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Pronomes Demonstrativos e sua Função na Coesão Textual

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INTERPRETAÇÃO
PRÉ-VESTIBULAR 149PROENEM.COM.BR
SEQUENCIADORES II
PRONOMES DEMONSTRATIVOS15
Os pronomes, no português atual, possuem três grandes 
propriedades: acompanhar ou substituir o substantivo numa 
construção frasal; indicar a pessoa do discurso; representar um 
elemento da frase que já tenha sido ou irá ser mencionado.
Tomemos como exemplo o seguinte texto, retirado da seção 
Carta dos leitores, de O Globo:
A revolução do óbvio
Bastou a polícia fazer o óbvio – policiar, prender e devolver 
à vítima o fruto do roubo – para um turista ter a melhor das 
impressões da cidade. A eficiência maravilhou o sueco Jan Hedlun, 
localizado no hotel por um telefonema da delegacia, onde estavam 
sua mochila e os ladrões – estes atrás das grades.
Se ESSE fosse o padrão de toda a polícia, o carioca teria a 
melhor das impressões do poder público e pagaria impostos e 
taxas sem reclamar.
(O Globo, 13/7/02.)
Na construção “sua mochila”, o pronome possessivo sua 
acompanha o substantivo mochila. Se, por acaso, o autor quisesse se 
referir à mochila novamente, poderia construir sua frase deste modo:
[sua mochila] ...ela se encontrava intacta...
O pronome reto ela estaria substituindo o substantivo mochila.
Repare que, no texto, o pronome demonstrativo esse, 
destacado pelo autor, substitui, não um substantivo específico, 
mas toda uma ação feita anteriormente (policiar, prender e 
devolver à vítima o fruto do roubo). Essa função de retomar um 
elemento expresso anteriormente recebe o nome de função 
anafórica; se o elemento aponta para um termo que ainda será 
mencionado, recebe o nome de função catafórica.
Os pronomes têm uma função muito importante na ligação das 
orações, pois eles evitam a repetição de termos, tornando o texto 
mais conciso e mais bem estruturado.
Quanto à marcação da pessoa do discurso, os  pronomes 
(principalmente os demonstrativos) têm papel fundamental 
na estruturação da frase. O falante, na modalidade oral, tem 
como recuperar a informação precisa sobre aquilo que se quer 
dizer através de gestos, olhares, ou a própria proximidade dos 
interlocutores. Em um discurso escrito, essa informação tende 
a ficar imprecisa, levando o interlocutor a um não entendimento 
da mensagem. Dessa forma, a utilização do pronome é 
fundamental para esse entendimento. O carioca, por exemplo, 
não usa, normalmente, em sua oralidade, o pronome este. Usa 
esse para substantivos próximos a ele, falante, ou ao interlocutor. 
O pronome aquele se refere a um substantivo distante dos dois. 
A referência a que substantivo está em jogo se faz por meio de 
um gesto, como já falado. Mas, e na escrita?
Usamos o pronome de 1ª pessoa (este / esta) para marcar a 
proximidade com a 1ª pessoa do discurso, o emissor; o pronome 
de 2ª pessoa (esse / essa), para marcar a proximidade com a 2ª 
pessoa do discurso, o receptor; o pronome de 3ª pessoa (aquele / 
aquela), para marcar a distância dos interlocutores envolvidos no 
discurso.
Um texto é um tecido e sua costura se faz por meio de mecanismos 
linguísticos de coesão, que contribuem para realizar sua coerência. 
Como já dito, um pronome pode promover uma coesão por anáfora ou 
catáfora. Tomemos um conjunto de exemplos:
A população e a cidade estão imersas num caos: 
esta carece de cuidados estruturais; aquela, de valores 
morais.
Veja que estabelecemos uma coesão anafórica, esta (1ª 
pessoa) se refere à palavra mais próxima (cidade). Para a palavra 
mais distante (população) usamos o pronome aquela (3ª pessoa). 
No discurso escrito, o entendimento da mensagem exige precisão 
da coesão, que, entre palavras, usa esse procedimento. Quando 
o pronome aponta não para uma palavra, mas para uma ideia, 
usamos outro procedimento:
Quando a coesão se estabelece com uma ideia que já se 
mencionou (anáfora), usamos o pronome de 2ª pessoa (esse / essa):
Viver às voltas com políticos corruptos: será essa a história do 
Brasil?
Se a coesão se estabelece com uma ideia que ainda será 
mencionada (catáfora), usamos o pronome de 1ª pessoa (este 
/ esta):
Será esta a história do Brasil: viver às voltas com políticos 
corruptos?
Releia o trecho da carta do leitor de O Globo:
(...) onde estavam sua mochila e os ladrões – estes atrás das 
grades.
Se ESSE fosse o padrão de toda a polícia, o carioca teria a 
melhor das impressões do poder público e pagaria impostos e 
taxas sem reclamar.
Veja que o pronome estes se refere à palavra “ladrões”. Como 
está próxima, usou-se, adequadamente, o pronome de 1ª pessoa. 
Repare, agora, que o pronome esse retoma uma ideia expressa 
anteriormente. Portanto, o uso da 2ª pessoa foi adequado.
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Cite dois sequenciadores de caráter anafórico.
02. Conceitue função anafórica.
03. Conceitue função catafórica.
04. Explique como pode ser desenvolvida a coesão textual.
05. Apresente a função do pronome no texto.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR150
INTERPRETAÇÃO 15 SEQUENCIADORES II - PRONOMES DEMONSTRATIVOS
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (ENEM)
Apesar de
Não lembro quem disse que a gente gosta de uma pessoa 
não por causa de, mas apesar de. Gostar daquilo que é gostável é 
fácil: gentileza, bom humor, inteligência, simpatia, tudo isso a gente 
tem em estoque na hora em que conhece uma pessoa e resolve 
conquistá-la. Os  defeitos ficam guardadinhos nos primeiros 
dias e só então, com a convivência, vão saindo do esconderijo 
e revelando-se no dia a dia. Você então descobre que ele não é 
apenas gentil e doce, mas também um tremendo casca-grossa 
quando trata os próprios funcionários. E ela não é apenas segura 
e determinada, mas uma chorona que passa 20 dias por mês com 
TPM. E que ele ronca, e que ela diz palavrão demais, e que ele é 
supersticioso por bobagens, e que ela enjoa na estrada, e que ele 
não gosta de criança, e que ela não gosta de cachorro, e agora? 
