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Apostila de História

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Prévia do material em texto

Sumário
PARTE 1 – A HISTÓRIA E O SEU ENSINO................................................................................................................3
 PARTE 2 – HISTÓRIA GLOBAL..................................................................................................................................11
I – PRÉ-HISTÓRIA......................................................................................................................................................11
II – MESOPOTÂMIA..................................................................................................................................................19
III – EGITO ANTIGO..................................................................................................................................................27
IV – CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS.........................................................................................................38
V – GRÉCIA ANTIGA.................................................................................................................................................45
VI – ROMA ANTIGA..................................................................................................................................................55
VII – IDADE MÉDIA...................................................................................................................................................64
VIII – RENASCIMENTO............................................................................................................................................71
IX – REFORMA PROTESTANTE.............................................................................................................................75
X – EXPANSÕES MARÍTIMAS...............................................................................................................................78
XI – REVOLUÇÃO GLORIOSA...............................................................................................................................82
XII – INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS...........................................................................................84
XIII – REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS......................................................................................................................89
XIV – ILUMINISMO...................................................................................................................................................94
XV – REVOLUÇÃO FRANCESA..............................................................................................................................98
XVI – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL...............................................................................................................105
XVII – REVOLUÇÃO RUSSA.................................................................................................................................115
XVIII – SEGUNDA GUERRA MUNDIAL............................................................................................................119
XIX – GUERRA FRIA................................................................................................................................................131
PARTE 3 – HISTÓRIA DO BRASIL...........................................................................................................................142
I – BRASIL PRÉ-COLONIAL E COLONIAL.......................................................................................................143
II – OS CICLOS ECONÔMICOS..........................................................................................................................144
III – BRASIL IMPÉRIO.............................................................................................................................................151
IV – BRASIL REPÚBLICA........................................................................................................................................162
PARTE 4 – ANÁLISE DE OBRAS...............................................................................................................................177
PARTE 5 – LEGISLAÇÃO DE HISTÓRIA.................................................................................................................182
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................................................216
*A apostila foi criada pensando no novo modo de se enxergar a disciplina nos dias
atuais. Nos últimos anos surgiu um movimento de irromper com paradigmas. Por
vezes esse movimento cai no achismo, se apartando por demais dos métodos
científicos. Traremos aqui no decorrer da apostila certos questionamentos não muito
comuns nos meios acadêmicos, sem nos determos no modelo conteudista, além de
fomentar o debate crítico.
*As provas dos concursos estão vindo nesse sentido, perdendo um pouco da
perspectiva crua de conteúdos e trazendo a emersão de um viés mais interpretativo
dos mesmos.
*Adotamos principalmente a ideia de criação de questões, pegando aquilo que
aparece nos concursos e dando um maior teor de dificuldade e profundidade. Com
isso te nivelaremos por cima, fazendo com que você esteja apto a fazer qualquer
prova.
*As questões foram pensadas de forma a trazer a maior quantidade de conteúdo e
crítica no menor espaço possível. 
*Os destaques presentes na apostila, demarcados com negrito, são os principais
pontos de cada um dos tópicos. É bastante importante se atentar a eles.
PARTE 1 – A HISTÓRIA E O SEU ENSINO
O QUE É A DISCIPLINA HISTÓRIA? A História é o estudo dos registros para entender não
só esses mesmos, mas o agora. A principal função da História não é viver no passado, mas
se apropriar no processo histórico para entender o agora. Tornar o passado
contemporâneo é algo essencial.
ETIMOLOGIA? História tem raiz no grego antigo , ἱστορία que significa pesquisa,
conhecimento através investigação. 
NASCIMENTO DA HISTÓRIA? Seu nascimento é com os primeiros registros históricos, a
escrita cuneiforme. Veremos isso de maneira mais aprofundada adiante.
PRIMEIRO HISTORIADOR? Heródoto, pelo menos do que temos notícia e dentro do
parâmetro de historiador propriamente dito, com intenções e métodos próprios do que
chamamos de História (a disciplina). 
 3 de 219
A HISTÓRIA É SELETA? Em lato sensu qualquer escrita é fonte histórica, mesmo sendo o
seu escritor um não historiador. Este pode ser visto como um escritor de uma perspectiva,
de um recorte historiográfico, com seus interesses e sentimentos próprios. Mas um bom
historiador se basear por métodos, por rigor, ter a capacidade de suscitar
questionamentos, interrogar suas fontes e dela tentar extrair a mais perfeita
verossimilhança.
PRINCÍPIOS DA HISTÓRIA? Podemos falar em muitos outros, mas difícil não nos
basearmos por uma arquitetônica dos seguintes elementos: significância; perspectivas;
continuidade e mudança; causa e efeito; evidências; empatia e contestabilidade. 
ETERNO RETORNO? A História não é inerte, pois sempre volta a se repetir sob novas
feições. A natureza humana, apesar de diversa, possui um teor arquétipo, sempre haverá o
ditador e o revolucionário, mas também no revolucionário mal intencionado. Mas isso não
nos põe na posição de se cansar dos personagens da história. Isso nos põe a prevê-los, a
passar esse conhecimento, mas não se limitar a ele, a fazer do outro uma pessoa capaz de
assumir a função de historiador para si e para os que o cerca. 
HISTÓRIAS? Também não é inerte o modo de se ensinar História. Cada vez mais nos
afastamos daquele modelo de “osmose de conteúdos”, dai-me o alimento que eu o
engulo. O processo de digestãoda história deve ser relevante, deve permear o ser humano
que ali está, deve surtir o efeito de causar uma indigestão, um mal-estar. Mas também
deve ser capaz de satisfazer, de trazer modelos, de reconfortar o mal-estar pela crítica.
A RELUTÂNCIA DOS ALUNOS? Os docentes, por vezes, olham para a História como
cansativa. Aquele amontoado de datas e de memorização os afasta. É necessário suscitar o
debate, trazer os conteúdos de forma crítica e que faça sentido para a realidade dos
alunos.
E A PÓS-VERDADE? Estamos na turbulenta era da pós-verdade. A objetividade, a ciência e
os fatos não tem peso algum diante do sentimento e das crenças. As pessoas relutam não
com os argumentos ou fatos, mas com o fato desses irem contra seus sentimentos. Como
lidar com isso, como fugir de um sofismo? Talvez trazer à tona o fato de que a não
aceitação está não na coisa em si, mas no sentimento da pessoa, pode ser uma maneira.
Por vezes o aluno ou quem quer que seja nem se deu conta disso. A paciência e o
altruísmo são essenciais. Mas também o professor de História deve saber a hora de seguir
em frente, há casos mais complexos e, por isso mesmo, há limites de atuação. Esse
fenômeno da pós-verdade é muito novo, não que ele tenha surgido agora, mas com essa
força de hoje talvez tenha existido só em poucos momentos da história.
O ENSINO LINEAR? Ensinar os conteúdos de forma linear pode ser um problema? Não é
um problema ensinar de forma linear, mas o ensino exclusivo de forma linear pode causar
 4 de 219
problemas. Sempre seguir o passo a passo dos conteúdos como que uma escada, pode
fazer os alunos não saibam dar passos mais largos, começar de um degrau sem pisar em
todos os outros. O método linear de transmissão dos conteúdos cria um hábito e, esse
hábito, torna o aluno dependente de todo um passado para entender um dado conteúdo.
Por isso se faz necessário trazer partes isoladas da história.
CONCEPÇÕES FORMAIS DE HISTÓRIA
O modo de se fazer história mudou e muito ao longo dos anos. Vejamos os principais
momentos de sua jornada.
• História Narrativa: modo de se fazer história muito próximo do relato do senso
comum, é o simples “contar história”. Nessa maneira de se narrar não há
preocupação quanto a veracidade dos fatos expostos ou a metodologia condutora,
nem mesmo com as causas e efeitos presentes na história narrada.
• História Pragmática: há em jogo uma profunda preocupação com a didática que
incorpora o narrar histórico. Essa atitude acaba por tentar corrigir os erros do
passado, tem um teor de “história moralizante”. Heródoto, Cícero e Tucídides
são os maiores nomes desse modo de se fazer História.
• História Científica: esse modo de se fazer história está muito atrelado com o rigor
científico, há aqui uma nítida preocupação com uma metodologia capaz de expor
a verdade dos fatos. Mais do que isso, por vezes a História científica quer suscitar
críticas, pensar a narrativa no âmbito do debate. A Revolução Francesa, a dialética
(de Hegel e Marx) e até mesmo Auguste Comte (com sua concepção mais
rigorosa) podem ser colocados nessa classificação
• História dos Annales (Anais): outros elementos da vida humana são colocados
como imprescindíveis na formação do trabalho historiográfico, como a
psicologia, a arte, o cotidiano, etc. Há um afastamento da noção dos heróis
nacionais que criam as bases de uma nação, os homens ilustres são colocados em
xeque. Marc Blonch e Lucien Febvre iniciaram essa vertente em 1929.
