormente. Importante para o raciocínio clínico. 
 Doenças da infância 
 Doenças da puberdade 
 Doenças da vida adulta 
 Doenças venéreas 
 Operações 
 Acidentes e traumatismos 
 Choques emocionais e motivos de intranquilidade 
 
História Mórbida Familiar 
Doenças de familiares. 
Registrar a origem das informações e o valor das mesmas. 
 
História Fisiológica e Social do Paciente 
 Condições de nascimento e desenvolvimento (parto, acidentes, início marcha, aparecimento puberdade, etc). 
 Alimentação (quantitativa, qualitativa). 
 Exame físico e estado de nutrição. 
 
− Alimentação adequada em função da idade, sexo, trabalho desempenhado, alimentação habitual, o tipo e a 
quantidade dos alimentos. 
Semiologia Médica I 
 
5 
JeKF 
− Situação socioeconômica 
− Estrutura familiar 
− Grau de sociabilidade: divertimento e atividades sociais 
− Condições de habitação 
− Hábitos de higiene 
− Sono 
− Ocupação 
− Tabagista: n° cigarros por dia 
− Sexualidade 
− Etilismo: n° de doses, tipo de bebida 
− Uso de drogas 
 
Anamnese Psiquiátrica 
 Exame do estado mental do paciente. 
 Repercussões da doença sobre o estado psicológico, o humor. 
 
Anamnese Raciocinada 
 Diagnóstico pela Anamnese. 
 Hipóteses diagnósticas. 
 
 
 
 
 Ao examinar seu paciente: 
1. Trate-o com todo o respeito. 
2. Tenha em mente o que está procurando. 
3. Preste atenção a uma coisa de cada vez! 
4. Saiba diferenciar o normal do anormal. 
5. Explique ao paciente seus achados. 
6. Sistematize o exame, organize-se e anote. 
Consumo máximo diário
de álcool / etanol
ETANOL 30 ml
15 ml
 - homens
 - mulheres
720 ml
240 ml
60 ml
 - cerveja
 - vinho
 - bebidas destiladas
Semiologia Médica I 
 
6 
JeKF 
Sinais e Sintomas Gerais (Prof. Angela Bueno Becker) 
 
Sinais e Sintomas são a linguagem das doenças. 
 Oportunidades 
 Desafios 
 Possibilidades 
 
Sintoma 
 Sensação SUBJETIVA 
 Descrito pelo paciente 
 Não perceptível pelo médico 
Exemplos: dor, formigamento, má-digestão. 
 
Sinais 
 Manifestação OBJETIVA 
 Identificadas pelo examinador através da: 
− Inspeção 
− Palpação 
− Percussão 
− Ausculta 
Exemplos: icterícia, cianose, ascite, nistagmo, palidez. 
 
Sinal Patognomônico: é o sinal que demonstra, de maneira quase absoluta, a existência de determinada doença. 
 
 Frente um sintoma, o que perguntar? 
 Início: data, modo, tempo de duração. 
 Principais características: localização, qualidade, intensidade, relação com a função do órgão. 
 Evolução: comportamento, mudanças no padrão, influência do tratamento. 
 Relação dos sintomas entre si. 
 Características do sintoma no momento atual. 
 
Os 7 atributos de um Sintoma 
1 LOCALIZAÇÃO “Onde é? Vai para algum lugar?” 
2 QUALIDADE “Como é? Com que se parece? 
3 QUANTIDADE E INTENSIDADE “É leve ou forte?” 
4 TEMPO “Quando começou? Quanto durou? Com que frequência apresenta?” 
5 CIRCUNSTÂNCIA “Quando aparece?” 
6 FATORES ALÍVIO E AGRAVO “Tem alguma coisa que melhore / piore?” 
7 MANIFESTAÇÕES ASSOCIADAS “Junto com esse sintoma o senhor sente alguma outra coisa?” 
 
DOR 
“Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão tecidual já existente ou potencial, 
ou relatada como se uma lesão existisse.” 
 
 Dor é sempre um sintoma, nunca desprezar a dor de um paciente! 
 
Classificação: 
 Superficial 
Pele e mucosas. 
Causada por: trauma, calor, frio, cáusticos, inflamação. 
 
Semiologia Médica I 
 
7 
JeKF 
 Profunda 
Músculos, tendões, articulações, fáscias. 
Menos precisa. 
 
 Visceral 
Origina-se nas vísceras. 
Qualidade da dor varia com a víscera. 
Pode ser ocasionada por: distensão, tração, inflamação, isquemia, espasmo. 
 
 Referida 
É a projeção na superfície corporal de uma dor visceral (dor no braço na angina cardíaca). 
 
 
 
 Irradiada 
É sentida à distância do estímulo de origem. É o resultado da estimulação direta de um nervo ou raiz nervosa 
acometida (lombociatalgia). 
 
Características Semiológicas da Dor 
o Localização 
o Irradiação 
o Qualidade 
o Intensidade 
o Duração 
o Evolução 
o Relação funções org. 
o Fatores desencadeantes 
o Fatores alívio ou agravo 
o Sintomas relacionados 
 
 
Tipos de dor (exemplos): 
− Queimação 
− Pontada 
− Pulsátil 
− Cólica 
− Em aperto 
− Surda 
− Constritiva 
− Provocada 
− Dor no Membro Fantasma 
nício 
ipo 
ntensidade 
ocalização 
rradiação 
uração 
lívio/Piora 
intomas Associados 
Semiologia Médica I 
 
8 
JeKF 
IMPORTANTE 
PERFIL DA DOR EM RELAÇÃO COM A FONTE DE ESTÍMULO INPUT 
 Localização Intensidade 
Aspectos 
Temporais Descrição 
Aspectos 
Fisiológicos 
Associados Comportamento 
SOMÁTICA 
SUPERFICIAL 
Superfície: bem localizada Basicamente relacionada 
com a intensidade do 
estímulo 
Correlaciona-se com o 
tempo do estímulo e 
extensão da pós-descarga 
Em termos de lesões 
superficiais familiares; 
principalmente determinada 
por dimensões de intensidade 
espaço-temporal 
Intensificada pelo contato, 
aliviada por estímulo 
moderado em áreas 
adjacentes 
Preservação da área 
envolvida; aplicação de calor, 
frio, agentes calmantes, 
revulsão. 
SOMÁTICA 
PROFUNDA 
Segmentária; profunda; 
mal localizada; irradia-se; 
propaga-se para a 
superfície 
Basicamente relacionada 
com a intensidade do 
estímulo 
Correlaciona-se com o 
tempo do estímulo e 
extensão da pós-descarga 
Vaga, dolorida, aguda, 
penetrante, torturante, 
principalmente determinada 
por dimensões de intensidade 
espaço-temporal 
Intensificada por 
movimento, compressão, 
pulsação (artéria); aliviada 
pela inatividade 
Evitar movimentação, 
pressão; movimentos 
canhestros devidos a 
espasmo protetor 
VISCERAL Segmentária; profunda; 
mal localizada; irradia-se; 
propaga-se para a 
superfície 
Basicamente relacionada 
com a intensidade do 
estímulo 
Correlaciona-se com o 
tempo do estímulo e 
extensão da pós-descarga 
Compressora, espasmódica, 
dolorida, esmagadora, 
espremedora, em punhalada, 
urente; determinada 
principalmente por 
dimensões de intensidade 
espaço-temporal 
Intensificada por atividade 
motora ou por compressão 
da víscera interessada, 
relaciona-se com ritmos 
secretores ou motores da 
víscera interessada 
Comportamento do método 
das tentativas para amainar a 
dor baseado em 
concomitantes fisiológicos, 
experiência prévia, fatores 
psíquicos 
NEUROGÊNICA Dentro da distribuição 
neural; na superfície ou 
profunda; irradia-se 
Resposta excessiva ao 
estímulo 
Sem correlação com o 
estímulo 
Indescritível; diferente de 
qualquer dor ocorrendo 
naturalmente; combinação 
inusitada de sensações 
dolorosas 
Provocada por qualquer 
estímulo periférico na zona 
interessada; a deflagração 
indica paroxismos 
“espontâneos” 
Proteção vigilante de região 
ofendida – preocupação 
PSICOGÊNICA De acordo com a imagem 
corpórea ou apropriada à 
fantasia; na superfície ou 
profunda; bem ou mal 
localizada; pode irradiar-se 
Variável; Relaciona-se 
com a necessidade 
psíquica de sofrer, 
intensidade da culpa, 
agressão e depressão; 
incompatível com a 
gravidade do processo 
orgânico concomitante 
Variável; correlaciona-se 
com noções individuais de 
agressão, sofrimento ou 
doença 
Imagens psíquicas vividas; 
relaciona-se com noção de 
sofrimento, de punição, 
tortura, variável, inconstante, 
elaborada; dimensões de 
intensidade espaço-temporal 
vagas ou sem relação com 
processos orgânicos 
Correlação inconstante ou 
inexistente comprocessos 
fisiológicos 
Ênfase no sofrimento; 
discrepância entre o aspecto 
e a intensidade da dor 
alegada pelo paciente; 
perturbadora; substrato de 
violência ou agressão; 
atitudes sadistas ou 
masoquistas; culpa. 
Importância da dor nas 
relações passadas ou atuais; 
proeminência de dor na 
família; dor considerada 
como punição; reação à 
perda 
Semiologia Médica I 
 
9 
JeKF 
FEBRE 
Elevação da temperatura corporal acima da variação normal circadiana coo resultado na mudança do centro regulador 
localizado no hipotálamo. 
Normal haver uma variação da temperatura normal ao longo do dia, nas primeiras horas do dia, no ciclo circadiano, 
nossa temperatura está mais baixa. 
 
Como avaliar a febre? 
 Febre  Hipertermia 
 Paciente: sensação de frio ou calor. 
 Alteração da temperatura corporal acima da normalidade. 
Faixa de normalidade 
Axilar 35,5 a 37 °C 
Bucal 36 a 37,4 °C 
Retal 36 a 37,5 °C 
 
− Perguntar se media temperatura cm termômetro e valor. 
− Apresentou sensação de febre, frio e calafrio, tremores ou calor e sudorese? 
− Perguntar sobre viagens recentes, condições fisiológicas e sócias de vida, contato com pessoas doentes, 
medicamentos, contato com animais. 
 
 Calafrio tremulante é típico da bacteremia. 
 Aumento temperatura: sensação de frio, arrepio, tremores. 
 Descenso temperatura: calor, sudorese. 
 
