Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Concorrência estratégica APRESENTAÇÃO A história conta que, a partir da década de 1990, a maioria dos portos, praticamente de todos os países, passou por reformas significativas. A princípio, essa mobilização foi necessária para conectá-los com a nova realidade, em que a ordem econômica e política internacional ditavam um momento de reestruturação de seus pontos estratégicos. Certamente, isso foi feito para se adaptarem a novas regras impostas pela globalização, à conquista de novos mercados e a aberturas de fronteiras. Essa mudança também pode ser vista nos portos brasileiros, os quais estão diretamente correlacionados ao desempenho portuário mundial, ao acelerado aumento do comércio internacional e à demanda por lucratividade contínua e exponencial por meio de uma eficiência produtiva desse sistema. Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá ver sobre a relevância da Medida Provisória (MP) para o setor de planejamento estratégico dos portos brasileiros, a qual é um mecanismo capaz de controlar e direcionar os esforços aplicados a processos que visam atender ao desenvolvimento dos sistemas portuários do país. Também irá averiguar as principais estratégias que foram elaboradas pelos portos a fim de aumentar a competitividade do país perante os demais operadores logísticos portuários. Por fim, irá fazer uma comparação da concorrência estratégica que ocorre entre os portos brasileiros, não só para se manterem competitivos, mas também para conquistarem o seu espaço dentro do território brasileiro como um ponto que merece atenção quanto à implementação de uma política de melhoria contínua. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever a importância da MP para o planejamento estratégico dos portos brasileiros.• Reconhecer as ações estratégicas de gestão e economia.• Comparar a concorrência estratégica entre portos no Brasil.• DESAFIO Para criar um objetivo estratégico novo, é necessário realizar um diagnóstico, um mapeamento de um ou mais processos para depois identificar a falha e determinar o tipo de ação a ser criada. Todo processo gera um resultado específico ou alcança um objetivo, portanto precisamos pensar estrategicamente para criarmos um objetivo novo sem que ele interfira de maneira negativa no resultado desejado. Partindo desse princípio e levando em consideração o cenário mundial atual, o qual indica que o mundo está cada vez mais competitivo, é essencial que os colaboradores de uma empresa pensem estrategicamente e tenham a capacidade de criar uma boa estratégia competitiva para o espaço corporativo onde atuam. A concessionária onde você trabalha necessita fazer uma readequação de suas tarifas portuárias, pois verificou que suas margens operacionais não estão alinhadas com as dos demais portos brasileiros. Além disso, a empresa recebeu uma notificação da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR) informando que é preciso ter uma política e um processo de gestão de riscos orientados pelo risco zero e pela melhoria contínua dos processos. Sabendo que um objetivo estratégico competitivo é uma forma de atuação em que uma empresa está em competição com outras e age em resposta às suas estratégias, visando conferir as vantagens em relação aos seus concorrentes, atenda ao caso que foi requisitado pela concessionária: Plano estratégico para melhoria da política de gestão de riscos. Plano de ação para correção de processos que envolvem as tarifas. • INFOGRÁFICO Para a área de Gestão e Economia, o PNLP 2015 determinou três objetivos principais, considerados como estratégicos pelo setor de Planejamento. Também é importante destacar que os órgãos de controle, contribuirão sugerindo novos indicadores, métricas para acompanhamento destes, bem como metas e ações necessárias para o alcance dos objetivos. Observe no infográfico os três principais objetivos estratégicos que contemplam a gestão e economia, sendo que, para cada um deles, foram definidos indicadores específicos com metas a serem monitoradas. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! CONTEÚDO DO LIVRO Com a aprovação da MP 595/2012, novas medidas pensadas estrategicamente foram determinadas e acordadas entre as partes controladoras do sistema portuário e os membros que integram o Congresso Nacional. O que vem a ser uma MP? A MP ficou responsável por criar e modificar alguns objetivos estratégicos para o sistema portuário. Leia mais no capítulo Concorrência estratégica, que faz parte do livro Logística Portuária e é base teórica desta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura. Concorrência estratégica Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever a importância da Medida Provisória para o planejamento estratégico dos portos brasileiros. Reconhecer as ações estratégias de gestão e economia. Comparar a concorrência estratégica entre portos no Brasil. Introdução A partir da década de 1990, a maioria dos portos, praticamente de todos os países, passou por reformas significativas. Essa mobilização foi necessária para conectá-los com a nova realidade. A ordem econômica e política internacional ditava um momento de reestruturação de seus pontos estra- tégicos para se adaptarem às novas regras impostas pela globalização — a conquista de novos mercados e a aberturas de fronteiras. Essa mudança também pode ser vista nos portos brasileiros, que estão diretamente relacionados ao desempenho portuário mundial, ao acelerado incremento do comércio internacional e à demanda