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Psicologia das cores
APRESENTAÇÃO
A cor é algo tão familiar a nós que se torna difícil compreender que ela não corresponde a 
propriedades físicas do mundo, mas, sim, à sua representação interna, em nível cerebral. O que 
chamamos de cor é aquilo que distinguimos por meio do nosso aparelho visual e psíquico e não 
equivale necessariamente à composição química do pigmento, já que a nossa percepção sofre 
adaptações devido ao ambiente em que estamos, às relações e aos contrastes com as demais 
cores.
Entender a cor do ponto de vista da física é apenas uma parte desse estudo. Há outro enfoque tão 
importante quanto a percepção físico-química: o aspecto psicológico das cores. Se, para o 
design gráfico, as formas dão o corpo da peça e os textos escrito e ilustrativo fazem o mesmo 
pela publicidade, no design de interiores, para a escolha dos revestimentos e das texturas dos 
tecidos, não se pode desconsiderar a cor. 
As cores afetam psicologicamente as pessoas, influenciando seu “gosto” e seus sentimentos. 
Não existe cor destituída de significado. As cores têm um poder além da simples combinação 
cromática.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará os aspectos psicológicos das cores, 
identificando os fatores que influenciam nas escolhas das cores e aprendendo a aplicar a 
psicologia das cores em seus projetos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Analisar os aspectos psicológicos das cores. •
Identificar os fatores que influenciam nas escolhas das cores.•
Aplicar a psicologia das cores no âmbito do projeto.•
DESAFIO
Segundo Heller (2008), os profissionais que trabalham com cores precisam saber de que forma 
elas afetam as pessoas. Embora cada projeto de design de interiores seja desenvolvido pelo 
designer para determinado cliente, os efeitos causados pelas cores são universais. 
A escolha certa das cores determina o processo de construção dos mais variados tipos de 
projetos visuais. Em projeto de design de interiores, por exemplo, usar as cores de maneira bem 
direcionada significa poupar tempo e esforço.
Observe a solicitação de um cliente para um projeto de design de interiores:
Analise as cores do ambiente e explique para o seu cliente o motivo da escolha da paleta 
apresentada.
INFOGRÁFICO
Além do que é explicado pela Física, as cores têm significados próprios e seus aspectos 
psicológicos podem ser ferramentas importantes para seus projetos. Compreender como elas 
atuam é importante para gerar uma assertividade maior na mensagem que os clientes desejam 
transmitir, por meio das reações produzidas por elas em seus observadores. 
As cores foram estudadas ao longo da história humana sob diferentes aspectos e alguns estudos 
são usados ainda hoje por publicitários e designers, de modo a fundamentar as escolhas em seus 
projetos.
Neste Infográfico, você vai ver dois pensadores que analisaram as cores sob ângulos distintos.
CONTEÚDO DO LIVRO
A psicologia das cores é um estudo que auxilia muito na escolha certa das cores para aplicar em 
projetos diversos. As reações que elas provocam emolduram a forma e podem conduzir a 
melhores resultados dos projetos.
No capítulo A psicologia das cores, da obra Teoria e prática da cor, base teórica desta Unidade 
de Aprendizagem, você vai conhecer os fatores que influenciam nas escolhas das cores, bem 
como seus significados. Além disso, vai aprender a aplicar a psicologia das cores em seus 
projetos.
Boa leitura.
TEORIA E PRÁTICA 
DA COR
Derli Kraemer
Psicologia das cores
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Analisar os aspectos psicológicos das cores.
 � Identificar os fatores que influenciam nas escolhas das cores.
 � Aplicar a psicologia das cores no âmbito do projeto.
Introdução
Cores transmitem mensagens tão intensa e rapidamente quanto silen-
ciosamente, e essa capacidade faz toda a diferença para o sucesso de 
um projeto. As cores afetam psicologicamente as pessoas e influenciam 
suas ações. Neste capítulo, você vai estudar os aspectos psicológicos das 
cores, identificando os fatores que influenciam nas escolhas das cores e 
aprendendo a aplicar a psicologia das cores em seus projetos.
