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ManualServico Mirage150 MotosBlog

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ManualServico.Mirage150.MotosBlog.pdf
MANUAL DE SERVIÇO
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KASINSKI FABRICADORA DE VEÍCULOS LTDA. Mirage 150
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KASINSKI FABRICADORA DE VEÍCULOS LTDA.
© COPYRIGHT KASINSKI FABRICADORA DE VEÍCULOS LTDA. 2009
PREFÁCIO
Esse manual contém uma descrição introdutória 
sobre as motocicletas KASINSKI Mirage 150 e os 
procedimentos para sua inspeção/manutenção e 
revisão de seus principais componentes.
Outras informações consideradas como de 
conhecimento comum não estão incluídas.
Leia a seção INFORMAÇÕES GERAIS para 
se familiarizar com o veículo e use a seção 
MANUTENÇÃO e outras seções como guia para 
inspeção e manutenção adequadas.
Esse manual o ajudará a conhecer melhor a 
motocicleta para que você garanta aos seus 
clientes um serviço ótimo e rápido. 
	Esse manual foi preparado com base nas 
últimas especificações disponíveis no 
momento da publicação.
 Se modificações foram realizadas desde 
então, poderá haver diferenças entre o 
conteúdo desse manual e o veículo real. 
	As ilustrações nesse manual são utilizadas 
para mostrar os princípios básicos de 
operação e procedimentos de trabalho.
 Elas podem não representar o veículo em 
destalhes.
 ADVERTÊNCIA
Esse manual destina-se àqueles com 
conhecimento e habilidade suficientes para 
a manutenção de veículos KASINSKI. Sem 
tais conhecimento e habilidades, você não 
deve tentar oferecer assistência baseando-se 
somente nesse manual.
Nesse caso, contate a revenda autorizada de 
motocicletas KASINSKI mais próxima.
ÍNDICE
INFORMAÇÕES GERAIS
CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO
MOTOR
VEÍCULO
PARTE ELÉTRICA
DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS
DIAGRAMA DE CIRCUITO
COMO UTILIZAR ESSE MANUAL
PARA LOCALIZAR O QUE VOCÊ PRO-
CURA:
1. O texto desse manual está dividido em seções.
2. Os títulos dessas seções estão listados na primei-
ra página do ÍNDICE, selecione a seção que você 
procura.
3. Segurando o manual da maneira mostrada à direi-
ta será possível encontrar a primeira página facil-
mente.
4. Na primeira página de cada seção estão listados 
seus respectivos índices. Encontre o item e a pá-
gina desejada.
NOTA
Há diferanças entre as motos das fotografias e as disponíveis no mercado. 
INFORMAÇÕES GERAIS
ÍNDICE
1
ADVERTÊNCIA / CUIDADO / NOTA .............................................................1-1
PARTE 1 – APRESENTAÇÃO DO VEÍCULO ...............................................1-3
PARTE 2 – ESTRUTURA ...............................................................................1-4
PARTE 3 – ESPECIFICAÇÕES .....................................................................1-7
ADVERTÊNCIA / CUIDADO / NOTA
Por favor, leia esse manual e siga suas instruções cuidadosamente. Para enfatizar informações especiais, os 
símbolos e as palavras ADVERTÊNCIA, CUIDADO e NOTA têm significados especiais. Dê atenção especial 
às mensagens destacadas por essas palavras de sinalização.
 ADVERTÊNCIA
Indica um perigo em potencial que pode resultar em morte ou ferimentos.
CUIDADO
Indica um perigo em potencial que pode resultar em danos ao veículo.
NOTA
Indica informações especiais para tornar a manutenção mais fácil ou as instruções mais claras.
Observe, porém, que as advertências e os cuidados contidos nesse manual não podem abranger todos os 
perigos relacionados à manutenção ou falta de manutenção da motocicleta. Além das especificações de AD-
VERTÊNCIA e CUIDADO, utilize de bom senso e princípios básicos de segurança na mecânica. Em caso de 
dúvidas sobre como realizar uma operação de serviço específica, solicite a orientação de um mecânico mais 
experiente.
PRECAUÇÕES GERAIS
 ADVERTÊNCIA
	Os procedimentos corretos de reparo e manutenção são importantes para a segurança do serviço 
mecânico, bem como da segurança e confiabilidade do veículo.
	Quando duas ou mais pessoas trabalharem juntas, preste atenção na segurança de cada uma delas.
	Quando necessário, coloque o motor em funcionamento em ambientes fechados, certifique-se de 
que os gases de escapamento estejam direcionados para fora do ambiente.
	Ao trabalhar com materiais tóxicos ou inflamáveis, certifique-se de que a área de trabalho esteja 
bem ventilada e de ter seguido todas as instruções de precauções do fabricante do material.
	Nunca utilize gasolina como solvente de limpeza.
	Para evitar queimaduras, não toque no motor, no óleo do motor ou no sistema de escapamento 
durante ou logo após a operação do motor.
	Após realizar a manutenção dos sistemas de alimentação, lubrificação, freios ou escapamento, 
verifique se há vazamentos em todas as tubulações e junções relacionadas ao respectivo sistema.
1-1 INFORMAÇÕES GERAIS
 ADVERTÊNCIA
	Se for necessária a substituição de peças, substitua por Peças Genuínas KASINSKI ou equivalentes.
	Ao remover peças que serão reutilizadas, mantenha-as organizadas de maneira ordenada para que 
possam ser reinstaladas na ordem e na orientação apropriadas.
	Certifique-se de utilizar as ferramentas especiais quando recomendado.
	Certifique-se de que todas as peças utilizadas na remontagem estão limpas, e também lubrificadas 
quando especificado.
	Ao utilizar determinado tipo de lubrificante, cola ou selante, certifique-se de utilizar o tipo especificado.
	Ao remover a bateria, primeiro desconecte o cabo negativo e depois o positivo. Ao reconectar a ba-
teria, primeiro conecte o cabo positivo e depois o negativo e recoloque a tampa do terminal positivo.
	Ao realizar a manutenção em componentes elétricos, se os procedimentos de serviço não exigirem 
o uso da energia da bateria, desconecte o cabo negativo da bateria.
	Aperte o cabeçote, as porcas e os parafusos da carcaça, começando com o de maior diâmetro e ter-
minando com o de menor diâmetro, de dentro para fora diagonalmente e com o torque especificado.
	Toda vez que os retentores de óleo, juntas, isoladores, anéis de vedação, arruelas de travamento, 
contrapinos, cordões de vedação, e outra peças como especificadas, forem removidas, certifique-se 
de substituí-las por outras novas. Além disso, antes de instalar essas peças, remova qualquer resí-
duo de material das superfícies de encaixe.
	Nunca reutilize um anel trava. Ao instalar um novo anel trava, tome cuidado para não expandir a fol-
ga final mais do que o necessário para que ele não deslize sobre o eixo. Após instalar o anel trava, 
sassegure-se sempre de que ele está completamente assentado na sua ranhura e encaixado com 
firmeza.
	Não reutilize porcas autotravantes várias vezes.
	Utilize um torquímetro para apertar elementos de fixação com os valores de torque especificado. Se 
a rosca estiver suja de graxa ou óleo, limpe-a.
	Após a remontagem, verifique o aperto e a operação das peças.
 ADVERTÊNCIA
	Para proteger o ambiente, descarte o óleo do motor, ou demais fluidos usados em baterias e 
pneus, segundo as leis vigentes.
	Para proteger os recursos naturais do planeta, descarte apropriadamente veículos e peças usados.
INFORMAÇÕES GERAIS 1-2
1-3 INFORMAÇÕES GERAIS
PARTE 1 – APRESENTAÇÃO DO VEÍCULO
A motocicleta Mirage 150 é um veículo de estrada avançado com uma nova idéia de design. Esse veículo pos-
sui estilo e design modernos e excepcionais, além disso, é fácil de operar. Essa motocicleta adota o motor de 
cilindro único ZS156FMI-B, 4 tempos, refrigeração a ar, ressalto inferior e motor com eixo de balanceamento. 
O baixo consumo de combustível, a excelente potência e a boa aceleração são algumas das características de 
seu motor. O chassi é unido ao escapamento que proporciona alta resistência e boa rigidez. O sistema de freios 
adota uma combinação de disco dianteiro e tambor traseiro para garantir estabilidade e segurança. As rodas 
instaladas são em liga de alumínio que, além da bela aparência, oferece proteção anticorrosão.
Figura 1-2 Mirage 150 visualização do lado direito da motocicleta
Figura 1-1 Mirage 150 visualização do lado esquerdo da motocicleta
[1] Para-choque dianteiro
[2] Amortecedor dianteiro
[3] Sistema de direção
[4] Interruptor do combustível
[5] Bagageiro traseiro
[6] Freio dianteiro
[7] Pedal de mudança de marcha
[8] Pedal principal 
[9] Pedal lateral
[10] Roda traseira
[1] Lanterna
[2] Amortecedor traseiro
[3] Assento
[4] Tanque de combustível
[5] Farol dianteiro
[6] Freio traseiro
[7] Silencioso
[8] Pedal de partida 
[9] Pedal traseiro do freio
[10] Roda dianteira
PARTE 2 – ESTRUTURA
Essa motocicleta é basicamente composta de sistemas de direção, operação, freios, transmissão, fornecimen-
to de combustível, elétrico e motor. Consulte o Diagrama 1-3.
Diagrama 1-3 estrutura da motocicleta Mirage 150
1 Sistema de condução
 A função básica do sistema de condução é:
[1] Dar total suporte à motocicleta.
[2] Receber o torque de ajuste da transmissão. Deslocar a motocicleta pelo contato da roda com a estrada.
[3] Quando utilizada em estradas, oferece suporte ao torque produzido pela força externa da roda. 
[4] Resistir e controlar impactos e vibrações produzidos durante o deslocamento da motocicleta. 
 O sistema de condução é composto basicamente da montagem do chassi, amortecedores dianteiro 
e traseiro, roda dianteira e traseira e alguns outros acessórios.
2 Sistema de operação e freios
 A principal função do sistema de condução é controlar a direção da locomoção, a velocidade de rotação, os 
freios, a iluminação e sinalização, e assegurar uma locomoção segura na motocicleta. 
 O sistema de operação e freios contém principalmente os mecanismos de direção, freios e alguns relacio-
nados ao controle do guidom, interruptores de controle, cabos de aço e acessórios.
3 Sistema de transmissão
 A função básica do sistema de transmissão é o aumento do torque ou diminuição da velocidade de trans-
missão de acordo com as condições da estrada e a necessidade de deslocamento. Por conseguinte, trans-
mitir o efeito para a roda e fazer a motocicleta arrancar.
 O sistema de transmissão consiste basicamente do dispositivo de partida, embreagem, comando da trans-
missão e acessórios do dispositivo de transmissão traseira. 
