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Saúde da criança A criança tem direito: • Realizar teste do pezinho entre o 3º e 5º dia de vida. • Ter acesso a serviços de saúde e escolas públicas. • Receber gratuitamente as vacinas de acordo com o calendário nacional. • Ter acesso a água potável. • Ser acompanhada pelos pais durante a internação hospitalar. • Viver em um lugar limpo, ensolarado e arejado, ter oportunidade de brincar e aprender. Para um bom cuidado e um bom desenvolvimento da criança é importante a parceria entre os pais, a comunidade, os profissionais da saúde, assistência social e de educação. PNAISC • Em 05 de agosto de 2015 foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC), através da portaria nº 1.130. • Ela abrange os cuidados com a criança, da gestação até os 9 anos de idade, dando atenção especial à primeira infância e as populações de maior vulnerabilidade. • https://youtu.be/rzide7nnUp0 https://youtu.be/rzide7nnUp0 Triagem neonatal • No Brasil há quatro exames que o bebê tem direito de realizar assim que nasce, são eles : • Teste do coraçãozinho • Teste do olhinho • Teste da orelhinha • Teste do pezinho • Todos são realizados de forma gratuita • Teste do pezinho O teste do pezinho identifica 6 tipos de doenças (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita), que quanto mais cedo o diagnóstico, melhor o tratamento para elas. Ele é realizado entre o 3º e o 5º dia de vida nas unidades básicas de saúde. • Teste do olhinho O teste do olhinho é simples, consiste na identificação do reflexo vermelho no olho da criança, o teste detecta a obstrução do eixo visual, como catarata, glaucoma congênito entre outros problemas, a identificação precoce auxilia nos tratamentos. É realizado pelo pediatra até a alta do RN, mas o ideal é ser realizado logo que o bebê nasce, senão ocorrer é importante que seja realizado na primeira consulta de acompanhamento. • Teste da orelhinha Realizado ainda na maternidade entre o 2º e 3º dia de vida, identifica problemas auditivos, desde 2010 é determinado que nenhuma criança saia da maternidade sem ter feito este teste. Crianças nascidas fora da maternidade devem realizar até os 3 meses de vida, é feita com a criança dormindo e leva menos de 10 minutos. • Teste do coraçãozinho Todo o bebê tem direito de realizar o teste ainda na maternidade entre 24h e 48h de vida. É simples e indolor, consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do bebê através de um oxímetro, se alguma alteração é detectada o bebê é encaminhado para realizar ecocardiograma. Problemas de coração são a 3ª maior causa de mortes em recém-nascidos, por isso a importância do diagnóstico precoce. Acompanhamento da criança • É importante manter um acompanhamento do desenvolvimento da criança, este pode ser realizado em unidade básicas de saúde, com as consultas de rotina. • De acordo com o Ministério da saúde é recomendado o seguinte esquema de acompanhamento : 1ª semana - 1º mês - 2º mês - 4º mês - 6º mês - 9º mês - 12º mês - 18º mês - 24º mês. A partir dos dois anos as consultas podem ser anuais, quando observado alguma alteração no desenvolvimento a criança deve ser acompanhada com mais frequência. • Em todas as consultas os profissionais devem fazer questionamentos e avaliação sobre a alimentação da criança, peso, altura, perímetro cefálico (este último até os 2 anos de vida), vacinas, desenvolvimento, prevenção de acidentes, identificação de problemas ou riscos para a saúde e cuidados para uma boa saúde. • Também é importante que o profissional converse com os responsáveis sobre os riscos de acordo com o desenvolvimento das crianças (quedas, sufocamento, queimaduras, choque elétricos, entre outros). • Também podemos contar com as escolas ou cuidadores das crianças para avaliar o desenvolvimento delas, pois muitas vezes eles estão mais próximos e conhecem melhor as crianças. Caderneta da criança • Todas as crianças nascidas em maternidades do Brasil devem receber a caderneta da criança, onde contém informações para a família sobre como realizar os cuidados com as crianças, direitos e sinais de doenças, nela também há a carteira de vacinas, onde são registradas todas as vacinas que a criança realiza. • Também há um espaço para o registro de desenvolvimento avaliado pelos profissionais que atendem as crianças. Vacinas • A vacinação é essencial para manter a criança saudável, para realizar as vacinas é só procurar a unidade de saúde mais próxima. • A vacinação básica é gratuita e os locais que aplicam seguem rigorosamente os protocolos de conservação e aplicação das vacinas. • Se no momento da aplicação a criança apresentar alguma alteração ou sintomas de gripe, a equipe de saúde pode avaliar e decidir se a aplicação poderá ser adiada. • Seguir o calendário é importante para a criança estar protegida de doenças graves. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-2020 https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-2020 Pré-natal • Os cuidados com o bebê começam a partir do momento em que a gravidez é confirmada; • A assistência do pré-natal pode promover a redução dos partos prematuros e de cesárias desnecessárias, de crianças com baixo peso ao nascer, de complicações de hipertensão arterial na gestação, bem como da transmissão de patologias como o HIV, sífilis e as hepatites; • Acompanhamento pode evitar como complicações como pré-eclâmpsia, parto prematuro, diabetes gestacional e crescimento fetal atrofiado, casos mais comuns entre as gestantes; • Nas consultas, a gestante é examinada e encaminhada para realização de exames, vacinas e ecografias • Será realizado o IG e DPP • Durante a gravidez, a Unidade Básica de Saúde onde a gestante realiza o pré-natal deve encaminhá-la para conhecer a maternidade onde será realizado o parto Periodicidades das Consultas de Pré-natal • Até 28ª semanas: consultas mensais • Da 28 à 36º semanas: consultas quinzenais • Da 37ª semanas até o parto: semanais • Hoje na primeira consulta já são realizados os testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites B e C; • São solicitados os exames de sangue como: hemograma, tipagem sanguínea, glicemia em jejum, toxoplasmose, TSH... • Dependendo do protocolo a gestante já inicia a suplementação com sulfato ferroso e ácido fólico; • Recomenda-se que a gestante interrompa imediatamente o uso do tabaco; • Evite a utilização de álcool e drogas; • Incentiva a presença do pai desde a 1ª consulta. Aleitamento Materno • Aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade • Recomendasse amamentação até dois anos ou mais • Após os 6 meses a amamentação deve ser complementada com alimentos de rotina da família mas não deve parar • Fácil digestão do que qualquer outro leite e funciona como uma vacina, pois é rico em anticorpos, protegendo a criança de muitas doenças. • Recomenda-se que a criança seja amamentada na hora que quiser e quantas vezes quiser. • A mãe deve deixar o bebê mamar até que fique satisfeito, esperando ele esvaziar a mama para então oferecer a outra, se ele quiser. Alguns cuidados com a amamentação para não machucar o peito • Posicionar o bebê de forma que a mãe e o bebê se sintam confortável; • O bebê deve estar virado para a mãe bem junto de seu corpo, bem apoiado e com os braços livres; • A cabeça do bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo; • Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, o que deve ser respeitado; • Caso a mãe tenha dificuldades na amamentação é importante procurar ajuda de um profissional de saúde e/ou Unidade de Saúde do SUS mais próxima. Como amamentar Restrição ao aleitamento materno Nas seguintes situações o aleitamento materno nãodeve ser recomendado: • Mães infectadas pelo HIV; • Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus da leucemia humana T- cell); • Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns fármacos são citados como contraindicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como por exemplo os antineoplásicos e radiofármacos, usados no tratamento contra o câncer. • Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose. Dicas sobre amamentação Não estipule horários para amamentar!! Após a amamentação, segure junto ao colo, em posição vertical, para que ele não tenha desconforto É importante a mãe cuidar-se bem, evitar bebidas alcoólicas e cigarro Violência contra a criança • A exposição de crianças a situações de violência pode comprometer seu desenvolvimento físico, emocional e mental. Quando maus-tratos ocorrem na infância, os prejuízos são maiores que em qualquer outra faixa etária. Como o aprendizado se dá pela imitação do comportamento dos adultos, crianças que assistem e/ou são vítimas de contínuas cenas de violência em casa