Aspectos psicológicos das cores
Segundo Fraser e Banks (2007), a cor pode ser explicada por meio da física, 
mas entender a cor do ponto de vista da física é apenas uma parte desse 
estudo. Há um outro aspecto tão importante quanto interessante: o aspecto 
psicológico da cores. Enquanto Isaac Newton estudou as cores por meio do 
prisma e outras ferramentas, lá no século XVII, outro personagem histórico 
tinha uma opinião antagônica sobre as cores, no século XIX.
Em 1810, Johan Wolfgang von Goethe publicou o seu Zur Farbenlehre (A 
Teoria das Cores). Nessa obra, Goethe discorda com veemência das declara-
ções de Newton, abordando as cores pelo viés filosófico e prático. Sua crença 
era firme quanto à tendência científica de romper o mundo em pedaços para 
estuda-lo. Para Goethe, a divisão do espectro era sintomático quanto a esse 
posicionamento da ciência, e essa divisão, para ele, era nociva, pois, rompendo 
em pedaços, acaba-se destruindo o sentido da unidade.
Goethe, conforme Fraser e Banks (2007), abordou o assunto da cor pela 
percepção humana, e não sob o olhar da física, atingindo assim uma área ainda 
mais ampla que o próprio Newton. Entretanto, enquanto Goethe se preocupava 
com a natureza humana, outros autores, como Johannes Itten, pintor e um 
dos fundadores da escola Bauhaus, preocupavam-se com o caráter individual. 
Na mesma linha de pensamento, devemos destacar Max Lüscher, diretor do 
Instituto de Diagnóstico Psicomédico, situado em Lucena, na Suíça; interessado 
na psicologia das cores, ele desenvolveu um teste de cartões coloridos para 
determinar aspectos psicológicos de um indivíduo.
Os estudos de Lüscher, iniciados em 1947, são utilizados até hoje por 
publicitários e designers de várias especialidades em seus projetos. Os cartões 
de Lüscher têm as seguintes cores: cinza, azul, marrom, vermelho, violeta, 
verde, preto e amarelo. 
Os cartões coloridos de Lüscher ainda são utilizados por psicólogos, embora também 
sejam muito criticados. O teste que utiliza os cartões busca medir o estado psicofísico 
do indivíduo.
Nos anos 1980, Angela Wright, autora de The Beginneŕ s Guide to Colour 
Psychology, criou um sistema de quatro grupos de cor que lembra os quatro 
elementos aristotélicos, os quatro humores de Hipócrates e Galeno e as fun-
ções predominantes do pensamento, intuição e sentimento de Carl Jung. Esse 
trabalho trouxe os princípios da influência das cores e seu uso prático para a 
publicidade e o design.
De Lüscher a Wright, o estudo da cor pelo viés psicológico gerou resultados 
que impactam diretamente na escolha das cores em projetos, como, por exem-
plo, a preferência de determinadas cores pelas pessoas. Eva Heller também 
contribuiu muito para esse estudo. Em uma pesquisa realizada com cerca de 
2 mil pessoas, citada no livro A psicologia das cores, a autora apresentou os 
gráficos que você vê nas Figuras 1 e 2.
Psicologia das cores2
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Figura 1. As cores preferidas.
Fonte: Heller (2013).
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Figura 2. As cores menos apreciadas.
Fonte: Heller (2013).
3Psicologia das cores
O azul é a cor mais apreciada, seguida pelo verde, vermelho, preto, ama-
relo e as demais cores. Essas cores foram apontadas por pessoas de sexos, 
profissões, classes sociais e faixas etárias diferentes, ou seja, pessoas de um 
amplo escopo têm afinidades iguais ao se referirem a cores.
O azul tem muitos significados. Na Índia, por exemplo, é a cor da pele dos 
deuses. A cor também lembra a divindade no ocidente. Pinturas do início da 
Idade Média retratam aVirgem Maria, por exemplo, em vestimentas azuis. 
