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COLÊNQUIMA Constituído de células vivas, este tecido origina-se do meristema fundamental e a plasticidade da parede celular possibilita o crescimento do órgão ou do tecido até atingir maturidade. A parede celular do colênquima possui celulose, grande quantidade de substâncias pécticas e água (60% do peso é água). Quando observadas ao microscópio fotônico, m vivo, as células do colênquima apresentam paredes de cor branca e brilhante. As paredes celulares são também primárias espessadas; no entanto, o espessamento é irregular, havendo algumas regiões em que elas são mais espessas e outras em que são mais delgadas, encontrando-se nestas os campos de pontoação primária. O colênquima é um tecido que apresenta a função de sustentar as regiões e órgãos da planta que possuem crescimento primário, ou que estão sujeitos a movimentos constantes. Neste caso, este tecido pode apresentar espessamento mais acentuado das paredes celulares. Como possui paredes flexíveis, com áreas mais espessas que outras, o colênquima é encontrado em órgãos ou regiões que ainda estão sofrendo distensão, bem como em caules de plantas herbáceas e pecíolos das folhas. Também pode estar presente nas nervuras de maior porte e no bordo das folhas e em raízes aquáticas e aéreas. O colênquima dispõe-se em posição superficial, na forma de cordões, ou constituindo um cilindro contínuo nos diferentes órgãos da planta: abaixo da epiderme, no pecíolo e nas nervuras de maior porte das folhas, na periferia dos caules, no eixo de inflorescência e nas peças florais, frutos e raízes. Suas células podem dividir-se outra vez e diferenciar-se novamente, principalmente nos órgãos que possuem movimento constante. COLÊNQUIMA ANGULAR: Neste colênquima há espessamento da parede celular na seção longitudinal e nos ângulos, nos pontos em que se encontram três ou mais células. Em seção transversal, os ângulos das células assumem formato triangular. Às vezes há variação no colênquima angular com a dissolução da lamela mediana em alguns pontos, formando espaços intercelulares. Neste caso, é classificado colênquima angular lacunar. COLÊNQUIMA LAMELAR: Este colênquima apresenta espessamento em todas as paredes tangenciais externas e internas das células. E pouco comum e ocorre em caules jovens e pecíolos das folhas de sabugueiro. COLÊNQUIMA LACUNAR: Neste colênquima, os espessamentos estão nas paredes celulares que delimitam os espaços intercelulares bem desenvolvidos. Ocorre nos eixos das inflorescências de Dahlia e nos pecíolos de várias espécies de Asteraceae. COLÊNQUIMA ANELAR OU ANULAR: As células deste colênquima apresentam as paredes celulares com espessamento mais uniforme, ficando o lume celular circular em seção transversal. É um tipo bastante freqüente de colênquima e pode ser observado na nervura principal das folhas de espécies de dicotiledôneas, em geral. ESCLERÊNQUIMA: O esclerênquima é um tecido de sustentação, presente na periferia ou nas camadas mais internas do órgão, no corpo primário ou secundário da planta. Originado do meristema fundamental, da mesma forma que o parênquima e o colênquima, este tecido faz parte do sistema do corpo primário da planta. As células do esclerênquima, em geral, não possuem protoplasto vivo na maturidade, sendo esta uma das principais diferenças entre este tecido e ocolênquima, além da presença de lignina e do espessamento secundário e uniforme das paredes. A parede secundária é composta de celulose, hemicelulose, substâncias pécticas e cerca de 35% de lignina. A lignina é uma substância amorfa, presente nas plantas vasculares, formada pela polimerização de vários álcoois, como o p-coumaril, o coniferil e o sinaptil. A ausência de lignina nas células de esclerênquima é rara, mas pode acontecer em algumas espécies. As células do esclerênquima podem manter seu protoplasto ativo, mesmo depois de totalmente diferenciadas; neste caso, as paredes muito espessadas são ricas em pontoações, situação comum em fibras e nas esclereídes. A lignificação das células do esclerênquima inicia-se pela lamela mediana e parede primária; depois atinge a parede secundária. A lignina é muito inerte e fornece um revestimento estável, evitando ataques químico, físico e biológico. Enquanto a água e a maioria das substâncias nela dissolvidas passam facilmente pela parede primária, na parede secundária a passagem é extremamente lenta. O esclerênquima pode estar presente nas raízes, caules, folhas, eixos florais, pecíolos, frutos e nos vários estratos das sementes. As células do tecido esclerenquimático são encontradas em faixas ou calotas, ao redor dos tecidos vasculares, fornecendo proteção e sustentação. As células pétreas, que são esclereídes, podem estar presentes nos caules, em folhas ou ainda em frutos, como na parte suculenta da pêra. As células do esclerênquima às vezes funcionam como camada protetora ao redor do caule, sementes e frutos imaturos, evitando que os animais e insetos se alimentem deles. Parte desta