[1] Dispositivo de partida
 A função do dispositivo de partida é ligar o motor e fazê-lo funcionar automaticamente. Esse disposi-
tivo da motocicleta é dividido em duas partes. Uma é o engate do motor e a outra é a partida elétrica. 
[2] Embreagem
 A função da embreagem é transmitir ou interromper a potência do motor de maneira confiável e su-
ave, assegurar estabilidade na partida e mudança de marchas. A embreagem dessa motocicleta é 
manual, lubrificada e múltipla. 
[3] Transmissão
 A função da transmissão é mudar o torque de deslocamento e reversão da transmissão da motoci-
cleta e assegurar tração e velocidade adequadas para que seja possível a adaptação às condições 
de deslocamento variáveis. A engrenagem dessa motocicleta é de transmissão gradual.
INFORMAÇÕES GERAIS 1-4
[1] Sistema de condução
[2] Sistema elétrico
[3] Sistema de alimentação
[4] Sistema de operação e freios
[5] Motor
[6] Sistema de transmissão
[4] Dispositivo de transmissão traseira
 A função do dispositivo de transmissão traseira é fornecer a potência do motor ao dispositivo de 
transmissão, para que a rotação seja reduzida e o torque aumentado. Em seguida, transmita a po-
tência para a roda traseira para que a motocicleta ande.
[5] Sistema de admissão e exaustão
 A função do sistema de admissão é guiar e filtrar o ar, para controlar o volume da mistura gasosa 
que flui para o cilindro de acordo com as necessidades das condições de funcionamento. O sistema 
é composto principalmente de tubo de admissão e filtro de ar.
 A função do sistema de exaustão é ventilar o gás de exaustão no cilindro e reduzir o ruído durante a 
exaustão. Esse sistema consiste principalmente de escapamento e silencioso.
[6] Sistema de alimentação
 A função do sistema de alimentação é transformar combustível e ar em uma mistura gasosa com 
a proporção apropriada de acordo com as condições de trabalho do motor e fornecer ar misturado 
em tempo hábil e em quantidades suficientes para a câmara de combustão, para que ela continue o 
processo de queima.
 O sistema de alimentação é composto principalmente de tanque de combustível, interruptor do tan-
que de combustível, filtro de ar, carburador, mangueira de combustível e válvula de fornecimento de 
combustível.
[1] Alimentação de energia elétrica 
 A função do sistema elétrico é fornecer energia elétrica para a partida e o funcionamento da motocicleta, e 
enviar sinais sonoros ou luminosos para garantir a segurança do deslocamento. O sistema elétrico serve 
principalmente para fornecimento, consumo e controle de energia elétrica.
[1] Alimentação de energia elétrica
 O fornecimento de energia elétrica é obtido de um gerador e uma bateria. Quando o gerador atinge 
certa reversão movida pelo motor, ele transfere energia elétrica não somente para o mecanismo 
elétrico, mas também para a bateria que é carregada. A bateria pode transferir energia química, que 
pode alimentar a partida, a iluminação e o mecanismo de sinalização.
[2] Consumo de energia elétrica
 A função da peça de controle é oferecer vários tipos de sinais sonoros e luminosos para garantir a 
segurança do deslocamento, ao mesmo tempo pode dar a partida no motor forma conveniente e 
rápida. Ela consiste basicamente dos dispositivos de sinais luminosos e de partida elétrica. 
[3] Peça de controle
 A função da peça de controle é assegurar e ajustar o fornecimento e consumo de energia elétrica. Ela 
consiste do tensionador, retificador, relé de partida, fusível, interruptor de controle e cabo principal. 
5 Motor 
 O motor é um dispositivo de combustão interna que transforma a energia térmica em energia mecânica. O 
motor é a fonte de energia da motocicleta, é composto pela tampa, corpo do cilindro, cárter, conjunto do 
pistão, biela, mecanismo de válvulas, sistemas de lubrificação, ignição e arrefecimento.
[1] Conjunto do cárter
 O conjunto do cárter do motor da motocicleta é composto principalmente de cárter e tampas da car-
caça direita e esquerda, sua função é suportar e instalar outros acessórios do motor para resistir a 
choques e torções. O conjunto do cárter é a estrutura de funcionamento do motor que determina toda 
sua resistência e força.
[2] Conjunto do pistão
 A função do conjunto do pistão é transmitir potência de deslocamento para a biela do virabrequim. 
[3] Biela
 A função da biela é transformar o movimento retilíneo alternativo do pistão em movimento circular 
contínuo para transmitir potência e fazer com que acessórios relacionados funcionem. 
[4] Mecanismo de Válvulas
 A função do mecanismo de válvulas é absorver adequadamente a mistura gasosa combustível para 
a câmara de acordo com as necessidades do motor e emitir gás de exaustão do cilindro para asse-
gurar o bom funcionamento e desempenho do motor. O mecanismo de válvulas dessa motocicleta 
adota ressalto inferior.
1-5 INFORMAÇÕES GERAIS
[5] Sistema de Lubrificação
 A função do sistema de lubrificação é lubrificar as superfícies dos componentes motores e reduzir 
a fricção e abrasão causadas. Esse sistema elimina o superaquecimento durante a fricção assegu-
rando, assim, o bom funcionamento e desempenho do motor, aumentando a confiabilidade e prolon-
gando a vida útil das peças. O sistema de lubrificação dessa motocicleta é principalmente composto 
pelos seguintes componentes: filtro de óleo, bomba de óleo e passagem de óleo. 
[6] Sistema de Arrefecimento 
 O sistema de arrefecimento serve para resfriar o motor assegurando seu bom funcionamento e de-
sempenho. O sistema de arrefecimento dessa motocicleta adota o arrefecimento a ar que utiliza o 
fluxo de ar durante o deslocamento da motocicleta para eliminar o aquecimento por meio de aletas 
do corpo, tampa do cilindro e do conjunto do cárter.
INFORMAÇÕES
GERAIS 1-6
PARTE 3 – ESPECIFICAÇÕES
1-7 INFORMAÇÕES GERAIS
Item Especificação
Tamanho e Peso Líquido
Comprimento X Largura X Altura 2.176 mm X 897 mm X 1.100 mm
Distância entre eixos 1.400 mm
Distância do solo 140 mm
Peso líquido 125 kg
Peso máximo 275 kg
Carga máxima 150 kg
Motor
Modelo do Motor ZS156FMI-B
Tipo do Motor Um cilindro,4 tempos, arrefecimento de ar, ressalto inferior
Diâmetro X Curso 56,5 mm X 49,5 mm
Capacidade total do cilindro 124,5 ml
Taxa de compressão 9,0:1
Potência máxima/ Rotação corresponden-
te 7,2/(8.500 + 850)kW
Torque máximo/Rotação correspondente 8,6/(7.500+ 750)N.m
Rotação estável mínima sem carga (1.400+ 100)rpm
Taxa mínima de consumo de combustível <367 g / kW/h
Consumo de combustível na velocidade 
econômica 1,72 l/ 100 km
Folga da válvula 0,06 mm a 0,08 mm
Método de lubrificação Pressão e derramamento
Tipo do carburador PZ26
Forma de alimentação Bujão plano
Filtro de ar Componentes: papel e plástico
Método de partida Partida do motor, Partida Elétrica
Sistema de Condução
Amortecedor dianteiro componentes: hidráulico e molas
Amortecedor traseiro componentes: hidráulico e molas
Tamanho/Pressão da roda dianteira 2,75-18/225 kPa
Tamanho/Pressão da roda traseira 3,50-16/250 kPa
Velocidade máxima 90 km/h
Desempenho em rampa ≥22°
Distância de derrapagem ≥200 m
INFORMAÇÕES GERAIS 1-8
Item Especificação
Dispositivo de transmissão
Modelo de saída Corrente de transmissão
Modelo da transmissão Elasticidade de operação do pé esquerdo (l-N-2-3-4-5)
Embreagem manual, lubrificada e múltipla
Tipo de mudança de velocidade comum e duas grades de 5 marchas
Taxa de transmissão primária 3.333
Taxa de transmissão final 2.786
Taxa de transmissão da primeira 
engrenagem 2.769
Taxa de transmissão da segunda 
engrenagem 1.882
Taxa de transmissão da terceira 
engrenagem 1.400
Taxa de transmissão da quarta 
engrenagem 1.130
Taxa de transmissão da quinta 
engrenagem 0,960
Operação e freios
Diâmetro mínimo do círculo de direção 4.000 mm
Ângulo de curva à esquerda e a à direita ≥48º
Freio dianteiro Freio a disco
Freio traseiro Freio a tambor
Sistema elétrico
Método de ignição C.D.I
Tipo de vela de ignição D8EA
Folga da vela de ignição 0,6 mm a 0,7 mm
Bateria 12V / 7Ah
Fusível 10 A
Farol dianteiro 12 V – 35 W/ 21 W
Lanterna/luz de freio 12 V – 8 W/ 21 W
Luz indicadora de direção 12 V – 10 W
Indicador de direção 12 V – 1,7 W
Indicador luminoso de marcha 12 V – 1,7 W
Luz de posição dianteira 12 V – 3 W
Fluídos
Tipo de combustível Gasolina
Capacidade do tanque de combustível 13 l
Tipo de óleo 20W 50
Capacidade de óleo do motor 1.100 ml
Capacidade de óleo do amortecedor 
dianteiro 159 ± 5 ml (por amortecedor)
CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO
ÍNDICE
2PARTE 1 – ITENS DE ADVERTÊNCIA PARA MANUTENÇÃO ....................2-1
PARTE 2 – CONHECIMENTOS GERAIS DE MANUTENÇÃO .....................2-2
PARTE 3 – CICLO DE MANUTENÇÃO ....................................................... 2-7
PARTE 4 – FERRAMENTAS DE MANUTENÇÃO ........................................2-8
PARTE 5 – INFORMAÇÕES DE AjUSTES DE MANUTENÇÃO .............. 2-10
PARTE 6 – TORQUES E REQUISITOS DE MONTAGEM ......................... 2-12
PARTE 1 – ITENS DE ADVERTÊNCIA PARA MANUTENÇÃO
Quando houver problemas com sua motocicleta, ela poderá se consertada na oficina de assistência técnica 
KASINSKI ou em uma oficina profissional de manutenção. Ou então, você também poderá consultar esse ma-
nual de manutenção. As peças da motocicleta sofrerão desgastes e desajustes durante a utilização contínua. 
A falta de manutenção frequente pode afetar a segurança e confiabilidade da sua motocicleta e, também, re-
duzir sua vida útil. Por isso, a manutenção frequente ajudará a manter sua motocicleta nova e operando com 
desempenho máximo.