Agora, convoquem o amor para resolver essa encrenca.
MEDEIROS, M. Revista O Globo, n. 790, 12 jun. 2011 (adaptado).
Há elementos de coesão textual que retomam informações no 
texto e outros que as antecipam. Nos trechos, o elemento de 
coesão sublinhado que antecipa uma informação do texto é
a) “Gostar daquilo que é gostável é fácil [...]”.
b) “[...] tudo isso a gente tem em estoque [...]”.
c) “[...] na hora em que conhece uma pessoa [...]”.
d) “[...] resolve conquistá-la.”
e) “[...] para resolver essa encrenca.”
02. (ENEM) Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara 
na janela em crônica de jornal — eu não fazia isso há muitos 
anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas 
vezes também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do 
mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não está 
lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para 
reclamar: moderna demais, antiquada demais. Alguns discorrem 
sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos 
que parecem passar despercebidos, outros rendem um montão 
de recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é 
exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso que digo para 
meus pais”, “Comentei com minha namorada”. Os estímulos são 
valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: é como me 
botarem no colo — também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão 
posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que 
está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que 
iam acabar neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a 
sério ser sério... mesmo quando parece que estou brincando: essa 
é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos 
e continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais 
secreto de calar.
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Os textos fazem uso constante de recursos que permitem a 
articulação entre suas partes. Quanto à construção do fragmento,o elemento
a) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica 
de jornal”.
b) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
c) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
d) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
e) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.
03. (UNEAL)
[...]
Os outros admiravam-se da serenidade de Rodrigo, que 
encarava Bento a sorrir. E quando falou, dirigiu-se aos que o 
cercavam:
– Vosmecês estão vendo. Esse moço está me provocando...
Insolente, Bento Amaral botou as mãos na cintura e disse:
– Pois ainda não tinha compreendido?
Bibiana sentiu que alguém lhe pegava do braço e arrastava 
para longe dos dois rivais, abrindo caminho por entre os convivas. 
Não ergueu os olhos, mas sentiu que esse alguém era seu pai.
– Vamos lá pra dentro resolver isso como cavalheiros... – 
sugeriu Joca Rodrigues, batendo timidamente no ombro de Bento.
– Não vejo nenhum cavalheiro na minha frente – retrucou este, 
mais moderado do que pronunciando as palavras. – Vejo é um 
patife!
O sangue subiu à cabeça de Rodrigo, que teve de fazer um 
esforço desesperado para não saltar sobre o outro.
[...]
VERÍSSIMO, Érico. Um certo capitão Rodrigo. São Paulo: Globo, 1991. p. 93 (Fragmento).
Considerando as frases abaixo, retiradas da narrativa, identifique a 
opção em que há um pronome demonstrativo que funciona como 
antecedente de um pronome relativo.
a) “Os outros admiravam-se da serenidade...”
b) “...serenidade de Rodrigo, que encarava Bento...”
c) “...dirigiu-se aos que o cercavam...”
d) “– Vosmecês estão vendo. Esse moço está me provocando...”
e) “...mas sentiu que esse alguém era o seu pai.”
04. (PUC-SP)
Da Soberania do Indivíduo
Helio Schwartsman 
FOLHA DE S.PAULO, 24/10/2015
“SÃO PAULO – Alguns leitores ficaram um pouco bravos 
comigo porque eu afirmei na coluna de ontem que a legislação 
sobre costumes de um Estado moderno deve sempre seguir a 
inspiração liberal e não a conservadora. Diferentemente do que 
sugeriram certos missivistas, não escrevi isso porque minhas 
preferências pessoais coincidem com as ideias ditas progressistas, 
mas porque existe uma diferença qualitativa no papel que as duas 
visões de mundo reservam para a lei.
Na visão conservadora, é legítimo que o Estado opere 
ativamente para promover a coesão social, mesmo que, para 
isso, force o indivíduo a conformar-se ao “statu quo”. Não dá 
para dizer que não funcione. Em que pese um certo autoritarismo 
intrínseco, sociedades que colocam os interesses coletivos acima 
dos individuais tendem a apresentar menores índices de violência 
interpessoal e menos desigualdade. Costumam ser menos 
inventivas também, mas esse é outro problema.
Já para os liberais, a ênfase recai sobre a liberdade individual. 
Bem no espírito de John Stuart Mill, atitudes e comportamentos, por 
mais exóticos que pareçam, só podem ser legitimamente proibidos 
ou limitados se resultarem em dano objetivo e demonstrável para 
terceiros. Caso contrário, “sobre si mesmo, seu corpo e sua mente, 
o indivíduo é soberano”.
A implicação mais óbvia dessa diferença é que, enquanto a 
perspectiva liberal permite que cada grupo viva segundo suas 
próprias convicções, ainda que numa escala menor que a do 
todo, a concepção conservadora exige que as franjas minoritárias 
renunciem a seus valores. Trocando em miúdos, existem vários 
projetos de lei para proibir ou limitar o aborto e o casamento gay, 
mas não há nenhum com o intuito de torná-los obrigatórios. Numa 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
15 SEQUENCIADORES II - PRONOMES DEMONSTRATIVOS
151
INTERPRETAÇÃO
época em que consensos sociais podem mudar rapidamente, 
conservadores deveriam ser os principais interessados numa 
legislação bem liberal.”
Considere a ordem em que são empregados os pronomes 
demonstrativos evidenciados no texto de Hélio Schwartsman e 
aponte a que se referem. 
a) conjunto de leis sobre costumes de um Estado moderno que 
tem de ser constantemente guiado pela inspiração liberal; 
legitimidade de o Estado operar de forma ativa em prol da 
coesão social.
b) composição de leis que deliberam sobre práticas do Estado 
moderno; visão conservadora que considera ilegítima a forma 
de promover a coesão social.
c) legislação sobre comportamento de um Estado moderno cujas 
bases são conservadoras; visão liberal que considera legítimo 
o Estado trabalhar ativamente para a coesão social.
d) rol de leis de natureza liberal que o Estado moderno pretende 
promover para contestar a inspiração conservadora; 
legitimidade de o Estado trabalhar ativamente para promover 
a coesão social.
