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Saúde do homem Profª Joelma Camilo HPV E CÂNCER DE TESTÍCULO HOMENS SÃO MAIS VULNERÁVEIS ÀS DOENÇAS, SOBRETUDO ÀS ENFERMIDADES GRAVES E CRÔNICAS, E MORREM MAIS PRECOCEMENTE QUE AS MULHERES (NARDI ET AL , 2007) • Muitos agravos poderiam ser evitados • Sobrecarga financeira do sistema • Sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família • qualidade de vida a longo prazo. ADESÃO À ATENÇÃO PRIMÁRIA O HPV E A NEOPLASIA DE TESTÍCULO SÃO DOENÇAS DO SISTEMA GENITURINÁRIO MASCULINO ESTE TRABALHO VISA SISTEMATIZAR A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM, AUXILIANDO NA DIMINUIÇÃO DE MORBIMORTALIDADE DA POPULAÇÃO MASCULINA. O Papilomavírus Humano é uma infecção sexualmente transmissível que acomete homens e mulheres. Estima-se que entre 75 a 80% dos homens serão infetados pelo HPV em determinado momento da sua vida. Caracterizado pelo aparecimento de verrugas no pênis, escroto ou ânus, podendo ser assintomático. HPV DNA – PAPILLOMAVIRIDAE – 200 TIPOS DE HPV • Transmissão: atividade sexual ou autoinoculação. → Camisinha x ausência de penetração x maior transmissibilidade • Diagnóstico: clínico. • Tratamento: erradicar as lesões visíveis/ condilomas A biópsia → dúvida diagnóstica, na presença de lesões atípicas ou que não respondem adequadamente aos tratamentos, e em lesões suspeitas ou muito volumosas em pessoas com imunodeficiências. Mesmo sem tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e volume. O tratamento das verrugas não elimina a infecção. Aqueles que não eliminam o HPV, também podem transmitir o vírus, mesmo assintomáticos. U N I V E R S I D A D E D E N E W S O U T H W A L E S , N A A U S T R Á L I A , B U S C O U V I N C U L A R O C Â N C E R D E P R Ó S TATA A O H P V P R E S E N Ç A D E 2 2 % N O S M A L I G N O S V S . 7 % B E N I G N O S M O R TA L I D A D E P O R C Â N C E R D O C O L O D O Ú T E R O A LTA , P O R C Â N C E R D E P R Ó S TATA TA M B É M . “Embora os HPVs sejam apenas um dos muitos patógenos identificados no câncer de próstata, eles são os únicos que podem ser prevenidos pela vacinação”. N O B R A S I L , A VA C I N A Ç Ã O É A D M I N I S T R A D A G R AT U I TA M E N T E N A A D O L E S C Ê N C I A . M E N I N O S D E 11 A 1 4 A N O S E M E N I N A S E N T R E 9 E 1 4 A N O S D E V E M C O M PA R E C E R À S U N I D A D E S B Á S I C A S D E S A Ú D E ( U B S ) D E T O D O O PA Í S , C O M I N T E R VA L O D E S E I S M E S E S E N T R E A S D U A S D O S E S O B R I G AT Ó R I A S . FLUXOGRAMA DE TRATAMENTO PROBLEMÁTICA • Definição do Problema: prevalência do HPV em todas as fases da vida do homem • Priorização do Problema: Prevalência do HPV na saúde do homem • Descrição do Problema: Adquirido com facilidade entre os homens, sendo comum entre a população masculina de forma assintomática EXPLICAÇÃO DO PROBLEMA A. Causas relacionadas aos pacientes: Prática de relação sexual desprotegida e comportamentos sexuais de risco; múltiplos parceiros; início precoce das práticas sexuais; prática com pessoas infectadas. B. Causa relacionada à equipe de saúde: Falta de ações educativas voltadas a saúde do homem e o HPV na unidade básica de saúde. C. Fatores relacionados ao processo de trabalho: A carga horária de trabalho não permite que a população masculina foque no cuidado em saúde. D. Causas relacionadas à gestão da saúde: Falta de investimento em ações educativas e incentivo insuficiente a programas voltados à saúde do homem. E. Indicadores de morbimortalidade significativo: A infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) é responsável pelo aumento de morbidade e mortalidade associada ao desenvolvimento de neoplasias malignas, reportando assim uma preocupação eminente em saúde pública. CÂNCER DE TESTÍCULO Os testículos são parte do sistema reprodutivo do homem e estão localizados no sacro escrotal, atrás do pênis e fora da cavidade abdominal e produzem hormônios sexuais e células necessárias para fertilizar um óvulo; O câncer de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer