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QUIMICA AMBIENTAL - Química da Atmosfera 1) Quais são os três gases que constituem a maior parte da atmosfera da terra? Os principais componentes da atmosfera são Nitrogênio diatômico, N2 (cerca de 78% das moléculas); oxigênio diatômico, O2 (cerca de 21%); argônio, Ar (cerca de 1%). 2) Em qual faixa de altura situa-se a troposfera? E a Estratosfera? - Troposfera: contém cerca de 80% dos gases atmosféricos e localiza-se a uma altura média de 11 km (no Equador, pode atingir 15 km e, nos polos, 8 km). - Estratosfera: situa-se entre 12 a 30 km de altitude, a pressão é muito baixa e a temperatura é cerca de −60ºC. Nessa camada, a atmosfera torna-se estável, pois os ventos não são turbulentos. 3) Escreva a equação para a reação química pela qual o ozônio é formado na estratosfera. Quais são as fontes das diferentes formas de oxigênio usadas como reagentes? Ozônio na estratosfera é principalmente produzido a partir de raios ultravioleta que reagem com oxigênio: O2 + (radiação <240 nm) → 2 O O + O2 → O3 A formação do ozônio se dá em duas etapas: primeiro o gás oxigênio (O2(g)) é decomposto pela radiação solar, depois os átomos de oxigênio livres reagem com o gás oxigênio, sob a ação da radiação ultravioleta (UV), formando o ozônio: 1ª etapa: O2(g) → 2 O(g) 2ª etapa: O(g) + O2(g) → 1 O3(g) 4) Escreva as duas reações, excetuando as reações catalisadas, que contribuem mais significativamente para a destruição do ozônio na estratosfera? O3 + hν → O2 + O O3 + O → O2 + O2 5) Quais são dois dos efeitos sobre a saúde humana que os cientistas acreditam ser resultantes da depleção de ozônio? Queimaduras graves causadas por exposições diretas a raios solares intensos, envelhecimento prematuro, câncer de pele devido à absorção de radiação UV-B pelo DNA resultando em reações fotoquímicas que alteram o código genético e causam descontrolada divisão celular, resultando em câncer. 6) Explique por que o bromo estratosférico decompõe mais ozônio do que o cloro? Em contraste ao cloro, quase todo o bromo na estratosfera permanece nas formas ativas de radicais livres Br e BrO, já que as formas inativas, o brometo de hidrogênio, HBr, e o nitrato de bromo, BrONO2, são fotoquimicamente decompostas pela luz solar. Além disso, a formação de HBr pelo ataque do bromo atômico ao metano é uma reação mais lenta que o processo análogo envolvendo cloro atômico, muito mais endotérmico e, portanto, com uma energia de ativação mais elevada: Br + CH4 ➔ HBr + CH3 Uma porcentagem menor de bromo estratosférico existe na forma inativa quando comparado ao cloro, pelo fato da velocidade de reação ser mais lenta e por causa da eficiência das reações fotocatalíticas de decomposição. Por essas razões, o bromo estratosférico é mais eficiente na destruição do ozônio que o cloro (por um fator de 40 a 50 vezes), mas existe muito menos dele na estratosfera, de tal forma que, em geral, ele é menos importante. 7) Defina o termo CFCs e escreva as fórmulas dos dois CFCs mais comuns. Dê um uso para cada um dos CFCs que você mencionou. São compostos químicos formados por três elementos: carbono (C), flúor (F) e cloro (Cl). Estes compostos fazem parte da família dos haletos orgânicos e são sintetizados a partir de hidrocarbonetos pela substituição de átomos de hidrogênio por halogênios. As composições mais comuns desses haletos são os freons triclorofluorometano CCl3F (CFC-11), e diclorodifluorometano CCl2F2 (CFC-12). O triclorofluorometano (CCl3F), também conhecido por freon-11, CFC-11 e R-11, é um líquido incolor e quase inodoro que entra em ebulição a temperaturas próximas da temperatura ambiente, é conhecido por ser um agente refrigerante, agente expansor na fabricação de espumas de poliuretano, propelente em aerossóis e medicamentos, fluido na refrigeração comercial, doméstica e industrial. Diclorodifluorometano (CCl2F2), normalmente vendido sob a marca Freon- 12, é um clorofluorocarbono halometano (CFC), usado nos refrigeradores e usado como propelente para aerossol e medicamentos, agente expansor na fabricação de espumas de poliuretano, fluido na Refrigeração comercial, doméstica e industrial e, em mistura com óxido de etileno como esterilizante. 8) Quais tipos de produtos químicos são propostos como substitutos a longo prazo dos CFCs? O CFC vem sendo substituído principalmente pelos hidroclorofluorcarbonetos (HCFC) e hidrofluorcarbonetos (HFC), que causam danos bem menores à estratosfera, embora também contribuam para o efeito estufa e para o aquecimento global. CFCs: são substâncias artificiais formadas por hidrogênio, cloro, flúor e carbono. O seu uso iniciou-se como alternativa provisória aos CFCs, visto que apresentam valores inferiores de PDO. O Brasil não produz HCFCs e https://pt.wikipedia.org/wiki/Marca https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Clorofluorocarbono&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Halometano&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Propelente_para_aerossol&action=edit&redlink=1 https://pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/poluicao-atmosferica-gases-efeito-estufa/ exporta pequenas quantidades, porém as importações dessas substâncias vêm aumentando consideravelmente desde a proibição dos CFCs. 9) Explique por que a destruição de ozônio via reação de O3 com oxigênio atômico não ocorre em quantidade significativa na estratosfera inferior. Nas camadas atmosféricas superiores, onde as radiações UV são mais energéticas, há predominância de oxigênio atômico uma vez que a reação de decomposição do oxigênio diatômico é favorecida. Na estratosfera, grande parte do oxigênio atômico reage rapidamente com o oxigênio molecular, de sorte que a velocidade de formação do ozônio é maior que a velocidade de decomposição. A concentração de átomos de oxigênio é muito baixa na baixa estratosfera (15-25 km de altitude), de tal forma que a destruição de ozônio na fase gasosa por reações que necessitam de oxigênio atômico é lenta neste local. O tempo de vida médio de uma molécula de ozônio a uma altitude de 30 km é de cerca de meia hora; na baixa estratosfera, dura meses. 