• Nova História: também chamada de História Total, tenta se afastar da ideia de que
somente os documentos oficias prestam para a criação de uma História. Os
elementos individuais e suas motivações podem ser bastante relevantes, ao
que passo que as representações coletivas podem possuir deturbações. É preciso
uma análise crítica por parte do historiador.
CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS DA HISTÓRIA
• Concepção Providencialista: há uma determinação divina nos eventos. A História
da Humanidade é uma criação divina, já traçada. Santo Agostinho, Jacques
Bossuet e Césare Cantu são os principais expoentes dessa interpretação
• Concepção Idealista: Hegel e sua Fenomenologia do Espírito são o paradigma dessa
concepção. A mente gera os fatos históricos, nossa evolução está predestinada
pela razão. 
 5 de 219
• Concepção Materialista: fez oposição ao idealismo hegeliano. O materialismo
histórico de Marx e Engels são as bases desse pensamento. A História e seus
eventos são determinados de forma imanente, material, através da crua mesma.
• Concepção Cíclica: as feições do mundo são sempre novas e diferentes, mas seus
processos são miméticos, tal qual o passado repetimos os mesmos padrões. A
repetição da história do mundo é nosso fardo. Os próprios historiadores da Grécia
Antiga já tinham essa concepção de realidade.
• Concepção Psicológico-social: a mentalidade homogênea de sociedades é que
determina os eventos históricos. Podemos muito bem ver que é essa psique
social que reina os processos históricos, conduzindo-os, deliberando-os. Para
analisar um dado momento e seus eventos possíveis basta olhar para a concepção
social dominante, o estabelecimento de suas relações com a minoria e com as
diversas nuances englobadas pela vida geral.
A CRÍTICA HISTÓRICA
• Crítica Objetiva: tem como objetivo simplesmente averiguar o valor do
documento, se ele é original ou apenas uma cópia.
• Crítica Subjetiva: essa crítica vai além, verificando o valor intrínseco. Aqui se quer
saber se o dado documento possui veracidade nele mesmo. Ele pode ser muito
bem um documento original, o verdadeiro (averiguado pela crítica objetiva), e seus
conteúdos serem falsos. Geralmente esse tipo de validação é mais complexa, tendo
como suporte outras ciências, como a Arqueologia, a Paleontologia, a Linguística, a
Geografia, a Paleografia, etc.
*Autores, como Libâneo, costumam dividir as tendências pedagógicas em dois
grupos distintos: liberal e progressista. Estudaremos cada um deles. A ideia
aqui é captar o sentido que cada tendência possui e saber derivar da marca
central de cada uma: vários termos similares. Saber aplicar o conceito e, por
assim dizer, ir descobrindo novos a partir daquele é uma maneira muito eficaz
de estudar um conteúdo. Vejamos abaixo como se classificam as pedagogias
liberal e progressista e cada uma de suas tendências:
PEDAGOGIA LIBERAL PEDAGOGIA PROGRESSISTA
TRADICIONAL LIBERTADORA
RENOVADA LIBERTÁRIA
RENOVADA-NÃO DIRETIVA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS
TECNICISTA
*A diferença mais marcante é que a Pedagogia Liberal tem um teor de preparo do
indivíduo para desempenhar funções dentro da sociedade, sem ter em vista uma
crítica do status quo vigorante numa dada sociedade. Por outro lado, a Pedagogia
Progressista implementa justamente uma crítica ao sistema dominante, propondo o
 6 de 219
QUESTÕES
repensar das relações sociais de maneira crítica e que crie condições de
emancipação.
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS LIBERAIS
Tradicional: objetiva transmitir puramente conteúdos por meio de metodologias
próximas a mera memorização, onde o professor detém o conhecimento.
Renovada: aqui há uma maior consideração quanto as fases de desenvolvimento
do aluno. O professor assume mais um papel de experimentador e criador de
desafios. Os indivíduos são educados para se adequarem ao social.
Renovada não-diretiva: conteúdos voltados ao interesse dos alunos por meio de
atividades de expressão e interpessoalidade. A relação professor-alunopassa a
ser nitidamente mais afetiva.
Tecnicista: modelagem de alunos de acordo com os padrões tecnicistas. O
professor assume uma relação de empresa, de mentor profissional do aluno.
Assemelhasse ao modelo da Revolução Industrial. Os conteúdos são elaborados por
especialistas.
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS PROGRESSISTAS
Libertadora: a educação volta-se para a problematização da dimensão social
através de conteúdos advindos do contexto cultural em que os alunos estão
inseridos no seio da comunidade. A relação entre professor-aluno é horizontal. Aqui
a tendência é uma educação dialogal, por grupos de discussões.
Libertária: a escola torna-se um espaço democrático, onde a aprendizagem
grupal vigora, aquela onde os próprios estudantes vão deliberar o que vai ser
objeto de discussão (aprendizagem autogestionária).
Crítico-social dos conteúdos: os conteúdos serão dados de acordo com o
contexto dos alunos, de forma dialógica e crítica, a fim de preparar o aluno para as
dicotomias e intempéries da vida.
* O fator comum que existe entre as tendências libertadora e libertária é
justamente o antiautoritarismo.
 7 de 219
1. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
A história confere maior riqueza e relevância à difícil e complexa tarefa de compreensão do
presente.
2. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Na educação básica, a história é importante instrumento para entender os problemas
sociais, para conferir significado aos acontecimentos do cotidiano e para exercer
conscientemente a cidadania.
3. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Um estudo de história inteligente e capaz de despertar o interesse do aluno implica a
formulação de questões dirigidas ao passado a partir da realidade presente.
4. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Pela especificidade da disciplina, a história não tem condições de interagir com outros
campos do conhecimento, a exemplo da literatura, da filosofia ou da música.
5. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Em tempos de nacionalismo exacerbado, a história ensinada na escola deve ater se ao‐
estudo da nacionalidade, eximindo se de abordar outros países e culturas do mundo‐
contemporâneo.
6. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Compreender os fatos do passado, contextualizando os adequadamente, deve ser um dos‐
objetivos do ensino de história.
7. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
O ensino da história deverá se esforçar por levar o aluno a compreender a existência de
um único ponto de vista relativo aos fatos ocorridos em tempos distantes.
8. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Espera se do professor de história a capacidade de transmitir, de modo organizado, o que‐
se estudou ou as informações obtidas em relação ao passado.
9. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
No atual estágio de desenvolvimento da ciência histórica e graças ao aparato didático‐
pedagógico hoje existente, torna se inaceitável a exposição oral de conteúdos pelo‐
professor em sala de aula.
10. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
A assimilação dos conteúdos por parte dos alunos é bastante facilitada quando o
professor faz constantes julgamentos de valor sobre personagens e fatos históricos.
11. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Uma característica marcante da nova história, na esteira das inovações trazidas pela Escola
dos Anais, foi o radical afastamento da história em relação às demais ciências humanas e
sociais.
12. Quadrix – 2018 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Eis uma síntese da historiografia contemporânea surgida com os Anais: novos objetos,
novos problemas e novas abordagens, reconfigurando a maneira de se produzir o
conhecimento histórico.
13. CESPE – 2017 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
 8 de 219
GABARITO
Ante o avanço da historiografia e a necessidade de que a sala de aula não esteja à margem
de um mundo em contínua transformação, o professor de História de todos os níveis de
ensino precisa saber lidar criticamente com as mais diversas fontes.
14. CESPE – 2017 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Diferentemente da perspectiva positivista do passado, que resumia as fontes históricas aos
documentos escritos, nos dias atuais podem ser considerados fontes para a História, entre
muitos outros elementos, a imprensa, as mídias digitais, os acervos de museus, além da
linguagem e da oralidade presentes na própria sala de aula.
15. CESPE – 2017 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
O livro didático exerce importante papel no ensino de História na escola, especialmente
quando oferece distintas formas de compreensão da multifacetada trajetória das
sociedades no tempo.
16. CESPE – 2017 – SEE/DF – Professor de Educação Básica – História
Os livros didáticos, por sua própria natureza, não se subordinam às leis do mercado, de
modo que eles não contribuem na organização da relação entre o que é, o que pode ser e
o que deveria ser apreendido em relação à disciplina.
1. C
2. C
3. C
4. E
5. E
6. C
7. E
8. C
9. E
10. E
11. E
12. E
13. C
14. C
15. C
 9 de 219
GABARITO COMENTADO
16. E
1. A História aprofunda mais a própria questão do presente, abrindo novos caminhos de
reflexão; além de dar destaque ao presente, ao colocá-lo como seu objeto de estudo.
2. Exatamente. Questão bem simples. Cidadania e conceitos análogos sempre serão um
dos efeitos ou objetivos das disciplinas curriculares. Pois esses conceitos possuem uma
ampla margem no âmbito educacional e são imprescindíveis para a dimensão educacional
como um todo.
3. Lembre-se que a História é uma disciplina de múltiplas vias. Podemos tanto partir do
passado para aprender sobre o presente, quanto o contrário. A História está longe, ainda
mais nos dias atuais, de ser uma disciplina rígida, que vai apenas do passado ao
presente/futuro. Podemos muito bem fazer o caminho inverso. Um tema atual pode
despertar o interesse dos alunos e servir de fio condutor para a mesma questão lá atrás. A
História tem disso: repetição.
