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LOGÍSTICA E
DISTRIBUIÇÃO
Organizadores
Giancarlo 
Giacomelli
Marcelo Ribas 
Simões Pires
L831 Logística e distribuição / Organizadores, Giancarlo Giacomelli,
 Marcelo Ribas Simões Pires. – Porto Alegre : SAGAH, 
 2016.
 xi, 137 p. il. ; 22,5 cm.
 
 ISBN 978-85-69726-92-0
 1. Logística – Distribuição. 2. Administração de recursos.
 3. Administração de suprimentos. I. Giacomelli, Giancarlo. II. 
 Pires, Marcelo Ribas Simões.
CDU 658.7
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
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Logística reversa
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Compreender a logística reversa dentro dos processos da cadeia
de suprimentos.
 Identificar como a terceirização pode contribuir para os processos 
logísticos integrados.
 Conhecer o conceito de Triple Bottom Line e como ele se aplica à
logística reversa.
Introdução
O amadurecimento das práticas de gestão em logística integrada 
consolidou o surgimento das ações de logística reversa. Esse cam-
po da logística é o responsável por planejar, operar e controlar o 
fluxo dos retornos dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao 
ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo. A logística reversa inclui 
as atividades que apoiam (1) o gerenciamento de devoluções, (2) 
a remanufatura e o reparo, (3) a revenda, (4) a reciclagem e (5) a 
disposição.
Neste texto, você vai conhecer os objetivos e as práticas da logística 
reversa e qual sua diferença em relação à logística ambiental ou à 
logística verde.
Evolução das responsabilidades 
dos profissionais da cadeia de suprimentos
A gestão logística e da cadeia de suprimentos exige a avaliação e a tomada 
de decisão eficaz envolvendo trade-offs, entre compras, produção e logís-
tica. Historicamente, esse papel tem sido o de satisfazer os objetivos de aten-
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Caixa de texto
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dimento ao cliente, buscando ao mesmo tempo o menor custo total por meio 
da gestão dos trade-offs funcionais incluídos na cadeia de suprimentos. 
Embora haja desafios expressivos no gerenciamento desses trade-offs da 
cadeia de suprimentos, os principais executivos estão se envolvendo mais 
ativamente em uma ampla gama de trade-offs de processos e recursos. Em 
geral esses processos e recursos vão além das funções tradicionais da cadeia 
de suprimentos ou até mesmo além da empresa. Algumas dessas decisões 
pertinentes a processos ou a recursos incluem a complexidade do produto e 
a terceirização.
Embora a gestão logística sempre tenha estado preocupada com a incer-
teza da demanda e do ciclo de atividades, as empresas globais de hoje se de-
param com dimensões de risco muito mais amplas.
Muitas empresas recorrem ao conceito de “triple bottom line” quando 
fazem referência à sustentabilidade, pois ele inclui as dimensões ambiental, 
ética e econômica. Uma vez que muitas decisões globais da cadeia de su-
primentos afetam diretamente essas dimensões, é cada vez mais importante 
que os executivos de logística envolvam na análise a avaliação dos trade-
-offs envolvidos. Indo além da visão do triple bottom line, esse texto inclui 
as dimensões ambiental, ética, econômica e educacional, quando considera a 
sustentabilidade.
Para saber mais sobre o tema, realize a leitura do trecho selecionado – Evolução das 
responsabilidades dos profissionais da cadeia de suprimentos da obra Gestão Logística 
da Cadeia de Suprimentos (BOWERSOX et al., 2014, p. 399-400).
Terceirização
A terceirização é um meio usado para gerenciar riscos da logística e de 
partes da cadeia de suprimentos para operadores logísticos (3PL – third-
-party logistics) ou integradores logísticos. Operadores e integradores lo-
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gísticos oferecem atividades relacionadas à cadeia de suprimentos como 
transporte, armazenamento, manufatura leve, tecnologia da informação, 
atendimento ao cliente e processamento de devoluções para outras em-
presas, com base contratual. A perspectiva da cadeia de suprimentos 
integrada muda os arranjos tradicionais dos canais, que deixam de ser 
grupos com ligações frágeis entre empresas independentes que compram 
e vendem estoques entre si e passam a ser uma iniciativa administrativa-
mente coordenada para aumentar o impacto no mercado, a eficiência geral, 
a melhoria contínua e a competitividade, gerando assim valor para as em-
presas envolvidas.