05. (UECE)
Um novo A B C
Aquela velha carta de ABC dava arrepios. Três faixas 
verticais borravam a capa, duras, antipáticas; e, fugindo a elas, 
encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas, frases 
soltas e afinal máximas sisudas.
Suportávamos esses horrores como um castigo e 
inutilizávamos as folhas percorridas, esperando sempre que as 
coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e feias; o 
exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, 
os graves conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos 
esforços dos mestres arreliados, dos puxavantes de orelha e da 
palmatória.
“A preguiça é a chave da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie 
de chave seria aquela? Aos seis anos, eu e meus companheiros 
de infelicidade escolar, quase todos pobres, não conhecíamos 
a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gaveta, de 
armários e de portas.Chave de pobreza para uma criança de seis 
anos é terrível.
Nessa medonha carta, que rasgávamos com prazer, salvavam-
se algumas linhas. “Paulina mastigou pimenta.” Bem. Conhecíamos 
pimenta e achávamos natural que a língua de Paulina estivesse 
ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada 
em três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais 
alguma coisa a respeito de Paulina.
O que ofereciam, porém, à nossa curiosidade infantil eram 
conceitos idiotas: “Fala pouco e bem: Ter-te-ão por alguém!” 
Ter-te-ão? Esse Terteão para mim era um homem, e nunca pude 
compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. 
Éramos realmente uns pirralhos bastante desgraçados.
Marques Rebelo enviou-me há dias um A B C novo. 
Recebendo-o, lembrei-me com amargura da chave da pobreza e 
do Terteão, que ainda circulam no interior.
A capa da brochura que hoje me aparece tem uns balões — e 
logo aí o futuro cidadão aprende algumas letras. Na primeira folha, 
em tabuleiros de xadrez de casas brancas e vermelhas, procurou-
se a melhor maneira de impingir aos inocentes essa coisa 
desagradável que é o alfabeto. O resto do livro encerra pedaços de 
vida de um casal de crianças. João e Maria regam flores, bebem 
leite, brincam na praia, jogam bola, passeiam em bicicleta, nadam, 
apanham legumes, vão ao Jardim Zoológico. 
Tudo isso é dito em poucas palavras, como na história de 
Paulina, que mastigava pimentas na velha carta de A B C. Mas 
enquanto ali o caso se narrava com letras miúdas e safadas, 
em papel de embrulho, aqui as brincadeiras e as ocupações das 
personagens se contam em bonitas legendas e principalmente em 
desenhos cheios de pormenores que a narração curta não poderia 
conter.
(............................................................)
Abril, 1938. (Graciliano Ramos. Linhas tortas. Obra póstuma. p.174-175.)
A crônica inicia-se com o pronome demonstrativo aquela. Na 
primeira linha do segundo parágrafo (linha 5), aparece outro 
pronome demonstrativo: esses. Atente ao que se diz sobre esses 
pronomes e as expressões em que eles aparecem. 
I. Aquela velha carta de A B C, na linha 1, aponta para a memória 
do enunciatário, o que sugere ter o enunciador a certeza de que 
o enunciatário partilha com ele a informação que vem a seguir. 
II. Ao contráriode Aquela velha carta de A B C (linha 1), esses 
horrores (linha 5) aponta para algo que está expresso na 
materialidade do texto. 
III. A interpretação coerente dos dois pronomes — aquela e esses 
— exige do leitor mais domínio das normas gramaticais do que 
das normas textuais.
Está correto o que se afirma em
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I, II e III.
d) I e III apenas.
06. (UECE) TEXTO I
Poema de sete faces
1
5
10
15
20
25
30
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
Carlos Drummond de Andrade. In Alguma poesia, publicado em 1930.
Obs. O “Poema de sete faces”, de Carlos Drummond de Andrade, será usado como 
subsídio (ou suporte) para a leitura do poema “Com licença poética” (texto 2).
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR152
INTERPRETAÇÃO 15 SEQUENCIADORES II - PRONOMES DEMONSTRATIVOS
TEXTO II
Com licença poética
1
5
10
15
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Adélia Prado. Bagagem. 24 ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, 2007. p.9.
Sobre o emprego da expressão desses que tocam trombeta (texto 
II, linha 2), considere as afirmações abaixo:
I. Remete indiretamente a um elemento já expresso no poema.
II. Tem por base a pressuposição de que o elemento referido faz 
parte do conhecimento do leitor.
III. Indica certo desprezo do sujeito lírico pelas coisas sagradas.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
07. (FGV)
Redundâncias
Ter medo da morte
é coisa dos vivos
o morto está livre
de tudo o que é vida
Ter apego ao mundo
é coisa dos vivos
para o morto não há
(não houve)
raios rios risos
E ninguém vive a morte
quer morto quer vivo
mera noção que existe
só enquanto existo
(Ferreira Gullar, Muitas vozes)
Determinado pronome demonstrativo, “quando, no singular mas-
culino, equivale a isto, isso, aquilo...” : 
Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo
A definição está corretamente exemplificada com o verso:
a) é coisa dos vivos
b) de tudo o que é vida
c) E ninguém vive a morte
d) quer morto quer vivo
e) mera noção que existe
08. (CIAAR) Assinale a alternativa em que o elemento a é pronome 
demonstrativo.
a) “Psicólogos ligados a universidades americanas respeitadas 
como a Harvard e a da Pensilvânia...”
b) “Eles induzem seus pacientes a enxergar a si próprios não 
como um redemoinho de desejos...”
c) “Apenas 3% da população possui telefone fixo, e a mortalidade 
infantil é de 54 óbitos a cada 1.000...”
d) “Queremos dar consistência e respeitabilidade a esse tema”, 
diz o psicólogo Tal Ben-Shahar...”
09. (IBGE)
A eficácia das palavras certas
Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés, 
um boné e um cartaz em madeira escrito com giz branco gritava: 
“Por favor, ajude-me. Sou cego”. Um publicitário da área de criação, 
que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas moedas 
no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz e com o giz escreveu 
outro conceito. Colocou o pedaço de madeira aos pés do cego e 
foi embora.
