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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E CIÊNCIA POLÍTICA CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA Professor: Renato Francisquini Acadêmica: Marinês Garcia Hammes Exercício 6: Os elitistas democráticos estavam diante de um contexto histórico no final do século XIX e início do século XX, um período de desdobramentos da vida moderna industrial, e compartilhavam da ideia de que havia pouco espaço para a participação democrática e o desenvolvimento da noção de coletividade. Logo o sufrágio universal servia para escolher pessoas para a tomada de decisões, e estabelecer parâmetros de controle ao exercício do poder político, administrativo e burocrático. A perspectiva do pluralismo em Robert Dahl se distingue do elitismo democrático a partir do momento que há uma relação responsiva entre cidadãos e governantes, quando o cidadão passa a agir racionalmente, usando a democracia como um instrumento de escolha de lideranças e de controle de suas ações e decisões. Este modelo estando disposto tanto a ser responsivo no âmbito social quanto no meio político, distribuindo a capacidade de influências entre as muitas minorias, garantindo a liberdade e oportunidade individual que protege a liberdade de expressão, a liberdade de associação, o acesso a informação, e a existência de eleições livres e a competição eleitoral ampliada. Um regime ser responsivo quer dizer que nas decisões políticas são levadas em conta todos os interesses da sociedade. Para Dahl é possível considerar a responsividade a partir de dois eixos: da contestação pública e a inclusividade. Os três caminhos por meio dos quais um regime político pode se transformar de uma hegemonia fechada, com baixa liberalização e participação, em uma poliarquia, um conjunto que busca aliar a inclusão via participação democrática e a probabilidade de contestar publicamente um governo, são: I. Oligarquias competitivas (com grupos disputando o poder, mas com pouca participação popular); II. Hegemonias inclusivas (permite a presença dos cidadãos na arena de participação, mas sem ampliar as chances de indagações); III. Poliarquia ( “Podem ser pensadas então como regimes relativamente (mas incompletamente) democráticos, ou, em outros termos, as poliarquias são regimes que foram substancialmente popularizados e liberalizados, isto é,fortemente inclusivos e amplamente abertos à contestação pública.” (DAHL,2005, p. 31)). Referências Bibliográficas: DAHL, Robert. Poliarquia: participação e oposição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. Valenciano, Tiago. Do pluralismo à poliarquia: comentários sobre a teoria política de Robert Dahl. Disponível em: http://www.academia.edu/4532278/Do_pluralismo_%C3%A0_poliarquia_come nt%C3%A1rios_sobre_a_teoria_pol%C3%ADtica_de_Robert_Dahl.
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