Apenas 1% dos entrevistados disseram não gostar do azul. Segundo Heller 
(2013),
[…] o azul é a cor de todas as características boas que se afirmam no decor-
rer do tempo, de todos os sentimentos bons que não estão sob o domínio da 
paixão pura e simples, e sim da compreensão mútua. Não existe sentimento 
negativo em que o azul predomine. Portanto, não é de e estranhar que o azul 
seja uma cor tão querida.
Entre as cores menos apreciadas, a campeã é o marrom, seguido pelo 
rosa, cinza, violeta e então as demais cores. Individualmente, pessoas podem 
discordar das duas tabelas, porém devemos lembrar que essa é uma pesquisa 
que visa a um estudo de massa.
Na mesma pesquisa, Heller também questionou quais são as associações que 
as pessoas fazem para cada cor, e o resultado do cruzamento das informações 
são termos mais comuns a que determinada cor remete. Resumindo, quando 
um observador enxerga determinada cor, ela lembra determinada coisa.
Várias profissões usam cores e em seus projetos. Artistas em geral, designers gráficos, 
de produto, interiores e moda, arquitetos, gastrônomos e por aí vai... todos têm uma 
coisa em comum. Os efeitos das cores sobre os indivíduos são universais, segundo 
Heller (2013). 
Fatores que influenciam na escolha das cores
As cores são de extrema importância para um projeto. Precisamos lembrar, 
porém, que o elemento forma completa a equação. 
Psicologia das cores4
Ao estudarmos o vermelho, por exemplo, temos uma lista de associações 
possíveis com essa cor; ela pode representar erotismo, amor e paixão tanto 
quanto pode significar brutalidade, sangue e violência. Uma forma para essa 
cor se faz necessária para completar a mensagem. Em uma peça publicitária, 
por exemplo, a forma poderia ser uma ilustração, um título para o anúncio, 
um texto ou frase que entrega a ideia ou faz o consumidor pensar, a marca do 
cliente, uma fotografia... elementos facilitadores que entregam a mensagem. 
Tudo depende da proposta da peça. 
Raras vezes a cor estará sozinha. E cor principal atuará com outras, for-
mando um conjunto com a forma e, entre as cores, um acorde cromático.
Um acorde cromático é a soma de cores que, juntas, causam um efeito — por 
exemplo, uma cor que lembre ação e vigor, somada a outra que lembre barulho e 
movimento. Essas escolhas não podem ser aleatórias; para darem certo, elas têm que 
confirmar a forma apresentada. Conforme Heller (2013), “[...] um acorde cromático 
não é uma combinação aleatória de cores, mas um efeito conjunto imutável. Tão 
importantes quanto a cor mais frequentemente citada são as cores que a cada vez 
a ela se combinam.”
Um dado importante na psicologia das cores é que não há cor sem sig-
nificado (HELLER, 2013). A cada combinação de cores realizada, há uma 
mensagem; portanto, é necessário extremo cuidado na escolha das cores, do 
contrário, um projeto dará, fatalmente, um significado errado daquilo que é 
pretendido, seja para uma marca, seja para um anúncio, uma coleção de moda 
ou qualquer projeto que necessite de cor para ser melhor percebido.
Observe a Figura 3. Nela vemos três embalagens da marca de batatas chips 
Pringles, versão original, versão com molho de cebola e versão picante. Cada 
uma delas tem na cor de suas embalagens a certeza daquilo que está sendo 
adquirido. A embalagem original (vermelha) chama a atenção e remete à 
ação e à paixão que o produto desperta. A embalagem seguinte (verde) traz 
o frescor e a lembrança do sabor da cebola, enquanto a última embalagem 
(preta e marrom) reforça a ideia de que o sabor é muito forte. Nenhuma cor está 
sozinha; para a ideia ser entregue, existem vários elementos que harmonizam 
o conjunto — as diferentes ilustrações para cada sabor e, claro, a marca.
5Psicologia das cores
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Figura 3. As cores das embalagens.
Fonte: Pringles (2018, documento on-line).
Esse exemplo ilustra os fatores que são necessários considerar para a escolha 
das cores adequadas para um projeto. Vejamos agora o Quadro 1, que apresenta 
os conceitos comumente relacionados às cores, conforme Heller (2013).
