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Sonia Projecto final

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DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E MINAS
TRABALHO DE FIM DE CURSO EM ENGENHARIADE MINAS
PROPOSTA DE RESTRUTURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS APÓS FECHAMENTO DE UMA PEDREIRA. CASO DE ESTUDO: PEDREIRA TCHOMBULO-QUILEMBA
SÓNIA SIMÕES GOMES DA SILVA
LUBANGO, 2022
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E MINAS
TRABALHO DE FIM DE CURSO EM ENGENHARIADE MINAS
PROPOSTA DE RESTRUTURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS APÓS FECHAMENTO DE UMA PEDREIRA. CASO DE ESTUDO: PEDREIRA TCHOMBULO-QUILEMBA
Trabalho de Fim de Curso para obtenção de grau de Licenciado em ENGENHARIA DE MINAS 
Autora : Sónia Simões Gomes da Silva
Orientador: Msc, João Canhanga Henriques
LUBANGO, ABRIL DE 2022
DEPARATMENTO DE GEOLOGIA E MINAS
Em reunião do conselho científico do Departamento de Geologia e Minas, realizou-se a apresentação e avaliação do Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura da Estudante, SÓNIA SIMÕES GOMES DA SILVA, para obtenção de Grau de Engenheiro com Tema: PROPOSTA DE RESTRUTURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS APÓS FECHAMENTO DE UMA PEDREIRA. CASO DE ESTUDO: PEDREIRA TCHOMBULO-QUILEMBA.
O trabalho reúne condições para apresentação Públicas e foi Avaliado pelos seguintes Membros de Júri 
O Presidente: __________________________________________ Data:___/___/_____
O Arguente: ___________________________________________ Data:___/___/_____
O Orientador: __________________________________________ Data:___/___/_____
Lubango, aos 		de		 de 2021.
	
