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22 - Título IX da Lei n 4 320 1964

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Prévia do material em texto

Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
1 de 54| www.direcaoconcursos.com.br 
Contabilidade Pública 
 
 
 
Aula 13 – pós-edital 
Contabilidade Pública para Auditor do TCE/SC 
Profs. Indio Artiaga do Brasil e 
Marcel Guimarães 
2021 
 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
2 de 54| www.direcaoconcursos.com.br 
Contabilidade Pública 
Sumário 
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................2 
CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS (ARTS. 83 A 89) .................................................................................. 3 
Artigo 83 – A contabilidade .............................................................................................................................. 3 
Artigo 84 – Tomada de Contas ......................................................................................................................... 5 
Artigo 85 – Organização dos serviços de contabilidade ...................................................................................... 6 
Artigo 86 – Método das partidas dobradas ........................................................................................................ 6 
Artigo 87 – Controle contábil de ajustes ou contratos ......................................................................................... 8 
Artigo 88 – Escrituração de débitos e créditos .................................................................................................... 9 
Artigo 89 – Fatos evidenciados pela contabilidade ............................................................................................. 9 
CAPÍTULO II – DA CONTABILIDADE ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA (ARTS. 90 A 93)................................ 10 
Artigo 90 – Evidenciação de despesas ............................................................................................................. 10 
Artigo 91 – Registro contábil da receita e da despesa ....................................................................................... 11 
Artigo 92 – Dívida flutuante ........................................................................................................................... 11 
Artigo 93 – Registro de operações ................................................................................................................... 14 
CAPÍTULO III – DA CONTABILIDADE PATRIMONIAL E INDUSTRIAL (ARTS. 94 A 100) ................................ 14 
Artigo 94 – Registro de bens de caráter permanente ........................................................................................ 14 
Artigo 95 – Registros de bens móveis e imóveis ............................................................................................... 15 
Artigo 96 – Inventário de bens móveis e imóveis .............................................................................................. 16 
Artigo 97 – Registro das receitas patrimoniais ................................................................................................. 16 
Artigo 98 – Dívida fundada............................................................................................................................. 17 
Artigo 99 – Serviços públicos industriais .......................................................................................................... 18 
Artigo 100 – As alterações da situação patrimonial líquida .............................................................................. 19 
CAPÍTULO IV – DOS BALANÇOS (ARTS. 101 A 106) ................................................................................... 19 
Artigo 101 – Demonstrativos Contábeis .......................................................................................................... 20 
Artigo 102 – Balanço Orçamentário ................................................................................................................ 20 
Artigo 103 – Balanço Financeiro ..................................................................................................................... 21 
Artigo 104 – Demonstração das Variações Patrimoniais .................................................................................. 21 
Artigo 105 – Balanço Patrimonial ................................................................................................................... 22 
Artigo 106 – Avaliação dos elementos patrimoniais ......................................................................................... 23 
QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................................................... 26 
LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 42 
GABARITO ..............................................................................................................................................48 
REFLEXÃO ..............................................................................................................................................48 
RESUMO DIRECIONADO .........................................................................................................................49 
CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS (ARTS. 83 A 89) ................................................................................................... 49 
CAPÍTULO II – DA CONTABILIDADE ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA (ARTS. 90 A 93) .......................................................... 50 
CAPÍTULO III – DA CONTABILIDADE PATRIMONIAL E INDUSTRIAL (ARTS. 94 A 100) .......................................................... 51 
CAPÍTULO IV – DOS BALANÇOS (ARTS. 101 A 106) .................................................................................................... 53 
 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
3 de 54| www.direcaoconcursos.com.br 
Contabilidade Pública 
Aula 13 – Lei nº 4.320/1964 – Título IX 
 Salve, salve, pessoal! Continuando nosso conteúdo, temos um assunto que ainda é muito cobrado em 
concursos: trata-se do Título IX da Lei nº 4.320/1964. Esse normativo legal está velhinho, sim, mas esse título, que 
trata da “Contabilidade”, ainda vige, devendo ser observado pelos gestores adicionalmente ao MCASP e outras 
normas técnicas aplicáveis ao setor público. 
 Lá nos anos 60, a Lei nº 4.320/1964 foi paradigmática no cenário da contabilidade pública! Ela foi resultado 
de anos de preparação e outros tantos de debate no Congresso Nacional. Naquela época, ela foi considerada 
ousada, pois trazia conceitos como regime de competência para despesas, estrutura de demonstrativos contábeis 
e normas contábeis. De fato, ela é o grande marco regulatório da Contabilidade Pública desde a colonização do 
Brasil, apesar de ser excessivamente focada na questão orçamentária e menos do que deveria na patrimonial. 
 Conforme mencionado, nesta aula veremos o Título IX (arts. 83 a 106) da Lei nº 4.320/1964, o qual trata de 
procedimentos e demonstrativos contábeis para a Administração Pública. Destaca-se, no entanto, que os artigos 
101 a 105, que tratam dos demonstrativos contábeis (Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Demonstração 
das Variações Patrimoniais e Balanço Patrimonial) não serão muito aprofundados nesta aula, haja vista que já os 
estudamos em aulas específicas! 
 No entanto, destaca-se que, com o advento do MCASP e das NBC TSP, questões sobre o Título IX da Lei nº 
4.320/1964 vêm ficando mais escassas, razão pela qual muitas das questões comentadas serão um pouco antigas 
para o nosso padrão. Entretanto, a Lei nº 4.320/1964 é uma importante norma legal vigente e não podemos nos 
dar ao luxo de deixar nada de fora, não é mesmo? 
 O método adotado nesta aula será o de sempre enunciar osartigos da referida lei e depois explicá-los. 
Vocês estão prontos? Vamos lá, então! 
Capítulo I – Disposições Gerais (arts. 83 a 89) 
Pessoal, a essa altura do campeonato pode parecer inócuo dizer isso, mas tenham em mente que quando a 
Lei nº 4.320/1964 mencionar “contabilidade”, temos que ter em mente o seguinte conceito: 
Contabilidade: ciência que estuda os fenômenos da natureza econômica, financeira e até mesmo 
administrativa que produzem efeitos sobre o Patrimônio sob a forma de variações das mais diversas 
naturezas. 
Artigo 83 – A contabilidade 
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer 
modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou 
confiados. 
Este artigo costuma ser cobrado com frequência em provas. A partir dele, observa-se que a contabilidade 
estará interessada em todos os atos e fatos envolvendo receitas, despesas, administração ou guarda de bens e 
valores: 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Pública 
 
Também é importante observar o que são os “bens a ela pertencentes ou confiados”: 
 
 
A intenção do legislador neste artigo foi também a de prever a individualização da responsabilidade 
daqueles envolvidos, de alguma forma, com a gestão dos bens pertencentes à Fazenda Pública ou a ela confiados. 
 
Por último, deve-se observar que, quando se fala em individualização da responsabilidade (e isso é bastante 
importante para os órgãos de controle), deve ficar claro o papel do Contador, profissional responsável pela 
Contabilidade, que responde pelo conteúdo informativo das demonstrações contábeis, enquanto o agente 
público, político ou administrativo, que assina aquelas demonstrações, é responsável pelos atos praticados que 
deram consequência aos fatos representados pela Contabilidade nas demonstrações, conforme entendimento da 
doutrina.1 
 
1 Daqui pra frente, sempre que citarmos doutrina, a referência será ao livro “A Lei 4.320/1964 Comentada e a Lei de 
Responsabilidade Fiscal”, do qual são extraídas muitas questões de concurso. No entanto, para facilitar sua vida, traremos 
nesta aula dos pontos mais relevantes dessa obra. 
Bens a ela 
pertencentes
Prédios, dinheiro, máquinas, 
equipamentos, veículos, etc
Ou a ela 
confiados
Cauções, depósitos, etc.
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Pública 
Atenção!! 
Contador ➔ responde pelo conteúdo das demonstrações contábeis 
Agente Público ➔ Responde pelos atos praticados que deram 
consequência aos fatos representados nas demonstrações 
Artigo 84 – Tomada de Contas 
Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a TOMADA DE CONTAS 
dos agentes responsáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos serviços 
de contabilidade. 
Resumidamente: 
 