Semiologia da Febre 
o Início (rapidez com que começou) 
o Intensidade 
− Leve ou febrícula: 37°C a 37,5°C 
− Moderada: 37,6°C a 38,5°C 
− Elevada: acima 38,5°C 
 Depende do Agente Agressor X Capacidade de Reação do Paciente 
 Pacientes debilitados ou idosos podem não fazer febre. 
o Duração 
o Modo de Evolução 
o Período 
o Término 
 
Padrões da Febre 
 
Febre: alteração do hipotálamo. 
Hipertermia: elevação da temperatura 
corporal acima do set point hipotalâmico, 
devido a falha na dissipação de calor. 
- Exercício, calor, altas temperaturas, 
medicações. 
Semiologia Médica I 
 
10 
JeKF 
Causas de Febre 
− Infecções (principal) 
− Neoplasias 
− Inflamação 
− Doenças imunológicas 
− Necrose 
− Desidratação grave 
− Hemorragias 
 
Sinais e Sintomas Associados: Síndrome Febril 
− Astenia 
− Inapetência 
− Náuseas 
− Vômitos 
− Cefaleia 
− Taquicardia 
− Taquipneia 
− Oligúria 
− Mialgia 
− Tremores 
− Calafrios 
− Sudorese 
− Delírio 
− Confusão Mental* 
− Convulsões* 
 
 
Sudorese 
Eliminação abundante de suor. Relacionada com exercícios, calor, pós febre, dor, hipoglicemia, insuf. cardíaca, 
ansiedade... 
 
Calafrios 
Sensação passageira de frio com ereção dos pelos e arrepiamento da pele. “Arrepio de frio”. 
Causas: febre de início súbito, reação transfusional, infecções... 
 
ALTERAÇÕES DO PESO
Aumento de Peso 
Quantos quilos em quanto tempo? 
Peso: 
 Água 
 Gordura 
 Massa Muscular 
 
Emagrecimento 
Perdeu peso porque quis ou foi involuntário? 
 Não Intencional / Involuntária: mais de 10% em 6 meses ou 5% em 1 mês. 
Como está o apetite? 
 Condições associadas (dietas x doenças) 
 
PRURIDO 
Sensação desagradável na pele que provoca o desejo de coçar. 
Características Semiológicas 
 Localização 
 Duração 
 Intensidade 
 Horário 
 Fatores desencadeantes 
 Fatores de agravo 
 Fatores de alívio 
 Sintomas relacionados 
Confusão nos idosos 
Convulsão nas crianças 
Semiologia Médica I 
 
11 
JeKF 
Astenia x Fadiga x Dispneia 
 
ASTENIA 
 Sensação de fraqueza 
 Mal estar indefinido 
 Melhora com repouso 
 Causas: miastenia gravis, febre, neoplasias... 
FADIGA 
 Sensação de cansaço 
 Realizar esforços habituais 
 Causas: anemia, IC, DPOC, hepatopatia... 
 
DISPNEIA 
 Sensação de falta de ar/folego 
 Causas: IC desc, DPOC desc, pneumonias... 
 Cuidado: muitas vezes o paciente descreve como cansaço. 
 
“Em que momento o senhor sente falta de ar?”: 
“Quando eu subo um morro” = esforços acima do habitual = dispneia aos grandes esforços 
“Quando eu caminho” = atividades habituais antes realizadas sem dificuldade = dispneia aos moderados esforços 
“Quando coloco a roupa” = atividades rotineiras da vida = dispneia aos pequenos esforços 
“Ah doutor, até mesmo para falar” = dispneia aos mínimos esforços 
“Nos últimos dias, até mesmo parado eu fico com falta de ar” = dispneia ao repouso 
 
Causas 
Relacionadas à: 
− Atmosfera; 
− Obstrutivas; 
− Parenquimatosas; 
− Toracopulmonares; 
− Diagragnática; 
− Pleurais; 
− Cardíacas. 
 
TOSSE 
 
 
Semiologia Médica I 
 
12 
JeKF 
Características Semiológicas 
 Frequência, 
 Intensidade, 
 Tonalidade, 
 Relação com o decúbito, 
 Período em que predomina, 
 Presença ou não de expectoração, 
 Característica da secreção: volume, cor, odor, transparência, consistência. 
Causas 
Sinusites, faringites, asma brônquica, pneumonias, câncer de pulmão, embolia pulmonar, insuficiência cardíaca, corpo 
estranho, tumores mediastino, tensão nervosa, medicamentos, etc 
 
Diagnosticando a Tosse 
 Tosse seca, que piora ao se alimentar e ao deitar-se: 
 Doença Refluxo Gastro Esofágico 
 
 Tosse produtiva, há 5 dias, com secreção amarelo esverdeada, pegajosa e densa, abundante, acompanhada 
de febre, sudorese e inapetência: 
Pneumonia 
 
 Tosse seca, ou com discreta expectoração hemoptoica, associada a dispneia e taquicardia, em paciente com 
fratura de fêmur: 
Tromboembolismo Pulmonar 
 
 Tosse produtiva, com secreção esbranquiçada, há 2 anos, mucoide, matinal, em paciente tabagista: 
Bronquite crônica 
 
 Tosse produtiva, há 2 meses, com expectoração hemoptoica, associada a febre vespertina, sudorese noturna 
e emagrecimento: 
Tuberculose 
Semiologia Médica I 
 
13 
JeKF 
CIANOSE 
Central: 
 Causada por níveis baixos de oxigênio do sangue arterial: hipoxemia. 
 No EF: lábios, mucosa oral e língua. 
− Pode haver também cianose de extremidades. 
 Causas: doença pulmonar avançada, cardiopatias congênitas, hemoglobnopatias. 
 Atenção: sinal de gravidade. Quantificar com oxímetro ou gasometreia arterial. 
 
 
Periférica: 
 Fluxo sanguíneo diminuído. 
 Extração tissular maior eu o aporte por vasoconstricção periférica. 
 Resposta fisiológica a ansiedade ou frio. 
 Fenômeno de Reynauld: vasoespasmo arterial. Palidez – cianose – hiperemia. 
 No EF: cianose de unhas, dedos, mãos, pés. 
− Pode haver cianose de lábio no frio. 
 
EDEMA 
Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células. 
Peso corporal pode aumentar 10% do total sem que apareçam sinais evidentes de edema. 
 
Fisiopatologia 
Equilíbrio: 
1. Pressão Hidrostática 
2. Pressão Oncótica 
3. Permeabilidade Membrana Capitar 
 
Desequilíbrio = Edema 
1. Diminuição Pressão Osmótica das Proteínas 
2. Aumento da Pressão Hidrostática 
3. Aumento da Permeabilidade Capilar 
4. Retenção de Sódio 
5. Obstrução dos Vasos Linfáticos 
 
Semiologia – Anamnese 
Características semiológicas: localização, duração e evolução. 
 
Localização: 
Localizado: limitado a um segmento corporal. Ex: MID, face... 
Generalizado: 2 membros ou difuso. Ex: MMII, anasarca. 
Mais frequente: MMII (gravidade), 
Em pacientes acamados, buscar edema na região pré-sacra. 
 
Intensidade: 
Polpa digital do polegar ou indicador faz compressão firme e sustentada de encontro a uma estrutura rígida 
subjacente. 
Se há depressão = fóvea ou cacifo. 
Gradua em cruzes 1 a 4, de acordo com experiência. 
Pode avaliar retenção hídrica também pelo peso diário ou medindo o perímetro da região edemaciada. 
 
Consistência: 
Resistência ao comprimir a região edemaciada. 
Edema mole = retenção hídrica é mais recente, e o tecido celular subcutâneo está infiltrado de água. 
Semiologia Médica I 
 
14 
JeKF 
Edema duro = proliferação fibroblástica que ocorre nos edemas de longa duração ou que se acompanharam de 
inflamação de repetição. Ex linfedema. 
 
Elasticidade: 
Elástico: fóvea retorna rapidamente a sua situação normal. Ex: edema inflamatório. 
Inelástico: fóvea persiste por mais tempo. 
 
Causas 
Síndrome nefrítica, Sd. nefrótica, IC, cirrose, hepatitecrônica, desnutrição proteica, edema alérgico, gravidez, toxemiai 
gravídica, obesidade, hipotireoidismo, medicamentos - corticóides, AINES, antagonistas cálcio. 
 
Edema Renal 
 Sd nefrítica, nefrótica ou pielonefrite. 
 Caracterizado por edema generalizado, principalmente facial (subpalpebral), pior de manhã. 
 Mole, indolor, pele normal. 
 Sd Nefrótica: edema intenso. Hiperaldosteronismo secundário e hipoproteinemia. 
 Sd Nefrítica e pielonefrite: edema discreto. Aumento da permeabilidade capilar, retenção de água e sódio. 
 
Edema Cardíaco 
 Características: generalizado, principalmente MMII, final tarde, após permanecer em pé ao longo do dia. 
 Acamados - edema região pré-sacra. 
 Varia intensidade + a 4+, mole, inelástico (cacifo), indolor, pele lisa e brilhante. 
 Fisiopatologia: Aumento pressão hidrostática venosa, retenção água e sódio, por aumento aldosterona. 
 
 Edema é um mecanismo de defesa do coração! 
 
Edema Hepático 
 Cirrose Hepática: generalizado, discreto. 
 Predomina nos MMII associado a ascite. 
 Mole inelástico e indolor. 
 Fisiopatologia: hiperaldosteronismo secundário, retenção sódio e água e hipoalbumonemia. 
 
Edema Carencial 
 Edema da Desnutrição Proteica: 
− Edema carêncial ou discrásico: mole, inelástico, indolor, discreto. 
 
Edema Alérgico 
Aumento da permeabilidade capilar. Edema mole e elástico, em geral na face, súbito, pele lisa e brilhante. 
 
Edema Medicamentoso 
Retenção de sódio. 
 
Edema Localizado 
 Varizes: MMII, em geral unilateral, piora posição pé, inicialmente mole cronicamente vai se tornando duro, 
inelástico. 
 Pele vai alterando cor, castanha ou escura, mais espessa e grosseira. 
 TVP: mole, intenso, pele pálida ou cianótica (flegmasia alba dolens e flegmasia alba cerulea) 
 Flebite: inflamação aumenta permeabilidade capilar. Intensidade leve a mediana, elástico, doloroso, pele lisa, 
brilhante, quente, vermelha. 
 Linfedema: localizado, duro, inelástico, indolor, alterações textura e espessura pele grossa e áspera. 
Elefantíase. 
 