[1] Ao realizar reparos na motocicleta, utilize componentes, acessórios, óleo de lubrificação e outros materiais 
que sejam produzidos ou recomendados pelo fabricante. A utilização de peças inadequadas influenciará a 
mobilidade, confiabilidade, estabilidade e conforto da motocicleta. O veículo será seriamente danificado.
[2] Após a desmontagem e reinstalação, substitua a junta, as peças de vedação e os pinos de abertura por 
novos.
[3] Ao apertar porcas e parafusos, utilize o princípio do cruzamento diagonal e aperte-os completamente com 
o valor de torque padrão por 2 ou 3 vezes.
[4] Não utilize fluido inflamável ao limpar as peças. Passe óleo lubrificante nas peças motoras antes de 
instalá-las.
[5] Após a instalação, verifique se todas as peças estão instaladas corretamente. Verifique os métodos de 
circulação, movimento, operação e inspeção.
[6] Ao desmontar a motocicleta, utilize sempre as ferramentas de manutenção apropriadas.
[7] Realize os reparos com o motor desligado. Se a motocicleta precisar ser consertada com o motor ligado, 
faça os reparos em um local bem ventilado, pois o gás emitido pela motocicleta contém CO2 tóxico.
[8] O gás é altamente inflamável e pode provocar explosões, portanto, não fume ou acenda chamas no local 
da manutenção.
[9] O eletrólito da bateria contém ácido sulfúrico. Se o eletrólito respingar nos olhos ou for derramado nas 
roupas, limpe-os muito bem com água. Procure um médico imediatamente. 
[10] A solução existente na bateria é inflamável e explosivo, portanto, não fume ou acenda fogo próximo à 
bateria, especialmente ao carregá-la.
As informações desse manual, iniciadas pelas seguintes palavras são de extrema importância:
 ADVERTÊNCIA
Indica uma situação potencialmente perigosa que, se não for evitada, poderá causar ferimentos ou morte.
CUIDADO
Indica uma situação potencialmente perigosa que, se não for evitada, poderá causar danos a sua motocicleta.
NOTA
Indica informações especiais para tornar a manutenção mais fácil ou as instruções mais claras.
2-1 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO
CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO 2-2
PARTE 2 – CONHECIMENTOS GERAIS DE MANUTENÇÃO
1 Classificações de Manutenção
 A manutenção pode ser dividida em 4 partes de acordo com a variedade e o período de intervalo. Essas 
partes estão divididas como: reparos grandes, médios, pequenos e em conjunto.
[1] O reparo grande é um reparo detalhado que exige a desmontagem, limpeza, medição, inspeção, 
ajuste completo da motocicleta, e assim por diante. Após esse reparo, a motocicleta pode alcançar o 
padrão original de mobilidade, economia, estabilidade e desempenho seguro.
[2] O reparo médio serve para reparar e ajustar algumas peças que influenciam no desempenho da 
motocicleta. O reparo médio pode eliminar perigos potenciais, evitar agravamento de problemas e 
manter uma boa condição de funcionamento.
[3] O reparo pequeno é um reparo de funcionamento que concentra-se principalmente na eliminação de 
algum problema temporário ou danos parciais durante o funcionamento.
[4] O reparo em conjunto é um reparo separado por conjunto e realizado de acordo com a necessidade 
de um determinado conjunto ou dano, corrosão ou empenamento de um componente específico que 
afeta o desempenho da motocicleta.
2 Técnicas de Reparo
(1) Desmontagem da Motocicleta
 A desmontagem é uma etapa muito importante durante o reparo. O método de desmontagem influenciará 
diretamente a qualidade e eficiência do reparo. Se os componentes quebrarem ou forem bloqueados 
devido à desmontagem incorreta, a extensão do reparo, bem como o tempo gasto para realizá-lo, serão 
aumentados. Isso causará a interrupção da desmontagem. O princípio básico da desmontagem é a or-
dem e a direção oposta àquela de instalação. Normalmente, a ordem é de dentro para fora, de cima para 
baixo, do maior para o menor. Na desmontagem, preste atenção ao lugar em que coloca as peças para 
evitar danificá-las ou confundi-las.
 A ordem e o método de desmontagem não são absolutos. Diferentes motocicletas têm diferentes ordens
e métodos de desmontagem. Você pode consultar nossas instruções de desmontagem, instalação e ma-
nutenção.
 O princípio básico de desmontagem do motor e de outros componentes é o mesmo princípio de toda 
motocicleta. A ordem e o método de desmontagem são diferentes de acordo com as estruturas e carac-
terísticas de cada componente. Preste muita atenção ao lugar e a ordem em que coloca as peças e os 
componentes desmontados.
 Observe com cuidado os seguintes itens ao desmontar a motocicleta e seus componentes:
[1] Os componentes que têm alta exigência de posicionamento devem ter suas marcas de posiciona-
mento verificadas previamente ao serem desmontados. Se a marca não estiver evidente, refaça-a.
[2] Ao desmontar os componentes que estão muito apertados, utilize as ferramentas especiais. Se não 
possuir as ferramentas especiais, apoie a motocicleta com um pedaço de madeira ou metal leve, 
depois martele o local correto com o martelo de borracha para evitar danos ao componente.
[3] Ao desmontar o conjunto do amortecedor dianteiro e traseiro e as rodas dianteira e traseira, apoie a 
motocicleta com um suporte firme. Evite que a queda da motocicleta cause ferimentos em pessoas 
ou danifique componentes.
[4] Coloque os componentes desmontados em ordem. Não coloque componentes como, por exemplo, 
componentes de injeção, cromados e de alta precisão diretamente no chão.
[5] As porcas e os parafusos desmontados devem ser armazenados cuidadosamente, e eles podem ser 
instalados novamente no lugar original, mas não os aperte.
[6] Realize a desmontagem dos componentes que exigem a utilização de ferramentas especiais da ma-
neira recomendada. Monte uniformemente e preste atenção na direção.
[7] Escolha as ferramentas adequadas para a desmontagem dos componentes, monte uniformemente 
e preste atenção na direção para evitar que os componentes sejam danificados.
[8] As pastilhas de freio desmontadas devem ser guardadas separadamente e longe do óleo lubrificante. 
Se as pastilhas entrarem em contato com óleo poderá provocar falhas no freio.
2-3 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO
[9] Quando houver dificuldade de desmontagem devido à oxidação dos componentes de rosca de parafu-
so, você poderá mergulhar os componentes em gasolina por alguns minutos e depois desmontá-los.
[10] Ao desmontar juntas, é preciso ter cuidado para evitar danos.
(2) Limpeza dos Componentes
 Após a desmontagem, os componentes estarão sujos de óleo ou carbono. Limpe-os para facilitar a manu-
tenção e instalação. Você pode utilizar gasolina e querosene. O método de limpeza é escolhido de acordo 
com a especificidade dos componentes.
[1] Limpeza de manchas de óleo
 Limpeza fria e limpeza quente são dois métodos para peças de metal. Utilize gasolina ou querosene, 
coloque as peças de metal dentro do detergente e esfregue-as com uma escova, essa é a chamada 
limpeza fria. Utilize base alcalina em meio aquoso como detergente; coloque as peças de metal den-
tro do detergente, aqueça de 79 a 90°C e mantenha-as imersas de 10 a 15 minutos, depois retire as 
peças de metal e limpe-as, essa é a chamada limpeza quente.
 Métodos de limpeza de peças não metálicas diferem de acordo com o material. O melhor produto de 
limpeza para peças de borracha é o álcool. Não utilize querosene ou gasolina para limpar peças de 
borracha, pois elas podem inchar e deformar. A gasolina é apropriada para o disco da embreagem e 
para os discos de fricção das pastilhas de freio, enquanto a base alcalina em meio aquoso é proibida.
[2] Remoção do acúmulo de carbono
 Para remover o acúmulo de carbono dos componentes é possível utilizar o método mecânico ou 
químico. O método mecânico é o de raspagem do acúmulo com um raspador ou espátula de bambu 
e então limpar com gasolina. Mergulhe o componente, escove o acúmulo de carbono e limpe com 
água quente, esse é o método chamado químico.
(3) Inspeção das peças
 Inspeção das peças após a limpeza. O propósito da inspeção é verificar se as peças precisam de reparo 
ou substituição. Existem três métodos: inspeção direta, inspeção por instrumentos e diagnóstico de pro-
blemas. 
[1] Inspeção direta
 A inspeção direta serve para verificar e avaliar as condições das peças manualmente, em vez da 
utilização de instrumentos. Esse é um método simples e prático que é utilizado amplamente para 
manutenção. 
[2] Inspeção por instrumentos
 A inspeção por instrumentos serve para medir o tamanho e o formato geométrico das peças por meio 
de medidores e aparelhos e, então comparar o valor medido com o valor limite para descobrir as 
condições das peças. Esse método pode obter avaliações precisas, mas é necessária uma inspeção 
cuidadosa da precisão dos instrumentos e seleção adequada das peças.
[3] Diagnóstico de problemas
 Para encontrar falhas latentes nas peças, é possível aplicar o diagnóstico de problemas. Geralmen-
te, é adotado o método de imersão em óleo e batidas durante a manutenção. O processo desse 
método é o seguinte: primeiro mergulhe as peças em querosene ou óleo Diesel por alguns minutos. 
Depois, retire e seque as peças. Em seguida, espalhe talco na superfície das peças. Finalmente, dê 
leves batidas com um pequeno martelo na superfície das peças defeituosas. A batida pode produzir 
vibração. O óleo restante na rachadura espirrará devido à vibração. O óleo derramado tingirá o talco 
de amarelo e será possível encontrar facilmente uma marca amarela no local da rachadura.
(4) Métodos e habilidades de reparo
 Após a desmontagem, limpeza e inspeção, o próximo estágio é fundamental. Aperfeiçoar as habili-
dades básicas é o ponto chave para garantir boa qualidade de manutenção que são as seguintes: 
[1] Entalhe, limagem e raspagem
 O entalhe é o processamento das peças de metal com um martelo e uma talhadeira. As funções são 
cortar e partir.
 A limagem é a raspagem das superfícies das peças com uma lima. Isso inclui raspar e limar delica-
damente. O dente de uma lima determina o grau de aspereza ao limar peças de metal. A operação 
de limagem é diferente de acordo com os diferentes formatos das superfícies das peças.
 A raspagem é um processo que raspa uma fina camada da superfície das peças. É um trabalho 
delicado, por isso, raspe as peças aos poucos e com muito cuidado. Geralmente, é raspado 0,005 a 
0,01 mm por vez. Antes da raspagem, espalhe tetróxido de chumbo na superfície das peças. Então, 
encaixe as peças com outras padrão. As partes que não encaixam são as áreas que devem ser 
raspadas. Após vários encaixes e raspagens, a superfície de contato das peças ficam maiores, atin-
gindo os requisitos e propósitos.
[2] Fricção
 O polimento consiste em eliminar uma fina camada da superfície das peças pelo esmerilhamento. 