A Chefe do Departamento
___________________________
Dedicatória
							
 (
Dedico esta grande conquista a Deus Altíssimo, e a minha querida mãe 
Luzia José Simões( em memória) que me ensinou como se reerguer diante das adversidades da vida!!
)
Agradecimentos
 (
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me permitido chegar até aqui e concluir mais uma etapa na minha vida.
Ao meu familiar, amigos 
e colegas que direita ou indirectamente foram fundamentais para realização desse sonho que hoje é uma realidade,
)
Resumo 
Pretende-se com o trabalho em estudo, propor formas de restruturação de áreas degradadas pela Pedreira Tchombulo. Utilizou-se um tipo de pesquisa consuante a natureza, que é a pesquisa aplicada por produzir-se conhecimentos novos e úteis; do ponto de vista dos seus objectivos, trata-se de uma pesquisa explicativa, por explicar o porque que ocorre um fenómeno, e por permitir entender em que condições se dá. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos aplicados, trata-se de uma pesquisa documental e quanto à forma de abordagem, trata-se de uma pesquisa qualitativa. Foi utlizado o método empírico observação para se ter uma noção da situação da pedreira Tchombulo e o levantamento bibliográfico que ajudou na obtenção de informações relacionadas ao potencial geológico da área de estudo. Nos métodos teóricos utilizaram-se a análise – síntese para revisão bibliográfica e o histórico que permitiu fazer o levantamento histórico da região para analisar o objecto da investigação no ponto de vista geológico.Foram utilizados instrumentos comotécnicas documentais pois fez-se análises documentais e as técnicas não documentais que é a observação que permitiu analisar o contexto e a realidade da área em estudo. Utilizaram-se instrumentos como GPS, Máquinas fotográficas e Cadernetas. Tudo isso ajudou a chegar na conclusão e notou-se que a não estruturação de áreas degradadas pela mineração ou a aplicação de técnicasinadequadas na execução dos planos de fechamento de uma mina, podem dar origem a problemas ambientais, que por sua vez podem acarretar acidentes ambientais, podendoprovocar danos ao meio ambiente e riscos à saúde humana.
Palavras chaves:Restruturação; Degradação; Fechamento
Abstract 
The aim of the work under study is to propose ways to restructure degraded areas by the Tchombulo Quarry. A type of research based on nature was used, which is applied research because it produces new and useful knowledge, from the point of view of its objectives, it is an explanatory research, because it explains why a phenomenon occurs, and for allowing us to understand under what conditions it takes place. From the point of view of applied technical procedures, it is a documental research and regarding the approach, it is a qualitative research. The empirical observation method was used to get an idea of ​​the situation of the Tchombulo quarry and the bibliographic survey that helped to obtain information related to the geological potential of the study area. The theoretical methods used were analysis-synthesis for bibliographical and historical review, which allowed for a historical survey of the region to analyze the object of investigation in a geological point of view. non-documentary techniques, which is observation that allowed us to analyze the context and reality of the area under study. Instruments such as GPS, cameras and notebooks were used. All of this helped to reach a conclusion and it was noted that not structuring areas degraded by mining or applying inadequate techniques in the execution of mine closure plans can give rise to environmental problems, which in turn can lead to environmental accidents , which may cause damage to the environment and risks to human health.
Keywords: Restructuring; Degradation; Closure
Índice
Introdução..........................................................................................................................1
Estrutura do trabalho.........................................................................................................5
CAPÍTULO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Antecedentes................................................................................................................6
1.2 Aspectos gerais sobre restruturação de pedreiras........................................................6
1.3 Fechamento de minas..................................................................................................8
1.4 Desactivação ..............................................................................................................9
1.5 Restruturação ambiental..............................................................................................9
1.6 Monitoramento e manutenção..................................................................................10
1.7 Pós- Fechamento........................................................................................................10
1.8 Importância da restruturação de áreas degradadas pelas indústrias mineiras............10
1.9 Dispositivos legais em outros países para fechamento de pedreiras.......................13
1.10 Leis base do ambiente em Angola. Código mineiro de 23 de Setembro de 2011.................................................................................................................................13
CAPÍTULO 2. ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO E GEOLOGICO DA ÁREA DE ESTUDO.
2.1. Enquadramento geográfico da Huíla........................................................................16
2.1.1 Enquadramento geográfico do Lubango.................................................................17
2.2 Localização da área em estudo..................................................................................18
2.2.1 Demografia.............................................................................................................19
2.2.2 Vias de acesso........................................................................................................19
2.2.3 Clima......................................................................................................................19
2.2.4 Flora .......................................................................................................................19
2.2.5 Fauna......................................................................................................................20
2.2.6 Hidrografia..............................................................................................................202.2.7 Geomorfologia......................................................................................................21
2.3. Geologia regional e local..........................................................................................22
CAPÍTULO 3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
3.1. Fase de pré-campo............................................................................................................24
3.2. Fase de campo...................................................................................................................25
3.3. Fase: Pós – Campos...........................................................................................................25
3.4 Discussão dos resultados....................................................................................................26
Conclusões................................................................................................................................30