Azul Frio e passivo, tranquilo e confiável. Azul 
está para as virtudes intelectuais como o seu 
oposto, o vermelho, está para a paixão.
Vermelho Quente, próximo, atraente e sensível.
Amarelo Lúdico com laranja e vermelho, amável com 
azul e rosa. Combinado ao cinza e ao preto, atua 
negativamente. Lembra inveja e ciúme.
Verde Tranquilizador ao lado do azul e do branco. 
Esperança com azul e amarelo. Salutar ao lado 
do vermelho. Venenoso ao lado do violeta.
Quadro 1. Conceitos comumente relacionadas às cores
(Continua)
Psicologia das cores6
Branco Ideal e nobre com ouro e azul. Objetivo com 
cinza. Leve com amarelo. Delicado com rosa.
Cinza Inseguro com amarelo, modesto com o branco. Sem 
imaginação, prosaico, entediante. Hostil com marrom.
Preto Ríspido e duro com cinza e azul. Elegante ao lado do prata 
e do branco, poderoso acompanhado de ouro e vermelho.
Violeta Extravagante e artificial com prata. Original e 
inconformista com laranja. Efeito mágico com preto.
Rosa Terno e feminino com vermelho, infantil com 
amarelo e branco, doce e barato com laranja
Laranja Divertido com amarelo e vermelho. Com dourado, prazer. 
Com violeta, intruso. Com verde e marrom, aromático. 
Marrom Aconchegante com cores ensolaradas e luminosas. Fora 
de moda com todas as cores inexpressivas. Careta e 
insuportável com cinza e rosa. Com branco, efeito não 
erótico. Com verde e violeta, efeito acre e intragável.
Ouro Bem-aventurança com vermelho e verde. Beleza com 
branco e vermelho, ostentação com laranja e amarelo.
Prata Veloz e dinâmico com vermelho. Moderno com preto.
Quadro 1. Conceitos comumente relacionadas às cores
Além desses conceitos, as cores podem ser opostas também de forma 
psicológica. São cores que, quando aplicadas juntas em extrema intensidade, 
dão uma sensação de repulsão muito forte. Ao usar essas cores, devemos estar 
cientes de que esse efeito de oposição será notado imediatamente. Veja o Qua-
dro 2, que mostra as cores psicologicamente opostas, segundo Heller (2013).
Cores psicológicas opostas Contraste simbólico
vermelho × azul ativo/passivo
quente/frio
ruidoso/silencioso
corpóreo/mental
masculino/feminino
Quadro 2. Cores psicologicamente opostas
(Continuação)
(Continua)
7Psicologia das cores
Cores psicológicas opostas Contraste simbólico
vermelho × branco forte/fraco
cheio/vazio
passional/insensível
azul × marrom mental/terreno
nobre/plebeu
ideal/real
amarelo × cinza e laranja × cinza exibido/discreto
laranja × branco colorido/incolor
insolente/recatado
verde × violeta natural/antinatural
realístico/mágico
branco × marrom limpo/sujo
nobre/plebeu
claro/abafado
inteligente/estúpido
preto × rosa forte/fraco
grosseiro/delicado
duro/macio
insensível/sensível
exato/difuso
grande/difuso
masculino/feminino
prata × amarelo frio/quente
decente/insolente
metálico/imaterial
ouro × cinza e ouro × marrom puro/impuro
caro/barato
nobre/trivial
Quadro 2. Cores psicologicamente opostas
Usando esses conceitos, mais do que apenas as cores isoladamente, já fica 
mais fácil aplicá-las em projetos.
(Continuação)
Psicologia das cores8
Como aplicar a psicologia das cores no âmbito 
do projeto
Aplicar a psicologia das cores em projetos não é difícil, embora as tabelas 
assustem um pouco. O primeiro passo que precisamos dar é sempre o mesmo: 
pensar sobre o assunto. Um designer de produto pensa desde a concepção até 
o que acontece no descarte daquilo que será produzido e, claro, na aparência 
que o produto terá. Um publicitário dependerá de um briefing, assim como 
um designer gráfico ou um designer de interiores. E se for um gastrônomo, 
criando um prato inédito? Vai combinar os ingredientes, incluindo as cores 
mais apetitosas para o resultado final. 