Esse é um acabamento fino para a superfície das peças, que pode proporcionar um tamanho pre-
ciso, formas geométricas exatas e o grau mais baixo de aspereza. Consiste nos polimentos plano, 
interno e externo. A ferramenta utilizada no polimento plano é um disco plano, enquanto no interno é 
um mandril. Durante a manutenção os métodos de polimento são utilizados, geralmente, para polir a 
chapa do cárter e o orifício interno da biela.
[3] Rebitagem e solda
 A rebitagem é um processo que serve para unir duas partes ou mais com rebites. É amplamente uti-
lizada na manutenção como na rebitagem do disco da embreagem, etc. A rebitagem pode ser clas-
sificada pelas suas funções em três tipos: junções com rebite fixo, rebite ativo e rebite de vedação.
 O processo de soldagem pode unir permanentemente duas parte de metais com uma ferramenta de 
solda. Esse processo também é muito utilizado na manutenção como, por exemplo, nos reparos de 
rachaduras do chassi e outras partes de metal.
[4] Perfuração e alargamento
 O processo de perfuração consiste em fazer orifícios em peças ou materiais com uma broca. As 
ferramentas de perfuração principais são: furadeira, furadeira manual, furadeira elétrica e broca. 
 O alargamento é
um processo de acabamento que pode aumentar o grau de precisão do orifício das 
peças e diminuir o grau de aspereza. O aumento da precisão do encaixe entre o orifício e o eixo pode 
alcançar de 6 a 8 graus. As ferramentas básicas desse processo são os alargadores fixos, ajustáveis, 
cônicos, etc. Antes do alargamento é preciso primeiramente furar um orifício que serve como base 
para a precisão do formato do orifício e criar espaço para o procedimento de alargamento.
[5] Corte interno e externo de roscas
 O corte feito com um cossinete é chamado de corte interno de roscas. O corte de rosca externo com 
um disco é chamado de corte de rosca externo. O conjunto consiste em dois tornos, por exemplo, o 
torno mestre e o torno secundário. O dois tornos diferem no seu ângulo de corte, o ângulo de corte 
do torno secundário é maior do que o do mestre. Perfure um orifício com um ângulo chanfrado antes 
de iniciar o corte de rosca interno. Para escolher a broca apropriada, consulte a lista especializada 
ou a fórmula seguinte:
 Diâmetro de perfuração do orifício= diâmetro externo da rosca – 1,1 mm X passo da rosca (apropria-
do para ferro e cobre)
 Diâmetro de perfuração do orifício= diâmetro externo da rosca – 1,2 mm X passo da rosca (apropria-
do para aço e latão)
 Ao realizar o corte interno de roscas, vire o cossinete dentro do orifício de ângulo chanfrado, em 
seguida remova e utilize o cossinete secundário para dar formato às roscas.
 A ferramenta de corte de roscas externo é um disco. O disco é constituído de discos fixos, discos 
ajustáveis e disco ativo. Geralmente, nós utilizamos o disco fixo, por exemplo, o disco arredondado. 
Ao realizar o corte externo de roscas, escolha o disco e o diâmetro do material a ser gradualmente 
expandido de acordo com a necessidade do material, diâmetro da rosca e passo do parafuso. Para 
fazer a escolha certa, consulte a lista especializada ou a seguinte fórmula:
 Diâmetro do material a ser expandido gradualmente = diâmetro externo da rosca – 0,13 mm X passo 
do parafuso.
CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO 2-4
 Corte a extremidade do material a ser expandido em ângulo de 15 a 20º antes de fazer o corte exter-
no na rosca. Para facilitar a operação, o disco e o material a ser expandido devem estar na vertical, 
assim, o diâmetro mínimo do ângulo do cone deve ser menor do que o diâmetro interno da rosca.
[6] Retificação
 A operação que elimina o desnivelamento de formas planas, em barras e colunas, é chamado de 
retificação. A retificação pode remodelar as peças.
 A retificação depende da flexibilidade das partes de metal. Assim, partes de metal com boa flexibilida-
de podem ser retificadas diretamente, como aço doce e cobre vermelho. Partes de metal com menos 
flexibilidade necessitam ser amolecidos antes da retificação.
 As forma de retificação são: torção, extensão, curvatura e expansão. 
[7] Colagem
 A colagem é amplamente utilizada na manutenção e no reparo porque é fácil e pode ser realizada 
sem ferramentas especiais ou materiais caros. Além disso, as peças coladas como, por exemplo, 
guidom, cabeça da direção, plástico e peças de metal pintadas com spray; disco e pastilhas de freio 
não precisam ser processadas por máquinas de alta precisão. Existem vários tipos de colas como a 
epóxi, adesivo fenólico e etc.
(5) Montagem da motocicleta
 O último procedimento do reparo é a montagem, fator determinante para o bom funcionamento da moto-
cicleta.
[1] A montagem inclui a montagem dos módulos, das peças e total. No processo de montagem, é preci-
so observar o princípio da montagem, primeiro dos módulos, depois das peças e por fim a montagem 
total. A sequência de montagem é contrária a de desmontagem, ou seja, primeiro monta-se os com-
ponentes que foram desmontados por último e por último os componentes que foram desmontados 
primeiro. 
[2] A montagem de módulos é a primeira etapa de todo o processo que transforma as peças em um 
único módulo como, por exemplo, a combinação do tambor do freio dianteiro, a combinação das 
pastilhas de freio e a combinação das rodas.
[3] A montagem das peças é baseada na montagem dos módulos que unem as partes e os módulos 
como um todo como, por exemplo, a montagem das rodas dianteira e traseira, conjunto do garfo 
dianteiro, amortecedor, etc.
[4] A montagem total é o último procedimento para completar todo o processo de trabalho, ela conecta 
as peças e os módulos com o chassi de acordo com a sequência de instalação correta.
[5] As sequências da montagem total são similares. A operação é da seguinte maneira: primeiro, finalize 
a montagem dos módulos e das peças, então instale o conjunto do motor e da transmissão no chassi. 
Segundo, instale o conjunto do garfo dianteiro, guidão, para-lamas dianteiro e traseiro, amortecedor, 
diferencial, rodas dianteira e traseira, tanque de combustível e assento. Terceiro, instale o farol, 
lanterna traseira, indicador de direção, buzina e conjunto da bateria. Quarto, conecte todo circuito 
elétrico e cabos de controle. Quinto, instale a corrente de distribuição, correia dentada, para-brisa e 
cobertura da corrente ou cinta. Por último, lubrifique toda a motocicleta.
[6] Consulte a seguinte referência sobre desmontagem, instalação e inspeção se houver é qualquer 
diferença de sequência de montagem causada por diferente tipo e estrutura.
[7] Preste atenção nos seguintes pontos:
 Escolha um lugar amplo e limpo, siga rigorosamente as recomendações de montagem, as partes 
devem estar conectadas de acordo com as especificações, evite conectar as peças incorretamente 
e esquecer-se de montar alguma junta, contrapino e cordões de vedação.
3 Regulagem após o Reparo
 A interconexão das peças foi afetada de alguma forma após o reparo. Para recuperar o desempenho 
da motocicleta, faça o ajustes de acordo com as especificações do MANUAL DO USUÁRIO. Ajuste 
da seguinte maneira:
(1) Regulagem do Tempo de Ignição
 Caso ocorra algum erro com o ângulo avançado da ignição, isso poderá causar uma série de 
problemas, tais como partida do motor com dificuldade, diminuição da potência, alto consumo 
de combustível, superaquecimento do motor, queima de combustível incompleta, 
2-5 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO
(2) Regulagem do Carburador
 A regulagem do carburador é muito importante, ele interfere diretamente no desempenho do 
motor, portanto, mantenha-o da seguinte maneira:
 Antes da regulagem, certifique-se de que a temperatura de operação do motor esteja adequa-
da, abra a válvula do afogador, verifique se a folga da válvula e o ajuste da ignição estão corre-
tos e se não há vazamentos ou bloqueio do motor ou do carburador.
(3) Ajuste da Embreagem
 A embreagem é utilizada para transferir potência, portanto, tem um importante papel no sistema 
de transmissão. Regule a folga da manopla de operação da embreagem entre 10 e 20 mm. 
Algumas motocicletas necessitam de ajuste do parafuso de ajuste das peças desengatadas.
(4) Regulagem dos freios
 O desempenho do freio afeta diretamente a segurança de deslocamento, por isso, uma regula-
gem correta é de extrema importância. Regule a folga da alavanca do guidom do freio dianteiro 
entre 10 e 20 mm e o pedal do freio traseiro entre 20 e 30 mm. O método de regulagem é o 
mesmo. 
(5) Regulagem do Dispositivo Elétrico
 A regulagem do dispositivo elétrico inclui principalmente o farol e a regulagem da buzina elétrica.
[1] Regulagem da posição do farol para cima ou para baixo para mudar a distância da irradia-
ção de luz.
[2] Regulagem do som e tom da buzina elétrica. O volume padrão da buzina elétrica da mo-
tocicleta é de 95 a 105 dB (A). Ajuste o parafuso de ajuste atrás da buzina elétrica se o 
volume e o tom não estiverem funcionando corretamente.
(6) Regulagem do Cabo do Acelerador
 A folga da manopla de controle do acelerador deve ser de 2 a 6 mm. O aumento ou diminuição 
da rotação do motor não são permitidos nesse processo. Regule a folga de acordo com a espe-
cificação.
Essa regulagem é, normalmente, acompanhada da regulagem da rotação de marcha 
lenta.
CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO 2-6
PARTE 3 – CICLO DE MANUTENÇÃO
Item
Leituras do Hodômetro (km)
1000 km 2000 km 3000 km 4500 km 6000 km a cada
Óleo do motor - trocar - (1)      1.500
Tela do filtro de óleo - Limpar 12.000
Filtro de ar - Limpar    A cada 1.000 Km
Filtro de combustível - Trocar  6.000
Vela de iginição - Verificar   3.000
Vela de iginição - Trocar  6.000
Carburador - Verificar a marcha lenta    3.000
Carburador - Limpar  6.000
Ruído de freio - Verificar (2)  6.000
Tanque de combustível e tubulações - 
Verificar  6.000
Folga das válvulas - Verificar e ajustar   3.000
Acelerador - Verificar e ajustar   3.000
Pastilhas e lonas de freio - Verificar desgaste   3.000
Tambor de freio - Limpar   3.000
Freio traseiro - Verificar e ajustar    3.000
Aros e Raio das Rodas - Verificar e ajustar    3.000
Interruptor do freio traseiro - Verificar e ajustar    3.000
Interruptores e instrumentos - Verificar o 
funcionamento    3.000
Suspensões dianteira e traseira - Verificar    3.000
Óleo da suspensão dianteira - Trocar (3) 9.000
Rolamentos da Coluna de direção - Verificar, 
ajustar e lubrificar    3.000
Corrente de transmissão - Verificar, ajustar e 
lubrificar (1)    A cada 500 Km
Sistema de iluminação/sinalização - Verificar 
o funcionamento    3.000
Cavalete Central e lateral - Verificar    3.000
Embreagem - Verificar e ajustar    3.000
Facho do farol - Ajustar    3.000
Sistema de Escapamento - Verificar    3.000
Parafusos, Porcas e Fixações - Verificar e 
apertar    3.000
 
CUIDADO
Reduza o intervalo de manutenção do filtro de ar se a motocicleta circular em regiões com muita poeira.