Sugestões...................................................................................................................................31
Referências bibliográficas.........................................................................................................32
Índice de figuras
Figura 1- Possíveis cenários para restruturação de pedreiras.........................................12
Figura 2- Mapa da província da Huíla............................................................................16
Figura 3- Mapa do município do Lubango......................................................................17
Figura 4-Mapa Geológico do município do Lubango....................................................18
Figura 5-Rede Hidrográfica da Província da Huíla........................................................21
Figura 6- Mapa Geológico do município do Lubango....................................................24
Figura 7- Plano de restruturação da pedreira..................................................................27
Figura 8-Perfil de preenchimento na pedreira Tchombulo.............................................28
Figura 9- Espécies nativas da área...................................................................................29
Índice de tabelas
Tabela 1. Importância de recuperação de áreas degradadas após fechamento de pedreiras..........................................................................................................................10
Tabela 2. Tipos de uso de pedreiras pós recuperação......................................................12
Tabela 3. Coordenadas da pedreira em estudo...............................................................18
Tabela 4. Propostas de restruturação da pedreira Tchombulo........................................27
X
Introdução
Cada vez mais há preocupação de se implementarem medidas contra os problemas ambientais, através de Decretos-Lei, tanto por parte da população como das entidades responsáveis, sendo uma delas a recuperação paisagística e ambiental de pedreiras. Fez-se uma recolha de informações quanto ao enquadramento legal, como o das massas minerais, aterro de inertes e da qualidade da água, como da caracterização geográfica e geológica do localSegundo Sanches(2013), o fechamento de uma mina, seja para um novo projecto ainda em elaboração, seja de uma mina já em funcionamento, é tema cada vez mais presente na pauta de discussão das empresas de mineração, dos órgãos reguladores e do meio académico. As questões pertencentes ao fechamento de uma mina estão directamente relacionadas à sustentabilidade de uma actividade essencial à sociedade contemporânea.
Segundo Pimenta (2012), as melhores práticas para o planeamento do fechamento de mina requerem oestabelecimento de um quadro legislativo que possibilite que o sucesso do fechamentopossa ser medido e que propicie a proposta de um fechamento consistente, contendopadrões e princípios, objectivos e critérios que formam a base para a análise dos planosde fechamentos e propostas de opções para fechamento, identificando inclusive osindicadores de desempenho.
É notório que a restruturação de áreas degradadas pela mineração é uma tarefa difícil, daí a importância do planeamento antes mesmo do início dos trabalhos ou da abertura do projecto mineiro em si.
Situação problemática 
A pedreira Tchombulo localizada na área da Quilemba encontra-se fechada e as áreas trabalhadas estão totalmente destruídas. Isso não pode acontecer de acordo com código mineiro de 23 de Setembro de 2011 , os membros da pedreira têm como responsabilidade de restruturar as áreas exploradas a fim de manter as mesmas sustentáveis. Com isso surgiu o seguinte problema:
· Como restruturar as áreas degradadas pela pedreira Tchombulo após o seu fechamento?
Hipótese
· A restruturação de áreas degradadas depois que uma pedreira fecha é uma tarefa difícil. Daí que se for criado um plano de restruturação baseado na deposição de todo material descartado em cavas exauridas ou plantação de diversas espécies de árvores, a pedreira pode tentar resolver o problema.
Objecto de estudo
· Áreas degradadas após fechamento de uma pedreira.
Campo de acção
· Pedreira Tchombulo.
Objectivo Geral
· Propor medidas de restruturação de áreas degradadas pela Pedreira Tchombulo.
Objectivos específicos 
· Apresentar informações geológicas e geográficas da área de estudo;
· Indicar estratégias para restruturação da área explorada pela pedreira;
· Criar um plano de restruturação de áreas degradadas.
Justificativa
 A escolha do presente tema, foi motivado pelo facto de existir varias pedreiras abandonadas e sem nenhuma reestruturação das mesmas, apoís a actividade de exploração e analisando a pedreira em estudo notou-se um abandono da mesma, e isso incentivou a elaboração do presente projecto. 
 Este trabalho irá contribuir em termo de acervo bibliográfico podendo servir para eventuais consultas quer seja para apoios de trabalhos académicos assim como para consultas de fins empresariais.
 Servirá também de grande importância, visto que uma área restruturada para além de devolver ao terreno afectado uma paisagem quase inicial, também poderá servir para vários fins, como área de estudos científicos, reflorestamento, comercio e projectos sociais. pela actividade mineira as condições de uso existente antes do início da actividade mineira.
Metodologia
Para desenvolver um trabalho é necessário definir um método, ou seja, descrever quais os processos a aplicar, para que se alcance os objectivos pretendidos com o estudo em causa. Sendo a metodologia um conjunto de técnicas de investigação a utilizar para que o conhecimento pretendido se atinja com êxito( Cristovão, 2009). Para se concretizar as tarefas acima citadas serão empregues os seguintes métodos:
Métodos teóricos:
· Análise e síntese: para revisão bibliográfica;
· Histórico-lógico:Permitiu levar a cabo o levantamento histórico da região para analisar o objecto de investigação no ponto de vista geológico.
· Hipotético - dedutivo: 
Métodos empíricos:
· Observação: será aplicada uma observação directa na área de estudo para verificar a geologia local bem como fazer a recolha de amostra, visto que, a pesquisa será fruto da constatação do problema, o que dar-nos-á a oportunidade de sermos testemunhas oculares de muitos factos a serem relatados.
· Levantamento bibliográfico:para obter informações relacionadas ao potencial geológico da área de estudo. 
· Trabalho de campo: O trabalho de campo, ajudou a identificar e obter provas a respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento.
Método qualitativo: baseado na observação directa (observação directa intensiva), bem como no Registo fotográfico.
Tipos De Pesquisa
Quanto a natureza - Aplicada: com o objectivo de dar solução ao problema levantado, a mesma centrou-se na busca de conhecimento para solucionar o problema.Quanto aos objectivos - explicativa, seu interesse se centra em explicarporque que ocorre um fenómeno, em que condições se dá, ou porque duas ou mais variáveis estão relacionadas. Quanto à abordagem, trata-se de uma pesquisa qualitativa. 
Técnicas e Instrumentos
Segundo Aires (2015), as técnicas e os instrumentos de recolha de dados utilizados são elementos essenciais uma vez que deles dependem, em parte a qualidade e o êxito da investigação.
Segundo o mesmo autor, as técnicas podem ser: Documentais -onde são efectuadas a recolha e análise bibliográfica e a recolha e análise documental. Já nas técnicas Não-documentais são realizados os inquéritos, as entrevistas as análises de conteúdo, as observações Directas e Indirectas.