Ao cair da tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao 
cego que pedia esmola. Seu boné, agora, estava cheio de notas e 
moedas. O cego reconheceu as pegadas do publicitário e perguntou 
se havia sido ele quem reescrevera o cartaz, sobretudo querendo 
saber o que ele havia escrito.
O publicitário respondeu: “Nada que não esteja de acordo com o 
conceito original, mas com outras palavras”. E, sorrindo, continuou 
o seu caminho. O cego nunca soube o que estava escrito, mas seu 
novo cartaz dizia: “Hoje é primavera em Paris e eu não posso vê-la”.
 (Produção de Texto, Maria Luíza M. Abaurre e Maria Bernadete M. Abaurre)
A frase abaixo em que o emprego do demonstrativo sublinhado 
está inadequado é:
a) “As capas deste livro que você leva são muito separadas”. 
(Ambrose Bierce).
b) “Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é 
porque um dos dois é burro”. (Mário Quintana).
c) “Claro que a vida é bizarra. O único modo de encarar isso é 
fazer pipoca e desfrutar o show”. (David Gerrold).
d) “Não há nenhum lugar nessa Terra tão distante quanto ontem”. 
(Robert Nathan).
e) “Escritor original não é aquele que não imita ninguém, é aquele 
que ninguém pode imitar”. (Chateaubriand).
10. (ALERJ) O pronome demonstrativo tem frequentemente 
emprego anafórico; a frase abaixo em que o pronome demonstrativo 
destacado NÃO se refere a uma oração é:
a) “Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, 
nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do 
mundo”. (José Saramago); 
b) “Ser pobre é pecado venial; se conformar com isso é pecado 
mortal”. (Millôr Fernandes);
c) “Minha única razão para mencionar este fato é que isso é 
irrelevante, pois não é uma causa do crime”. (Saul Gorn);
d) “De um certo ponto em diante não há retorno. Isso é algo que a 
experiência mostra”. (F. Kafka);
e) “Contaram-me que os peixes não se importam de serem 
pescados pois têm sangue frio e não sentem dor. Mas não foi 
um peixe que me contou isso”. (H. Brown).
11. (UECE) O texto a seguir foi extraído de uma crônica de Affonso 
Romano de Sant’Anna, cronista e poeta mineiro. Professor 
universitário e jornalista, escreveu para os maiores jornais do País. 
“Com uma produção diversificada e consistente, pensa o Brasil e 
a cultura do seu tempo, e se destaca como teórico, como poeta, 
como cronista, como professor, como administrador cultural e 
como jornalista.”
Porta de colégio
Passando pela porta de um colégio, me veio a sensação 
nítida de que aquilo era a porta da própria vida. Banal, direis. Mas 
a sensação era tocante. Por isso, parei, como se precisasse ver 
melhor o que via e previa. 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
15 SEQUENCIADORES II - PRONOMES DEMONSTRATIVOS
153
INTERPRETAÇÃO
Primeiro há uma diferença de 1clima entre 6aquele bando de 
adolescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros, 
em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes, e aqueles que 
transitam pela rua. Não é só o uniforme. Não é só a idade. É 
toda uma 2atmosfera, como se estivessem ainda dentro de uma 
8redoma ou aquário, numa bolha, resguardados do mundo. Talvez 
não estejam. Vários já sofreram a pancada da separação dos pais. 
7Aprenderam que a vida é também um exercício de separação. 
9Um ou outro já transou droga, e com isso deve ter se sentido 
(equivocadamente) muito adulto. Mas há uma sensação de pureza 
angelical misturada com palpitação sexual, que se exibe nos gestos 
sedutores dos adolescentes. 
Onde estarão 4esses meninos e meninasdentro de dez ou vinte 
anos?
5Aquele ali, moreno, de cabelos longos corridos, que parece 
gostar de esporte, vai se interessar pela informática ou economia; 
5aquela de cabelos louros e crespos vai ser dona de boutique; 
5aquela morena de cabelos lisos quer ser médica; a gorduchinha vai 
acabar casando com um gerente de multinacional; 5aquela esguia, 
meio bailarina, achará um diplomata. Algumas estudarão Letras, 
se casarão, largarão tudo e passarão parte do dia levando filhos 
à praia e à praça e pegando-os de novo à tardinha no colégio. [...] 
Estou olhando aquele bando de adolescentes com evidente 
ternura. Pudesse passava a mão nos seus cabelos e contava-
lhes as últimas histórias da carochinha antes que o 3lobo feroz 
as assaltasse na esquina. Pudesse lhes diria daqui: aproveitem 
enquanto estão no aquário e na redoma, enquanto estão na porta 
da vida e do colégio. O destino também passa por aí. E a gente pode 
às vezes modificá-lo. 
SANT’ANNA, Affonso Romano de. Affonso Romano de Sant’Anna: 
seleção e prefácio de Letícia Malard. Coleção Melhores Crônicas. p. 64-66.
Atente para o que se diz sobre as expressões referenciais seguintes: 
esses meninos e meninas (ref. 4) e aquele/a (ref. 5).
I. Todas essas expressões retomam individualmente o que 
foi mencionado de maneira geral no trecho aquele bando de 
adolescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros, 
em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes (ref. 6)
II. Enquanto a expressão esses meninos e meninas dentro de dez 
ou vinte anos? (ref. 6) se refere ao que foi dito (anáfora), todas 
as outras se referem ao que vai ser dito (catáfora).
III. A expressão aquele (ali) presentifica a cena enunciativa.
Está correto o que se afirma em
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.
12. (UERJ)
Sobre a origem da poesia
A origem da poesia se confunde com a origem da própria 
linguagem.
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem 
verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não 
poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos 
e as coisas por eles designadas, 1a poesia aponta para um uso 
muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua 
ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, 
discussões, discursos, ensaios ou telefonemas.
4Como se ela restituísse, através de um uso específico da 
língua, a integridade entre nome e coisa − que o tempo e as culturas 
do homem civilizado trataram de separar no decorrer da história.
A manifestação do que chamamos de poesia hoje nos sugere 
mínimos flashbacks de uma possível infância da linguagem, antes 
que a representação rompesse seu cordão umbilical, gerando 
essas duas metades − significante e significado.
Houve esse tempo? Quando não havia poesia porque a poesia 
estava em tudo o que se dizia? Quando o nome da coisa era algo 
que fazia parte dela, assim como sua cor, seu tamanho, seu peso? 