 
 
Semiologia Médica I 
 
15 
JeKF 
Vocabulário 
Semiológico 
Significado 
Ageusia Deficiência ou ausência do sentido do gosto. 
Alodinia Dor provocada por um estímulo não doloroso. 
Anorexia Falta do apetite ou do desejo de ingerir alimentos. Falta de apetite; fastio; inapetência. 
Artralgia Dor em uma articulação. 
Artrite Inflamação de articulação, caracterizada por dor ou aumento de temperatura. 
Bradipneia Frequência respiratória considerada baixa. 
Cacosmia 
Ação de sentir odores desagradáveis por motivações fisiológicas ou por uma falsa 
percepção sensorial. 
Cãibra Contração muscular espasmódica, involuntária e dolorosa de um ou mais músculos. 
Calafrio Tremor com sensação de frio. 
Cefaleia Dores de cabeça. 
Cianose 
Coloração azulada da pele e mucosas. Pode significar uma falta de oxigenação normal 
dos tecidos. 
Consumpção Emagrecimento progressivo em decorrência de alguma doença. 
Cornagem Respiração ruidosa, audível a certa distância. 
Diaforese Transpiração ou perspiração profusa. 
Disestesia Distúrbio da sensibilidade superficial tátil. 
Disfagia Dificuldade de deglutir. 
Disfonia Alteração da produção normal da voz. 
Dismenorreia Dor associada a menstruação. 
Dispneia 
Paroxística 
Noturna 
Dificuldade de respiração após deitar-se para dormir. 
Dispepsia 
“Indigestão” – desconforto na parte superior do abdome durante ou logo após uma 
refeição. 
Dispneia Falta de ar. 
Disúria Dificuldade de urinar. 
Edema 
Acúmulo anormal de líquido nos espaços intercelulares dos tecidos ou em diferentes 
cavidades corporais (peritônio, pleura, articulações, etc.). 
Enterorragia Hemorragia intestinal com eliminação de sangue vivo pelo ânus. 
Epistaxis Sangramento da mucosa nasal. 
Eructação Liberação ruidosa de ar contido no esôfago e estômago. 
Semiologia Médica I 
 
16 
JeKF 
Escotomas 
cintilantes 
Manchas brilhantes, moveis, no campo visual. 
Esplenomegalia Aumento do tamanho do baço. 
Esteatorreia Quantidade anormal de gordura nas fezes. 
Esternutações Espirro. 
Estridor Ruído agudo, estrondo. 
Flatulência Gás expelido do intestino pelo ânus. 
Halitose Mau hálito. 
Hematêmese Hemorragia de origem estomacal. 
Hematúria Fluxo de sangue pelas vias urinarias. 
Hemoptise Hemorragia da mucosa do pulmão com expectoração de sangue. 
Hepatomegalia Aumento do volume do fígado. 
Hipoacusia Diminuição da audição. 
Icterícia Doença caracterizada por amarelidão na pele e na esclerótica. 
Incontinência Emissão involuntária de urinas, matérias fecais, etc. 
Lipotímia Pré-síncope. Parcial perda de consciência. 
Mastalgia Dor nas glândulas mamárias. 
Melena Fluxo intestinal negro, expelido pelo ânus. 
Menorreia Corrimento sanguíneo periódico das mulheres, menstruação. 
Nistagmo Movimento espasmódico das pálpebras. 
Noctúria Necessidade de se levantar a noite para esvaziar a bexiga. 
Obnubilação Obscurecimento das sensações ou do pensamento. 
Obstipação Prisão de ventre. 
Odinofagia Deglutição dolorosa. 
Ortopneia Dificuldade de respirar deitado. 
Otorragia Hemorragia pelo ouvido. 
Otorreia Fluxo (purulento ou não) pelo canal auditivo. 
Palpitação Movimento interior, involuntário e trêmulo de algumas partes do corpo. 
Parestesia Perturbação da sensibilidade tátil. 
Semiologia Médica I 
 
17 
JeKF 
Pirose “Azia” – dor ou ardor no estomago. 
Platipneia Dispneia em pé. 
Polaciúria Emissão frequente de urina. 
Polidipsia Sede excessiva. 
Poliúria Emissão excessiva de urina. 
Priapismo Ereção dolorosa e persistente, sem desejo sexual. 
Prurido Sensação na pele que provoca vontade de coçar. 
Rinorragia Hemorragia nasal. 
Rinorreia Evacuação de mucosidades límpidas pelo nariz, sem inflamação. 
Sialorreia Secreção excessiva de saliva. 
Sibilância Sonoridade aguda e/ou chiada produzida pelas vias respiratórias. 
Síncope 
Suspensão súbita e momentânea da ação do coração ou interrupção da respiração, das 
sensações e dos movimentos voluntários. 
Singulto Soluço. 
Taquisfigmia Batimentos cardíacos tomados na artéria radial acelerados. 
Tinnitus Ruído no cérebro, zumbido. 
Tiragem Dificuldade respiratória, retração dos músculos intercostais. 
Trepopneia Dispneia em decúbito lateral. 
Vômica Cavidade anatômica que contém pus. 
Xeroderma Mutação genética que provoca hipersensibilidade excessiva aos raios ultravioleta. 
Xeroftalmia Oftalmia seca. 
Xerostomia Boca seca. 
 
Semiologia Médica I 
 
18 
JeKF 
Relação Médico Paciente (Prof. Sbissa) 
 
Capítulo I – Princípios Fundamentais 
I - O alvo de toda a atenção é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o 
melhor da sua capacidade profissional. 
V - O médico deve aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício 
do paciente. 
IX - A medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma ser exercida como comércio. 
 
 A doença modifica o comportamento; 
 As máscaras das atitudes sociais; 
 Acentuam-se características: 
− Dos inseguros, 
− Dos pessimistas, 
− Dos agressivos. 
 A doença origina comportamentos típicos, pacientes “típicos”. 
 
O Paciente 
Paciente Ansioso 
 O medo da doença, do sofrimento, da morte. 
 O pânico na família. 
 Repercussão física: intranquilidade, movimentos frequentes, voz modificada, boca seca, mãos frias, sudorese nas 
mãos, axilas, generalizada, respiração profunda, bocejos. 
 Medico deve ter: segurança, tranquilidade, sem pressa, contornando os fatos. 
 Deve dar tempo para o relaxamento do paciente. 
 
Paciente Falador 
 Fala com muitos detalhes, fatos desnecessários, divagações, sugere diagnósticos. 
 Médico deve conduzir interrogatório, sem inibir, ter paciência. 
 
Paciente Hipocondríaco 
 Mania de doença, sugere os diagnósticos, conhece medicamentos, exames, notícias. 
 Médico deve ouvir com paciência, não contradizer com veemência, cuidar para não induzir “outras doenças”. 
 
Paciente com Retardo 
 Pouca inteligência, dificuldadeem compreender. 
 Médico deve fazer perguntas simples, palavras comuns, explicar com detalhes o que deseja saber. 
 
Paciente Deprimido 
 Olhos sem brilho, relata despertar cedo, pouca vontade em agir, menor capacidade de trabalho. 
 Aparenta desinteresse pela doença, pelos acontecimentos, isolamento, cabeça baixa, tristeza, choro fácil. 
 Interrogatório lento, distante. 
 Estado depressivo e depressão orgânica. 
 Médico deve ter atenção, otimismo, interesse, segurança. 
 Síndrome Bipolar = depressãoeuforia 
 
Doente Pusilânime (covarde) 
 Tem medo de doença, do médico – síndrome do jaleco branco. 
 Tem medo de fazer os exames. 
 Tem medo dos resultados dos exames. 
 Tem medo de tomar a medicação. 
 Tem medo de ler a bula. 
 Médico deve esclarecer, amparar, apoiar. 
 
 
Semiologia Médica I 
 
19 
JeKF 
Paciente Hostil 
 Hostilidade pela doença, com médico e Medicina. 
 Pacientes crônicos, incuráveis. 
 Pacientes vítimas de erros médicos. 
 Etilistas, uso de drogas, censurados pela família, sociedade, amigos. 
 Pacientes que consultam por determinação do emprego, familiares. 
 “Fila” dos atendimentos. 
 Medico produz hostilidade: quando apressado, dá pouca atenção, aparenta desprezo. 
 Deve manter a calma e nunca ser também hostil. 
 
Paciente Surdo-mudo 
 Familiar como “interprete” 
 Gestos 
 
Paciente Adolescente 
Infância: 0 a 10 anos 
Adolescência: 10 aos 19 anos 
 
DIREITO A ACOMPANHANTE DURANTE INTERNAÇÃO 
LEI 8069/90 – ECA 
ARTIGO 12: Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em 
tempo integral de um dos pais ou responsáveis, nos casos de internação de criança ou adolescente. 
 
Paciente Idoso 
 Apresenta pessimismo, manias. 
 Em geral deseja atenção e respeito. 
 
Prescrição ou Receita Médica 
A prescrição médica é uma ordem escrita, um ato de escolha. 
 
Tipos de Receitas: 
 Excessiva 
 Subprescrição 
 Incorreta 
 Racional 
 
Necessária para: 
1) Definir um problema do paciente; 
2) Especificar objetivo terapêutico; 
3) Verificar se é adequado para o paciente; 
4) Iniciar o tratamento; 
5) Fornecer informações, instruções e recomendações; 
6) Monitorar (interromper?) o tratamento. 
 
Objetivos da prescrição: 
Curto e longo prazo. 
Ex: tratamento do diabete. 
 Curto prazo: diminuir a glicemia. 
 Longo prazo: prevenir lesões em órgãos alvos. 
 
Escolha de um medicamento 
I. Definir diagnóstico 
II. Especificar objetivo terapêutico 
III. Levantamento de grupos eficazes de medicamentos 
IV. Escolha de um grupo eficaz 
Semiologia Médica I 
 
20 
JeKF 
− Segurança 
− Aplicabilidade 
− Custo do tratamento 
V. Escolha de um medicamento 
− Escolha de uma substância ativa 
− Escolha de uma forma farmacêutica 
− Escolha de uma posologia 
− Escolha de duração-padrão tratamento 
 
 
 
Semiologia Médica I 
 
21 
JeKF 
Exame Físico Geral (Prof. Angela) 
Instrumentos e Aparelhos 
 Balança e haste milimetrada de estatura 
 Fita métrica 
 Abaixador de língua 
 Lanterna 
 Martelo de reflexos 
 Estetoscópio 
 Esfigmomanômetro 
 Termômetro clínico 
 Lupa 
 Agulha e algodão 
 Diapasão 
 
 O exame clínico do paciente tem início antes mesmo que haja um contato verbal. 
 O bom médico começa suas observações à primeira vista do paciente. 
 
Inspeção 
Palpação 
Percussão 
Ausculta 
 
 
 “O exame clínico deve começar pelas coisas mais importantes e facilmente reconhecíveis. Verificar as semelhanças e 
as diferenças com o estado de saúde. Observar tudo que se pode ver, ouvir, tocar, sentir, tudo que se pode reconhecer 
pelos nossos meios de conhecimento.” Hipócrates 370 a.C. 
 
 É necessário ter referência para se saber o que é normal para se poder reconhecer alterações no exame clínico. 
 