Um briefing é um relatório com todas as informações possíveissobre um projeto.
Imagine se a necessidade é mostrar energia e força acima de tudo, ou então, 
seriedade. Com informações como a que vimos aqui, grandes marcas foram 
criadas — observe a Figura 4.
Observando a Figura 4, podemos reconhecer as características das cores nas 
marcas que representam. O equilíbrio do preto e branco da Apple, a juventude 
e a coragem do vermelho em Pinterest ou CNN, ou ainda a confiança do azul 
encontrado na fabricante de computadores DELL ou escovas de dente Oral B. 
Imagine que você precisa criar algo que tenha força, seja fácil de ler a 
grande distância, quase ríspido. Nesse caso, o texto em cor preta sobre fundo 
amarelo apresenta o efeito ideal para ser lido a distância, com letras grandes, 
textos curtos e símbolos conhecidos (HELLER, 2013).
9Psicologia das cores
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Figura 4. As cores nas marcas.
Fonte: Redação Adnews (2017, documento on-line).
E exemplos do que não devemos fazer? Vejamos (HELLER, 2013):
 � Muitos acreditam que letras vermelhas aumentem a atenção, mas a 
impressão em letras vermelhas é menos lida, pois é pouco legível, além 
de transmitirem pouca seriedade.
 � Letras brancas sobre fundo vermelho frequentemente se tornam ilegíveis.
 � Quanto menor o contraste claro-escuro entre o que está escrito e a cor 
de fundo do impresso, menor a legibilidade.
 � Texto multicolorido não é lido, além de parecer supérfluo.
E como isso se aplica ao design de interiores? Na Figura 5, vemos um 
projeto da designer sul-africana radicada em Nova York Ghislaine Viñas, 
conhecida por sua ousadia no uso das cores em suas criações. Sem medo, ela 
usa a força e a paixão do vermelho com o lúdico do amarelo, harmonizados 
com o branco, que deixa o ambiente leve e convidativo.
Psicologia das cores10
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Figura 5. O uso das cores no design de interiores.
Fonte: Scolforo (2017, documento on-line).
As cores podem ser fortes, raivosas, delicadas, masculinas, femininas, 
velozes, fracas, tristes, seguras e vigorosas... e muitas outras coisas. São 
elementos muito importantes em projetos e, quando bem utilizadas, valorizam 
a história que é contada — a mensagem que será entregue para alguém.
1. Newton e Goethe buscaram 
respostas para as questões que as 
cores abriram. Assinale a resposta 
correta sobre seus estudos.
a) Newton e Goethe nunca 
concordaram quanto ao estudo 
das cores e discutiram muitas 
vezes sobre o assunto.
b) Goethe buscou a resposta 
segundo a física, enquanto 
Newton buscou respostas 
mais humanas.
11Psicologia das cores
c) Goethe buscou a resposta sobre as 
cores de forma mais humanística, 
enquanto Newton buscou uma 
resposta a partir da física.
d) Ambos concordavam que 
a psicologia das cores era 
muito importante.
e) Goethe inicialmente foi 
antagônico ao trabalho 
de Newton, mas depois 
eles escreveram o primeiro 
estudo sobre cores.
2. Segundo o estudo de Eva 
Heller, realizado com 2 mil 
pessoas, as cores preferidas são 
o azul, o verde e o vermelho. É, 
portanto, correto dizer que
a) o azul representa, 
essencialmente, a força e 
paixão, por isso é o preferido.
b) embora 44% dos entrevistados 
na referida pesquisa prefiram 
azul, 10% das pessoas 
disseram que não gostam.
c) não existe sentimento negativo 
onde a cor azul predomina.
d) a cor azul, na Idade Média, era, 
essencialmente, masculina.
e) a cor azul é a cor preferia na pele 
das pessoas na arte indiana.
3. Existem cores que são 
complementares e existem cores 
que são psicologicamente opostas. 