Para que não haja confusão com relação ao termo “tomada de contas”, é importante destacar que, à época 
da lei, o conceito era diferente do que observamos nos normativos mais recentes. 
Atualmente, os normativos relativos à Tomada de Contas a definem como sendo o processo preparado pelo 
órgão de contabilidade analítica da Administração Direta, referente aos atos de gestão orçamentária, financeira 
e patrimonial e à guarda de bens e valores públicos sob a responsabilidade de agente responsável. Já a Prestação 
de Contas se refere ao processo de contas da Administração Indireta. São conceitos análogos. 
No entanto, também existe o conceito de Tomada de Contas Especial, que é o processo de exceção adotado 
pela Administração Pública nos casos de omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da aplicação 
dos recursos repassados pela União, da ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos, 
ou, ainda, da prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário. 
A Lei nº 4.320/1964 se referiu ao segundo conceito, ou seja, à Tomada de Contas Especial. De fato, de 
acordo com a doutrina, a definição da Lei à época era a seguinte: 
Tomada de Contas para a Lei nº 4.320/1964: ato que a pessoa ou o órgão, que de direito é competente 
para executá-la, realiza quando o agente responsável pelos negócios da entidade ou por bens e valores 
públicos deixa de cumprir em prazo legal a sua obrigação de apresentar a prestação de contas. A tomada 
de contas, entretanto, poderá verificar-se a qualquer momento que a Administração desejar, 
independentemente de apresentação da prestação de contas. 
Já a Prestação De Contas, segundo a doutrina, possuía, à época (1964), a seguinte definição: 
Serviços de 
contabilidade
Realizam ou supervisionam
Tomada de 
contas
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Pública 
Prestação de Contas para a Lei nº 4.320/1964: ato pelo qual o agente responsável, que pelos negócios da 
entidade, quer por bens ou valores públicos, em face de dispositivo legal, toma a iniciativa de relatar os 
fatos ocorridos em relação à suja gestão, ai órgão ou à pessoa que de direito é competente para apreciá-
las. 
Retomando para reforçar, constata-se que a definição de tomada de contas a que a Lei nº 4.320/1964 se 
referiu nesse art. 84 se aproxima bastante do que hoje conhecemos como Tomada De Contas Especial – TCE. 
Vale lembrar que, no caso de TCE, a competência dos órgãos de controle externo (Tribunais de Contas) não 
é a de executar o processo, mas sim de determinar ao órgão competente a sua instauração, e, posteriormente, 
avaliá-lo e sobre ele deliberar. Em regra, o órgão competente para executar esse processo é exatamente o serviço 
de contabilidade. 
Artigo 85 – Organização dos serviços de contabilidade 
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da 
execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos 
serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados 
econômicos e financeiros. 
Observem que a Contabilidade não se limita ao acompanhamento do orçamento público. Lembrem-se de 
que o OBJETO da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o Patrimônio Público, algo bem mais amplo do que 
o orçamento. Assim, a organização do sistema de contabilidade tem como objetivo evidenciar todas as 
modificações que o patrimônio público sofre em razão das operações realizadas pelos gestores. 
Outro ponto a ser destacado é que as entidades governamentais podem organizar as suas respectivas 
contabilidades de acordo com suas necessidades não havendo a obrigatoriedade de seguir ou adotar este ou 
aquele tipo de organização. 
 
Por fim, observem que o dispositivo mencionou a determinação dos custos dos serviços industriais, o que 
será falado novamente com mais ênfase no art. 99. Trata-se de um embrião para a implementação do subsistema 
de custos que temos hoje. No entanto, o escopo do subsistema de custos atual é bem mais amplo, pois ele deve 
registrar, processar e evidenciar os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade 
pública. Percebam que o sistema de custos de que trata a Lei nº 4.320/1964 é bastante restrito, limitando-se aos 
serviços industriais. Esse ponto costuma ser bastante explorado em provas de concurso. 
Artigo 86 – Método das partidas dobradas 
Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das 
partidas dobradas. 
Serviços de 
contabilidade
Organizados técnica e 
administrativamente de acordo com 
as necessidades de forma a executar 
suas funções eficientemente
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
eMarcel Guimarães 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Pública 
Neste ponto, vamos rever o que vem a ser escrituração. Vejamos: 
Escrituração: arte de representar graficamente, por meio de um sistema de contas, os fatos ou aquelas 
variações que se produzem sobre o patrimônio. 
Essa escrituração é basicamente o que vimos na aula sobre Plano de Contas Aplicado ao Setor Público 
(PCASP) e na aula de operações contábeis típicas. 
 
Graças a essas aulas, já temos a ideia do conceito de método das partidas dobradas. De todo modo, 
vejamos sua definição: 
Método das partidas dobradas: a essência do método, hoje universalmente aceito, é que o registro de 
qualquer operação implica que a um débito ou a mais de um débito numa ou mais contas deve 
corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados 
seja sempre igual à soma dos valores creditados. 
 
 Mas notem que a Lei nº 4.320/1964 mencionou apenas as “operações financeiras e patrimoniais”. Mas 
como como ficariam as “operações orçamentárias”? Elas não seriam escrituradas pelo método das partidas 
dobradas?!?! 
Método das 
partidas 
dobradas
Não há débito sem crédito 
correspondente e vice-versa
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Pública 
 
Ao mencionar as operações financeiras e patrimoniais, a lei está assumindo um caráter meramente didático, 
para melhor orientar, porque as operações patrimoniais envolvem necessariamente as operações financeiras. 
Estas não estão à parte ou fora do patrimônio, integram-se a ele substancialmente. 
À época, a preocupação da Lei nº 4.320/1964 foi definir os sistemas de contas, separando o sistema 
orçamentário do financeiro e do patrimonial. 
De todo modo, a lei aqui expressamente definiu que a escrituração sintética das operações financeiras e 
patrimoniais será efetuada pelo método das partidas dobradas, não tendo mencionado as operações 
orçamentárias. Não quer dizer que estas últimas não sejam escrituradas pelo método das partidas dobradas. 
Atenção!! 
Entretanto, fiquem atentos às questões literais. Se a prova exigir o 
conhecimento literal da Lei nº 4.320/1964 e afirmar que a escrituração 
sintética das operações orçamentárias e patrimoniais efetuar-se-á pelo 
método das partidas dobradas, estará ERRADO! Não é isso que a lei dispõe 
na sua literalidade! Consequências de se viver com uma lei desatualizada... 
Artigo 87 – Controle contábil de ajustes ou contratos 
Art. 87. Haverá controle contábil dos direitos e obrigações oriundos de ajustes ou contratos em que a 
administração pública for parte. 
Neste artigo, a lei está se referindo ao então Sistema de Compensação, atualmente Subsistema de 
Compensação, no qual constavam as contas de controle. 
De acordo com a doutrina, este é mais um dispositivo de caráter didático, visto que ele está implícito no art. 
83, visto anteriormente. Vamos relembrá-lo: 
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer 
modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou 
confiados. 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Pública 
Artigo 88 – Escrituração de débitos e créditos 
Art. 88. Os débitos e créditos serão escriturados com individuação do devedor ou do credor e especificação 
da natureza, importância e data do vencimento, quando fixada. 
Este dispositivo não costuma aparecer muito em questões de prova. Essa escrituração com individuação dos 
devedores e dos credores nada mais é o do que o registro de informações, que pode ser efetuado da forma a 
seguir: 
 