Quando os laços entre os sentidos ainda não se haviam desfeito, 
então música, poesia, pensamento, dança, imagem, cheiro, sabor, 
consistência se conjugavam em experiências integrais, associadas 
a utilidades práticas, mágicas, curativas, religiosas, sexuais, 
guerreiras?
2Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, 
projetado sobre um passado pré-babélico, tribal, primitivo. Ao 
mesmo tempo, cada novo poema do futuro que o presente alcança 
cria, com sua ocorrência, um pouco desse passado.
Lembro-me de ter lido, certa vez, um comentário de Décio 
Pignatari, em que ele chamava a atenção para o fato de, tanto 
em chinês como em tupi, não existir o verbo ser, enquanto verbo 
de ligação. Assim, o ser das coisas ditas se manifestaria nelas 
próprias (substantivos), 5não numa partícula verbal externa a elas, 
o que faria delas línguas poéticas por natureza, mais propensas à 
composição analógica.
3Mais perto do senso comum, podemos atentar para como 
colocam os índios americanos falando, na maioria dos filmes de 
cowboy − eles dizem “maçã vermelha”, “água boa”, “cavalo veloz”; 
em vez de “a maçã é vermelha”, “essa água é boa”, “aquele cavalo 
é veloz”. Essa forma mais sintética, telegráfica, aproxima os nomes 
da própria existência − como se a fala não estivesse se referindo 
àquelas coisas, e sim apresentando-as (ao mesmo tempo em que 
se apresenta).
6No seu estado de língua, no dicionário, as palavras 
intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso 
contato direto com elas. 7A linguagem poética inverte essa relação, 
pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso 
sensível mais direto entre nós e o mundo.
(...)
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. 
As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos 
se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou 
da vida. 8Mas temos esses pequenos oásis − os poemas − 
contaminando o deserto da referencialidade.
ARNALDO ANTUNES. www.arnaldoantunes.com.br 
Na coesão textual, ocorre o que se chama catáfora quando um 
termo se refere a algo que ainda vai ser enunciado na frase. Um 
exemplo em que o termo destacado constrói uma catáfora é:
a) Como se ela restituísse, (ref.4)
b) Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, (ref.2) 
c) não numa partícula verbal externa a elas, (ref.5)
d) No seu estado de língua, no dicionário, as palavras interme-
deiam (ref.6)
13. (UFPE) Em “continuará DESATIVADO o canal povo-rainha”, a 
palavra em destaque é formada com o acréscimo de um prefixo 
que expressa negação ou privação, como em: 
a) inflação e ingestão.
b) inapto e inábil.
c) amorfo e anfíbio.
d) anáfora e êxodo.
e) reprovar e distender.
14. (CESGRANRIO)
Reflexivo
O que não escrevi, calou-me.
O que não fiz, partiu-me.
O que não senti, doeu-se.
O que não vivi, morreu-se.
O que adiei, adeus-se.
(Affonso Romano de Sant’Anna)
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR154
INTERPRETAÇÃO 15 SEQUENCIADORES II - PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Assinale a classifi cação gramatical correta para os vocábulos ‘O’ 
e ‘se’:
“O que adiei, adeus-se” (5º verso)
a) artigo - pronome reflexivo
b) pronome pessoal oblíquo - pronome apassivador
c) pronome pessoal oblíquo - pronome reflexivo
d) pronome demonstrativo - palavra de realce
e) pronome demonstrativo - pronome apassivador
15. (UEL) Pergunta-se QUANTOS são AO CERTO OS que foram 
premiados.
As classes a que pertencem as expressões em destaque na frase 
acima são, respectivamente,
a) advérbio de intensidade, locução prepositiva, artigo defi nido.
b) pronome interrogativo, advérbio de modo, artigo defi nido.
c) advérbio de intensidade, locução prepositiva, pronome 
demonstrativo.
d) pronome interrogativo, locução adverbial, pronome demonstrativo.
e) pronome indefi nido, locução adverbial, artigo defi nido.
16. (VUNESP) Os autores da obra sobre Trump estão cientes 
da norma. Ela é objeto de longo debate na parte dois do livro. O 
que alegam é que, por vezes, a obrigação do médico de alertar a 
comunidade para riscos que ela corre prevalece sobre a privacidade. 
Se o médico desconfi a de que seu paciente psicótico planeja 
assassinar alguém, precisa alertar a vítima potencial, mesmo que 
isso implique violação do sigilo profi ssional.
Na frase do parágrafo do texto “... mesmo que isso implique 
violação do sigilo profi ssional.”, o termo em destaque refere-se
a) ao conhecimento da norma pelos autores da obra.
b) ao longo debate na parte dois do livro.
c) à colocação da privacidade em primeiro plano. 
d) à desconfi ança do médico quanto à internação do paciente. 
e) à atitude de alertar a vítima em potencial.
17. (UNIFESP)
Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as 
lacunas da fala da personagem, no primeiro quadrinho, devem ser 
preenchidas, respectivamente, com:
a) algum ... me livrar
b) o ... livrar eu
c) esse ... me livrar
d) um ... livrareu
e) este ... me livrar
18. (UFBA) Passa-me _____ livro que tens aí na mão para _____ 
consultar o índice. 
a) este; eu
b) esse; eu 
c) esse; mim
d) este; mim 
e) aquele; eu
19. (UEL) Na frase "Dada a atitude de CERTOS estudantes, criticá-
los é O que se faz NECESSÁRIO", as palavras em destaque são, 
respectivamente, 
a) pronome relativo - artigo - advérbio.
b) pronome indefi nido - pronome demonstrativo - adjetivo.
c) pronome demonstrativo - artigo - advérbio.
d) pronome indefi nido - pronome demonstrativo - substantivo.
e) pronome demonstrativo - artigo - adjetivo.
20. (VUNESP) Black Friday? Levantamento feito pela Folha 
mostrou que boa parte dos “descontos” oferecidos nesta sexta-
feira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com 
o objetivo de iludir o consumidor. Antes, porém, de imprecar contra 
a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os consumidores 
não desejam ser enganados. E há• motivos para acreditar que 
pelo menos uma parte deles queira. No recém-lançado Dollars 
and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um 
experimento natural que mostra que pessoas podem optar por 
ser “ludibriadas” voluntariamente e que, em algum recôndito do 
cérebro, isso faz sentido.