Assinale a alternativa correta 
a respeito dessa afirmação. 
a) Verde e violeta são opostos 
como real e mágico.
b) Vermelho e branco são 
opostos como frio e quente.
c) Vermelho e azul são opostos 
como corpóreo e mágico.
d) Verde e ouro são opostos 
como puro e impuro.
e) Azul e marrom são opostos 
como quente e frio.
4. As cores têm características 
específicas e são usadas por várias 
profissões, que precisam delas 
para comunicar uma mensagem; 
portanto é correto dizer que
a) independentemente do 
projeto, os efeitos das 
cores são universais.
b) as cores, de acordo com o design 
de interiores, são mais suaves.
c) a psicologia das cores depende 
do tipo de produto.
d) a motivação psicológica 
muda quando estamos 
falando de design gráfico.
e) publicidade, design gráfico 
e design de produto são 
iguais, mas opostos quanto 
ao design de interiores.
5. Certas combinações cromáticas 
funcionam positivamente 
para a melhor entrega da 
mensagem. Assinale a alternativa 
correta a esse respeito.
a) Letras brancas e pequenas 
sobre um fundo rosa são ideias 
para a leitura em cartazes.
b) Letras brancas sobre fundo 
vermelho facilitam a leitura 
e mantêm a atenção.
c) Letras grandes e fortes, na 
cor azul, sobre um fundo 
marrom, são chamativas e 
confortáveis, por serem cores 
psicologicamente opostas.
d) Letras azuis sobre fundo 
vermelho são incapazes 
de causar impacto.
e) Um fundo amarelo e um 
texto forte na cor preta é ideal 
para a leitura à distância.
Psicologia das cores12
FRASER, T.; BANKS, A. O guia completo da cor. São Paulo: Senac, 2007.
HELLER, E. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. São Paulo: 
Gustavo Gili, 2013.
PRINGLES. Kellogg, 2018. Disponível em: <https://www.pringles.com/pt/products.
html>. Acesso em: 18 nov. 2018.
REDAÇÃO ADNEWS. Infográfico mostra o poder das cores no marketing e no dia a dia. 
Exame, 14 set. 2017. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/marketing/infografico-
-mostra-o-poder-das-cores-no-marketing-e-no-dia-a-dia/>. Acesso em: 18 nov. 2018.
SCOLFORO, C. 5 regras para usar cores na decoração sem errar. Casa Vogue, 10 set. 2017. 
Disponível em: <https://casavogue.globo.com/Interiores/Ambientes/noticia/2017/09/5-
-regras-para-usar-cores-na-decoracao-sem-errar.html>. Acesso em: 18 nov. 2018.
Leituras recomendadas
BAMZ, J. Arte y ciência del color. Barcelona: Ediciones de Arte, 1950.
DOYLE, M. E. Desenho a cores: técnicas de desenho de projeto para arquitetos, paisagistas 
e designers de interiores. Porto Alegre: Bookman, 2002.
FERRAZ, A. M. F. O uso das cores em publicidade: um estudo do caso Itaú. 2008. 70 p. Tra-
balho de Conclusão de Curso (Graduação em Publicidade e Propaganda) - Universidade 
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <http://www.latec.ufrj.
br/monografias/Monografia%20-%20Aline%20Martins.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2018.
LÜSCHER, M. Lüscher Color Diagnostic. 2017. Disponível em: <https://www.luscher-color.
ch/base.asp?p=start.html&s=e&m=m_home.asp>. Acesso em: 18 nov. 2018.
PINA, L. M. G. A cor e a moda: a função da cor como suporte para o design de moda e 
personalidade dentro de um público jovem. 2009. 131 p. Dissertação (Mestrado em 
Design de Moda/Opção Vestuário) - Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal, 
2009. Disponível em: <https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/1671/1/TESE%20
DOCUMENTO%20FINAL%20-%20LILIANA%20PINA.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2018.
VIÑAS, G. 2018. Ghislaine Viñas. Disponível em: <http://ghislainevinas.com/>. Acesso 
em: 18 nov. 2018.