 
Nada muito a acrescentar sobre esse artigo. 
Artigo 89 – Fatos evidenciados pela contabilidade 
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira patrimonial 
e industrial. 
Este artigo costumava ser cobrado em prova com certa frequência. 
Atenção!! 
Aqui, a Lei nº 4.320/1964 NÃO quis se referir aos antigos Sistemas de 
Contas (Sistema orçamentário, financeiro, patrimonial e de 
compensação), que já mudaram para Subsistemas com o advento do 
MCASP. 
O dispositivo trata de FATOS ligados à administração, elementos que afetam o patrimônio público de 
alguma forma. Atualmente, tem-se os fatos contábeis que podem ser permutativos, modificativos ou mistos e 
também os atos contábeis que podem vir a afetar o patrimônio público. 
Nome (se possível,
endereço)
Origem da dívida (natureza:
tributária ou outra espécie)
Importância devida
Data de vencimento (ou pelo
menos o exercício)
Nome (se possível,
endereço)
Importância a pagar
Data de vencimento (ou pelo
menos o exercício)
Credores Devedores 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Pública 
Questão para fixar 
(Cespe – TCE/RO – 2013) Com base no disposto na Lei n.º 4.320/1964, julgue o item que se segue. 
 A tomada de contas de todos que, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem 
ou guardem bens públicos é competência exclusiva do tribunal de contas ou órgão equivalente. 
RESOLUÇÃO: 
 Note que a questão exigiu expressamente conhecimentos da Lei nº 4.320/1964. Ela está abordando o 
conceito de tomada de contas constante no art. 84. Vamos revê-lo: 
Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a TOMADA DE CONTAS dos agentes 
responsáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos serviços de contabilidade. 
 Lembrem-se de que a Lei nº 4.320/1964 quando fala em tomada de contas quer dizer o conceito que 
atualmente chamamos de tomada de contas especial. 
 Entretanto, os órgãos de controle não são responsáveis por executar esses processos, sendo competente 
para isso o órgão no qual se deu o fato que ensejou a tomada de contas especial. Cabe aos órgãos de controle a 
avaliar e deliberar acerca do processo após sua conclusão. 
 Portanto, o item está errado. 
Gabarito: ERRADO 
Capítulo II – Da contabilidade orçamentária e 
financeira (arts. 90 a 93) 
 Neste tópico veremos os conceitos mais relevantes do Capítulo II do Título IX, os artigos nele contidos, 
exemplos e questões resolvidas sobre esses dispositivos. 
Artigo 90 – Evidenciação de despesas 
Art. 90. A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários 
vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações 
disponíveis. 
Este artigo costuma ser bastante cobrado em provas! A “palavra” mágica da contabilidade é “evidenciar”. 
A finalidade será sempre a evidenciação de algo, principalmente por meio dos demonstrativos contábeis. É a partir 
dessas informações “produzidas” pela contabilidade que os órgãos de controle poderão, por exemplo, avaliar a 
execução orçamentária, financeira e patrimonial do exercício. 
Este artigo pode ser esquematizado da seguinte maneira: 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Pública 
 
Atenção!! 
Note que os saldos disponíveis em cada dotação são calculados a partir 
da diferença entre o crédito inicial (despesas previstas ou fixadas na LOA) 
e o valor dos empenhos feitos à conta da dotação. 
Saldos disponíveis = crédito inicial – empenhos 
Outra observação importante é que a contabilidade de que trata este artigo tem excessivo enfoque na seara 
orçamentária. De fato, como veremos adiante nesta aula, e conforme já vimos em aula anterior, a evidenciação 
dessas informações será feita a partir do Balanço Orçamentário. 
Artigo 91 – Registro contábil da receita e da despesa 
Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acordocom as especificações constantes da 
Lei de Orçamento e dos créditos adicionais. 
A contabilidade financeira não pode se afastar das especificações constantes da lei de orçamento e dos 
créditos adicionais, facilitando, dessa forma, melhor controle e cotejo (comparação) entre registros 
orçamentários e financeiros. 
Assim, conforme dispõe a doutrina, a posição de tesouraria (ou caixa) a qualquer momento será dada 
segundo a classificação das contas contidas na Lei Orçamentária, a menos que se trate de fato extraorçamentário. 
A intenção deste artigo é que as receitas e despesas, do ponto de vista financeiro, sejam classificadas da 
mesma forma que a Lei Orçamentária, de modo a facilitar o controle desses registros. 
Artigo 92 – Dívida flutuante 
Art. 92. A dívida flutuante compreende: 
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; 
II - os serviços da dívida a pagar; 
III - os depósitos; 
IV - os débitos de tesouraria. 
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as 
despesas processadas das não processadas. 
• Incluindo aqueles aprovados na LOA e nas leis 
dos créditos adicionais
Montante dos créditos 
orçamentários vigentes
Despesa empenhada
• Crédito inicial - valor dos empenhos feitos à 
conta da dotação
Saldos disponíveis em 
cada dotação
Despesa realizada
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 Aula 13 
 
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Primeiramente, é preciso destacar que a dívida flutuante é aquela proveniente de receitas 
extraorçamentárias, em geral é de curto prazo (vencimento inferior a um ano ou doze meses), e que NÃO 
depende de autorização orçamentária para ser paga (passivo financeiro). 
Vejamos exemplos de dívida flutuante: 
Restos a Pagar: as despesas empenhadas, não pagas até 31 de dezembro, e devidamente inscritas: 
Serviço da Dívida a Pagar: as parcelas de amortização e de juros e encargos da dívida fundada ou 
consolidada (ou seja, não necessariamente é oriundo de dívida flutuante). 
Depósitos (*): as cauções ou garantias recebidas de terceiros para execução de contratos de obras e 
fornecimentos, em dinheiro; 
(*) No caso dos Depósitos, são considerados dívida flutuante apenas os efetuados em dinheiro. 
Depósitos em títulos não são dívida flutuante, mas sim registrados em contas de compensação, não 
afetando o patrimônio da entidade de imediato. 
Débitos de Tesouraria: as dívidas provenientes de operações de crédito por antecipação de receita 
orçamentária (ARO). 
Esquematicamente: 
 
Estudamos um pouco sobre dívida flutuante na aula sobre Balanço Patrimonial – BP. Vimos que essa dívida 
figura no Passivo Financeiro do Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes (na estrutura do Balanço 
Patrimonial conforme o MCASP), visto que não depende de autorização orçamentária para o seu pagamento. no 
caso da estrutura antiga, que só contém um quadro, a dívida flutuante figura no Passivo Financeiro pela mesma 
razão. 
No Balanço Financeiro, também há referência aos valores referentes ao recebimento e pagamento desses 
títulos, como receitas e despesas extraorçamentárias. Vejamos a estrutura conforme a Lei nº 4.320/1964 
Ingressos 
Exercício 
Atual 
Exercício 
Anterior 
Dispêndios 
Exercício 
Atual 
Exercício 
Anterior 
Orçamentária Orçamentária 
Extra-orçamentária Extra-orçamentária 
 Serviço da dívida a Pagar Serviço da Dívida a Pagar 
Saldo do exercício anterior Saldo para o exercício seguinte 
TOTAL TOTAL 
O mesmo ocorre na estrutura do Balanço Financeiro conforme o MCASP. 
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Contabilidade Pública 
Atenção!! 
Gostaria de chamar a atenção de vocês para um detalhe. Para a doutrina, 
consideram-se como dívida flutuante SOMENTE os Restos a Pagar 
Processados. 
A lei quis especificar como dívida flutuante tão SOMENTE os Restos a 
Pagar compostos exclusivamente de despesas processadas (liquidadas), 
de modo que apareçam isolados nas demonstrações contábeis (excluídos 
s serviços da dívida), facilitando a análise e o conhecimento de seu total 
especificamente pelos credores. 
Assim, em tese não estariam considerados na dívida flutuante os Restos A Pagar Não Processados. 
Atenção!! 
As despesas não processadas NÃO constarão da dívida flutuante, por 
não refletirem obrigações reais, devendo ser escrituras nas chamadas 
contas de compensação. 
No entanto, como vida de concurseiro é sempre difícil, recomendamos que você tome o máximo de cuidado 
com questões que cobrem a literalidade da Lei nº 4.320/1964. Isso porque, diferentemente da doutrina, a lei 
não faz essa distinção entre Restos a Pagar. Para ela, não interessa se os Restos a Pagar são processados 
(despesas liquidadas e não pagas) ou não processados (despesas empenhadas que não foram liquidadas nem 
pagas). 
Muita 
Atenção!! 
Tomem extremo cuidado com as questões que exigem a literalidade da 
lei. Se esse for o caso, marque a resposta sempre tendo por base o texto 
da lei, por mais que doutrina ou a prática sejam diferentes. No máximo 
você acerta e no mínimo a questão será anulada e você ganha o ponto 
assim mesmo. 
Vamos rever o parágrafo único do art. 92. 
Art. 92. A dívida flutuante compreende: 
[...] 
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as 
despesas processadas das não processadas. 
A lei define, portanto, três critérios de classificação dos Restos a Pagar: por exercício, por credor e 
diferençando-se a condição de despesas em processadas e não-processadas. Vejamos um exemplo de como isso 
se daria: 
Exercício Credor RP Processados RP não Processados 
2019 
CNPJ xyz R$ 10.000,00 R$ 0,00 
CNPJ fgh R$ 25.000,00 R$ 5.000,00 
CNPJ abc R$ 0,00 R$ 12.000,00 
2018 
CNPJ abc R$ 30.000,00 R$ 0,00 
CNPJ aei R$ 15.000,00 R$ 8.000,00 
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Artigo 93 – Registro de operações 
Art. 93. Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas 
na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle contábil. 
Esse é um dos artigos mais cobrados em provas de concursos em se tratando do Título IX da Lei 4.320/1964. 
Observem que este dispositivo trata na verdade das entradas e saídas compensatórias (receitas e despesas 
extraorçamentárias), estudadas na aula de Balanço Financeiro. 
Atenção!! 
Você deve ler este artigo da seguinte maneira: 
As RECEITAS e DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS também serão 
objeto de registro, individuação e controle contábil. 
 Vejamos a seguir alguns exemplos de receitas e despesas extraorçamentárias: 
 
