Buscar

Anatomia unidade 1 resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Conceito♥ 
A anatomia pode ser definida como a 
estrutura morfológica de um 
determinado organismo. O 
termo anatomia no grego significa 
“cortar em partes”; no latim, “dissecar”. 
Áreas de estudo♥ 
Histologia ► 
Citologia ► 
Embriologia ► 
 
Terminologia anatômica♥ 
Também conhecida como 
“nomenclatura anatômica”, a 
terminologia anatômica nada mais é 
que a linguagem própria utilizada 
dentro do universo da anatomia. 
Esses problemas trouxeram 
dificuldades à comunicação. 
Considera-se que havia mais de 40 mil 
termos anatômicos circulando ao 
 
 
redor do mundo (BERGMAN et al., 
1988). Para mudar essa situação, 
anatomistas da Alemanha se reuniram 
na Basileia. Esse encontro culminou 
na redução de mais de 40 mil para 
cerca de 4500 termos anatômicos, 
configurando o que se conhece como 
“Nômina Anatômica de Basileia” 
(BERGMAN et al., 1988). 
 
Variação anatômica, anomalia e 
monstruosidade♥ 
Nenhum ser humano é igual ao outro. 
Cada um possui suas particularidades 
no contexto psicológico, social, de 
lazer e, não diferente, dentro de um 
contexto anatômico. 
e fossemos levar todos esses elementos em perspectiva, 
o estudo da anatomia seria impraticável. Essas 
diferenças morfológicas observadas são denominadas 
de variações anatômicas (externas ou internas) e não 
trazem prejuízo funcional para o indivíduo. Por isso, 
devemos ter em mente que nem sempre o que será visto 
no cadáver estará igual a alguma imagem de atlas 
de anatomia. Esses atlas, assim como toda a 
literatura anatômica, são constituídos a partir do que 
se considera mais comum nos seres humanos, ou 
seja, seguem uma distribuição “normal” 
Para o profissional de saúde o 
conceito de normal está atrelado ao 
que é saudável. 
≠ 
Para o anatomista o normal está 
atrelado ao padrão, ao que é comum 
à maioria dos indivíduos. 
Anomalias ♥ 
Vimos que uma variação anatômica não 
acarreta prejuízo da função. Porém, 
podem ocorrer variações morfológicas 
que de fato culminam em distúrbios 
funcionais. Essas são chamadas, em 
anatomia, de “anomalias”. 
Fatores que contribuem para a 
variabilidade do corpo humano♥ 
►idade 
►sexo 
►etinia\raça 
►tipo morfológico 
 
Todos esses fatores contribuem para a variabilidade 
do ser humano. Quando estudamos anatomia, temos 
de ter em mente que o que está sendo lido é referente a 
um indivíduo “normal”, de altura “normal”, de peso 
“normal”, sem nenhuma característica preponderante 
individual. Em outras palavras: estuda-se o 
indivíduo que está na média, o mais “comum”. 
Posição anatômica♥ 
 
• O indivíduo está em pé (posição ortostática), 
com a face voltada para frente e o olhar 
dirigido para o horizonte. 
• Os membros superiores ficam estendidos e 
aplicados ao tronco, com as palmas das mãos 
voltadas para frente. 
• Os membros inferiores ficam unidos com as 
pontas dos pés dirigidas para a frente. 
 
Dessa maneira, não importa a posição do cadáver (decúbito 
dorsal, ventral, lateral, entre tantas outras), toda a descrição é 
feita considerando que o cadáver esteja na posição anatômica. 
 
 
 
Princípios da construção corpórea 
em vertebrados♥ 
►Antimeria 
 O plano mediano divide um corpo em duas 
metades (direita e esquerda). 
►Metameria 
 É o conceito no qual há uma superposição de 
segmentos semelhantes entre si (metâmeros) 
no sentido longitudinal. 
►Paquimeria 
 Esse princípio é caracterizado pelo fato de 
que o eixo do corpo é constituído, 
morfologicamente, por dois grandes tubos 
(paquímeros), um ventral, correspondente às 
vísceras, e o dorsal, correspondente ao 
sistema nervoso central. 
►Estratimeria 
 Em suma, o corpo humano é constituído por 
camadas (estratos) superpostos. 
 
Planos e eixos do corpo humano♥ 
 Um tangente ao ventre (frente) e 
um tangente ao dorso 
(popularmente conhecido como 
“as costas”) do indivíduo. Esses 
planos são denominados 
de plano anterior (ou frontal, ou 
ventral) e plano posterior (ou 
dorsal), respectivamente. 
 Dois planos tangentes aos lados 
do corpo do indivíduo, chamados 
de planos laterais direito e 
esquerdo (ou látero-laterais). 
 Um plano horizontal, tangente a 
cabeça do indivíduo, 
denominado de plano 
superior (ou cranial), e outro 
plano horizontal, tangente à 
planta dos pés do indivíduo, 
chamado de plano inferior (ou 
caudal). 
Esses planos anteriormente descritos são classificados como planos 
de delimitação. 
 
Eixo sagital: Esse eixo une o plano ventral ao 
plano dorsal. 
Eixo longitudinal: Une o plano cranial ao 
plano caudal. 
Eixo transversal: Une o plano lateral direito 
ao plano lateral esquerdo. 
Planos de secção (de corte)♥ 
Plano mediano 
É o plano de corte que divide o corpo 
humano em duas metades, direito e 
esquerdo. Quando esse corte é 
realizado exatamente no meio do 
corpo, alguns autores o denominam 
de plano sagital mediano. Quando 
esse corte é realizado 
paralelamente ao plano sagital 
mediano, o nome que se dá é “plano 
sagital”. Esse nome vem de uma 
estrutura anatômica situada no 
crânio, a sutura sagital. O plano sagital 
é, portanto, perpendicular ao eixo 
látero-lateral e paralelo ao 
anteroposterior. 
Plano frontal 
É o plano de secção que divide o 
corpo em duas metades, uma anterior 
e uma posterior (ventral e dorsal, 
respectivamente). É perpendicular ao 
eixo anteroposterior e paralelo ao 
plano látero-lateral. 
Plano transversal 
É o plano de corte que divide o corpo 
humano em metades superior e 
inferior. É paralelo ao plano 
craniocaudal 
Termos de posição e direção♥ 
Tabela 1: Principais termos de posição e 
descrição 
Anexo 1 
 
 
 
 
Anatomia sistêmica e topográfica♥ 
 
Anatomia sistêmica: 
Os sistemas são estudados de maneira isolada. 
Nesse sentido, um indivíduo que busca saber sobre 
uma artéria em particular necessita ir ao capítulo 
relacionado a todas as artérias do corpo humano. 
A abordagem sistêmica é capaz de fornecer bases 
fisiológicas para a compreensão da função dos 
diversos órgãos, por exemplo. 
 
Anatomia topográfica: 
Ocorre uma divisão por regiões do corpo humano. 
Desse modo, o aluno necessita ir ao capítulo da 
região a qual aquela artéria pertence. A anatomia 
topográfica dá mais margem ao aluno a explorar 
aspectos cirúrgicos regionais, o que facilita a relação 
com a prática clínica. 
 