O termo destacado na frase do terceiro parágrafo – ... em algum 
recôndito do cérebro, isso faz sentido. – refere-se à
a) demonstração de que não há descontos de fato em certas 
promoções. 
b) manipulação de preços com a intenção de ludibriar o 
consumidor. 
c) crítica dos consumidores atribuída à ganância dos 
comerciantes. 
d) relação estabelecida entre dinheiro e juízo no livro recém-
lançado. 
e) opção de algumas pessoas por serem enganadas de modo 
voluntário.
APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (CP2)
Reescreva a oração “que gera gentileza”, do texto, substituindo o 
pronome relativo pelo termo antecedente, a fi m de construir um 
período simples. 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
15 SEQUENCIADORES II - PRONOMES DEMONSTRATIVOS
155
INTERPRETAÇÃO
02. (UERJ)
Do bom uso do relativismo
Hoje, pela multimídia, imagens e gentes do mundo inteiro nos 
entram pelos telhados, portas e janelas e convivem conosco. É o 
efeito das redes globalizadas de comunicação. A primeira reação é 
de perplexidade que pode provocar duas atitudes: ou de interesse 
para melhor conhecer, que implica abertura e diálogo, ou de 
distanciamento, que pressupõe fechar o espírito e excluir. De todas 
as formas, surge uma percepção incontornável: nosso modo de ser 
não é o único. Há gente que, sem deixar de ser gente, é diferente.
Quer dizer, nosso modo de ser, de habitar o mundo, de pensar, 
de valorar e de comer não é absoluto. Há mil outras formas 
diferentes de sermos humanos, desde a forma dos esquimós 
siberianos, passando pelos yanomamis do Brasil, até chegarmos 
aos sofisticados moradores de 1Alphavilles, onde se resguardam as 
elites opulentas e amedrontadas. O mesmo vale para as diferenças 
de cultura, de língua, de religião, de ética e de lazer.
Deste fato surge, de imediato, o relativismo em dois sentidos: 
primeiro, importa relativizar todos os modos de ser; nenhum deles 
é absoluto a ponto de invalidar os demais; impõe-se também a 
atitude de respeito e de acolhida da diferença porque, pelo simples 
fato de estar-aí, goza de direito de existir e de co-existir; segundo, o 
relativo quer expressar o fato de que todos estão de alguma forma 
relacionados. 3Eles não podem ser pensados independentemente 
uns dos outros, porque todos são portadores da mesma 
humanidade.
Devemos alargar a compreensão do humano para além de 
nossa concretização. Somos uma geo-sociedade una, múltipla e 
diferente.
Todas estas manifestações humanas são portadoras de valor 
e de verdade. Mas são um valor e uma verdade relativos, vale dizer, 
relacionados uns aos outros, autoimplicados, sendo que nenhum 
deles, tomado em si, é absoluto.
Então não há verdade absoluta? Vale o 2everything goes de 
alguns pós-modernos? Quer dizer, o “vale tudo”? Não é o vale 
tudo. Tudo vale na medida em que mantém relação com os outros, 
respeitando-os em sua diferença. Cada um é portador de verdade 
mas ninguém pode ter o monopólio dela. Todos, de alguma forma, 
participam da verdade. Mas podem crescer para uma verdade mais 
plena, na medida em que mais e mais se abrem uns aos outros.
Bem dizia o poeta espanhol António Machado: “Não a tua 
verdade. A verdade. Vem comigo buscá-la. A tua, guarde-a”. Se a 
buscarmos juntos, no diálogo e na cordialidade, então mais e mais 
desaparece a minha verdade para dar lugar à Verdade comungada 
por todos.
A ilusão do Ocidente é de imaginar que a única janela que dá 
acesso à verdade, à religião verdadeira, à autêntica cultura e ao 
saber crítico é o seu modo de ver e de viver. As demais janelas 
apenas mostram paisagens distorcidas. Ele se condena a um 
fundamentalismo visceral que o fez, outrora, organizar massacres 
ao impor a sua religião e, hoje, guerras para forçar a democracia no 
Iraque e no Afeganistão.
Devemos fazer o bom uso do relativismo, inspirados na culinária. 
Há uma só culinária, a que prepara os alimentos humanos. Mas ela 
se concretiza em muitas formas, as várias cozinhas: a mineira, a 
nordestina, a japonesa, a chinesa, a mexicana e outras. Ninguém 
pode dizer que só uma é a verdadeira e gostosa e as outras não. 
Todas são gostosas do seu jeito e todas mostram a extraordinária 
versatilidade da arte culinária.
Por que com a verdade deveria ser diferente?
LEONARDO BOFF 
http://alainet.org
Vocabulário: 
1: Alphavilles: condomínios de luxo 
2: everything goes: literalmente, “todas as coisas vão”; equivale à expressão “vale tudo” 
Eles não podem ser pensados independentemente uns dos outros, 
porque todos são portadores da mesma humanidade. (ref. 3)
Identifique a relação de sentido que a oração sublinhada estabelece 
com a parte do período que a antecede. Reescreva todo o período, 
substituindo o conectivo e mantendo essa mesma relação de 
sentido. 
03. (PUCRJ)
Ensinar exige rigorosidade metódica
O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua 
prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua 
curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais 
é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com 
que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta 
rigorosidade metódica não tem nada que ver com o discurso 
“bancário” meramente transferidor do perfil do objeto ou do 
conteúdo. É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota 
no “tratamento” do objeto ou do conteúdo superficialmente 
feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender 
criticamente é possível. E essas condições implicam ou exigem a 
presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, 
inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Faz 
parte das condições em que aprender criticamente é possível 
a pressuposição por parte dos educandos de que o educador já 
teve ou continua tendo experiência da produção de certos saberes 
e 1que estes não podem a eles, os educandos, ser simplesmente 
transferidos. Pelo contrário, nas condições de verdadeira 
aprendizagem, os educandos vão se transformando em reais 
sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, 
ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. 2Só assim 
podemos falar realmente de saber ensinado, em que o objeto 
ensinado é apreendido na sua razão de ser e, portanto, aprendido 
pelos educandos.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 
São Paulo: Paz e Terra, 2004, p. 26.
a) Explique, com suas próprias palavras, o que distingue os 
conceitos de “rigorosidade metódica” e de “discurso bancário”, 
apresentados por Paulo Freire. 
b) Identifique o referente do pronome demonstrativo estes em 
“que estes não podem a eles,os educandos, ser simplesmente 
transferidos” (ref. 1).
c) Conservando o seu sentido original, reescreva a frase abaixo, 
atendendo à modificação proposta. Faça as alterações 
necessárias. 