 
Capítulo III – Da contabilidade patrimonial e 
industrial (arts. 94 a 100) 
 Neste tópico, veremos o Capítulo III do Título IX, os artigos nela contidos, exemplos e questões resolvidas 
sobre esses dispositivos. 
Artigo 94 – Registro de bens de caráter permanente 
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos 
necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e 
administração. 
Inicialmente, destaca-se que o registro analítico deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: 
Exemplos: Cauções, depósitos,
operações financeiras por
Antecipação de Receita
Orçamentária - ARO.
Exemplos: Cauções, depósitos,
ARO devolvidas; pagamento de
Restos a Pagar, fornecedores e
outras dívidas flutuantes.
Receitas extraorç. Despesas extraorç. 
Entradas e saídas compensatórias 
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Atenção!! 
As bancas costumam tentar confundir ocandidato trocando palavras dos 
artigos 94 e 95, que será apresentado a seguir. 
Artigo 95 – Registros de bens móveis e imóveis 
Art. 95. A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis. 
Esse registro sintético constará apenas os seguintes elementos: 
 
É importante salientar que, ao menos uma vez por ano, deve ser feito o inventário físico-financeiro de 
TODOS os bens móveis e imóveis, em uso ou estocados em almoxarifado, aí compreendendo o material para 
consumo e material permanente, de modo que o Balanço Patrimonial reflita a realidade das exigências e permita 
o controle de cada bem em uso ou em estoque. 
Outro ponto que merece destaque é que o conceito de bens móveis e imóveis é mais abrangente do que o 
de bens permanentes. Esquematicamente: 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos o conceito de material permanente e material de consumo (essas definições podem ser 
consultadas também no MCASP, pgs. 84 e 87): 
Nome do bem (máquina, veículo, etc)
Data da aquisição;
Valor de aquisição ou o custo de construção ou produção;
Conta contábil de registro
Órgão, setor, departamento, seção ou entidade em que o
bem se encontra;
Responsável pela guarda ou custódia do bem
Nome do bem (máquina, veículo, etc)
Data da aquisição;
Valor de aquisição ou o custo de construção ou produção.
Bens Móveis 
e Imóveis 
Bens de caráter 
Permanente 
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Material Permanente: É aquele que, em razão de seu uso corrente, NÃO perde a sua identidade física, 
e/ou tem uma durabilidade superior a dois anos. Para efeito de identificação e inventário, os 
equipamentos e materiais permanentes receberão números sequenciais de registro patrimonial. 
Material de Consumo: É aquele que em razão de seu uso corrente e da definição da Lei nº 4.320/1964, 
perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos. 
De posse desses dois conceitos, é possível constatar que existe uma lógica por trás desses dois artigos. O 
registro sintético deverá ser feito para o caso dos bens móveis e imóveis, conceito mais abrangente, incluindo-
se, por exemplo, os materiais de consumo. Do ponto de vista da relação custo-benefício, não vale a pena manter 
registros analíticos de bens de consumo, como estoques de canetas no almoxarifado. Já os bens de caráter 
permanente, como equipamentos e imóveis, além do registro sintético, deverão possuir registros analíticos, 
dado seu maior valor econômico e sua importância. 
Ok? Seguindo em frente então. 
Artigo 96 – Inventário de bens móveis e imóveis 
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário analítico de cada 
unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade. 
Neste artigo, fica evidenciada a atribuição dos setores de administração e de contabilidade do órgão. 
As unidades administrativas deverão realizar os registros analíticos e a contabilidade, os sintéticos, de 
modo que o produto final do conjunto desses registros seja o levantamento geral dos bens móveis e imóveis, 
conforme esquema a seguir: 
 
Atenção!! 
Dica para lembrar: Administração ➔ Registros Analíticos (os dois 
começam com a letra A) 
Artigo 97 – Registro das receitas patrimoniais 
Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas 
patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação. 
De acordo com a doutrina, este dispositivo deve ser interpretado de modo amplo (lato sensu), para incluir 
no conceito de receitas patrimoniais todas as que são auferidas pela entidade governamental, sejam 
tributárias, industriais, patrimoniais etc., inclusive aquelas provenientes da cobrança de Dívida Ativa, pois todas 
passam a integrar o patrimônio da entidade. 
• Registros AnalíticosAdministração
• Registros SintéticosContabilidade
Levantamento 
geral dos bens 
móveis e imóveis 
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Desse modo, pode-se dizer que a Lei nº 4.320/1964 praticamente usou de “licença poética” ao chamar todas 
as receitas de receitas patrimoniais, uma vez que atualmente, conforme vimos na aula de receita pública, as 
receitas patrimoniais constituem uma origem das receitas correntes. 
 
De outro modo, se interpretássemos esse artigo em sentido estrito (strictu sensu), isto é, considerando que 
a expressão “receitas patrimoniais” se referem apenas à origem das receitas correntes provenientes da fruição do 
patrimônio de ente público, como por exemplo, bens mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e 
participações societárias, estaríamos criando um conceito errôneo de que só essas receitas patrimoniais seriam 
contabilizáveis para os efeitos que o artigo assinala, o que não foi o que a lei quis dizer. 
Artigo 98 – Dívida fundada 
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos 
para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. 
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permitam 
verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de 
amortização e juros. 
 A dívida fundada é aquela de longo prazo, cujo vencimento é superior a doze meses. 
Entretanto, esse conceito se encontra, atualmente, superado! Isso porque ele foi tacitamente revogado 
pelo art. 29, inciso I, da Lei Complementar nº 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. 
A partir da LRF, a dívida fundada passou a conter as dívidas contratuais e a mobiliária, além de outras 
estabelecidas pela LRF, como, os precatórios judiciais posteriores a 05/05/2000 vencidos e não pagos durante a 
execução do orçamento em que houverem sido incluídos e, no caso da União, a emissão de títulos de 
responsabilidade do BACEN. 
Sobre o parágrafo único deste artigo, ele raramente é cobrado em prova. De interessante, destaque-se o 
comentário da doutrina acerca dos órgãos responsáveis pela escrituração da dívida pública: 
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Artigo 99 – Serviços públicos industriais 
Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, 
manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da 
escrituração patrimonial e financeira comum. 
Com relação a este dispositivo, destaca-se que a tal “contabilidade especial” a que ele se refere diz respeito 
à contabilidade de custos, definida adiante: 
Contabilidade de custos: ramo especializado da ciência contábil, cuja finalidade é o estudo dos custos 
incorridos na produção, com o objetivo de fixar política de preço. 
Observa-se que discussões sérias sobre sistemas de custos que subsidiem a contabilidade de custos no setor 
público são recentes, não tendo sido esse assunto tratado, até então, com a objetividade desejada e necessária e 
os processos correlatos utilizados parecem ainda precários e complexos. 
Para se ter ideia, o Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC foi formalmente criado 
apenas em 2011 (por meio da Portaria nº 157/2011–STN). 
Complementarmente, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público tem adotado uma postura em prol da 
implementação da contabilidade de custos. Prova disso é que o MCASP define, além dos subsistemas de 
informações orçamentárias, patrimoniais e o de compensação, o subsistema de custos. O próprio Plano de 
Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP insere nas classes 7 e 8, responsáveis pelas contas de controles, grupos 
específicos para a apuração dos custos. 
Notem, no entanto, que é possível percebero caráter inovador e vanguardista da Lei nº 4.320/1964 ao 
estabelecer, lá nos anos 60, esse tipo de controle quando ainda nem havia processamento eletrônico dos dados na 
Administração Pública! 
 
