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Resumo Expandido_Levantamento de Espécies Nativas

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Universidade Federal da Bahia 
Instituto de Biologia da UFBA 
 
 
LEVANTAMENTO DO USO DE ESPÉCIES 
NATIVAS 
João Victor Cruz CORREIA1 
 
1Estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia; vinculada ao 
componente ACCS BIOC78 - MATAS URB. E AGROECOLOGIA, USOS E CONV.NAS Á.V.DA UFBA; 
Coordenado pela professora Maria Aparecida Jose de Oliveira. 
jcorreia@ufba.br 
 
Resumo 
A identidade de uma sociedade é baseada na sua diversidade cultural, ou seja, é caracterizada 
pelos diversos tipos de culturas que um povo segue. Nesse contexto o conhecimento sobre as 
plantas, principalmente as espécies nativas, é primordial, para demonstrar a importância da 
biodiversidade. O objetivo do trabalho foi levantar a utilização e o conhecimento de plantas 
de espécies nativas de diferentes regiões brasileiras, a fim de mostrar a importância da flora 
nativa para conservação do patrimônio cultural e ambiental. As evidências reunidas através 
deste estudo alertam para a importância sobre espécies nativas e seus potenciais, na medida 
em que relativamente ainda existe pouco estudos sobre algumas das espécies nativas, a 
exemplo da Cupania rugosa e Triplaris macrocalyx. Entretanto, ainda que limitados, os 
resultados confirmam a complexidade das espécies nativas e seus potenciais já utilizados em 
diversos setores: alimentício, melífero, medicinal, ritualístico, artesanal e madeireiro. 
Palavras chaves: Madeira; Medicinal; Ritual; Alimentar; Melífera. 
 
 
Introdução 
 
A identidade de uma sociedade é baseada na sua diversidade cultural, ou seja, é caracterizada 
pelos diversos tipos de culturas que um povo segue, como a religião, as crenças, o 
conhecimento, a lei, a moral, a culinária, as línguas e todos os costumes e hábitos adquiridos 
pelo homem se encaixam nesse contexto. No entanto, está sendo cada vez mais difícil discutir 
essas questões culturais em um mundo que sofre com a intensa globalização, já que esse 
processo gera uma ameaça à uniformidade e homogeneidade cultural (UNESCO, 2009). Um 
dos grandes efeitos gerados pela globalização é a incapacidade de aceitação das diferenças 
culturais entre os indivíduos. Nesse contexto o conhecimento sobre as plantas, principalmente 
as espécies nativas, é primordial, para demonstrar a importância da biodiversidade como 
instrumento estratégico decisivo no processo de desenvolvimento sustentável. Esse 
patrimônio imaterial vem se perdendo, diante dos processos de globalização e urbanização. 
Estima-se que existam na Mata Atlântica cerca de 20 mil espécies vegetais (35% das espécies 
existentes no Brasil, aproximadamente), incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas 
mailto:jcorreia@ufba.br
de extinção. Tal riqueza é maior que a de alguns continentes, como por exemplo a América do 
Norte, que conta com 17 mil espécies vegetais e Europa, com 12,5 mil, o que justifica a 
prioridade para a conservação da biodiversidade Mata Atlântica (MMA, 2018). Alguns 
exemplos de plantas nativas da Mata Atlântica são a taioba, uvaia, o cambuci, o açaí 
proveniente do palmito-juçara, araçá e grumixama, frutos com alto de teor de vitaminas e seu 
plantio é importante para recuperação de áreas degradadas (INSTITUTO AUÁ, 2016). A 
biodiversidade vegetal é um componente essencial para o desenvolvimento sustentável, ela 
pode auxiliar na melhora da qualidade de vida da população, além de colaborar para redução 
da fome no mundo e devido a isso se faz importante elaborar e organizar planos e estratégias 
que visem a conservação e preservação dessa riqueza na flora brasileira (VIEIRA et al., 
2016). 
Sendo assim, objetivo do trabalho foi levantar a utilização e o conhecimento de plantas de 
espécies nativas de diferentes regiões brasileiras, a fim de mostrar a importância da flora 
nativa para conservação do patrimônio cultural e ambiental. 
 