 
Assim sendo, o corpo humano pode 
ser dividido, em geral, nos seguintes 
sistemas: 
 Sistema tegumentar: pele e anexos; 
 Sistema esquelético: ossos e 
articulações; 
 Sistema muscular: músculos e 
fáscias; 
 Sistema nervoso: central e 
periférico; 
 Sistema circulatório: corações e 
vasos, assim como os vasos linfáticos; 
 Sistema respiratório: vias aéreas e 
pulmões; 
 Sistema digestivo: trato 
gastrointestinal; 
 Sistema urinário: rins e vias 
urinárias; 
 Sistema genital: órgãos de 
reprodução; 
 Sistema endócrino; glândulas que 
produzem hormônios; 
 Sistema sensorial: órgãos de 
sentido. 
 
Já em uma abordagem topográfica, 
o corpo humano é geralmente 
dividido da seguinte maneira: 
 
 Cabeça 
Pescoço 
Tronco 
Tórax 
Abdome 
Pelve 
 Membros Superiores 
Ombro 
Braço 
Cotovelo 
Antebraço 
Punho 
Mão 
 Inferiores 
Quadril 
Coxa 
Joelho 
Perna 
Tornozelo 
Pé 
 
 
 
 Fontes indicam que a primeira 
dissecação ocorreu em 1315, na Itália 
(GHOSH, 2015). Nessa época, diversos 
países da Europa já buscavam legalizar 
a prática da dissecação em criminosos 
condenados (STANDRING, 2016). 
 Ainda na época de Vesalius, em 
torno de 1500, essa prática ainda 
era vista como tabu. O jovem 
anatomista utilizou-se de um 
subterfúgio para conseguir peças 
humanas: ia ao cemitério coletar 
ossadas de criminosos condenados à 
morte. 
 
 
Quando se fala em ética na anatomia, 
é necessário observar esse panorama 
histórico, que traz a evolução da 
sociedade quanto à dissecação. É 
impossívelanalisar caso a caso, assim 
como, é impossível trazer contextos 
de países e épocas diferentes. Desse 
modo, traremos de alguns eventos 
que ocorreram ao longo do tempo, o 
olhar da comunidade científica 
quanto à ética em anatomia e alguns 
aspectos pertinentes à legislação 
brasileira sobre o tema. 
 
 
 
 
 
 
Um dos melhores exemplos de 
falta de ética refere-se a um 
grupo de médicos nazistas. Esse 
grupo elaborou um atlas de 
anatomia através de dissecações 
e ilustrações de cadáveres de 
prisioneiros judeus que foram 
mortos no Holocausto durante a 
Segunda Guerra Mundial. Esse 
atlas é conhecido como o “Atlas 
de Pernkopf”. Evidentemente, 
nesse episódio, os anatomistas 
cometeram uma gravíssima 
violação de princípios éticos 
enraizados na anatomia, na 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Brasil, a lei é bastante clara quanto 
ao uso do cadáver. A Lei 8.501, de 30 de 
novembro de 1992, tem como objetivo 
propor o uso de cadáveres não 
reclamados para fins de pesquisa, ensino 
e extensão. Isso permite às instituições de 
ensino superior formarem grupos de 
captação e rastreamento desses cadáveres 
não reclamados, de modo a construir um 
laboratório com material o suficiente para 
os estudantes. 
Em relação à doação de cadáver, existem 
dois dispositivos legais: 
Artigo 14 da Lei 10.406 de 10 de janeiro de 
2002 
Permite a doação altruística ou para fins 
científicos do seu próprio corpo. 
 + 
Lei 9.434 de 4 de fevereiro de 1997 
Segundo a qual, para doação, é necessário 
autorização por escrito e diante de 
testemunhas, assim como especificar o que 
será doado. 
 
 A ética afeta todas as esferas da 
sociedade. O artigo 212 da Lei 
2.848 de 07 de dezembro de 1940 
prevê pena de reclusão e pagamento 
de multa por vilipêndio ao cadáver, 
ou seja, quando algum indivíduo 
trata o cadáver com desrespeito ou 
desdém. 
EXERCICIO 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. Assinale a alternativa verdadeira: 
o O plano sagital é perpendicular ao eixo 
látero-lateral e divide o corpo em 
metades superior e inferior. 
 
o O plano coronal é perpendicular ao eixo 
anteroposterior e divide o corpo em 
metades superior e inferior. 
 
o O plano sagital é perpendicular ao eixo 
látero-lateral e divide o corpo em 
metades direita e esquerda. 
 
o O plano transversal é perpendicular ao 
eixo látero-lateral e divide o corpo em 
metades superior e inferior. 
 
o Os planos são sempre paralelos aos eixos 
corporais. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. 
 
O plano sagital é um plano de corte que 
divide o corpo em duas metades (direita e 
esquerda). Esse plano é perpendicular ao 
eixo látero-lateral, pois forma um ângulo 
de 90° com esse eixo. Portanto, só resta 
uma alternativa correta. 
2. Suponhamos que existe uma estrutura C, 
situada entre as estruturas A e B. Em um 
contexto dos termos anatômicos, essa estrutura C 
poderia ser denominada de: 
o Intermédia 
 
o Lateral 
 
o Medial 
 
o Superior 
 
o Inferior 
 
o Comentário 
Parabéns! A alternativa "A" está 
correta. 
Grande parte dos termos anatômicos é utilizada 
para descrever a posição de uma determinada 
estrutura perante um contexto posicional dentro 
do corpo humano. Diz-se que uma estrutura é 
intermédia pelo fato de ela se situar entre duas 
estruturas, uma mais lateral, e uma mais 
medial. É um termo pouco utilizado na 
anatomia, mas importante para dar nome ao 
osso cuneiforme intermédio, por exemplo. 
 
 
Fim do capítulo 1 
 
 
 
 
 
MODULO 2 
Esse estudo é denominado de osteologia, 
que significa estudo dos ossos. O sistema 
esquelético é composto por um elemento 
principal: o osso. Esse elemento pode ser 
considerado um órgão. O osso, por si só, é 
um tecido vivo complexo e dinâmico e está 
sempre submetido a processos de 
remodelamento: construção de novo tecido 
ósseo e degradação de tecido ósseo 
“velho”. 
 
 
Funções 
O sistema esquelético possui inúmeras 
funções, a saber: 
 Suporte: Serve de arcabouço de 
sustentação para o corpo e 
providencia pontos de inserção 
para os tendões da grande 
maioria dos músculos 
esqueléticos. 
 
 Proteção: 
Devido à sua resistência, os ossos 
protegem diversos órgãos de lesões. 
O crânio, por exemplo, protege os 
elementos do sistema nervoso central, 
enquanto a caixa torácica protege o 
coração e os pulmões. 
 Movimento: 
 São considerados elementos 
passivos na dinâmica do 
movimento, mas são 
imprescindíveis para tal. 
 
 Homeostase mineral: 
Armazenam diversos minerais, 
em especial, cálcio e fósforo, e 
são capazes de liberar esses 
minerais de acordo com a 
necessidade 
 
 Armazenamento de triglicerídeos: 
Na vida adulta, o canal medular 
dos ossos longos é comumente 
preenchido por gordura, denominada 
de medula óssea amarela, o que faz 
com que os ossos sejam potenciais 
reservatórios de energia. 
 
 Hematopoese: 
Alguns ossos possuem a 
chamada “medula óssea 
vermelha”, que é capaz de gerar 
células sanguíneas vermelhas, 
brancas e plaquetas, no processo 
conhecido como hematopoese ou 
hematocitopoese. Essa 
característica é mais observada 
durante o período embrionário, 
mas, alguns ossos na vida adulta 
ainda retêm medula óssea 
vermelha, como o osso da pelve, 
o esterno e as vértebras. Cabe 
notar que procedimentos de 
coleta de medula óssea são 
frequentemente realizados nesses 
ossos. 
 