A terceirização da logística também pode alterar o risco da cadeia de 
suprimentos atribuindo uma atividade de cadeia de suprimentos a um par-
ceiro que possa aproveitar as economias de escala, de escopo ou de espe-
cialização. Especificamente, um parceiro da cadeia de suprimentos que se 
concentra mais em uma atividade da cadeia de suprimentos, como armaze-
namento, transporte, conhecimento técnico ou experiência em processos, 
provavelmente pode concluir a tarefa com menos risco e com um custo 
menor.
 Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 405). 
Benefício Mudança
Redução do custo logístico 15%
Redução dos ativos fixos logísticos 25%
Redução do custo dos estoques 11%
Duração média do ciclo de pedido Diminuiu de 17 para 12 dias
Taxa média de atendimento de pedidos Aumentou de 73% para 81%
Acurácia média dos pedidos Aumentou de 83% para 85%
 Tabela 1. Benefícios mensuráveis com o uso de 3PLs 
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 Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 405). 
Serviços Logísticos Terceirizados % Respondentes
Transportes domésticos 83
Transportes internacionais 75
Armazenamento 74
Desembaraço aduaneiro e corretagem 58
Expedição 53
Cross-docking 38
Etiquetagem, embalagem, montagem e 
construção de kits de produtos
36
Logística reversa (defeito, conserto, devolução) 35
Planejamento e gerenciamento de transportes 31
Auditoria e pagamento de conhecimento de frete 28
Serviços de tecnologia da informação 20
Consultoria em cadeia de suprimentos 18
Entrada, processamento e atendimento de pedidos 16
Gerenciamento de frota 15
Serviço ao cliente 13
Serviços de fornecedor líder de logística/4PL 13
 Tabela 2. Tipos de serviços terceirizados com integradores logísticos 
Sustentabilidade
À medida que a responsabilidade dos profissionais da cadeia de suprimentos 
se expande, o escopo aumenta e passa a exercer um papel importante na ga-
rantia, em longo prazo, da sustentabilidade de uma empresa. Embora muitos 
encarem a sustentabilidade abrangendo os 3 Es (economia, ambiente e equi-
dade – economic, environment and equity) e os 3 Ps (pessoas, lucros, planeta 
– people, profit and planet), é evidente que a articulação mais cuidadosa entre 
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“equidade” e “pessoas”, nas dimensões ética e educacional, proporciona uma 
estrutura mais prática para examinar os desafios e as implicações da susten-
tabilidade na cadeia de suprimentos. Desse modo, essa discussão divide a sus-
tentabilidade em quatro dimensões: (1) ambiental; (2) ética; (3) educacional; 
e (4) econômica.
Dimensão ambiental
Algumas empresas da cadeia de suprimentos enfatizam a sustentabilidade 
ambiental em valores, estratégias, estruturas e processos comerciais da em-
presa. Ao mesmo tempo, as empresas têm níveis de comprometimento muito 
diferentes em relação às preocupações ambientais, resultando em três catego-
rias de empresas: (1) empresas ecologicamente proativas (buscam de modo 
consistente a sustentabilidade dentro de um sistema de livre mercado); (2)empresas de consumo tradicionais (motivadas mais pelas crenças do con-
sumidor quanto ao meio ambiente e à reputação da empresa/produto); e (3) 
empresas ecologicamente reativas (buscam a sustentabilidade no âmbito do 
atendimento a requisitos regulatórios e governamentais).
