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Restauração de Áreas Degradadas

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Restauração de Áreas Degradadas
APRESENTAÇÃO
A elevada biodiversidade brasileira atraiu a atenção dos europeus desde a época da colonização. 
O Brasil foi alvo de uma considerável exploração de seus recursos florestais, conforme ocorreu 
com a Mata Atlântica. A vegetação mais preservada do país é a amazônica, mas esta também 
sofre, anualmente, elevados índices de desmatamento. 
Portanto, nesta Unidade de Aprendizagem, estudaremos alguns aspectos relacionados com essa 
problemática, assim como algumas técnicas que contribuem para restaurar as áreas brasileiras 
degradadas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir as características fundamentais da vegetação brasileira.•
Identificar as principais causas do desmatamento.•
Reconhecer alguns procedimentos que contribuem para a restauração ecológica de áreas 
degradadas.
•
DESAFIO
Vegetação corresponde ao conjunto de plantas que ocorrem em uma determinada região. Pode 
ser caracterizada pela sua composição florística ou pela combinação de suas características 
estruturais e funcionais referentes à aparência ou fisionomia (Moore e Chapman, 1986, apud 
Rosa et al., 2012, p. 284). As características dominantes da vegetação, associadas às relações 
que possui com os fatores abióticos do meio onde ocorrem, são utilizadas na definição dos 
conceitos de ecossistema, bioma e áreas de domínio.
Tendo em vista este conceito, identifique o bioma original da região onde você mora, 
observe a situação atual da vegetação e responda às seguintes questões: 
1- Determine quais as possíveis causas do desmatamento da área (se existir) ou as causas 
de sua conservação. 
2- Se a área estiver desmatada, como você agiria para tentar restaurar a vegetação 
original nas áreas onde isso é possível?
INFOGRÁFICO
Observe o infográfico a seguir e conheça os procedimentos necessários para a restauração 
ecológica de áreas degradadas. O cumprimento destes passos é fundamental para recuperá-las.
CONTEÚDO DO LIVRO
A restauração de áreas degradadas é um processo em evolução, que deverá agregar 
procedimentos técnicos, legislação ambiental e políticas públicas que associem a capacidade de 
desenvolvimento com o mínimo de impacto ambiental. Para saber mais sobre as questões a 
serem consideradas na tomada de decisões para a recuperação de áreas degradadas, leia o 
capítulo Restauração de Áreas Degradadas, do livro Recuperação de Áreas Degradadas.
Boa leitura!
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado
Bióloga 
Mestre e Doutora em Ciências 
Professora do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental
R294 Recuperação de áreas degradadas / Ronei Tiago Stein ... [et al.] 
 ; [revisão técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto 
 Alegre : SAGAH, 2017.
 338 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-136-5
 1. Gestão ambiental. I. Stein, Ronei Tiago. 
CDU 504
Iniciais_Recuperação de áreas degradadas.indd 2 15/09/2017 11:25:11
Restauração de áreas 
degradadas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  De� nir as características fundamentais da vegetação brasileira.
  Identi� car as principais causas do desmatamento.
  Reconhecer alguns procedimentos que contribuem para a restauração 
ecológica de áreas degradadas. 
Introdução
A elevada biodiversidade brasileira atraiu a atenção dos europeus desde 
a época da colonização. Como você sabe, o Brasil foi alvo de uma consi-
derável exploração de seus recursos florestais, conforme ocorreu com a 
Mata Atlântica. A vegetação mais preservada do País é a amazônica, mas 
esta também sofre pelos elevados índices de desmatamento.
Recuperar 15 milhões de hectares de áreas de pastagens degrada-
das até o ano de 2020 (ação que iniciou em 2010) é uma das metas do 
Ministério da Agricultura. 
Neste texto, você estudará alguns aspectos relacionados com essa 
problemática, assim como técnicas que contribuem para restaurar áreas 
degradadas.
A degradação ambiental no Brasil
Existem diversos tipos de degradação ambiental. A degradação do solo (e, por 
consequência, vegetativa), por exemplo, impõe elevados custos à sociedade, 
além do empobrecimento do produtor rural. O solo degradado é resultado da 
perda de sua capacidade física e química (fertilizantes) de continuar produtivo, 
o que o impossibilita de reter gás carbônico (CO2).