Divisões do esqueleto; 
O número de ossos no esqueleto pode 
variar para mais ou para menos de 
acordo com aspectos como a idade ou 
as variações anatômicas. 
 O esqueleto adulto, possui, em média, 
206 ossos. 
 Nas crianças, o número é 
frequentemente maior, pois algumas 
partes de ossos específicos só irão se 
fundir ao longo da vida. 
 Já os idosos possuem número menor 
de ossos, visto que há uma ossificação 
das articulações e subsequente fusão 
fisiológica de ossos (sinostose 
fisiológica). 
O esqueleto humano pode ser dividido 
em duas grandes porções: 
 
O esqueleto axial: Compreende os 
ossos que se situam no eixo central do 
corpo humano. 
O esqueleto apendicular: Compreende 
os ossos que estão nos membros e 
nos seus cíngulos. 
 
Um cíngulo é definido pelo conjunto de 
ossos que conectam o esqueleto 
apendicular ao esqueleto axial. 
 
 
Constituição dos ossos 
Em nível microscópico, o tecido ósseo 
possui uma abundante matriz 
extracelular que circunda as células 
ósseas de fato. Essa matriz possui em 
sua constituição em torno de 15% de 
água, 30% de colágeno e 55% de sais 
minerais cristalizados (fosfato de cálcio 
e hidróxido de cálcio, que formam, 
juntos, cristais de hidroxiapatita). Esse 
elemento mineral confere rigidez ao 
osso, enquanto o colágeno confere a 
flexibilidade e força de tensão. Além 
desses elementos, o tecido ósseo 
possui células específicas, que 
estudaremos, sucintamente, a seguir: 
 
 
São células não especializadas e que 
derivam do mesênquima. São células 
precursoras dos osteoblastos. 
 
 
São células ósseas jovens, que 
possuem a função de “criar” tecido 
ósseo. Assim sendo, elas sintetizam e 
secretam colágeno e outros 
componentes para formar a matriz 
extracelular óssea, além de começarem 
o processo de calcificação. 
 
 
São célula ósseas maduras. 
Nada mais são que osteoblastos 
que já secretaram o suficiente de 
matriz e ficaram “presos” nessa 
própria sintetização. São as 
células principais do tecido 
ósseo e são fundamentais para o 
metabolismo deste. 
 
 
São células ósseas gigantes, 
derivadas da união de monócitos 
(um tipo de célula sanguínea 
branca). Enquanto os 
osteoblastos são responsáveis 
pela construção de tecido ósseo, 
os osteoclastos possuem a função 
de degradar esse tecido 
(reabsorção óssea). 
 
 
É caracterizado por ter poucos espaços entre 
os elementos de constituição óssea. O osso 
compacto é mais rígido e resistente. Está 
presente na diáfise de ossos longos, por 
exemplo. Possui uma unidadeestrutural 
fundamental, denominada de ósteon (ou 
sistema de Havers). Esses ósteons possuem 
lamelas que se dispõem ao redor de um canal 
central (canal de Havers), que permite a 
passagem de vasos e nervos, além de serem 
paralelos à longitude do osso. Existe, no tecido 
ósseo compacto, a presença de canais 
transversais, denominados de canais 
perfurantes (canais de Volkmann) que se 
conectam com a cavidade medular, periósteo 
e o canal central. 
 
Também conhecido como “trabecular”. Está 
situado no interior dos ossos, geralmente 
protegido por uma camada de osso compacto. 
Possui uma série de trabéculas e, entre essas 
trabéculas, existe uma série de pequenos 
espaços que podem ser vistos a olho nu. 
Esses espaços estão repletos de medula 
óssea vermelha (nos ossos curtos) e medula 
óssea amarela (nos ossos longos adultos). 
As trabéculas do osso esponjoso ficam 
dispostas de forma orientada, no que se 
conhece como “linhas de estresse”, e 
permitem que um determinado osso resista a 
uma pressão sem ser lesionado. Isso pode ser 
evidenciado, por exemplo, na cabeça do 
fêmur, que recebe cargas do corpo na posição 
ortostática. 
 
Os ossos do corpo humano podem ser 
classificados em grandes cinco ou seis 
categorias, de acordo com seu formato e 
autor, a saber: 
 
 
 
Ossos longos 
Por definição, possuem um 
comprimento maior que largura. 
Grande parte dos ossos longos 
pertencem ao esqueleto 
apendicular, como, por exemplo, o 
úmero, fêmur, as falanges, a ulna, 
fíbula, entre outros. 
Ossos curtos 
São ossos com um formato 
cuboide que possuem medidas 
comprimento e largura similares. 
Os ossos do carpo e do tarso são 
bons exemplos de ossos curtos. 
Ossos irregulares 
São ossos que possuem formatos 
complexos e que não podem ser 
agrupados nas categorias estudadas 
anteriormente. Como exemplo, 
podemos citar as vértebras, o osso do 
quadril e alguns ossos do 
viscerocrânio (face). 
Ossos sessamoides 
São ossos que se desenvolvem dentro de 
tendões nos quais há considerável atrito ou 
estresse físico. Variam imensamente de número 
de pessoa para pessoa e nem sempre estão 
completamente ossificados. São, geralmente, 
pequenos em diâmetro. O maior osso sesamoide 
do corpo humano é a patela, situada no tendão 
do músculo quadríceps femoral. Os ossos 
sesamoides auxiliam na proteção do tendão e 
podem funcionar como uma polia, diminuindo o 
esforço que um determinado músculo necessita 
fazer para realizar um movimento. 
 
 
Morfologicamente, os ossos longos 
possuem a maior complexidade, pois 
possuem um maior número de elementos e 
divisões macroscópicas. Iremos analisá-las, 
fazendo referência aos demais tipos de 
ossos quando necessário. Um osso longo 
típico, possui as seguintes porções: 
 
É definida como o corpo do osso, ou seja, a 
porção mais longa, central e cilíndrica. Há 
presença significativa de tecido ósseo 
compacto. 
 
São as extremidades do osso e, por isso, 
podem ser chamadas de epífise proximal e 
epífise distal. Há presença significativa de 
tecido ósseo trabecular. 
 
São as regiões entre as epífises e as diáfises. 
São importantes durante o crescimento 
ósseo, pois nessa região está situada a 
placa epifisária ou o disco epifisário, uma 
estrutura de cartilagem hialina que permite 
que o osso cresça em comprimento. Após 
cumprir seu papel, essa placa se ossifica e 
se torna somente uma linha, denominada 
de linha epifisária (BERENDSEN; OLSEN, 
2015). 
 
É um revestimento cartilaginoso que cobre 
parte da epífise de um osso que se articula. 
Está presente não somente em ossos 
longos, mas nos demais tipos de ossos, 
exatamente nessas mesmas porções onde 
há uma articulação. 
 
É um canal geralmente cilíndrico, situado 
internamente à diáfise. É preenchido por 
medula óssea amarela nos adultos. Essa 
cavidade diminui o peso de um osso sem 
perda de resistência. 
 