“No exame físico é necessário saber inspecionar e ver, palpar e tocar, auscultar e ouvir.” Celso Celeno Porto 
 
Inspeção 
“Comete-se mais erros por não olhar do que por não saber” 
 
o Panorâmica x localizada 
o Iluminação: natural ou luz branca 
o Exposição da área a ser inspecionada 
o Anatomia topográfica 
o Inspeção frontal x tangencial 
o Desnudar somente a região a ser examinada 
o Uma região de cada vez 
o Utilizar biombos em locais coletivos 
o Respeito ao paciente 
o Pudor 
 
O que observar: 
 Fáceis – expressão transmitida pelo paciente 
 Estado geral 
 Alterações de coloração da pele: 
− Icterícia 
− Cianose 
− Palidez 
 Vasos sanguíneos 
Semiologia Médica I 
 
22 
JeKF 
 Marcha, postura e movimentos 
 Atitudes anormais 
 Assimetrias e tumorações 
 Manchas na pele 
 Tremores 
 Sudorese 
 Edema 
 
Palpação 
o Mãos limpas e aquecidas 
o Unhas curtas e limpas 
 
Tipos de Palpação 
1. Mão espalmada – toda a palma 
2. Mão espalmada – polpas digitais 
3. Mãos superpostas 
4. Pinçamento 
5. Dorso dos dedos 
6. Digitopressão 
7. Puntipressão 
8. Vitropressão 
9. Fricção com algodão 
10. Pesquisa de flutuação 
11. Palpação bimanual 
 
Percussão 
o Percussão direta 
o Percussão dígito-digital 
Só o dedo médio que toca firmemente o paciente, só a digital do dedo médio da outra mão, que não toca o 
paciente, faz a percussão. Toque firme, 2 ou 3 batidas, o punho que dá o movimento de martelo. 
o Percussão com borda das mãos 
o Piparote 
 
Sons: 
Maciço: algo sólido (fígado) 
Timpânico: som oco, com ar abaixo (intestino) 
Som claro pulmonar 
Submaciço (áreas de transição) 
 
Ausculta 
René Theophile Hyacinthe Laennec discípulo mais importante de Corvisart, foi o inventor do estetoscópio e o primeiro 
a criar um sistema completo para o diagnóstico das afecções pulmonares e cardíacas. Até então a técnica de ausculta 
era encostar o ouvido no tórax do paciente. 
 
Estetoscópio – Modo de usar 
− Pode ser por cima da roupa? 
Nunca. Porque a roupa pode alterar o som. 
− Instruções ao paciente 
− Ambiente silencioso 
− Posição adequada do paciente 
− Escolha do receptor 
∙ Campânula: baixa frequência 
∙ Diafragma: normalmente utilizado 
 
Maciço Timpânico
Submaciço
Som claro
pulmonar
Semiologia Médica I 
 
23 
JeKF 
Preparando o Ambiente 
 Iluminação 
 Temperatura 
 Lençol ou papel limpo 
 Conferir instrumentos, canetas, receituários... 
 Higienizar os instrumentos 
 Lavar as mãos 
 
Exame Físico Geral 
Sinais Vitais 
− PA 
− Frequência cardíaca – tipos de pulso 
− Frequência respiratória – tipos de respiração 
− Temperatura 
Peso 
IMC 
Circunferência Abdominal 
 
Sinais Vitais 
 Pulso 
 Respiração 
 Temperatura 
 Pressão Arterial 
 
Pulso 
 Palpável como onda de fase rápida ascendente e descendente mais lenta. 
 Amplitude que permite palpação fácil e ritmo regular. 
 Compressão suave, com duas a três polpas digitais. 
 
Pulso arterial depende: 
 Contrações VE 
 Volume sanguíneo circulante 
 Frequência e ritmo da contração cardíaca 
 Onda de pressão transmitida através do sistema arterial 
 Distensibilidade da Aorta e ramos 
 Resistencia vascular periférica arterial 
 
Para contar a frequência cardíaca o ideal é contar pela ausculta, por verificar 
diretamente a contractilidade cardíaca. Com uma arritmia, não terá quase nada de 
sangue ejetado, por exemplo. 
 
Local de Palpação de pulsos 
 Carotídeo 
 Braquial 
 Radial 
 Femural 
 Poplíteo 
 Pedioso e Tibial posterior 
 Aórtico 
 
Tipos de Pulso 
 Pulso Normal 
 
 
Semiologia Médica I 
 
24 
JeKF 
Amplitude Diminuída 
Indica redução do volume sistólico de ejeção do VE. 
 
1. Pulso parvus 
∙ Pulso pequeno e de forma normal 
∙ Indica que as pressões sistólicas e diastólicas estão mais próximas do normal, ou seja, que se aproximam da 
pressão arterial média. 
∙ Sinal de vasoconstrição e indica volume /minuto baixo. 
∙ Ex. frio ou ansiedade, infarto do miocárdio, hipertensão arterial, estenose aórtica, estenose mitral, 
hipertensão pulmonar. 
 
2. Pulso pequeno e célere 
∙ Pequena amplitude 
∙ Onda abrupta de percussão seguida de rápido colapso. 
∙ Ex. insuficiência mitral. 
 
3. Pulso anácroto 
∙ É característico de estenose aórtica moderada ou grave. 
∙ Ascensão lentae descenso mais lento, fazendo pulso em platô. 
∙ Pulsus parvus et tardus 
 
4. Pulso decapitado 
∙ É o pulso filiforme ou impalpável, que ocorre no choque ou na artéria femural de alguns casos de coarctação 
da aorta. 
 
Amplitude Aumentada 
1. Pulso célere ou em martelo d’água 
∙ A grande quantidade de sangue ejetada rápida e poderosamente no 
sistema arterial vazio, durante a sístole precoce, dá origem a uma súbita 
onda de percussão seguida de rápido colapso, característica do pulso 
célere. 
∙ É um pulso de amplitude aumentada e forma característica: súbita e 
vertical onda de percussão, cúspide apiculada e colapso rápido. 
∙ Ex. Insuficiência Aórtica 
 
Frequência do Pulso 
 Normal: 60-100/min 
 Aumentada: taquisfigmia 
 Diminuída: bradisfigmia 
 
 
 
Ritmo do Pulso 
 Normal: intervalo de tempo semelhante entre pulsos. 
 Pulso paradoxal: pericardite constritiva 
 Déficit de pulso: 
Frequência de pulso < Frequência cardíaca 
Extra-sístoles, Fibrilação arterial 
 
 
Semiologia Médica I 
 
25 
JeKF 
Pressão Arterial 
Sons KOROTKOFF 
 
 
150 colabou a artéria 
Começou a diminuir a pressão até 120 onde o sangue voltou a passar - identificou a pressão sistólica. 
Continuou diminuindo a pressão até 80 - pressão diastólica. O fluxo volta a ser laminar e se deixa de escutar a 
pressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aferição 
 Obter circunferência e selecionas o manguito adequado; 
 Envolver o braço com o manguito 2cm acima da fossa cubital 
sem deixar folga; 
 Centralizar o manguito; 
 Estimar a pressão sistólica pelo método palpatório. Pulso 
radial; 
 Reaparecimento do pulso corresponde à pressão sistólica; 
 Palpa-se a artéria braquial, coloca estetoscópio sem 
compressão excessiva; 
 Inflar rapidamente até ultrapassar 20mmHg o valor estimado 
da PAS pelo método palpatório; 
 Desinflar lentamente (2mmHg/seg); 
 Determinar pressão sistólica no primeiro som (fase I de Korotkoff); 
 Aumentar ligeiramente a velocidade de deflação; 
 Determinar Pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff); 
 Auscultar 20 mmHg abaixo do último som; 
 Desinflar rapidamente; 
 Se os batimentos persistirem até nível zero, determinar PD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e 
anotar valores sistólica/diastólica/zero); 
 Esperar 1 minuto para novas medidas; 
 Informar valores ao paciente; 
 Anotar valores exatos, sem arredondamentos, o braço e a posição medida; 
 Hiato auscultatório. 
 Atenção principal em pacientes idosos hipertensos, com arteriosclerose ou estenose aórtica severa. 
Semiologia Médica I 
 
26 
JeKF 
 
 
Hipotensão Postural 
 Verificar PA deitado, sentado e em pé. 
 Causas: hipovolemia, desidratação, senilidade. 
Após aferir deitado, colocar o paciente em pé. Se houver: 
 Queda >=20mmHg na PAS e/ou 
 Queda >= 10mmHg na PAD 
 
Respiração 
Inspeção Dinâmica: 
o Frequência 
o Ritmo 
o Tipo 
 
Frequência 
 Varia conforme a idade, atividade física e emocional. 
 Valores normais 
Adulto: 16 a 20 incursões/minuto 
 Taquipneia 
 Bradipneia 
 Apneia 
 Dispneia 
 Ortopneia 
 
Ritmos 
 Cheyne – Stokes 
 Biot 
 Kussmaul 
 
Cheyne-Stokes 
− Aumento e diminuição amplitude seguida de apneia 
− RN normais, ICC grave, AVC, TCE, intoxicações por morfina ou barbitúricos. 
− Regulada pela concentração de O2 e CO2 atuando nos centros respiratórios bulbares. 
 
 
 
 
 
Kussmaul 
− Causa mais comum: acidose diabética. 
− Quatro fases: 
1º. Inspirações ruidosas rápidas e diminuição de amplitude. 
2º. Apneia em inspiração. 
3º. Expirações ruidosas. 
4º. Apneia em expiração. 
Semiologia Médica I 
 
27 
JeKF 
Biot 
− Duas fases: 
1º. Apneia. 
2º. Inspirações e expirações anárquicas. 
− Indica grave comprometimento cerebral. 
 
Temperatura 
 Termômetro Clínico 
Mercúrio 
Digital 
Infravermelho 
 Locais de Aferição 
Axila 
Boca 
Reto 
 Valores normais 
Axilar: 35,5 – 37°C 
Bucal: 36 – 37,4°C 
Retal: 36 – 37,5°C 
 
Dados Antropométricos 
 Peso 
 Estatura 
 Índice de massa corporal 
 (IMC = Peso / Altura²) 
 19 – 25 normal 
 25 – 30 obesidade grau I 
 30 – 40 obesidade grau II 
 > 40 obesidade grau III 
 Circunferência Abdominal: 
Homens: até 94cm 
Mulheres: até 80cm 
 
Sequência Exame Físico 
“O médico experiente não toca de imediato o paciente; senta-se ao lado deste, mira-o com atenção e, se o doente 
está com medo, acalma-o com palavras gentis antes de proceder o exame físico”. Cornelius Celsus (53 a.C. – 7 d.C.) 
 