Para o presente projecto foi utilizado técnicas documentais pois foram feitas análises Documentais e as Técnicas não documentais que é a Observação que permitiu analisar o contexto e a realidade da área em estudo.
Os instrumentos de recolha de dados são: Questionário; Guião de entrevista;Análise de conteúdo;Análise estatística / análise quantitativa;Diário do investigador;Ficha de leitura etc.(Aires, 2015)
Para a presente pesquisa foram utilizados instrumentos como GPS, Máquinas fotográficas e Cadernetas.
Estrutura Do Trabalho
O projecto está estruturado em três capítulos, precedido da Introdução geral, no qual se faz à definição do problema, objectivos e respectiva justificação da escolha, das questões de investigação e à organização dos capítulos constituintes.
· Capítulo I: Fundamentação Teórica: É explanado os conceitos sobre restruturação de áreas degradadas após fechamento de uma pedreira segundo diversos autores.
· Capítulo II – Enquadramento Geográfico e Geológico da área de estudo: Exibe as diferentes informações relacionadas a área, caracterizando assim a pedreira estudada.
· Capítulo III – Apresentação e discussão de resultados, É exposto os resultados obtidos no projecto, apresentando a proposta de restruturação de áreas degradadas após fechamento da pedreira em estudo.
· No fim do trabalho será apresentada as principais Conclusão e Recomendações, que destacam breve síntese dos principais resultados do estudo. 
2
CAPÍTULO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ANTECEDENTES
CAPÍTULO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ANTECEDENTES
A revisão bibliográfica é uma etapa importante de qualquer trabalho científico, pois visa compreender melhor os conceitos dos estudos já efectuados sobre o tema e possibilitar a sua correcta utilização. 
1.1. Antecedentes
Existem vários trabalhos desenvolvidos sobre áreas degradadas após fechamento de pedreiras.Sánchez (2013), no seu trabalho intitulado “ Guia para planeamento de fechamento de mina” desenvolvido no Instituto Brasileiro de Mineração diz que o tema tem sido amplamente discutido pela sociedade. 
Sua tradução vai muito além das legislações sectoriais específicas, que são focadas nos aspectos físicos da exaustão do bem mineral. O conceito actual, que contempla questões de cunho socioeconómico e ambiental, apresenta a visão de legado pós-mineração. Actualmente, para planear a restruturação de uma área após fechamento de uma mina, por vezes é necessário o envolvimento de toda empresa, governo, comunidades na hora de definir a abrangência do desafio. Essa integração no processo de planeamento é mecanismo importante para que o projecto de mineração crie valor duradouro, mesmo quando a mineradora não estiver mais presente.
1.2. Aspectos gerais sobre reestruturação de pedreira
Ao longo da última década o sector da indústria mineral registou crescimento vigoroso, graças a factores nas mudanças socioeconómicas e de infra-estrutura que o país tem vivenciado, ainda embora a actividade mineral tenha sofrido redução em suas expectativas em razão das crises internacionais desde de 2008.
A mineração é um dos sectores básicos da economia do país, contribuindo de forma decisiva para o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida das presentes e futuras gerações, sendo fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade justa, desde que seja operada com responsabilidade social, estando sempre presente aos preceitos do desenvolvimento sustentável (Galvão, 2000).
De acordo com Santos et al. (2014) essas práticas extractivistas apresentam riscos ao meio ambiente, gera alteração no relevo devido a geração de resíduos sólidos, diminui a vegetação da área devido ao desmatamento e outros. Segundo Vieira (2011),devido à interacção antropogênica da mineração é necessário uma revisão da política pública das mineradoras, através da submissão ao debate na sociedade a fim de compatibilizar os interesses sociais, ambientais e económicos.
Conforme Taveira (1993) as recuperações de áreas degradadas no contexto geral tenderia a assumir um papel especial, particularmente pela possibilidade de conferir à mineração o desempenho de importante função urbana, que seja, conter os processos de degradação durante seu funcionamento e compatibilizar o encerramento de suas actividades com necessidades publicas ou privadas de uso do solo. 
No entanto, apesar de algumas iniciativas importantes desencadeadas nos últimos anos, as medidas de recuperação tem sido restritas e ainda predomina a prática do simples abandono das áreas, situação em que, com o tempo, a degradação se acentua e assume intensidades e magnitudes significativas. Além disso, tem sido rara a execução de recuperação por iniciativa e acção das próprias empresas de mineração, sobretudo nos casos de áreas degradadas de grandes dimensões.
Segundo Galvão (2000), estudos desenvolvidos em vários países revelam que os custos das medidas de recuperação são sensivelmente reduzidos quando desde o início da lavra, estabelece-se um projecto de recuperação da área, em que alguns aspectos operacionais influentes podem ser ressaltados: remoção e armazenamento da cobertura vegetal e da camada superficial do solo; aterros; material de empréstimos, contenção de taludes, aplainamentos e acabamento final das frentes de lavra; reposição da camada de solo fértil e revegetação. 
Segundo Jacob (1999), a escolha dos métodos requer análise cuidadosa das alternativas tecnológicas disponíveis e da provável eficácia que as medidas terão na correcção ou estabilização da degradação. São visíveis três grandes conjuntos de alternativas aplicadas a recuperação de áreas degradadas, distinguidas em função da predominância do campo do conhecimento científico que as fundamentam: vegetação; geotecnologias e remediação, visando sobretudo a estabilidade biológica, física e química do ambiente, respectivamente. Todavia, na prática, as medidas são comummente aplicadas de modo combinado. 
De acordo com Bittar (1997), a recuperação de áreas degradadas envolve a definição de estratégias ou métodos de recuperação e a escolha das medidas a serem implementadas. O dimensionamento das medidas deve ser balizado pela avaliação da degradação realizada anteriormente e pelos indicadores e parâmetros ambientais utilizados.
1.3 Fechamento de pedreira
O processo de fechamento de um empreendimento mineiro deve considerar além da
estabilidade biológica e física dos locais afectados pelo empreendimento, a estabilidade social da população directa e indirectamente afectada, além da remoção de toda a infra-estrutura e serviços necessários quando da produção da mina.
Segundo Sánchez (2013), o Fechamento é o momento que marca o término ou encerramento das actividades de uma mina. O fechamento de uma mina é programado quando o encerramento de suas actividades de produção mineral cumpre com o estipulado no plano de fechamento. Quando o encerramento ocorre antes do previsto no plano de fechamento é denominado de fechamento prematuro, usualmente precedido por uma etapa de suspensão temporária, que pode resultar na retomada da produção ou no fechamento definitivo .
Quanto aos objectivos a serem atingidos a partir do fechamento da mina, o objectivo final é alcançar um ponto onde a companhia demonstre ter concluído, com comprovado sucesso,todas as metas (legais, socais, ambientais e técnicas) acordadas com as autoridades componentese comunidades envolvidas, de acordo com um conjunto de critérios previamente enumerados e adoptados para essa avaliação (Costa; Flores& Lima, 2006).
