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Restauração de Áreas Degradadas APRESENTAÇÃO A elevada biodiversidade brasileira atraiu a atenção dos europeus desde a época da colonização. O Brasil foi alvo de uma considerável exploração de seus recursos florestais, conforme ocorreu com a Mata Atlântica. A vegetação mais preservada do país é a amazônica, mas esta também sofre, anualmente, elevados índices de desmatamento. Portanto, nesta Unidade de Aprendizagem, estudaremos alguns aspectos relacionados com essa problemática, assim como algumas técnicas que contribuem para restaurar as áreas brasileiras degradadas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir as características fundamentais da vegetação brasileira.• Identificar as principais causas do desmatamento.• Reconhecer alguns procedimentos que contribuem para a restauração ecológica de áreas degradadas. • DESAFIO Vegetação corresponde ao conjunto de plantas que ocorrem em uma determinada região. Pode ser caracterizada pela sua composição florística ou pela combinação de suas características estruturais e funcionais referentes à aparência ou fisionomia (Moore e Chapman, 1986, apud Rosa et al., 2012, p. 284). As características dominantes da vegetação, associadas às relações que possui com os fatores abióticos do meio onde ocorrem, são utilizadas na definição dos conceitos de ecossistema, bioma e áreas de domínio. Tendo em vista este conceito, identifique o bioma original da região onde você mora, observe a situação atual da vegetação e responda às seguintes questões: 1- Determine quais as possíveis causas do desmatamento da área (se existir) ou as causas de sua conservação. 2- Se a área estiver desmatada, como você agiria para tentar restaurar a vegetação original nas áreas onde isso é possível? INFOGRÁFICO Observe o infográfico a seguir e conheça os procedimentos necessários para a restauração ecológica de áreas degradadas. O cumprimento destes passos é fundamental para recuperá-las. CONTEÚDO DO LIVRO A restauração de áreas degradadas é um processo em evolução, que deverá agregar procedimentos técnicos, legislação ambiental e políticas públicas que associem a capacidade de desenvolvimento com o mínimo de impacto ambiental. Para saber mais sobre as questões a serem consideradas na tomada de decisões para a recuperação de áreas degradadas, leia o capítulo Restauração de Áreas Degradadas, do livro Recuperação de Áreas Degradadas. Boa leitura! Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 Revisão técnica: Vanessa de Souza Machado Bióloga Mestre e Doutora em Ciências Professora do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental R294 Recuperação de áreas degradadas / Ronei Tiago Stein ... [et al.] ; [revisão técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 338 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-136-5 1. Gestão ambiental. I. Stein, Ronei Tiago. CDU 504 Iniciais_Recuperação de áreas degradadas.indd 2 15/09/2017 11:25:11 Restauração de áreas degradadas Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: De� nir as características fundamentais da vegetação brasileira. Identi� car as principais causas do desmatamento. Reconhecer alguns procedimentos que contribuem para a restauração ecológica de áreas degradadas. Introdução A elevada biodiversidade brasileira atraiu a atenção dos europeus desde a época da colonização. Como você sabe, o Brasil foi alvo de uma consi- derável exploração de seus recursos florestais, conforme ocorreu com a Mata Atlântica. A vegetação mais preservada do País é a amazônica, mas esta também sofre pelos elevados índices de desmatamento. Recuperar 15 milhões de hectares de áreas de pastagens degrada- das até o ano de 2020 (ação que iniciou em 2010) é uma das metas do Ministério da Agricultura. Neste texto, você estudará alguns aspectos relacionados com essa problemática, assim como técnicas que contribuem para restaurar áreas degradadas. A degradação ambiental no Brasil Existem diversos tipos de degradação ambiental. A degradação do solo (e, por consequência, vegetativa), por exemplo, impõe elevados custos à sociedade, além do empobrecimento do produtor