Conservação
As empresas focam na conservação analisando as maneiras de gerenciar me-
lhor e minimizar a dependência dos recursos energéticos, da água e de outros 
recursos naturais. Pela perspectiva da cadeia de suprimentos, a conservação 
eficaz e o gerenciamento dos recursos envolvem muitas funções da cadeia de 
suprimentos. Pela perspectiva de suprimentos, existem muitas oportunidades 
para reduzir o volume dos recursos escassos utilizados no projeto final do 
produto ou no próprio processo de fabricação por meio da substituição de 
materiais ou da reconfiguração.
Redução de uso
A redução do uso envolve redução de resíduos, aumento da reciclagem, di-
minuição da emissão de gases do efeito estufa e gerenciamento dos produtos 
no fim da vida. A diminuição dos resíduos na produção é uma das estratégias 
mais visíveis que estão sendo implementadas pelas empresas por meio dos 
processos de produção enxuta (lean).
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Práticas de gestão empresarial
Por fim, as empresas podem criar um impacto ambiental sustentável imple-
mentando práticas mais eficazes de gestão empresarial nos vários processos 
organizacionais. Por exemplo, os esforços de projetos mais proativos e a co-
laboração com os participantes da cadeia de suprimentos podem levar a um 
menor consumo de matérias-primas e a menos resíduos associados com a am-
pliação da vida útil do produto e/ou à melhoria da embalagem dos produtos 
(como a adoção de recipientes reutilizáveis).
Dimensão ética
A dimensão ética da sustentabilidade abrange muitas questões relativas à res-
ponsabilidade social corporativa. Embora a responsabilidade social corpora-
tiva tenha sido definida de várias maneiras, a definição mais comum é aquela 
que abrange as expectativas econômicas, legais, éticas e de voluntariado que a 
sociedade tem em relação às empresas em um determinado momento.
Relações éticas com os funcionários
Muitas empresas desenvolveram um código de conduta corporativa que des-
creve as condições de trabalho dos funcionários prescritas pela empresa. Esse 
tipo de comprometimento pode ser particularmente importante nos países em 
desenvolvimento e em outras áreas com políticas trabalhistas e/ou sindicatos 
limitados ou fracos.
Envolvimento com a comunidade
O componente de envolvimento com a comunidade descreve as expectativas 
explícitas (voluntariado) ou implícitas (socorro em caso de catástrofes, re-
dução da fome/pobreza/doença) da empresa associada à participação dos fun-
cionários nas comunidades onde a empresa se insere.
Práticas de gestão empresarial
Por fim, uma empresa pode dar início a certas práticas de gestão empresa-
rial a fim de promover o comportamento ético associado a materiais seguros, 
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aquisição, produção e entrega de seus produtos, incluindo a segurança dos 
produtos, a comercialização responsável e a rastreabilidade dos produtos.
Dimensão educacional
A sustentabilidade educacional tem o objetivo de garantir que a mão de obra 
seja treinada adequadamente e também de providenciar para que uma nova 
mão de obra substitua os funcionários atuais no futuro. Essas iniciativas, 
assim como as dimensões éticas, podem ser decompostas em três categorias: 
(1) as relações com os funcionários, (2) o desenvolvimento de talentos e (3) as 
práticas de gestão empresarial.
Dimensão econômica
A dimensão econômica da sustentabilidade concentra-se no esforço perma-
nente para reduzir o custo total da cadeia de suprimentos, associado com a 
maneira que a empresa conduz o seu negócio, equilibrado pelas outras ini-
ciativas estratégicas e de sustentabilidade que direcionam os investimentos 
da empresa.
Gestão interna
Os elementos de gestão interna da sustentabilidade econômica se concen-
tram no fornecimento estratégico, na melhoria contínua e nas abordagens de 
produção enxuta nas operações, além da otimização dos transportes. O foco 
dessa categoria é identificar, avaliar e operacionalizar de maneira eficaz os 
trade-offs funcionais ou de processos.
Gestão externa
As iniciativas de gestão externa associadas com a sustentabilidade econômica 
incluem a gestão de fornecedores e a geração de mercado. A gestão externa 
amplia as possibilidades da gestão interna ao considerar a terceirização de 
processos ou atividades com o objetivo de reduzir o custo global ou melhorar 
a sustentabilidade da empresa.