por lucratividade contínua e exponencial por meio de uma eficiência produtiva desse sistema. Neste texto você verá a relevância da Medida Provisória (MP) para o setor de planejamento estratégico dos portos brasileiros, um mecanismo capaz de controlar e direcionar os esforços aplicados em processos que visam atender o desenvolvimento dos sistemas portuários do país. Tam- bém vai aprender sobre as principais estratégias elaboradas pelos portos a fim de aumentar a competitividade do país perante os demais operadores logísticos portuários. Por fim, fará uma comparação da concorrência estratégica que ocorre entre os portos brasileiros, não só para se man- terem competitivos, mas também para conquistar o seu espaço dentro do território brasileiro como um ponto que merece atenção quanto à implementação de uma política de melhoria contínua. Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 1 27/02/2018 13:32:24 A importância da MP para o planejamento estratégico dos portos brasileiros Com a aprovação da Medida Provisória (MP) 595, em 6 de dezembro de 2012, novas providências, pensadas estrategicamente, foram determinadas e acordadas entre as partes controladoras do sistema portuário e os membros que integram o Congresso Nacional. Segundo a Câmara dos Deputados (2018), a MP é defi nida como um instrumento com força de lei, reconhecido pelo presidente da república, para atender casos relevantes e urgentes. Os efeitos imediatos produzidos por esse documento vão depender de aprovação por parte do Congresso, que, caso ocorra, transformará a MP em lei defi nitiva. É preciso atentar quanto ao seu prazo de vigência, que é de 60 dias, podendo ser prorrogável uma vez por igual período. Caso a medida não seja aprovada no prazo de 45 dias, contados da sua publicação, ela tranca a pauta de votações da casa em que se encontrar (Câmara ou Senado) até que seja votada, o que leva a Câmara dos Deputados a votar somente alguns tipos de proposição em sessão extraordinária. Outro fator importante na elaboração e aprovação de uma MP é a rejeição por parte da Câmara: se os deputados ou o Senado rejeitarem a MP ou se ela perder a eficácia, os parlamentares têm que editar um Decreto Legislativo para disciplinar os efeitos jurídicos gerados durante sua vigência. Também devemos nos preocuparcom a alteração, pois, se o conteúdo de uma MP for alterado, ela passa a tramitar como Projeto de Lei (PL) de conversão. Logo depois de aprovada na Câmara e no Senado, a MP — ou o PL de conversão — é encaminhada à Presidência da República para sanção. O presidente tem a prerrogativa de indeferir o texto parcial ou integralmente, caso discorde de eventuais alterações feitas no Congresso. Por fim, fica vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de MP que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo, conforme relata Câmara dos Deputados. Sabemos que a MP foi aprovada pelo congresso em 16 de maio de 2013, depois de 4h30 de perder a sua validade por decurso de prazo. Após mais de 41h de debates no plenário, somando 10 sessões realizadas, a Câmara concluiu a votação da medida e encaminhou o texto, contendo 50 páginas, ao Senado, que votou o texto em 8h. Atualmente, a MP está sancionada pelo presidente da república e pode ser reconhecida como Lei, de acordo com o procedimento adotado pela Câmara dos Deputados. A nova Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários; Concorrência estratégica2 Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 2 27/02/2018 13:32:24 altera as Leis nos 5.025, de 10 de junho de 1966, 10.233, de 5 de junho de 2001, 10.683, de 28 de maio de 2003, 9.719, de 27 de novembro de 1998, e 8.213, de 24 de julho de 1991; revoga as Leis nos 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e 11.610, de 12 de dezembro de 2007, e dispositivos das Leis nos 11.314, de 3 de julho de 2006, e 11.518, de 5 de setembro de 2007; e dá outras providências. (BRASIL, 2013) Conhecida como MP dos Portos, sob a classificação nº 595/2012, ela tem por objetivo estabelecer novos critérios para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. Os principais pontos abordados pelo relatório final aprovado no Congresso foram: terminal indústria; arrenda- mento e concessões em portos públicos; vigência dos contratos; critérios para licitação; quem faz a licitação; instalações portuárias privadas sob autorização; prazo das autorizações; requerimento; chamada pública; Guarda Portuária; portos públicos e trabalhadores; renovação de contratos antigos e, por fim, metas de desempenho das Cia. Docas (AMATO; PASSARINHO, 2013). Vamos discorrer a seguir, de forma resumida, o que ficou acordado e determinado para cada medida após a finalização do relatório e sua aprovação. Terminal indústria: de acordo com Fábio Amato e Nathália Passarinho (2013), do G1 em Brasília , essa MP prevê a autorização para exploração de “terminais indústria”, espaços localizados fora dos portos públicos que vão servir para movimentação exclusiva de carga pertencente à empresa autorizada a operar um terminal desse tipo. Já nos portos privados — Terminais de Uso Privado (TUPs) — será autorizada a movimentação de carga de terceiros. Por meio dessa medida, o governo espera aumentar a estrutura portuária e a competição no setor, podendo, dessa forma, levar os portos à redução de preços e ao aumento da competitividade das empresas exportadoras brasileiras. Arrendamento e concessões em portos públicos: essa parte da MP tem por finalidade manter a obrigação de licitação que gera a escolha de uma em- presa concessionária ou arrendatária de bem público determinada à atividade portuária. Porém, tem o poder de anular o parágrafo do texto original, que prevê que a concessão pode abranger, completamente ou em parte, a exploração de porto organizado (público) e sua administração. Vigência dos contratos: responsável pela determinação dos contratos de concessão e arrendamento de áreas dentro dos portos públicos, define que os portos terão prazo de 25 anos e garante essa prorrogação por uma única vez e por igual período, salvo se o concessionário ou arrendatário promover investimentos para modernização e expansão das instalações portuárias. 