U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 37 15/09/2017 16:36:17
Recuperar áreas de pastagens degradadas é uma das metas do Ministério 
da Agricultura para o programa do Governo Federal de redução da emissão 
de gases de efeito estufa.
O Brasil tem cerca de 30 milhões de hectares de áreas de pastagens em 
algum estágio de degradação, com baixíssima produtividade para o alimento 
animal. O uso correto de tecnologias e de boas práticas agropecuárias torna 
possível reinserir esse espaço no processo produtivo.
Para cumprir com essa meta, o programa do governo faz o mapeamento 
das áreas degradadas, define as estratégias de intervenção com tecnologias 
sustentáveis, assistência técnica e crédito rural facilitado e implanta projetos 
demonstrativos em parceria com órgãos públicos e privados.
Entre as tecnologias aplicáveis, destacam-se a agricultura orgânica, os 
sistemas de produção integrada, a integração lavoura-pecuária-floresta plan-
tada (ILPF), o plantio direto e os sistemas agroflorestais e capacitação de 
produtores e assistentes técnicos, além do uso de estratégias específicas para 
o barateamento dos custos de transporte dos insumos e de escoamento.
Características fundamentais da vegetação 
brasileira
Para começar a pensar e estruturar uma “restauração de área degradada”, é 
preciso conhecer as características da região onde você fará a intervenção. 
As características da vegetação de cada lugar dependem de clima, altitude, 
pressão atmosférica, volume pluviométrico (chuva), luminosidade e fatores 
como a atuação de massas de ar da região em questão. Contudo, devido à ação 
do homem, a vegetação terrestre está em constante mudança. Tais caracterís-
ticas, portanto, servem apenas para identifi car os tipos de vegetação natural.
Por conta dos diferentes climas em cada região e de suas dimensões con-
tinentais, o Brasil abriga oito tipos diferentes de vegetação. São eles:
  Floresta Amazônica.
  Mata Atlântica.
  Caatinga.
  Cerrado.
  Pantanal.
  Pampas.
  Mata de Araucária.
  Manguezais.
Restauração de áreas degradadas38
U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 38 15/09/2017 16:36:17
Floresta Amazônica
A Floresta Amazônica (Figura 1) é de clima equatorial. É conhecida também 
por Amazônia Legal e Floresta Latifoliada, devido ao tipo de folhagem que 
apresenta, com folhas largas e em grande número, que tornam as árvores 
densas. Estas podem atingir grandes alturas. Esse tipo de fl oresta ocupa cerca 
de 49% do território nacional, indo da Amazônia ao Centro-Oeste e Nordeste 
do País, constituindo uma das fl orestas mais extensas do planeta. O clima da 
Floresta Amazônica é quente e úmido, e suas folhas são de um verde bastante 
defi nido. Ela abriga inúmeras espécies que se alimentam de si mesmas, sendo 
denominadas autofágicas.
Figura 1.
Mata Atlântica
A Mata Atlântica (Figura 2) corresponde à vegetação mais afetada pelas ações 
do homem durante o passar dos anos. Sua cobertura estendia-se do Rio Grande 
do Norte ao Rio Grande do Sul quase sem interrupções, mas, devido à ação dos 
portugueses com a retirada de mata nativa para o plantio de cana-de-açúcar e 
em função das queimadas e da extração ilegal de madeira vistas atualmente, 
restam apenas 7% do seu total em todo o Brasil. Tem vegetação latifoliada, é 
de clima tropical úmido e encontra-se predominantemente no litoral brasileiro.
39Restauração de áreas degradadas
U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 39 15/09/2017 16:36:18
Figura 2.
Caatinga
A Caatinga é a vegetação típicado Nordeste brasileiro (Figura 3). Seu clima é 
semiárido e tem como característica ser xerófi ta (classifi cação de vegetações 
adaptadas à escassez de água). Devido à constante falta de água, as plantas 
adquirem formato espinhoso para manter a pouca água que conseguem re-
ter e são muito pobres em nutrientes. Esse tipo de vegetação vem sofrendo 
agressões ambientais – como queimadas –, o que empobrece o solo e difi culta 
o crescimento das plantas.
Figura 3.
Cerrado
Segunda maior vegetação brasileira, cobrindo 20% do território nacional, o 
Cerrado fi ca atrás apenas da Floresta Amazônica e é típico das regiões do 
Planalto Central, as quais apresentam clima tropical semiúmido (Figura 4). 