rural. O solo degradado é resultado da perda de sua capacidade física e química (fertilizantes) de continuar produtivo, o que o impossibilita de reter gás carbônico (CO2). U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 37 15/09/2017 16:36:17 Recuperar áreas de pastagens degradadas é uma das metas do Ministério da Agricultura para o programa do Governo Federal de redução da emissão de gases de efeito estufa. O Brasil tem cerca de 30 milhões de hectares de áreas de pastagens em algum estágio de degradação, com baixíssima produtividade para o alimento animal. O uso correto de tecnologias e de boas práticas agropecuárias torna possível reinserir esse espaço no processo produtivo. Para cumprir com essa meta, o programa do governo faz o mapeamento das áreas degradadas, define as estratégias de intervenção com tecnologias sustentáveis, assistência técnica e crédito rural facilitado e implanta projetos demonstrativos em parceria com órgãos públicos e privados. Entre as tecnologias aplicáveis, destacam-se a agricultura orgânica, os sistemas de produção integrada, a integração lavoura-pecuária-floresta plan- tada (ILPF), o plantio direto e os sistemas agroflorestais e capacitação de produtores e assistentes técnicos, além do uso de estratégias específicas para o barateamento dos custos de transporte dos insumos e de escoamento. Características fundamentais da vegetação brasileira Para começar a pensar e estruturar uma “restauração de área degradada”, é preciso conhecer as características da região onde você fará a intervenção. As características da vegetação de cada lugar dependem de clima, altitude, pressão atmosférica, volume pluviométrico (chuva), luminosidade e fatores como a atuação de massas de ar da região em questão. Contudo, devido à ação do homem, a vegetação terrestre está em constante mudança. Tais caracterís- ticas, portanto, servem apenas para identifi car os tipos de vegetação natural. Por conta dos diferentes climas em cada região e de suas dimensões con- tinentais, o Brasil abriga oito tipos diferentes de vegetação. São eles: Floresta Amazônica. Mata Atlântica. Caatinga. Cerrado. Pantanal. Pampas. Mata de Araucária. Manguezais. Restauração de áreas degradadas38 U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 38 15/09/2017 16:36:17 Floresta Amazônica A Floresta Amazônica (Figura 1) é de clima equatorial. É conhecida também por Amazônia Legal e Floresta Latifoliada, devido ao tipo de folhagem que apresenta, com folhas largas e em grande número, que tornam as árvores densas. Estas podem atingir grandes alturas. Esse tipo de fl oresta ocupa cerca de 49% do território nacional, indo da Amazônia ao Centro-Oeste e Nordeste do País, constituindo uma das fl orestas mais extensas do planeta. O clima da Floresta Amazônica é quente e úmido, e suas folhas são de um verde bastante defi nido. Ela abriga inúmeras espécies que se alimentam de si mesmas, sendo denominadas autofágicas. Figura 1. Mata Atlântica A Mata Atlântica (Figura 2) corresponde à vegetação mais afetada pelas ações do homem durante o passar dos anos. Sua cobertura estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul quase sem interrupções, mas, devido à ação dos portugueses com a retirada de mata nativa para o plantio de cana-de-açúcar e em função das queimadas e da extração ilegal de madeira vistas atualmente, restam apenas 7% do seu total em todo o Brasil. Tem vegetação latifoliada, é de clima tropical úmido e encontra-se predominantemente no litoral brasileiro. 39Restauração de áreas degradadas U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 39 15/09/2017 16:36:18 Figura 2. Caatinga A Caatinga é a vegetação típicado Nordeste brasileiro (Figura 3). Seu clima é semiárido e tem como característica ser xerófi ta (classifi cação de vegetações adaptadas à escassez de água). Devido à constante falta de água, as plantas adquirem formato espinhoso para manter a pouca água que conseguem re- ter e são muito pobres em nutrientes. Esse tipo de vegetação vem sofrendo agressões ambientais – como queimadas –, o que empobrece o solo e difi culta o crescimento das plantas. Figura 3. Cerrado Segunda maior