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Helena Neca Luis Avaliação dos Parâmetros Físico-químico e Organoléticos das Águas Subterrâneas de Bairro de Namacata, Cidade de Quelimane, Província da Zambézia (Licenciatura em Geologia) Universidade Rovuma Nampula 2022 Helena Neca Luis Avaliação dos Parâmetros Físico-químico e Organoléticos das Águas Subterrâneas de Bairro de Namacata, Cidade de Quelimane, Província da Zambézia Projecto de Pesquisa para elaboração de Monografia Científica, que será entregue ao Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Geociências da Universidade Rovuma, para obtenção do grau de Licenciatura em Geologia com Habilitação em Mineração. Supervisor: dr. Reinaldo António Domingos Universidade Rovuma Nampula 2022 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 3 2. OBJECTIVOS ........................................................................................................................... 4 2.1. Geral ....................................................................................................................................... 4 2.2. Específicos ............................................................................................................................. 4 3. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 5 4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................................ 5 5. HIPÓTESE ................................................................................................................................ 6 6. METODOLOGIA CIENTÍFICA ............................................................................................. 7 6.1. Trabalho de Gabinete ............................................................................................................ 7 6.2. Trabalho de Campo ............................................................................................................... 7 6.3. Processamento dos dados, análise e interpretação dos resultados ...................................... 7 6.3.1. Análise e Interpretação ...................................................................................................... 7 6.3.2. Compilação de dados......................................................................................................... 7 6.3.3.CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ..................................................................... 8 6.3.3.1Enquadramento geográfico ................................................................................................... 8 6.3.3.2.Localização Geográfica do distrito de Quelimane ............................................................. 8 6.3.3.3 Clima e Hidrologia, Fisiografia e Solos .............................................................................. 8 6.3.3.4.ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO e HIDROLOGICO ................................................. 10 6.3.3.4.1.Geologia Regional ........................................................................................................... 10 6.3.3.4.2.Geologia da cidade de Quelimane.................................................................................. 11 6.3.3.4.3.Unidades Lito – estratigráficas ....................................................................................... 11 6.3.3.4.4.Hidrogeologia Regional .................................................................................................. 11 7.FUNDAMENTACAO TEÓRICA ................................................................................................. 13 7.1. Conceitos básicos .................................................................................................................... 13 7.1.1. Avaliação da qualidade de água subterrânea ...................................................................... 13 7.1.2. Hidrogeologia ....................................................................................................................... 13 7.1.3. Águas subterrâneas ............................................................................................................... 13 7.1.4. Ambientes de ocorrência das águas subterrâneas ............................................................... 13 7.1.5. Armazenamento das águas em rochas................................................................................. 15 7.1.6. Classificação das formações geológicas armazenadoras das águas subterrâneas ............ 15 7.1.7. Os aquíferos .......................................................................................................................... 16 7.1.8. Classificação dos aquíferos .................................................................................................. 16 7.1.8.1. Classificação dos aquíferos segundo a camada confinante ............................................ 16 7.1.8.2. Classificação dos aquíferos em função da composição dos materiais geológicos e a forma como a água é armazenada .................................................................................................. 17 7.1.8.3. Classificação hidrogeológica das formações rochosas ................................................... 18 7.1.8.4. Permeabilidade e Porosidade ............................................................................................ 18 7.1.8.7. Hidrogeoquímica Natural das Águas Subterrâneas......................................................... 19 7.1.8.6. Parâmetro em análise para controlo de qualidade das águas subterrâneas .................... 19 7.1.8.7.Parâmetros físicos............................................................................................................... 20 7.1.8.8. Parâmetros químicos ......................................................................................................... 20 7.1.8.9. Contaminação das águas subterrâneas ............................................................................. 23 7.2. Valores recomendáveis de parâmetros referentes á qualidade de água para fins de consumo humano. ........................................................................................................................... 24 Fonte: MISAU................................................................................................................................. 25 7.2.1. Métodos de análise ............................................................................................................... 25 7.2.2. Volumetria ............................................................................................................................ 25 7.2.3. Turbidimetria ........................................................................................................................ 25 7.2.4. Condutimetria ....................................................................................................................... 