3Concorrência estratégica Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 3 27/02/2018 13:32:24 Segundo o texto original enviado ao Congresso, a prorrogação do contrato fica a critério do governo (AMATO; PASSARINHO, 2013). Critérios para licitação: a definição do vencedor das licitações seguirá o requisito que atender a maior capacidade de movimentação de carga e a menor tarifa ou menor tempo de movimentação de carga, entre outros estabelecidos no edital. Está discriminado no texto original que será escolhida a proposta que ofereça a maior movimentação de carga com a menor tarifa. Esse ponto também tem o poder de vedar a participação, nas disputas, de empresas com participação societária superior a 5% em companhias de navegação marítima, exceto as empresas públicas. Quem faz a licitação: nesse caso, as licitações serão de responsabilidade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). No entanto, no mo- mento de decisão, foi incluído no texto a possibilidade de o governo repassar à administração do porto a responsabilidade pela redação do edital e a realização do processo licitatório para escolha dos concessionários e arrendatários de seus terminais (AMATO; PASSARINHO, 2013). Instalações portuárias privadas sob autorização: conforme informam Fábio Amato e Nathália Passarinho (2013), o texto aprovado pela Câmara para os TUPs determina que a exploração desses portos, das estações de transbordo de carga, da instalação portuária pública de pequeno porte e da instalação portuária de turismo e terminais indústria serão executadas por meio da autorização, antecedido de processo seletivo público. Prazo das autorizações: as autorizações terão prazo de 25 anos, prorrogá- veis por períodos sucessivos, sob a condição de que as empresas autorizadas mantenham as atividades portuárias, realizando investimentos que viabilizem a ampliação e a modernização da sua infraestrutura. A fiscalização dessa ação e do cronograma fica sob a responsabilidade do órgão Antaq, cabendo a ele a adoção de sanções a fim de punir quem descumprir o cronograma em anda- mento. Além disso, para os terminais de portos públicos, essas autorizações para instalação portuária serão vedadas para as empresas com participação superior a 5% em companhia de navegação marítima, exceto se empresa pública (AMATO; PASSARINHO, 2013). Requerimento: é importante aos interessados saber que poderão requerer a autorização na Antaq a qualquer momento, porém a agência deverá reverter esse pedido público. Também é necessário verificar a existência de interesse de outras empresas em fazer investimento semelhante na mesma região. Chamada pública: sabemos que a Antaq poderá fazer uma chamada pública para conceder aos interessados autorização para fixar instalação portuária em uma determinada região. Serão disponibilizadas as autorizações em caso de Concorrência estratégica4 Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 4 27/02/2018 13:32:24 candidato único ou múltiplo. Destacamos que as propostas não deverão inviabi- lizar os projetos. Caso aconteça essa situação, fica a critério da Antaq realizar o processo seletivo para escolha da proposta. É devido à Antaq, antes de expedir a autorização, consultar uma autoridade aduaneira e ou a prefeitura da cidade. Guarda Portuária: de acordo com Fábio Amato e Nathália Passarinho (2013), a MP delega à autoridade portuária dos portos públicos a competência para or- ganizar a Guarda Portuária, responsável pela vigilância e a segurança do porto. Portos públicos e trabalhadores: verificamos que, nesse ponto, foi determinado que os operadores portuários de portos públicos não poderão contratar trabalhadores temporários. Também ficou discriminado que os trabalhadores avulsos deverão estar devidamente inscritos em cadastro que ateste a sua qualificação profissional, assim sendo possível o trabalhador desempenharas suas atividades relacionadas. Renovação de contratos antigos: atestamos que os contratos de arren- damento celebrados antes de 1993 deverão ser automaticamente renovados por mais um único período não inferior ao prazo previsto em contrato. Os contratos de concessão de portos públicos a empresas privadas, celebrados nessa mesma data, poderão ser renovados uma única vez pelo prazo de até cinco anos, ficando a critério do governo. Metas de desempenho das docas: a Câmara manteve a obrigação de que as Companhias Docas, responsáveis pela a administração dos portos públicos, se comprometam com a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) quanto ao cumprimento de suas metas de desempenho. Temos que entender que essa MP foi elaborada com o objetivo de moderni- zar os portos do país, os quais sabemos que são os principais canais utilizados para a movimentação das mercadorias, fazendo com que a economia do Brasil se beneficie com ganhos significativos no quesito competitividade global. O link e o