Sua paisagem é composta por árvores baixas e retorcidas. O Cerrado apresenta 
a maior biodiversidade do planeta, mas sua vegetação vem sofrendo danos 
Restauração de áreas degradadas40
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ambientais causados pelo plantio de soja e cana-de-açúcar e pela pecuária, 
situação que tem chamado a atenção de ambientalistas nos últimos anos.
Figura 4.
Pantanal
Localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Pantanal 
(Figura 5) é considerado uma vegetação de transição por ser composto de 
forma heterogênea por diferentes ecossistemas. Sua vegetação se desenvolve 
apenas em certas épocas do ano, em que as áreas alagadas fi cam emersas.
Figura 5.
Pampas
Também conhecidos como Campos do Sul ou Campos Sulinos, os Pampas 
(Figura 6) são de clima subtropical e predominantes na região Sul do Brasil. 
41Restauração de áreas degradadas
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A vegetação é composta basicamente por gramíneas e capins. No Rio Grande 
do Sul, os Pampas surgem em colinas suaves, conhecidas como coxilhas.
Figura 6.
Mata de Araucária
A vegetação da Mata de Araucária é predominante em pinheiros, típica de 
clima subtropical e está presente no estado do Paraná (Figura 7). Sua madeira 
é muito requisitada no ramo de produção de móveis, motivo pelo qual sua 
cobertura original é quase inexistente.
Figura 7.
Manguezais
Os Manguezais (Figura 8) são áreas restritas do litoral, como pântanos lito-
râneos e regiões inundadas e preferencialmente baixas, sujeitas às ações das 
Restauração de áreas degradadas42
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marés. São caracterizados por abrigar uma vegetação diversa e pelas grandes 
raízes respiratórias, dotadas de pneumatóforos, o que lhes permite obter 
oxigênio mesmo em áreas alagadas.
Figura 8.
Procedimentos que contribuem para a 
restauração ecológica de áreas degradadas
Defi ne-se área degradada como a região que sofreu, em algum grau, altera-
ções em sua integridade, sejam elas de natureza física, química ou biológica. 
A recuperação, por sua vez, é a reversão da condição degradada para a não 
degradada, independentemente de seu estado original e de sua destinação 
futura. A recuperação de determinada área degradada deve ter como objetivos 
recuperar sua integridade física, química e biológica (estrutura) e, ao mesmo 
tempo, recuperar sua capacidade produtiva (função), seja na produção de ali-
mentos e matérias-primas ou na prestação de serviços ambientais. De acordo 
com a natureza e a gravidade da degradação, além do esforço necessário para 
a reversão do estado em que a região se encontra, podem ser considerados 
os seguintes casos:
Restauração: retorno completo da área degradada às condições existentes 
antes da alteração, ou a um estado intermediário estável. Neste caso, a recu-
peração se opera de forma natural (resiliência ou autodepuração), uma vez 
eliminados os fatores de degradação.
Reabilitação: retorno da área degradada a um estado intermediário da 
condição original, havendo necessidade de intervenção antrópica.
Redefinição ou redestinação: recuperação da área com vistas ao uso/
destinação diferente da situação pré-existente, havendo a necessidade de 
43Restauração de áreas degradadas
U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 43 15/09/2017 16:36:19
uma forte intervenção antrópica. Na Embrapa Meio Ambiente, as pesquisas 
nesta linha temática estão voltadas para o emprego de técnicas convencionais 
e alternativas na recuperação de áreas degradadas, como no uso de lodo de 
esgoto ou na avaliação e estabilização de processos erosivos.
A restauração de áreas degradadas é um processo em evolução, que deverá agregar 
procedimentos técnicos, legislação ambiental e políticas públicas que associem a 
capacidade de desenvolvimento com o mínimo de impacto ambiental.
Principais causas do desmatamento
Estudos indicam que o desmatamento tem sua origem bem marcada pelas 
seguintes razões:
Pecuária: o gado criado para a produção de carne em larga escala é um 
enorme agravante para o desmatamento. De acordo com um estudo divul-
gado em 2011, 62,2% dos 720 quilômetros de áreas desmatadas na floresta 
amazônica foram ocupados por pastagens. O mesmo cenário se repete em 
áreas da Mata Atlântica e de outros biomas essenciais para a biodiversidade 
brasileira e mundial.