10) Descreva como a emissão natural de SO2 pelos vulcões poderia provocar na estratosfera, a destruição de ozônio catalisada por cloro. Inclua em sua resposta a reação pela qual o HCl é convertido em Cl-. Por que a conversão das partículas de aerossóis de N2O5 em ácido nítrico poderia aumentar a taxa de ativação do cloro? Os vulcões emitem aproximadamente 130-230 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano. Emissões de SO2 a partir de um vulcão ativo variam desde menos que 20 toneladas/dia até >10 milhões de toneladas/dia de acordo com o estilo de atividade vulcânica e o tipo e volume de magma envolvido. Os aerossóis de Enxofre resultaram em uma diminuição de 0,5-0,6°C na temperatura terrestre no Hemisfério Norte. Os aerossóis de Enxofre aceleraram reações químicas que, junto com o aumento dos níveis de cloro estratosférico a partir da poluição dos CFCs produzidos pelo homem, destroem grande parte do Ozônio e levam a um dos mais baixos níveis de Ozônio observados na atmosfera. As erupções vulcânicas podem intensificar todos os efeitos climáticos em variados níveis. Eles contribuem na depleção da Camada de Ozônio, bem como no resfriamento (bloqueio da luz solar) e no aquecimento (Efeito Estufa) da superfície terrestre. Ainda que o gás HCl (um componente dos CFCs) pode ser efetivo na destruição do Ozônio, os últimos estudos mostram que a maior parte do HCl vulcânico é confinado a Troposfera (abaixo da Estratosfera), onde ele é “lavado” pelas chuvas. Assim, ele nunca tem a oportunidade de reagir com o Ozônio. Por outro lado, dados de satélites após as erupções de 1991 dos vulcões Pinatubo (Filipinas) e Hudson (Chile)mostraram uma perda de 15-20% de Ozônio em elevadas latitudes, e uma perda de mais de 50% sobre Antártida. Aparentemente as erupções vulcânicas podem exercer um papel significante na redução dos níveis de Ozônio de forma indireta, não podendo ser atribuído diretamente ao HCl vulcânico. O HCl é um ácido forte e facilmente ionizado, representado pela reação: HCl ➔ H+ + Cl- O N2O5 é um raro exemplo de um composto que adota duas estruturas dependendo das condições: mais comumente é um sal, mas sob outras condições é uma molécula. Espécies cataliticamente não ativas na forma de HCl e de ClONO2 são fotoconvertidas em radicais Cl e ClO em um mecanismo complexo que destrói o O3, criando o que se convencionou chamar pelos cientistas de ‘buraco na camada de ozônio’. Cl + O3 → ClO + O2 OH + O3 → HOO + O2 ClO + HOO → HOCl + O2 HOCl (luz solar) → OH + Cl A conversão ocorre na superfície de partículas (frias) de água, ácidos sulfúrico e nítrico (este formado pela interação entre radicais hidroxila e https://pt.wikipedia.org/wiki/Polaridade_molecular NO2 gasoso). Esse mecanismo é responsável por cerca de três quartos da destruição do ozônio. Um único radical livre de cloro é capaz de destruir 100 mil moléculas de ozônio, o que provoca a diminuição da Camada de Ozônio e prejudica a filtração dos raios UV. Várias teorias foram propostas para explicar a depleção do Ozônio. Entre as principais estão: 1.) a Teoria Dinâmica, propondo que a circulação atmosférica sobre a Antártida mudou de tal modo que o ar da troposfera, onde há baixa concentração de ozônio, é levado para a baixa estratosfera e, consequentemente, reduções dos níveis de ozônio são observadas; 2.) a Teoria do Óxido de Nitrogênio, que se refere ao aumento de NOx produzido pelos efeitos fotoquímicos após um período crítico de aparecimento de manchas solares. A presença excessiva de NOx seria o responsável pela destruição excessiva de ozônio. 3.) a Teoria da Química Heterogênea propondo que reações fotoquímicas que ocorrem na superfície de partículas minúsculas, presentes em nuvens formadas nas condições extremamente frias do inverno polar e conhecidas como Nuvens Polares Estratosféricas (PSC – do inglês “Polar Stratospheric Clouds”), são responsáveis por uma cadeia de reações que culminam na destruição do ozônio. As superfícies dessas partículas agiriam alterando a química da estratosfera na região polar, uma vez que os elementos produzidos em reações nestas nuvens permitem que componentes não- reativos, contendo cloro ou bromo, tornem-se reativos. Tais reagentes funcionariam como catalisadores em reações que destroem a molécula de ozônio de forma extremamente rápida. A Grosso modo, o processo se daria pelo aumento do conteúdo de Cl2 por causa das reações heterogêneas do HCl e do ClONO2 dentro das PSCs. O HNO3 é sequestrado por estas nuvens e o Cl2 sofre fotólise, formando o composto ClO. As reações de ClO com outras moléculas de ClO, ou mesmo de BrO, são relevantes no processo de destruição do ozônio.
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