4. Questão simples. Todas as disciplinas têm condições de interação com qualquer outra.
No fundo, filosoficamente: não há nada que não possa ser relacionado.
5. Eximindo-se de abordar outros países? Não mesmo. É claro que estudar a própria nação
brasileira é relevante, mas a História vai além disso. Não é à toa que temos a História
Global, não é mesmo? Questão tranquila.
6. O contexto é importantíssimo em qualquer disciplina e não é diferente no ensino de
História.
7. Um único ponto de vista? Jamais. A História, apesar de ser uma ciência que busca
objetividade e, por isso mesmo, consenso, não se limita a ditar regras. Os documentos e
eventos históricos sempre podem ser revistos e relacionados com outros, criando uma
gama de interpretações.
8. Exato.
9. Essa questão foi objeto de polêmica por alguns, mas não cai nessa. Ela é super-simples.
De fato, vemos que atualmente existe uma série de tendências pedagógicas que procuram
se afastar de uma aula meramente expositiva. Mas isso não quer dizer que não seja
possível uma aula expositiva ou momentos expositivos. 
10. É possível uma aula que faça em dados momentos julgamentos de valor sobre
personalidades,dependendo de como isso é feito, com que propósito e se há de fato
 10 de 219
DEFINIÇÃO
relevância. O que invalida a questão é o termo “constantes”. Esse tipo de atitude pode
fazer é com que os alunos tenham uma visão negativa acerca do professor e, por
consequência, assimilem menos.
11. A História dos Anais ou Annales não se afastou de outras áreas do saber, inclusive se
aproximou de dimensões do conhecimento humano que por vezes são tidos como
subalternos, a arte e o senso comum são exemplos disso.
12. De fato foi um novo modo de se olhar para a historiografia contemporânea, esta que
possuía justamente novas dimensões: sejam problemas, objetos e metodologias.
13. O mundo muda e as fontes também. Hoje os meios digitais constituem o maior centro
de informações e documentos. É necessário saber lidar com esse novo mundo,
principalmente com o enxame das chamadas fake news (notícias falsas) e com a
mentalidade da pós-verdade.
14. Exatamente.
15. O livro didático é um dos elementos principais da vida escolar. Um livro que expõe
visões e interpretações promove o debate e a investigação.
16. Num mundo cuja lei é o capital globalizado, os livros didáticos não escapam dessa
lógica, eles estão subordinados ao mercado.
 PARTE 2 – HISTÓRIA GLOBAL
I – PRÉ-HISTÓRIA
A primeira questão que deve ser posta é definirmos o que é pré-história. Bom,
intuitivamente podemos dizer que é aquilo que vem antes da História. Ou seja, é mais fácil
definirmos o que a História e consequentemente dizermos que o que vem antes dela é a
Pré-História. Mas até que ponto? Pois a história do mundo que conhecemos é de uma
 11 de 219
imensidão atordoante. A questão não é fácil de ser respondida. Poderíamos dizer que,
cientificamente, a História do mundo começa com sua formação, explicada por uma série
de teorias, umas mais reconhecidas do que outras. Isso se quisermos lidar de maneira mais
direta e colocarmos nessa incógnita o nosso mundo mesmo. Mas alguém poderia dizer:
bem, o mundo é um produto de outros eventos que o antecedem, e, de certa maneira, tais
eventos, mesmo que indiretamente, fazem parte de nossa história.
Como resolver essa questão? Os historiadores tendem a confluir para um marco. A
História começa de fato quando o ser humano registra sua história, quando surge a escrita.
Alguns poderiam dizer que os homens das cavernas já faziam sua linguagem, se
comunicavam através das paredes das cavernas com suas mãos em negativo, por exemplo.
Mas esse ato é muito mais próximo da arte, ou melhor ainda, dos rituais de caça. A
linguagem mesma, através de uma escrita sistematizada surge bem depois, por volta de
3500 a. C, com os sumérios e sua escrita cuneiforme.
Tudo bem, a escrita é o marco da História. Mas até onde vai a Pré-História? Se o
surgimento da História se dá com a escrita humana, a humanidade também deve ser a
medida da Pré-História. Quando voltamos ao passado vemos que a humanidade possui
uma ancestralidade bem longínqua, nossa história mesmo não começa quando
aprendemos a usar talheres e se portar à mesa, ela antecede isso, e muito. Os hominídeos
são o marco da Pré-História. O que são os hominídeos? É um grupo que forma a família
taxonômica dos grandes primatas, que inclui 4 gêneros: pan, gorilla, pongo e homo
(gênero o qual pertencemos, que engloba várias outras espécies).
De maneira geral, a História que costuma ser estudada se restringe mais a tudo
aquilo que vem a partir da Pré-História. A biologia e a geografia são as disciplinas
escolares que costumam focar mais nos eventos que ocorrerão antes da Pré-História. Pois
este momento é bastante demarcado por dois aspectos: a evolução da fauna e flora e, as
mudanças bruscas em termos geográficos e climáticos. A História escolar dá ênfase à
dimensão humana escrita e seu período prévio, demarcado pela Pré-História.
*Então temos:
Pré-História: começa com o surgimento dos primeiros hominídeos há cerca de 5
milhões de anos atrás.
História: a partir da escrita sistematizada dos sumérios (cuneiforme), em 3500 a. C.
O foco de estudo da Pré-História no âmbito escolar costuma se conduzir por dois
nortes. O primeiro diz respeito a divisão dos períodos que compõem esse momento de
nossa história. A Pré-História compreende as Idades da Pedra (Período Paleolítico ou Idade
da Pedra Lascada; Período Mesolítico; Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida) e dos
Metais (Idade do Cobre; Idade do Bronze; Idade do Ferro). O segundo norte refere-se ao
estudo do gênero homo (pertencente a família dos hominídeos), que engloba várias
espécies, dentre as quais a nossa. É claro que essas perspectivas não devem ser vistas
como estudos isolados, elas possuem uma estreita ligação entre si, já que determinadas
 12 de 219
IDADE DA PEDRA
espécies do gênero homo viveram em determinado período. O intuito dessa divisão é
contribuir para a didática, apesar de que iremos estar sempre situando as conexões.
PERÍODO PALEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA LASCADA (3 milhões~10 mil a. C)
Houve a coexistência de vários grupos de hominídeos nesse período, como
veremos mais adiante. Dessa maneira fica mais fácil classificarmos a alimentação deles de
maneira individual. Mas podemos dizer que todos tinham um hábito de vida nômade,
sem a fixação de residência certa, devido as diversas circunstâncias atenuantes que
surgiam e a ausência de técnicas como a agricultura, por exemplo. Os hominídeos
costumavam se alojar em cavernas ou, mais adiante, se abrigar em tendas bastante
rudimentares. O nome desse período deriva justamente do fato de que os grupos de
hominídeos usavam objetos lascados em pedras, favorecendo a caça. No final do Período
Paleolítico houve uma revolução de teor incomensurável por parte de alguns hominídeos:
o domínio do fogo. Os benefícios das técnicas do fogo vão desde o cozimento da carne
(o que aumenta as calorias absorvidas e propiciando o aumento cerebral das espécies) até
a proteção contra os animais selvagens e a escuridão noturna, além do aquecimento
diante das condições climáticas extremas. 
PERÍODO MESOLÍTICO (13 mil~9 mil a. C)
É um período que os estudiosos propuseram recentemente para arranjar de
maneira mais fidedigna a Pré-História. Foi um momento de transição entre o Paleolítico e
Neolítico, que favoreceu uma transição comportamental da nossa espécie. Devido
glaciações persistentes e intensas, ocorridas principalmente na Eurásia, os grupos
existentes tiveram de se acomodar mais em cavernas a fim de superarem as problemáticas
do frio. Já aqueles grupos que não mudaram de mentalidade e persistiram na caça, foram
extintos. Em decorrência provavelmente dessa reclusão forçada, certos grupos hominídeos
começaram a desenvolver trabalhos em cerâmica e tecido. É importante notar que de 8 mil
a. C~13 mil a. C em diante a única espécie de hominídeo que perdurou foi o homo
sapiens, a espécie que proporcionou nossa subespécie homo sapiens sapiens. Tal tese é
fortemente embasada por fosseis achados recentemente na Indonésia do homo erectus.
PERÍODO NEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA POLIDA (10 mil~3 mil a. C)
Esse período é comumente chamado de Revolução Neolítica, e isso não é à toa,
aqui houve o desenvolvimento da agricultura. Essa grande guinada proporcionou a
 13 de 219
IDADE DOS METAISO GÊNERO HOMO
sedentarização dos grupos e a a domesticação de animais, contribuindo para a execução
de certas tarefas. Protótipos de cidades começaram a eclodir nesse período também. Ou
seja, o estabelecimento desses núcleos foi de uma significância absurda, tanto que no final
do período começa uma outra revolução, por assim dizer, o uso de metais para a
confecção de armas.