 
2-7 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO
PARTE 4 – FERRAMENTAS DE MANUTENÇÃO
 
[1] Pistola elétrica
Essa ferramenta é utilizada para fornecer energia e 
remover porcas e parafusos
[2] Luva da lingueta 
Essa ferramenta é utilizada para remover as porcas 
do elemento filtrante do óleo e da embreagem
[3] Luva do parafuso AB, adaptador, ponte elétri-
ca, ponta hexagonal da chave, luva de ajuste da 
válvula
[4] Luva
Remova ou fixe as porcas e os parafusos com um 
martelo pneumático
[5] Cortador de fios, alicate de corte 
Remova/instale o anel trava com o alicate de expan-
são
[6] Chave “T”
[7] Extrator do rotor
Essa é a ferramenta especial para desmontar o rotor 
do magneto
[8] Martelo de Borracha, Martelo de Ferro e Mar-
telo de Cobre
CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO 2-8
[9] Calibrador de lâminas
Essa ferramenta é utilizada para medir a folga entre o 
pistão e o cilindro ou a válvula 
[10] Micrômetro
Essa ferramenta é utilizada para medir as dimensões 
do pistão e do pino do pistão
[11] Relógio comparador
Mede a oscilação vertical da suspensão da roda, diâ-
metro interno do cilindro, etc.
[12] Barômetro do Cilindro
Essa ferramenta é utilizada para medir a pressão do 
cilindro 
[13] Barômetro do Pneu
Essa ferramenta é utilizada para medir a pressão do 
pneu
[14] Paquímetro
Essa ferramenta é utilizada para medir o diâmetro in-
terno do cubo da roda traseira 
[15] Torquímetro
Essa ferramenta é utilizada para medir o aperto do 
parafuso e da porca.
[16] Expansor hexagonal interno
Essa ferramenta é utilizada para remover parafusos e 
porcas hexagonais internos.
2-9 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO
PARTE 5 – INFORMAÇÕES DE AJUSTE DE MANUTENÇÃO
1 Sistema do Motor
Itens Valor Padrão (mm) Valor Limite (mm)
Folga do pistão e do cilindro 0,02 a 0,06 0,10
Diâmetro do cilindro 56,50 a 56,51 56,50
Diâmetro do pistão 56,45 a 56,48 56,35
Deformidade do cabeçote 0 a 0,01 0,05
Flexibilidade do corpo do cilindro 0 a 0,01 0,03
Folga da extremidade do anel do pistão 0,15 a 0,35 0,50
Folga lateral do anel do pistão 0,03 a 0,05 0,10
Folga do pino e do orifício do pistão 0 a 0,02 0,04
Diâmetro interno do orifício do pino do pistão 15,00 a 15,01 15,04
Diâmetro externo do pino do pistão 14,99 a 15,00 14,96
Diâmetro do orifício da extremidade menor da 
biela 14,97 a 14,98 15,00
Folga radial da extremidade menor da biela 0 a 0,01 0,03
Folga radial da extremidade maior da biela 0 a 0,01 0,05
Folga lateral da extremidade maior da biela 0,10 a 0,30 0,80
Desvio radial da árvore de manivelas 0 a 0,02 0,05
Altura do came
Admissão 32,768 a 32,928 32,628
Exaustão 32,768 a 32,928 32,968
Comprimento livre da mola da válvula
Interno 33,50 a 33,51 30,00
Externo 40,90 a 40,91 39,80
Folga da válvula 0,06 a 0,08 0,10
Largura da sede da válvula
Admissão 1,2 a 1,5 2,0
Exaustão 1,2 a 1,5 2,0
Guia da válvula/
Válvula
Diâmetro externo da 
haste da válvula
Admissão 5,45 a 5,46 5,42
Exaustão 5,43 a 5,44 5,40
Diâmetro interno da 
guia da válvula
Admissão 5,47 a 5,48 5,54
Exaustão 5,45 a 5,46 5,42
Folga da haste e da 
guia da válvula
Admissão 0,01 a 0,03 0,12
Exaustão 0,03 a 0,05 0,14
Folga do rotor interno/externo 0,15 a 0,20 0,25
Folga radial do rotor externo e do corpo da 
bomba 0,15 a 0,20 0,25
Folga da bomba superior 0,15 a 0,16 0,20
CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO 2-10
2 Sistema da Transmissão
Itens Valor Padrão (mm) Valor Limite (mm)
Embreagem
Espessura do disco de fricção 2,90 a 3,00 2,60
Espessura do disco movido de fricção 1,52 a 1,68 1,30
Deformidade do disco de fricção ------- 0,20
Folga da mola da embreagem 35,50 a 36,21 34,20
Diâmero interno do orifício da engrenagem 24,90 a 24,92 24,94
Sistema da 
Transmissão
Diâmetro Axial do eixo de partida 19,959 a 19,980 20,00
Diâmetro interno do garfo 12,00 a 12,02 12,05
Espessura do dente do garfo 4,93 a 5,00 4,70
Diâmetro externo do tambor da transmissão 35,90 a 36,00 35,80
Diâmetro externo do eixo principal 19,959 a 19,980 19,945
Diâmetro externo do contraeixo 19,974 a 19,987 19,960
Diâmetro 
interno da 
engrenagem 
primária e 
secundária 
C1 Diâmetro interno da engrenagem secundária 19,52 a 19,541 19,50
C2 Diâmetro interno da engrenagem primária 22,00 a 22,021 20,00
C2 Diâmetro interno da engrenagem secundária 22,00 a 22,021 22,00
C3 Diâmetro interno da engrenagem primária 20,02 a 20,041 20,00
C3 Diâmetro interno da engrenagem secundária 20,02 a 20,021 20,00
C3 Diâmetro interno da engrenagem primária 20,00 a 20,05 20,00
C4 Diâmetro interno da engrenagem secundária 20,02 a 20,041 20,00
C5 Diâmetro interno da engrenagem primária 20,02 a 20,041 20,00
C5 Diâmetro interno da engrenagem secundária 25,00 a 25,05 25,00
Corrente da 
transmissão Aperto 20 a 30 40 a 50
3 Sistema de Condução
Itens Valor Padrão (mm) Valor Limite (mm)
Profundidade da ranhura padrão na superfície do pneu 4,0 2,0
Ciclo do amortecedor dianteiro 95 -
Largura livre da mola do amortecedor dianteiro 475,0 470,4
Ciclo do amortecedor traseiro 30 -
Largura livre da mola do amortecedor traseiro 221 200,0
Desvio do cubo da roda
Axial - 2,00
Radial - 2,00
Desvio do eixo
Dianteiro - 2,00
Traseiro - 2,00
4 Sistema de Operação e Freios
2-11 CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO
Itens Valor Padrão (mm) Valor Limite (mm)
Ciclo livre da alavanca do freio dianteiro 10 a 20 30 a 40
Ciclo livre do pedal do freio traseiro 20 a 30 40 a 50
Ciclo livre da manopla de controle de aceleração 2 a 6 10 a 15
PARTE 6 – TORQUES E REQUISITOS DE MONTAGEM
1 Torques especificados
Itens Especificações Valor de torque (N. m)
Motor
Parafuso da tampa do cabeçote M6 8 a 12
Parafuso do cabeçote M8 28 a 32
Porca AB do cabeçote M8 28 a 32
Parafuso da tampa do cárter esquerdo M6 8 a 12
Parafuso do rotor do magneto M10 50 a 60
Parafuso do motor de partida M6 8 a 12
Parafuso da engrenagem do comando de válvulas M6 8 a 12
Parafuso da tampa do cárter direito M6 8 a 12
Contraporca da embreagem e engrenagem motriz M16 60 a 70
Parafuso da engrenagem da bomba de óleo M6 8 a 12
Parafuso da capa da embreagem M6 8 a 12
Parafuso fixo do tambor da transmissão M6 8 a 12
Parafuso
do cárter M6 8 a 12
Contraporca do tubo principal M22 60 a 70
Motocicleta
Parafuso fixo do guidom M6 20 a 25
Parafuso fixo do painel de conexão superior M8 28 a 32
Parafuso fixo do painel de conexão inferior M8 28 a 32
Porca do eixo dianteiro M14 50 a 60
Porca do eixo traseiro M14 50 a 60
Parafuso da suspensão do motor M8 28 a 32
Porca fixa do amortecedor traseiro M12 40 a 50
Contraporca da roda da corrente M8 28 a 32
Parafuso do polo de direção M10 30 a 40
Garfo traseiro M14 55 a 60
2 Requisitos de montagem
[1] A marca “IN” deve estar voltada para a parte interna ao instalar um pistão.
[2] Coloque as marcas “T”, “R”, “N” do anel primário, anel secundário e anel de óleo para cima. Deixe uma 
separação de 120º ao fazer a instalação.
[3] Coloque a extremidade espessa da mola da válvula para baixo durante a instalação.
[4] Ao instalar o comando de válvulas, a marca "T" do magneto deve apontar para a marca na tampa do cor-
po do cárter esquerdo. A marca e "O" na corrente de distribuição ativa do cabeçote deve apontar para a 
marca de corte do cilindro.
CONHECIMENTOS DE MANUTENÇÃO 2-12
MOTOR
ÍNDICE
3
PARTE 1 – APRESENTAÇÃO GERAL DO MOTOR .................................... 3-1
PARTE 2 – CABEÇOTE .............................................................................. 3-3
PARTE 3 – BLOCO DO MOTOR ................................................................ 3-10
PARTE 4 – CONjUNTO DO PISTÃO ..........................................................3-14
PARTE 5 – SISTEMA DE IGNIÇÃO ............................................................3-20
PARTE 6 – DISPOSITIVO DE PARTIDA ELÉTRICA ..................................3-28
PARTE 7 – MECANISMO DE VÁLVULAS ................................................. 3-32
PARTE 8 – EMBREAGEM ...........................................................................3-41
PARTE 9 – SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO ................................................3-47
PARTE 10 – CONjUNTO MÓVEL ...............................................................3-52
PARTE 11 – SISTEMA DE TRANSMISSÃO ...............................................3-58
PARTE 12 – DISPOSITIVO DE PARTIDA DO MOTOR ............................. 3-69
PARTE 13 – CÁRTER ..................................................................................3-72
PARTE 14 – SISTEMA DE ARREFECIMENTO ...........................................3-75
PARTE 1 – APRESENTAÇÃO GERAL DO MOTOR
O motor serve para fornecer potência à motocicleta, ele influencia diretamente na economia, confiabilidade e 
durabilidade da motocicleta. Entre os motores existentes, o motor movido à gasolina é muito utilizado em moto-
cicleta atualmente. A gasolina e o ar são misturados no carburador e aspirados na câmara de combustão. Após 
a compressão, a mistura gasosa será queimada pelas faíscas da vela de ignição e a energia térmica produzida 
pela combustão será transformada em potência ou energia mecânica. A transformação de energia ocorre no 
cilindro e é conseguida pelo ciclo de trabalho que consiste na admissão, compressão, combustão-expansão e 
exaustão.