26 7.2.5. Fotometria de chama ............................................................................................................ 26 7.2.6.Espectrofotometria UV-Visível ............................................................................................ 26 7.2.7. Parâmetros de qualidade de água destinada ao consumo Humano ................................... 26 7.2.8. Parâmetros microbiológicos ................................................................................................ 27 7.2.9. Valores de Parâmetros microbiológicos referentes à qualidade da água para o consumo humano. ...........................................................................................................................................27 8.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES ......................................................................................... 28 9.TABELA DE ORÇAMENTO ........................................................................................................ 28 10.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 29 3 1. INTRODUÇÃO A geoquímica ambiental ocupa-se do estudo das fontes, distribuição e as interações dos elementos químicos no sistema rocha-solo-água-ar-plantas-humanos (Bowie & Thornton, 1985). Envolve, portanto, o estudo da circulação de todos os elementos na natureza e não apenas de determinados grupos tais como os elementos nutrientes e outros sem atribuição de toxicidade (Fortescue, 1980). Um dos campos de acção desta área científica das geociências está relacionado com o impacto da actividade humana nos recursos naturais, particularmente no que se refere ao incremento dos teores de elementos químicos potencialmente tóxicos nas águas e nos sedimentos, o qual é um factor crítico para a qualidade de vida das populações. Bowie & Thornton (1985) consideram uma divisão dos elementos em três grupos: o grupo dos elementos maiores (Ca, Fe, K, Mg, Na e P), que são elementos fundamentais na saúde das plantas, animais e homem, sendo também importantes no controlo da distribuição primária e na dispersão secundária dos elementos vestigiais; o grupo dos elementos vestigiais (Co, Cr, Cu, F, (Fe), I, Mn, Mo, Ni, V, Se e Sn), também essenciais para a biota, e os primeiros elementos da linha de transição; e o grupo formado pelo As, Cd, Hg e Pb, representativo dos elementos capazes de provocarem efeitos fisiológicos adversos, mesmo em quantidades reduzidas. De acordo com os mesmos autores, existem evidências suportadas, quer pela informação de estudos de geoquímica ambiental, quer pelos resultados de análises clínicas, que o atraso no crescimento ou a suscetibilidade à certas doenças estão associados a desequilíbrios por excesso ou deficiência de determinados elementos. A contaminação mais comum das águas subterrâneas está associada com o saneamento de áreas que não contam com esgoto, a disposição final de efluentes líquidos industriais e as atuais práticas de cultivo agrícola. O crescente aumento das concentrações de nitratos em águas subterrâneas e os frequentes episódios de penetração na subsuperfície de hidrocarbonetos halogenados voláteis colocam em sério perigo a qualidade da água potável em relação aos atuais parâmetros de potabilidade das águas estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O monitoramento das cargas de poluição e da qualidade da água subterrânea é o principal instrumento utilizado no controle dessas águas. Através desse sistema é possível verificar a qualidade e avaliar a eficácia dos controles e com isto alertar antecipadamente casos ou tendências de deterioração crítica da qualidade da água em locais específicos. 4 2. OBJECTIVOS 2.1.Geral Avaliar a qualidade da água de fontes subterrâneas consumida pelas comunidades rurais do Bairro de Namacata, Cidade de Quelimane, através da interpretação de dados hidrogeoquímicos, tendo em conta os elementos químicos medidos, em associação com as águas subterrâneas desta região, condicionadas pela geologia local. 2.2.Específicos Determinar os parâmetros físico-químicos e organoléticos presentes nas águas subterrâneas; Avaliar a potabilidade da água, com base nas concentrações dos parâmetros físico- químicos e organoléticos encontrados, segundo as diretrizes do MISAU e OMS; Inferir as possíveis fontes, vetores de migração e factores de concentração na água subterrânea; e Identificar áreas de risco de contaminação e propor possíveis medidas de mitigação. . 5 3. JUSTIFICATIVA A presente pesquisa justifica-se pelo facto da autora acompanhar o sofrimento da População do Bairro de Namacata, Cidade de quelimane tendo como causa principal a problemática do abastecimento de água potável que afeta principalmente as populações das zonas rurais e suburbanas, obrigando estas a percorrer longas distâncias e suportar longas filas em busca do precioso líquido ou a recorrer a medidas alternativas, como a utilização da água dos rios sem análise química e microbiológica prévias para o consumo e realização de suas actividades diárias, colocando as suas vidas em risco. Sendo o mesma estudante de geociências e, adquirido conhecimentos de Geoquímica e Hidrogeologia, viu-se motivada a trazer um contributo científico na área de Avaliação hidrogeoquímica das águas subterrâneas para o consumo Humano. 4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA O acesso à água potável e ao saneamento seguro continua a ser um dos maiores desafios em África e em Moçambique, em particular, apesar dos esforços para que mais pessoas tenham acesso á água potável. Embora seja encorajador, o seu progresso contínuo ainda lento, principalmente nas zonas rurais (COSTA, 1987). Desta maneira, a qualidade da água destinada ao consumo humano é uma questão de grande importância e tem ocasionado preocupação no âmbito da saúde pública. O consumo de água contaminada ou fora dos padrões mínimos de qualidade torna-se factor de risco e agravos à saúde, devido à presença de seres patogénicos e ou elementos e substâncias químicas prejudiciais (CAPUCCI et al, 2001). A maior parte da reserva de água doce em nosso planeta não é encontrada em forma potável. As águas subterrâneas, na maioria das vezes provenientes de furos profundos, geralmente são menos contaminadas por factores biológicos e químicos do que os mananciais superficiais, pois não ficam expostas aos diversos agentes poluentes (ECKHARDT et. al., 2008). Entretanto, o lençol freático em Topuito é quase superficial, ocorrendo em aquíferos granulares contínuos, com captações materializadas por poços e furos pouco profundos, tornando-os propensos à contaminação microbiológica. Portanto, para que a água subterrânea seja considerada potável, é necessária a realização de análises microbiológicas e físico-químicas, a fim de verificar se ela está dentro dos padrões de 6 potabilidade para consumo humano estabelecidos nas normas vigentes no País (CELLIGOI, 1999). A água subterrânea, além de ser um bem económico é considerada mundialmente uma fonte imprescindível de abastecimento para o consumo humano, para populações que não tem acesso a rede pública de abastecimento ou para aqueles que, mesmo tendo acesso a uma rede de abastecimento, têm fornecimento com frequência irregular. Em dezembro de 2021, a STV na sua rede Televisiva noticiou uma reportagem que ilustrava o consumo de água impropria pelas populações do Bairro de Namacata, devido a degradação da qualidade da água induzida pelo excesso de coliformes fecais, nitratos, pH e óxidos de ferro. Dai surge a questão: Quais são as prováveis causas de excesso de pH, nitratos, de coliformes fecais e óxidos de ferro nas águas subterrâneas do Bairro de Namacata 5. HIPÓTESE Acredita-se que a concentração dos nitratos de coliformes fecais e de óxidos de ferro pode vir estar relacionada com as deficientes práticas de higiene e saneamento do meio; Acredita-se que a concentração dos nitratos de coliformes fecais e de óxidos de ferro pode vir estar relacionada com a geologia local e regional. 