Segundo os actores a cima abordam que é fundamental, para o sucesso do processo de fechamento de mina, que sejam identificados todos agentes envolvidos, principalmente aqueles considerados elementos-chave para o processo, todas as partes interessadas, mantendo sempre abertos os canais de diálogo entre empresa e sociedade.
Segundo Nascimento (2001), a recuperação ambiental deve ser vista como um processo, sendo desta maneira possível estabelecer modelos para criação de cenários que vislumbrem objectivos em longo prazo. Não esquecendo que o planeamento para a reutilização da área minerada, inclui em seus objectivos, os de curto e médio prazo. 
Os objectivos para a reabilitação da área devem estar claramente definidos de modo coerente com a capacidade de uso da área e os esforços - nível de administração - requeridos para sua manutenção (Best Practice Enviromental Management in Mining, 1995 apud nascimento, 2001).
De entre as variantes da recuperação, o restauroou restauração é entendido como o retorno de uma área degradada às condições existentes antes da degradação. O objectivo será devolver o estado original removendo a causa de degradação, ou seja envolve a restituição mais pura possível ao estado existente (Bastos & Silva 2006). 
Após o final das actividades extractivas as causas directas de degradação são removidas e promove-se a aplicação de acções que vão de encontro ao objectivo traçado, a reposição da situação preexistente, o que na maior parte dos casos só se verifica após alguns anos (Correia & Sousa 2012).
A fase de encerramento é muito importante na vida da mina e tem por objectivo eliminar o passivo ambiental em todos os seus aspectos. As fases do processo de fechamento são: desactivação, reabilitação ou recuperação, monitoramento e manutenção e pós-fechamento.
1.4 Desactivação
A desactivação de um empreendimento mineiro é o processo de encerramento das
actividades de lavra por razões diversas, em virtude do esgotamento ou exaustão da reserva
mineral ou devido a outras razões que impossibilitem a continuação da lavra desta área (Dos
Reis & Barreto, 2001). 
IDEA SUA
A fase de desactivação também tem início pouco antes do término da produção mineral e se conclui com a remoção de todas as instalações desnecessárias e a implantação de medidas que garantam a segurança e a estabilidade da área, incluindo a recuperação ambiental e programas sociais (Sánchez, 2013).
1.5 Restruturação Ambiental
Segundo Brum (2000), a recuperação de uma determinada área degradada pode ser
definida como o conjunto de ações necessárias para que a área volte a estar apta para algum usoprodutivo em condições de equilíbrio ambiental. Para que seja possível obter-se novo uso daárea, é necessário que ela apresente condições de estabilidade física e química. 
IDEA SUA
No caso do empreendimento mineiro, a participação do homem deve iniciar ao se planejar a mina e finalizar quando as relações ambientais estiverem em equilíbrio e em condições de sustentabilidade. Não há como propor práticas de recuperação genéricas e critérios comuns a todas as minas. Para cada caso deve ser elaborada uma lista de pontos a se considerar no processo derecuperação que será de extrema importância no plano de fechamento e servirá de base para ocusto de cada etapa do empreendimento mineiro (Flôres&de Lima, 2012).
1.6 Monitoramento e manutenção
O termo manutenção implica nos cuidados necessários para manter a área em condições
para o uso posterior, por meio de monitoramentos durante um determinado período de tempo.
O monitoramento é realizado através de inspeções periódicas e visa manter as condições
necessárias ao cumprimento dos objetivos preestabelecidos no plano de fechamento. Caso osresultados sejam insatisfatórios a área degradada deve ser reavaliada e as medidas reformuladas(BItar, 1997).
IDEA SUA
Um programa de monitoramento envolve a estabilidade da condição ambiental de uma
área degradada e visa à verificação e alcance das condições esperadas e uso futuro (De
Oliveira Junior, 2001).
1.7 Pós-fechamento
O pós- fechamento inicia quando a área está pronta para o uso previamente definido. O
processo de fechamento será encerrado quando houver emissão do certificado por parte dos
órgãos ambientais atestando que a região foi fechada e liberando a mineradora das
responsabilidades provenientes de danos ambientais que venham a atingir a localidade no futuro(Flôres & de Lima, 2012).
IDEA SUA
1.8 Importância de reestruturação de áreas degradadas pelas indústrias mineiras
Um aspeto importante aquando do planeamento da lavra é ter em conta já a recuperação das eventuais áreas degradadas, sob a forma mais adequada, estável e produtiva possível para a comunidade. Esta preocupação deve estar incluída no ciclo de vida da exploração através da existência de programas bem definidos de recuperação física e social (Vicente, 2016).
Tabela 1 –Importância de restruturação de áreas degradadas após fechamento de pedreiras. 
	Princípios 
	Objectivos gerais
	Protecção da qualidade ambiental, da segurança 
e saúde pública 
	Garantir a estabilidade física da área
	Garantia da recuperação das áreas degradadas, possibilitando um uso compatível comas suas 
Aptidões erestrições, respeitando as exigências 
Locais e regionais
	Atingir o uso preestabelecido 
na área de responsabilidade directa da empresa
	Alcançar uma situação de pós-encerramento que 
Constitua um legado benéfico e duradouro para a
comunidade
	Reduzir possíveis impactos socioeconómicos 
Negativos manter o nível de desenvolvimento 
Económico e social da comunidade
Tabela nº1 reestruturação de áreas degradadas
Fonte: Sánchez et al. 2013
Enquanto espaços abertos e terrenos acessíveis têm geralmente um valor económico, ambiental e social, pedreiras abandonadas e não reabilitadas estão repletas de riscos ambientais, perdem valor e tornam-se recursos inúteis e não-sustentáveis (Milgrom, 2008). Ou seja, a valorização ambiental não deve ser entendida como uma obrigação legal mas sim um desafio e oportunidade para as empresas exploradoras reconsiderarem as suas políticas (Damigos& Kaliampakos, 2003).
IDEA SUA
Milgrom (2008), considera pertinente fazer a divisão dos projectos de reabilitação de pedreiras abandonadas consoante o fim a que se destinam: espaço aberto ou projectos de desenvolvimento. A reabilitação de explorações abandonadas que se destinem a acolher projectos de desenvolvimento podem resultar em instalações industriais e fabris, zonas comerciais, zonas residenciais, entre outras.
O aproveitamento das depressões deixadas pelas pedreiras é muitas vezes feito através da deposição de resíduos (sólidos urbanos ou de construção), servindo portanto o espaço como aterro, no entanto, há que ter em atenção que estes têm um tempo de vidalimitado e como tal um plano de acção deve ser traçado para quando o término da deposição acontecer. A criação de reservatórios de água que auxiliem na irrigação agrícola, o abastecimento de populações ou até mesmo para recarga de aquíferos podem também ser soluções viáveis ( Milgrom, 2008).
Figura 1- Possíveis cenários para reestruturação de pedreiras. 
Fonte: Adaptado de Tang et al. 2011
Quando o objectivo é ter um espaço aberto, a reabilitação pode passar pela criação de terrenos agrícolas, zonas de recreio e lazer, reservas naturais, lagos, etc. Nos casos em que as pedreiras possuem características geológicas únicas a reabilitação deve tirar delas partido e optar pela criação de um projecto de interesse e valorização científica. 
Tipos de uso de pedreiras pós recuperação
	Agricultura
	Terrenos aráveis
	Jardim
	