1 Principais Parâmetros Técnicos do Motor
 Os parâmetros do motor incluem parâmetros de estrutura e parâmetros de desempenho. O lado esquerdo 
do desenho indica as características da estrutura do motor e o da direita indica o índice de desempenho 
do motor.
Desenho esquemático dos parâmetros da estrutura do motor
[1] Diâmetro do cilindro
 O diâmetro interno do cilindro é chamado de diâmetro do cilindro, indicado pela letra D. 
[2] Ponto morto superior
 Quando a parte superior do pistão está na posição extrema do cilindro ou na posição mais longe do 
eixo principal do cárter, esse ponto superior é chamado de ponto morto superior. 
[3] Ponto morto inferior
 Quando a parte superior do pistão está na posição mais baixa do cilindro ou na posição mais próxima 
do eixo principal do cárter, esse ponto inferior é chamado de ponto morto inferior.
[4] Curso do pistão
 A distância do ponto morto superior ao ponto morto inferior do pistão é chamada de curso do pistão, 
indicada pela letra S. 
[5] Raio de acionamento 
 O raio do eixo do pino de acionamento que gira o eixo da árvore de manivelas é chamado de raio de 
acionamento, indicado pela letra R. Ele decide o curso do pistão. O curso do pistão é indicado pela 
letra S, que é duas vezes o raio de acionamento, por exemplo, S=2R.
[6] Capacidade da câmara de combustão
 Quando o pistão está no ponto morto superior, o espaço acima é chamado câmara de combustão e 
sua capacidade é chamada de capacidade da câmara de combustão, indicado pelas letras Vc. 
[7] Capacidade de trabalho do cilindro
 Em um ciclo de trabalho, a capacidade entre o ponto morto superior e o inferior é chamada de capa-
cidade de trabalho do cilindro, também chamada de cilindrada, indicada pelas letras Vh. 
[8] Capacidade de trabalho do motor
 A capacidade de trabalho bruta dos cilindros em motores multicilindros é chamada de capacidade de 
trabalho do motor, cilindrada do motor ou cilindrada bruta do pistão, e indicada pelas letras VH.
[9] Capacidade do cilindro
 Quando o pistão está no ponto morto inferior, a capacidade acima da parte superior do pistão é cha-
mada de capacidade do cilindro e é indicada por VS. A capacidade do cilindro é igual à capacidade 
de trabalho do cilindro mais a capacidade da câmara de combustão, por exemplo, Vs=Vh+Vc.
3-1 MOTOR
ponto morto superior
ponto morto 
inferior
MOTOR 3-2
[10] Taxa de compressão
 A taxa da capacidade do cilindro em relação à capacidade da câmara de combustão é chamada de 
taxa de compressão.
2 Princípio de funcionamento do motor
 Esse tipo de motocicleta adota motor alternativo à gasolina. É um motor de 4 tempos, sua árvore de 
manivelas gira duas voltas e o pistão se movimenta para frente e para trás duas vezes no cilindro para 
completar o ciclo de trabalho de admissão, compressão, combustão-expansão e exaustão.
 (1) Desenho esquemático do princípio de funcionamento do motor
Tempo de 
admissão
Tempo de 
compressão
Tempo de 
combustão-
expansão
Tempo de 
exaustão
(2) Princípio de funcionamento do motor
[1] Curso de admissão
 Quando o pistão se move do ponto morto inferior para o ponto morto superior a válvula de ad-
missão e a válvula de escape fecham. Com esse movimento, o espaço acima do pistão se torna 
vácuo devido ao aumento da capacidade dentro do cilindro que produz um efeito de sucção 
assim a mistura gasosa combustível pode ser aspirada dentro do cilindro pelo canal de admis-
são e pela válvula de escape. Quando o pistão se move no ponto morto inferior, todo cilindro é 
preenchido pela mistura gasosa combustível.
[2] Curso de compressão
 Quando o pistão se move do ponto morto inferior para o ponto morto superior a válvula de ad-
missão e a válvula de escape estão fechadas. Com o movimento ascendente do pistão, a mis-
tura gasosa combustível do cilindro é comprimida aumentando consequentemente sua pressão 
e temperatura. Quando o pistão se move até o ponto morto superior, a mistura gasosa combus-
tível em alta pressão e temperatura recebe a faísca da vela de ignição e começa a queimar.
[3] Curso de combustão-expansão
 Quando o pistão se move do ponto morto superior em direção ao ponto morto inferior, a válvula 
de admissão e a válvula de escape ficam fechadas. Devido à expansão repentina da mistura 
gasosa, o pistão é movido para baixo e puxa a biela fazendo o virabrequim girar e a energia ser 
liberada.
[4] Curso da exaustão
 Quando o pistão se move do ponto morto inferior em direção ao ponto morto superior, a válvula 
de admissão se fecha e a válvula de escape se abre. Acionadas pela força de inércia do volan-
te, a árvore de manivelas é impulsionada pela biela e o pistão a se mover em direção ao ponto 
morto superior, assim o gás de exaustão é descarregado do cilindro através da válvula de es-
cape. Após os quatro cursos do pistão,
ou seja, duas voltas da árvore de manivelas, o motor de 
quatro tempos completa um ciclo de trabalho. Por isso, o motor pode operar e fornecer energia 
continuamente pelo ciclo.
3-3 MOTOR
PARTE 2 – CABEÇOTE
O cabeçote serve para vedar a parte superior do cilindro trabalhando junto com a junta do cilindro e formando a 
câmara de combustão como a parte superior do pistão. Para assegurar o efeito de vedação entre o cabeçote e 
a junta do cilindro, o cabeçote tem de suportar grande força de aperto do parafuso. Portanto, o cabeçote deve 
ter uma boa capacidade de rigidez e resistência à quebras e corrosão para prevenir deformações e vazamentos 
durante o funcionamento. Geralmente, o cabeçote é feito de liga de alumínio e alumínio fundido para que o 
material tenha uma alta transferência de calor e baixa dilatação. Existem aletas de arrefecimento no cabeçote 
inclinadas em direção ao fluxo de ar de deslocamento, elas aumentam a área de dissipação de calor e a re-
sistência a altas temperaturas do cabeçote, permitindo que o cabeçote suporte o impacto repetitivo da carga 
térmica e mecânica.
1 Estrutura e princípio de funcionamento do cabeçote
 No cabeçote, existe um espaço de deslocamento para a câmara do balancim, da válvula, canal de ad-
missão e exaustão e conjunto de transmissão da válvula. A área central na parte inferior do cabeçote é a 
câmara de combustão hemisférica, que é compactada para diminuir a extensão de dissipação da chama 
e diminuir o deslocamento de HC, bem como a perda de calor. Além disso, a câmara hemisférica de com-
bustão oferece a facilidade de instalação das válvulas de admissão e exaustão de forma oblíqua e posi-
ciona as duas válvulas em um ângulo de 50 a 75° , isso reduz o movimento de ar quando ele flui dentro 
do cilindro e atinge a eficiência máxima de expansão. Acima da câmara de combustão existe um orifício 
de parafuso para a instalação da vela de ignição. Os pinos de arrefecimento estão instalados em torno do 
cabeçote. Além disso, existe uma junta entre o cabeçote e o corpo do cilindro para prevenir vazamentos 
de ar e um anel de vedação entre o cabeçote e a tampa do cabeçote para prevenir o vazamento de óleo 
da câmara da válvula.
 Esse motor adota o cabeçote de comando de válvulas baixo. Estão inclusos: guia da válvula, sede da vál-
vula e conjunto do balancim superior. Do lado esquerdo do cabeçote existe uma câmara de transmissão 
da engrenagem movida e corrente movida. No lado externo do cabeçote existem orifícios voltados para 
baixo, onde o cabeçote pode ser fixado com parafusos no corpo do cilindro.
2 Desmontagem e manutenção do cabeçote
[1] Antes de desmontar o cabeçote, limpe sua su-
perfície.
 CUIDADO
Não utilize detergente combustível ou de-
tergente de altamente inflamável para lavar 
o cabeçote.
[2] Remova o parafuso do dreno de óleo do motor 
(M23) para drenar o óleo.
 ADVERTÊNCIA
Após a desmontagem do motor, deve-se in-
jetar 1.000 ml de óleo nele.
Limpe o cabeçote
Remova o parafuso de drenagem de óleo
[3] Desmonte o parafuso de verificação do óleo 
(M6X 12) 
 Torque
 Parafuso de verificação de óleo: M6 X 12/8 N.m 
a 12 N.m
 ADVERTÊNCIA
Pise na alavanca de partida e rotacione o 
motor. Se não houver óleo no orifício de ve-
rificação do óleo, pode ser uma indicação 
de que a passagem de óleo está bloqueada. 
Limpe-o.
[4] Desmonte os três parafusos de fixação (M6 X 
25) na tampa do cabeçote.
Torque
Parafuso da tampa do cabeçote: 
M6 X 25/8N.m a 12N.m
[5] Remova a tampa do cabeçote e verifique se a 
passagem de óleo da tampa do cabeçote está 
bloqueada. Limpe a passagem de óleo se ela 
estiver bloqueada.
 CUIDADO
Se a passagem da tampa do cabeçote não 
estiver livre após a limpeza, substitua a 
tampa do cabeçote.
[6] Remova a junta de borracha da tampa do cabe-
çote. Se houver vazamento de óleo na tampa 
do cabeçote, substitua a junta de borracha.
NOTA
Utilize selantes ou substitua a junta de bor-
racha ao montar a junta de papel e o cabe-
çote.
MOTOR 3-4
Desmonte o parafuso de 
verificação de óleo
Desmonte o parafuso do 
cabeçote
Limpe a passagem de óleo
Verifique a junta de vedação de borracha
[7] Desmonte os três parafusos de fixação (M8 X 
28) do balancim superior.