Metodologia 
 
Neste trabalho, foi realizada uma revisão da literatura referente as espécies: Byrsonima 
sericea DC., Caraipa densifolia Mart., Cupania rugosa, Cupania rugosa Raddi, 
Moquiniastrum oligocephalum, Serjania salzmanniana Schltd., Simarouba amara Aubl., 
Siparuna guianensis Aubl., Solanum jamaicense Mill., Triplaris macrocalyx. A partir da 
busca online de artigos científicos indexados na base de períodicos do Google Acadêmico. 
Foram empreendidos os descritores a serem utilizados, através do uso das espécies, elegendo-
se os seguintes: Madeira, Lenha, Medicinal, Ritual, Alimentar e Melífera. 
Ademais, a fim de delimitar a amostra, foi aplicado o operador booleano and juntamente com 
cada espécie e um termo selecionado, efetuando-se articulações duplas destes descritores, a 
exemplo: Byrsonima sericea DC. and madeira, Byrsonima sericea DC. and Lenha, Byrsonima 
sericea DC. and Medicinal, Byrsonima sericea DC. and Ritual, Byrsonima sericea DC. and 
Alimentar, Byrsonima sericea DC. and Melífera. 
Os critérios utilizados para a inclusão dos artigos foram: (1) estarem dentro do eixo temático 
do uso das espécies; (2) abordarem pesquisas que apontem a utilização das espécies nativas 
(3) serem artigos científicos publicados na íntegra. Por outro lado, no que se refere aos 
trabalhos excluídos, os seguintes critérios foram aplicados: (1) não terem como eixo temático 
a utilização das espécies; (2) identificados como repetidos para uma mesma combinação de 
descritores ou para associações diferentes; 
Contudo, Para responder o objetivo proposto, foram realizadas leituras prévias dos títulos e 
dos resumos das publicações que atendiam aos critérios de inclusão. Essa medida, junto à 
posterior análise descritiva dos resultados presentes nesses artigos, permitiu a categorização 
das informações encontradas da utilização das espécies nativas e algumas características. 
 
Resultados e discussão 
 
Tabela 1- Informações que compõe os resultados dos achados sobre o uso e bioma das 
espécies nativas 
 
Espécies Bioma Usos 
Byrsonima sericea DC. 
Mata Atlântica, Amazônia, 
Caatinga, Cerrado. 
Alimentar, Medicinal, 
Melífera, Ornamental, 
Ritual e Madeira/Lenha 
Caraipa densifolia Mart. Mata Atlântica, Amazônia, 
Cerrado. 
Alimentar, Medicinal, 
Melífera, Ritual e 
Madeira/Lenha 
Cupania rugosa Caatinga, Mata Atlântica Madeira/Lenha 
Cupania rugosa Radlk Caatinga, Mata Atlântica Madeira/Lenha. 
Moquiniastrum 
oligocephalum 
Caatinga, Cerrado Melífera 
Serjania 
salzmanniana Schltd. 
Amazônia, Cerrado, Mata 
Atlântica 
Melífera, Ornamental, e 
Madeira/Lenha. 
Simarouba amara Aubl. Amazônia, Caatinga, Cerrado, 
Mata Atlântica 
Alimentar, Medicinal, 
Melífera, Artesanal, Ritual 
e Madeira/Lenha 
Siparuna guianensis Aubl. Amazônia, Caatinga, Cerrado, 
Mata Atlântica, Pantanal 
Medicinal, Melífera, e 
Ritual 
Solanum jamaicense Mill. Amazônia, Caatinga, Cerrado, 
Mata Atlântica 
Alimentar, Medicinal e 
Melífera 
Triplaris macrocalyx Informação não localizada Alimentar 
 
Tabela 2- Informações que compõe os resultados dos achados sobre características das 
espécies nativas 
 
Espécies Floração Frutificação Dist. Geográfica 
Byrsonima sericea DC. 
Janeiro a 
fevereiro 
Fevereiro e 
maio. 
Estados do Norte, 
Nordeste e Centro 
Oeste. 
Caraipa densifolia Mart. Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
Acre, Amapá 
Amazonas, Pará, 
Rondônia, Roraima, 
Tocantins, Alagoas, 
Bahia, Maranhão, 
Pernambuco. 
 