Agricultura: os impactos agrícolas são bem semelhantes aos da pecuária. 
Para que uma área se torne própria ao plantio em escala comercial, os agricul-
tores precisam primeiro “limpá-la”. Isso significa destruir e derrubar muitas 
árvores, prejudicando diretamente o ecossistema local. Outro problema é a 
monocultura, que acaba por tornar o solo improdutivo com o passar dos anos. 
Para que você consiga mensurar isso, é importante que saiba que o Brasil é 
responsável pela produção de 34% de toda a soja consumida no mundo.
Queimadas: as queimadas são ocasionadas por consequência natural ou por 
ação humana. Em ambos os casos, o impacto costuma ser grande. Dependendo 
do clima, focos de incêndio podem se alastrar por grandes áreas em poucos 
segundos. O controle das queimadas também é muito difícil, principalmente 
porque, na maioria dos casos, elas ocorrem em área de floresta, cujo acesso é 
Restauração de áreas degradadas44
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difícil. Além disso, as dimensões são enormes, o que facilita o alastramento 
do fogo.
Mineração: a busca por minérios tem gerado impactos ambientais e des-
matamentos há centenas de anos. Essa atividade requer a remoção de grandes 
áreas florestadas no seu entorno para a própria mineração e também para a 
construção de estradas e vias de acesso para o transporte das mercadorias.
Urbanização: nas ultimas décadas, a quantidade de pessoas que migraram 
do campo para as grandes cidades cresceu muito, e, para abrigar todo esse 
contingente, foram necessárias muitas mudanças e construções, causando 
graves alterações nas florestas. Cerca de 50% da população mundial mora 
em regiões urbanizadas.
Extração madeireira: redução da área florestada. Cada árvore derrubada 
para que sua madeira seja utilizada significa mais gás carbônico lançado na 
atmosfera. Você sabia que durante toda a vida da árvore, sobretudo durante os 
primeiros estágios de seu desenvolvimento, ela capta muito CO2 da atmosfera? 
No entanto, quando é destruída e não utilizada, o que acontece muito, ela se 
decompõe e volta a liberar gases prejudiciais na atmosfera.
Hidrelétricas: apesar de ser fonte de energia limpa, hidrelétricas geram 
enormes impactos socioambientais nas regiões em que são instaladas. O 
desmatamento necessário para uma obra deste porte é imenso. Além disso, 
muita área florestada no entorno é represada, ficando inundada. Atualmente, 
esta é a principal fonte de energia elétrica no Brasil.
Outros impactos que demandam restauração:
  Erosão agropecuária.
  Poluição e lixo nos solos.
  Percolação do chorume da decomposição de resíduos. 
  Contaminações por agrotóxicos.
  Assoreamento de rios e lagos.
  Extinção de nascentes e outros.
Veja a seguir e na Figura 9 algumas práticas de restauração ambiental:
  Plantio de mudas nativas;
  Reconstituiçãode mata ciliar do leito hídrico;
45Restauração de áreas degradadas
U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 45 15/09/2017 16:36:20
  Reconstituição do equilíbrio hídrico, como ajustes de oxigênio, DBO 
e reduções de efluentes químicos e biológicos;
  Reconstituição vegetal em encostas;
  Ajustes da qualidade do ar com aspectos naturais e orgânicos, além de 
ajustes e mitigação de emissões.
Figura 9.
Procedimentos para a restauração
ecológica de áreas degradadas
Identi�cação dos agentes de
degradação ou perturbação
Conhecimento da
vegetação degradada
Seleção da
intervenção
Eliminação
desses agentes
Diagnóstico da
potencialidade
de regeneração
Isolamento
da área
Restauração de áreas degradadas46
U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 46 15/09/2017 16:36:21
1. Indique aspectos que colaboram 
para o desmatamento: 
a) Extração de minérios, 
hidrelétricas e geração 
de energia eólica.
b) Urbanização, queimadas 
e pecuária.
c) Mineração e extração madeireira.
d) As alternativas B e C 
estão corretas.
e) Utilização de biodiesel. 
2. Qual vegetação tem a característica 
de ser a segunda maior vegetação 
brasileira, apresentando a maior 
biodiversidade do planeta?
a) Caatinga.
b) Cerrado. 
c) Montes.
d) Pantanal.
e) Pampa.