• Escrituração sintética da dívida públicaContabilidade
• Registro analítico da dívida pública
Órgão responsável pela política de 
empréstimos da entidade 
governamental
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O novo Subsistema de Custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e 
ofertados à sociedade pela entidade pública. 
Assim, conforme já comentado, uma diferença é que o subsistema de custos atual tem maior abrangência 
em relação àquele definido na Lei nº 4.320/1964, que se referia apenas aos custos dos serviços industriais. 
Artigo 100 – As alterações da situação patrimonial líquida 
Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução 
orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e 
insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. 
Este artigo não é muito cobrado em prova. Atenção apenas para o fato de que não é este o dispositivo legal 
que define a Demonstração das Variações Patrimoniais, mas sim o artigo 104, que veremos mais adiante. 
Variações Patrimoniais: quaisquer alterações nos elementos patrimoniais (bens, direitos e obrigações), 
que podem implicar ou não modificações do patrimônio líquido, e que são resultantes ou independentes 
da execução orçamentária. Atualmente, elas se classificam como Quantitativas (que modificam o 
patrimônio líquido) ou Qualitativas (que não alteram o patrimônio líquido). 
Lendo este artigo, fica parecendo que as superveniências e insubsistências ativas e passivas constituem 
um terceiro grupo de alterações da situação líquida patrimonial. No entanto, esses elementos são variações 
patrimoniais independentes da execução orçamentária, conforme vimos na aula sobre Demonstração das 
Variações Patrimoniais. 
Capítulo IV – Dos Balanços (arts. 101 a 106) 
 Neste tópico, veremos o Capítulo IV do Título IX, os artigos nelas contidos, exemplos e questões resolvidas 
sobre esses dispositivos. 
 
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Artigo 101 – Demonstrativos Contábeis 
Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço 
Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais, segundo os Anexos 
números 12, 13, 14 e 15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos números 1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 
16 e 17. 
 Atenção ao fato de o artigo falar em Resultados Gerais e Balanço Patrimonial. Isso porque, conforme 
estudamos em aulas específicas, o Balanço Orçamentário, o Balanço Financeiro e a Demonstração das Variações 
Patrimoniais fornecem resultados apurados no exercício (demonstrativos contábeis dinâmicos). O Balanço 
Patrimonial apresenta o saldo patrimonial acumulado (demonstrativo contábil estático). Em outras palavras: 
• Os Balanços Orçamentário e Financeiro e a Demonstração das Variações Patrimoniais se 
assemelham a um filme e descrevem dados relativos à execução financeira e orçamentária (BO) ou 
sobre a movimentação financeira da entidade (BF) num determinado período de tempo. 
• O Balanço Patrimonial se assemelha a uma fotografia do patrimônio em uma data específica (data 
de apuração do demonstrativo). 
 Dessa forma, tenham muito cuidado em questões literais acerca do art. 101. Isso porque, aparentemente, 
parece estranho vincular Balanço Patrimonial a resultado. Mas a cópia literal de um artigo é sempre uma questão 
correta. A dica é verificar se o termo “resultados” vem seguido de “gerais”. Neste caso, trata-se provavelmente da 
literalidade do artigo. 
 Pessoal, os arts. 102 a 105 versam sobre os quatro principais demonstrativos contábeis: Balanços 
Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais. Assim, faremos apenas 
comentários sucintos sobre seus respectivos textos. Em caso de dúvidas em algum deles, o melhor a fazer é voltar 
e revisar a aula específica sobre o demonstrativo correspondente. 
Artigo 102 – Balanço Orçamentário 
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as 
realizadas. 
 Lembrem-se que no âmbito do Balanço Orçamentário vale o seguinte: 
 
 
 Lembrem-se também de que o Balanço Orçamentário fornece o Resultado Orçamentário, que é calculado 
da seguinte forma: 
Despesas 
realizadas
Despesas
empenhadas
Receitas 
realizadas
Receitas
arrecadadas
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Resultado Orçamentário = Receita Realizada – Despesa Realizada 
ou seja 
Resultado Orçamentário = Receita Arrecadada – Despesa Empenhada 
Artigo 103 – Balanço Financeiro 
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os 
recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie 
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. 
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária para 
compensar sua inclusão na despesa orçamentária. 
 O critério para registro das receitas e despesas orçamentárias executadas no Balanço Financeiro é o mesmo 
utilizado no Balanço Orçamentário, além de ele conter as receitas e despesas extraorçamentárias. 
 O Balanço Financeiro nos fornece o Resultado Financeiro, que pode ser calculado de dois modos, vejamos: 
MODO 1 
Saldo em Espécie para o Exercício Seguinte 
(-) Saldo em Espécie do Exercício Anterior 
= Resultado Financeiro do Exercício 
OU 
MODO 2 
Receitas Orçamentárias 
(+) Transferências Financeiras Recebidas 
(+) Recebimentos Extraorçamentários 
(-) Despesa Orçamentária 
(-) Transferências Financeiras Concedidas 
(-) Pagamentos Extraorçamentários 
= Resultado Financeiro do Exercício 
 O parágrafo único estabelece um artifício contábil utilizado para evitar que a despesa orçamentária 
empenhada no exercício e não paga até 31/12, ou seja, aquela que foi inscrita em Restos a Pagar, interfira no 
resultado financeiro do período, uma vez que ela não ensejou movimentação financeira, e não provocou, 
portanto, alterações no saldo disponível. 
 Assim, a inclusão das despesas não pagas são registradas, simultaneamente, nos ingressos e nos 
dispêndios e acabam se anulando, não interferindo, portanto, no resultado financeiro. 
Artigo 104 – Demonstração das Variações Patrimoniais 
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, 
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 
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 A Demonstração das Variações Patrimoniais nos fornece o Resultado Patrimonial, o qual, na estrutura 
atualizada (segundo o MCASP), pode ser calculado com a diferença entre as Variações Patrimoniais Aumentativas 
e Diminutivas. 
Atenção!! 
Não confundam Resultado Patrimonial com Saldo Patrimonial. Essa 
é uma pegadinha clássica de concursos. 
O Resultado Patrimonial é dado pela Demonstração de Variações 
Patrimoniais, enquanto que o Saldo Patrimonial é calculado no 
Balanço Patrimonial. 
Artigo 105 – Balanço Patrimonial 
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará: 
I - O Ativo Financeiro; 
II - O Ativo Permanente; 
III - O Passivo Financeiro; 
IV - O Passivo Permanente; 
V - O Saldo Patrimonial; 
VI - As Contas de Compensação. 
§ 1º O AtivoFinanceiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização 
orçamentária e os valores numerários. 
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação 
dependa de autorização legislativa. 
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras cujo pagamento independa de 
autorização orçamentária. 
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização 
legislativa para amortização ou resgate. 
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações não 
compreendidas nos parágrafos anteriores e que, mediata ou indiretamente, possam vir a afetar o 
patrimônio. 
 O Balanço Patrimonial nos fornece o Saldo Patrimonial, que é dado pela seguinte expressão: 
Saldo Patrimonial = (Ativo Real) – (Passivo Real) 
Saldo Patrimonial = (Ativo Financeiro + Ativo Permanente) – (Passivo Financeiro + Passivo Permanente) 
Atenção!! 
Não confundam Saldo Patrimonial com Resultado Patrimonial. Essa 
é uma pegadinha clássica de concursos. 
O Saldo Patrimonial é calculado no Balanço Patrimonial e o 
Resultado Patrimonial é calculado na Demonstração de Variações 
Patrimoniais, a qual veremos mais adiante. 
 