 
1. Sinais vitais 
2. Peso 
3. Estatura 
4. IMC 
5. Circunf. Abdominal 
6. Exame Geral 
7. Cabeça 
8. Pescoço 
9. Tórax 
10. Abdome 
11. Membros 
12. Osteomuscular 
13. Neurológico 
 
 
Normal: 
 Temperatura axilar: 35,5°C a 37°C 
 Temperatura bucal: 36 a 37,4°C 
 Temperatura retal: 36 a 37,5°C 
Febre: 
 Febre leve ou febrícula: 37°C a 37,5°C 
 Febre moderada: 37,5°C a 38,5°C 
 Febre elevada: acima de 38,5°C 
 
Semiologia Médica I 
 
28 
JeKF 
Exame Físico Geral 
• Impressão Geral 
• Nível de consciência 
• Estado de hidratação 
• Estado de nutrição 
• Fácies 
• Atitude e decúbito preferido 
• Mucosas 
• Pele e anexos 
• Linfonodos 
• Edema 
 
 Bom estado Geral 
 Regular estado Geral 
 Mal estado Geral 
 
Fácies 
Em semiologia, a palavra fácies, expressa o aspecto geral do rosto do paciente, onde se espelham sinais sugestivos de 
determinadas doenças ou situações clínicas. 
“O corpo vai bem ou mal segundo anunciam os olhos” Hipócrates 
 
 Basedowiana 
∙ Olhos saliente (exoftalmia) e brilhantes 
∙ Rosto magro 
∙ Bócio 
∙ Causa: Hipertireoidismo 
 
 Cushingoide – de “Lua cheia” 
∙ Rosto arredondado 
∙ Atenuação dos traços faciais 
∙ Bochechas vermelhas 
∙ Acne 
∙ Hirsutismo 
∙ Causa: Sd. Cushing (excesso de cortisol) 
 
 Leonina 
∙ Pele espessada 
∙ Muitos lepromas 
∙ Supercílio: madarose 
∙ Nariz espesso e proeminentes 
∙ Nódulos em bochechas e mento 
∙ Causa: Hanseníase 
 
 Hipocrática 
∙ Olhos fundos, parados e inexpressivos 
∙ Nariz e lábios finos 
∙ Batimento asas do nariz 
∙ Sudorese, palidez cutânea 
∙ Ausência de gordura facial 
∙ Causa: Doenças estágio terminal 
 
Semiologia Médica I 
 
29 
JeKF 
 Acromegálica 
∙ Saliência dos arcos supraorbitários 
∙ Proeminência mandibular 
∙ Aumento nariz, lábio, orelhas 
∙ Causa: Acromegalia 
 
 
 Mixedematosa 
∙ Rosto arredondado 
∙ Nariz e lábios grossos 
∙ Pele seca, espessada 
∙ Pálpebras infiltradas 
∙ Madarose 
∙ Cabelos secos e sem brilho 
∙ Fisionomia de desânimo 
∙ Causa: Hipotireoidismo, mixedema 
 
 Esclerodérmica 
∙ Pele esticada, fina 
∙ Dificuldade de fechar a boca e os olhos 
 
 
 
 
 
Biotipo 
 
Semiologia Médica I 
 
30 
JeKF 
 
Estado de Hidratação 
Desidratação 
Avaliar: 
− Turgor cutâneo diminuído 
− Olhos sem brilho, encovados 
− Ressecamento de pele e mucosas 
− Sede excessiva 
− Diurese concentrada 
− Taquicardia 
− Hipotensão ortostática 
− Alteração de consciência se perda >40% 
 
Evolução desidratação: 
• <10% PCT: história clínica 
• 10-20%: sintoma ou sinal desidratação 
• 20-30%: sinais ou sintomas evidentes 
• 30-40%: Hipotensão postural 
• >40% alteração perfusão tecidual (rim, cérebro...) 
 
Estado de Nutrição 
− História clínica 
− Índice de massa corpórea 
− Mucosas 
− Pregas cutâneas 
− Pele e anexos 
− Edemas 
− Trofismo muscular 
 
Atitude e Decúbito preferido 
• Atitude ortopneica 
• Atitude genupeitoral ou “Prece Maometana”: 
 Pericardite 
• Atitude de cócoras: 
 Cardiopatia Hipóxica 
• Atitude parkinsoniana 
• Decúbito lateral 
Semiologia Médica I 
 
31 
JeKF 
• Opistótono 
• Decúbito dorsal com flexão das coxas sobre abdome: 
 Postura de Irritação peritoneal 
Postura: Posição adotada pelo paciente em busca de alívio para algum desconforto. 
 
Pele/Mucosas 
Coloração: 
− Palidez 
− Vermelhidão 
− Cianose 
− Icterícia 
 
Inspeção Pele e Mucosas 
• Hidratação 
• Integridade 
• Espessura 
• Elasticidade/Mobilidade 
• Turgor 
 
Cianose Periférica 
 
 
Cianose Central 
 
 
IcteríciaEdema 
− Localização 
− Características 
− Sinais flogísticos 
Semiologia Médica I 
 
32 
JeKF 
Edema Inflamatório 
 
Edema não inflamatório 
 
 
Exame da Cabeça 
• Crânio 
• Face 
• Olhos 
• Nariz 
• Orelhas 
• Boca 
Crânio 
 Inspeção e Palpação 
− Tamanho e forma 
− Couro cabeludo 
− Cabelos 
− Face 
− Lesões 
− Equimoses 
 
Face 
 Inspeção e Palpação 
− Simetria - A perda da simetria pode ser observada nas paralisias faciais, na presença de tumorações 
(abscesso dentário, edema alérgico, anomalia congênita, tumores, aumento das glândulas salivares, etc). 
− Fácies - são traços específicos que certas doenças expressam na face. 
− Movimentos – involuntários X voluntários 
 
Olhos 
• Estruturas externas 
− Pálpebras, cílios, sobrancelhas 
• Estruturas do olho propriamente dito 
− Conjuntiva, esclera, córnea, íris, pupila, globos 
• Movimentos oculares 
• Fundo do olho 
• Acuidade visual 
• Palpação: dor e consistência 
 
Pupila: 
 Orifício circular situado centralmente à íris. 
 As pupilas normais são redondas ou levemente ovóide e do mesmo tamanho (de 2 a 4 mm). 
 A igualdade do diâmetro da pupila denomina-se isocoria e a desigualdade anisocoria. 
 Midríase = diâmetro aumentado 
 Miose = diâmetro diminuído 
 
Semiologia Médica I 
 
33 
JeKF 
Nariz e Seios da Face 
 Palpar seios frontais, maxilares, etmoidais 
 Alterações: 
− dor à digitopressão 
− secreções 
 
Cavidade Oral 
• Lábio 
• Cavidade bucal - para avaliá-la é necessário retirar próteses, usar abaixador de 
língua e fonte de luz. Utiliza-se a inspeção e quando necessário da palpação. 
• Bochechas e gengivas 
• Língua e dentes 
 
Pescoço 
• Inspeção 
− Deformidades, assimetrias 
− Pulsos venosos e arteriais 
• Palpação 
− Vasos 
− Linfonodos 
− Tireoide 
• Ausculta 
Insuficiência cardíaca descompensada 
 Pele, forma e volume 
 Mobilidade: amplitude de 180º, movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralidade. Observar a contratura, 
resistência e dor. A alteração mais comum é o torcicolo (dor e dificuldade na movimentação) e a rigidez de 
nuca(meningite). 
 Traquéia - teve mostrar-se no centro do pescoço, na linha média. 
 Linfonodos– geralmente impalpáveis. Avaliar: localização, consistência, mobilidade, alterações da pele (presença 
de sinais flogísticos e fistulização), sensibilidade, tamanho ou volume. 
 Tireóide: aula à parte. 
 Carótidas: palpação e ausculta 
 
Linfonodos 
• Cadeias superficiais 
• Occipital 
• Auriculares posteriores 
• Parotidianos (pré e infra-auriculares) 
• Submandibulares 
• Submentonianos 
• Cervicais 
• Supraclaviculares 
• Inguinais 
 
Avaliação: 
− Paciente sentado 
− Palpação polpa digital 
Semiologia Médica I 
 
34 
JeKF 
− Buscar identificar os linfonodos 
− Observar características: tamanho, consistência, mobilidade. 
− Normal: <1cm, fibroelástico, móvel. 
− Causas possíveis: doenças neoplásicas (pétreo, aumentado, imóvel), infecções, inflamações, traumas. 
− Classificar uma linfonodomegalia: localizada, generalizada. 
 
Tórax 
INSPEÇÃO / PERCUSSÃO / PALPAÇÃO / AUSCULTA 
 
Estruturas do tórax 
• Mamas 
• Pulmões 
• Coração 
• Mediastino 
• Caixa torácica: Pele, TCSC, linfonodos, músculos, vasos, cartilagens e ossos. 
 
Exame Cardiológico 
• Inspeção e palpação do ictus 
• Ausculta: 5 focos 
− Mitral 5°espaço /linha hemiclavicular esquerda, abaixo mamilo 
− Aórtico: 2°e /direita 
− Pulmonar: 2°e /esquerda 
− Tricúspide: base processo xifoide 
− Aórtico acessório: 3°e /linha justa-esternal, abaixo foco pulmonar 
 
Ausculta cardíaca normal: Ritmo Cardíaco Regular, 2 Tempos, Bulhas Normofonéticas, Sem Sopros (RCR, 2T, BNF, S/S) 
Avaliação Pulmonar 
 
 
 
 
Semiologia Médica I 
 
35 
JeKF 
 
 
 Palpação Tórax 
Avaliação de expansibilidade pulmonar 
 
 
 Percussão Pulmonar 
 
 
 Ausculta Pulmonar 
 
Ausculta Pulmonar Normal: Murmúrio Vesicular Presente Bilateral, Sem Ruídos Adventícios (MV+bil, S/RA) 
 
Semiologia Médica I 
 
36 
JeKF 
Abdome 
 
Estática 
• Paciente posições ortostática e decúbito dorsal. 
• Tipos de abdome 
• Abaulamentos, retrações, cicatrizes 
• Pele e anexos 
• Turgência venosa 
 
Dinâmica 
• Hérnias (importância da expiração e expiração forçada) 
• Respiração 
• Movimentos peristálticos 
• Pulsações (aorta x dilatação aneurismática) 
 
 
Semiologia Médica I 
 
37 
JeKF 
 
Tipos de Abdome: 
 Globoso: predomínio nítido do diâmetro ântero-posterior sobre o transversal. 
Ex: Gravidez avançada, ascite, obesidade, obstrução intestinal, tumores policísticos do 
ovário. 
 
 
 Batráquio: predomínio do diâmetro transversal sobre o ântero-posterior. 
Ex: ascite em fase de regressão. 
 
 
 Abdome em avental: encontrado em pessoas obesas, é conseqüência do acúmulo de tecido 
gorduroso na parede abdominal; cai como um avental sobre as coxas do paciente. 
 
 
 Abdome escavado: percebe-se que a parede abdominal está retraída. Ocorre em pessoas 
muito emagrecidas. 
 
