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Aula_9-Fitoterapia_e_sistema_digest_rio

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Curso: Nutrição
Período: 8º semestre
Disciplina: Tópicos Especiais
FITOTERAPIA E SISTEMA DIGESTÓRIO
Profa. Valéria Nóbrega da Silva Franco
Doutora pelo Programa de Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia – FMB/UNESP
Correlação entre as linguagens tradicional e biomédica
CONCEITOS TRADICIONAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA
Plantas que drenam umidade excessiva Diuréticas
Anti-inflamatórias
Plantas que corrigem a secura Reidratantes
Plantas que eliminam o calor –
refrescantes
Antiácidas
Antitérmicas
Anti-inflamatórias
Plantas que eliminam o frio –
amornantes
Energéticas
Estimulantes do apetite
Digestivas
Antiespasmódicas
CONCEITOS TRADICIONAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA
Plantas desestagnantes Anti-inflamatórias
Antiedematosas
Antieméticas
Vasodilatadoras
Broncodilatadoras
Emenagogas
Antiagregantes plaquetárias
Antitrombóticas
Plantas indicadas em quadros de 
deficiência
Antianêmicas
Energéticas
Estimulantes do apetite
Ricas em vitaminas
Plantas depurativas Antimicrobianas
Diuréticas
Laxativas
Uricosúricas
FITOTERAPIA E SISTEMA DIGESTÓRIO
 A digestão é o conjunto de transformações mecânicas e químicas que os alimentos sofrem ao longo do
sistema digestório.
 Para que a digestão ocorra adequadamente, é necessário que a função mecânica (motilidade) e a
produção de fluidos pelo estômago, fígado e pâncreas sejam reguladas.
 Se a motilidade estiver muito aumentada, a passagem rápida de nutrientes e água pelo tubo digestivo
dificultará sua a digestão e absorção.
FITOTERAPIA E SISTEMA DIGESTÓRIO
 Na Hipocloridria ocorre a redução ou ausência da secreção ácida. E níveis baixos de ácido clorídrico
afetam a capacidade de defesa do estômago contra agentes patogênicos, principalmente o H. pylori e
prejudicam a absorção de vitaminas e minerais, especialmente a Cobalamina (Vitamina B12).
 O ácido clorídrico é necessário para a iniciação da digestão péptica, assim, quando em baixas
concentrações, há dificuldade para realizar a digestão de proteínas. Desta forma, a suplementação com
enzimas digestivas parece surtir efeitos benéficos nos pacientes com Hipocloridria.
 Toda contração da musculatura lisa do trato gastrintestinal depende da quantidade de cálcio que entra
nas fibras musculares e promove o peristaltismo que vai propagar a massa alimentar através de todo o
tubo..
 As alterações da motilidade são frequentes e representadas por espasmos esofágicos, lentidão no
esvaziamento gástrico, constipação intestinal e diarreia.
 A síndrome do intestino irritável caracteriza-se por distúrbio funcional da motilidade intestinal
acompanhada de dor abdominal.
FITOTERAPIA E SISTEMA DIGESTÓRIO
DISPEPSIA E GASTRITE
Manifestações clínicas:
– Epigastralgia tipo queimação
– Intolerância a alimentos quentes
– Má digestão
– Língua vermelha
– Pulso rápido.
Mentha x piperita (erva-folhas)
Citrus aurantium (fruto)
Peumus boldus Molina (erva-folhas)
Laranja-da-terra 
Citrus aurantium L
Nome farmacêutico
Folium Citri Aurantii; Flos Citri Aurantii; Fructus Aurantii
Imaturus
Partes utilizadas
Folha, flor e fruto imaturo
Propriedades organolépticas
Ácida, amarga e levemente refrescante
Uso etnomedicinal
Aromática, amarga, digestiva, expectorante, diurética e hipotensora, ansiolítica, indigestão flatulenta, 
diarreia, tosses intermitentes e cólicas de bebê.
PRINCIPAIS COMPONENTES QUÍMICOS
ÓLEO ESSENCIAL
(citral, limoneno,
linalool, α e β-pineno, β-mirceno, 
acetato de linalila, nerol, felandreno, α-
terpineol e geraniol)
SUBSTÂNCIAS AMARGAS
(narigenina)
FLAVONÓIDES
(neohesperidina,
naringina, eriocitrina, tangeretina, nobiletina, 
sinensetina,
auranetina e 5-hidroxiauranetina)
ALCALOIDES
(sinefrina)
PECTINA, CAROTENOIDES 
(criptoxantina, luteoxantina, zeaxantina)
Efeito simpatomimético e agem sobre receptores
alfa e beta adrenérgicos, estimulando a lipólise
Aumenta a taxa metabólica basal e a oxidação de
gordura através do incremento da termogênese
Diminui motilidade gástrica
Aumento da saciedade
 Folha: estomacal, sudorífero. Como estomacal e estimulante tem as mesmas indicações do epicarpo; como
sedativo, é usado nos mesmos casos das flores; como sudorífero é empregado nos estados febris, gripes,
resfriados, sob a forma de infusão.