código a seguir trazem os prós e os contras quanto à edição da MP nº 595/2013. Este debate é feito sob a ótica da antiga Lei de 1993, do Decreto-Lei nº 6620/2008, entre outros. As informações de “A MP 595 e as cidades portuárias” (2013) foram disponibilizadas pelo Instituto Milenium/Centro de Pensamento. https://goo.gl/Wbzdas 5Concorrência estratégica Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 5 27/02/2018 13:32:25 Ações estratégias de gestão e economia “Estratégia” é o ato de criar novos plano ou método, uma maneira de encon- trar um novo caminho que seja mais simples e efi ciente para alcançar um determinado objetivo e, por meio dele, chegar a um resultado desejado por todos. Para defi nir um objetivo ou uma ação estratégica, é necessário realizar uma análise ou um mapeamento no processo em que desejamos inserir uma melhoria para, enfi m, encontrar a ação que está causando a falha, ou seja, que está interferindo diretamente no resultado esperado. Assim, junto com os envolvidos na execução do processo, podemos elaborar o plano estratégico que irá corrigir essa não-conformidade, produzindo, por fi m, um novo método ou manobra para chegar ao resultado desejado. Geralmente as estratégias são elaboradas por meio de análises e estudos de viabilidade da ação adotada. Essa viabilidade é controlada por meio de indi- cadores de desempenho, pelos quais é possível avaliar os resultados atingidos. De acordo com a estrutura hierárquica, o planejamento estratégico de qualquer empresa segue os seguintes passos: planejamentos estratégico, tático e opera- cional. De acordo com Bezerra (2014), é possível verificarmos na Figura 1 o desdobramento do planejamento estratégico, a fim de atender às necessidades de implantação de melhorias em uma empresa, seja qual for o ramo de atividade. Figura 1. Etapas do Planejamento Estratégico. Fonte: Bezerra (2014). Concorrência estratégica6 Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 6 27/02/2018 13:32:25 Vamos acompanhar como ficou o planejamento estratégico para a gestão e economia com a aprovação da MP. O Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) criou ações estratégicas a fim de atender alguns objetivos pretendidos pelo governo federal. Primeiramente, foi elaborado um plano com ações estra- tégicas que contemplem a área de gestão e economia. Sabemos que o objetivo do governo é atingir um modelo de gestão capaz de tornar os portos cada vez mais rentáveis, competitivos, autossustentáveis e autônomos. O Quadro 1 ilustra como ficou esse plano de ações proposto pelo PNPL. Objetivo estratégico/ação Objetivos específicos/descrição Prazo Implantar metodologia de priorização de investimentos nos portos públicos. Realizar levantamento de metodologias utilizadas em outros modais. Elencar critérios de seleção e sua ponderação. Testar e aplicar metodologia. 2 anos Consolidar processo de planejamento dos portos públicos. Elaborar os Planos de Desenvolvimento e Zoneamento Portuário (PDZs), conforme diretrizes da Portaria SEP/PR nº 03/2014. Aprovar os PDZs apresentados pelos portos organizados. 4 anos Elaborar e monitorar o Plano Geral de Outorgas (PGO). Elaborar e monitorar o PGO. 4 anos Adequar tarifas portuárias. Revisar anualmente as tarifas portuárias para garantir margens operacionais adequadas. Adequar as tabelas tarifárias aos serviços oferecidos pelas administrações portuárias. 5 anos Estimular cultura focada em resultados nas administrações portuárias. Aprovar os programas de Remuneração Variável Anual dos gestores das Cias. Docas alinhados com as metas do PNLP. Ampliar o programa de metas de gestão para os demais gestores das Cias. Docas. Repactuar convênios de delegação, estabelecendo metas de desempenho e de gestão para os portos. 5 anos Quadro 1. Ações propostas para gestão e economia. (Continua) 7Concorrência estratégica Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 7 27/02/2018 13:32:26 Objetivo estratégico/ação Objetivos específicos/descrição Prazo Modernizar gestão portuária das administrações portuárias. Implantar o Programa de Modernização da Gestão Portuária (PMGP) nas sete Companhias Docas. Promover alinhamento do Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) das APs com os instrumentos de planejamento do setor portuário. Modernizar estrutura contábil das administrações portuárias. Promover a implantação da padronização contábil nas administrações portuárias. Promover implantação de novos processos para aumentar eficiência na elaboração do orçamento de investimentos e em compras e contratos de licenciamento e de fiscalização de obras, previstos no PMGP das Cias. Docas. 5 anos Aprimorar gestão do sistema portuário. Publicar regulamentação do art. 64 da Lei nº 12.815/2013 e respectiva Portaria Interministerial, que prevê compromisso de metas e desempenho empresarial das Cias. Docas. 5 anos Estimular a concorrência. Mapear processos de arrendamento e autorização de instalações (TUPs, ETCs e IPTs — SEP/PR e Antaq). Realizar ações de melhoria e ganhos de eficiência em ambos os processos. 5 anos Implantar política e processo de gestão de riscos na SEP/PR. Mapear processos relativos à identificação e avaliação de riscos. Elaborar e adotar metodologia apropriada para a quantificação de riscos. Adotar sistema de acompanhamento da efetividade das medidas de monitoramento e tratamento aplicadas, com o objetivo de eliminar ou mitigar os riscos que possam ameaçar, no todo ou em parte, os resultados desejados, assim como explorar e ampliar os que geram oportunidades. 