desenvolvidos entre os homens, sendo facilmente curado quando detectado precocemente e apresenta baixo índice de mortalidade. APESAR DE RARO, PREOCUPA POR OCORRER EM HOMENS EM IDADE PRODUTIVA CHANCE DE SER CONFUNDIDO, OU MASCARADO, POR ORQUIEPIDIDIMITES . Sinais encontrados: Aparecimento de um nódulo sólido, geralmente indolor, de tamanho aproximado de uma ervilha. Outras alterações: • Aumento ou diminuição no tamanho dos testículos; • Endurecimentos; • Dor imprecisa na parte baixa do abdômen; • Sangue na urina; • Aumento ou sensibilidade dos mamilos; • Puberdade precoce. A melhor opção para um diagnóstico precoce é o autoexame dos testículos; A autoavaliação deve ser estimulada pela equipe de saúde; Investigação precisa no caso de alteração. PROBLEMÁTICA • Definição do Problema: O câncer de testículos tem uma incidência pequena em relação a outros cânceres, isso faz com que as buscas por sinais e sintomas não faça parte da rotina médica e de enfermagem, ou mesmo das ações de saúde destinadas aos homens. Essa situação gera uma falta de conhecimento sobre o tema, o qual prejudica o diagnóstico precoce. • Priorização do Problema: Ênfase no diagnóstico desse tipo de câncer, pois a saúde do sistema urinário e reprodutor masculino é focado no câncer de próstata, que é o câncer de maior incidência. • Descrição do Problema: O câncer de testículos corresponde a uma parcela pequena entre os casos de câncer no homem, o que sugestiona a suspeita a outros problemas. Os sintomas são facilmente confundidos com uma infecção dos testículos e do epidídimo, geralmente sendo tratada como tal infecção, o que retarda o diagnóstico correto. EXPLICAÇÃO DO PROBLEMA Causas Relacionadas Ao Paciente: Excesso de masculinidade e falta de informação e conhecimento sobre o tema. Causas Relacionadas à Equipe De Saúde: Despreparo para o atendimento exclusivo ao homem, acolhimento inadequado, anamnese superficial, pobre em informações, ineficaz na busca de sintomas e possíveis riscos a doença. A classe médica tende a focar no câncer de maior incidência, que é o câncer de próstata. Fatores Relacionados Ao Processo De Trabalho: Ambiente físico não adequado ao sexo masculino, falta de organização e comunicação entre a equipe, falhas na administração da equipe, não enxergando os problemas. Falta de propósito dos profissionais em assistir, ensinar, pesquisar para melhor atender os homens. Causas Relacionadas à Gestão De Saúde: Má administração da gestão de saúde, liderança pouco ativa e sem participação em políticas que busquem melhorias. Gestão sempre tem outras prioridades que trazem maior visibilidade. Nunca há recursos disponíveis. Indicadores De Morbimortalidade Significativo: O câncer de testículos tem grandes chances de cura se diagnosticado nas fases iniciais, apresentando a chance de cura em torno de 95% dos casos. O risco de morte é de 1 para cada 5000 homens diagnosticados precocemente e tratados adequadamente NÓS CRÍTICOS HPV : • Prevalência da infecção por HPV acontecer na idade reprodutiva; • Potencial de afetação a outros segmentos de saúde por atingir outros grupos relacionados ao objeto estudado,; • Baixa adesão ao sistema de atenção primária; CÂNCER DE TESTÍCULO • Incompatibilidade com carga horária de trabalho. • Limitação de recursos humanos. • Limitação de recursos financeiros. • Preconceito e excesso de masculinidade por parte dos pacientes. • Falta de foco médico e de enfermagem na busca do diagnóstico. • Falta de planos de ações voltados a saúde do homem. • Falta de sensibilização/ motivação de gestores e profissionais de saúde NANDA NIC NOC DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM INTERVENÇÕES RESULTADOS COMPORTAMENTO DE SAÚDE PROPENSO A RISCO Relacionada à percepção negativa daestratégia recomendada de cuidados de saúde, caracterizado em falha em agir de forma a prevenir problema de saúde - Conscientizar através de palestras e panfletos a importância da manutenção da saúde e prevenção de HPV; - Incentivar o homem a frequentar o posto de saúde para consultas; - Orientar