Cupania rugosa Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
Nordeste (Bahia) 
Sudeste (Espírito 
Santo, Minas Gerais) 
Cupania rugosa Radlk Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
Nordeste (Bahia) 
Sudeste (Espírito 
Santo, Minas Gerais) 
Moquiniastrum 
oligocephalum 
Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
Nordeste (Bahia, 
Ceará, 
Pernambuco) 
Serjania 
salzmanniana Schltd. 
Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
Norte (Pará) 
Nordeste (Alagoas, 
Bahia, Ceará, 
Maranhão,Paraíba, 
Pernambuco, Rio 
Grande do Norte, 
Sergipe) 
Centro-Oeste (Goiás, 
Mato Grosso) 
Sudeste (Espírito 
Santo, Minas Gerais, 
Rio de Janeiro) 
 
Simarouba amara Aubl. Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
Norte (Acre, 
Amazonas, Amapá, 
Pará, Rondônia, 
Roraima, Tocantins) 
Nordeste (Alagoas, 
Bahia, Ceará, 
Maranhão, Paraíba, 
Pernambuco, Piauí, 
Rio Grande do Norte, 
Sergipe) 
Centro-
Oeste (Distrito 
Federal, Goiás, Mato 
Grosso) 
Sudeste (Espírito 
Santo, Minas Gerais, 
Rio de Janeiro) 
 
Siparuna guianensis Aubl. Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
Norte (Acre, 
Amazonas, Amapá, 
Pará, Rondônia, 
Roraima, Tocantins) 
Nordeste (Alagoas, 
Bahia, Ceará, 
Maranhão, Paraíba, 
Pernambuco, Piauí, 
Rio Grande do Norte, 
Sergipe) 
Centro-
Oeste (Distrito 
Federal, Goiás, Mato 
Grosso do Sul, Mato 
Grosso) 
Sudeste (Espírito 
Santo, Minas Gerais, 
Rio de Janeiro, São 
Paulo) 
Sul (Paraná) 
 
Solanum jamaicense Mill. Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
Norte (Acre, 
Amazonas, Amapá, 
Pará, Rondônia) 
Nordeste (Alagoas, 
Bahia, Ceará, 
Maranhão, 
Pernambuco) 
 
Triplaris macrocalyx Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
Informação não 
localizada 
 
Considerações Finais 
 
As evidências reunidas através deste estudo alertam para a importância sobre espécies nativas 
e seus potenciais, na medida em que relativamente ainda existe pouco estudos bibsobre 
algumas espécies nativas, a exemplo da Cupania rugosa e Triplaris macrocalyx. Além de 
haver poucos dados a respeito da floração e frutificação de algumas dessas espécies no 
levantamento realizado. 
Entretanto, ainda que limitados, os resultados confirmam a complexidade das espécies nativas 
e seus potenciais já utilizados em diversos setores: alimentício, melífero, medicinal, 
ritualístico, artesanal e madeireiro. Assim, a expansão da bibliografia dessas espécies e a 
propagação dous seus potenciais usos permitirá que os profissionais da área atuem 
diretamente com a população estudada e se unam pela garantia da qualidade dos estudos, 
incentivando para que estes recursos estejam disponíveis às gerações futuras. 
 
 
 
Referências 
 
INSTITUTO AUÁ. Empório Mata Atlântica – Conhecendo as Frutas Nativas do Bioma. 2016. 
Disponível em: < http://institutoaua.org.br/portfolio/frutas-nativas-da-mata-atlantica/> Acesso em: 21 
nov. 2021. 
 
MMA (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE). Biodiversidade para Alimentação e Nutrição, 
2018. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biodiversidade/conservacao-e-promocao-do-uso-
dadiversidade-genetica/biodiversidade-para-alimenta%C3%A7%C3%A3o-e-
nutri%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 21 nov. 2021. 
 
VIEIRA, R.F.; CAMILLO, J.; CORADIN, L. Espécies nativas da flora brasileira de valor 
econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Ministério do Meio 
Ambiente. Secretaria de Biodiversidade. Brasilia, DF: MMA, 2016. Disponível em: < 
http://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/54-agrobiodiversidade> Acesso em: 22 
nov. 2021. 
 
UNESCO. Investir na diversidade cultural e no diálogo intercultural, São Paulo, 2009

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