5 anos Quadro 1. Ações propostas para gestão e economia. (Continuação) (Continua) Concorrência estratégica8 Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 8 27/02/2018 13:32:26 Objetivo estratégico/ação Objetivos específicos/descrição Prazo Otimizar uso das áreas portuárias. Reavaliar PDZs a fim de maximizar o aproveitamento de áreas portuárias, transformando instalações não utilizadas em instalações operacionais ou disponíveis a arrendamento. Arrendar áreas disponíveis a este fim. Estimular estabelecimento de contratos de uso temporário e demais formas de ocupação de áreas operacionais. 5 anos Capacitar, manter e atualizar pessoal administrativo das Companhias Docas. Implantar novos planos de cargos e salários e de funções e cargos comissionados. Realizar concursos públicos para seleção e contratação de novos colaboradores. Estimular elaboração e execução dos planos de capacitação das Companhias Docas e dos Portos Delegados, de acordo com os instrumentos de planejamento do setor portuário. 10 anos Promover plano de aposentadoria voluntária nas Companhias Docas. Executar programas de incentivo ao desligamento voluntário de colaboradores das Companhias Docas em condições de se aposentar. 10 anos Tornar administrações portuárias autossustentáveis. Implementar sistemática de custeio das administrações portuárias e estimular redução de custos por meio demelhorias de processos e ganhos de eficiência. Implantar novos processos para ampliar a eficiência na elaboração do orçamento de investimentos, suprimentos, licenciamentos e fiscalização de obras, previstos no PMGP. 10 anos Quadro 1. Ações propostas para gestão e economia. (Continuação) (Continua) 9Concorrência estratégica Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 9 27/02/2018 13:32:26 A ações estratégicas são de extrema importância para que os portos se mantenham competitivos e ativos. Isso é percebido em razão do novo cenário econômico mundial, no qual os terminais precisam buscar de forma constante alternativas de melhorias para os seus processos, principalmente em suas ações estratégicas, diversificando a forma de agir, os tipos de cargas que operam e focando na exportação — que vem sendo favorecida pela valorização do dólar. Desde muito tempo atrás, os portos são fundamentais na definição de estra- tégias para infraestrutura logística, isso em qualquer país. No caso do Brasil, a sua importância está atrelada, principalmente, ao crescimento do comércio internacional, já que o país tem papel significativo na exportação de commodities. Fonte: Brasil (2018). Objetivo estratégico/ação Objetivos específicos/descrição Prazo Aprimorar a eficiência do Órgão Gestor da Mão de Obra do Trabalho (OGMO) e do trabalhador portuário avulso. Criar mecanismos de estímulo à qualificação dos operadores portuários avulsos e da renovação da força de trabalho. Atuar junto ao Fórum Permanente para a Qualificação do Trabalhador Portuário (Decreto nº 8.033, de 27 de junho de 2013), a fim de elaborar a política de capacitação do setor. 10 anos Promover a atualização dos cadastros dos imóveis dos portos. Realizar certificação cadastral dos bens imóveis dos portos organizados. 20 anos Atualizar as poligonais dos portos organizados. Adequar poligonais de acordo com o previsto no marco regulatório, art. 15 da Lei nº 12.815/2013. Contínua Monitorar desempenho econômico- financeiro das administrações portuárias. Monitorar continuamente os resultados econômico-financeiros das administrações portuárias, a fim de implantar ações corretivas. Contínua Quadro 1. Ações propostas para gestão e economia. (Continuação) Concorrência estratégica10 Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 10 27/02/2018 13:32:26 Para melhor entendermos a função estratégica dos portos para a economia do Brasil, vamos verificar os dados compartilhados pela Antaq. Segundo o órgão, somente em 2015, as instalações portuárias brasileiras movimentaram mais de 1 bilhão (1.007.542.986) de toneladas. Desse total, destacamos (em milhões): 400 m/t de minérios, 232 m/t de combustíveis, 17,6 m/t de produtos siderúrgicos e 209,5 m/t de grãos, o que corresponde a 85,27% do total movi- mentado. Desde 2010, as exportações pelos portos no Brasil vêm crescendo, e, no ano passado, houve a maior alta do período, de 10,6%, de acordo com LogWeb (PORTOS, 2016). Os portos adotam novas estratégias para se torna- rem competitivos em um novo cenário econômico. Esse crescimento vivido pela economia brasileira, apresentando alta crescente desde 2010, confirma a necessidade da criação e execução de ações estratégicas que visem a im- plementação de melhorias contínuas para os processos portuários do país. Acesse o link ou código a seguir e explore assuntos so- bre as novas estratégias adotadas pelos portos para se tornarem mais competitivos. Conheça também o maior entrave para a eficiência portuária e as tendências para o setor (PORTOS, 2016). https://goo.gl/hufUft Concorrência estratégica entre portos no Brasil Antigamente, era difícil conceber tanto a concorrência entre os portos como no interior dos próprios portos, pois, na época anterior a 1990, havia apenas um administrador, a Portobrás, do próprio governo. Após esse período, tem início uma ideia de descentralização, com a extinção da Portobrás, promovendo a concorrência entre portos, mesmo que a responsabilidade seja unicamente do Ministério dos Transportes, da continuidade da admi- nistração pelas Companhias Docas e de uma espontânea concentração de cargas em Santos, refl exo do cenário atual, de