vegetação brasileira, cobrindo 20% do território nacional, o Cerrado fi ca atrás apenas da Floresta Amazônica e é típico das regiões do Planalto Central, as quais apresentam clima tropical semiúmido (Figura 4). Sua paisagem é composta por árvores baixas e retorcidas. O Cerrado apresenta a maior biodiversidade do planeta, mas sua vegetação vem sofrendo danos Restauração de áreas degradadas40 U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 40 15/09/2017 16:36:18 ambientais causados pelo plantio de soja e cana-de-açúcar e pela pecuária, situação que tem chamado a atenção de ambientalistas nos últimos anos. Figura 4. Pantanal Localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Pantanal (Figura 5) é considerado uma vegetação de transição por ser composto de forma heterogênea por diferentes ecossistemas. Sua vegetação se desenvolve apenas em certas épocas do ano, em que as áreas alagadas fi cam emersas. Figura 5. Pampas Também conhecidos como Campos do Sul ou Campos Sulinos, os Pampas (Figura 6) são de clima subtropical e predominantes na região Sul do Brasil. 41Restauração de áreas degradadas U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 41 15/09/2017 16:36:18 A vegetação é composta basicamente por gramíneas e capins. No Rio Grande do Sul, os Pampas surgem em colinas suaves, conhecidas como coxilhas. Figura 6. Mata de Araucária A vegetação da Mata de Araucária é predominante em pinheiros, típica de clima subtropical e está presente no estado do Paraná (Figura 7). Sua madeira é muito requisitada no ramo de produção de móveis, motivo pelo qual sua cobertura original é quase inexistente. Figura 7. Manguezais Os Manguezais (Figura 8) são áreas restritas do litoral, como pântanos lito- râneos e regiões inundadas e preferencialmente baixas, sujeitas às ações das Restauração de áreas degradadas42 U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 42 15/09/2017 16:36:19 marés. São caracterizados por abrigar uma vegetação diversa e pelas grandes raízes respiratórias, dotadas de pneumatóforos, o que lhes permite obter oxigênio mesmo em áreas alagadas. Figura 8. Procedimentos que contribuem para a restauração ecológica de áreas degradadas Defi ne-se área degradada como a região que sofreu, em algum grau, altera- ções em sua integridade, sejam elas de natureza física, química ou biológica. A recuperação, por sua vez, é a reversão da condição degradada para a não degradada, independentemente de seu estado original e de sua destinação futura. A recuperação de determinada área degradada deve ter como objetivos recuperar sua integridade física, química e biológica (estrutura) e, ao mesmo tempo, recuperar sua capacidade produtiva (função), seja na produção de ali- mentos e matérias-primas ou na prestação de serviços ambientais. De acordo com a natureza e a gravidade da degradação, além do esforço necessário para a reversão do estado em que a região se encontra, podem ser considerados os seguintes casos: Restauração: retorno completo da área degradada às condições existentes antes da alteração, ou a um estado intermediário estável. Neste caso, a recu- peração se opera de forma natural (resiliência ou autodepuração), uma vez eliminados os fatores de degradação. Reabilitação: retorno da área degradada a um estado intermediário da condição original, havendo necessidade de intervenção antrópica. Redefinição ou redestinação: recuperação da área com vistas ao uso/ destinação diferente da situação pré-existente, havendo a necessidade de 43Restauração de áreas degradadas U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 43 15/09/2017 16:36:19 uma forte intervenção antrópica. Na Embrapa Meio Ambiente, as pesquisas nesta linha temática estão voltadas para o emprego de técnicas convencionais e alternativas na recuperação de áreas degradadas, como no uso de lodo de esgoto ou na avaliação e estabilização de processos erosivos. A restauração de áreas degradadas é um processo em evolução, que deverá agregar procedimentos técnicos, legislação ambiental e políticas públicas que associem a capacidade de desenvolvimento com o mínimo de impacto ambiental. Principais causas do desmatamento Estudos