Além de todos os elementos de 
constituição que já estudamos, um osso é 
provido de duas camadas, a saber: 
Uma membrana resistente de tecido 
conjuntivo. Está associada ao suprimento 
sanguíneo e à inervação de um osso. O 
periósteo auxilia no crescimento do osso, 
porém somente em espessura. Além de 
ter papel de proteção, o periósteo possui 
funções como acelerar processo de reparo 
de fraturas, nutrição e inervação e serve 
como ponto de ancoragem para 
ligamentos e músculos. 
É uma camada fina que reveste a superfície 
interna do canal medular, possui função de 
vascularização, assim como o periósteo. 
O osso é altamente vascularizado e inervado. Os 
vasos sanguíneos são mais abundantes nas 
porções que possuem tecido ósseo trabecular 
(medula óssea vermelha), e esses vasos e nervos 
penetram no osso através do periósteo. Para fins 
de descrição da vascularização e inervação de 
um osso, iremos utilizar os ossos longos como 
exemplo. 
São artérias pequenas que nutrem o 
periósteo e a parte externa do osso 
compacto, entram pela diáfise através dos 
canais perfurantes (de Volkmann). 
É uma artéria de maior calibre e, 
frequentemente, entra na diáfise do osso 
através de um forame, denominado de 
forame nutrício. Ao entrar na superfície 
interna do osso, divide-se em dois grandes 
ramos (distal e proximal) que seguem para 
as suas respectivas extremidades. Essa 
artéria e seus ramos irão nutrir a superfície 
interna do tecido compacto, o tecido 
esponjoso e as placas epifisárias. 
 
São artérias de menor calibre, que irão 
irrigar, também, suas respectivas porções. 
Formam uma rede anastomótica com os 
vasos nutrícios. 
Ao se deparar com um osso, note que ele 
apresenta uma série de acidentes e 
irregularidades que podem ser definidos e 
rotulados de diversas maneiras. Essas 
irregularidades das superfícies, também 
denominadas de pontos de reparo ou 
acidentes ósseos, são mais fáceis de serem 
observadas em um osso isolado e seco, no 
qual o periósteo e a cartilagem articular 
foram removidos previamente. São mais 
salientes de acordo com a tensão devido à 
tração de tendões, músculos, ligamentos ou 
pela relação do osso com um vaso, nervo 
ou tendão. 
 
 
 As aberturas e depressões. 
 
 Os processos ou proeminências, 
denominados antigamente de 
apófises. 
 
Na tabela a seguir, iremos dar 
nome a algumas dessas 
impressões e defini-las. (anexo 
2) 
 
O processo de formação óssea é 
denominado de ossificação, ou 
osteogênese, e ocorre em quatro 
situações: 
1. A formação inicial dos 
ossos durante o período 
embrionário 
2. Durante o crescimento dos 
ossos até a idade adulta. 
3. Durante a remodelação 
óssea (substituição de 
“osso velho” por novo 
tecido ósseo ao longo da 
vida). 
4. Durante o reparo de 
fraturas. 
 
Existem duas modalidades de 
osteogênese. 
 Ambas envolvem a 
substituição de um tecido 
conjuntivo preexistente por 
osso, porém ocorrem de modo 
diferente. No primeiro tipo de 
ossificação, denominado de 
intramembranosa, o osso se 
forma diretamente no 
mesênquima, que é organizado 
em camadas semelhantes a 
folhas que lembram 
membranas. No segundo tipo, 
denominado de ossificação 
endocondral, o osso se forma a 
partir de um molde de 
cartilagem hialina. 
 
É a forma mais simples de 
ossificação. Os ossos planos do 
crânio, a maioria dos ossos 
faciais, parte da mandíbula e a 
parte medial da clavícula 
passam por esse tipo de 
processo. Nos ossos do crânio, 
as fontanelas (conhecidas 
popularmente como 
“moleiras”) são frutos da 
ossificação intramembranosa. 
Esses fontículos permitem a 
passagem do feto pelo canal 
vaginal e, posteriormente, se 
ossificam. A ossificação 
intramembranosa tem as 
seguintes etapas: 
No local onde o osso se desenvolverá, sinais 
químicos específicos fazem com que as 
células do mesênquima se agrupem e se 
diferenciem primeiro em células 
osteoprogenitoras e depois em 
osteoblastos. O local desse aglomerado é 
denominado centro de ossificação. Os 
osteoblastos secretama matriz extracelular 
orgânica do osso até serem circundados por 
ela. 
 
A secreção da matriz extracelular cessa e, 
ao longo dos dias, ocorre um depósito de 
cálcio e demais sais minerais e a matriz 
extracelular endurece ou calcifica. 
 
À medida que a matriz extracelular óssea se 
forma, ela se desenvolve em trabéculas que 
se fundem para formar o tecido ósseo 
esponjoso ao redor da rede de vasos 
sanguíneos. O tecido conjuntivo ao redor 
dos vasos sanguíneos nas trabéculas se 
diferencia em medula óssea vermelha. 
 
Em conjunto com a formação de trabéculas, 
o mesênquima se condensa na periferia do 
osso e forma o periósteo. Uma fina camada 
de osso compacto substitui as camadas 
superficiais do osso esponjoso, enquanto 
este é preservado no centro. Após isso, o 
osso é constantemente remodelado até 
chegar ao seu tamanho e forma normais 
para a vida adulta. 
Nessa forma de ossificação, há a 
formação de osso a partir de um molde 
de cartilagem hialina. A grande maioria 
dos ossos do corpo humano são 
formados a partir desse tipo. 
No local onde o osso vai se formar, 
mensagens químicas específicas fazem com 
que as células do mesênquima se 
aglomerem na forma geral do futuro osso e 
se desenvolvam em condroblastos, que 
secretam cartilagem hialina na forma do 
molde. Uma cobertura chamada 
pericôndrio se desenvolve em torno do 
modelo de cartilagem. 
 
Uma vez que os condroblastos ficam 
profundamente enterrados na matriz 
extracelular da cartilagem, eles se tornam 
condrócitos. O molde de cartilagem cresce 
em comprimento por divisão celular 
contínua de condrócitos, acompanhada por 
mais secreção da matriz extracelular da 
cartilagem (crescimento intersticial). O 
crescimento em espessura se dá pelo 
acúmulo da matriz extracelular na 
superfície do molde por novos 
condroblastos (crescimento aposicional). 
 
A ossificação primária vai da superfície 
externa para a interna do osso. Uma artéria 
nutrícia penetra no pericôndrio e no molde 
cartilaginoso, que por sua vez faz com que 
as células osteoprogenitoras no pericôndrio 
virem osteoblastos. Já há formação do 
periósteo. No centro do molde, há o 
aparecimento de um centro de ossificação 
primário, uma região onde o tecido ósseo 
substituirá a maior parte da cartilagem. A 
ossificação primária se espalha a partir 
desse local central em direção a ambas as 
extremidades. 
 
À medida que o centro de ossificação 
primário cresce em direção às 
extremidades do osso, os osteoclastos 
quebram algumas das trabéculas ósseas 
esponjosas recém-formadas. Essa atividade 
forma o canal medular na diáfise. A parede 
do corpo é substituída por osso compacto. 
 
Quando ramos da artéria epifisária entram 
nas epífises, centros de ossificação 
secundários se desenvolvem, geralmente 
por volta da época do nascimento. A 
formação óssea é semelhante ao que 
ocorre nos centros de ossificação primários, 
porém o osso esponjoso permanece. 
 