 Ausculta – antes da percussão, pois ela pode interferir na ausculta: 
− Ambiente tranquilo 
− Permanência por 2 minutos 
Recomenda-se executar a ausculta antes da palpação para evitar aumento involuntário do peristaltismo. 
Ausculta Abdominal Normal: Ruídos Hidroaéreos presentes, timpânico, hepatimetria 9cm. 
 
 Percussão: 
− Timpanismo 
− Maciez 
− Sinal de Jobert: A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita 
onde normalmente se encontra macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio. 
− Macicez móvel 
 
 Hepática 
 
 
 Traube 
Espaço semilunar do sexto ao décimo primeiro espaços intercostais, tendo como limites: gradeado costal, baço, 
pâncreas, cólon, rim e estômago. Deve ser timpânico, maciço numa esplenomegalia. 
http://3.bp.blogspot.com/-ZuyUCdnS_ys/TVih_fii_YI/AAAAAAAAABA/UV9xyp4d7Q4/s1600/caquexia.jpg
Semiologia Médica I 
 
38 
JeKF 
 Palpação: 
− Superficial 
− Profunda: duas mãos, a procura de massas, vísceras 
 
Técnica de Lemos-Torres 
Precursão para identificar o fígado 
Começa a palpação de baixo para cima, acompanhando a respiração do paciente. 
Quando o paciente expira a mão afunda. 
Quando o paciente inspira, o fígado abaixa e a mão vai para cima e superficial para tentar palpar a borda do fígado. 
A borda inferior do fígado fica palpável a cerca de 4cm abaixo do rebordo costal direito, durante a inspiração. 
 
 
Técnica de Mathieu 
Palpação com a mão em concha buscando a borda do fígado. 
 
 
− Palpação de pontos dolorosos: 
 Há áreas na parede abdominal cuja compressão, ao despertar sensação dolorosa, pode indicar comprometimento do 
órgão ali projetado. 
o Ponto gástrico (xifoidiano e epigástrico) 
o Ponto biliar ou cístico 
o Ponto apendicular (McBurney) 
 
Ponto Cístico: situa-se no ângulo formado pela reborda costal direita e borda 
externa do músculo reto abdominal. Ao comprimir o local pede-se ao paciente 
que inspire profundamente. Nisto o diafragma abaixará o fígado, fazendo com 
que a vesícula biliar alcance a extremidade do dedo que está comprimindo a 
área (em caso de colecistite tal manobra desperta dor inesperada = sinal de 
Murphy). 
 
Ponto Apendicular (Mcburney): situa-se geralmente na extremidade dos dois 
terços da linha que une a espinha ilíaca ântero-superior direita ao umbigo. 
Quando suspeita de apendicite aguda, este ponto deve ser comprimido se 
estiver inflamado, despertará dor aguda e intensa (dor que ocorre com a 
descompressão - sinal Blumberg - peritonite localizada). 
 
Resistência 
Normal: É a de músculo descontraído. Ao se deparar com uma musculatura contraída, saber diferenciar uma contração 
voluntária de uma involuntária. 
Voluntária: solicite ao paciente para respirar profundamente, flexionar as pernas, desviar sua atenção para outros 
assuntos. 
Involuntária: defesa da parede abdominal. Traduz uma inflamação peritoneal e pode ser localizada ou generalizada. 
Sinal de Giordano: dor a punho percussão. 
Semiologia Médica I 
 
39 
JeKF 
Membros 
 
 
 
 
Semiologia Médica I 
 
40 
JeKFSemiologia Oesteomuscular (Prof. Daniel) 
 Doenças osteomusculares/tecido conjuntivo; 
 65% a 80% da pop mundial apresenta lombalgia em algum momento da vida. 
 
Articulações 
Em geral unem dois ou mais ossos; 
Podem fazê-lo de várias formas dependendo do grau de movimentação apresentado. 
 
Tipos de Articulações: 
 
 
Sinovial: 
1. Esferoide 
2. Condilar 
3. Selar 
4. Dobradiça 
5. Pivo 
− Plana 
Em geral as mais comprometidas. 
 
Sintomas articulares/Músculo-esqueléticos 
− Dor 
− Edema 
− Calor 
− Hiperemia 
− Fraqueza, paresia, caibras 
− Deformidade 
− Limitação de movimento 
− Rigidez 
− Crepitação/Estalo 
 
Dor Articular 
 Início: 
− Súbito ou insidioso? 
 Ex. trauma, artrite, osteo-artrose. 
− Agudo ou Crônico? 
 Frequência 
 Períodos do dia 
 Local 
− Apontar Local 
− Simetria ou Assimetria 
 Intensidade da dor 
 Fatores de alívio ou agravo 
 Sintomas associados: 
Sinais flogísticos 
 Ralação com o movimento (e com um movimento em particular) 
Semiologia Médica I 
 
41 
JeKF 
 Relação com enfermidade/trauma recente 
 Irradiação 
 Caráter migratório 
 
Distribuição da dor articular (exs.) 
a. Acrômio-clavicular 
b. Escapulo-umeral 
c. Quadril 
d. Joelho 
 
Dor Óssea 
 Qualidade profunda e incômoda 
 Dor focal: fratura, tumor, infecção 
 Dor Difusa: 
− Doença óssea metabólica 
− Osteoporose 
− Doença de Paget 
− Osteomalácia 
 
Dor Muscular 
 Mais comum que óssea/articular 
− Profunda/mal localizada 
− Bem localizada em casos específicos; 
− Diagnóstico diferencial é com a dor articular. 
 Causas: 
− Contratura; 
− Distensão 
− Rotura. 
 
Fraqueza 
 Diferente de fadiga. 
Fraqueza é a falta de força. 
 Localização da fraqueza: 
− Proximal: Miopatia 
 Dificuldade para pentear cabelo, levantar objetos. 
− Distal: Neuropatia: 
Dificuldade para girar maçaneta ou abotoar camisa. 
 
Paresia 
Hemiparesia – alteração neurológica 
Global – doença psíquica 
 
Cãibras 
Geralmente não patológicas, mas pode ser sintoma de algo mais grave. 
 
Deformidade 
 Adquirida ou congênita 
 Determinar 
− Inicio; 
− Associação com trauma. 
 
Limitações de Movimento 
 Alteração de cartilagem; 
 Retração cicatricial de cápsula 
Semiologia Médica I 
 
42 
JeKF 
 Contraturas musculares 
 
Rigidez (bloqueio) 
 Sintoma comum 
 Articulação fica bloqueada: 
− Material ectópico entre as superfícies articulares. 
− Associado com lesão das cartilagens 
 Períodos do dia 
− Rigidez matinal 
 Artrite reumatoide – superior a 1h 
 Osteoartrose – inferior a 1h 
 
Edema 
Está associado com a dor? 
É flutuante? 
 
Creptação/estalo 
Ruído ou sensação de atrito que pode ser audível ou palpada. 
 
Movimentos Articulares 
 
 
 
 
 
Semiologia Médica I 
 
43 
JeKF 
Exame Físico 
Inspeção 
 Marcha; 
 Alterações cutâneas/anexos; 
 Edema; 
 Deformidades. 
 
Geral: 
 Fácies; 
 Frente; 
 Costas; 
 Ambos os lados; 
Atentar para: 
 Atitudes; 
 Postura; 
 Capacidade de movimentação e marcha; 
 Simetria corpórea; 
 Angulações anormais; 
 Encurtamento em membros. 
 
Marcha 
− Sequencia dinâmica de eventos 
∙ Permitem deslocamento em posição bípede 
− Atividade complexa: 
∙ Ações reflexas; 
∙ Ações voluntárias; 
∙ Alternando o apoio e o balanço do MI. 
Ex. pé caído, marcha atáxica, marcha parkinsoniana (passos lentos, corpo fletido para frente). 
 
Deformidades Articulares 
Valgo: desvio da linha média. 
Varo: desvio em direção a linha média. 
Subluxação: perda parcial do contato das superfícies articulares; 
Luxação: perda completa do contato articular. 
 
Palpação 
 Temperatura 
 Nodulações 
 Natureza do edema 
 Sensibilidade/dor 
 Creptação 
 Mobilidade 
− Ativa 
− Passiva 
 Força muscular – quadros neurológicos. 
Ex. nódulos subcutâneos – critério maior (Jones) para diagnóstico de Febre reumática. 
 
Movimento Articular 
 Amplitude e movimentação articular: 
− Em graus 
− Ponto zero – posição anatômica 
 Mobilidade de uma articulação: 
− Movimento ativo – incorpora na avaliação da força muscular 
− Movimentos passivos – estuda a excursão articular. 
Semiologia Médica I 
 
44 
JeKF 
Ausculta 
 Ausculta cardíaca: 
− Sopros Sistolicos Regurgitativo: Sopro holossistólico mitral:IMi 
− B3/Ritmo de Galope 
 
Semiologia Segmentar 
 
Coluna Vertebral 
Divide-se em segmentos: 
 Cervical 
 Torácico 
 Lombar 
 Sacral 
 
 Inspeção 
Nível de cristas ilíacas; 
Linha imaginária: tuberosidade occipital posterior a linha interglutea. 
Avaliar: 
− Dorsalmente 
− Lateralmente 
− Flexão (para frente) – Manobra de Adams 
− Extensão (para trás) 
− Flexão lateral do pescoço 
− Rotação (estabilizando o quadril do paciente). 
 
Coluna Cervical 
 Ao lado do paciente: 
Flexão (queixo no tórax); 
Extensão 
 Na frente: 
Flexão lateral 
Rotação 
 Observe se algum movimento desencadeia dor local ou nos MMSS. 
 Repetir os movimentos aplicando pressão sobre o vértex do crânio. 
 
Coluna Torácica 
 Sentar paciente com braços dobrados sobre o tórax e girar para ambos os lados; 
 Palpar processos espinhosos à procura de pontos dolorosos e deformidades. 
 
Teste de Lasègue 
 Deitado e relaxado, primeiro do lado assintomático 
 Com mão apoiando o calcanhar, eleva-se o membro inferior 
Além de 40° não específica (há movimentação da pelve). 
 Positivo: neurite presente – reproduz dor no paciente, dor na região lombar ou glútea irradiando-se para 
membro inferior no território do n. ciático, podendo ainda ter parestesia. 
 
Teste de Bragard 
 Dorsoflexão passiva do pé agravando a dor; 
 Pode ser muito dolorosa e deve ser interrompida assim que a dor se tornar típica. 
 
Ombro 
 Inspeção: 
− Deformidade 
− Assimetria 
− Atrofia 
Semiologia Médica I 
 
45 
JeKF 
 Palpação: 
− Dor 
− Sinais flogísticos 
 
 Movimento articular: 
− Abdução e adução 
− Rotação externa e interna 
− Flexão 
 
 Teste da Apreensão 
− Luxação anterior recidivante do ombro: 
∙ Abdução passiva e rotação externa, o paciente pressente que seu ombro 
luxará. 
∙ Paciente opõe a resistência ao movimento e assume expressão facial 
apreensiva. 
 