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Atenção!! 
Muitas questões também costumam cobrar a literalidade da definição 
dos elementos patrimoniais listados nos parágrafos deste artigo. 
 Vejamos um resumo esquemático sobre os elementos patrimoniais: 
 
Artigo 106 – Avaliação dos elementos patrimoniais 
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes: 
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando 
em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço; 
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; 
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras. 
§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão 
figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional. 
§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta 
patrimonial. 
§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis. 
 Este artigo trata, ainda que de modo tímido e rápido, dos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais. 
 Sobre o inciso I, o aspecto mais cobrado em prova é o caso de a conversão ser feita usando-se a taxa de 
câmbio vigente na data do balanço, no caso de valor nominal de título ou dos débitos e créditos figurarem em 
moeda estrangeira. 
 Portanto, a Banca vai tentar confundir o candidato, colocando a data da operação, de apuração do resultado, 
etc. O correto é a DATA DO BALANÇO! 
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 Sobre o inciso II, observem apenas que o valor de aquisição é diferente do custo de produção ou de 
construção. No caso da aquisição, a Administração Pública está comprando algo pronto no mercado, como um 
edifício já em uso (despesa com inversão financeira). O poder público paga, assim, um lucro embutido no preço do 
produto. 
 Já no caso em que o poder público produz o bem ou constrói com seus recursos uma nova edificação 
(despesas com investimentos), por exemplo, então teremos os bens registrados de acordo com o custo de 
produção ou construção. No caso de uma obra pública, por exemplo, contratada por meio de licitação, o valor 
registrado no balanço será o mesmo do contrato, no caso, o custo de construção. 
 Portanto, há mais de uma forma de se avaliar os bens móveis e imóveis, segundo a Lei nº 4.320/1964: 
pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção. 
 Lembrando que, atualmente, esse assunto é disciplinado no âmbito do MCASP 8ª ed., bem como pelas NBC 
TSP 04, 07 e 08. 
 
 Acerca do inciso III, cabe mencionar que na Contabilidade Empresarial (geral), existem vários métodos de ser 
avaliar os bens de almoxarifado: PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), UEPS (último que entra, primeiro 
que sai), etc. No setor público, só há um método válido para a avaliação dos bens de almoxarifado: preço médio 
ponderado das compras. E ponto final! 
 Inclusive, esse método é mencionado pelo MCASP e pela NBC TSP 04. 
 
 O preço unitário de cada item do estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. 
Assim, encontra-se o preço médio da seguinte forma. Exemplo: 
Data da 
compra 
Quantidade 
(em unidades) 
Valor 
unitário 
Valor da 
compra 
10/mar 40 R$ 10,00 400,00 
15/abr 25 R$ 15,00 375,00 
20/jun 35 R$ 20,00 700,00 
Total 100 1.475,00 
• Avaliação pelo Valor Nominal
• Conversão pela taxa de câmbio na Data do Balanço
Débitos e créditos 
títulos de renda
• Valor de aquisição ou
• Custo de Produção ou de Construção
Avaliação de bens 
móveis e imóveis
• Preço médio ponderado das compras
Avaliação dos bens de 
almoxarifado
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 Ou seja, o preço ponderado das compras é: [(40 x 10,00) + (25 x 15,00) + (35 x 20,00)]/100 = 1.475,00/100 = 
preço ponderado das compras = 14,75 
 Acerca dos §§1º e 2º não há nada a mais para comentar. Sobre o §3º, notem que a Lei nº 4.230/1964 apenas 
estabelece que poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis. Assim, conforme o texto dessa lei, não 
há obrigatoriedade de se fazer essas reavaliações. Ela também não define como serão feitas as reavaliações. 
 Entretanto, normas técnicas e o próprio MCASP disciplinaram a obrigatoriedade dessas reavaliações, a sua 
periodicidade e os procedimentos necessários para realizá-las. 
Atenção!! 
Mais uma vez, caso a questão exija a literalidade do texto legal, você 
deve se ater a ele! 
Assim, se o comando da questão vier falando algo como “Com base na 
Lei nº 4.320/1964” ou “com suporte na legislação de regência”, vale o 
que está na lei, ou seja, que poderão ser feitas as reavaliações. 
 Vamos ver como esse assunto é exigido em prova. 
Questão para fixar 
(FCC – MPE/RN – 2012) Consoante a Lei Federal n° 4.320/64, a receita e a despesa orçamentárias, bem como os 
recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie 
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte será demonstrada 
 A) no Balanço Financeiro. 
 B) nas Demonstrações das Variações Patrimoniais. 
 C) no Balanço Orçamentário. 
 D) no Relatório de Gestão Fiscal elaborado ao final de cada exercício financeiro pelo controle interno de cada 
Poder. 
 E) no Relatório Resumido da Execução Orçamentária e Financeira elaborado anualmente pelo controle 
interno de cada Poder. 
RESOLUÇÃO: 
 A descrição do comando ad questão alinha-se com o disposto no art. 103 da Lei nº 4,320/1964. Vamos ver: 
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de 
natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para 
o exercício seguinte. 
 Assim, a alternativa certa é a letra A). 
Gabarito: LETRA A 
 
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Questões Comentadas 
1. (Cespe – MPE/CE – 2020) Considerando as transações do setor público e as etapas e os estágios das 
despesas e receitas públicas, julgue o item subsequente. 
A ordem de pagamento deve ser registrada em documentos processados pelos serviços de contabilidade. 
RESOLUÇÃO: 
Exatamenteo que dispõe o art. 64 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a 
despesa seja paga. 
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos 
serviços de contabilidade. 
Gabarito: CERTO 
 
2. (Vunesp – MPE/SP – 2019) São algumas das demonstrações contábeis do setor público, conforme a Lei 
n° 4.320/64: 
A) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado. 
B) Demonstração do Fluxo de Caixa; Balanço Patrimonial; Demonstração das Variações Patrimoniais. 
C) Demonstração das Variações Patrimoniais; Demonstração do Resultado Econômico; Balanço Orçamentário. 
D) Balanço Financeiro; Balanço Orçamentário; Demonstração das Variações Patrimoniais. 
E) Demonstração de Lucros e Perdas do Exercício; Demonstração de Superávit ou Déficit do Exercício; Balanço 
Patrimonial. 
RESOLUÇÃO: 
Essa questão exige conhecimentos literais da Lei nº 4.320/1964. 
Especificamente dos arts. 102 a 105. Da leitura deles, depreende-se que são demonstrações contábeis do 
setor público o Balanço Orçamentário (art. 102), o Balanço Financeiro (art. 103), a Demonstração das Variações 
Patrimoniais (art. 104) e o Balanço Patrimonial (art. 105). Assim, está correta a alternativa D, que apesar de não 
conter o Balanço Patrimonial, contém todas as demonstrações contábeis mencionadas pela Lei nº 4.320/1964. 
Vale dizer que o MCASP adicionou outras duas demonstrações contábeis a esse rol. Trata-se da 
Demonstração dos Fluxos de Caixa e da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Porém, a alternativa 
se referiu expressamente à Lei nº 4.320/1964. 
Gabarito: LETRA D 
 