 Epicarpo: estomacal, estimulante,
usado nas gastralgias, dispepsias,
flatulências e outros distúrbios
digestivos, obesidade.
 Flor: sedativo, antiespasmódico.
Formas de preparo:
 Infusão: 2 g por xícara, 3 vezes/dia
 Infusão (flor): 1 a 2 g em 150 ml de água
 Decocção (casca): 1 a 2g da casca seca da laranja amarga, em ebulição por 10 a 15 minutos em uma 
xícara de água, podendo ser consumido até três copos por dia.
 Posologia indicada:
 Planta seca (folhas): 4 a 6 g/dia
Contraindicações
 Gravidez (ação ocitócica)
 Não associar com inibidores da MAO (monoamina oxidase), por causa das substâncias
simpaticomiméticas podem ocasionar crises hipertensivas
 Usar com cuidado quando associado à ciclosporina (droga imunossupressora), pois costuma alterar
suas concentrações plasmáticas levando à intoxicação, sendo necessário monitoramento cuidadoso.
Precauções
 Pode causar fitodermatoses (furanocumarinas)
 Fotossensibilidade em indivíduos sensíveis
 Estudo experimental in vivo sugere que a associação com ciclosporina e deve ser evitada por aumentar a 
sua absorção
ALEVANTE 
Mentha x piperita L.
Nome farmacêutico
Folium Menthae Piperitae
Partes utilizadas
Folhas
Propriedades organolépticas
Refrescante, picante e aromática
Uso etnomedicinal
Dores espasmódicas, gases ou dispepsia geral , síndrome do intestino irritável.
Outros nomes populares
Hortelã, hortelã-pimenta, menta, menta-
inglesa, hortelã-apimentada.
PRINCIPAIS COMPONENTES QUÍMICOS
ÓLEO ESSENCIAL
mentol, mentona, isomentona, 1,8-
cineol (eucaliptol) (5 a 13%), acetato de 
mentila (2 a 11%)
FLAVONÓIDES*
(eriocitrina, ácido rosmarínico**, luteolina 7-
O-rutinosídeo, hesperidina)
Inúmeras investigações in vivo e in vitro demonstraram que tanto o óleo essencial
como os extratos das folhas e os flavonoides são responsáveis pelas propriedades
espasmolíticas, colerética, colagoga, carminativo, antipruriginosa, anti-
helmínticas e analgésica das mucosas.
**Antioxidante, anti-inflamatório
* Agentes redutores, sequestradores de radicais 
livres, quelantes de metais ou desativadores do 
oxigênio
Posologia
Planta seca (folhas): 4 a 6 g/dia
Extratos disponíveis no mercado 
brasileiro
Extrato seco de M. piperita
Formas de preparo:
Infusão: 1,5 g (folhas secas) em 150 ml de 
água filtrada.
Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 10 
minutos após o preparo, duas a quatro vezes 
ao dia.
Contraindicações
Pessoas sensíveis ou alérgicas ao mentol podem
apresentar dor de cabeça, prurido, coriza, asma e
arritmias.
O óleo essencial não deve ser usado em crianças menores 
de 3 anos de idade.
Pacientes com cálculo biliar, obstrução nos ductos biliares, 
danos hepáticos e lactação.
Uma infusão de hortelã pimenta fornece compostos fenólicos:
O consumo diário de uma ou duas xícaras de chá (250-500 mL) fornece cerca de 200 mg a
400 mg, respectivamente .
NILO, M.C.S.S. COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA HORTELÃ PIMENTA (MENTHA
PIPERITA). Dissertação de Mestrado – Programa de Pós Graduação em Alimentos e Nutrição da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro, com requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciência dos
Alimentos Rio de Janeiro 2015
Toxicidade
Altas doses de óleo essencial costumam causar estimulação do SNC.
Dose de aproximadamente 1 g/kg de óleo essencial pode ser fatal. O mentol é fracamente metabolizado por
recém-nascidos com deficiência de G6PD (Glicose-6-fosfato desidrogenase) provocando icterícia; pessoas
sensíveis ao mentol devem redobrar a atenção ao usar a planta e seus derivados.