A cartilagem hialina que recobre as epífises 
torna-se a cartilagem articular. Antes da 
idade adulta, a cartilagem hialina 
permanece entre a diáfise e a epífise como 
disco epifisário ou placa epifisária (de 
crescimento) - região responsável pelo 
crescimento longitudinal dos ossos longos, 
como já visto anteriormente. Esse processo 
ocorre até o início da vida adulta. 
VERIFICANDO O 
APRENDIZADO 
1. O osso passa por processos de 
remodelamento e reabsorção ao longo da 
vida, ou seja, a todo momento tecido 
ósseo velho está sendo degradado e 
tecido ósseo jovem está sendo formado. 
As células que são responsáveis pela 
secreção e degradação de matriz celular 
óssea são, respectivamente: 
o Os osteócitos e os 
osteoclastos 
 
o Os osteoblastos e 
osteoclastos 
 
o Os osteoclastos e 
osteoblastos 
 
o Os osteócitos e os 
osteoblastos 
 
o Osteofitose e 
Osteoblastos 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "B" 
está correta. 
A produção de matriz celular óssea é 
dada por células denominadas de 
osteoblastos. O sufixo “blasto” indica que 
origina algo. O osteoblasto, 
histologicamente, falando, possui um 
núcleo, e as células estão sempre 
agrupadas. Já a degradação de matriz 
óssea é dada pelos osteoclastos. O sufixo 
“clasto” indica que é célula que degrada 
algo. 
2. A osteogênese pode ocorrer de 
duas formas, através ossificação 
intramembranosa ou da ossificação 
endocondral. A ossificação 
endocondral implica no surgimento 
de uma estrutura situada entre a 
diáfise e a epífise de um osso longo. 
Essa estrutura fornece o 
crescimento em comprimento de 
um osso até a idade adulta. 
Assinale a alternativa que nomeia 
corretamente essa estrutura. 
 
o Disco epifisário 
 
o Metáfise 
 
o Medula óssea vermelha 
 
o Canal medular 
 
o Medula óssea amarela 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "A" está 
correta. 
 
O disco epifisário é formado somente durante a 
ossificação endocondral. O comprimento total de 
um osso é dado graças a essa estrutura. 
 
 
 
 
 
 
Fim do modulo 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODULO 3 
 
Reconhecer as generalidades sobre a 
anatomia do sistema articular. 
Os ossos são elementos rígidos e, portanto, 
carecem de movimento. 
As articulações são um componente vital do 
aparelho locomotor, pois fornecem uma união de 
peças ósseas, permitindo os movimentos. 
As articulações podem ser classificadas 
estruturalmente, com base em suas características 
anatômicas, e funcionalmente, com base no tipo 
de movimento que elas permitem. A classificação 
estrutural das articulações é baseada em dois 
critérios: 
A presença ou ausência de um espaço entre os 
ossos articulares, denominado cavidade sinovial. 
O tipo de tecido conjuntivo que une os ossos. 
Na classificação funcional, temos as: 
• Sinartroses (imóveis) 
• Anfiartroses (pouco móveis) 
• Diartroses (bastante móveis) 
≠ 
Já na classificação estrutural, temos as 
articulações: 
• Fibrosas 
• Cartilaginosas 
• Sinoviais 
Articulações fibrosas 
A principal característica das articulações fibrosas é 
a ausência de uma cavidade articular. Nesse 
sentido, os ossos que apresentam essa articulação 
estão situados próximos uns dos outros e são 
unidos por uma camada densa de tecido 
conjuntivo não modelado. 
Existem três subdivisões dentro das articulações 
fibrosas: 
 Suturas 
 Sindesmoses 
 Membranas interósseas; 
Suturas 
São articulações fibrosas compostas por uma 
camada densa e irregular de tecido conjuntivo. 
Ocorrem apenas entre os ossos do crânio. 
Podemos citar como exemplo a sutura coronal, 
entre os ossos parietais e frontais, e a sutura 
sagital, entre os ossos parietais e occipitais. As 
bordas irregulares e entrelaçadas das suturas lhes 
conferem maior resistência e menor chance de 
fraturas. Eles são imóveis na vida adulta e 
ligeiramente móveis até pouco depois do 
nascimento, de modo a permitir a cabeça do feto 
passar pelo canal de parto. 
As suturas desempenham um papel importante na 
absorção de choque no crânio. Após o 
envelhecimento, a tendência é que essas suturas 
desapareçam em um fenômeno conhecido 
como sinostose fisiológica. Perceba na imagem a 
presença das fontanelas (anterior e posterior) no 
início da fotografia e o desaparecimento destas no 
final. 
 
 
 
 
Sindesmoses 
A sindesmose é uma articulação fibrosa em que há 
uma distância maior entre as superfícies 
articulares, além de possuir um tecido conjuntivo 
irregular mais denso do que em uma sutura. O 
tecido conjuntivo denso e irregular é tipicamente 
organizado como um feixe (ligamento) e permite 
que a articulação realize movimentos limitados. 
 
O exemplo mais clássico de sindesmose é a 
articulação tibiofibular distal, na qual o 
ligamento tibiofibular anterior conecta a 
tíbia e a fíbula, permitindo movimentos 
discretos. 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda dentro das sindesmoses, podemos 
destacar o subgrupo das gonfoses: 
articulações entre a raiz dos dentes eos 
alvéolos da maxila ou da mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Membranas interósseas 
São formadas por uma camada substancial de 
tecido conjuntivo denso e irregular que liga os 
ossos longos vizinhos e permite movimentos leves. 
Existem duas principais membranas interósseas no 
corpo humano: 
 
 Uma entre o rádio e a ulna 
 
 Outra entre a tíbia e a fíbula 
 
 
Articulações cartilaginosas 
As articulações cartilaginosas também não 
possuem uma cavidade sinovial, ou seja, uma 
verdadeira cavidade entre as superfícies 
articulares. Permitem movimentos discretos. 
Nesse tipo de articulação, as peças ósseas são 
conectadas firmemente por cartilagem hialina 
ou fibrocartilagem. 
 
São articulações cartilaginosas nas quais o 
material que une as superfícies articulares é a 
cartilagem hialina. Um exemplo pode ser visto 
durante a osteogênese, na placa epifisária ou no 
disco epifisário. Essa placa une a epífise e a 
diáfise de um osso em crescimento. Ao longo do 
desenvolvimento longitudinal do osso, a 
tendência é que o disco epifisário 
desapareça. Outros exemplos podem ser 
observados entre a primeira costela e o 
esterno, que também se ossifica. 
 
Nesse subgrupo de articulações cartilaginosas, 
podemos observar que a superfície articular dos 
ossos está revestida por cartilagem hialina, 
porém, o meio de união é dado por um disco 
robusto de fibrocartilagem. São ligeiramente 
móveis. Todas as sínfises ocorrem no eixo 
central do corpo. 
Exemplos de sínfises são: entre as superfícies 
anteriores dos ossos do quadril (sínfise púbica); 
entre o manúbrio e o corpo do esterno (sínfise 
manubrioesternal) e nas articulações 
intervertebrais entre os corpos das vértebras 
(disco intervertebral). 
 
 
Articulações sinoviais 
Sob o ponto de vista anatômico, as articulações 
sinoviais são as mais complexas, pois possuem 
os componentes das articulações fibrosas e 
cartilaginosas, assim como, componentes 
próprios. 
Assim como os demais tipos de articulação, as 
superfícies ósseas das peças que compõem uma 
articulação sinovial são recobertas por uma 
camada de cartilagem hialina, chamada 
de cartilagem articular. 
Conheça a seguir os elementos comuns a todas 
as articulações sinoviais. 
 