Essa Idade já não se encaixa propriamente na Pré-História, pois como vimos esta
vai até a sistematização da escrita. Assim, a Idade dos Metais apesar de dialogar com a
Idade da Pedra, por ser de certa maneira a evolução de ferramentas desta, que antes eram
feitas de pedra, se encaixa por datação na Antiguidade. Isto deriva do fato de que o uso
de metais se inicia, em grande parte, na período pós-escrita. A Idade dos Metais é
composta por: Idade do Cobre (4000 a. C~1400 a. C); Idade do Bronze (3100 a. C~300 a.
C); Idade do Ferro (1300 a. C~900 a. C). As datas esbarram numa série de controvérsias.
Isso ocorre principalmente em função da dificuldade das evidências e dos critérios de
análises usados pelos pesquisadores. Fato é que a Idade do Cobre pode ter antecedido a
sistematização da escrita, mas também se estende depois dela, é uma fase híbrida, por
assim dizer. O domínio da forja desses metais foi de grande propulsão tecnológica,
implicando uma gama de inovações que puderam ser postas em prática pelos grupos
humanos. 
A falácia de que viemos dos macacos é algo comum de ser dito, mas isso não é
verdade. Apesar de sermos pertencentes à ordem dos primatas, nos separamos dos
macacos já há muitos milhões de anos. Estamos dentro da família dos hominídeos, que
são os primatas grandes e sem caudas. Aliás, todos nós temos cóccix, vestígio anatômico
do rabo (ferramenta que deixou de ser útil quando nossos ancestrais desceram das árvores
da África), algumas pessoas o tem de maneira mais destacável. Temos vários órgãos
vestigiais (cóccix, apêndice, dente de siso e pelos menos mais dez outras partes do nosso
corpo), que junto de evidências como os fósseis, traçam muito bem nossa linhagem. 
Há diversas espécies e subespécies pertencentes ao gênero homo, ao qual
pertencemos. Mas aqui iremos nos focar naqueles de maior relevância. Tal destaque deriva
de diversos critérios, dentre os quais: mudanças significativas em relação aos outros
integrantes do gênero, grande dispersão e perduração na história, e uma proximidade
entre nós humanos.
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AUSTRALOPITHECUS
Essa espécie é uma das mais remotas de que se tem notícia, viveu entre 4,4 e 1,4
milhões de anos atrás. O nome em latim significa macaco do sul, devido ao primeiro fóssil
ter sido achado na África do Sul. O representante mais famoso da espécie é Lucy, um fóssil
muito bem preservado que foi achado na Etiópia. A sua proximidade com os humanos está
muito atrelada ao bipedalismo (não é a primeira espécie a ter a postura ereta, o Orrorin
tugenensis, uma espécie pré-australopiteca achada em 2001, já possuía esse traço há cerca
de 6 milhões de anos atrás), apesar de em termos de estrutura e aparência corporal estar
muito mais próximo aos grandes primatas. A significância da postura ereta foi altíssima
para a nossa espécie, temos, por exemplo: uma maior estatura que intimidava outros
animais; um olhar mais amplo para a natureza ao redor; além de um menor aquecimento
corporal frente aos raios solares, já que há uma diminuição na superfície de contato; o
livramento das mãos para carregar objetos, que antes eram usadas para suporte (aliás há
indícios de que essa essa espécie usava certos objetos como ossos e pedras para lutas
corporais); favorece os grupos a percorrerem grandes distâncias. Sua dieta era bem ampla,
se alimentava de frutas, pequenos animais, sementes, insetos e raízes. 
HOMO HABILIS
Essa espécie de hominídeo perdurou aproximadamente entre 2,4 e 1,5 milhões de
anos atrás, habitando regiões da África subsariana, no sul do Saara. Veja que espécie já
estava situada mais ao norte da África (é importante observarmos isso, pois essa “subida”
pela África dentre as espécies acarretará em migrações posteriores para a Eurásia, como
veremos maia adiante). O seu nome deriva do fato de sua habilidade com as pedras, de
maneira rudimentar esse hominídeo já lascava a pedra a fim de ter mais facilidade na
execução de certas tarefas, principalmente de caça. Essa espécie tinha uma dieta rica,
muito parecida com a do australopithecus,, mas se alimentando também de animais de
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maior porte, já que tinha uma maior habilidade com ferramentas. Uma das teses que nos
liga a esses ancestrais tão distantes são a presença de órgãos vestigiais em nós. Era muito
comum entre as várias espécies de hominídeos ter uma alimentação abundante em
vegetais, como raízes, o que explica certas estruturas com pouquíssima ou nenhuma
função que possuímos hoje, tal como o siso (o que favorecia a alimentação de carne crua e
de raízes duras) e o apêndice (que ajudava na digestão de vegetais ricos em celulose).
HOMO ERECTUS
Essa espécie pode ter vivido entre 1,9 milhões a. C e 100 mil a. C (fontes recentes da
Indonésia sugerem uma reformulação nas datas). Seu nome deriva de sua mais
propriamente ereta ao andar, apesar de outras espécies mais rústicas terem também esse
comportamento bípede. O homo erectus migrou da África para a Eurásia há cerca de 1,9
milhões de anos a. C, através do corredor Levantino (uma faixa relativamente estreita
entre o noroeste do Mar Mediterrâneo e o sudeste dos desertos a sudeste que liga a África
à Eurásia. Desse modo pode ter chegado a lugares como China, Índia, Cáucaso, Java e
Eurásia. Alguns estudiosos afirmam que essa espécie possa ser nosso descendente direto,
mas isso ainda gera muita discussão entre o corpo científico. É muito provável que tenha
sido a primeira espécie do gênero a dominar o fogo. Alguns de seus fósseis foram
achados próximos a fontes de água, acampamentos e espécies de camas rústicas, o que
sugere um grande noção desse hominídeo. Apesar de haver estudiosos que dizem que a
“preguiça” dessa espécie foi o fator decisivo para sua extinção. Pois apesar de dominar o
fogo, não tinha a determinação de procurar fora das proximidades de seu habitat, por
exemplo, pedras de qualidade, como fazia o homo sapiens e os neandertais. Sua
alimentação era mais carnívora, a caça tinha uma proeminência nesses grupos, mas havia,
claro, a suplementação/complementação (o que dependia muito das condições de caça)
de vegetais. O homo erectus, vale lembrar, não descobriu o fogo já de início e, por isso
mesmo, também deve ter tido inicialmente uma dieta mais rudimentar em razão das
condições a que estava submetido.
HOMO NEANDERTHALENSIS
É uma subespécie do humano arcaico que perdurou entre 400 mil a. C e 28 mil a. C.
Estava espalhado por diversas regiões, que atualmente são: Bélgica, Mediterrâneo, Ásia
Central e atlântico europeu. Sua extinção deve ter ocorrido devido uma série de fatores,
como: batalhas, doenças e mudanças climáticas (vale lembrar que os neandertais tiveram
de aguentar o frio extremo da famosa Era do Gelo). Viviam mais em cavernas, fator
confirmado pela grande quantidade de fósseis achados nesses locais. Eles tinham uma
grande base para a sobrevivência tais como: confecção de roupas rudimentares, o controle
do fogo, construção de armas, etc. Há várias provas que indicam até mesmo uma grande
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QUESTÕES
noção simbólica. Certas provas nos inclinam a acreditarque os neandertais tinham em
certo ponto uma cultura canibal, onde se comia o cérebro das vítimas. Uma interpretação
atual que se dá para esse ato de canibalismo é o da existência de uma noção de alma
nessas comunidades, que, ao se apoderarem do inimigo, haveria uma transferência da
força para si de forma mágica. Dentre esses povos é muito provável que houvesse uma
fala provavelmente articulada e até mesmo a produção de música, teoria apoiada pelo
descobrimento de uma flauta, apelidada mais tarde de flauta neandertal. O corpo era
similar ao nosso, sendo mais robusto e de menor estatura. Vale dizer que os estudos
genéticos demonstram que, como se esperava, não há qualquer pureza nos homens
atuais. Ao contrário disso, pelo menos 4% de nosso DNA é de origem neandertal, nossos
primos. Isso pode parecer irrelevante, mas quando nos lembramos do fato de que apenas
1% de nosso DNA nos separa dos grandes primatas, as coisas mudam de feição. E não é à
toa que alguns pesquisadores costumam encaixar o homem neandertal na nossa espécie
homo sapiens, usando a expressão homo sapiens neanderthalensis para designá-los.
HOMO SAPIENS
Surge há cerca de 300 mil anos a. C, tendo convivido com diversas outras espécies
do gênero homo. Por volta do mesmo período Foi a única a ter sobrevivido, e isso se deve
principalmente ao fato de inteligência diferenciada em relação as intempéries da natureza.