	Pastoreio
	
	Estufas
	
	Florestal
	Produção de madeira
	Floresta
	
	Arborização e vegetação nativa
	
	Lago oupiscina
	Aquacultura
	Actividades recreativas: natação, vela, canoagem
	
	Abastecimento de água
	
	Actividades derecreio
	Campo de jogos
	Vela, natação, lago de pesca
	
	Zona de caçaZona lazer 
	Parque, espaço verde
	Museu
	
	Construção
	Residencial
	Comercial
	
	Industrial
	
	Educacional
	
	Comunidade sustentável
	
	Conservação 
	Habitat selvagem
	Armazenamento de água (superficial ou subterrânea)
	
	Enchimento 
	Aterro
Tabela 2. Tipos de uso de pedreiras pós recuperação
Fonte: Adaptado de Tang et al. 2011
1.9 Dispositivos legais em outros países para fechamento de pedreiras
Participação da comunidade no fechamento de pedreiras
Exemplo do Canadá: “Guidelines for Mine Closure Planning in Queesland” A avaliação do Plano de Fechamento de pedreira inclui a participação da comunidade. Incentiva a instituição de um Fórum: Comité de Fechamento da Mina, envolvendo: comunidade, poder público, empresas e sociedade civil organizada (Salum, 2010).
Exemplo do Brasil: Apenas as audiências públicas do processo de licenciamento, que usualmente não envolvem a questão do fechamento de mina. Concepção do Programa: envolvimento da mineradora no planeamento do desenvolvimento local sustentável, incluindo o período pós-desactivação da actividade: Diversificação da economia local; Uso futuro da área minerada para benefícios socioeconómicos da comunidade loca (Salum, 2010).
1.10 Enquadramento jurídico Leis base do ambiente em Angola. Código mineiro de 23 de Setembro de 2011
ARTIGO 3.° (Preservação do ambiente)
As disposições do Código Mineiro em matéria deambiente aplicam-se à protecção e conservação da flora e dafauna, sem prejuízo de normas sobre a mesma matéria quesejam mais benéficas à conservação desses bens, com destaque para a legislação sobre parques nacionais e zonas dereserva natural.
Artigo 74.° (Protecção dos solos e da paisagem)
1. Os trabalhos de prospecção e pesquisa devem ser executados por forma a perturbar o menos possível o uso normal dos solos pelos seus donos ou possuidores e, concluídosos trabalhos, devem os titulares dos direitos de prospecçãotratar ou remover os entulhos e tapar as sanjas e trincheiras,procurando devolver aos terrenos a sua antiga configuração;
2. As operações de extracção dos recursos minerais e detratamento dos minerais extraídos devem efectuar-se deforma a não comprometer a reintegração paisagística, arecuperação dos solos e o seu futuro aproveitamento.
ARTIGO 152.° (Abandono da área de exploração)
1. Durante a vigência do contrato de exploração,mediante aviso prévio não inferior a cento e oitenta diasdirigido ao titular do órgão de tutela, e sem prejuízo dos termos e condições previstos no contrato de investimento respectivo, o titular dos direitos de exploração pode abandonar parte ou toda a área mineira;
2. O abandono só produz efeitos a partir da data aprovadapelo órgão de tutela, não devendo ser inferior a três meses,nem superior ao prazo de aviso prévio feito pelo titular;
3. Em caso de abandono total da área mineira, o título deexploração caduca nos termos do artigo 
54.° deste Código;
4. Em caso de abandono parcial da área mineira, o titular;
Obriga-se a actualizar os limites da área remanescente,devendo proceder ao averbamento, no título de exploração, do registo da área actualizada; 
5. O abandono de qualquer área nos termos dos númerosanteriores não exonera o titular de:
A) Pagar os impostos, taxas, multas ou quaisquer compensações devidas até à data do abandono formalmente reconhecido pelo órgão competente do ministério da tutela;
B) Cumprir todas as obrigações relativas às questõesambientais;
C) Cumprir quaisquer obrigações exigidas por lei oupelo contrato de investimento até à data em que o abandono começa a produzir efeitos.
ARTIGO 183.° (Protecção ambiental)
1. Os detentores de direitos mineiros para a mineração artesanal estão obrigados ao cumprimento das normas ambientais para este tipo de actividade mineira;
2. O órgão da tutela define as regras a que ficam obrigados os titulares de direitos mineiros de mineração artesanal para que estes possam cumprir o estabelecido neste Código e na demais legislação sobre o ambiente.
10
CAPÍTULO 2. ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO E GEOLOGICO DA ÁREA DE ESTUDO
	