proteção é devida à presença da lignina, a qual, por não ser digerida pelos animais, constitui uma forma de defesa para a planta. Fibras: São células mais longas que largas. Esclereídes: Células menores. No entanto, esta definição não é suficiente para diferenciá-las, pois existem esclereídes mais alongadas e fibras relativamente curtas. Neste caso, pode-se usar o critério das pontoações, já que as esclereídes possuem pontoações com aberturas arredondadas, estreitas, que podem ser ramificadas, e geralmente em maior número que nas fibras. FIBRAS: As fibras são células longas, de paredes celulares secundárias grossas, geralmente lignificadas, e com as extremidades afiladas. Estão distribuídas nas diferentes partes do vegetal e podem ser encontradas como idioblastos isolados, a exemplo dos folíolos de Cycas, ou formando feixes. Devido ao espessamento da parede, que pode ser muito acentuado, o lume celular é reduzido, ocasionando, em geral, a morte das células na maturidade. No entanto, se as paredes celulares possuírem muitas pontoações e o protoplasto for ativo, as fibras podem ser vivas. São exemplos de fibras vivas as encontradas no sabugueiro (Sambucus), com função de reservar amido. As fibras têm como principal função sustentar as partes do vegetal que não se alongam mais. São encontradas nas formas de cordões ou feixes, em diferentes partes do corpo primário da planta. Quando fazem parte do xilema ou do floema, desenvolvem-se a partir do procâmbio ou do câmbio, e são denominadas fibras xilemáticas ou floemáticas. Dependendo da espessura da parede, do tipo e da quantidade das pontoações, podem-se distinguir dois tipos principais de fibras xilemáticas: as fibras libriformes e as fibrotraqueídes. As libriformes são geralmente maiores que as traqueídes da planta em que se encontram. Possuem paredes muito espessadas e pontoações simples. As fibrotraqueídes são formas intermediárias entre as traqueídes e as fibras libriformes. Suas paredes possuem espessura média, no entanto maior que a das paredes das traqueídes. As pontoações presentes nas fibrotraqueídes são areoladas, contudo as câmaras de pontoações são menores que as das traqueídes. Os tipos intermediários entre fibras e esclereídes podem ser chamados de fibroesclereídes, que apresentam células com paredes muito espessadas, raras pontoações e em geral são células mortas. ESCLEREÍDES: As esclereídes são células que se encontram isoladas ou em grupos esparsos, por todo o sistema fundamental da planta. Estas células possuem paredes secundárias espessas, muito lignificadas, com numerosas pontoações simples, que podem ser ramificadas ou não. As esclereídes não constituem um tecido definido e se encontram em camadas mais ou menos extensas ou formando aglomeradosde células, sendo mais comum ocorrerem isoladas; neste caso, são denominadas idioblastos esclereidais ou esclereídes idioblásticas. Esclereídes podem estar presentes na epiderme, no sistema fundamental e no sistema vascular. Esclereídes fibriformes ou fibras isoladas – Têm a forma de fibra, ramificada ou não. São encontradas, por exemplo, em raízes de plantas do mangue e em folha de Camellia. Esclereídes colunares – Assemelham-se a colunas e podem apresentar pequenas ramificações nas extremidades. Estão presentes no mesofilo de plantas da caatinga e do cerrado, bem como em diversas plantas xerófitas. Nas plantas submetidas ao estresse de dessecamento, as esclereídes colunares podem fornecer suporte, evitando o colapso do órgão Osteoesclereídes – Constituem um tipo de esclereíde colunar. São dilatadas ou ramificadas nas extremidades, assemelhando-se a um osso ou a um porrete. Recobrem sementes e também se encontram no mesofilo de plantas xerófitas. Astroesclereídes – São ramificadas e freqüentemente possuem formato estrelado; presentes em pecíolos de folhas de Thea e Nymphaea. Tricoesclereídes – Assemelham-se a tricomas ou pêlos ramificados. As ramificações das esclereídes penetram entre as células, ou nos espaços intercelulares amplos, ou nas câmaras aeríferas, como é o caso do limbo e pecíolo da folha de Nymphaea gardneríana e Nymphoides indica. São encontradas também em raiz de costela-de-adão Macroesclereídes, ou células de Malpighi – Podem também ser colunares e, com freqüência, formam uma camada em paliçada no tegumento das sementes de leguminosas, por exemplo. Braquiesclereídes, ou células pétreas – Possuem formato aproximadamente isodiamétrico e frequentemente se encontram agrupadas. Estas esclereídes têm paredes moderadamente espessas e numerosas pontoações, assemelhando-se, em forma, às células parenquimáticas. Isso é uma forte indicação de que as braquiesclereídes se desenvolvem a partir de células parenquimáticas. Desenvolvem-se principalmente na medula, córtex e casca do caule e em partes macias de muitos frutos, como a pêra Colênquima Colênquima angular: Colênquima Lamelar: Colênquima lacunar: cOLÊNQUIMA ANELAR OU ANULAR: Esclerênquima: FIBRAS: esclereídes:
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