para sinais de infecção por HPV e procurar ajuda o mais rápido possível; - Percepção dos homens sobre a importância da saúde; - Identificação de sinais e sintomas do HPV; - Não realizar ato sexual com pessoas infectadas; AUTONEGLIGÊNCIA Relacionada a escolha de estilo de vida, caracterizado por falta de adesão a atividade de saúde - Influenciar os homens a modificarem seu estilo de vida, orientando o uso de preservativo e prevenção de IST´s; - Incentivar o autocuidado, frequência de consultas no posto de saúde e busca de ajuda quando observarem indícios de IST´s; - Melhora no Autocuidado masculino; - Conscientização sobre prevenção de IST´s; DISFUNÇÃO SEXUAL Relacionado à alteração na função corporal, caracterizado por limitação sexual percebida - Proporcionar apoio psicológico; - Esclarecer dúvidas do paciente a respeito da patologia; - Paciente acolhido; - Paciente orientado sobre a patologia, com dúvidas esclarecidas; DESESPERANÇA Estado subjetivo em que o individuo não enxerga alternativas pessoais disponíveis associada a deterioração da condição fisiológica, caracterizado por envolvimento inadequado do cuidado -Promover esperança, -Estabelecer valores, -Auxiliar na Melhora no enfrentamento, -Ofertar Apoio emocional. -Alcance da percepção positivas das atuais circunstâncias de vida. ANSIEDADE Caracterizado pela incerteza, medo, desamparo persistente aumentado, relacionado á mudança no estado de saúde -Proporcionar apoio psicológico - Esclarecer dúvidas do paciente - Melhora no enfrentamento - Diminuir a ansiedade RISCO DE SENTIMENTO DE IMPOTÊNCIA Relacionado a falta de controle sobre uma situação ou sobre a capacidade de uma pessoa afetar significativamente um resultado. -Orientar quanto o sistema de saúde, - Orientar quanto a Identificação de risco, - Orientar sobre o processo da doença, -Promover a capacidade de resiliência. -Percepção de recursos, -Autodireção aos cuidados, -Conhecimento no processo da doença, -Resiliência pessoal. RISCO DE INFECÇÃO Relacionado à vacinação inadequada - Orientar mães sobre a vacinação de seus filhos; - Explicar sobre a eficácia da vacina e sua importância; -Vacinação nas escolas; - Conhecimento sobre a vacina; - Adolescentes imunizados; RISCO DE INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA Relacionado à contato com secreções (pessoas contaminadas) - Palestras sobre HPV, transmissão e tratamento; - Orientar a não praticar ato sexual desprotegido ou com pessoas infectadas; - Promoção e Prevenção de IST´s; - Conscientização sobre o risco de realizar ato sexual com pessoa infectada; HPV CÂNCER DE TESTÍCULO DOR AGUDA Experiencia sensorial ou emocional desagradável que surge de lesão real ou potencial, inicio súbito ou lento, de intensidade leve ou intensa, caracterizado por alteração do parâmetro fisiológico, desesperança, comportamento de dor e alterações nas atividades relacionado a doença. -Avaliar a intensidade e incapacitância da dor -Auxiliar o paciente e a família a buscar apoio -Encorajar o paciente a relatar queixas -Administrar analgesia c.p.m. -Proporcionar o alivio da dor -Apoio no enfrentamento da doença -Alcance da percepção positiva dos cuidados para alivio da dor -Ações pessoais para o alivio da dor PLANO DE AÇÃO COMPARTILHADO SITUAÇÃO PROBLEMA OBJETIVOS METAS/PRAZOS AÇÕES/ESTRATÉGIAS RESPONSÁVEIS Falta de conhecimento e preparo dos profissionais de saúde no atendimento do público masculino. Capacitar os profissionais de saúde que atuam na unidade. Qualificar e preparar os profissionais de saúde que atuam na unidade, melhorando o acolhimento e o atendimento destinado ao público masculino. Prazo: anualmente. Realizar palestras na unidade sobre a importância da adesão do público masculino nos serviços de saúde e a conscientização sobre a prevenção e tratamento do HPV. Realizar discussões semanais entre a equipe, com o objetivo de sanar dúvidas e traçar estratégias para melhora da adesão. Enfermeiro responsável da unidade e médico. Dificuldade na disponibilidade do funcionário após o horário de funcionamento da