É um elemento exclusivo das articulações 
sinoviais. A cápsula articular é uma estrutura em 
formato de manguito, que recobre as 
superfícies ósseas de contato e delimita um 
espaço denominado de cavidade sinovial. A 
cápsula articular é composta por duas camadas: 
Uma membrana fibrosa externa 
Uma membrana sinovial interna 
A membrana fibrosa é formada por tecido 
conjuntivo denso e se liga ao periósteo dos 
ossos articulados. A flexibilidade da membrana 
fibrosa permite um movimento considerável em 
uma articulação, enquanto sua grande força de 
tração ajuda a prevenir o desencaixe dos ossos. 
javascript:void(0)
A camada interna da cápsula articular, a 
membrana sinovial, é composta de tecido 
conjuntivo areolar com fibras elásticas. Em 
muitas articulações sinoviais, a membrana 
sinovial inclui acúmulos de tecido adiposo, 
chamados de coxins de adiposos, como por 
exemplo na articulação do joelho. Dentro da 
cápsula articular, temos um espaço, que é 
chamado de cavidade sinovial. Essa cavidade 
sinovial é preenchida pelas superfícies 
articulares das peças ósseas e possui um líquido, 
denominado de líquido sinovial, que é secretado 
pela camada interna da cápsula articular. 
Os ligamentos são comuns a todas as 
articulações que já estudamos, ou seja, não é 
um elemento exclusivo das sinoviais. Os 
ligamentos são feixes fibrosos mais resistentes 
que limitam o movimento e reforçam a 
articulação. Esses ligamentos podem ser 
divididos em: 
Capsulares: Os ligamentos capsulares são 
espessamentos da própria cápsula articular. 
Extracapsulares: Os ligamentos 
extracapsulares são ligamentos que estão fora 
da cápsula articular, como, por exemplo, o 
ligamento colateral tibial e o ligamento colateral 
fibular, na articulação do joelho. 
Intracapsulares: Os ligamentos 
intracapsulares são ligamentos que estão dentro 
da cápsula articular, porém estão alheios à 
cavidade sinovial devido à presença de pregas. 
Como exemplos, podemos citar os ligamentos 
cruzados do joelho, assim como os ligamentos 
glenoumerais da articulação do ombro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lábios 
Os lábios podem ser encontrados nas 
articulações do ombro e quadril. São estruturas 
fibrocartilaginosas que se estendem da borda 
do encaixe articular. 
O lábio ajuda a aprofundar a superfície de 
encaixe e aumenta a área de contato das peças 
ósseas. 
Discos e meniscos 
Dentro da cápsula de algumas articulações 
sinoviais, como na do joelho, podemos verificar 
a presença de estruturas fibrocartilaginosas em 
formato de meia lua: são os meniscos. 
Já na articulação temporomandibular, há a 
presença de estruturas fibrocartilaginosas em 
formato ovalado ou circular: são os discos. 
 
 
 
Os discos e os meniscos possuem as seguintes 
funções: 
 Absorção de choque. 
 Melhor ajuste entre superfícies ósseas articuladas. 
 Fornecer superfícies adaptáveis para movimentos 
combinados. 
 Distribuir peso sobre uma superfície de contato maior. 
 Auxiliar na distribuição de líquido sinovial. 
 
 
Bolsas e bainhas sinoviais 
 
O movimento natural do esqueleto e das 
articulações cria atrito entre estes. Estruturas 
semelhantes a sacos, denominadas de bolsas, 
estão situadas em diversos pontos de uma 
articulação ou perto de tendões musculares 
para aliviar o atrito. As bolsas sinoviais são 
preenchidas por líquido sinovial. 
Podemos encontrá-las principalmente nas 
articulações do ombro, quadril e joelho, porém, 
podem estar localizadas entre a pele e os ossos, 
tendões e ossos, músculos e ossos ou 
ligamentos e ossos. 
 
 
Já as bainhas sinoviais são estruturas em forma 
tubular, mas também possuem o mesmo 
propósito das bolsas: diminuir o atrito. Elas 
revestem alguns tendões, especialmente nas 
regiões onde estes passam por sulcos ou túneis, 
como o tendão da cabeça longa do músculo 
bíceps braquial, que passa pelo sulco 
intertubercular no úmero, ou os tendões dos 
músculos, que passam pelo túnel do tarso, no 
tornozelo. 
 
A camada interna de uma bainha sinovial, a 
camada visceral, é fixada à superfície do tendão. 
 
 Já a camada externa, conhecida como 
camada parietal, está presa ao osso. 
 
 Entre as camadas, há uma cavidade que 
contém uma pequena quantidade de 
líquido sinovial. 
 
Movimento das articulações sinoviais 
 
As articulações permitem amplos 
movimentos. Esses movimentos possuem 
termos específicos e indicam a direção e a 
relação de uma parte do corpo com outra 
durante esse movimento. 
 
Eles podem ser agrupados em quatro 
categorias, a saber: movimentos por 
deslizamento, movimentos angulares, 
movimentos de rotação e movimentos 
especiais, que podem ser realizados 
somente por articulações específicas. 
 
Os movimentos de deslizamento são 
simples: as superfícies ósseas (que são quase 
planas) se movem para frente e para trás e 
de um lado para outro. Os movimentos de 
deslizamento são limitados em alcance 
devido à estrutura da cápsula articular, 
ligamentos associados e ossos; no entanto, 
esses movimentos também podem ser 
combinados com rotação. 
 
 
Os movimentos angulares, como o 
nome indica, formam ângulos entre 
porções do corpo. São chamados de: 
 Flexão 
 Extensão 
 Abdução 
 Adução 
 Circundução 
 
 
Os movimentos de rotação ocorrem 
quando um osso gira em torno do seu 
próprio eixo, por exemplo no ato de 
gesticular “não”, com a cabeça. Em 
alguns casos, essa rotação pode ser 
lateral (externa) ou medial (interna). 
Ocorrem no plano transverso e no eixo 
craniocaudal. 
 
 
Tabela 4: Movimentos especiais 
realizados pelas articulações sinoviais. 
 Anexo3 
 
 
 
 
 
 
 
Veja na imagem que, durante a 
pronação, a palma da mão é posterior e 
há um cruzamento entre o rádio e a 
ulna, enquanto na supinação, a palma da 
mão é anterior. 
 
Tipos de articulações sinoviais 
As articulações sinoviais podem ser 
divididas de acordo com a superfície de 
encaixe dos ossos. Esses diferentes tipos 
de articulações permitem os variados 
movimentos. Essas articulações podem 
ser classificadas em uniaxiais, biaxiais ou 
triaxiais, dependendo da quantidade de 
eixos em que a articulação permite o 
deslocamento. 
 