Torque:
Parafuso do balancim superior: 
M8 X 28/28N.m a 32N.m
 ADVERTÊNCIA
Ao desmontar ou instalar o balancim supe-
rior, tome cuidado para não deixar os pa-
rafusos de fixação ou a junta cair dento do 
cárter.
[8] Remova o balancim superior. Verifique se ele 
apresenta desgaste, danos ou bloqueios. Subs-
titua caso exista algum problema.
[9] Verifique com as mão a folga entre o balancim 
e o eixo do balancim. Se a folga exceder o valor 
limite (0,08mm), faça a substituição.
NOTA
Se a folga de ajuste dos dois balancins e do 
eixo do balancim não for a mesma, é preci-
so substituir os dois em conjunto. Verifique 
se o comando de válvulas opera de maneira 
suave.
[10] Solte o parafuso de fixação (M8 X 78) do cabe-
çote do motor.
Torque:
Parafuso de fixação:
M8 X 78/28N.m a 32N.m
3-5 MOTOR
Parafuso de fixação
Passagem de óleo lubrificante
Remova o balancim superior
Desmonte o balancim superior
[11] Remova as as duas varetas. Verifique se ae-
las estão empenadas ou gastas . Se as varetas 
apresentarem os problemas citados, realize a 
substituição.
 ADVERTÊNCIA
Ao desmontar ou instalar a vareta, preste 
atenção para não deixar as alavancas caí-
rem dentro do cárter.
[12] Solte os parafusos AB (M8 X 32) de fixação do 
cabeçote do motor.
Torque: 
Parafuso de fixação:
M8 X 32/28N.m a 32N.m.
 CUIDADO
Ao desmontar a porca AB do cabeçote, 
preste atenção para não deixar a porca ou a 
junta caírem dentro do cárter.
[13] Remova o cabeçote do motor.
 ADVERTÊNCIA
Não derrube sujeira, o pino de posiciona-
mento, o anel de vedação ou a junta dentro 
do corpo do cilindro ao desmontar e mon-
tar o cilindro.
[14] Remova a vela de ignição com uma chave de 
soquete. Inspecione se a borda da vela de ig-
nição apresenta danos ou se o eletrodo está 
gasto. Substitua a vela de ignição se estiver da-
nificada.
 Especificação da chave de soquete da vela de 
ignição: Ø16 a Ø18.
 CUIDADO
Limpe acúmulos de carbono e fuligem da 
vela de ignição com um limpador em aero-
sol ou uma escova com cerdas de aço.
MOTOR 3-6
Remova as varetas
Solte a porca AB
Remova o cabeçote do motor
Remova a vela de ignição
[15] Observe as condições de combustão da câma-
ra de combustão. Geralmente,existem três con-
dições:
[A] Uma coloração marrom na câmara de 
combustão indica que o motor está em 
boas condições. 
[B] Uma coloração preta ou mancha grande 
de óleo indica que a mistura ar/combus-
tível no carburador está muito rica. Ajuste 
a concentração da mistura ar/combustível 
ou limpe o carburador. 
[C] Um acúmulo de carbono preto na câmara 
de combustão, indica que o óleo do mo-
tor está queimado. Repare ou substitua o 
pistão, anéis do pistão, corpo do cilindro, 
cabeçote, válvula de admissão e válvula 
de escape.
[16] Remova o acúmulo de carbono na câmara de 
combustão e o resíduo na superfície do cabe-
çote com um objeto de madeira afiado, então 
limpe com detergente não-combustível ou de-
tergente de alto ponto de queima.
 ADVERTÊNCIA
	É proibido remover acúmulo de carbono 
na câmara de combustão com objetos 
metálicos.
	Não limpe o cabeçote com gasolina. ela 
pode danificar a pintura.
[17] Verifique a eficiência da vedação das hastes 
das válvulas de admissão e escape injetando 
gasolina nos tubos de admissão e escape. Va-
zamentos de óleo nas válvulas de admissão 
e escape indicam vedação insuficiente, então 
desmonte as válvulas de admissão e escape e 
repare-as.
 ADVERTÊNCIA
	Mantenha gasolina longe de chamas ou 
faíscas e seque respingos ou derrama-
mentos de gasolina imediatamente para 
evitar ferimentos por queimaduras.
[18] Remova a trava da válvula pressionando a 
mola da válvula com o extrator de válvula, en-
tão solte o extrator e
retire o retentor da mola 
da válvula, a mola da válvula e a válvula.
 CUIDADO
Não pressione excessivamente a mola da 
válvula, a mola pode ser deformada perma-
nentemente. Pressione com cuidado até a 
trava da mola da válvula ser removido.
Todas as peças devem ser marcadas para 
garantir a montagem em suas posições ori-
ginais no momento da reinstalação.
3-7 MOTOR
Trava da válvula
Válvula de escape
Válvula de admissão
Nunca remova o acúmulo de 
carbono com objetos metálicos
Inspecione a câmara de combustão
[19] Meça a largura da sede da válvula com um pa-
químetro. O valor padrão da largura da face de 
contato da sede da válvula deve ser de 1,7mm. 
O valor padrão da largura da face de contato da 
válvula deve ser de 1,1mm a 1,3mm. Retifique 
a sede da válvula se não estiver dentro dos li-
mites. O valor limite da largura da face de con-
tato da sede da válvula deve ser: 2mm. O valor 
limite da largura da face de contato da haste da 
válvula deve ser: 1,5mm.
 ADVERTÊNCIA
Se a largura da sede da válvula não puder 
ser reparada, substitua o cabeçote do motor.
[20] Remova acúmulos de carbono nas hastes e se-
des das válvulas de admissão e escape, então 
despeje composto de esmerilhamento sobre a 
face de contato da sede da válvula. Por último, 
esmerilhe com a ferramenta de esmerilhamento.
[21] Meça o diâmetro externo das hastes das válvu-
las de admissão e escape com um micrômetro: 
O valor padrão da haste da válvula de admis-
são deve ser de 5,42mm e da haste da válvula 
de escape deve ser de 5,40mm. Então meça o 
diâmetro interno da guia da válvula com um me-
didor de diâmetros internos. Por fim, subtraia as 
duas medidas para obter o valor de folga entre 
a haste da válvula e a guia da válvula.
 Valor limite de reparo entre a haste da válvu-
la de admissão e guia da válvula: 0,085mm a 
0,015mm. 
 Valor limite de reparo entre a haste da válvu-
la de escape e a guia da válvula: 0,105mm a 
0,135mm
 CUIDADO
Se a folga entre a haste da válvula e a guia 
da válvula não estiver dentro do limite, 
substitua a válvula e a guia da válvula.
[22] Remova a vela de ignição e meça a folga do 
eletrodo com um calibrador de lâminas. O valor 
padrão deve estar entre 0,6mm e 0,7mm. Ajus-
te com cuidado.
 CUIDADO
	Verifique se o isolante da vela de igni-
ção está danificado e se o eletrodo está 
queimado. Substitua a vela de ignição se 
estiver danificada ou queimada.
	Limpe acúmulos de carbono e fuligem da 
vela de ignição com um limpador em ae-
rosol ou uma escova com cerdas de aço.
MOTOR 3-8
Meça a sede da válvula
Desbaste a sede da válvula
Meça a guia da válvula
Ajuste a folga dos eletrodos das velas
0,6 a 0,7 mm
3 As causas, descrições e métodos de reparo dos problemas do cabeçote 
Descrição do 
componente Causa
Descrição do problema 
no componente
Descrição do problema 
na motocicleta Método de reparo
Cabeçote do 
motor
Acumulo excessivo de 
óleo ou areia nas aletas 
do motor
Dispersão de calor defici-
ente nas aletas do motor Motor superaquecendo
Remova os acumulos de 
óleo e areia das aletas 
do motor
Depósitos de carbono na 
câmara de combustão ------------- Motor superaquecendo
Remova os depósitos de 
carbono
O orifício roscado da vela 
de ignição está des-
gastado
Vazamento de ar entre 
a vela de ignição e o 
cabeçote
Motor difícil de ligar ou 
não liga
Repare o orifício roscado 
ou substitua o cabeçote
Deformação grave da su-
perfície da extremidade 
do cabeçote do motor
Vazamento de ar entre 
o cabeçote e o bloco do 
motor
Motor difícil de ligar ou 
não liga. Potência do mo-
tor baixa ou rotação de 
marcha lenta instável
Retifique a superfície da 
extremidade do cabeçote 
ou substitua-o
Há fendas, separação, 
picos e outros danos na 
superfície de trabalho da 
sede da válvula
Vazamento de ar entre a 
válvula e a sede devido à 
vedação ruim
Motor difícil de ligar ou 
não liga. Potência do mo-
tor baixa ou rotação de 
marcha lenta instável
Retifique a sede da vál-
vula ou a válvula
O orifício interno da guia 
da válvula está com 
desgaste excessivo
Folga excessiva entre a 
válvula e a guia
Ruído de vazamento 
de ar vindo da válvula e 
fumaça branca saindo 
pelo escape
Substitua a guia de 
válvula
Junta do cabeçote do 
motor danificada
Vazamento de ar entre 
o cabeçote e o bloco do 
motor
Motor difícil de ligar ou 
não liga. Potência do mo-
tor baixa ou rotação de 
marcha lenta instável
Substitua a junta do 
cabeçote
Contraporca não ap-
ertada
Vazamento de ar entre 
o cabeçote e o bloco do 
motor
Motor difícil de ligar ou 
não liga. Potência do mo-
tor baixa ou rotação de 
marcha lenta instável
Aperte a contraporca
Vela de 
Ignição
Folga inadequada do 
eletrodo
Centelha fraca ou inex-
istente
Motor difícil de ligar ou 
não liga. Potência do mo-
tor baixa ou rotação de 
marcha lenta instável
Ajuste a folga do eletrodo 
para 0,6 a 0,7 mm
Depósitos de carbono 
no eletrodo da vela de 
ignição
Centelha inexistente O motor não liga Remova o depósito de carbono do eletrodo
Depósitos excessivos de 
carbono ou de óleo na 
vela de ignição
Centelha fraca ou inex-
istente
Motor difícil de ligar ou 
não liga. Potência do mo-
tor baixa ou rotação de 
marcha lenta instável
Remova os acumulos de 
carbono ou óleo
Isolante da vela de 
ignição danificado
Centelha fraca ou inex-
istente
Motor difícil de ligar ou 
não liga. Potência do mo-
tor baixa ou rotação de 
marcha lenta instável
Substitua a vela de 
ignição por outra de 
mesmo tipo
Vela de ignição solta
Vazamento de ar entre 
a vela de ignição e o 
cabeçote
Motor difícil de ligar e há 
ruído de vazamento de 
ar. Marcha lenta instável
Aperte a vela de ignição
3-9 MOTOR
PARTE 3 – BLOCO DO MOTOR
O bloco do motor serve para fornecer espaço para a compressão, combustão e expansão dos gases e para 
guiar o movimento do pistão. Ele também transfere parte da energia térmica do motor para as aletas de arrefe-
cimento em torno do cilindro. Devido ao frequente contato com altas temperaturas e pressões, a superfície do 
bloco do motor tem alta temperatura e a camada de óleo lubrificante dificilmente adere sobre ele.Sob pressão 
lateral, o pistão realiza um movimento alternativo no cilindro em alta velocidade. A parede do cilindro é friccio-
nada contra os anéis do pistão e a saia do pistão que suporta uma grande carga mecânica e térmica, portanto, 
essa é uma das partes mais desgastadas do motor.