2.1. Enquadramento geográfico da Huíla
A província da Huíla é uma das 18 províncias de Angola, localizada na região sul do país, sendo a mais rica província da porção meridional angolana. Tem como capital a cidade e município do Lubango. Segundo as projecções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística, conta com uma população de 2.819.253 habitantes e com uma dimensão de 79 023 km², sendo a província mais populosa de Angola depois de Luanda. A província constitui-se por 14 municípios: Caconda, Cacula, Caluquembe, Chiange, Chibia, Chicomba, Chipindo, Cuvango, Humpata, Jamba, Lubango, Matala, Quilengues e Quipungo. Limita-se ao norte com as províncias de Benguela e Huambo, ao leste com as províncias de Bié e Cuando-Cubango, ao sul com a província de Cunene, e ao oeste com a província de Namibe. A Huíla não possui litoral, sendo uma província interior. (Schmitt & Aurelio, 2018).
Figura 2- Mapa da província da Huíla
Fonte: Própra, 2021
2.1.1 Enquadramento geográfico do Lubango
Lubango é uma cidade e município de Angola, capital da província de Huíla. Segundo as projeções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística, conta com uma população de 876 339 habitantes e área territorial de 3 147 km², sendo o mais populoso município da província, da região sul de Angola e o sexto mais populoso do país, o primeiro fora da província de Luanda. A cidade de Lubango forma com vizinhos Chibia e Humpata a virtual Região Metropolitana do Lubango, uma área de forte conurbação e ligação de serviços urbanos (Schmitt, 2014).
É limitado a norte pelo município de Quilengues, a leste pelo município de Cacula, a sul pelos municípios de Chibia e Humpata, e a oeste pelo município da Bibala. O município de Lubango é constituído pela comuna de Lubango (equivalente a própria cidade), e pelas comunas de Arimba, Hoque e Huíla. Os mais importantes cursos d'água do município são os rios Mucufi e Caculuvar, responsáveis por ceder água para a cidade do Lubango, embora estejam muito degradados pela poluição e pela ocupação desordenada de suas margens (Schmitt, 2014).
Figura 3- Mapa do município do Lubango
Fonte: Própria, 2021
2.2 Localização da área em estudo
A área de estudo está localizada na comuna da Quilemba, a rocha predominante na área é o granito e com o tipo de solo arenoso.
Tabela 3. Coordenadas da pedreira em estudo
Figura 4. Mapa Geológico do município do Lubango. 
Fonte: Própria, 2021
2.2.1 Demografia
Lubango é um município cosmopolita, que abriga povos das mais diversas origens e formações, havendo fortes traços europeus, do povo étnico-linguística nhaneca-humbe, do povo muíla, de ovimbundos, hereros, coissãs, chócues, ganguelas, entre outros. A principal língua falada é o português (Schmitt, 2014).
2.2.2 Vias de acesso
A província da Huíla dispõe de uma rede de estradas de ligação da capital a todos os municípios, bem como a todo o país, sendo as principais as rodovias estrada nacional -110, e a estrada nacional -105 e Rodovia Transafricana estrada nacional-120, que permitem o contacto com o Huambo e com o Cunene, e; a estrada nacional-280, que dá acesso ao Namibe e ao Cuando-Cubango. 
A zona do Tchombulo, o acesso e feito por via rodoviária aproximadamente 20 km da estrada Lubango- Benguela, A Mina em estudo encontra-se a uma distancia aproximadamente de 500 metros a Nordeste da estrada Nacional.
2.2.3 Clima
Estando aproximadamente a 1.790 metros acima do nível do mar, Lubango é a cidade mais elevada de Angola. Possui um clima oceânico (ou tropical de altitude), tipo Cwb, por consequência da sua própria altitude que o modifica. 
Durante o dia o clima é moderadamente abafado, mas à noite as temperaturas são consideravelmente mais baixas. Com temperatura média anual de 18°C é provavelmente a cidade com o clima mais ameno e temperado de Angola. Anualmente é comum a ocorrência de extremos de 1°C até 34°C. Junho e Julho são os meses mais frios, com eventuaisgeadas. As chuvas mais intensas ocorrem geralmente entre Dezembro e Março, os meses mais quentes são Setembro, Outubro e Novembro. Em zonas de altas atitudes como a serra da Leba e serra da Chela as temperaturas podem baixar bruscamente de 10 a -5 graus durante a noite (Schmitt, 2014).
Solos do município do Lubango
2.2.4 Flora 
O Lubango é constituído principalmente de uma estepe de arbusto e uma vegetação do tipo Berlinia, Brachystegia , Combretum, constituem, essencialmente, o revestimento vegetal da área, dividindo-a, quanto a este aspecto, em duas regiões distintas. Uma parcela de outro tipo de vegetação – mato formado por vários elementos em que há espécies do género Acácia disseminadas – margina, porem a área a leste. No canto sudeste, o mato de Capoifera mopane (muteati), forma ali uma pequena mancha. Este tipo de vegetação, foi também, identificado a noroeste, tendo, porém, ali fraca representação.
A região ocupada pela vegetação do tipo Berlinia , Brachystegia, Combretum, também conhecida por mata de Panda, há, pelo menos duas manchas, sendo uma bastante grande, do tipo de vegetação designado por Durilignosa e que é representado, por uma floresta, exclusivamente dependente de precipitações pluviais, embora, condicionada a factores fisiográficos e edáficos (Isaías, 2019).
2.2.5 Fauna