Precauções
Os produtos farmacêuticos contendo menta que foram avaliados clinicamente se mostraram seguros, com poucos 
efeitos adversos.Os efeitos relatados para a ingestão de produtos contendo o óleo essencial foram: taquicardia, náuseas, vômitos e 
ardência perianal.
BOLDO-DO-CHILE 
Peumus boldus Molina
Nome farmacêutico
Folium Boldi
Partes utilizadas
FolhaS
Propriedades organolépticas
Amarga e aromática
Indicações e usos principais
 Indigestão
 Náuseas e vômito
 Constipação intestinal
Outros nomes populares
Boldo-verdadeiro, boldo.
PRINCIPAIS COMPONENTES QUÍMICOS
ALCALOIDES
(boldina*, isocoridina, isocoridina-N-
óxido,
norisocoridina, laurolitsina, 
laurotetatina, reticulina, isoboldina, 
glaucina)
FLAVONÓIDES
(ramnetina, isorramnetina, kaempferol)
ÓLEO ESSENCIAL
(ascaridol, 1,8-cineol, linalol, terpinen-4-
ol, α-terpineol,
fenchona, limoneno)
Taninos e cumarinas(aromatizantes)
*atividade colerética
* Antioxidante e hepatoprotetora, e que a boldina
mostra capacidade em sequestrar radicais hidroxila
e peroxila e de proteger o fígado de danos
provocados por tetracloreto de carbono em
camundongos.
* Constipação intestinal- atividade relaxante da
musculatura lisa do intestino
Posologia
 Planta seca: 2 a 5 g/dia
 Pó: 2 a 10 g/dia
Formas de preparo:
 Infusão: 2 a 5 g/dia- usar 1-2 g de 
folhas secas em 150ml de água filtrada.
 Preparar por infusão, sem abafar!
 Acima de 12 anos: tomar 150 mL do 
infuso, 10 a 15 minutos após o preparo, 
duas vezes ao dia.
Contraindicações
 Obstrução das vias biliares;
 Gestação (esparteína – atividade ocitócica-
(promove contrações musculares uterinas que
 podem induzir um aborto). 
 Na infância e lactação há perigo de 
neurotoxicidade pelos alcaloides.
Precauções:
O óleo essencial de boldo contém ascaridol, que é uma substância tóxica e não deve ser utilizado para fins
medicinais.
Deve-se evitar o uso de altas doses pois pode provocar danos renais devido à presença de ascaridol.
Foi descrito um caso de possível interação do P. boldus com o tacrolimo, medicamento utilizado em pacientes
transplantados renais, nos quais durante o uso concomitante do medicamento e do extrato de P. boldus, o
tacrolimo encontrava-se com nível sérico subterapêutico, o que foi revertido com a suspensão da administração
do extrato.
Toxicidade:
A boldina em doses elevadas é tóxica e pode causar efeitos narcóticos ou convulsivantes. Não foi confirmada
genotoxicidade.
CAMOMILA
Matricaria chamomilla L.
Nome farmacêutico
Flos Matricariae
Partes utilizadas
Capítulos florais
Propriedades organolépticas
Amornante, aromática e levemente amarga Outros nomes populares
Maçanilha, camomila-comum, camomila-
dos-alemães, matricária,
camomila-verdadeira, camomila-legítima, 
camomila-vulgar.
Indicações e usos principais
• Sedativa
• Anti-inflamatória
• Antiespasmódica
• Dermatite, inflamação cutânea
O nome Matricaria faz referência à matriz, no 
sentido de útero, pois esta
planta era muito utilizada nos transtornos 
menstruais, sendo citada para
esta finalidade por Plínio e Dioscórides, enquanto 
camomila deriva do
grego (herba) chamaemelon, que significa maçã da 
terra em virtude do
aroma que lembra as maçãs.
ação
Similar a da papaverina.
Seu efeito é direto sobre a célula 
muscular lisa (musculotrópico) e
não envolve a inervação.
APIGENINA
Capasso F, Gaginella TS, Grandolini G, Izzo AA. Phythotherapy: a quick reference to herbal medicine. London: Springer; 2003.
Heinrich M, Barnes J, Gibbons S, Williamson EM. Fundamentals of pharmacognosy and phytotherapy. London: Churchill Livingstone; 2004.
MATRICINA
Ação antiespamódica
Α-BISABOLOL
PRINCIPAIS COMPONENTES QUÍMICOS
Inibição de
Importantes mediadores envolvidos nos processos inflamatórios, 
tais como as prostaglandinas e leucotrienos.