13Psicologia das cores
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
As cores podem acelerar a compreensão da mensagem. Elas emolduram a ação e enfatizam o 
roteiro de uma peça, seja ela qual for, mas, para que isto seja possível, é preciso compreender as 
cores no âmbito da psicologia. Usando-as da maneira correta, as cores podem tornar a 
experiência de um projeto em algo impactante.
Nesta Dica do Professor, você vai ver alguns exemplos de mensagens e significados 
transmitidos pelas cores, assim como o potencial de seu uso no design de interiores.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Newton e Goethe buscaram respostas para questões relacionadas às cores.
Assinale a resposta correta sobre esses estudos.
A) Newton e Goethe nunca concordaramquanto ao estudo das cores e discutiram muitas 
vezes sobre o assunto.
B) Goethe buscou respostas do ponto de vista da física, enquanto Newton buscou respostas 
mais humanas.
C) Goethe buscou respostas sobre as cores de forma mais humanística, enquanto Newton o 
fez a partir da física.
D) Ambos concordavam que a psicologia das cores era muito importante.
E) Goethe, inicialmente, foi antagônico ao trabalho de Newton, mas, depois, os dois 
escreveram o primeiro estudo sobre as cores.
2) Segundo o estudo de Eva Heller, realizado com 2 mil pessoas, as cores preferidas são 
o azul, o verde e o vermelho. 
É, portanto, correto dizer que:
A) o azul representa essencialmente a força e a paixão. Por isso, é a preferida.
B) embora 44% dos entrevistados na pesquisa prefiram o azul, 10% das pessoas disseram que 
não gostam dessa cor.
C) não existe sentimento negativo onde a cor azul predomina.
D) na Idade Média, a cor azul era essencialmente masculina. 
E) na arte indiana, a cor azul é a preferida pelas pessoas para usar na pele.
3) Existem cores que são complementares e cores que são psicologicamente opostas. 
Assinale a alternativa correta a respeito dessa afirmação. 
A) Verde e violeta são opostos como real e mágico.
B) Vermelho e branco são opostos como frio e quente.
C) Vermelho e azul são opostos como corpóreo e mágico.
D) Verde e ouro são opostos como puro e impuro.
E) Azul e marrom são opostos como quente e frio.
As cores têm características específicas, sendo usadas por várias profissões que 4) 
precisam delas para comunicar uma mensagem. 
É correto afirmar que:
A) independentemente do projeto, os efeitos das cores são universais.
B) as cores, de acordo com o design de interiores, são mais suaves.
C) a psicologia das cores depende do tipo de produto.
D) a motivação psicológica muda quando estamos falando de design gráfico.
E) publicidade, design gráfico e design de produto são iguais, mas opostos em relação ao 
design de interiores.
5) Estudos na área da psicologia mostram que as cores transmitem mensagens e afetam 
a percepção das pessoas no local de trabalho, nos espaços de lazer e nos ambientes 
residenciais.
A cor que aumenta a atenção, é estimulante, motivadora e sugere entusiasmo e 
energia, sendo utilizada em academias de ginástica, é:
A) preta.
B) azul.
C) violeta.
D) verde.
E) laranja.
NA PRÁTICA
O processo de produção de um trabalho de designer de interiores nem sempre é fácil. Às vezes, 
o pesadelo de um bloqueio criativo acontece e o tempo, que já é escasso, parece andar ainda 
mais rápido. Considerando que há muitas opções de cores e formas, o que fazer diante de um 
bloqueio criativo no momento de desenvolver um trabalho?
Neste Na Prática, você vai ver como Giulia resolveu essa situação. 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Eu escuto as cores
Neste vídeo você vai ver um interessante depoimento de uma pessoa daltônica que ouve as 
cores.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Psicologia das cores no cinema
Este vídeo é um documentário sobre a psicologia das cores no cinema, o qual explora cenas de 
filmes para exemplificar os significados e o uso das cores.
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A cor incorporada ao ensino de projeto
A seguinte tese explora a possibilidade e a viabilidade de incorporar a cor nas aulas de ensino de 
projeto.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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