 
Articulação sinovial plana 
A superfície articular dos ossos é plana. 
Permitem movimentos de deslizamento 
e algumas, permitem movimentos de 
rotação, como a articulação 
acromioclavicular e as articulações 
esternocostais, fundamentais para a 
dinâmica respiratória. 
Articulação em dobradiça 
Também são conhecidas como 
“gínglimo”. Aqui, a superfície convexa de 
um osso se encaixa na superfície côncava 
de outro osso. Essas articulações 
permitem movimentos de flexão e 
extensão, por isso são consideradas 
uniaxiais (trabalham no eixo látero-
lateral). Como exemplo, temos a 
articulação do cotovelo. 
Articulação em pivô (trocoide) 
Nesse tipo, há uma superfície óssea 
arredondada ou pontiaguda que se 
articula com um anel formado em parte 
por outro osso e em parte por um 
ligamento. São uniaxiais, pois permitem 
somente a rotação em torno de seu 
próprio eixo. A articulação atlantoaxial 
(empregada quando quer se gesticular 
“não” com a cabeça) é um exemplo de 
articulação trocoide. 
Articulação condilar (elipsoide) 
Uma projeção convexa em forma oval de 
um osso se encaixa em uma depressão 
ovalada de outro osso. São biaxiais, pois 
permitem movimentos de flexão, 
extensão, abdução e adução. A 
articulação do punho (radiocarpal) é um 
exemplo de articulação condilar. 
Articulação selar 
A superfície articular de um osso é em 
forma de sela, e a superfície articular do 
outro osso se encaixa nela como um 
cavaleiro sentado na sela de um cavalo. 
São biaxiais e permitem movimentos de 
flexão, extensão, abdução e adução. A 
articulação entre o osso trapézio e o 
primeiro metacarpo (do polegar) é um 
exemplo de articulação selar. 
Articulação esferoide 
São triaxiais, sendo assim, permitem 
movimentos em todos os eixos (flexão, 
extensão, abdução, adução e rotação). 
Ocorrem quando uma superfície esférica 
se encaixa em uma depressão côncava. 
As únicas articulações esferoides podem 
ser encontradas no ombro, quando a 
cabeça do úmero se encaixa na cavidade 
glenoidal da escápula, e no quadril, 
quando a cabeça do fêmur se encaixa no 
acetábulo. 
 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. As articulações são definidas como 
pontes de conexão entre peças ósseas. 
As articulações podem ser classificadas 
em três tipos distintos, sob o ponto de 
vista estrutural. Entre esses tipos, temos 
as articulações cartilaginosas, que 
podem ser subdividas em: 
Gínglimo e sincondroses 
Sínfises e membrana interóssea 
Sindesmoses e sínfises 
Sincondroses e sínfises 
Meniscos e ligamentos 
Parabéns! A alternativa "D" está correta. 
 
As articulações cartilaginosas possuem dois 
subgrupos, as sincondroses e as sínfises. As 
sincondroses ocorrem, majoritariamente, 
durante a ossificação endocondral. As 
sínfises fazem a conexão entre peças ósseas 
através de fibrocartilagem. Podemos citar 
como exemplo a sínfise púbica. 
 
 
 
 
 
2. As articulações sinoviais permitem grande 
mobilidade. Isso se deve ao fato de que 
possuem uma cavidade articular. Essa 
cavidade é delimitada por uma cápsula, que 
funciona como uma espécie de manguito. As 
articulações sinoviais podem ser subdividas 
de acordo com a forma que é realizado o 
encaixe. A partir disso, podem ser uniaxiais, 
biaxiais ou triaxiais, de acordo com os 
movimentos que podem efetuar. As 
articulações sinoviais do tipo gínglimo 
podem ser classificadas em uniaxiais. Quais 
movimentos ela permite, e em qual eixo 
esses movimentos ocorrem? 
Flexão e extensão, que ocorrem no 
eixo longitudinal 
Flexão e extensão, que ocorrem no 
eixo látero-lateral 
Adução e abdução, que ocorrem no 
eixo anteroposterior 
Adução e abdução, que ocorrem no 
eixo látero-lateral 
Flexão e abdução no eixo sagital 
Parabéns! A alternativa "B" está correta. 
Um gínglimo, também conhecido como 
dobradiça, permite movimentos de 
flexão e extensão, sendo que ambos 
ocorrem no eixo látero-lateral (ou 
transversal). 
 
 
Fim do modulo 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modulo 4 
 
Generalidades, tipos e funções do 
tecido muscular 
O movimento resulta do papel dos 
músculos devido à alternância de 
contração e relaxamento destes. Para 
gerar movimento, é necessário que o 
músculo transforme energia química em 
mecânica e, dessa forma, realize 
trabalho. 
 
Os tecidos musculares podem ser 
divididos em três: 
 Músculos estriados esqueléticos 
 Músculo estriado cardíaco (coração) 
 Músculos lisos (órgãos abdominais, 
vasos, entre outros) 
 
Em relação aos músculos como um todo, 
podemos observar as seguintes funções: 
 
 Produção de movimento 
 
 Estabilização da posição do corpo 
 
 Armazenamento e liberação de 
conteúdo (através dos esfíncteres) 
 
 Termogênese (geração de calor) 
 
Ainda, para serem funcionais, os 
músculos necessitam ter quatro 
propriedades, a saber: 
 Excitabilidade eletroquímica: A 
habilidade de responder a estímulos 
elétricos e químicos. 
 Contratilidade: A capacidade de se 
contrair mediante a um estímulo. 
 Extensibilidade: A capacidade de se 
alongar, nos parâmetros fisiológicos, 
sem ser lesionado. 
 Elasticidade: A capacidade de retornar 
ao seu estado original após contração 
 
Constituição e anexos dos músculos estriados 
esqueléticos 
Cada um dos músculos esqueléticos 
pode ser considerado um órgão 
composto por milhares de células, que 
são chamadas de fibras musculares. O 
músculo esquelético também contém 
tecidos conjuntivos em torno das fibras 
musculares, que podem ser chamados 
de anexos. 
 
 Microscopicamente, a fibra muscular é 
composta por uma série de filamentos 
que se agrupam e que são revestidos 
por uma camada denominada de 
endomísio. 
 
 Essas fibras musculares se agrupam e 
são revestidas por uma camada 
chamada de perimísio. 
 
 Esse agrupamento de fibras musculares 
forma uma estrutura denominada de 
fascículo muscular. 
 
Existem fibras musculares especializadas 
denominadas de fuso muscular. O fuso muscular 
é na verdade um grande receptor sensorial de 
propriocepção, ou seja, envia informações ao 
sistema nervoso central sobre a posição e grau 
de estiramento dos músculos. À medida que os 
fascículos musculares vão se agrupando, o ventre 
muscular (parte carnosa) é formado. Esse ventre 
é revestido por uma camada denominada de 
epimísio. 
 
 Essas camadas (epimísio, perimísio e 
endomísio) são extensões do tecido 
conjuntivo que circundam o músculo e 
são coletivamente denominadas 
de fáscia. Essa fáscia pode se tornar mais 
espessa dependendo da região. 
 Quando essa porção é cilíndrica, dá-se o 
nome de tendão. 
 Quando essa porção tem 
formato laminar, dá-se o nome 
de aponeurose. 
 
As aponeuroses e os tendões correm em 
direção ao periósteo para se fixar nos 
ossos. Apesar disso, alguns músculos se 
fixam em outros ou até nas aponeuroses 
dos músculos do lado oposto, como é o 
caso da musculatura da parede 
abdominal. 
 
 
 
As aponeuroses e os tendões correm em 
direção ao periósteo para se fixar nos ossos. 
Apesar disso, alguns músculos se fixam em 
outros ou até nas aponeuroses dos músculos 
do lado oposto, como é o caso da 
musculatura da parede abdominal. 
 
Quando se fala em contraçãomuscular, 
precisamos ter em mente que as próprias 
fibras musculares são compostas por 
estruturas microscópicas denominadas 
de miofibrilas. Essas miofibrilas 
possuem proteínas filamentosas que 
permitem a contração e relaxamento. 
Um aspecto importante para a manutenção 
da postura é o conceito de “tônus 
muscular”. Esse conceito diz que a 
musculatura, mesmo em estado de repouso, 
está ligeiramente contraída. Esse tônus 
muscular não produz movimento ou 
resistência e tem como propósito dar 
firmeza à sustentação e estabilizar as 
articulações. É graças ao tônus muscular que 
um músculo pode ser ativado com certa 
facilidade, pois já está em estágio de ligeira 
contração. O tônus muscular só está 
ausente em algumas ocasiões, como no 
sono profundo, quando um indivíduo está 
sob sedação ou quando há uma lesão que 
resulta em paralisia. 
 