concentração da atividade econômica no país. Quando ocorre a concorrência entre portos, é necessário que os envolvidos reconheçam os seus limites, pois uma concorrência sadia intraportos preza 11Concorrência estratégica Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 11 27/02/2018 13:32:27 pela redução dos custos portuários e o aumento da eficiência das operações. Outro fator importante nesse ponto de vista são as características estruturais de cada terminal portuário, associadas principalmente ao diferencial de custo de transporte terrestre entre um porto e outro, também para os portos secos. Alguns possuem ligação direta com ferrovias, o que facilita a movimentação das cargas e favorece o deslocamento de grandes volumes de uma só vez. A existência de concorrência intraportos é uma condição necessária, mas não suficiente, para atingir os objetivos basilares: a redução de custos e o aumento da eficiência das operações. É justo supor que, em alguns casos, determinados portos se destaquem por apresentar características de monopólio natural, devido ao grande volume de movimentações que se concentra neles, criando uma situação real difícil de ser admitida — a concorrência acirrada dentro de uma determinada área geográfica. Por certo, devemos admitir que o setor dos portos é imperfeito, como todos os setores de uma economia, mas nada justifica a falta de uma atenção especial a esse sistema. É de responsabilidade de toda a sociedade brasileira fiscalizar e cobrar dos nossos governantes a busca constante por fomentos, estimulando uma concorrência sadia intraportos. Isso inclui a concorrência entre terminais, operadores, trabalhadores, entre outros aspectos. Para melhor entendermos as características que diferenciam os portos, as quais podem determinar o tipo de concorrência aceitável entre eles, reforçando ainda mais a ideia do monopólio, podemos verificar na Figura 2 a quantidade de escalas semanais de navios por porto, focando nas operações de longo curso e de cabotagem. Figura 2. Escalas de navios em portos brasileiros. Fonte: Grantham (2017). Concorrência estratégica12 Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 12 27/02/2018 13:32:27 Analisando o gráfico, podemos ver que o porto de Santos é responsável pela maioria da das escalas semanais em portos brasileiros, tanto no longo curso como na cabotagem, seguido pelo porto de Suape, que está empatado no quesito cabotagem. A concentração das movimentações das mercadorias brasileiras está no porto de Santos. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (BRASIL, 2017) relata que a concorrência entre portos e intraportos é fundamental para países com volumes significativos de comércio marítimo. Uma competição com conduta anticompetitiva, dada pela grande escala desse segmento, pode afetar negativamente e de forma significativa os demais setores da economia, a cadeia produtiva e, principalmente, o consumidor final. Por outro lado, inquestionavelmente, os portos são estruturas cruciais para o bom funcionamento e desenvolvimento da economia brasileira, respon- sáveis pelo escoamento de mais de 95% das exportações do Brasil e mais de 90% das importações. Por certo, os portos não são estruturas autônomas. Eles necessitam de uma correta integração e interação com os demais setores que formam e integram uma cadeia logística, a qual apresenta uma estrutura similar para quase a totalidade dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A estrutura logística de transporte dos portos geralmente está composta por transporte rodoviário, ferroviário e aquaviário, estações de transbordo, terminais de armazenagem, exportadores, importadores e agências de navegação. Por esse motivo, devemos acreditar que a vantagem competitiva de um porto não se dá somente pelos seus atributos intrínsecos, comolocalização e eficiência operacional, mas, também, na forma como ele se integra com os demais elos da cadeia produtiva. Perante esta situação, é importante destacarmos o papel da Antaq, da autoridade portuária e dos Conselhos de Autoridade Portuária (CAP) na regulação econômica. Nos termos da Lei n° 10.233/2001, constituem diretrizes gerais do gerencia- mento da infraestrutura e da operação dos transportes aquaviário aproveitar as vantagens comparativas dos diferentes meios de transporte, competindo à Antaq promover sua integração física e a conjugação das suas operações, para a movimentação intermodal mais econômica e segura de pessoas e bens (art. 12, inciso II) e reprimir fatos e ações que configurem ou possam configurar competição imperfeita ou infrações da ordem econômica (inciso VII). (CASTRO JÚNIOR, 2016). 13Concorrência estratégica Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 13 27/02/2018 13:32:27 Conforme relata Castro Júnior (2016), também podemos verificar nos termos dos incisos II e V, do art. 3º, da Lei n°.12.815/2013, as diretrizes que devem ser observadas pela Antaq, autoridade portuária e CAP, que atua no âmbito do porto organizado, inclusive para fiscalizar a atuação do arrendatário, na exploração dos portos organizados e instalações portuárias. Esses processos de controle visam direcionar os envolvidos no sistema portuário a agirem com idoneidade, praticando atos lícitos e promovendo uma concorrência digna do setor e leal ao consumidor. De acordo com Conselho Administrativo de Defesa Econômica (BRASIL, 2017), o Brasil reformulou o marco regulatório da atividade portuária com o objetivo de modernizar o setor, aumentando a sua eficiência, principalmente por meio da