indicam que o desmatamento tem sua origem bem marcada pelas seguintes razões: Pecuária: o gado criado para a produção de carne em larga escala é um enorme agravante para o desmatamento. De acordo com um estudo divul- gado em 2011, 62,2% dos 720 quilômetros de áreas desmatadas na floresta amazônica foram ocupados por pastagens. O mesmo cenário se repete em áreas da Mata Atlântica e de outros biomas essenciais para a biodiversidade brasileira e mundial. Agricultura: os impactos agrícolas são bem semelhantes aos da pecuária. Para que uma área se torne própria ao plantio em escala comercial, os agricul- tores precisam primeiro “limpá-la”. Isso significa destruir e derrubar muitas árvores, prejudicando diretamente o ecossistema local. Outro problema é a monocultura, que acaba por tornar o solo improdutivo com o passar dos anos. Para que você consiga mensurar isso, é importante que saiba que o Brasil é responsável pela produção de 34% de toda a soja consumida no mundo. Queimadas: as queimadas são ocasionadas por consequência natural ou por ação humana. Em ambos os casos, o impacto costuma ser grande. Dependendo do clima, focos de incêndio podem se alastrar por grandes áreas em poucos segundos. O controle das queimadas também é muito difícil, principalmente porque, na maioria dos casos, elas ocorrem em área de floresta, cujo acesso é Restauração de áreas degradadas44 U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 44 15/09/2017 16:36:20 difícil. Além disso, as dimensões são enormes, o que facilita o alastramento do fogo. Mineração: a busca por minérios tem gerado impactos ambientais e des- matamentos há centenas de anos. Essa atividade requer a remoção de grandes áreas florestadas no seu entorno para a própria mineração e também para a construção de estradas e vias de acesso para o transporte das mercadorias. Urbanização: nas ultimas décadas, a quantidade de pessoas que migraram do campo para as grandes cidades cresceu muito, e, para abrigar todo esse contingente, foram necessárias muitas mudanças e construções, causando graves alterações nas florestas. Cerca de 50% da população mundial mora em regiões urbanizadas. Extração madeireira: redução da área florestada. Cada árvore derrubada para que sua madeira seja utilizada significa mais gás carbônico lançado na atmosfera. Você sabia que durante toda a vida da árvore, sobretudo durante os primeiros estágios de seu desenvolvimento, ela capta muito CO2 da atmosfera? No entanto, quando é destruída e não utilizada, o que acontece muito, ela se decompõe e volta a liberar gases prejudiciais na atmosfera. Hidrelétricas: apesar de ser fonte de energia limpa, hidrelétricas geram enormes impactos socioambientais nas regiões em que são instaladas. O desmatamento necessário para uma obra deste porte é imenso. Além disso, muita área florestada no entorno é represada, ficando inundada. Atualmente, esta é a principal fonte de energia elétrica no Brasil. Outros impactos que demandam restauração: Erosão agropecuária. Poluição e lixo nos solos. Percolação do chorume da decomposição de resíduos. Contaminações por agrotóxicos. Assoreamento de rios e lagos. Extinção de nascentes e outros. Veja a seguir e na Figura 9 algumas práticas de restauração ambiental: Plantio de mudas nativas; Reconstituiçãode mata ciliar do leito hídrico; 45Restauração de áreas degradadas U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 45 15/09/2017 16:36:20 Reconstituição do equilíbrio hídrico, como ajustes de oxigênio, DBO e reduções de efluentes químicos e biológicos; Reconstituição vegetal em encostas; Ajustes da qualidade do ar com aspectos naturais e orgânicos, além de ajustes e mitigação de emissões. Figura 9. Procedimentos para a restauração ecológica de áreas degradadas Identi�cação dos agentes de degradação ou perturbação Conhecimento da vegetação degradada Seleção da intervenção Eliminação desses agentes Diagnóstico da potencialidade de regeneração Isolamento da área Restauração de áreas degradadas46 U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 46 15/09/2017 16:36:21 1. Indique aspectos que colaboram para o desmatamento: a) Extração de minérios, hidrelétricas e geração de energia eólica. b) Urbanização, queimadas e pecuária. c) Mineração e extração madeireira. d) As alternativas B e C estão corretas. e) Utilização de biodiesel. 