3. Indique algumas tecnologias 
aplicáveis para reduzir 
áreas degradadas.
a) Sistemas de produção 
integrada, plantio direto, 
sistemas agroflorestais e 
plantio de mudas nativas.
b) Utilização de placas solares.
c) Plantio direto e sistemas 
agroflorestais, reconstituição 
de mata ciliar do leito 
hídrico e reconstituição 
de equilíbrio hídrico.
d) As alternativas A e C 
estão corretas.
e) Estação de tratamento e 
utilização de mais insumos.
4. (ENEM 2008) Calcula-se que 78% 
do desmatamento na Amazônia 
tenha sido motivado pela pecuária 
– cerca de 35% do rebanho nacional 
está na região – e que pelo menos 
50 milhões de hectares de pastos 
são pouco produtivos. Enquanto 
o custo médio para aumentar a 
produtividade de 1 hectare de 
pastagem é de 2 mil reais, o custo 
para derrubar igual área de floresta 
é estimado em 800 reais, o que 
estimula novos desmatamentos. 
Adicionalmente, madeireiras retiram 
as árvores de valor comercial que 
foram abatidas para a criação 
de pastagens. Os pecuaristas 
sabem que problemas ambientais 
como esses podem provocar 
restrições à pecuária nessas áreas, 
a exemplo do que ocorreu em 
2006 com o plantio da soja, o qual, 
posteriormente, foi proibido em 
áreas de floresta. (Época, 3/3/2008 
e 9/6/2008 [com adaptações]). 
A partir da situação-problema 
descrita, conclui-se que:
a) O desmatamento na Amazônia 
decorre, principalmente, 
da exploração ilegal de 
árvores de valor comercial.
b) Um dos problemas que os 
pecuaristas vêm enfrentando 
na Amazônia é a proibição 
do plantio de soja.
c) A mobilização de máquinas 
e de força humana torna 
o desmatamento mais 
caro que o aumento da 
produtividade de pastagens.
d) O superavit comercial 
decorrente da exportação 
de carne produzida na 
47Restauração de áreas degradadas
U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 47 15/09/2017 16:36:22
ROSA, A.H.; FRACETO, L.F.; MOSCHINI-CARLOS, V. Meio ambiente e sustentabilidade. 
Porto Alegre: Bookman, 2012. Cap. 12.
MUNDO Educação. Impactos ambientais. Goiânia. Recuperado de: <http://mundoedu-
cacao.bol.uol.com.br/biologia/impactos-ambientais.htm>. Acesso em: 13 de Jan. 2017.
AGEITEC. Árvore do conhecimento: arroz. Brasília. Recuperado em: <http://www.
agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/Abertura.html>. Acesso em: 13 de Jan. 2017.
BOSSLE. M. B. Responsabilidade Sócio-ambiental em pequenas empresas de serviço. 
Porto Alegre, UFRGS, 2008. Recuperado de: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/
handle/10183/18115/000686684.pdf?...1>. Acesso em: 13 de Jan. 2017.
BRASIL. Recuperação de Áreas Degradadas. Brasília. Recuperado em: <http://www.
agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/recuperacao-areas-degradadas>. 
Acesso em: 13 de Jan. 2017.
EMBRAPA. Recuperação de Áreas Degradadas. São Paulo. Recuperado em: <http://
www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=229&func=unid>. Acesso em: 13 
de Jan. 2017.
ARAUJO G. Tipos de vegetação do Brasil. [S. l.: s. n] , 2013. Recuperado em: <http://www.
estudopratico.com.br/tipos-de-vegetacao-do-brasil/>. Acesso em: 13 de Jan. 2017.
Leituras recomendadas
Amazônia compensa a possível 
degradação ambiental.
e) A recuperação de áreas 
desmatadas e o aumento de 
produtividade das pastagens 
podem contribuir para a redução 
do desmatamento na Amazônia.
5. Defina restauração de área 
degradada. 
a) Contaminação por agrotóxico 
e plantio de mudas nativas.
b) Gás carbônico lançado na 
atmosfera durante toda a vida 
da árvore, principalmente 
durante os primeiros estágios 
de desenvolvimento. 
c) Migração da população da 
cidade para o campo. Para 
abrigar todo esse contingente, 
são necessárias muitas 
mudanças e construções.
d) Isolamento da área e utilização 
de mudas diversas.
e) Melhorias das condições 
existentes antes da degradação, 
ou a evolução para um estado 
intermediário estável. Neste caso, 
a recuperação se opera de forma 
natural (autodepuração), após 
serem eliminados os fatores de 
degradação de acordo com a 
natureza da área em questão.