Capasso F, Gaginella TS, Grandolini G, Izzo AA. Phythotherapy: a quick reference to herbal medicine. London: Springer; 2003. Heinrich M, Barnes J,
Gibbons S, Williamson EM. Fundamentals of pharmacognosy and phytotherapy. London: Churchill Livingstone; 2004.
APIGENINA
AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA
BISABOLOL
Distúrbios inflamatórios
do trato gastrintestinal, bem como uso tópico em inflamações na 
boca
São relatados benefícios no tratamento de hemorroidas com 
pomada à base de camomila e tinturas usadas em banho de 
assento.
Posologia
 Infusão: 5 g em 150 mL (xícara), 3 vezes/dia
Contraindicações
 Sem referências
 Toxicidade
Sem referências
 Precauções
 Pode causar dermatite de contato, ou reações alérgicas pela inalação da planta seca.
 Pode haver interação com o ácido acetilsalicílico em razão da presença de cumarina (analgésica, antipirética 
e anti-inflamatória).
 Pode interferir com os anticoncepcionais e estrógenos sintéticos por competição pelos receptores de 
estrogênio.
 Risco de potencializar os efeitos de outros medicamentos sedativos em uso concomitante.
 É citada possível interferência na absorção do ferro pela presença de tanino.
 Nesses casos é necessário evitar o uso de doses elevadas.
ANIS ESTRELADO
Illicum verum Hooker.
Nome farmacêutico
Illicum verum Hooker.
Partes utilizadas
Frutos com suas sementes
Indicações e usos principais
• Possui atividade antiespasmódica, eupéptica, carminativa, expectorante, antiflatulento, diurético e anti-
inflamatório.
Nome popular: Anis-sibéria, Anis-
verdadeiro, Badiana, Badiana-de-cheiro, 
funcho-da-china
Composição Química: 
Óleo Essencial (2,5-8,5%), sendo o componente principal o transanetol (80-90%). 
Outros componentes minoritários são o cis-anetol, ı-terpineol, limoneno (5%), 
taninos, resina, saponina, pentosano.
Toxicidade/Contraindicações:
Contraindicado na gravidez, lactação, patologias estrógeno-dependentes e em crianças.
Os efeitos adversos e tóxicos estão relacionados com o anetol do óleo essencial, no
qual altas doses podem gerar um efeito narcótico sobre o SNC, iniciada por
hiperexcitabilidade cerebral, choro contínuo em crianças, seguido por tremores,
convulsões epiléticas, sonolências
Dosagem e Modo de Usar :
Infusão (rasura): 0,5 a 2g ao dia (duas estrelas por litro de água);
Tintura: 2 a 4 mL ao dia, dividido em 2 a 3 doses
FUNCHO
Foeniculum vulgare Mill.
Nome farmacêutico
Illicum verum Hooker.
Partes utilizadas
Frutos
Propriedades organolépticas
Doce,picanteeamornante
Indicações e usos principais
Inapetência, nas dispepsias hiposecretoras, na flatulência, nos espasmos gastrintestinais, nas diarreias, na 
dismenorreia, nas dores musculares e reumáticas, na bronquite, na asma e para estimular lactação
Nome popular: Funcho,Erva doce
brasileira, Erva doce de cabeça
(português); fennel (inglês); hinojo
(espanhol).
Composição Química: 
Óleo essencial: anetol (90-95%), metilchavicol, a-pineno, limoneno, fenchona,
anisaldeído, linalol e outros derivados terpênicos oxigenados.
Óleo fixo, proteínas, carboidratos, ácidos málico, cafeico e clorogênico, cumarinas,
flavonoides, esteroides, b-sitosterol e estigmasterol.
O óleo essencial estimula a motilidade gastrintestinal, apresenta atividade
hepatoprotetora e, em altas concentrações, atividade antiespasmódica.
Os constituintes anetol e fenchona estimulam a secreção do trato respiratório, bem
como demonstram atividade antimicrobiana. Além disso, os constituintes voláteis
apresentam atividade carminativa. Por isso, preparações farmacêuticas contendo
funcho são utilizadas como carminativo, antiespasmódico e expectorante,
principalmente para crianças.
Toxicidade/Contraindicações:
Em doses elevadas, o anetol presente no óleo essencial, é neurotóxico, com um possível efeito
convulsivante, além de potencializar o sono em pacientes que façam uso de pentobarbital.
É contraindicado o uso em síndromes que promovam o hiperestrogenismo.
Não se recomenda a administração por via interna durante a gravidez, para crianças menores
de seis anos de idade, para pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, síndrome do cólon
irritável, colites ulcerosas, doença de Crohn, afecções hepáticas, epilepsia, doença de
Parkinson, ou outras enfermidadesneurológicas. Não utilizar topicamente em crianças
pequenas e pessoas com alergias respiratórias ou hipersensibilidade a óleos essenciais.