7 6. METODOLOGIA CIENTÍFICA A metodologia do presente trabalho, estará dividida nas seguintes etapas: 6.1.Trabalho de Gabinete Esta etapa consistira basicamente na análise de documentos que abordavam sobre o tema proposto tais como: trabalhos anteriores, teses de mestrado e doutoramento, revistas, artigos publicados, livros, cartas geológicas, mapas topográficos, entre outros documentos que de algum modo forneceram informações sobre a Geologia, Hidrogeologia, Geografia da área de estudo, e os Métodos geoquímicos,elaboração de mapas usando os programas ArcMap e GoogleEarth. 6.2.Trabalho de Campo Esta etapa consistira na deslocação para área de estudo com vista a fazer uma colecta das amostras nos furos, pocos e rios existentes nas áreas em estudo onde se concentra uma maior densidade populacional, formando uma malha irregular de amostragem para analises laboratorias. 6.3.Processamento dos dados, análise e interpretação dos resultados 6.3.1. Análise e Interpretação Esta etapa irá consistir na análise e interpretação dos dados colhidos no campo, onde a analise e interpretação destes será feita No Laboratório de Higiene, Água e Alimentos (LHAA) da Direcção Provincial de Saúde (DPS) utilizando Espectrofotometria de absorção molecular BIOCHROM modelo S22; Fotómetro de chama CORNING, modelo 400; Condutimetro, WTW modelo LF91; pH metro, WtW modelo LF91; pH metro portátil INNA modelo HI 83141 Turbidimetro portátil e BUTECH modelo TN-100. 6.3.2. Compilação de dados Consistirá na organização, formalização e documentação de toda informação colhida, analisada e interpretada. 8 6.3.3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 6.3.3.1. Enquadramento geográfico 6.3.3.2. Localização Geográfica do distrito de Quelimane Segundo o MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL, A cidade de Quelimane localiza- se próximo à costa leste do centro de Moçambique entre os paralelos de 17° 52› 42” de latitude S e 36° 53’ 17” de longitude. Limita-se a norte com as localidades de Namacata e Maquival pertencentes aos distritos de Nicoadala e Quelimane, respetivamente, a sul pelo Rio Cuácua (Bons Sinais) que o separa do distrito de Inhassunge, a este limita-se com alocalidade da Madal e a oeste com a localidade de M’purune, como ilustra a Figura 1. Fig. 01: localização geográfica de cidade de Quelimane Fonte: CMCQ, 2012. 6.3.3.4.Clima e Hidrologia, Fisiografia e Solos Segundo o MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL, Climaticamente a região é dominada por climas do tipo semi-árido e sub-húmido seco. A precipitação média anual vária de 800 a 1200 mm, enquanto a evapotranspiração potencial de referência (ETo) está entre os 1300 e 1500 mm. A precipitação média anual pode contudo, mais perto do litoral, por vezes exceder os 9 1500 mm, tornando-se o clima do tipo sub-húmido chuvoso. Em termos da temperatura média durante o período de crescimento das culturas, há regiões cujas temperaturas excedem os 25ºC, embora em geral a temperatura média anual varie entre os 20 e 25ºC. O Distrito é atravessado por importantes rios não permanentes ao longo de todo o ano, exceptuando o rio Lugenda que serve de limite com o Distrito de Mecula da vizinha Província do Niassa. Os rios não são navegáveis devido ao seu curso acidentado, mas contribuem para a prática de actividades agrícolas e de pesca artesanal, gerando rendimentos à população e tornando-se uma fonte importante da economia do Distrito. Uma parte considerável do interior é de altitudes compreendidas entre os 200 e 500 metros, de relevo ondulado, interrompido de quando em quando pelas formações rochosas dos “inselbergs”. Segundo o MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL, Fisiograficamente a área é constituída por uma zona planáltica baixa que, gradualmente passa para um relevo mais dissecado com encostas mais declivosas intermédias, da zona subplanáltica de transição para a zona litoral. Os dambos (ndabo nas línguas locais) são formas especiais dos vales, não sendo exclusivos de uma zona agro-ecológica está presente de uma forma considerável na zona R7. São depressões hidromórficas suaves ou vales extensos, não profundos, sem escoamento de água na forma de uma linha de drenagem ou mesmo leito de rio. O escoamento superficial é lento e difuso para além de poder ainda beneficiar da contribuição do fluxo de água subterrânea, principalmente nas zonas cujos depósitos apresentam texturas grosseiras e arenosa. Estas unidades de terreno são ainda características das áreas mais planas ao longo dos divisores de água dos rios. A fisiografia é dominada pela alternância de interflúvios e os vales dos rios que, devido á sua largura, profundidade e posição (em relação aos rios), poderão alternar com dambos. Os vales dos rios são dominados por solos aluvionares (Fluvisols), escuros, profundos, de textura pesada a média, moderadamente a mal drenados, sujeitos a inundação regular. Nos dambos encontram-se solos hidromórficos de textura variada, desde arenosos de cores cinzentas, arenosos sobre argila a solos argilosos estratificados, de cor escura (Mollic, Gleyic e Dystric Gleysols, e Haplic e Luvic Phaeozems). Os topos e encostas superiores dos interflúvios são dominados por complexos de solos vermelhos e alaranjados (Rhodic Ferralsols, Chromic Luvisols), e amarelos (Haplic Lixisols e Haplic Ferralsols). A maioria dos solos apresenta texturas médias a pesada, 10 sendo profundos, bem a moderadamente bem drenados. Nas encostas intermédias dos interflúvios os solos variam de cor, desde solos com cores pardo-acastanhada a castanho- amareladas, moderadamente bem drenados, com textura argilosa. 6.3.3.5. ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO e HIDROLOGICO 6.3.3.5.1. Geologia Regional Na Província Pegmatítica da Zambézia (região Centro-Norte de Moçambique) as diferentes classes genéticas e geológicas de pegmatitos graníticos estão bem representadas. Apesar dessa diversidade que também é geoquímica, a mineralização em bismuto é ubíqua e independente das composições principais ou enquadramentos geológicos. Assim, conteúdos em Bi altamente anómalos podem ser considerados uma assinatura comum na Província Pegmatítica da Zambézia. Possivelmente é herdada de horizontes protolíticos geoquimicamente enriquecidos, anteriores à anatexia e à geração dos magmas graníticos, ou pode resultar de uma transferência local para o magma pegmatítico a partir de algumas rochas encaixantes assimiladas, ricas em Bi. Para uma herança comum, os estilos contrastantes das associações mineralógicas, podem ser atribuídos à variação de condições termodinâmicas locais ou podem resultar de evoluções magmáticas individualizadas. Uma vez que tanto os pegmatitos LCT como os NYF comportam minerais de bismuto, foram seleccionados pelo contraste geoquímico, alguns pegmatitos do tipo LCT do Alto Ligonha – grupos de Naípa e Namacotche – e do tipo NYF de Mocuba – grupo de Melatube. Estes podem revelar as maiores tendências de mobilização e aprisionamento do Bi. A discriminação de fases e análise microtextura dos minerais e seus intercrescimentos teve como ponto de partida a observação de superfícies polidas em microscópio óptico de luz reflectida (MOLR), acompanhada por contraste de fase em microscópio electrónico de varrimento – electrões retrodifundidos (MEV-ER) e identificação por difractometria de Raios X (Rx). As análises efectuadas em microssonda electrónica permitiram a determinação precisa das composições dos minerais e eventualmente a descrição da sua variabilidade durante estádios sucessivos de equilíbrio e evolução. Os terrenos do NE de Moçambique encontram-se estruturados por dois principais eventos orogénicos megascalares, nomeadamente, Cinturão Orogénico Moçambicano (COM) e Ciclo Orogénico Pan-Africano (COP). Na bibliografia de língua inglesa, o COM é mais conhecido por Mozambique Belt. 11 6.3.3.5.2.Geologia da cidade de Quelimane Geologicamente a cidade de Quelimane é caracterizada pela ocorrência de paragneísseis de grau elevado de metamorfismo, anfibolítos, gneísseis anfíbolicos, quartzitos, gneísseis granulíticos, mangeritos gneissícos, migmatitos e rochas plutónicas. 6.3.3.5.3. Unidades Lito – estratigráficas Grupo de Molócuè Suíte de Mocuba Gnaisses de Mamala e Rapale Suite Culicui Grupos de Mecuburi e Alto Benfica Suíte Serra Morrumbala 6.3.3.5.4. Hidrogeologia Regional Sob ponto de vista Hidrogeológico,os aquíferos de Moçambique encontram-se divididos em 3 domínios (A, B, C), esta divisão baseia-se no tipo dominante da porosidade, na extensão dos aquíferos e na produtividade das formações (D.N.A, 1987). O Domínio A corresponde aos aquíferos em que a água circula predominantemente através de espaços intergranulares, os poros; O domínio B corresponde aos aquíferos em que a água circula predominantemente através de fracturas e de fissuras e o Domínio C abrange áreas em que a ocorrência de águas subterrâneas é limitada ou local e áreas desprovidas de recursos de águas subterrâneas. A porosidade dos aquíferos neste domínio pode ser do tipo intergranulares ou de fissuras. Com base nos caudais previstos nos furos, estes domínios por sua vez são subdivididos em três diferentes grupos: A1- A3, B1-B3 e C1-C3 (sendo 1 mais produtivo que 3, e 2 intermédio). Ainda segundo a AFRICA GROUNDWATER ATLAS, (2015): A produtividade dos aquíferos das áreas de complexo de base, depende principalmente da espessura e textura do manto de alteração e da presença de fracturas características. Devido à natureza localizada das fracturas e às condições atmosféricas, os aquíferos são tipicamente de forma limitada e descontínua. As excepções correspondem a zonas de falhas e fracturas, vales cheios de aluvião 12 não consolidado, ou onde o manto de alteração é particularmente espesso (20 a 50 m), em que são possíveis rendimentos de até 5m3/h. Figura 2. Enquadramento Hidrogeológico, Extraído da Carta hidrogeológica de Moçambique de Escala 1:1000000 (D.N.A, 1987). A cidade de Quelimane pertence a Província hidrogeológica do Complexo de Base e é dominado pelo Domínio C2 (Figura 4), que abrange áreas de permeabilidade baixa em que a ocorrência da água subterrânea é limitada (produtividade menor que 3m3/h), ou local, a porosidade dos aquíferos pode ser do tipo intergranular ou fissural. Em seu estado inalterado, não fracturado, as rochas duras (resistentes ao intemperismo) do Complexo de Base não tem praticamente nenhuma permeabilidade. A água subterrânea é armazenada e flui através de fracturas, quando existem, e um manto de alteração que se desenvolve na parte superior da rocha, menos desenvolvido, cuja espessura raramente atinge os 20m limitando a ocorrência de água subterrânea (AFRICA GROUNDWATER ATLAS, 2015). 13 7.FUNDAMENTACAO TEÓRICA 7.1. Conceitos básicos 7.1.1. Avaliação da qualidade de água subterrânea Avaliação da qualidade de água subterrânea pode ser realizada por meio da análise de diferentes parâmetros físico-quimicos e bacterioriologicos, bem como aplicação de diferentes índices. Como essa avaliação envolve a análise de muitos dados e variáveis. Uma solução pode ser dada, pelo tratamento multivariado dos dados (FRANCA et al,2018). 7.1.2. Hidrogeologia 7.1.3. Águas subterrâneas Em geologia considera-se água subterrânea toda aquela água que ocupa todos os espaços vazios de uma formação geológica, os chamados aquíferos. Estão disponíveis em todas as regiões da Terra, constituindo importante recurso natural. Essas são utilizadas frequentemente para abastecimento doméstico, irrigações em áreas rurais e fins industriais (TUNDISI, 2003). Em geral, as águas subterrâneas apresentam características físicas perfeitamente compatíveis com os padrões de água potável, sendo uma fonte rica para o abastecimento hídrico das cidades, diante do aumento populacional (VELOSO, 2006). 7.1.4. Ambientes de ocorrência das águas subterrâneas As águas subterrâneas ocorrem em dois tipos principais de ambientes geológicos (LUIZ, s/d): Nas bacias sedimentares, que abrigam grandes espessuras de sedimentos e de rochas sedimentares; Nas áreas de embasamento, onde rochas ígneas e metamórficas afloram ou são recobertas por uma pequena espessura de sedimentos. Nas bacias sedimentares a água subterrânea pode encontrar-se em aquíferos constituídos de sedimentos inconsolidados (areias, cascalhos) ou de rochas sedimentares (arenitos, calcários, dolomitos), que ocorrem na forma de camadas extensas ou de lentes ou, ainda, na forma de paleocanais(GONÇALVES,2001). 14 Figura 3: Ocorrência de águas subterrâneas nas bacias sedimentares. Fonte: LUIZ, s/d. Nas áreas de embasamento a maior quantidade de água encontra-se normalmente nas fracturas que cortam rochas intrusivas, derrames basálticos ou rochas metamórficas. A água pode também ser retirada das zonas de alteração dessas rochas ou de paleovales nelas encaixados (LUIZ, s/d). Figura 4: Ocorrência de águas subterrâneas nas áreas de embasamento. Fonte: LUIZ, s/d. Segundo BRAGA (2007), nas regiões em que existe pequena espessura de material sedimentar, a quantidade de água subterrânea que pode ser retirada do subsolo é geralmente muito pouca. Quantidades apreciáveis de água subterrânea podem, entretanto, ser retiradas de fracturas das rochas do basamento que repousam logo abaixo do material sedimentar. 