atração de investimen- tos privados. Esse resultado, em grande parte, foi alcançado, haja vista que atualmente os terminais privados respondem por 65% das cargas movimentadas no país. A MP 595 e as cidades portuárias. Instituto Millenium, Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <https://www.institutomillenium.org.br/artigos/a-mp-595-cidades-porturias/>. Acesso em: 22 fev. 2018. AMATO, F.; PASSARINHO, N. Entenda os principais pontos da MP dos Portos aprovada pelo Congresso. G1, Brasília, DF, 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/politica/ noticia/2013/05/entenda-os-principais-pontos-da-mp-dos-portos-aprovada-pelo- -congresso.html>. Acesso em: 3 de fev. 2018. BEZERRA, F. O que é Planejamento e Gestão Estratégica? Portal da Administração, 2014. Disponível em:< http://www.portal-administracao.com/2014/06/planejamento- -gestao-estrategica-o-que-e.html>. Acesso em: 05 de fev. 2018. BRASIL. Cadernos do CADE: mercado de serviços portuários. Brasília, DF: Conselho Administrativo de Defesa Econômica, 2017. Disponível em: <http://www.cade.gov. br/acesso-a-informacao/publicacoes-institucionais/dee-publicacoes-anexos/Cader- nosdoCadePortos26092017.pdf>. Acesso em: 04 fev. 2018. Concorrência estratégica14 Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 14 27/02/2018 13:32:27 BRASIL. Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013. Dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários; altera as Leis nos 5.025, de 10 de junho de 1966, 10.233, de 5 de junho de 2001, 10.683, de 28 de maio de 2003, 9.719, de 27 de novembro de 1998, e 8.213, de 24 de julho de 1991; revoga as Leis nos 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e 11.610, de 12 de dezembro de 2007, e dispositivos das Leis nos 11.314, de 3 de julho de 2006, e 11.518, de 5 de setembro de 2007; e dá outras providências Brasília, DF, 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/ lei/l12815.htm>. Acesso em: 03 fev. 2018. BRASIL. Plano Nacional de Logística Portuária – PNLP. Secretaria Nacional dos Portos, Brasília, DF, 2018. Disponível em: <http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/pnpl/ plano-nacional-de-logistica-portuaria>. Acesso em: 03 fev. 2018. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Medida Provisória. Brasília, DF, 2018. Disponível em: <http:// www2.camara.leg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/medida-provisoria>. Acesso em: 03 fev. 2018. CASTRO JÚNIOR, O. A. Defesa da concorrência na Nova Lei dos Portos. Revista de Defesa da Concorrência, Brasília, DF, v. 4, n. 2, 2016. Disponível em: <http://revista. cade.gov.br/index.php/revistadedefesadaconcorrencia/article/viewFile/266/147>. Acesso em: 03 fev. 2018. GRANTHAM, R. Armadores: alianças e fusões – qual o impacto no Brasil? Portos e Navios, Rio de Janeiro, v. 29, maio 2017. Disponível em: <https://www.portosenavios.com.br/ noticias/artigos-de-opiniao/38953-armadoresaliancas-e-fusoes-qual-o-impacto-no- -brasil>. Acesso em: 22 fev. 2018. PORTOS adotam novas estratégias para se tornarem competitivos em um novo cenário econômico. LogWeb, Jundiaí, 2016. Disponível em: <http://www.logweb. com.br/portos-adotam-novas-estrategias-para-se-tornarem-competitivos-em-um- -novo-cenario-economico/>. Acesso em: 03 fev. 2018. Leitura recomendada BRASIL. Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012. Dispõe sobre a exploração direta e indireta, pela União, de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários, e dá outras providências. Brasília, DF, 2012. Convertida na Lei nº 12.815, de 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/mpv/595.htm>. Acesso em: 22 fev. 2018. 15Concorrência estratégica Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 15 27/02/2018 13:32:27 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Cap_5_Logistica_Portuaria.indd 16 27/02/2018 13:32:27 Conteúdo: DICA DO PROFESSOR O planejamento estratégico é um mecanismo indispensável para qualquer sistema empresarial que quer se manter vivo e competitivo dentro do cenário atual, em que a economia de um país ou de uma empresa está diretamente ligada à definição de novos objetivos, à implantação e ao gerenciamento destes. A estratégia pode ser considerada como um fator-chave para a abertura de novas portas para o comércio de uma empresa, sendo ela responsável por melhorar o que já existe e criar novas possibilidades de se executar um objetivo específico. Assista à Dica do Professor e acompanhe os três principais objetivos elaborados a fim de trazer melhorias para a área da Logística Portuária. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Instrumento com força de lei, filiado pelo presidente da República, para atender a casos relevantes e urgentes. Os efeitos imediatos produzidos por esse documento vão depender da aprovação por parte do Congresso Nacional. Com base nessa perspectiva, assinale a alternativa correta: A) Guarda portuária. B) Requerimento. C) Critérios para licitação. D) Vigência dos contratos. E) MP – Medida Provisória. 