podem achar que essa é uma forma natural de lidar com os conflitos e, assim, passar a adotar esse modelo de comportamento. • Contudo, as consequências da violência doméstica variam conforme a personalidade de cada um, a idade, o tipo de relação entre agressor e agredido, a duração e a frequência da agressão e o tipo e gravidade do ato, além do apoio e tratamento que as vítimas recebem. Enquanto umas internalizam sentimentos de medo, introspecção, apatia, isolamento, outras podem externalizar esses conflitos na relação com os demais repetindo o que vivenciam. • A violência doméstica deixa muitas marcas em suas vítimas, no entanto nem sempre essas marcas são visíveis ao primeiro olhar. A criança e o adolescente que sofrem a violência doméstica deixam transparecer alguns sinais que servem de alerta, tais como: • Desconfiança exagerada, medo e choro excessivo; • Isolamento; • Negligência na saúde e higiene; • Sinais físicos, como: manchas roxas, queimadura de cigarros, mãos queimadas em luvas, secreção/sangue na genitália e ânus; • Mudanças abruptas e frequentes de humor; • Comportamento agressivo, destrutivo, ou passivo, submisso; • Problemas de relacionamento com colegas; • Mau desempenho escolar e dificuldades de aprendizagem não atribuída a problemas físicos; Violência doméstica e sua interferência no processo de aprendizagem • O processo de aprendizagem sofre várias influências: “intelectual, psicomotor, física, social – mas é do fator emocional que depende grande parte da educação ”. Assim sendo, a maneira como a criança é tratada, se é rejeitada ou não, “a maneira pela qual ela se vê, [...] se sente irá influir e muito em tudo o que ela faz e, basicamente em sua capacidade de aprendizagem” (POPPOVIC, 1980, p. 17). Nesse sentido, a criança que é constantemente agredida, humilhada, desprezada, acaba por internalizar esse tratamento, enxergando-se como merecedora de tudo isso, e consequentemente terá uma baixa autoestima, insegurança e sentimento de incapacidade para aprender. De acordo com Mahoney e Almeida (2005, p. 26), “quando não são satisfeitas as necessidades afetivas, estas resultam em barreiras para o processo ensino-aprendizagem, e, portanto para o desenvolvimento [...] do aluno”. Dessa forma, a criança que sofre a violência doméstica tem a sua capacidade de aprendizagem prejudicada, tendo em vista que esses atos, de forma geral, são uma negação de afeto. Nessas condições, a criança tem todo o seu desenvolvimento comprometido, pois a afetividade e o cognitivo se encontram em um mesmo plano (GALVÃO, 1995), oque significa que todo e qualquer problema emocional irá refletir em sua aprendizagem. • O bullying, por exemplo, é uma intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. A classificação também inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos, entre outros. Este se diferencia das brigas comuns – as que chegam às vias de fato ou as que ficam apenas na discussão. Isso é considerado normal e chega, a fazer parte do desenvolvimento. O problema, afirma, é quando se torna algo rotineiro, em que um jovem ou grupo começa a perseguir um ou mais colegas. O fato de que a violência, de forma geral, faz parte da realidade dessas crianças, seja por meio da televisão ou no seio familiar, em que as violências física e psicológica são as mais frequentes, geralmente atreladas às questões disciplinadoras e educativas. Dessa forma, essas ações não são vistas como violência por esses pais, mas sim como uma forma de educar seus filhos, sendo essa a educação que tiveram. • Na educação das crianças, impor limites não significa bater ou castigar. O diálogo deve ser estimulado desde cedo pelos pais/cuidadores; esse é o caminho. Toda criança tem o direito de crescer e se desenvolver de forma saudável. A criança amada e desejada cresce mais tranquila e tende a se relacionar de forma mais harmoniosa com seus pais/cuidadores e com outras crianças. • ATENÇÃO!!! • !!! Se você suspeitar que alguma criança está sofrendo violência, procure a Unidade de Saúde, o Conselho Tutelar ou a Vara da Infância e da Juventude, ou ligue gratuitamente para o número 100. • TODAS AS CRIANÇAS TÊM O DOM DE NOS CATIVAR COM A PUREZA E SINCERIDADE DOS SEUS CORAÇÕES. • CRIANÇAS PRESERVAM A PUREZA E PROVAM QUE SABEM VIVER MELHOR QUE OS ADULTOS. AUTORES DESCONHECIDOS
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