15 7.1.5. Armazenamento das águas em rochas As águas subterrâneas armazenam-se em espaços vazios nos materiais geológicos (solos e rochas), caracterizados por espaços intergranulares ou por espaços abertos pelo fracturamento ou fissuramento das rochas e por espaços gerados pela dissolução de minerais (ALMEIDA et al., 2006). Os materiais geológicos que apresentam porosidade intercomunicável compõem os aquíferos. 7.1.6. Classificação das formações geológicas armazenadoras das águas subterrâneas As formações geológicas armazenadoras das águas subterrâneas possuem duas características fundamentais: a primeira é a aptidão de armazenar água e a segunda corresponde com a capacidade de escoar a água subterrânea (FOSTER et al, 2003). Segundo BRAGA (s/d), as formações geológicas são classificadas em quatro grupos de acordo com a menor ou maior facilidade de armazenar e transmitir águas subterrâneas: Aquífugo: Formações geológicas impermeáveis e sem vazios que não armazenam nem transmitem água (ex: os maciços graníticos sãos e não fracturados, formações metamórficas não alteradas e sem fendas e fracturas); Aquitardo: Formações geológicas que podem armazenar água, mas que a transmitem lentamente não sendo rentável o seu aproveitamento a partir de captações (ex: formações constituídas de argilas siltosas ou silto-arenosas); Aquiclude: Formações geológicas que podem armazenar água, mas não a transmitem (a agua não circula), por possuírem características de retenção muito fortes (praticamente são impermeáveis), não possibilitando assim a sua extracção (ex: formações elevadas teor em argila); Aquíferos: formações geológicas ou rochas que armazenam água e permitem sua circulação, são verdadeiros reservatórios de águas subterrâneas. Deste modo, para ser classificada como aquífero, uma formação geológica deve conter poros ou espaços abertos repletos de água; além disso, esses poros devem ser suficientemente grandes em ordem a permitirem à água mover-se através deles, em direcção aos poros e nascentes, com uma vazão apreciável (MONTEIRO, 1999). 16 7.1.7. Os aquíferos TEIXEIRA et al, (2008) denomina aquíferos como sendo unidades rochosas ou de sedimentos, porosos e permeáveis, que armazenam e transmitem volumes significativos de água subterrânea passíveis de ser explorados pela sociedade. ALMEIDA et al, (2006) consideram que aquífero é um reservatório de água subterrânea, que se forma naturalmente em formações geológicas contendo poros ligados entre si, podendo armazenar a água em grandes quantidades e transmiti- la com relativa rapidez. Podem ter extensões em área que variam de dezenas de m² a milhares de km² e espessuras que variam de poucos metros a centenas de metros. Segundo TEIXEIRA et al, (2008) muito embora os aquíferos formem o maior reservatório de água líquida do mundo, sua distribuição não é igual no planeta. Algumas áreas possuem uma abundância desterecurso enquanto em outras é quase inexistente. 7.1.8. Classificação dos aquíferos Segundo PINTO-COELHO e HAVENS (2015) os reservatórios subterrâneos naturais onde a água se armazena (aquíferos) podem ser classificados de duas formas: segundo a camada confinante e segundo a composição dos materiais geológicos e a forma como a água é armazenada. 7.1.8.1. Classificação dos aquíferos segundo a camada confinante De acordo com BRAGA (s/d), segundo a camada confinante, os aquíferos podem ser: Aquíferos Livres ou Freáticos: é um extratos permeável, parcialmente saturado de água, cuja base é uma camada impermeável ou semipermeável. O topo é limitado pela própria superfície livre da água também chamado de superfície freática, sobre pressão atmosférica; Aquíferos Confinados ou Artesianos: é um aquífero completamente saturado de água, cujo limite superior (teto) e inferior (piso) são extractos impermeáveis. A água desse aquífero chama- se artesiana ou confinada e sua pressão é, geralmente, mais alta que a pressão atmosférica. Por isso quando se perfura o aquífero, a água sobe para um nível bem superior, podendo até jorrar. 17 7.1.8.2. Classificação dos aquíferos em função da composição dos materiais geológicos e a forma como a água é armazenada Segundo COSTA (2008), em função da composição dos materiais geológicos e a forma como as águas são armazenadas, os aquíferos podem ser classificados em Granulares, Cársticos e Fracturados. Figura 5: Aquíferos: (A) Granular; (B) Cársico; e (C) Fraturados. Fonte: VALLEJO et al, 2002 apud COSTA, 2008. Aquífero granular – formado por rochas sedimentares não consolidadas, onde a circulação da água se faz nos poros formados entre os grãos de areia, silte e argila. Constituem os mais importantes aquíferos, pelo grande volume de água que armazenam, e pela ocorrência em grandes áreas. Estes aquíferos ocorrem nas bacias sedimentares e zonas de planícies onde se acumularam sedimentos arenosos; Aquífero cárstico – formado em rochas calcárias ou carbonatadas, onde a circulação da água se faz nas fracturas e por outras descontinuidades (diáclases) que resultaram da dissolução do carbonato pela água, podendo atingir aberturas muito grandes, criando verdadeiros rios subterrâneos. Aquífero fracturados – formado por rochas ígneas e metamórficas, por exemplo: basalto, granitos, gabros, xistos, etc. A circulação da água faz-se nas fracturas, fendas e falhas, abertas devido as tensões tectónicas. A capacidade dessas rochas de acumularem água está relacionada à quantidade de fracturas, á abertura e intercomunicação, permitindo a infiltração e fluxo da água. Os aquíferos fracturados caracterizam-se por ser um meio hidraulicamente descontínuo, heterogéneo e anisotrópico. Não apresentam parâmetros hidrodinâmicos constantes, pois a porosidade é meramente função das fracturas, que não se distribuem homogeneamente por todo aquífero (COSTA, 2008). A área de recarga dos aquíferos fracturados relaciona-se à infiltração que ocorre a partir dos cursos de água que estão encaixados em um sistema integrado de 18 fracturas. O reabastecimento é realizado, também, a partir da infiltração directa das águas das chuvas, através dos solos residuais (BRAGA, 2000). 7.1.8.3. Classificação hidrogeológica das formações rochosas A capacidade de armazenar a água e permitir a sua circulação, permitem agrupar as formações e estruturas geológicas em quatro grandes tipos segundo SINGHAL e GUPTA (1999): o grupo das rochas cristalinas, grupo das rochas vulcânicas, grupo das rochas carbonatadas e das rochas clásticas. Tabela 1: Classificação hidrogeológica das rochas. Fonte: Adaptado de SINGHAL e GUPTA (1999). Grupo de rochas Tipos de rochas e exemplos Principais meios de ocorrência de água Cristalinas Rochas Ígneas intrusivas: granito etc.; Metamórficas: xistos, gnaisses, etc. Zonas de alteração física e química (diáclases, falhas, planos de foliação). Vulcânicas Rochas Vulcânicas: basaltos, andesitos, riólitos, etc. Zona de alteração física e química. Diáclases falhas, vesículas e descontinuidades entre camadas Carbonatadas Rochas Carbonatadas: calcário e dolomite Descontinuidades: falhas, diáclases; cavidades de dissolução. Clásticas Rochas sedimentares consolidadas: siltitos, arenitos, conglomerados, etc. Rochas Sedimentares não consolidadas: Cascalho, areia, silte, etc. Espaços intergranulares (Poros); diáclases, falhas. 