O termo deriva do latim e significa o homem sábio/astuto. As evidências de cultura e do
entendimento simbólico remetem a 40 mil a. C. A dentição era consideravelmente menor
do que a de outras espécies, devido a alimentação menos fibrosa e ao domínio do fogo. O
tamanho do cérebro era entre duas e três vezes maior do que quando comparado com
outras espécies. Diversos pesquisadores defendem a ideia de que em comunidades como
essas havia o cruzamento entre as espécies, o que implica que os genes do homo
sapiens não são integralmente deles. Isso vai além dos neandertais, alguns asiáticos tem,
por exemplo, entre 3% e 5% de DNA dos hominídeos de Denisova.
1. Não há indícios do cruzamento de espécies com o homo sapiens.
2. O neandertal foi extinto devido somente ao fator climático.
3. É de consenso geral que o homo erectus tenha sido o primeiro a dominar o fogo.
4. Um aluno que fale sermos descendentes dos macacos está correto em sua afirmação.
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GABARITO
GABARITO COMENTADO
5. A escrita cuneiforme surge com os sumérios, e consistia em escavações no barro feitas 
com um instrumento de cobre apelidado de cunha.
6. O homo habilis recebeu esse nome em função de sua habilidade de lascar pedras.
7. O Período Mesolítico é considerado uma fase de transição, onde um dos aspectos mais 
notáveis são as glaciações.
8. O australopithecus não era uma espécie bípede.
9. A datação da pré-história usa o critério da ancestralidade.
10. A História surge quando o ser humano decide criar a disciplina, o que remete ao 
historiador Heródoto.
1. E
2. E
3. E
4. E
5. C
6. C
7. C
8. E
9. C
10. E
1. Errado. Testes de genoma mostram que diversos povos possuem em seu DNA uma 
parcela de código genético de outras espécies do gênero homo.
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HISTÓRIA
2. É mais provável que os neandertais tenham sido extintos por uma série de fatores, dos 
quais valem destaque: batalhas, doenças e mudanças climáticas.
3. É muito provável que sim, mas isso ainda é fonte de debate nos círculos acadêmicos de 
pesquisa.
4. Na realidade, apesar de possuirmos um parentesco com eles, inclusive já tendo um 
ancestral comum, nos separamos deles a muito tempo.
5. Exatamente. Seu surgimento data de 3500 a.C.
6. Lascando as pedras umas nas outras é que essa espécie criava instrumentos bastante 
favoráveis à caça e às atividades cotidianas.
7. Exatamente. Popularmente conhecido como a Era do Gelo.
8. Foi uma espécie bípede, encontrada principalmente na Etiópia.
9. A ancestralidade se identifica com o surgimento dos primeiros hominídeos.
10. Não, a História começa a partir da primeira escrita sistematizada da qual temos notícia,
a escrita cuneiforme dos sumérios.
II – MESOPOTÂMIA
Reconstituição de
Uruk feita pelo
Instituto
Arqueológico
Alemão.
O termo Mesopotâmia foi cunhado pelos gregos ao olharem para a região, que fica
entre dois grandes rios, o Tigres e o Eufrates. Assim, notando essa característica
geográfica, os gregos a chamaram de Mesopotâmia, que significa região entre rios/no
meio de rios. Essa área demasiadamente amplo se estende ao que corresponde hoje ao
Iraque, Kuwait, Síria e Turquia.
A Mesopotâmia, apesar da imensidão que hoje costumamos atribuir a ela, nem
sempre foi assim. Ela teve seu germe com uma série de pequenas comunidades
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espalhadas ao longo do território. As pessoas da região viviam em pequenas casas
circulares. Essa história remete ao Paleolítico, ratificada por evidências que apontam para
aproximadamente 14 mil anos a.C. Cerca de 5 mil anos após esses primeiros
assentamentos, começa um agrupamento em comunidades maiores e mais desenvolvidas,
que faziam o uso da domesticação animal e da agricultura, ambas ainda em fase
bastante inicial. Este período, como já vimos, designamos de Neolítico ou Revolução
Neolítica (a agricultura e o consequente afastamento da vida nômade marcam o início
desse período).
Fato é que essa região não era formada unicamente de um povo, que
compartilhava uma precisão generosa de cultura e língua. Na verdade haviam diversos
povos que habitavam essa região, compartilhando certas estruturas sociais, mas que
podem ser divididos entre si. Lá se situavam sumérios, assírios, amoritas, caldeus e acádios.
É muito comum associarmos a Mesopotâmia como a região em que residiam os
babilônios. Isto é verdade, mas apenas em parte, pois só dois povos representavam os
babilônios, a dizer: amoritas e caldeus. Outro termo que geralmente aparece associado a
essa região é Suméria ou povos sumérios. Esta é uma expressão antiga para designar
aqueles que habitavam o sul da Mesopotâmia, lugar onde surgiu a primeira civilização.
A força histórica da Mesopotâmia, que se fez ver em várias de suas façanhas e
contribuições, a põe num patamar de grande relevância. Não é à toa que ela é considerada
um dos berços da civilização, vários do elementos que moldaram a cultura ocidental
tiveram seu germe ali. Foi lá na Baixa Mesopotâmia, região do centro e do sul, que se
constituiu as primeiras civilizações por volta de 6 mil anos a. C. Cidades-estado como Ur,
Uruk, Nippur e Larsa surgiram ali nessa região, principalmente devido ao grande abrigo
natural que ali se dispunha.
A região central e sul da Mesopotâmia era de grande fecundidade para o
assentamento da vida humana, ali a terra e a água eram perfeitas. O solo era de uma
fertilidade ímpar e a água era muito abundante, dois rios cercavam aquela região como
já vimos, eram eles Eufrates e Tigres. Água e terra favorece e muito a agricultura, e esse
fato fez das comunidades que se estabeleciam ali grandes agricultores. A sociedade girava
em torno das plantações e das águas que ali se dispunham.
Mas nem tudo eram flores. Apesar de a água ser um recurso generoso, apesar das
secas, havia um problema central naquela região: as cheias e inundações. Isso favoreceu
a mentalidade defensiva daqueles povos frentes as intempéries da natureza. E o cenário
era ainda pior, pois diferentemente do rio Nilo, grande centro da vida egípcia, os rios
Tigres e Eufrates não possuíam ciclos muito bemdefinidos de cheias. A imprevisibilidade
das águas pedia bastante capacidade criativa dos povos que dele dependiam. Dessa
maneira, já com o surgimento das primeiras cidades-estado, que datam de 3500 a
C~3200a.C, já havia certas soluções em relação as águas. Contudo certos estudiosos
afirmam que estruturas mais complexas do controle de águas só foram implementadas no
período helenístico. Fato é que esses povos implementaram a construção de barragens, de
canais de irrigação e de pequenos reservatórios, que conseguiam acabar com muitos dos
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CONTRIBUIÇÕES/INVENÇÕES
problemas ou, diante de algo fora da curva, diminuir os efeitos que as águas podiam
suscitar.
As comunidades que viviam na região mesopotâmica não possuíam uma unidade
política. Na realidade, entre eles sempre se vigorou com mais força a existência de
pequenos Estados, que tinham cidades como seu expoente político, formando aquilo que
chamamos de cidades-Estados. O que se notava era uma autonomia bastante generosa
entre essas cidades-Estado, apesar de ocasionalmente, devido a alianças ou guerras,
emergirem Estados maiores. Contudo essas alianças eram temporárias e com o tempo se
dissolviam. Vale lembrar que os chefes desses Estados concentravam o poder político-
religioso, cuja origem era divina.
Dessa maneira, pelo fato da Mesopotâmia ter sido uma região cuja fertilidade do
solo, a abundância de água, o esplendor da cidade e do comércio serem tão atrativas,
diversas invasões faziam parte de seu cenário histórico. Ao longo do tempo foi-se
perdendo espaço para outros povos, que invadiam e atacavam seu território. Tanto é que
quando Alexandre o Grande conquistou o Império Persa em 331 a.C, várias das grandes
cidades da Mesopotâmia nem sequer existiam mais. E, após alguns, o Império Romano se
apossou da região em 116 d.C, que depois foi integrada em 651 d.C pelos árabes
muçulmanos.
*Não vale a pena nos delongarmos na história da Mesopotâmia no que se refere aos
diversos impérios que se estabelecerem no poder, pois apesar de interessante, esse
conteúdo é por demais específico para provas de concurso. 
*A semana dos caldeus era dividida em sete dias, o que foi posteriormente adotado
pelo Império Romano.
*6000−5000 a.C: 
Invenção do arado.
*5000 a.C:
As primeiras aldeias se formam
*3000 a.C: 
Criação das primeiras cidades
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ECONOMIA E SOCIEDADE
ESCRITA CUNEIFORME
Surge a escrita e o sistema de numeração. A escrita sumeriana tem uma alta relevância,
tanto que fizemos um tópico exclusivamente para tratar desse assunto.
*A escrita cuneiforme, advinda dos sumérios, foi usada por diversos povos mais tarde,
como os hebreus, persas e sírios; além de influenciar outras culturas.
*A expressão cuneiforme deriva do instrumento utilizado para escavar os escritos: a cunha
de bronze.
*Os escritos achados tratavam bastante da contabilidade palaciana e do gerenciamento
de seus itens.