Dosagem e Modo de Usar :
Infusão: 10 a 30 g/L, infundindo por 10 minutos. 
Uma xícara depois das refeições. 
Extrato seco solúvel: Adultos: dissolver 6g (1colher 
sobremesa) em 200 mL de água. 
Crianças: 3g (1 colher café) em 100mL de água. 
ERVA - DOCE
Pimpinella anisum L.
Nome farmacêutico
Pimpinella anisum L
Partes utilizadas
Semente
Propriedades organolépticas
Doce
Indicações e usos principais
Ação carminativa, antiespasmódico, estomáquico, estimulante geral, galactogogo e diurético. A semente é um 
carminativo que favorece as secreções salivares e gástricas e em consequência o peristaltismo do tubo digestivo.
Nome popular: Erva doce, anis, anis
verde.
Composição química:
Óleo essencial: anetol, metil-chavicol, p-metoxifenilacetona, gama himachaleno,
neafitadieno. Cumarinas: umbeliferona, bergapteno, escopoletina, umbeliprenina.
Lipídeos: ácidos graxos, beta-amirina, estigmasterol. Flavonóides: rutina,
isorientina e isovitexina. Aminoácidos. Carboidratos. Terpenos.
É utilizada em casos de afecções digestivas como acidez estomacal, estimulante 
gastrointestinal, dispepsia nervosa, espasmos, cólicas intestinais, gases, vômitos, 
halitose. Também para dores de cabeça, espasmos musculares, palpitações, tosse 
crônica, asma, bronquite, pediculose, escabiose, psoríase. Também usado como 
condimento em bebidas alcóolicas, laticínios, carnes e doces.
Toxicidade/Contraindicações:
Erva doce está contraindicado em pacientes com úlcera duodenal, refluxo, colite
ulcerosa ou diverticulite, devendo também ser evitado por pacientes fazendo
suplementação de ferro. O óleo de erva doce está contraindicado na gravidez e
amamentação.
Dosagem e Modo de Usar
Infusão: Meia colher (café) de sementes por xícara de água
fervente.
Pó: 0,20 a 2 g ao dia, em cápsulas.
Tintura: 50 - 80 gotas ao dia; crianças: 10 – 20 gotas.
Chá digestivo para redução de gases, distensão 
abdominal e azia
3 colheres de chá de funcho (4,8g) (Foeniculum vulgare M.) (sementes); 
2 colheres de sobremesa ou 2 a 3 centímetros de gengibre (8,8g) (Zingiber officinale) (rizoma); 
5 colher de chá de hortelã (10,5g) (Mentha piperita L.) (folhas); 
1 litro de água.
Modo de preparo: Colocar o gengibre em água fria, após levar ao fogo, quando levantar fervura 
(100°C) aguardar de 5 a 10 minutos e desligar. Quando a água atingir 85°C adicionar o funcho e o 
hortelã. Deixa em infusão por 5 minutos. Consumir 1 xícara (200ml) após as refeições.
Chá para distensão abdominal
40g de hortelã (Mentha piperita L.) (folhas);
40g de anis estrelado (Illicium verum Hook) (fruto seco);
40g de funcho (Foeniculum vulgare M.) (sementes); 
40g de erva-doce (Pinpinella anisum) (semente); 
40g de camomila (Matricaria chamomilla L.) (flores);
Modo de preparo: Triturar as ervas no mixer ou liquidificador e armazenar em uma embalagem de vidro, 
guardar ao abrigo da luz e umidade. Ferver 1 litro de água a 100°C e desligar. Quando a água atingir 
85°C adicionar 10 colheres de café (11g) das ervas, abafar por 5 minutos. Coar e consumir após as 
refeições.
Quando utilizar mix de ervas, sugere-se rasura-
las (triturar ou processar) para que as ervas 
sejam misturadas de forma homogênea.
KALLUF, L. Fitoterapia Funcional: Dos princípios ativos à prescrição de fitoterápicos. 2 ed., 2015.
SAAD, G.A., LÉDA, P.H.O., SÁ, I.M., SEIXLACK, A.C.C.Fitoterapia contemporânea: tradição e
ciência na prática clínica / Glaucia de Azevedo Saad ...[et al.] - 2. ed. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2018.
OLIVEIRA, TWN et al. Laranja Amarga (Citrus aurantium) no tratamento da obesidade. RSC online,
2017; 6 (1): p 114 - 126.
PUJOL, A. P Manual de formulações na prática clínica Camboriú, SC: Ed. do Autor, 2019.
REFERÊNCIAS

Outros materiais