7.1.8.4. Permeabilidade e Porosidade Porosidade é a capacidade que o solo ou rocha tem de armazenar água. É medida pelo percentual de volume ocupado pelos vazios ou poros no volume do corpo rochoso. Permeabilidade é a capacidade que tem a rocha ou solo para armazenar e transmitir a água. Ela depende do tamanho dos poros e da intercomunicação entre eles (CAPUCCI et al, 2001). As rochas sedimentares (rochas moles) têm alta porosidade ao contrário das rochas cristalinas (rochas duras), mas nem todas possuem alta permeabilidade. As argilas têm poros tão pequenos que não deixam passar água, sendo por isso consideradas praticamente impermeáveis. Outras rochas sedimentares como os arenitos e areias inconsolidadas possuem tanto porosidade quanto permeabilidade elevadas. Já nas rochas cristalinas, a permeabilidade será proporcional ao número de fracturas e interconexão entre elas (CAPUCCI et al, 2001). 19 Para existir água subterrânea, a água meteórica terá de conseguir atravessar e circular através das formações geológicas que têm de ser porosas e permeáveis. As rochas ígneas e metamórficas não alteradas são fracos aquíferos, em virtude de apresentarem baixa permeabilidade e porosidade (ABOO, 2013). 7.1.8.7. Hidrogeoquímica Natural das Águas Subterrâneas A hidrogeoquímica é uma ciência multidisciplinar, com enfoque voltado para a compreensão da origem dos constituintes presentes na água subterrânea e da evolução química que ocorre nos sistemas de fluxos subterrâneos. 7.1.8.6. Parâmetro em análise para controlo de qualidade das águas subterrâneas Segundo Freitas (2013), a qualidade da água é definida por sua composição e pelo conhecimento dos efeitos que podem causar seus constituintes. O conjunto destes constituintes permite que se estabeleçam padrões de qualidade, classificando-os, de acordo com seus usos (consumo humano, dessedentação animal, irrigação, industrial, piscicultura, aquicultura, recreação e urbano). A disponibilidade dos recursos subterrâneos para determinado tipo de uso depende, fundamentalmente, da qualidade físico-química e bacteriológica da água. Físico-química: analisa o grau de presença de substâncias químicas na água bem como suas características organoléticas. Microbiológica: detecta a presença de microrganismos. As análises bacteriológicas têm como foco principal a identificação de Escherichia coli, principal indicador de contaminação e de bactérias que fazem parte do grupo de coliformes totais. Em Moçambique é a Lei no16/91 de 3 de agosto estabelece os padrões de qualidade da água destinada ao consumo humano é definido pelo Decreto do Ministério da Saúde (MOÇAMBIQUE). Esta Portaria visa à proteção da saúde pública e o controle de substâncias potencialmente prejudiciais à saúde, como microrganismos patogénicos, substâncias tóxicas ou venenosas e elementos radioativos, aplica à água destinada ao consumo humano proveniente de sistema e solução alternativa, coletiva ou individual de abastecimento de água. Os parâmetros são dispostos com seus respectivos valores máximos permitidos (VMP). 20 7.1.8.7.Parâmetros físicos Cor - responsável pela coloração da água, é constituída por material sólido dissolvido. Ela pode ser de origem natural (decomposição da matéria orgânica gerando ácido húmico ou pela presença de 𝐹𝑒 ou 𝑀𝑛) ou de origem antropogénica (resíduos industriais como corantes ou esgotos domésticos).Turbidez - representa o grau de interferência com a passagem da luz através da água, conferindo uma aparência turva à mesma. A fonte é sólida em suspensão que pode ser de origem natural (partículas de rocha, areia e silte, além de algas e outros minerais) ou antropogénica (despejos domésticos, industriais, microorganismos e erosão). Sólidos dissolvidos: material que passa através do filtro. Representam a matéria em solução ou em estado coloidal presente na amostra do efluente. Temperatura: é a medida de aquecimento ou arrefecimento do corpo, sendo originada de forma natural. A sua importância consiste no facto de que ela afecta a taxa das reacções químicas e biológicas assim como a solubilidade dos gases (𝑂2 e 𝐻2𝑆), Este parâmetro é utilizado na caracterização de corpos de água e da água bruta. pH é um parâmetro que indica a concentração de iões H+ em uma amostra, ou seja, é indicador da acidez ou basicidade da água. A água de qualidade para fins do consumo deve apresentar-se na faixa de pH (6.5-8.5); acima desta, pode causar desequilíbrio nutricional ou pode conter um ião tóxico que pode causar irritação da pele e abaixo da faixa pode causar corrosão nas tubulações (CHIBANTÃO, 2012). Para a sua medição utiliza-se um condutivímetro, que é dotado de eléctrodo de vidro em associação com soluções indicadoras ou papel indicador. Condutividade: é a capacidade da água transmitir a corrente eléctrica pela presença de iões (catiões e aniões). A sua origem é da dissociação de substâncias que se encontram dissolvidas na água. Para a sua medida é utilizado um condutivímetro que fornece o resultado em microsiemens por centímetro (μS/cm) ou em milisiemens por centímetro (mS/cm) (SOUZA, 2006). 7.1.8.8. Parâmetros químicos Alcalinidade: causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e cálcio; mede a capacidade da água de neutralizar os ácidos fortes até um determinado 𝑃𝐻; em teores elevados, pode 21 proporcionar sabor desagradável à água, tem influência nos processos de tratamento da água. Para medir alcalinidade em laboratório, utiliza-se o ácido sulfúrico. A alcalinidade é devida principalmente à presença de bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos. Os compostos mais comuns são os seguintes: Hidróxidos de cálcio ou de magnésio; Carbonatos de cálcio ou de magnésio; Bicarbonatos de cálcio ou de magnésio; Bicarbonatos de sódio ou de potássio. A presença demasiada dos iões HCO3- e CO3+3 pode provocar a precipitação do cálcio nas tubulações, diminuindo a eficiência de aplicação da água e elevando o risco de maior quantidade de sódio (BOANA, 2011). Dureza é a soma de cálcio (Ca+) e magnésio Mg+ e é tida como uma medida da capacidade da água de precipitar sabão. O sabão é precipitado principalmente pela presença de iões cálcio e magnésio. Outros catiões, como por exemplo, ferro, manganês e zinco, podem precipitar o sabão; porém, geralmente estão presentes na água na forma de complexos, frequentemente com constituintes orgânicos, e na sua participação na dureza da água é mínima. O cálcio e magnésio estão presentes na água, principalmente nas seguintes formas: - Bicarbonato de cálcio e de magnésio designa-se por dureza temporária; - Sulfato de cálcio e de magnésio designa-se por dureza permanente (BOANA, 2011). Em concentrações elevadas consomem muito sabão na limpeza em geral, deixam resíduos insolúveis e causam corrosão e incrustações nas tubulações, tradicionalmente, a dureza exprime a capacidade de a água reagir com sabões. Actualmente, utiliza-se o método de titulação com EDTA (ácido etileno diaminotetracético), para analisar dureza. Classificação das águas, em termos de dureza em 𝐶𝑎𝐶𝑂3: Menor que 50mg/L CaCO3- água mole; Entre 50 e 150mg/L CaCO3- água com dureza moderada; Entre 150 e 300mg/L CaCO3- água dura; Maior que 300mg/L CaCO3- água muito dura (CHIBANTÃO, 2012). 