*É na Mesopotâmia que também surge um dos primeiros impulsos educacionais,
predominantemente focado nos escribas e sacerdotes. A educação era, de maneira geral,
baseada na memorização e na cópia.
Devido as ótimas condições de plantio, derivadas da alta fertilidade do solo e da
abundância de água, a agricultura acabou sendo a base da economia da Mesopotâmia. O
cultivo era majoritariamente de trigo, cevada e árvores frutíferas era feito com a ajuda do
arado semeador e de carros de roda. Carneiros, bois, patos, burros e gansos eram os
animais de criação desses povos. 
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RELIGIÃO
O comércio era bastante movimentado e tal serviço geralmente era designado a
funcionários, que serviam a monarquia teocrática. Contudo a grande desigualdade e
pobreza de matérias-primas favoreciam empreendimentos mercantis mais autônomos. As
caravanas comerciais vendiam e compravam produtos como marfim, perfumes, tecidos,
pedras preciosas, madeira, estanho, cobre, em países como a Índia, Líbano, Chipre, e no
Cáucaso (tudo isso com o tempo foi sendo feito de maneira muito organizada, com a
implementação de recibos, cartas de crédito, juros e corretagem). É interessante notar que
na região sul da Mesopotâmia inexistia metais, mas estes foram encontrados em diversas
das primeiras construções, que datam há mais de 2 mil anos a.C. Como explicar isso?
Pesquisadores conseguiram demonstrar que o intercâmbio cultural era tamanho que, já
nessa época, essas primeiras comunidades mantinham relações comerciais com a
civilização do Vale do Indo e com a Índia. 
Na Mesopotâmia costumava imperar uma lógica de dominação das terras. Estas
eram controladas pelo Estado e eram cedidas para os membros da comunidades, para que
trabalhassem nelas. Entretanto o templo, como centro do Estado, recebia a produção
alimentícia e a distribuía de acordo com a necessidade populacional. O excedente era
armazenado e comercializado através de funcionários oficiais do governo. Existiam
também propriedades particulares, mas mesmos essas estavam sujeitas a tributos, elas
eram arrendadas. 
É bom se fazer notar o seguinte: como essas comunidades eram monarquias
teocráticas, o controle da terra era muito facilmente justificado à população, se exercendo
com muita força através do uso da fé, pois esse poder era divino. As terras eram
administradas por grupos de sacerdotes, como essas terras eram divinas e os sacerdotes
faziam justamente a ponto entre os dois mundos, a eles se incumbia a distribuição dessas
terras aos camponeses.
A religião exercia forte influência na vida cotidiana, muito do controle social era
exercido através dela. A necessidade de se controlar as irregularidades dos rios era latente,
e, muito incisivamente, a religião era usada como motor nessas comunidades para se
impulsionar a construção de projetos. Seja através de punições, “emanadas do divino”, seja
através de restrições. Tanto é que eram justamente os sacerdotes aqueles que dirigiam os
trabalhos de construção, irrigação, plantação e vários outros (entre os sumerianos existia
escravidão, mas em quantidades pequenas; no geral, os esforços de construção se deve
mais a população local).
Mas apesar dessa comunhão de esforços em nome das vozes divinas, os templos
eram restritos aos sacerdotes. Os deuses emprestavam aos camponeses os animais,
ferramentas, terras, etc. E estes ao trabalharem pagavam o empréstimo e, como bônus,
acrescentavam oferendas, que eram recolhidas pelos sacerdotes. Com a alta necessidade
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de se administrar as doações aos deuses e os bens dos templos, foi surgindo o sistema de
contagem e a escrita cuneiforme. A funcionalidade social em suas diversas nuances, sua
sobrevivência e avanços parecem dever muito a esse empurrão religioso. A religião
parece ter sido crucial para essa civilização funcionar, e a sua familiaridade com o místico,
clamou justamente pelo uso dessa dimensão na vida prática.
Zigurate de Ur, local que servia de atos religiosos.
Mas como quais eram as características do divino? Havia um panteão enorme de
deuses, representados de maneira antropomórfica. Esse politeísmo era dividido muito
nitidamente entre o bem e o mal, as índoles divinas eram bastante demarcadas. Forças da
natureza, astros e o sobrenatural (demônios) também faziam parte da mitologia dos povos
mesopotâmicos. Como em várias mitologias, como a grega,os deuses mais poderosos
eram associados a figuras masculinas. As divindades eram representadas em terra pelo
patesi, aquele que detinha o poder político-religioso. Cada cidade-Estado possuía o seu
próprio deus-patrono, mas isso não impedia que vários deuses tivessem uma
aceitabilidade quase que unânime dentre a população. A vida após a morte existia, em
diversas formas, e, muitas delas eram retratadas de maneira bastante confusa.
Enlil era o deus da terra, agricultura, tempestade e controlador do destino. A
importância de se controlar as irregularidades dos rios Tigres e Eufrates era
demasiadamente grande para a Mesopotâmia. Veja que existia até um deus que como
atributos possuía exatamente tudo aquilo que estava no centro da vida desse povo: era
necessário o cuidado com a terra e o controle da tempestuosidade das chuvas para que a
agricultura seja frutífera, o destino deles estava em jogo.
Outro ponto rico de ser analisado é a influência que a mitologia mesopotâmica
pode ter incidido sobre a cristã. Ea era o criador e protetor da humanidade, esse deus
aparece na Epopéia de Gilgamesh (obra de literatura “integral” mais antiga da
humanidade). Ea fez os humanos a partir do barro, mas o deus Enil decidiu destruir a
humanidade criando um dilúvio. Ea alerta os humanos de que eles deveriam criar uma arca
para sobreviver a sua própria extinção, salvaguardando nela plantas e um casal de cada
espécie animal. Se essa história parece familiar, deveria de fato, pois ela aparece na Bíblia.
As influências não param por aí, há várias outras identificações com as as histórias do
Éden, o jardim sagrado, a Torre de Babel, o aparecimento de uma cobra, etc. Fato é que a
mitologia da mesopotâmica parece ter contribuído muito para mitologias póstumas como
a cristã e a islâmica. O que contribuiu bastante para sua conservação foi o encontro de
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LEIS
QUESTÕES
centenas de milhares de tábuas de argila com várias cópias da história, estando espalhadas
pelos mais diversos cantos da Mesopotâmia e com datas que passam dos 2600 anos a.C
(como a tradição oral antecede muitas das vezes os escritos mitológicos e os contos
antigos, é muito provável que a Epopéia de Gilgamesh anteceda bastante esse período) . O
fato dessas histórias terem sido escritas em tábuas de argila foi de extrema importância,
uma vez que esse material tem uma ótima resistência ao tempo e às intempéries da
natureza. 
Tábuas Tábuas de argila com escrita
cuneiforme, relatando a Epopéia de
Gilgamesh.
A lei de talião , que do latim lex talio significa a lei do idêntico, aparece com o
primeiro imperador babilônico Hamurabi, daí seu outro nome Código de Hamurabi.
Apesar de não ser o primeiro registro escrito de um conjunto de leis (pois em 1952 foi
descoberto o Código de Ur-Nammu, que é cerca de 400 anos mais antigo), segue sendo
um dos mais famosos. E não é à toa, sua, digamos, praticidade chama a tenção: “olho por
olho, dente por dente”, a punição deve ser equivalente ao crime. Esse conjunto de 282 leis
legisla sobre várias dimensões da vida humana: herança, crimes, punições, família,
adultério, comércio, propriedade, divisão da sociedade em classes, economia, etc. É curioso
também notar que esse ordenamento jurídico invoca deuses da justiça no seu decorrer,
que são os mesmos da adivinhação. Isto revela mais uma vez a importância da religião
para esse povo.
1. A região da mesopotâmia está situada entre dois rios, Tigres e Nilo.
2. Podemos falar num só povo mesopotâmico, os sumérios, que eram aqueles que
habitavam a região da Mesopotâmia
3. Os escritos sumérios achados tratavam em sua maioria das mitologias e de pesquisas
arqueológicas.
4. Os sumérios eram monoteístas.
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GABARITO
GABARITO COMENTADO
5. Diferentemente da instabilidade do rio Nilo, os rios Tigres e Eufrates eram
extremamente previsíveis, com ciclos bem definidos.
6. Os povos da Mesopotâmia acreditavam que as terras usadas nas produções agrícolas
tinham origem divina, o que facilitou a justificativa das monarquias teocráticas.
7. Apesar de ter existido vários povos na Mesopotâmia, eles sempre viveram de forma
unificada, sob um só comando.
8. A famosa escrita cuneiforme dos sumérios foi importada por diversos povos que viviam
na região.
9. Na Epopéia de Gilgamesh encontramos vários elementos contidos também na mitologia
cristã.
10. A Lei de Talião era a ideia de que aos deuses se incumbia o castigo divino, que viria de
forma mais amena que o crime cometido, já que as divindades sumérias eram
extremamente benevolentes.
1. E
2. E
3. E
4. E
5. E
6. C
7. E
8. C
9. C
10. E
1. A Mesopotâmia se situa entre os rios Tigres e Eufrates. Esse termo foi criado pelos
gregos e significa “entre rios”.