Componentes anatômicos e 
classificação dos músculos estriados 
esqueléticos 
um músculo estriado esquelético possui 
duas grandes porções: uma carnosa, 
denominada de ventre, e uma formada por 
tecido conjuntivo, denominada de tendão 
ou aponeurose. A contração ocorre na parte 
carnosa do músculo, e os tendões 
funcionam como alavanca e ancoram o 
músculo em um osso ou articulação, na 
maioria dos casos. Para tal, um músculo 
estriado esquelético dispõe de uma 
“origem” e uma “inserção”, ou seja, o local 
no qual surge e o local ao qual se dirige. Por 
definição: 
 Origem é o nome que se dá para o 
local estático durante um movimento. 
 Inserção é o nome que se dá à 
parte móvel durante um movimento. 
Sendo assim, de acordo com o movimento 
que um músculo irá realizar, a origem e a 
inserção irão mudar. 
 
isso torna o estudo da musculatura bastante 
confuso. Por conta disso, convencionou-se 
que a porção mais proximal é geralmente a 
origem, enquanto a porção distal de um 
músculo é geralmente sua inserção. 
 
 
 
 
 
Os músculos estriados esqueléticos podem ser 
classificados de acordo com a sua função em: 
 Agonista: O músculo principal de um 
determinado movimento (ex. músculo 
bíceps braquial na flexão do cotovelo). 
 Antagonista: O músculo que se opõe a um 
determinado movimento (ex. músculo 
tríceps braquial na flexão do cotovelo). 
 Sinegistas: Músculos que auxiliam o 
movimento principal (ex. músculo braquial 
durante a flexão do cotovelo); 
 Estabilizadores: Músculos que estabilizam 
uma determinada região para um 
movimento acontecer (ex. músculos 
próximos à escápula fixam o osso durante 
uma abdução do ombro). 
Os músculos estriados esqueléticos se agrupam em 
regiões denominadas de compartimentos. 
 Os músculos de um mesmo 
compartimento, geralmente, 
são sinergistas. 
 Os músculos de um compartimento do lado 
oposto são os antagonistas. 
 
Os músculos podem ser classificados 
também de acordo com a disposição e a 
quantidade dos fascículos musculares, a 
saber: 
Paralelo: Fascículos paralelos ao eixo 
longitudinal do músculo. Possuem uma 
origem e inserção tendinosa. 
Fusiforme: Fascículos quase paralelos ao 
eixo longitudinal do músculo. São similares 
aos paralelos, mas o diâmetro do ventre é 
maior do que nos tendões. 
Circular: Fascículos em arranjos circulares. 
Formam os músculos esfincterianos que 
circundam um orifício. 
Triangular: Fascículos espalhados por uma 
área ampla e que convergem em um tendão 
central espesso, dando ao músculo uma 
aparência triangular. 
Unipenado, bipenado ou multipenado: 
Possuem fascículos situados apenas de um 
lado do tendão (uni); dos dois lados do 
tendão (bi); ou fascículos dispostos 
obliquamente em muitas direções para 
vários tendões (multi). 
Digástrico: Com dois ventres musculares. 
Poligástrico: Com muitos ventres 
musculares. 
 
Nomenclatura dos músculos estriados 
esqueléticos: 
A musculatura do corpo humano é bastante 
complexa e existem mais de 500 músculos presentes 
no corpo. Nomeá-los exige um exercício de 
combinação, visto que os nomes da maioria dos 
músculos esqueléticos contêm combinações das 
raízes da palavra de suas características principais. 
Dessa maneira, um músculo pode ser nomeado de 
acordo com as seguintes características: 
 
 O padrão de disposição dos fascículos: 
Músculo reto do abdome; músculo 
oblíquo interno. 
 O tamanho: Músculo glúteo máximo; 
músculo glúteo mínimo; músculo 
latíssimo do dorso; músculo peitoral 
maior. 
 A forma: Músculo deltoide; músculo 
piriforme; músculo romboide maior; 
músculo serrátil anterior. 
 A ação: Músculo flexor longo do 
polegar; músculo levantador da 
escápula; músculo supinador; músculo 
extensor dos dedos. 
 O numero das origens: Músculo bíceps 
braquial; músculo tríceps braquial; 
músculo quadríceps femoral 
 
 A localização do músculo: Músculo 
temporal; músculo latíssimo do dorso; 
músculo peitoral maior. 
 
 Locais de origem e inserção do musculo: 
Músculo esternocleidomastoideo; 
músculo coracobraquial. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. O músculo estriado esquelético é 
voluntário. Possui esse nome porque está 
associado aos elementos do esqueleto e das 
articulações. Esses músculos são os mais 
numerosos no corpo humano, conferindo 
em torno de 40 a 50% do peso de um 
indivíduo sadio. São elementos ativos na 
dinâmica da movimentação, graças à 
contração muscular. A porção do músculo 
na qual ocorre a contração propriamente 
dita é: 
Ventre muscular 
Tendão 
Aponeurose 
Endomísio 
Ligamento 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "A" está correta. 
 
 
Um músculo estriado esquelético possui 
duas grandes porções, o tendão (ou 
aponeurose), dita como a parte fibrosa, e a 
parte carnosa, denominada de ventre 
muscular. É no ventre onde estão 
concentrados os elementos que permitem a 
contração muscular, enquanto o tendão 
serve como ancoragem de um determinado 
músculo. 
 
2. Os músculos estriados esqueléticos, 
mesmo em estado de repouso, 
encontram-se em ligeira contração. O 
nome que se dá a esse princípio é: 
Contração 
Contratilidade 
Tônus muscular 
Excitabilidade 
Fuso muscular 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. 
 
 
O tônus muscular refere-se a um estado de 
extrema importância. Os músculos 
necessitam estar em ligeira contração para 
estabilizar a posição do corpo humano em 
um contexto espacial, assim como estabilizar 
as articulações entre ossos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Estudamos os conceitos iniciais que 
possibilitam o estudo da anatomia. Em 
especial, vimos os planos, eixos e termos de 
posição, que são imprescindíveis para a 
descrição anatômica e o entendimento da 
posição das estruturas no corpo humano. 
Estudamos o conceito de posição anatômica 
e como a nomenclatura empregada na 
anatomia foi moldada ao longo do tempo, 
além dos aspectos éticos e legais presentes 
na Constituição brasileira quanto ao uso do 
cadáver como objeto de estudo. 
Observamos também a constituição dos três 
sistemas (esquelético, articular e muscular) 
que compõem em conjunto o aparelho 
locomotor. O entendimento da arquitetura 
desses sistemas é essencial para o estudo 
direcionado às estruturas do corpo humano. 
Vimos como é o processo de osteogênese e 
como os ossos são classificados e 
distribuídos. Com relação às articulações, 
estudamos as diferenças entre as 
articulações fibrosas, cartilaginosas e 
sinoviais. Ao estudarmos o sistema 
muscular, pudemos observar as diversas 
funções e propriedades dos músculos, assim 
como esses músculos estriados esqueléticos 
se organizam no corpo humano.

Continue navegando