22 Cloreto: é um dos aniões presentes em grande quantidade na água, e pode dar uma ideia do seu grau de salinidade. A sua presença na água é devida à contaminação por águas de esgotos, dissolução de minerais ou da intrusão de águas do mar. O cloreto provoca sabor salgado na água, sendo o cloreto de sódio o mais restritivo por provocar sabor em concentrações da ordem de 250mg/L,valor este que é tomado como padrão de potabilidade (BOANA, 2011). Nitrogénio: pode estar presente na água sob várias formas: molecular ou iónica (amónia, nitrito, nitrato), é um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas, em excesso, pode ocasionar um exagerado desenvolvimento desses organismos, fenómeno chamado de eutrofização. A presença do ião nitrato, na água, pode causar a metemoglobinemia. As causas do aumento do nitrogénio na água são devido aos esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, excrementos de animais (BOANA, 2011). O nitrogénio é encontrado essencialmente na atmosfera na forma molecular (N2), porém de pouca reactividade. O ciclo deste elemento permite a existência de várias espécies, sendo amónia, nitrato e nitrito as principais, ocorrendo em trocas constantes nas geosferas (rocha, água, ar, solo e organismos). São as seguintes as fontes de nitrato que podem interagir com as águas subterrâneas: jazidas minerais, adubos químicos, águas pluviais, algas azuis e verdes, plantas leguminosas e efluentes domésticos e industriais, (MATHESS,1980). Sódio Na+: o sódio é um elemento químico quase sempre esta presente nas águas subterrâneas. A sua principal fonte mineral (feldspatos plagioclásios) é pouco resistente aos processos intempéricos, principalmente a química. Os sais formados nestes processos são muito solúveis. Nas águas subterrâneas o teor de sódio varia entre 0,1 e 100mg/L. A quantidade de sódio presente na água é um elemento limitante de seu uso na agricultura. Em aquíferos, a presença de sódio na água poderá estar relacionada a intrusão da água do mar (SOUZA, 2006). Ferro aparece principalmente em águas subterrâneas devido à dissolução do minério pelo gás carbónico da água. Apesar de não se constituir em um tóxico, o ferro traz diversos problemas para o abastecimento público de água. Confere cor e sabor à água, provocando manchas em roupas e utensílios sanitários. Também traz o problema do desenvolvimento de depósitos em canalizações e de ferro-bactérias, provocando a contaminação biológica da água na própria rede de distribuição. Por estes motivos, o ferro constitui-se em padrão de potabilidade (Cetesb 2001). 23 O ferro é encontrado praticamente em todas as águas, porém, quando encontrado em teores superiores a 0,2 mg/L, a água tem sua cor, odor e sabor alterados. Teores de ferro dessa ordem tendem a reduzir a aceitação da água pela população, pelo fato de causarem manchas em roupas e pisos, entre outros inconvenientes. Nesses casos, a população busca outras fontes de abastecimento, em geral poços escavados rasos, cuja água pode apresentar teores elevados de substâncias tóxicas a exemplo do nitrato (NO3-) e do amônia (NH4+). Assim sendo, é importante que a água fornecida à população apresente baixos teores de ferro dissolvido, de forma a garantir a sua aceitação pelos consumidores. Além da rejeição da água pelos consumidores, a presença de ferro na água pode implicar na sua precipitação nos filtros ou no pré-filtro de poços, reduzindo a eficiência destes. A precipitação de ferro nos sistemas de distribuição de água também é outro problema frequente. 7.1.8.9. Contaminação das águas subterrâneas A contaminação é a presença de concentrações elevadas de substâncias na água, isto é, concentrações que estão acima do nível base estabelecido. Por sua vez, a poluição é a introdução pelo Homem, directa ou indiretamente, de substâncias no meio aquático, resultando em efeitos nocivos que prejudiquem os seres vivos e representam um perigo para a saúde humana. A poluição das águas subterrâneas égeralmente difícil de detectar. Na maioria das vezes, a contaminação só é descoberta no momento em que substâncias nocivas aparecem nos reservatórios de água potável, quando a poluição já se espalhou sobre uma grande área (CAPUCCI et al, 2001). A água subterrânea poluída só pode ser descontaminada por intermédio de processos caros e demorados através de sofisticadas tecnologias. Nos piores casos, o abandono completo da sua utilização durante muito tempo é a melhor solução. Estes factos são cada vez mais reconhecidos pela comunidade internacional, pelo que a ciência e a tecnologia se encontram cada vez mais empenhadas em ajudar, de forma a evitar os efeitos mais nocivos. Os preciosos recursos de água subterrânea precisam, cada vez mais, de ser protegidos e bem geridos, de forma a permitir a sua utilização sustentável a longo prazo. Da mais variadas fontes de contaminação das águas subterrâneas destacam-se as operações mineiras, fossas mal construídas, a sobreexploração dos aquíferos costeiros, as lixeiras a céu aberto, os aterros sanitários de construção defeituosa, os esgotos subterrâneos, a injecção e 24 armazenamento de resíduos perigosos no subsolo, efluentes urbanos e industriais, os adubos, fertilizantes e pesticidas usados intensivamente nas actividades agrícolas, a deposição de dejectos animais resultantes das actividades agro-pecuárias. Em Moçambique existem cerca de 20 mil fontes de água subterrânea (poços e furos), inclusive algumas capitais provinciais como Pemba, Quelimane, Tete e Xai-Xai, dependem quase exclusivamente das águas subterrâneas. O abastecimento a partir destas fontes é feito por pequenos operadores privados, cujo número tende a crescer e registam-se casos de poluição dos aquíferos, resultante da ocupação desordenada do solo, fossas sépticas mal construídas, a sobre exploração dos aquíferos costeiros e lixeiras a céu aberto nas principais capitais provinciais. É de salientar que em Moçambique desde a independência em 1975 até ao ano 2011, não existia nenhuma lei que regulasse as actividades de pesquisa e captação de águas subterrâneas, este facto também contribuiu para a gestão inadequada dos recursos subterrâneos por parte das populações locais. Mesmo com a regulamentação das águas subterrâneas, o país ainda tem pela frente muito trabalho, desde a inventariação dos poços e furos e a sensibilização da população (ABOO, 2013). 