Frase original: 
“Só assim podemos falar realmente de saber ensinado, em que 
o objeto ensinado é apreendido na sua razão de ser e, portanto, 
aprendido pelos educandos.” (ref. 2) 
Frase modificada: 
Só assim podemos falar realmente de saber ensinado, em que 
o objeto ensinado é aprendido pelos educandos 
04. (CP2)
Eu e a música
Hoje ganhei um disco de um sambista que anda bem colocado 
nas paradas de sucesso. Logicamente, a pessoa que me deu 
o presente não me conhece muito bem, senão saberia que sou 
roqueira desde o útero materno e simpatizante entusiasmada do 
jazz e do blues, mas foi dado com amor e eu pensei: só conheço este 
cantor de ouvir falar, vá que seja um Chico Buarque, um Paulinho da 
Viola, um Celso Fonseca, e eu aqui relutando. Vou encarar. 
Arranquei o lacre e botei o CD pra tocar. Pulei a primeira faixa 
aos 20 segundos. A segunda pulei aos 13 segundos. A terceira, aos 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR156
INTERPRETAÇÃO 15 SEQUENCIADORES II - PRONOMES DEMONSTRATIVOS
cinco. E as outras não ouvi. Fiquei chocada com a descoberta: sou 
muito menos democrática do que imaginava.
Custaria eu escutar o disco inteiro antes de detestar? Custaria. 
Custaria uma hora do meu tempo, e isso é a parte menos grave. 
Custaria, acima de tudo, uma hora ausente de mim mesma, 
custaria a saudade de mim. Porque música não pode ser apenas 
um barulho que acontece fora de você. Música é uma confirmação 
de quem você é, música é um encontro. No meu caso, ela tem que 
ser um pouco louca, um pouco sensual e um pouco sofisticada 
– não importa o gênero. É isso que me cativa, ou então prefiro o 
silêncio.
Diante da minha recusa em ouvir o disco que me haviam dado, 
fiquei pensando no que é mais importante para a humanidade, se 
a literatura ou a música. Felizmente, não é preciso optar entre uma e 
outra, mas e se tivéssemos quê? Eu já escrevi um sem-número de 
crônicas defendendo a importância da literatura para abrir horizontes, 
vencer preconceitos e aprender a escrever melhor – sem falar no 
quesito entretenimento: livro diverte. Mas a música tem um poder que 
vai além de atributos práticos e aplicáveis. A música nos invade de 
uma maneira que nos deixa sem defesa. Ainda mais num espetáculo 
ao vivo. Seja um rock’n’roll possante ou música erudita, não importa. 
Ela vai buscar você onde você se esconde.
Pode ser que não seja assim com todos. Comigo é. A música 
passa ao largo do meu pensamento e se instala onde eu me sinto, 
onde eu me conecto com sensações infantis de extremo prazer, 
onde tudo se torna absolutamente instintivo. Ela me desengessa. 
Dá reconhecimento ao meu corpo, que reage a ela sem pudores. 
Enquanto as palavras vestem, a música despe. E quando estão 
juntas, letra e música – boa! – aí é uma excitação diferente, é um 
arrebatamento difícil de explicar. [...]
Não sou muito boa de abstração. Talvez o que eu esteja 
querendo dizer é que, enquanto o livro permite que alternemos 
crença e descrença, a música nem nos dá tempo para este tipo de 
avaliação. Ela invade e captura o que há de melhor em nós: a nossa 
essência primeira, a mais intocada delas, a que não foi corrompida 
por racionalizações. 
Eu gosto de alguns sambas gravados pelo Vinicius, pela Marisa 
Monte, pelos Novos Baianos – aliás, por muitos baianos. São 
populares, mas pulam a cerca da mediocridade, vão ao encontro 
de algo mais saboroso, mais irreverente, mais tocante, mais que 
qualquer coisa que não seja óbvia. Este disco que ganhei era 
um samba óbvio, sem graça, chato. Não me dizia nada, não me 
revelava, era apenas um barulho do lado de fora. Não fiz concessão. 
Música tem que entrar. 
Martha Medeiros. (http://shaystar.wordpress.com/2010/06/10/eu-e-a-musica-
%E2%80%93marthamedeiros/. Acessado em 10/10/2013) 
Transcreva a oração a que se refere o pronome demonstrativo isso no 
início do terceiro parágrafo do texto
05. (PUCRJ) No começo de seu Mercury; Ou: O Mensageiro Secreto 
e Rápido (1641), John Wilkins conta a seguinte história:
O quanto 1essa Arte de escrever pareceu estranha quando 
da sua Invenção primeira é algo que podemos imaginar pelos 
Americanos recém-descobertos, que ficaram espantados ao ver 
Homens conversarem com Livros, e não conseguiam acreditar que 
um Papel pudesse falar...
Há um relato excelente a esse Propósito, referente a um 
Escravo Índio; que, ao ser mandado por seu Senhor com uma Cesta 
de Figos e uma Carta, comeu durante o Percurso uma grande Parte 
de seu Carregamento, entregando o Restante à Pessoa a quem 
se destinava; que, ao ler a Carta e não encontrando a Quantidade 
de Figos correspondente ao que se tinha dito, acusa o Escravo de 
comê-los, dizendo que a Carta afirmava aquilo contra ele. Mas o 
Índio (apesar dessa Prova) negou o Fato, acusando o Papel de ser 
uma Testemunha falsa e mentirosa.