2. A Mesopotâmia abrigava uma série de povos, podemos destacar vários: amoritas,
caldeus, sumérios, hebreus, acádios e hititas.
3. Os registros encontrados da escrita cuneiforme eram em sua maioria sobre o
gerenciamento dos itens palacianos.
4. Os sumérios tinham uma religião politeísta, antropomórfica e rica em entidades.
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HISTÓRIA
5. Errado. A afirmação está ao contrário. O rio Nilo que era constante, já os rios da
Mesopotâmia eram muito imprevisíveis.
6. Exatamente. Isso fazia parte da cultura desse povo e constituiu, além da sustentação de
alguns no poder, uma maneira mais respeitosa/temerosa de se lidar com a terra, já que os
abusos da mesma resultavam em castigos divinos.
7. De fato existiam diversos povos na Mesopotâmia, mas as alianças eram temporárias,
muito em função de guerras e crescimentos econômicos.
8. Vários povos se apropriaram do modo de escrita suméria, mas fazendo dela uma
maneira única, obviamente. Podemos destacar os sírios, persas e hebreus nessa
empreitada.
9. Exatamente. Com os estudos ainda em andamento, já foram encontradas uma gama de
similaridades, o que implica um grande campo de discussão no meio acadêmico.
10. A Lei de Talião tinha como máxima aplicar uma punição tão severa quanto seu crime e
não mais amena. Além do mais, as entidades sumérias tinham diversas índoles e
temperamentos.
III – EGITO ANTIGO
A Grande Pirâmide de Gizé ou Quéops, única das sete
maravilhas do mundo antigo que perdurou no tempo.
O Antigo Egito foi uma das civilizações mais longínquas da humanidade,
perdurando por mais de 3 mil anos, entre aproximadamente 3100 anos a.C e 332 a.C (isso
se contarmos só o período pós-unificação política dos povos que já estavam ali). Os
egípcios sem situava no Norte da África, se estabelecendo em paralelo ao curso inferior do
rio Nilo. Este foi um dos principais participes nessa longa duração, o Nilo era a mãe dessa
terra.
Os antigos egípcios se referiam ao seu local por vários nomes, estudando esses
termos podemos ver a importância que os cursos das águas do Nilo tinham em suas vidas.
A importância do Nilo era tanta que Quemete significava “terra negra” ou “terra fértil”,
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SOCIEDADE
era a palavra usada para se denominar os territórios que se situavam às margens do Nilo,
referindo-se as terras negras trazidas pelo Nilo todos os anos. Ao se fazer referência as
duas regiões do Antigo Egito (Alto e Baixo Egito), era usado o termo Taui. Dexerete ou
“terra vermelha”, fazia alusão as regiões desérticas ao redor do Nilo, onde os egípcios
costumavam enterraros mortos, além de procurar pedras/metais preciosos. 
É importante notar que o termo O Antigo Oriente Próximo ou Antigo Oriente é
atual, muito usado pela academia para designar civilizações que antecederam as clássicas.
Tais povos se concentraram na região que hoje chamamos de Oriente Médio, onde
atualmente temos: Turquia, Síria, Iraque, Líbano, Israel, Irã e o Egito. Mesopotâmia e Antigo
Egito são duas das civilizações mais importantes desse período. 
A civilização egípcia já tinha certas comunidades ribeirinhas nas proximidades do
Nilo estabelecidas antes da unificação política do Egito, que ocorreu em meados de 3100
a.C, onde se formou o Alto e o Baixo Egito. A regularidade das cheias do Nilo,
diferentemente do que ocorria com os rios Tigres e Eufrates na Mesopotâmia, favorecia
demais a permanência de povos por ali. Após as cheias do Nilo, quando as águas voltavam
ao leito normal, o solo ficava encoberto com limo, componente de suma importância, que
conferia fertilidade ao solo. O cenário estava pronto para o desenvolvimento de diversos
elementos de altíssima relevância e beleza para nós, como a matemática, pirâmides, canais
de irrigação, múmias e escritas que despertam bastante interesse. 
*Vale notar que o rio Nilo corre do Alto Egito para o Baixo
Egito, desaguando no Mar Mediterrâneo.
O Antigo Egito tinha uma delimitação muito estrita e demarcada acerca da posição
social dos indivíduos, podendo ser definido como uma sociedade de castas. O que isso
quer dizer? Que a posição social de um indivíduo, seu prestígio e o que ele podia ser nessa
vida, era determinado em seu nascimento, o que contava era a hereditariedade, a sua
linhagem. Numa sociedade desse tipo a mobilidade social era quase nula, ou seja, a
mudança de um patamar da sociedade para outro beirava o improvável.
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Egyptian Social Classes and Society" History on the Net © 2000-2021, Salem Media. April 25, 2021 
<https://www.historyonthenet.com/the-egyptians-society>.
Assim, a sociedade egípcia e suas castas podem ser muito bem representadas por
essa pirâmide. É claro que apesar de bem definida, essa representação não é lei, de certa
maneira e em certos períodos alguns grupos tiveram mais ou menos proeminência que
outros. Outro ponto é que certos autores aglutinam ou dispersam certas camadas, pois
consideram ou não certos critérios. Vejamos um pouco de cada uma das castas que
constituíam o Antigo Egito:
• No topo temos o Faraó, um verdadeiro deus em terra, a ponte entre os seres
humanos e as divindades egípcias. 
• Abaixo do faraó temos uma figura pouco comentada nos livros de História, o Vizir,
sendo mais alto funcionário do Antigo Egito, era uma espécie de supervisor do
reino, geralmente pertencia à família de um faraó (esse cargo só foi criado na época
do Império Médio). 
• Na terceira camada se situavam tanto a nobreza quanto os sacerdotes. Veremos
mais tarde que os sacerdotes ganharam, bastante força em alguns períodos e de
certa maneira fizeram frente ao domínio faraônico. Outros funcionários do
governo, com exceção do Vizir, também estavam nessa camada.
• Os escribas e os soldados ocupavam a quarta camada. Os escribas eram aqueles
que dominavam a escrita, mais tarde falaremos sobre eles no tópico Arte.
• Abaixo da quarta camada, mas acima dos artesãos havia os comerciantes.
• Os artesãos se situavam acima dos camponeses por terem o trabalho de perdurar a
arte egípcia e, como veremos mais tarde, esta era de extrema importância, muito
ligada a religião.
• Os camponeses produziam alimentos tanto para si quanto para o Estado, vivendo
numa servidão coletiva. Os escravos eram prisioneiros de guerras, que trabalhavam,
sobretudo, nas construções. Apesar de haverem escravos no Antigo Egito, eles não
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ECONOMIA
RELIGIÃO
eram a base da economia egípcia, eram os camponeses que constituíam a maior
parte da população.
Como já vimos a regularidade e fertilidade das águas do Nilo era uma dádiva para o
sociedade egípcia antiga. E, por isso mesmo, a agricultura foi a base econômica dessa
civilização. O Nilo ainda é a mãe dessa civilização. Só para se ter uma ideia de sua
importância: cerca de 95% dos egípcios ainda vivem a poucos quilômetros de suas
margens, usando-o de transporte, irrigação e pesca.
Mas e quanto as outras bases da economia? A domesticação de animais já tinha
sua relevância também antes mesmo da unificação e se baseava, sobretudo, na criação de
principalmente bovinos, além de ovinos, suínos, caprinos, patos e gansos. É importante
notar que a relação que os egípcios tinham com os animais excedia a dimensão da
sobrevivência, estes tinham um valor central na espiritualidade egípcia, não é à toa que
muitos de seus deuses tinham uma aparência animalesca. Os animais estavam presentes
em sua mitologia geral (criaturas, demônios, etc.), e até mesmo em ornamentos, figurando
um alto poder simbólico.
As facilidades e a grande capacidade dessa civilização fez extrapolassem a
sobrevivência, conquistando espaço e acumulando riquezas. A busca por minérios
também foi um motor da economia, tinha-se tanto ouro que seus excedentes eram
vendidos. O esplendor era tanto que até mesmo a ponta da Pirâmide de Quéops era feita
de ouro maciço, ouro este que mais tarde foi roubado por saqueadores de tumbas.
Os antigos egípcios eram politeístas e como na Mesopotâmia, cada cidade possuía
sua espécie de padroeiro. Apesar da diversidade de deuses ter sido forte, não foi regra,
tivemos algumas exceções ao longo dos anos onde o monoteísmo foi instaurado.
Podemos destacar Amenófis IV, este oficializou o monoteísmo a partir do culto do deus
Aton (Amenófis IV visava com isso, sobretudo, enfraquecer o poder dos sacerdotes). O
novo deus era Áton (o círculo solar). Aliás Amenófis IV mudou seu nome para Aquenáton,
de tamanha importância que esse deus possuía para o período e para o cenário político da
época.
Como vimos anteriormente, os animais tinham um papel fundamental na vida dos
antigos egípcios. Tal fato é visto, inclusive, na constituição do aspecto de seus deuses.