unidade. Dimensionar conforme disponibilidade os profissionais de saúde. Adequar os horários dos profissionais de saúde, através de escalas, visando à melhora do funcionamento da unidade e a comunicação entre a equipe. Prazo: semanalmente, de acordo com o seguimento do plano de ação. Realizar reuniões semanais com a equipe a fim de discutir a rotina durante a semana e obter um retorno sobre a disponibilidade de cada funcionário. Enfermeiro responsável da unidade. Dificuldade de acesso e ausência da população masculina no serviço de saúde. Facilitar o acesso do público masculino e aumentar o número de atendimentos na unidade. Conscientizar a população masculina sobre a importância da promoção da saúde, com foco na prevenção, diagnóstico e tratamento do HPV. Prazo: anualmente. Realizar palestras na unidade após o horário de funcionamento normal, a fim de atrair a população masculina, facilitando o acesso devido ao seu horário de trabalho. Realizar palestras nas empresas do município com um público predominantemente masculino e distribuição de preservativos. Divulgar a informação e conscientização através de mídias sociais, panfletos e cartazes na unidade. Realizar busca ativa através das visitas domiciliares, fornecendo orientação e explorando possíveis fatores de risco e casos. Enfermeiro, médico, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Baixo número de atendimentos da população masculina nos serviços de saúde. Ampliar o acesso e aumentar a adesão do público masculino na unidade. Incentivar a promoção da saúde na população masculina. Prazo: anualmente. Implantar na unidade de saúde o “Dia D”, aos finais de semana, com consulta médica, exames laboratoriais e vacinação de acordo com a faixa etária. Divulgar o “Dia D” através de mídias sociais, veículo de som, panfletos e cartazes na unidade. Enfermeiro, médico e técnicos de enfermagem. PLANO DE AÇÃO ESPECÍFICO Baixa adesão da vacinação dos meninos de 11-14 anos no serviço de saúde. Facilitar o acesso à vacinação dessa faixa etária. Aumentar a taxa de vacinação do HPV, visando à prevenção da saúde. Prazo: 6 meses. Efetuar uma parceria com as escolas do município, ofertando a vacinação. Orientar as escolas a comunicar os pais sobre a realização da vacinação, solicitando uma autorização. Realizar a vacinação nas escolas do município, distribuindo as unidades por datas diferentes, em decorrer do plano de ação. Enfermeiro e técnicos de enfermagem. PLANO DE AÇÃO – HPV SITUAÇÃO PROBLEMA OBJETIVOS METAS/PRAZOS AÇÕES/ESTRATÉGIAS RESPONSÁVEIS PLANO DE AÇÃO – CANCER DE TESTÍCULO SITUAÇÃO PROBLEMA OBJETIVOS METAS/PRAZOS AÇÕES/ESTRATÉGIAS RESPONSÁVEIS Ambiente físico não adequado ao sexo masculino Proporcionar ambiente acolhedor , discreto para ensino da técnica de autoexame Promover a educação em saúde Prazo: Anual Desenvolver abordagem descontraída, que desperte a atenção e o envolvimento no aprendizado por parte do paciente Desenvolver mídia impressa com todas as informações claras e objetivas Incentivar o comportamento multiplicador no circulo de amizades do paciente Enfermeiro, médico e técnicos de enfermagem. Excesso de masculinidade e falta de informação e conhecimento sobre o tema. Desmistificar a abordagem à saúde sexual do homem Introduzir o tema precocemente ao publico alvo Realizar Eventos educativos Semestral Organizar evento para verificação de p.ae glicemia, seguindo a data de conscientização a respeito do Câncer junto ao calendário do governo, articulando uma mesa expositiva com oferta de materiais de prevenção de IST e um modelo de genital masculino anatômico para ensinar o autoexame durante o evento. Realizar um plano de intervenção junto as escolas da região, propondo a exposição de métodos contraceptivos e preventivos de IST, e aproveitar a circunstancia para introduzir o assunto tema, facilitando o rastreio precoce e alcançando seus familiares. Enfermeiro, médico e técnicos de enfermagem professor LESÃO POR HPVCANCER TESTICULAR DINÂMINCA •VAMOS PALPAR ALGUNS SACOS?
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