Restauração de áreas degradadas48
U1_C03_Recuperação de áreas degradadas.indd 48 15/09/2017 16:36:22
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
Neste vídeo, apresentam-se os principais biomas brasileiros, as causas de sua destruição e como 
agir para restaurá-los.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) A vegetação nativa constitui o hábitat e a base da cadeia alimentar de todos os demais 
organismos de um ecossistema. Marque a alternativa que apresenta uma 
característica fundamental da Caatinga e do Cerrado:
A) Elevada umidade do solo.
B) Floresta seca, adaptadas à pouca umidade.
C) Presença de árvores perenifólias.
D) Presença de semidecíduos.
E) Vegetação ribeirinha.
2) Historicamente, o homem sempre buscou na natureza recursos para sua subsistência: 
alimentos, construção de abrigos, enfeites, remédios etc. Assinale a alternativa que 
NÃO apresenta uma causa do desmatamento:
A) Expansão urbana.
B) Caça furtiva.
C) Aumento da necessidade de alimentos.
D) Agricultura.
E) Exploração de lenha.
3) A restauração dos ecossistemas brasileiros, afetados historicamente pelo interesse na 
nossa biodiversidade, exige que se considere alguns aspectos. Nesse sentido, analise os 
itens a seguir: 
I. Distribuição geográfica. 
II. Conhecimento estrutural e dinâmico em condições de não perturbação. 
III. Capacidade de restauração natural. 
IV. Seleção de técnicas mais adequadas. 
V. Condições de umidade da área. 
 
Dos aspectos listados acima, quais interferem na recuperação de ecossistemas?
A) Apenas I, II e III.
B) Apenas I, II e IV.
C) Apenas II, III e IV.
D) Apenas I, II e V.
E) Apenas III, I.V e V.
(ENEM 2008) 
 
4) 
Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela 
pecuária — cerca de 35% do rebanho nacional está na região — e que pelo menos 50 
milhões de hectares de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para 
aumentar a produtividade de 1 hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para 
derrubar igual área de floresta é estimado em 800 reais, o que estimula novos 
desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as árvores de valor comercial 
que foram abatidas para a criação de pastagens. Os pecuaristas sabem que 
problemas ambientais como esses podem provocar restrições à pecuária nessas áreas, 
a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi 
proibido em áreas de floresta. 
Época, 3/3/2008 e 9/6/2008 (com adaptações). 
 
A partir da situação-problema descrita, conclui-se que
A) o desmatamento na Amazôniadecorre principalmente da exploração ilegal de árvores de 
valor comercial.
B) um dos problemas que os pecuaristas vêm enfrentando na Amazônia é a proibição do 
plantio de soja.
C) a mobilização de máquinas e de força humana torna o desmatamento mais caro que o 
aumento da produtividade de pastagens.
D) o superavit comercial decorrente da exportação de carne produzida na Amazônia 
compensa a possível degradação ambiental.
E) a recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem 
contribuir para a redução do desmatamento na Amazônia.
O processo de restauração ecológica segue uma ordem determinada, começando com 
a identificação dos agentes de degradação ou perturbação do ecossistema. 
Posteriormente, é necessário desenvolver algumas ações. Observe a seguir algumas 
delas: 
5) 
( Isolamento da área. 
( Eliminação dos agentes de degradação. 
( Conhecimento da vegetação degradada. 
( Seleção da intervenção mais adequada. 
(5) Diagnóstico da potencialidade de regeneração. 
 
Assinale a alternativa que apresenta a ordem CORRETA das ações numeradas 
acima:
A) 1, 2, 3, 4 e 5.
B) 1, 2, 4, 3 e 5.
C) 2, 1, 5, 3 e 4.
D) 2, 1, 5, 4, e 3.
E) 5, 4, 3, 2 e 1.
NA PRÁTICA
Veja a seguir o exemplo de um casal cuja iniciativa possibilitou a recuperação de uma área 
degradada.
 
Veja a fazenda antes e depois da recuperação ambiental e conheça mais sobre o Instituto Terra 
acessando o link a seguir:
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Recuperação de áreas degradadas
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