3. (Vunesp – Câmara de São Miguel Arcanjo – 2019) São demonstrações contábeis aplicadas ao setor 
público conforme a Lei n° 4.320/64: 
A) Balanço Orçamentário e Balanço Financeiro. 
B) Balanço Patrimonial e Demonstração do Valor Adicionado. 
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C) Demonstração da Variações Patrimoniais e Demonstração de Resultado do Exercício. 
D) Demonstração das Metas Fiscais e Demonstração das Variações Patrimoniais. 
E) Demonstração do Orçamento Público e Balanço Financeiro. 
RESOLUÇÃO: 
Essa questão exige conhecimento da Lei nº 4.320/1964 e, mais especificamente, dos arts. 102 a 105. As 
demonstrações contábeis constantes da Lei nº 4.320/1964 são apenas o Balanço Orçamentário, o Balanço 
Financeiro, o Balanço Patrimonial e a Demonstração das Variações Patrimoniais. 
A única alternativa cujas opções se inserem inteiramente no rol descrito acima é a letra A). 
Ressalte-se que o MCASP adicionou duas outras demonstrações ao rol de demonstrações contábeis 
aplicadas ao setor público, quais sejam, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido. 
Gabarito: LETRA A 
 
4. (Cespe – TCE/MG – 2018) À luz da Lei n.º 4.320/1964, assinale a opção correta. 
A) A demonstração das variações patrimoniais evidencia as alterações verificadas no patrimônio, resultantes 
ou independentes da execução orçamentária, e indica o saldo patrimonial do exercício. 
B) No balanço financeiro, os restos a pagar do exercício são computados na receita extraorçamentária, o que 
compensa sua inclusão na despesa orçamentária. 
C) Constituem elementos da conta financeira as alterações da situação líquida patrimonial que abranjam os 
resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as 
superveniências e insubsistências ativas e passivas. 
D) No balanço patrimonial, o ativo permanente compreende os bens, créditos e valores cuja mobilização ou 
alienação independa de autorização legislativa. 
E) O balanço orçamentário demonstra a receita e a despesa orçamentárias, além dos recebimentos e dos 
pagamentos de natureza extraorçamentária do exercício corrente. 
RESOLUÇÃO: 
 Esta questão trata dos arts. 102 a 105 da Lei nº 4.320/1964. Vamos transcrevê-los: 
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as 
realizadas. 
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os 
recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie 
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. 
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para 
compensar sua inclusão na despesa orçamentária. 
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, 
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará: 
I - O Ativo Financeiro; 
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II - O Ativo Permanente; 
III - O Passivo Financeiro; 
IV - O Passivo Permanente; 
V - O Saldo Patrimonial; 
VI - As Contas de Compensação. 
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização 
orçamentária e os valores numerários. 
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa 
de autorização legislativa. 
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras pagamento independa de 
autorização orçamentária. 
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização 
legislativa para amortização ou resgate. 
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações não 
compreendidas nos parágrafos anteriores e que, mediata ou indiretamente, possam vir a afetar o 
patrimônio. 
Agora, vamos analisar os itens: 
A alternativa A) está errada, pois não é verdade que a DVP indica o saldo patrimonial da entidade. Na 
verdade, ela indica o resultado patrimonial. 
A alternativa B) está certa, pois esse é justamente o artifício contábil citado no parágrafo único do art. 103 
da Lei nº 4.320/1964. 
A alternativa C) está errada, pois houve uma total confusão entre as definições de Balanço Financeiro e 
Demonstração das Variações Patrimoniais (arts. 103 e 104 da Lei nº 4.320/1964). 
A alternativa D) está errada, pois o ativo permanente, na verdade, compreenderá os bens, créditos e valores, 
cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa (art. 104, §2º, da Lei nº 4.320/1964). 
A alternativa E) está errada, pois houve uma confusão com as definições de Balanço Orçamentário e Balanço 
Financeiro (arts. 102 e 103 da Lei nº 4.320/1964). 
Portanto, está certa a alternativa B). 
Gabarito: LETRA B 
 
5. (CEPS/UFPA – UFPA – 2018) O contador(a) público(a) precisa conhecer as funções e funcionamento da 
contabilidade aplicada ao setor público. Assim, de acordo com a Lei 4.320/64 (Lei do Orçamento), é incorreto 
afirmar: 
A) A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e 
industrial. 
B) Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a tomada de contas dos agentes 
responsáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos serviços de 
contabilidade. 
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C) Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução 
orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços 
industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e 
financeiros. 
D) A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniaisefetuar-se-á pelo método das partidas 
dobradas e pelo método das partidas simples, sendo permitida a utilização dos regimes de caixa, 
competência e misto. 
E) Os débitos e créditos serão escriturados com individuação do devedor ou do credor e especificação da 
natureza, importância e data do vencimento, quando fixada. 
RESOLUÇÃO: 
Questão interessante e que aborda mais de um dispositivo da Lei nº 4.320/1964. Vamos analisar as 
alternativas: 
A alternativa A) está certa, pois está em consonância com o art. 89 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira patrimonial 
e industrial. 
A alternativa B) está certa, pois está de acordo com o art. 84 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a tomada de contas dos 
agentes responsáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos serviços de 
contabilidade. 
A alternativa C) está certa, conforme dispõe o art. 85 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da 
execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos 
serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados 
econômicos e financeiros. 
A alternativa D) está errada, pois não é aplicável outro método na escrituração sintética além do método das 
partidas dobradas, conforme estabelece o art. 86 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
 
Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das 
partidas dobradas. 
A alternativa E) está certa, pois o item está em consonância com o art. 88 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos; 
Art. 88. Os débitos e créditos serão escriturados com individuação do devedor ou do credor e especificação 
da natureza, importância e data do vencimento, quando fixada. 
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Portanto, a única alternativa errada é a letra D). 
Gabarito: LETRA D 
 
6. (Vunesp – Prefeitura de Porto Ferreira – 2017 - Adaptada) Acerca da contabilidade, de acordo com a 
disciplina da Lei n° 4.320/64, é correto afirmar que a escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais 
será efetuada pelo método. 
A) da análise sintética. 
B) da análise expansiva. 
C) da demonstração sistemática. 
D) das partidas dobradas. 
E) dos segmentos emergentes. 
RESOLUÇÃO: 
Aqui temos a aplicação do art. 86 da Lei nº 4.320/1964. Vamos reproduzi-lo: 
Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das 
partidas dobradas; 
Portanto, está certa a alternativa D). 
Gabarito: LETRA D 
 
7. (ESAF – ANAC – 2016) Contraída pelo Tesouro Nacional por um breve e determinado período de tempo, 
a dívida flutuante compreende os seguintes itens, exceto: 
 A) os Restos a Pagar, excluídos os serviços da dívida. 
 B) os serviços da dívida a pagar. 
 C) os depósitos. 
 D) os débitos de tesouraria. 
 E) os saldos negativos da Conta Única do Tesouro Nacional. 
RESOLUÇÃO: 
Para responder essa questão basta olharmos para o art. 92 da Lei nº 4.320/1964 que define a dívida 
flutuante. Vejamos: 
Art. 92. A dívida flutuante compreende 
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; 
II - os serviços da dívida a pagar; 
III - os depósitos; 
IV - os débitos de tesouraria; 
Assim, fica fácil identificar que apenas a letra E) não está incluída no rol do art. 92, que é a nossa resposta. 
Gabarito: LETRA E 
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8. (FCC – Prefeitura de Teresina – 2016) A Lei no 4.320/1964 estatuiu normas de Direito Financeiro para a 
elaboração e controle dos orçamentos e balanços de entes públicos, o que inclui a Prefeitura de Teresina. No que 
se refere à contabilidade, essa norma dispõe que: 
A) a escrituração deve ser feita de forma analítica, sendo vedada qualquer representação sintética. 
B) débitos de tesouraria e serviços da dívida a pagar integram a dívida fundada. 
C) o registro dos restos a pagar deve ser feito por exercício e por credor, distinguindo-se em despesas 
relevantes e irrelevantes. 
D) todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidos na 
execução do orçamento, também serão objeto de registro, individuação e controle contábil. 
E) a dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a seis meses, contraídos para 
atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. 
RESOLUÇÃO: 
Vamos analisar as alternativas: 
A alternativa A) está errada, pois tanto o art. 86 quanto o art. 95 da Lei nº 4.320/1964 preveem registros 
sintéticos. Vamos ver: 
Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das 
partidas dobradas. 
[...] 
Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis. 
A alternativa B) está errada, pois débitos de tesouraria e serviços da dívida a pagar integram a dívida 
flutuante (conforme o art. 92 da Lei nº 4.320/1964) 
A alternativa C) está errada, conforme dispõe o art. 92, parágrafo único, da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
Art. 92. [...] 
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as 
despesas processadas das não processadas. 
A alternativa D) está certa, pois está em consonância com o art. 93 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
Art. 93. Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas 
na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle contábil. 
A alternativa E) está errada, porque a dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior 
a doze meses, conforme o art. 98 da Lei nº 4.320/1964. 
Gabarito: LETRA D 
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9. (Vunesp – TJ/SP – 2015) Considerando-se a avaliação dos elementos patrimoniais do balanço, segundo a 
disciplina que lhe é conferida pela Lei no 4.320/64, os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, serão 
avaliados pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na 
data. 
A) do balanço. 
B) do pagamento. 
C) de sua contratação. 
D) de sua liquidação. 
E) de sua constituição. 
RESOLUÇÃO: 
Pessoal, a banca vai tentar mil maneiras te confundir nesse tipo de questão, mas o correto é que a taxa de 
conversão na DATA DO BALANÇO, conforme art. 106, da Lei nº 4.320/1964. Vamos reproduzi-lo: 
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes: 
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando 
em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na DATA DO BALANÇO; 
[...] 
Portanto, está certa a alternativa A). 
Gabarito: LETRA A 
 