Cotovelo 
Teste de Cozen – para Epicondite Lateral (tenista): 
 Fixar o antebraço em pronação 
 Paciente fecha e estende o punho 
 Forçar o punho estendido para flexão contra resistência 
 Positivo se provocar dor no epicôndilo lateral 
 
Teste para Epcondilite Medial (golfista): 
 Paciente sentado, estende o cotovelo e supina a mão 
 Flexionar o punho contra resistência 
 Positivo de for provocar dor no epicôndilo medial. 
 
Quadril 
 É uma articulação esferoidal que permite a flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa. 
 Comece o exame com paciente em pé – observe a integridade de cada articulação e se há evidência de 
encurtamento de um membro. 
 
Teste de Thomas 
 Usado para se verificar se há contratura em flexão do quadril; 
 Patologias intra-articulares ou na vizinhança do quadril; 
 Resposta reflexa antálgica no quadril que fica em semiflexão – não é percebida porque é compensada pela 
inclinação da pelve 
 Quando há contratura em flexão, o quadril não estende completamente e o ângulo formado entre a face 
posterior da coxa e o plano da mesa de exame corresponde à contratura em flexão existente. 
 
Teste de Trendelemburg 
 Verifica se há insuficiência do músculo glúteo médio: 
Mantém a pelve nivelada durante a marcha; 
Se ele está insuficiente, a pelve cai para o lado contrário ao do apoio. 
 As insuficiências do glúteo médio são frequentes: 
 Doenças do próprio musculo 
Distúrbio na inervação (sequela de poliomielite, miopatias, lesões de 
raízes nervosas) 
Encurtamento da distância entre a origem e inserção do musculo 
(músculo frouxo) – luxação congênita do quadril e sequelas de fratura. 
 
-O quadril testado é o que está mantendo o peso corporal; 
-Positivo do lado esquerdo; 
-Quando o paciente apoia o MI esquerdo a pelve cai para 
o lado oposto e o tronco inclina-se excessivamente. 
Semiologia Médica I 
 
46 
JeKF 
Teste de Galeazzi Verifica diferença de comprimento nos MMII 
 Decúbito dorsal: 
MMII fletidos 
Pés juntos apoiados na superfície de contato 
 Se houver diferença de comprimento dos membros os topos dos joelhos ficam em alturas diferentes. 
 Causas: 
Encurtamento real do membro 
Encurtamento funcional, como acontece na luxação congênita do quadril. 
 
Joelhos 
Teste de Lachman (da gaveta) 
 Avaliar ligamento cruzado anterior 
 O examinador puxa para frente segurando na parede proximal da panturrilha 
 O teste é positivo se houver movimento anterior excessivo da tíbia em relação ao fêmur 
 
Teste de McMurray 
 Variação para verificar lesão de menisco. 
 Rotação externa – dor lateral 
 Rotação interna – dor medial 
 
Teste do Rechaço/Sinal da Tecla 
 Avaliam edema articular no joelho 
 Sinal da tecla: 
Compressão da patela com “click” – Sinal positivo 
 Teste do Rechaço: 
− Com uma mão, circundar e colocar pressão para baixo em cima da face superior da patela. Com a outra, 
empurrar a patela de encontro com o fêmur com os dedos. 
− Se houver edema, a patela se elevará – sinal positivo. 
 
Cisto de Baker 
Acúmulo de líquido na bolsa sinovial. 
 
Pé 
Podagra – artrite no primeiro dedo sinal de gota (excesso de ácido úrico provoca deposição de urato). 
 
Mãos 
 
Deformidades dos quirodáctilos 
 
 Dedo em Boteira: 
Lesão do tendão extensor médio em sua inserção na base da falange média. 
Incapacidade de extensão da IFP com sua flexão. 
 
 Dedo em pescoço de Cisne: 
Deformidade em extensão da IFP com flexão do IFD 
Artrite reumatoide – lesão dos elementos contensores do aparelho extensor. 
 
 Dedo em Martelo: 
Há flexão da IFD 
A causa mais comum: trauma/força em flexão da IFD com o dedo estendido. 
Semiologia Médica I 
 
47 
JeKF 
Nódulos em IFP e IFD – AO 
 Artrose de mão 
 
Desvio Ulnar – AR 
 Artrite reumatoide 
 
Inervação das mãos: 
 
 
N Radial: 
 A paralisia completa do n. radial: “Mão caída” – trauma 
 Teste do n. radial: 
Extensão do punho e dedos opondo-se à resistência 
Paralisia ou fraqueza dos extensores nas lesões 
 Déficit sensitivo na área cutânea do nervo. 
 
N Ulnar: 
 Teste do n. ulnar: 
Abdução ativa do 5° dedo, opondo-se à resistência. 
Paralisia ou fraqueza do músculo nas lesões 
 Déficit sensitivo na área cutânea do nervo. 
 
 
N Mediano 
 Teste do n. mediano: 
Testar a parte motora 
Força pinça com polegar e indicador, pelas extremidades dos dedos, formando um 
“O” 
Se houver lesão a pinça só com as polpas digitais. 
 Déficit sensitivo na área cutânea do nervo. 
Semiologia Médica I 
 
48 
JeKF 
Síndrome do Túnel do Carpo: 
 Anteriormente: 
Ligamento transverso profundo do carpo 
 Assoalho e parede: 
Ossos do carpo 
 Neste canal (pequeno): 
8 tendões 
Nervo mediano 
 Na síndrome do túnel do carpo: compressão do nervo mediano neste nível. 
 
Teste de Phalen 
 Flexão do punho, forçando uma mão contra a outra, pela face dorsal. 
 Positivo: dor e/ou formigamento na área do mediano. 
 
Teste de Tinel 
 Percute-se com o indicador o sulco de flexão do punho. 
 Positivo: choque e/ou formigamento, compressão do n. mediano. 
 
 
 
Semiologia Médica I 
 
49 
JeKF 
Semiologia Neurológica (Prof. Angela) 
 Quais sintomas traduzem manifestações neurológicas? 
 Sincope; 
 Dificuldade d marcha; 
 Tremor; 
 Alterações pupilares; 
 Alteração fala; 
 Memória; 
 Reflexos; 
 Cefaleia; 
 Alteração de consciência, etc. 
 Como diferenciá-los de doenças não neurológicas? 
 Como fazer um exame físico neurológico breve? 
 Como saber se uma CEFALÉIA é por tensão muscular ou se é uma meningite? 
 Como saber se uma TONTURA é consequência de uma labirintopatia ou se é por uma isquemia cerebelar? 
 Como saber se este déficit de MEMÓRIA é normal da idade ou se o meu paciente está com demência? 
 
 Através da Semiologia Neurológica é possível chegar a um: 
 Diagnóstico Sindrômico 
 Diagnóstico Topográfico 
 Diagnóstico Etiológico 
 
Neuroanatomia e Neurofisiologia 
 
Divisão funcional do encéfalo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os nervos cranianos 
NERVO AXÔNIO FUNÇÕES NERVO AXÔNIO FUNÇÕES 
I Olfatório Sensorial especial Olfato VII Facial Somático motor 
Sensorial especial 
Movimento da expressão facial 
Gustação dos 2/3 anteriores da 
língua 
II Óptico Sensorial especial Visão VIII Vestíbulo-coclear Sensorial especial Audição e equilíbrio 
III Oculomotor Somático motor 
 
Visceral motor 
Movimento dos olhos e 
pálpebras 
Controle parassimpático 
do tamanho da pupila 
IX Glossofaríngeo Somático motor 
 
Visceral motor 
 
 
Sensorial especial 
Sensorial visceral 
Movimento dos músculos da 
orofaringe 
Controle parassimpático das 
glândulas salivares 
 
Gustação 1/3 posterior da língua 
Detecção de alterações na PA na 
aorta 
IV Troclear Somático motor Movimento ocular X Vago Visceral motor 
Sensorial visceral 
Somático motor 
Controle parassimpático visceral 
Nocissepção visceral 
Movimento dos músculos da 
orofaringe 
V Trigêmeo Somático sensorial 
Somático motor 
Tato facial 
Movimento dos 
músculos mastigatórios 
XI Acessório Somático motor Movimento dos músculos da 
garganta e pescoço 
VI Abducente Somático motor Movimento ocular XII Hipoglosso Somático motor Movimento da língua 
 
Semiologia Médica I 
 
50 
JeKF 
 
 
Anamnese Neurológica 
Caracterizando o Sintoma – INÍCIO 
 Modo de início e evolução cronológica 
 Agudo (minutos, horas) – ex: Doença vascular ou infecciosa. 
 Subagudo (dias) – ex: Doença inflamatória ou tóxica (medicamentos, ambiental). 
 Crônico: 
− Evolução gradual e progressiva: 
∙ Simétrica – ex: doença degenerativa. 
∙ Assimétrica – ex: doença neoplásica. 
Anamnese – INÍCIO 
 Progressivo: sintomas graduais – tumores cerebrais, doenças neurodegenerativas. 
 Progressivo em escada: demência vascular. 
 Em surtos: com períodos de melhora e piora, porém sem retorno ao basal – Esclerose múltipla. 
 Acessos paroxísticos, de curta duração, com intervalos longos de normalidade, e que se repetem periodicamente 
– Epilepsia, enxaqueca. 
 Relação causa-efeito – traumatismo cranioencefálico, TRM (traumatismo raquimedular). 
 
ISDAS 
 Estar atento aos sintomas relatados e a possíveis etiologias neurológicas: 
− Causas de perda da consciência: epilepsia, síncope, sd Adams Strokes (síncope seguida de convulsão e 
liberação esfíncter por arritmia cardíaca). 
− Causas de cefaleia: enxaqueca, aneurisma intracraniano, tumor cerebral, hipertensão intracraniana. 
− Causas de convulsão: epilepsia, intoxicação exógena (etilismo), hipoglicemia. 
− Causas de ambliopia/amaurose: tumor cerebral, esclerose em placas, neurite óptica. 
Semiologia Médica I 
 
51 
JeKF 
− Causas de diplopia: lesão nervos oculomotores com consequente paralisia ou paresia de músculos extrínsecos 
do olho. 
− Causas de hipoacusia, anacusia, zumbido: pensar em doenças do ouvido, tumor do ângulo ponto-cerebelar. 
− Causas de vertigem: labirintopatia, insuficiência vascular cerebral do sistema vertebrobasilar, tumor do ângulo 
ponto-cerebelar. 
− Causas de náusea e vômitos: enxaqueca, labirintopatia, tumor cerebral, meningite, hipertensão intracraniana. 
− Causas de disfagia, disfonia: lesão bulbar ou dos nervos resposáveis pela deglutição e fonação. 
− Causas de dor, parestesia: lesões do sistema nervoso periférico (raízes, plexos e nervos). 
− Causas de paralisia ou paresia: lesões das vias motoras, centrais ou periféricas. 
− Causa de distúrbio esfincteriano: lesões medulares. 
 