Muitos deles tinham formas animalescas. Havia três formas básicas entre os deuses
egípcios: zoomórfica (forma animal); antropomórfica (forma humana); antropozoomórfica
(forma híbrida: humana e animal). Veja:
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ARTE
Pode-se dizer que a religião era um dos pilares dessa sociedade, sua importância
era tamanha que até mesmo as construções egípcias, as pirâmides, giravam em torno da
esfera religiosa. As pirâmides eram túmulos, que teriam a função de morada do faraó até
que este pudesse iniciar para sua vida eterna no além-mundo. Contudo as pirâmides não
foram desde de sempre a construção usada para essas práticas funerárias, antes delas
tivemos as mastabas (bancos de lama), pirâmide escalonada (a construção mais famosa
desse tipo foi projetada pelo famoso arquiteto Imotepe) e só depois temos as pirâmides
lisas (cujas as paredes externas eram, muitas das vezes, revestidas de certos materiais,
como o cal). Posteriormente os corpos dos faraós e de suas famílias foram sendo
enterrados no Vale dos Reis, local distante das pirâmides e escondido, para evitar roubos
dos elementos valiosos que acompanhavam as tumbas.
O design das pirâmides, a dificuldade de se construir algo desse porte nesse
período, as suas posições geográficas e até mesmo suas relações com os astros,
suscitaram ao longodos anos, principalmente nos dias atuais, um espírito por demais
curioso e, por vezes, conspiratório. Fato é que essa crença na vida após a morte e nesse
místico riquíssimo fomentou uma série de técnicas, dentre elas a conservação dos corpos,
processo que chamamos de mumificação. Inicialmente essas práticas eram exclusivas do
faraó, mas depois foram ganhando força em outras camadas da sociedade. Mas as
pirâmides, claro, por sua magnitude, eram tumbas exclusivas dos faraós, quando muito de
parte da corte real.
As pinturas egípcias podem ser encaixadas em uma regra interessante. Temos dois
tipos de pintura egípcia: aquelas que retratam a vida do cotidiano e as que representam
as práticas funerárias. Ambas são muito simples de se distinguir. A primeira fala da vida
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comum, representando cenas da agricultura, do artesanato, dos afazeres gerais do dia a
dia. Já a segunda tem como ponto de discussão as questões da imortalidade da alma e
os rituais que com ela estão associados.
A escrita egípcia possui uma beleza ímpar, tanto que foi ao longo dos anos,
principalmente na cultura literária e cinematográfica, extremamente recordada. Entretanto
costumamos associar a escrita egípcia unicamente aos hieroglifos e isto é um erro. Na
realidade, houve uma simplificação da escrita no decorrer do tempo, ela ficou mais
dinâmica e com uma estilização mais cursiva. Isso acompanhou bastante o dinamismo da
economia e dos registros administrativos egípcios, elementos que exigiam celeridade.
Dessa maneira, podemos falar em três tipos de escrita: hieróglifa (religiosa); hierática
(administrativa); demótica (popular). 
Outro aspecto que demarca muito
bem a arte egípcia diz respeito ao posicionamento dos corpos nas suas pinturas. As
formas são representadas de maneira simples e seguem muito bem uma lei, a chamada
lei da frontalidade. As pinturas egípcias não fogem da seguinte regra: tronco e olho de
frente para o observador, enquanto que os pés e a cabeça são retratados de perfil. 
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PERÍODOS
*A arte egípcia se exprimia até mesmo nos eixos políticos. Veja: 
Essa civilização teve cerca de 170 faraós, 30 dinastias (uma dinastia é uma série de
reis ou soberanos advindos de uma mesma família, que se sucedem no trono) em quase 3
mil anos, considerando-se apenas o período pós-unificação. Como tratar dessa
magnitude? Os estudiosos costumam dividir a História do Antigo Egito em períodos mais
gerais, que explicitam muito do percurso dessa civilização, e é justamente isso que faremos
aqui. Entretanto isso não implica deixarmos as personalidades mais marcantes de fora, elas
serão bem situadas em momentos oportunos. 
PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO (5500~3100 a.C.)
• Época antes do estabelecimento das dinastias faraônicas, mais precisamente entre
o Neolítico tardio e o começo da monarquia teocrática iniciada pelo faraó Menés
• Estava ocorrendo um processo de desertificação no Egito
• Momento em que as várias comunidades assentadas à beira do Nilo começaram a
formar pequenas cidades-Estado
ÉPOCA TINITA OU PERÍODO ARCAICO (3100~2686 a.C)
• Começo das dinastias faraônicas, a partir da unificação do Alto e do Baixo Egito
• O rei Menés funda Mênfis, capital do Egito pós-unificação
• Muito da personalidade egípcia, expressa pela arte, arquitetura e religião, se molda
nesse período
IMPÉRIO ANTIGO (2686~2181 a.C.)
• Se inicia com a 3ª dinastia de faraós
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• O rei Djoser pede para Imotepe, arquiteto, Vizir (espécie de primeiro ministro do rei,
já vimos acima) e sumo-sacerdote do deus-sol, para projetar um monumento
funerário para ele. Esta é considerada a primeira pirâmide do Egito, a Pirâmide de
Djoser.
• Mais tarde, nesse mesmo período, se crê que Hemiunu tenha arquitetado uma das
setes maravilhas do mundo antigo, a Pirâmide de Quéops (reinado entre 2551
a.C. a 2528 a.C). 
• Na terceira e quarta dinastias, o Egito teve sua era de ouro, com bastante paz e
prosperidade 
• Após a morte de Pepi II (que reinou entre 2287 a.c. e 2187 a.C), faraó da sexta
dinastia, o caos começou a reinar no Egito
PRIMEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO (2181~2055 a.C) 
• Várias sucessões desordenadas, guerras civis, caos, fome e invasões marcaram esse 
período
• Emergem-se dois reinos diferentes
• Antes desse período só os faraós e suas famílias poderiam passar pelo rito de 
mumificação; durante esse período essas práticas se expandem para os outros 
nobres e oficiais.
IMPÉRIO MÉDIO (2055~1786 a.C)
• As coisas se acalmam e o florescimento retorna, inclusive com a retomada da
construção de pirâmides
• Iti-Taui, uma nova capital é fundada
• A rainha Sobekneferu, reinou durante mais de 3 anos, sendo a primeira rainha do
Egito
SEGUNDO PERÍODO INTERMEDIÁRIO (1786~1567 a.C)
• Outro período de instabilidade, onde várias sucessões de reis falharam em
centralizar o poder. O poder ficou muito dividido
• Os hicsos, um povo semita asiático, aproveitou da instabilidade para tomar o
controle. A 15ª dinastia foi conduzida por esse povo, que manteve muitas das
tradições culturais egípcias. Houve um governo acirrado, pois os hicsos governaram
simultaneamente com os tebanos, que dominavam regiões do sul do Egito. Estes
últimos, devido insatisfações, principalmente pelas taxas cobradas pelos hicsos,
entraram em guerra. Por fim, os hicsos acabaram sendo expulsos pelos tebanos.
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IMPÉRIO NOVO (1567-1085 a.C)
• Sob o controle de Amósis I, primeiro rei da 18ª dinastia, unificou o Egito
novamente
• Amenófis IV (reinou entre 1379-1362) empreendeu uma das maiores revoluções no
mundo egípcio, estabeleceu o monoteísmo, o culto único ao deus Atón (mudou
seu próprio nome para Aquenatón e fundou uma nova capital de mesmo nome). Tal
fato ocorreu principalmente em revelia ao poder desproporcional que os sacerdotes
vinham conquistando
• Na 19ª e 20ª dinastias, período conhecido como era de Ramsés, o Antigo Egito se
recuperou das suas fraquezas e fomentou a construção de numerosos templos e
cidades
• Quase todos os faraós do Império Novo foram enterrados no Vale dos Reis, em
função, primordialmente, dos saques que estavam ocorrendo já há algum tempo
nas pirâmides
• Tutancâmon, o “faraó menino”, tendo possivelmente reinado dos 10 aos 19 anos 
(1336 e 1327 a.C), teve sua tumba encontrada pelos arqueólogos quase que de 
maneira intacta. É um dos faraós mais famosos do Antigo Egito
TERCEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO (1085-664 a.C)
• Período de grande desorganização, fomentando a insurgência de poderes locais
• E estrangeiros da Líbia e da Núbia também conquistaram territórios e deixaram
suas marcas no Eito Antigo
• Período que, apesar de mais recente, teve uma documentação muito escassa
ÉPOCA BAIXA/CONQUISTA DE ALEXANDRE O GRANDE (C.664-332 a.C.) 
• O Egito foi tomado pelo Império Persa após a Batalha de Pelúsio (525 a.C)
• Dario (522~485 a.C), imperador persa, manteve tradições, construiu e restaurou
templos (o que fazia parte de sua estratégia de dominação)
• O tirano Xerxes gerou revoltas crescentes que culminaram com a explosão de
rebeldes de 404 a.C. A partir daí se instaurou o último período em que o povo
egípcio foi independente
• Os persas novamente atacam o Egito,

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