7.2. Valores recomendáveis de parâmetros referentes á qualidade de água para fins de consumo humano. Tabela 2: Valores limites recomendáveis de parâmetros físico-químicos referentes à qualidade da água para o consumo. Característica Limite Admissível Unidades Mínimo Máximo PH 6,5 8,5 ------ Condutividade eléctrica 50 2000 μS/cm Turvação 0,5 5 NTU Deposito --- Ausente ---- Cor --- 15 TCU Nitratos --- 50 𝑚𝑔/𝑙𝑁𝑂3 − Nitritos --- 3 𝑚𝑔/𝑙𝑁𝑂2 − Cloretos ---- 250 𝑚𝑔𝑙𝐶𝑙− Amoníaco como 𝑁𝐻4 + --- 1,5 𝑚𝑔/𝑙𝑁𝐻4 + 25 Dureza Total --- 500 𝑚𝑔/𝑙𝐶𝑎𝐶𝑂3 Sulfatos --- 400 𝑚𝑔/𝑙𝑆𝑂4 Sólidos Totais dissolvidos ---- 1000 𝑚𝑔/𝑙 Matéria Orgânica --- 3 𝑚𝑔/𝑙𝑂2 Sódio -- 200 𝑚𝑔/𝑙 𝑁𝑎+ Potássio -- 50 𝑚𝑔/𝑙𝐾+ Cálcio --- 50 𝑚𝑔/𝑙𝐶𝑎 Magnésio --- 50 𝑚𝑔/𝑙𝑀𝑔 Manganês --- 0,4 𝑚𝑔/𝑙𝑀𝑛 Ferro Total ---- 0,2 𝑚𝑔/𝑙𝐹𝑒 Fonte: MISAU 7.2.1. Métodos de análise Para a análise das amostras da água foram usados métodos clássicos como a volumetria para a determinação de Cl-, dureza total. Também foram usados métodos instrumentais como fotometria de chama (FC) para análise CE por condutimetria; turvação por turbidimetria portátil e NO3- por Espectrofotometria UV-Visível. 7.2.2. Volumetria A volumetria é efectuada fazendo-se reagir uma solução de concentração rigorosamente conhecida (solução - padrão) geralmente contida numa bureta com a solução de concentração desconhecida (VOGEL, 1992). 7.2.3. Turbidimetria A turbidimetria baseia-se no fenómeno do espalhamento da radiação electromagnética por partículas em suspensão com dimensões de 1 ηm a 1μm (GONÇALVES, 2001). Quando se faz passar um feixe de radiação através de uma suspensão não absorvente, uma parte deste feixe de radiação é espalhada e isto faz com que ocorra uma atenuação na potência do feixe incidente. A turbidimetria utiliza a medida da atenuação na potência do feixe incidente, relacionando com a concentração da espécie química em suspensão (SILVA, 2008). 26 7.2.4. Condutimetria A condutimetria baseia-se em medidas da condutividade ou condutância eléctrica das soluções iónicas. A condução da electricidade está relacionada com a migração de iões negativos e positivos, quando se aplica uma diferença de potencial entre dois eléctrodos mergulhados na solução electrolítica. Os iões negativos migram para o eléctrodo positivo e os iões positivos para o eléctrodo negativo. A condutância de uma solução iónica depende da natureza dos iões, ou seja, da carga, da mobilidade dos iões e do número de iões presentes (COSTA, 1987). 7.2.5. Fotometria de chama A fotometria de chama é a mais simples das técnicas analíticas baseadas em espectroscopia atómica. Nesse caso, a amostra contendo catiões metálicos é inserida em uma chama e analisada pela quantidade de radiação emitida pelas espécies atómicas ou iónicas excitadas. Os elementos ao receberem energia de uma chama geram espécies excitadas que, ao retornarem para o estado fundamental, libertam parte da energia recebida na forma de radiação, em comprimentos de onda característicos para cada elemento químico (OKUMURA et al, 2004). Este método é aplicado normalmente na determinação de metais alcalinos, especificamente Na, K e Li podendo também ser usado para determinação de metais alcalino-terrosos. Estes elementos são distinguíveis pela coloração característica que emitem quando são submetidos ao aquecimento numa chama. A fotometria de chama apresenta interferência, sendo a mais importante a de ionização (GONÇALVES, 2001). 7.2.6.Espectrofotometria UV-Visível Nesta técnica um feixe de luz dos comprimentos de onda da região do ultravioleta e visível atravessa pelo espécimen e a sua intensidade antes e depois da interacção com a amostra é medida de modo a determinar a luz transmitida ou absorvida pela amostra (OKUMURA et al, 2004). 7.2.7. Parâmetros de qualidade de água destinada ao consumo Humano Segundo Freitas (2013), a qualidade da água é definida por sua composição e pelo conhecimento dos efeitos que podem causar seus constituintes. O conjunto destes constituintes permite que se estabeleçam padrões de qualidade, classificando-os, de acordo com seus usos (consumo humano, dessedentação animal, irrigação, industrial, piscicultura, agricultura, recreação e urbano). 27 A disponibilidade dos recursos subterrâneos para determinado tipo de uso depende, fundamentalmente, da qualidade físico-química e bacteriológica da água. Físico-química: analisa o grau de presença de substâncias químicas na água bem como suas características organoléticas. Microbiológica: detecta a presença de microrganismos. As análises bacteriológicas têm como foco principal a identificação de Escherichia coli, principal indicador de contaminação e de bactérias que fazem parte do grupo de coliformes totais. 7.2.8. Parâmetros microbiológicos Coliformes são indicadores da presença de micro-organismos patogénicos na água os coliformes fecais existentes em grande quantidade nas fezes humanas quando encontrados na água significa que a mesma recebeu esgotos domésticos, podendo conter micro-organismos causadores de doenças. O grupo de bactérias denominado coliforme comporta todos os bacilos aeróbicos e é composto por Escherichia, Citrobacter, Klesbiella e Enterobacter. Nem todos esses organismos são patôgenos, ou só habitam o trato gastrointestinal. Podem ser encontrados em pastagens, solos, plantas submersas e mesmo em outroslugares do organismo, sendo por isso, denominados “coliformes totais”. Há também os Coliformes Fecais, também chamados de Coliformes Termotolerantes, pois toleram temperaturas acima de 40ºC e reproduzem-se nessa temperatura em menos de 24 horas. Este grupo é associado às fezes de animais de sangue quente. 7.2.9. Valores de Parâmetros microbiológicos referentes à qualidade da água para o consumo humano. Tabela 3: valores de Parâmetros microbiológicos referentes à qualidade da água para o consumo humano. Parâmetro Limite máximo admissível Unidade Riscos para a Saúde publica Coliformes totais Ausente NPM/100ml No de colonias/100ml Doenças gastrointestinais Coliformes fecais Ausente NPM/100ml No de colonias/100ml Doenças gastrointestinais Vibrião cholerae Ausente 1000ml Doenças gastrointestinais Fonte: MISAU 28 8.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES Etap a Act\Per (mês) Abril 2022 Maio 2022 Junho 2022 Julho 2022 Agosto 2022 Setembro 2022 1a Pesquisa bibliográfica 2a Esboço do projecto 3a Trabalho de Campo 4a Análise e compilação de dados 5a Elaboração do trabalho final 6a Defesa do trabalho final 9.TABELA DE ORÇAMENTO Material Quantidade Preços Bloco de notas 1 15.00mt Canetas 2 20.00mt Lápis 1 35.00mt Transporte 2200.00mt Alojamento e alimentação 3500.00mt/4 dias Total 5770.00mt 29 10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AFONSO, R. S. A. Geologia de Moçambique. Nota explicativa de carta geológica de Moçambique 1: 2000 000. Imprensa Nacional de Moçambique. Maputo, 1976, 175 p. ALMEIDA, L. et al. 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