1 Estrutura e princípio de funcionamento do bloco do motor
O bloco desse motor possui mecanismo de aciona-
mento das válvulas. No lado esquerdo do motor exis-
te um espaço para o funcionamento do mecanismo 
acionamento das válvulas. Além disso, existem qua-
tro orifícios no bloco através dos quais o virabrequim, 
bloco e cabeçote são fixados juntos por parafusos. 
Dois deles tem pinos de posicionamento que têm a 
função de orientação para o bloco do motore o cabe-
çote. No lado esquerdo do bloco do motorexiste um 
orifício redondo através do qual a corrente de distri-
buição e a roda dentada podem ser fixados por um 
parafuso. Na parte externa do bloco existem aletas 
de arrefecimento. Desenho esquemático do corpo do cilindro
MOTOR 3-10
Remova o pino de posicionamento
Remova a junta de vedação
2 Desmontagem e manutenção do bloco do motor
[1] Remova o pino de posicionamento (M10 X 20).
 CUIDADO
	Substitua o pino de posicionamento se 
estiver empenado. 
	Não derrube o pino de posicionamento 
dentro do cárter.
[2] Remova a junta de vedação do bloco do motor.
NOTA
	Substitua a junta de vedação se apre-
sentar vazamento.
	Substitua a junta de vedação após cada 
desmontagem.
[3] Remova o anel de vedação (M10 X 1,6) da pas-
sagem de óleo do cilindro.
 CUIDADO
	Substitua o anel de vedação se a face de 
contato do cabeçote e do corpo do cilin-
dro apresentarem vazamento de óleo. 
	Não derrube o anel de vedação dentro 
do cárter.
[4] Remova os dois parafusos
de fixação (M6 X 25) 
do bloco e do cárter.
Torque
Parafuso do cabeçote: M6 X 25/8N.m a 12N.m
[5] Remova o bloco do motor.
 CUIDADO
	Substitua a junta de papel toda vez que 
desmontar o bloco do motor.
	Ao instalar o bloco do motor, passe lu-
brificante nele.
[6] Remova a junta de papel do cilindro
 CUIDADO
	Limpe a junta de papel com uma ferra-
menta de madeira que não seja pontia-
guda.
3-11 MOTOR
Remova a junta de papel
Remova o bloco do motor
Parafuso de fixação
Remova o anel de vedação
[7] Remova o pino de posicionamento (M10 X 14) 
do bloco do motor.
 CUIDADO
Não derrube o pino de posicionamento 
dentro do cárter.
[8] Verifique se o diâmetro interno do cilindro está 
muito arranhado ou amassado. Repare ou 
substitua o bloco se estiver nessas condições.
[9] Raspe o resíduo da junta de papel na superfí-
cie do bloco com um instrumento de madeira e 
limpe-o.
 
 CUIDADO
Não utilize instrumento de metal para ras-
par o resíduo da junta de papel para preve-
nir arranhões no bloco do motor.
[10] 0bserve se a vareta inferior está gasta. Se hou-
ver desgaste, realize a substituição.
MOTOR 3-12
Remova o pino de 
posicionamento
Verifique a abrasão do cilindro
Remova o resíduo da junta de papel
Verifique a vareta inferior
 [11] Meça o diâmetro interno do cilindro com um sú-
bito tomando três posições, no topo, ao centro 
e no fundo do curso do pistão. Após tomar as 
posições, meça dois diâmetros perpendiculares 
no cilindro em cada posição e descubra o diâ-
metro, a conicidade e o grau de ovalização da 
camisa.
 Valor limite de reparo do cilindro: 56,60mm 
 Ovalização: 0,10 mm
 Conicidade: 0,10 mm
[12] Remova o eixo da alavanca inferior e verifique 
se a alavanca inferior e o orifício do eixo da ala-
vanca inferior estão desgastados. Substitua o 
bloco do motor e o eixo da alavanca se apre-
sentar desgaste.
3 As causas, descrições e métodos de reparo de problemas no bloco do motor
Descrição do 
componente Causa
Descrição do problema 
no componente
Descrição do problema 
na motocicleta Método de reparo
Bloco 
do Motor
Acumulo excessivo de 
óleo e areia nas aletas 
do motor
Má dissipação de calor 
nas aletas do motor Motor superaquecendo
Remova os acumulos de 
óleo e areia
Deformação severa da 
superfície da extremi-
dade do bloco
Vazamento de ar entre 
o bloco e o cabeçote do 
motor
O motor está difícil de 
ligar ou não liga. A potên-
cia do motor está baixa e 
a marcha lenta instável
Retifique a superfície da 
extremidade do bloco do 
motor ou susbtitua-o
Cilindro desgastado, 
riscado ou arranhado 
severamente.
Folga excessiva entre o 
pistão e o anel do pistão
O motor está difícil de 
ligar ou não liga. A potên-
cia do motor está baixa e 
a marcha lenta instável. 
Consumo excessivo de 
combustível e há fumaça 
branca saindo do esca-
pamento
Repare ou substitua o 
cilindro
Junta do cilindro quei-
mada -------------
Vazamento de óleo entre 
o bloco e o cárter
Substitua a junta do 
cilindro
3-13 MOTOR
Verifique o orifício do eixo da alavanca inferior
Meça o diâmetro interno do cilindro
PARTE 4 – CONJUNTO DO PISTÃO
O conjunto do pistão serve para transformar a energia produzida pela queima do combustível em movimento 
dinâmico e transmitir esse movimento para a biela. 
1 Estrutura e princípio de funcionamento do Conjunto do Pistão
 O conjunto do pistão inclui principalmente o pistão, os anéis de segmento, o pino do pistão e a trava do 
pino do pistão.
(1) Pistão
 O pistão é a parte principal do conjunto, através dele a energia produzida pela câmara de combustão 
pode ser transmitida. Os componentes principais do pistão são a cabeça, as canaletas e a saia. 
[1] Cabeça do pistão
 A cabeça do pistão, o cabeçote e a parede do cilindro constituem a câmara de combustão na 
qual o combustível queima e expande. Ela suporta uma grande carga térmica e impacto me-
cânico da explosão do combustível, dessa forma, funciona sob as condições mais severas do 
motor. Para garantir intensidade suficiente, a parede da cabeça do pistão é geralmente espessa 
e reforçada por frisos resistentes. A cabeça do pistão de motores com válvulas no cabeçote pos-
sui dois recessos para as válvulas que previnem a colisão do pistão e das válvulas. Certifique-
se de que a marca "IN" aponta para a válvula de admissão e não instale o pistão ao contrário.
[2] Canaleta do pistão
 A canaleta do pistão serve para acomodar os anéis de segmento. Geralmente, existem três 
tipos de canaletas, as duas superiores são canaletas de anéis de compressão e a terceira é do 
anel de óleo. Existe um orifício de retorno do óleo dentro da canaleta do anel de óleo, para fazer 
o óleo eliminado fluir de volta para o cárter .
[3] Saia do pistão
 A saia do pistão funciona como uma peça guia, ela possui uma seção transversal levemente 
ovalada. O motivo da saída do pistão ser levemente ovalada é o seguinte: Quando um pistão é 
aquecido a expansão de calor ao longo do orifício do pino é maior. Sob a pressão do combus-
tível, o orifício do pino será prolongado e seu comprimento vertical será diminuído. A pressão 
lateral do trabalho da parede do cilindro deforma um pouco a saia do pistão. Assim, na condição 
real de funcionamento, um pistão oval se tornará um pistão redondo pelos movimentos acima. 
Dessa maneira, o aumento da fricção e o desgaste do cilindro podem ser evitados.
 Os diâmetros do pistão diferem em cada parte. Geralmente, o diâmetro aumenta gradualmente 
da cabeça até a saia do pistão, o que é difícil de ser observado sem a ajuda de aparelhos. Nor-
malmente, o diâmetro do pistão se refere ao máximo diâmetro do eixo maior da saia do pistão, 
ele pode ser medido de 5 a 10 mm acima do ponto mais baixo da saia do pistão e é importante 
para a folga de montagem da parede interna do cilindro com o pistão. Além disso, a sede do 
pistão é instalada na saia, onde fica a junta do pistão e o pino do pistão e é suportado grande 
impacto mecânico. Por isso, ela possui uma parede espessa e frisos de reforço. Existem ranhu-
ras para o anel trava nas duas extremidades da sede do pino do pistão.
(2) Anel de segmento
[1] Função dos anéis de segmento
 As principais funções dos anéis de segmento são as seguintes:
 Vedação: Embora o pistão tenha uma fabricação precisa, a folga que fica entre ele e o cilindro 
é inevitável. Portanto, os anéis se segmento desempenham uma função de vedação da folga o 
que diminui o vazamento de pressão da câmara de combustão para o mínimo e evita que o gás 
se mova para o cárter.
 Raspagem do óleo: Para que o pistão funcione bem, é preciso passar óleo lubrificante sobre a 
parede do cilindro. Os anéis do pistão têm a função de raspar o óleo lubrificante usado e passar 
novo óleo lubrificante na parede do cilindro.
 Transferência de calor: Parte da energia térmica da combustão da gasolina pode ser transmitida 
para a parede do cilindro através dos anéis de segmento, o que reduz o aquecimento do pistão.
 Suporte: Os anéis de segmento estão localizados entre o pistão e o cilindro, eles têm a função 
de dar suporte ao pistão.
MOTOR 3-14
[2] Função dos anéis de compressão
 Os anéis de compressão servem para transferir calor e para vedação. A capacidade de vedação 
influência diretamente no desempenho do motor devido a sua localização próxima à câmara de 
combustão. Além disso, os anéis de compressão suportam as maiores cargas térmicas entre os 
anéis de segmento. Através de sua troca de calor com a parede do cilindro, a carga térmica da 
câmara de combustão pode ser reduzida. Geralmente, anéis de compressão são de dois tipos. 
O primeiro é um anel quadrado, sempre cromado para aumentar sua dureza e resistência à 
abrasão. O segundo é um anel trapezoidal.
[3] Função do anel de óleo
 A função do anel raspador de óleo é raspar o resíduo de óleo e passar óleo novo na superfície 
da parede do cilindro. Ele é composto de duas chapas finas superior e inferior com uma mola

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