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Figura 1. Dimensões da sustentabilidade
Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 412).
segurança
Econômica Compensações
Substitutos
Lean
Livre comércio
Salários e benefícios
Energia
Finanças
Impostos Risco
SUSTENTABILIDADE
Colaboração
Responsabilidade 
social
Geopolítica
Comunicação
Consciência 
cultural
Ética
Conhecimento global
Desenvolvimento 
de talentos
Educacional
Uso da tecnologia
Ciclo de vida
Conservação
Resíduos
Ambiental
Acesse o link e veja exemplos no vídeo Logística reversa no Brasil (SOUZA, 2014).
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1. Uma alternativa muito utilizada nos 
serviços logísticos é a terceirização. 
Operadores e integradores logísticos 
oferecem atividades relacionadas à 
cadeia de suprimentos, como trans-
porte, armazenamento e logística 
reversa. Quais são os serviços logís-
ticos menos utilizados via terceiri-
zação? 
a) Cross-docking.
b) Desembaraço aduaneiro.
c) Logística reversa.
d) Transportes domésticos.
e) Serviço ao cliente e serviços de 
fornecedor líder.
2. A logística reversa surgiu conceitu-
almente como a gestão destinada 
a cuidar dos problemas logísticos 
relativos a defeitos nos produtos, 
consertos e devoluções. Ela, então, 
ampliou seu leque de responsabi-
lidades e, hoje, o conceito de triple 
bottom line norteia parte significativa 
das ações de logística reversa. A que 
esse conceito faz referência? 
a) Devolução, quebras e defeitos.
b) Armazenamento, transporte e 
sistemas de informação.
c) Dimensões ambiental, ética e 
econômica.
d) Dimensões regulatórias, finan-
ceiras e de segurança.
e) Dimensões do produto, processos 
e serviços.
3. Uma das principais preocupações da 
logística reversa é a sua dimensão 
econômica. A que se refere essa 
dimensão? 
a) Sustentabilidade social corpo-
rativa.
b) Preocupação com a destinação 
adequada dos recursos ener-
géticos e materiais utilizados 
durante o processo logístico.
c) Envolvimento com a comunidade 
e relações com os colaboradores.
d) Esforço permanente em reduzir 
o custo total da cadeia de supri-
mentos.
e) Conservação e redução dos 
recursos.
4. A ampliação do escopo de respon-
sabilidades dos profissionais que 
atuam com a cadeia de suprimentos 
fez esses profissionais passarem a 
se preocupar com aspectos como 
a garantia da sustentabilidade do 
negócio. A sustentabilidade pode ser 
encarada em quatro frentes: am-
biental, ética, educacional e econô-
mica. Sobre a dimensão ambiental é 
correto dizer que as grandes preocu-
pações são: 
a) Relações éticas com funcionários 
e envolvimento com a comuni-
dade.
b) Redução de uso, conservação e 
práticas de gestão empresarial.
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BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos.4. ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2014.
SOUZA, A. Logística reversa no Brasil. [S.l.: s.n.], 2014. Disponível em: <https://www.youtu-
be.com/watch?v=jjvdhwtbexo>. Acesso em: 18 set. 2016. 
c) Relações educacionais com 
funcionários e desenvolvimento 
de talentos.
d) Gestão interna e gestão externa.
e) Envolvimento com a comunidade 
e desenvolvimento de talentos.
5. O Walmart, um dos gigantes do 
varejo mundial, vem investindo 
esforços para reunir fornecedores a 
fim de tratar de questões relativas a 
produtos, embalagens e cadeia de 
suprimentos, buscando uma inte-
gração cada vez maior com impactos 
na sustentabilidade do negócio e na 
economia de recursos. Essa infor-
mação é um exemplo de: 
a) Prática de gestão empresarial.
b) Gestão interna.
c) Relações éticas com funcionários.
d) Desenvolvimento de talentos.
e) Envolvimento com a comuni-
dade.
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https://www.youtu/
http://be.com/watch?v=jjvdhwtbexo
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