HMP 
 História Mórbida Pregressa 
− Pré-Natal, Parto, Desenvolvimento NPM 
− Doenças sistêmicas 
∙ Infância / DM / HAS, dislipidemias 
∙ Rins (policistose x aneurisma congênito) 
∙ Intestino (pólipos x glioblastoma multiforme) 
∙ HIV / AIDS, sífilis 
∙ Neoplasias 
∙ Medicamentos em uso 
∙ Vacinações (polio, sarampo) 
∙ Meningite, trauma, cirurgias, convulsões, etc 
 
HMF 
 História Mórbida Familiar 
− Doenças musculares 
− Doenças degenerativas (Alzheimer, Parkinson, etc) 
− Doenças cardiovasculares 
− Enxaqueca 
− Epilepsia− Neoplasias 
− Consanguinidade 
 
HFS 
 Condições e Hábitos de Vida 
− Álcool 
− Tabaco 
− Drogas 
 Ocupação laboral 
 Hábitos alimentares: 
− Carências alimentares 
 
Observações: 
 Faixa etária: 
− Infecções na infância 
− Desmilinização no jovem 
− Doenças vasculares nos idosos 
 Esclarecer sintomas: "tonteira", "vista escura"... 
 Contar o que sente 
Anamnese complementar com acompanhantes 
 
Sinais ou Sintomas Neurológicos 
 Distúrbios de humor, linguagem. 
 Distúrbios de memória e alterações de consciência. 
Semiologia Médica I 
 
52 
JeKF 
 Lipotimia, síncope. 
 Cefaleia, dor facial. 
 Sintomas visuais. 
 Fraqueza. 
 Alterações ou perdas sensoriais. 
 Tonturas. 
 Convulsões. 
 Tremores e movimentos involuntários. 
 
Distúrbios de Humor 
− Queixas vagas 
− Múltiplas queixas 
− Dar oportunidade para o paciente 
 
 Screening Depressão: 
 
 
 
 
 
 
 
S: 83% e 92% para escore maior ou igual a 3 
 
Distúrbios de Comunicação 
 Disfonia 
− Alterações no timbre e intensidade da voz 
− Voz rouca ou bitonal 
− Cordas vocais: lesão do nervo vago 
 Disartria 
− Distúrbios de articulação da palavra falada 
− VII, IX, X e XII pares 
 Dislalia 
− Troca ou supressão de fonemas 
− Fisiológica até 4 anos 
− “Cebolinha” / “papato” = sapato 
 Disritmolalia 
− Taquilalia = aumento da velocidade da fala 
− Tartamudez (“gagueira”): SNC / psicogênica / hereditária 
 Dislexia 
− Dificuldade de interpretação na leitura das palavras 
− Supressão inconsciente de letras ao ler 
 Disgrafia 
− Distúrbio de escrita 
− Supressão inconsciente de letras ao escrever 
 Afasia 
“Distúrbio adquirido da expressão e da compreensão dos símbolos verbais, orais e 
gráficos, com incapacidade para utilizar os códigos da linguagem.” Livro Exame 
Neurológico SBN pag. 184 
 Motora  afasia de Broca 
 Sensorial  afasia de Wernicke 
 Global  Broca + Wernicke 
 Condução  lê e fala mas não repete 
SENSITIVA WERNICKE TEMPORAL 
GLOBAL W + B 
MOTORA BROCA FRONTAL 
CONDUÇÃO FASCICÚLO ARQUEADO 
Semiologia Médica I 
 
53 
JeKF 
 
 
 Agnosia 
− Incapacidade de reconhecer objetos ou sons 
− Tátil: lesão do córtex parietal 
− Visual: lesão occiptal 
 Apraxia 
“Dificuldade de executar gestos voluntários aprendidos na ausência de alteração na motricidade e na coordenação 
motora.” Exame Neurológico SBN 
 Construtiva desenhar ou copiar desenhos 
 Ideomotora gestos com significado simbólico. Bater continência... 
 Ideatória relação próprio corpo. Usar pente. 
 Lesão parietal 
 
Distúrbios de Memória e Consciência 
 Delirium 
− Rebaixamento leve do nível de consciência. 
− Alterações da atenção, da orientação, sensopercepção e psicomotricidade. 
o Desorientação temporo-espacial, 
o Dificuldade para concentrar-se, 
o Alucinações principalmente visuais. 
o Agitação psico-motora 
 Demência 
 Alucinação: percepção alterada, não há nada estimulando. 
 Ilusão: estimulo mal interpretado 
 Memória 
− Atenção 
− Registro 
− Armazenamento 
− Consolidação 
− Evocação – resgate da informação 
No jovem: 
∙ Déficit de atenção, distúrbios do sono, depressão 
No idoso: 
∙ Relacionado à idade 
∙ Sd Demencial: 
Doença de Alzheimer 
Demência vascular 
Hipotireoidismo, deficiência de Vit B12 
 Estado de consciência: 
− Estado de alerta. 
− Capacidade de reconhecer a si próprio e o 
meio e interagir com este. 
 
 
 
Semiologia Médica I 
 
54 
JeKF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lipotímia e Síncope 
 Lipotímia: sensação de desmaio, sem perda da consciência; desfalecimento; pré-síncope. 
 Síncope: Desmaio com perda completa da consciência e recuperação posterior. 
 
Dor 
 Neurítica – alteração nervosa: 
 Mono ou polineuropatia – um feixe nervoso ou de múltiplos: 
− Queimação ou descarga elétrica 
 Neuralgias (trigêmio, glossofaríneo): 
− Dor paroxística, lancinante, alfinetada, agulhada 
 Radicular: 
 Irritação raízes sensitivas raquidianas 
 Lasegue positivo 
 Central: 
 Ardência, prurido, picada 
 Alodínea: estimulo que não deveria causar dor, desencadeia uma dor intensa. 
 
Dor Facial 
Etiologias: 
 Odontólógica, ATM 
 Sinusal (seios da face), septo nasal 
 Oftalmológica 
 Neuralgia do trigêmeo  
 
Cefaleia 
 Enxaqueca: 
• Dor latejante, pulsátil; 
• Localizada unilateralmente; 
• Foto/fonofobia; 
• Alterações visuais, escotomas; 
• Náusea, vômito. 
• Com ou sem áurea (sintomas que “avisam” sua chegada). 
Semiologia Médica I 
 
55 
JeKF 
 Sinusite: 
• Pressão; 
• Sensibilidade nos seios da face pela palpação; 
 Tensional: 
• Frontal, occipital. 
 
Sintomas Visuais 
 Amaurose 
− Perda total da visão 
 Ambliopia 
− Diminuição da acuidade visual 
 Diplopia 
− Visão dupla 
− Paralisia dos mm. Extraorbiculares (III, IV e VI) 
 Hemianopsia: 
 
 
 
Alteração da força muscular 
 
 Fraqueza muscular 
− Localização, lateralidade, tempo, início, evolução. 
− Proximal: pentear cabelo, levantar-se. 
− Distal: abrir tampas, tesoura. 
− Comprometimento atividades, fatores alívio e agravo. 
 Fraqueza proxima bilateral: miopatia 
 Fraqueza distal bilateral: polineuropatia 
 Fraqueza que piora com repetição e melhora com repouso: Miastenia Gravis 
 
Etiologias: 
∙ Acidente Vascular Encefálico 
∙ Tumores SNC 
∙ Doenças do SN Periférico 
∙ Doenças Musculares 
 
 
 
uni X bilateral 
definitiva X transitória 
súbita X gradual 
Semiologia Médica I 
 
56 
JeKF 
 Paralisia Facial 
 
 Paralisia: diminuição ou ausência de movimento. 
 Paresia: diminuição da força. 
 Plegia: ausência da força muscular. 
 
Alterações ou perdas sensoriais 
 Parestesia 
− Traduzem irritação de nervos periféricos 
sensitivos ou de raízes posteriores. 
− Comumente associadas à dor. 
− Sensação de formigamento, queimação, 
picada, adormecimento. 
Etiologia: 
∙ Diabetes 
∙ Alcóolica 
∙ Deficiência vitamínica 
∙ Ciatalgia 
∙ Tumores 
 
Tontura 
 Vertigem 
− É a perda da percepção cinestésica (do movimento) da relação entre o indivíduo e o espaço circundante. 
− Vertigem objetiva x subjetiva: 
∙ Objetiva: rotação do próprio corpo. 
∙ Subjetiva: deslocamento de objetos do ambiente. 
∙ Causa mais frequente: alt. Sist. vestibular 
Tremores e Movimentos Involuntários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semiologia Médica I 
 
57 
JeKF 
Exame Físico Neurológico 
1. Fácies e Funções Superiores 
2. Pares Cranianos 
3. Motricidade e Movimentos Anormais 
4. Sensibilidade 
5. Reflexos 
6. Coordenação/Equilíbrio/Marcha 
7. Sinais Meníngeos 
 
Fácies 
 Atitude e comportamento geral 
 Parkinson: 
− Inexpressividade, olhar fixo, 
− Diminuição mímica facial. 
− Boca entreaberta, salivação abundante. 
 Miastenia gravis: 
− Ptose palpebral bilateral, 
− Déficit muscular ocular 
− Com estrabismo, 
− Hiperextensão cabeça. 
 
Funções Superiores 
 Atenção, estado emocional, iniciativa, julgamento, crítica, associação de ideias, orientação, memória, 
comunicação verbal. 
 Estado da consciência: 
Alerta – sonolência (letargia) – estupor (torpor) – coma 
 
MMSE (MiniMental) 
 Orientação: 
− Avalia memória recente, atenção, orientação temporo-espacial. 
− Testa integridade e interconexão das áreas corticais. 
 
 
 Memória: 
− Retenção de dados 
o Testa atenção e memória imediata 
− Cálculo: 
o Avalia capacidade de cálculo, 
o Atenção, 
o Memória imediata e operacional 
− Memória: 
o Avalia memória recente. 
 
Semiologia Médica I 
 
58 
JeKF 
 Linguagem: 
− Nomeação: Agnosia visual (lesão occiptal) 
− Repetição: Testa integridade áreas de Wernicke e Broca (afasias) e fascículo arqueado 
− Ordem oral: Praxia 
− Leitura da ordem escrita: Avalia integridade áreas de Wernicke e Broca 
− Escrita: Avalia área Broca 
− Desenho: Avalia orientação viso-espacial, programação motora, praxia construtiva. 
 Avalia HC direito (parietal D). 
 
 Pontuação do MMSE: 
 Analfabetos: 14 a 16 
 Até 4 anos: 18 a 21 
 Primeiro grau completo: 21 
 Segundo grau completo: 22 a 23 
 Superior

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