Depois disso, sendo mandado de novo com um Carregamento 
semelhante e uma Carta expressando o Número exato de Figos que 
deviam ser entregues, ele, mais uma vez, de acordo com sua Prática 
anterior, devorou uma grande Parte deles durante o Percurso; mas, 
antes de comer o primeiro (para evitar as Acusações que se seguiriam), 
pegou a Carta e a escondeu sob uma grande Pedra, assegurando-se 
de que, se ela não o visse comer os Figos, nunca poderia acusá-lo; 
mas, sendo agora acusado com muito mais rigor do que antes, 
confessou a Falta, admirando a Divindade do Papel e, para o futuro, 
promete realmente toda a sua Fidelidade em cada Tarefa.
Poder-se-ia dizer que um texto, depois de separado de seu 
autor (assim como da intenção do autor) e das circunstâncias 
concretas de sua criação (e, consequentemente de seu referente 
intencionado), flutua (por assim dizer) no vácuo de um leque 
potencialmente infinito de interpretações possíveis. Wilkins 
poderia ter objetado que, no seu relato, o senhor tinha certeza 
de que a cesta mencionada na carta era a mesma levada pelo 
escravo, que o escravo que a levara era exatamente o mesmo a 
quem seu amigo dera a cesta, e que havia uma relação entre a 
expressão “30” escrita na carta e o número de figos contidos na 
cesta. Naturalmente, bastaria imaginar que, ao longo do caminho, 
o escravo original fora assassinado e outra pessoa o substituíra, 
que os trinta figos originais tinham sido substituídos por outros 
figos, que a cesta foi levada a um destinatário diferente, que o novo 
destinatário não sabia de nenhum amigo ansioso por lhe mandar 
figos. Mesmo assim seria possível concluir o que a carta estava 
dizendo? Entretanto, temos o direito de supor que a reação do 
novo destinatário seria algo do tipo: “Alguém, e Deus sabe quem, 
mandou-me uma quantidade de figos menor do que o número 
mencionado na carta que os acompanha.” Vamos supor agora 
que não apenas o mensageiro tivesse sido morto, como também 
que seus assassinos tivessem comido todos os figos, destruído 
a cesta, colocado a carta numa garrafa e a tivessem jogado no 
oceano, de modo que fosse encontrada setenta anos depois por 
Robinson Crusoé. Não havia cesta, nem escravo, nem figos, só 
uma carta. Apesar disso, aposto que a primeira reação de Robinson 
Crusoé teria sido: “Onde estão os figos?”
[Adaptado de ECO, Umberto. Interpretação e superinterpretação. 
São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 47-49] 
a) O pronome demonstrativo essa, logo no início da passagem de 
John Wilkins (ref. 1), tem função anafórica, isto é, faz referência a um 
conteúdo textual anterior. A que conteúdo anterior podemos inferir 
que o pronome se refere nesse caso?
b) Na passagem de Wilkins, escrita em 1641, adota-se uma 
convenção ortográfica distinta da nossa no que diz respeito ao 
uso de letras maiúsculas. Explicite a diferença.
c) O verbo ser tem o mesmo comportamentosintático em todas 
as frases abaixo, exceto em uma delas. Indique-a e explique a 
diferença.
I. Talvez a carta fosse encontrada setenta anos depois por 
Robinson Crusoé.
II. A carta expressava o número exato de Figos que deviam ser 
entregues.
III. Vamos supor que o mensageiro tivesse sido morto.
IV. O escravo afirmou que o papel era uma testemunha falsa e 
mentirosa.
V. O escravo foi mandado àquele destino com uma Cesta de 
Figos e uma carta. 
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. A
02. A
03. C
04. A
05. A
06. C
07. B
08. A
09. A
10. C
11. B
12. D
13. B
14. D
15. D
16. E
17. E
18. B
19. B
20. E
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
15 SEQUENCIADORES II - PRONOMES DEMONSTRATIVOS
157
INTERPRETAÇÃO
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. Para substituir o pronome relativo pelo termo antecedente, basta substituí-lo por 
“gentileza”, construindo o período simples: “Gentileza gera gentileza.” 
02. Uma das relações e uma das respectivas reescrituras:
• Causa
- Eles não podem ser pensados independentemente uns dos outros visto que todos são 
portadores da mesma humanidade.
- Eles não podem ser pensados independentemente um dos outros já que todos são 
portadores da mesma humanidade.
Como todos são portadores da mesma humanidade, eles não podem ser pensados 
independentemente uns dos outros.
• Explicação
- Eles não podem ser pensados independentemente um dos outros, pois todos são 
portadores da mesma humanidade. 
03. a) Rigorosidade metódica é, para Paulo Freire, a maneira de ensinar que fomenta 
no educando a curiosidade e a crítica, promovendo o conhecimento crítico necessário 
à autonomia. O processo educativo, nesse sentido, requer diálogo entre educador e 
educando, que são participativos e construtores do saber. O “discurso bancário”, por 
outro lado, reproduz a ideia de que o conhecimento é transferido do professor – detentor 
do saber – para o aluno, que recebe passivamente o conteúdo que lhe é passado. Esse 
discurso promove, assim, a manutenção de um comportamento acrítico. 
b) “certos saberes” 
c) Só assim podemos falar realmente de saber ensinado, em que o objeto ensinado é 
aprendido pelos educandos porque é apreendido na sua razão de ser. 
04. O pronome “isso” está inserido no período: “Custaria uma hora do meu tempo, e isso é 
a parte menos grave.”, dividido em duas orações pela vírgula. A partir da segunda oração 
pode-se questionar: “o que é a parte menos grave?”, e a resposta será “isso”, que se refere 
à oração anterior. Tem-se, então, que a parte menos grave é que “custaria uma hora do 
meu tempo”. 
05. a) Pode-se inferir que o pronome essa retoma anaforicamente um conteúdo textual 
anterior referente ao advento da língua escrita.
b) No texto de Wilkins, iniciam-se com letras maiúsculas os substantivos comuns, ao 
passo que, em nossa convenção ortográfica, aplica-se a inicial maiúscula apenas aos 
substantivos próprios, salvo em casos excepcionais.
c) Em todos os casos, exceto em (IV), ser funciona como verbo auxiliar em construções na 
voz passiva. No caso (IV), ser funciona como verbo de ligação em um predicado nominal 
que tem como núcleo uma testemunha falsa e mentirosa. 
ANOTAÇÕES
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INTERPRETAÇÃO 15 SEQUENCIADORES II - PRONOMES DEMONSTRATIVOS

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