2. Qual vegetação tem a característica de ser a segunda maior vegetação brasileira, apresentando a maior biodiversidade do planeta? a) Caatinga. b) Cerrado. c) Montes. d) Pantanal. e) Pampa. 3. Indique algumas tecnologias aplicáveis para reduzir áreas degradadas. a) Sistemas de produção integrada, plantio direto, sistemas agroflorestais e plantio de mudas nativas. b) Utilização de placas solares. c) Plantio direto e sistemas agroflorestais, reconstituição de mata ciliar do leito hídrico e reconstituição de equilíbrio hídrico. d) As alternativas A e C estão corretas. e) Estação de tratamento e utilização de mais insumos. 4. (ENEM 2008) Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela pecuária – cerca de 35% do rebanho nacional está na região – e que pelo menos 50 milhões de hectares de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a produtividade de 1 hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para derrubar igual área de floresta é estimado em 800 reais, o que estimula novos desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as árvores de valor comercial que foram abatidas para a criação de pastagens. Os pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restrições à pecuária nessas áreas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi proibido em áreas de floresta. (Época, 3/3/2008 e 9/6/2008 [com adaptações]). A partir da situação-problema descrita, conclui-se que: a) O desmatamento na Amazônia decorre, principalmente, da exploração ilegal de árvores de valor comercial. b) Um dos problemas que os pecuaristas vêm enfrentando na Amazônia é a proibição do plantio de soja. c) A mobilização de máquinas e de força humana torna o desmatamento mais caro que o aumento da produtividade de pastagens. d) O superavit comercial decorrente da exportação de carne produzida na 47Restauração de áreas degradadas U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 47 15/09/2017 16:36:22 ROSA, A.H.; FRACETO, L.F.; MOSCHINI-CARLOS, V. Meio ambiente e sustentabilidade. Porto Alegre: Bookman, 2012. Cap. 12. MUNDO Educação. Impactos ambientais. Goiânia. Recuperado de: <http://mundoedu- cacao.bol.uol.com.br/biologia/impactos-ambientais.htm>. Acesso em: 13 de Jan. 2017. AGEITEC. Árvore do conhecimento: arroz. Brasília. Recuperado em: <http://www. agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/Abertura.html>. Acesso em: 13 de Jan. 2017. BOSSLE. M. B. Responsabilidade Sócio-ambiental em pequenas empresas de serviço. Porto Alegre, UFRGS, 2008. Recuperado de: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/ handle/10183/18115/000686684.pdf?...1>. Acesso em: 13 de Jan. 2017. BRASIL. Recuperação de Áreas Degradadas. Brasília. Recuperado em: <http://www. agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/recuperacao-areas-degradadas>. Acesso em: 13 de Jan. 2017. EMBRAPA. Recuperação de Áreas Degradadas. São Paulo. Recuperado em: <http:// www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=229&func=unid>. Acesso em: 13 de Jan. 2017. ARAUJO G. Tipos de vegetação do Brasil. [S. l.: s. n] , 2013. Recuperado em: <http://www. estudopratico.com.br/tipos-de-vegetacao-do-brasil/>. Acesso em: 13 de Jan. 2017. Leituras recomendadas Amazônia compensa a possível degradação ambiental. e) A recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem contribuir para a redução do desmatamento na Amazônia. 5. Defina restauração de área degradada. a) Contaminação por agrotóxico e plantio de mudas nativas. b) Gás carbônico lançado na atmosfera durante toda a vida da árvore, principalmente durante os primeiros estágios de desenvolvimento. c) Migração da população da cidade para o campo. Para abrigar todo esse contingente, são necessárias muitas mudanças e construções. d) Isolamento da área e utilização de mudas diversas. e) Melhorias das condições existentes antes da degradação, ou a evolução para um estado intermediário estável. Neste caso, a recuperação se opera de forma natural (autodepuração), após serem eliminados os fatores de degradação de acordo com a natureza da área em questão. Restauração de áreas degradadas48 U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 48 15/09/2017 16:36:22 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. DICA DO PROFESSOR Neste vídeo, apresentam-se os principais biomas brasileiros, as causas de sua destruição e como agir para restaurá-los. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) A vegetação nativa constitui o hábitat e a base da cadeia alimentar de todos os demais organismos de um ecossistema. Marque a alternativa que apresenta uma característica fundamental da Caatinga e do Cerrado: A) Elevada umidade do solo. B) Floresta seca, adaptadas à pouca umidade. C) Presença de árvores perenifólias. D) Presença de semidecíduos. E) Vegetação ribeirinha. 2) Historicamente, o homem sempre buscou na natureza recursos para sua subsistência: alimentos, construção de abrigos, enfeites, remédios etc. Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma causa do desmatamento: A) Expansão urbana. B) Caça furtiva. C) Aumento da necessidade de alimentos. D) Agricultura. E) Exploração de lenha. 3) A restauração dos ecossistemas brasileiros, afetados historicamente pelo interesse na nossa biodiversidade, exige que se considere alguns aspectos. Nesse sentido, analise os itens a seguir: I. Distribuição geográfica. II. Conhecimento estrutural e dinâmico em condições de não perturbação. III. Capacidade de restauração natural. IV. Seleção de técnicas mais adequadas. V. Condições de umidade da área. Dos aspectos listados acima, quais interferem na recuperação de ecossistemas? A) Apenas I, II e III. B) Apenas I, II e IV. C) Apenas II, III e IV. D) Apenas I, II e V. E) Apenas III, I.V e V. (ENEM 2008) 4) Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela pecuária — cerca de 35% do rebanho nacional está na região — e que pelo menos 50 milhões de hectares de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a produtividade de 1 hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para derrubar igual área de floresta é estimado em 800 reais, o que estimula novos desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as árvores de valor comercial que foram abatidas para a criação de pastagens. Os pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restrições à pecuária nessas áreas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi proibido em áreas de floresta. Época, 3/3/2008 e 9/6/2008 (com adaptações). A partir da situação-problema descrita, conclui-se que A) o desmatamento na Amazôniadecorre principalmente da exploração ilegal de árvores de valor comercial. B) um dos problemas que os pecuaristas vêm enfrentando na Amazônia é a proibição do plantio de soja. C) a mobilização de máquinas e de força humana torna o desmatamento mais caro que o aumento da produtividade de pastagens. D) o superavit comercial decorrente da exportação de carne produzida na Amazônia compensa a possível degradação ambiental. E) a recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem contribuir para a redução do desmatamento na Amazônia. O processo de restauração ecológica segue uma ordem determinada, começando com a identificação dos agentes de degradação ou perturbação do ecossistema. Posteriormente, é necessário desenvolver algumas ações. Observe a seguir algumas delas: 5) ( Isolamento da área. ( Eliminação dos agentes de degradação. ( Conhecimento da vegetação degradada. ( Seleção da intervenção mais adequada. (5) Diagnóstico da potencialidade de regeneração. Assinale a alternativa que apresenta a ordem CORRETA das ações numeradas acima: A) 1, 2, 3, 4 e 5. B) 1, 2, 4, 3 e 5. C) 2, 1, 5, 3 e 4. D) 2, 1, 5, 4, e 3. E) 5, 4, 3, 2 e 1. NA PRÁTICA Veja a seguir o exemplo de um casal cuja iniciativa possibilitou a recuperação de uma área degradada. Veja a fazenda antes e depois da recuperação ambiental e conheça mais sobre o Instituto Terra acessando o link a seguir: Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Recuperação de áreas degradadas Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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