2) O que vem a ser arrendamento e concessões em portos públicos? Assinale a alternativa correta. A) Item da MP que prevê a autorização para exploração de "terminais indústria", que são espaços localizados fora dos portos públicos usados para movimentação exclusiva de carga pertencente à empresa autorizada a operar um terminal desse tipo. B) Responsável pela determinação dos contratos de concessão e arrendamento de áreas dentro dos portos públicos, estabelece que os portos terão prazo de 25 anos e garante essa prorrogação por uma única vez e por igual período. C) Uma chamada pública para conceder aos interessados autorização para fixar instalação portuária em uma determinada região. Serão disponibilizadas as autorizações em caso de um ou vários candidatos. D) Item abordado no relatório final da Medida Provisória, o qual tem por finalidade manter a obrigação de licitação que gera a escolha de uma empresa concessionária ou arrendatária de bem público determinada para a atividade portuária. E) Determina que os operadores portuáriosde portos públicos não poderão contratar trabalhadores temporários. 3) Com a aprovação da MP –, o PNLP tratou de criar ações estratégicas a fim de atender a objetivos pretendidos pelo Governo Federal. Em relação a adequar tarifas portuárias, assinale a alternativa correta. A) Visa à revisão anual das tarifas portuárias para garantir margens operacionais apropriadas e a adequação das tabelas tarifárias aos serviços oferecidos pelas administrações portuárias em um prazo de 5 anos. B) Visa à aprovação dos programas de Remuneração Variável Anual dos gestores das Companhias Docas, alinhados com as metas do PNLP. C) Promove a implantação da padronização contábil nas administrações portuárias. D) Tem como objetivo promover a implantação de novos processos para aumentar a eficiência na elaboração do orçamento de investimentos e em compras e contratos, previstos no Projeto de Modernização da Gestão Portuária (PMGP) das Companhias Docas. E) Responsável pela determinação dos contratos de concessão e arrendamento de áreas dentro dos portos públicos, estabelece que os portos terão prazo de 25 anos e garante essa prorrogação por uma única vez e por igual período. 4) De acordo com o PNLP, o que seria preciso para estimular a concorrência dos portos? A) Mapear processos de arrendamento e autorização de instalações (TUPs, ETCs e IPTs) e (SEP/PR e ANTAQ); além disso, realizar ações de melhoria e de ganhos de eficiência em ambos os processos. B) Adotar o sistema de acompanhamento da efetividade das medidas de monitoramento e tratamento aplicadas, com o objetivo de eliminar ou mitigar os riscos que possam ameaçar, no todo ou em parte, a obtenção dos resultados desejados, assim como explorar e ampliar os que geram oportunidades. C) Reavaliar o Planos de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZs) a fim de maximizar o aproveitamento de áreas portuárias, transformando-se instalações não utilizadas em instalações operacionais ou disponíveis para arrendamento. D) Arrendar áreas disponíveis a este fim e estimular o estabelecimento de contratos de uso temporário e demais formas de ocupação de áreas operacionais. E) Estimular a elaboração e execução dos Planos de Capacitação das Companhias Docas e Portos Delegados de acordo com os instrumentos de planejamento do setor portuário. 5) Segundo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (2107), os portos são estruturas cruciais no bom funcionamento e desenvolvimento da economia brasileira, sendo estas responsáveis pelo escoamento de mais de: A) 75% das exportações do Brasil e mais de 45% das importações. B) 65% das exportações do Brasil e mais de 95% das importações. C) 95% das exportações do Brasil e mais de 90% das importações. D) 78% das exportações do Brasil e mais de 92% das importações. E) 88% das exportações do Brasil e mais de 77% das importações. NA PRÁTICA Sabe-se que o planejamento estratégico é um mecanismo fundamental no direcionamento do consumo consciente e adequado dos recursos disponíveis dentro de uma determinada organização. Isso favorece os esforços dos colaboradores como um todo e otimiza a aplicação dos meios materiais disponíveis de forma sustentável, com o propósito de alcançar um objetivo em comum. Na verdade, o grande desafio da gestão estratégica atual está relacionado à efetividade prática de um plano estratégico. Certamente, para um objetivo ser efetivo, ele precisa ter utilidade comprovada e reconhecida por todos depois de alcançado e implantado. Por certo, na maioria das vezes, o alcance de um objetivo organizacional necessita de uma rotina constante para alinhar a sua aplicabilidade à realidade da empresa, como também a adaptabilidade dos colaboradores a esse novo cenário/ambiente. Joaquim faz parte da equipe de liderança do setor de Planejamento Portuário Nacional e, para atingir um modelo de gestão capaz de tornar os portos cada vez mais rentáveis, competitivos, autossustentáveis e autônomos, ele convocou a sua equipe do planejamento estratégico para a elaboração de um ciclo dinâmico que atendesse à Gestão Estratégica. Para atingir esse objetivo, ele e sua equipe montaram um ciclo dinâmico que se retroalimenta por meio de 4 etapas para alcançar o objetivo desejado. Acompanhe na imagem a seguir a dinâmica que as ações obedecem para atender ao processo de implantação de uma estratégia. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Presidente sanciona a MP dos portos com 13 itens vetados Diversifique o seu conhecimento, explore o artigo disponibilizado, no qual será possível entender mais sobre a MP que foi sancionada pelo presidente da República. Verifique nesta pesquisa os pontos que foram vetados na lei dos portos e veja a lei aprovada na íntegra. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Lei dos portos Assista ao vídeo e saiba mais sobre como ficou a configuração das mudanças estipuladas por essa lei, principalmente para o maior porto do Brasil, o Porto de Santos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Compartilhar