10. (FCC – TRT 3ª Região (MG) – 2015) Uma das espécies de dívida da Administração pública compreende os 
compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou 
financeiro de obras e serviços públicos. Nos termos da Lei n° 4.320/1964, essa espécie de dívida é denominada 
 A) flutuante. 
 B) fundada. 
 C) débitos de tesouraria. 
 D) serviços da dívida a pagar. 
 E) extraorçamentária. 
RESOLUÇÃO: 
Pessoal, essa é justamente a definição de dívida fundada, de acordo com o art. 98, caput, da Lei nº 
4.320/1964. Vejamos: 
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídospara atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos; 
Portanto, está certa a alternativa B). 
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Gabarito: LETRA B 
 
11. (CAIP/IMES – IPREM – 2015) Com base na Lei Nº 4320.64, analise as afirmativas abaixo marcando (V) para 
verdadeiro ou de (F) para falso e em seguida assinale a alternativa correta. 
( ) A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, 
arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados. 
( ) Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução 
orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o 
levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. 
( ) A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas 
dobradas. 
( ) Haverá controle contábil dos direitos e obrigações oriundos de ajustes ou contratos em que a administração 
pública for parte. 
( ) Os débitos e créditos serão escriturados com individuação do devedor ou do credor e especificação da natureza, 
importância e data do vencimento, quando fixada. 
( ) A contabilidade não evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira patrimonial e 
industrial. 
 A) V - V - V - V - V - V. 
 B) F - F - V - F - F - F 
 C) V - V - V- V - V - F. 
 D) F - F - F - F - F - V. 
RESOLUÇÃO: 
Vamos analisar as afirmativas: 
A afirmativa I é verdadeira, pois reproduz o art. 83 da Lei nº 4.320/1964. 
A afirmativa II está verdadeira, pois reproduz o art. 85 da Lei nº 4.320/1964. 
A afirmativa III está verdadeira, pois reproduz o art. 86 da Lei nº 4.320/1964. 
A afirmativa IV está verdadeira, pois reproduz o art. 87 da Lei nº 4.320/1964. 
A afirmativa V está verdadeira, pois reproduz o art. 88 da Lei nº 4.320/1964. 
A afirmativa VI está falsa, pois contraria o art. 89 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira patrimonial 
e industrial. 
Assim, como são verdadeiras as afirmativas I a V e falsa apenas a afirmativa VI, tem-se que a alternativa certa 
é a alternativa C). 
Gabarito: LETRA C 
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12. (Cespe – TCU – 2015) Julgue o item subsequente, que dizem respeito à estrutura e às características dos 
balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e da demonstração das variações patrimoniais, previstos na Lei 
n.º 4.320/1964. 
 O balanço financeiro demonstra a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e 
pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie do exercício anterior e os que 
se transferem para o exercício seguinte. 
RESOLUÇÃO: 
Exatamente! Isso é o que dispõe o art. 103, caput, da Lei nº 4.320/1964: 
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os 
recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie 
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. 
Portanto, item certo. 
Gabarito: CERTO 
 
13. (FCC – TCE/CE – 2015) As rubricas que compõem a dívida flutuante da União, dos Estados, dos Municípios 
e do Distrito Federal são identificadas no Capítulo II do Título IX da Lei Federal n° 4.320/64. De acordo com a 
disciplina fixada por essa Lei, essa dívida flutuante compreende 
I. os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário 
de serviços públicos. 
II. os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida. 
III. os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio financeiro de 
obras públicas. 
IV. os serviços da dívida a pagar. 
Está correto o que se afirma em 
 A) I e II, apenas. 
 B) I, II, III e IV. 
 C) I e III, apenas. 
 D) III e IV, apenas. 
 E) II e IV, apenas. 
RESOLUÇÃO: 
Vamos analisar as alternativas: 
As afirmativas I e III estão erradas, pois, na verdade, esse tipo de dívida integra a dívida fundada, conforme 
disposto no art. 98 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
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Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos 
para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. 
Por sua vez, as afirmativas II e IV estão corretas, uma vez que estão em consonância com o art. 92 da Lei nº 
4.320/1964. Vejamos: 
Art. 92. A dívida flutuante compreende: 
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; 
II - os serviços da dívida a pagar; 
III - os depósitos; 
IV - os débitos de tesouraria. 
Assim, como estão corretas as afirmativas II e IV, tem-se que a alternativa certa é a alternativa E). 
Notem que como a questão está exigindo conhecimentos literais da Lei nº 4.320/1964, sequer podemos 
considerar outra fonte que não essa lei, ok? 
Gabarito: LETRA E 
 
14. (MS Concursos – CRM/MS – 2014) Os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos 
para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos, correspondem a. 
 A) Dívida Passiva. 
 B) Dívida ativa. 
 C) Dívida flutuante. 
 D) Dívida fundada. 
RESOLUÇÃO: 
Pessoal, essa é justamente a definição de dívida fundada, de acordo com o art. 98, caput, da Lei nº 
4.320/1964. Vejamos: 
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos 
para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos; 
Portanto, está certa a alternativa D). 
Gabarito: LETRA D 
 
15. (Cespe – CADE – 2014) A respeito da contabilidade pública e das demonstrações contábeis aplicadas ao 
setor público, julgue o item que se segue. 
 A contabilidade governamental, conforme prescrições da Lei n.º 4.320/1964, está legalmente organizada 
para permitir a avaliação dos resultados econômicos e financeiros da gestão, incluída a apuração dos custos de 
todos os serviços prestados ao cidadão. 
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RESOLUÇÃO: 
A questão exige conhecimentos literais da Lei n.º 4.320/1964 e, conforme os seus arts. 85 e 99, apenas os 
serviços públicos industriais manterão contabilidade especial para determinação dos custos. Vejamos: 
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da 
execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos 
serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados 
econômicos e financeiros. [...] 
Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, 
manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da 
escrituração patrimonial e financeira comum. 
Portanto, item errado. 
No entanto, cabe lembrar que atualmente, segundo o MCASP, toda a contabilidade pública está sujeita ao 
sistema de custos. Não à toa, o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP possui um subsistema de 
contas voltado a essa seara, o subsistema de custos. Mas como a questão exigiu conhecimentos literais da Lei n.º 
4.320/1964, não devemos considerar esse fato. 
Gabarito: ERRADO 
 
16. (FCC – SEFAZ/PE – 2014) De acordo com a Lei no 4.320/1964,

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