Em relação a fauna da região, a espécie que predomina é a de mais pequeno porte, por a restante ter sido dizimada pelo intenso povoamento humano, entre as espécies existentes destacam-se, coelhos, lebres, perdizes, galinhas do mato (capotas), raposas, gatos-bravos, cabras do mato, macacos, cães selvagens (mabecos), etc. 
2.2.6 Hidrografia
A rede hidrográfica da província da Huíla é constituída por cursos de água de regime permanente e de regime temporário (ver figura abaixo). A área que corresponde ao município do Lubango, é drenado pelas bacias do rio Calonga a N-NE, e a do rio Caculovar para a porção restante. 
O rio Caculovar, afluente da margem direita do rio Cunene é um dos mais importantes da região, as suas cabeceiras centram-se nas proximidades da cordilheira marginal e no planalto Humpata-Bimbe. Este rio é constituído pela junção de vários rios secundários, cujos seus afluentes nomeadamente rio Mapunda, rio Mucufi, rio Muholo e o rio Capitão atravessam o município do Lubango (Chissingui A. V., 2017).
Figura 5-Rede Hidrográfica da Província da Huíla. 
Fonte: Plano de Desenvolvimento da Província da Huíla
2.2.7 Geomorfologia
Com base na interpretação feita por Jessen, Feio ( ) considerou que no sudoeste de Angola de Leste para Oeste quatro grandes elementos geomorfológicos, aos quais se faz corresponder as seguintes unidades definidas por Jessen: I. Planalto Principal (Superfície IV de Jessen), II. Planalto da Humpata-Bimbe (Superfície V de Jessen), III Flexura Atlântica (Superfície I de Jessen) e por último para Leste da Província da Huíla, desenvolve-se um planalto Interior que constitui a maior parte da área ocidental, com altitude na ordem de 1500m. 
Marques referiu que geomorfologicamente Angola é constituída por sete unidades e oito subunidades. O município do Lubango enquadra-se em duas das unidades geomorfológicas que definem Angola: o planalto antigo e a zona de cadeia marginal de montanha. O planalto antigo é uma extensa superfície, distribuída pelas regiões do Bié, Huambo e em estreita faixa até ao Lubango e perto do rio Cunene. Representa um resíduo de aplanação do Cretácico superior soerguido no final do Cretácico ou início do Terciário. Constitui um meio físico suposto estabilizado desde há muito. 
A relação pedogénese/morfogénese é favorável à pedogénese. Já a cadeia marginal de montanhas é representada por relevos de desníveis muito acentuados, consequência da movimentação da flexura do flanco atlântico. Situam-se aqui as maiores altitudes de Angola, atingindo cerca de 2.620 metros. Esta unidade morfológica ocorre num meio muito instável entre a região a sudeste da Gabela, oeste de Huambo, junto e a nordeste de Lubango (Silva A. F., 2005).
2.3. Geologia regional e local
Todo o território da Huíla está localizado no maciço continental, onde se podem ainda distinguir o soco fundamental (e as rochas eruptivas antigas) e as formações sedimentares continentais. 
Os terrenos antigos ocupam cerca de dois terços da área da Província (o Norte e o Ocidente), sendo principalmente constituídos por terrenos agnostozóicos «Complexo de base», «Sistema do Oendolongo», «Granitos, granodioritos e quartzodioritos», «Noritos, gabros e peridotitos» e «Sistema do Bembe» ) e por terrenos paleozóicos («Rochas eruptivas pósSistema do Bembe», antepérmicas ), apoiando-se, em geral, a leste daqueles. Encravados em terrenos antigos, aparecem alguns afloramentos de rochas eruptivas mesocenozóicas (principalmente doleritos e basaltos). 
As formações sedimentares continentais são constituídas por arenitos ferruginosos, silicificados e calcários, recobertos por mantos de areias de origem eólica («Recente, Pleistocénico e Kalahari superior» ) (Estudo sobre as rochasornamentais em Angola, 2006).
Os terrenos mais antigos são formados por rochas sedimentares ou eruptivas altamente
metamorfizadas do complexo de base, tais como gneisses e xistos (no Cunene) ou quartzitos e
quartzitos ferruginosos (em Cassinga) e do Sistema do Oendolongo, predominando, neste caso, asformações do grupo de natureza siliciosa, quartzitos ferruginosos do tipo banded ironstone, quartzitose grés, e ainda xistos e quartzitos pré-cambricos (Ovicapa).
O município do Lubango é constituído por formações rochosas muito antigas, que datam do Arcaico e Proterozóico, havendo também formações mais recentes do Cenozóico sobretudo nas regiões mais baixas.
As rochas graníticas e os migmatitos são as rochas que constituem fundamentalmente o substrato da área, as rochas de origem sedimentar mais ou menos metamorfizadas (grés e quartzitos), afloram igualmente na área, repousando directamente sobre o granito, formando assim o agrupamento estratigráfico designado por “Formação da Chela” (Vale, Carta Geológica de Angola, Folha nº 336 - Sá da Bandeira, 1971).
A região do Lubango apresenta uma composição litológica bastante diversificada: rochas eruptivas de diferente natureza e de varias idades, tais como gabros com ou sem olivina, noritos horneblenditos, doleritos com ou sem olivina, pórfiros (quartzíticos e dioríticos), riólitos, lamprófiros (espessartitos), andesitos, basaltos olivínicos, entre outros. 
Das rochas existentes na região o granito é o que ocupa a maior parte da área, estas rochas podem apresentar variações tanto estruturais como mineralógicas nomeadamente granitos gnaissicos, granodioritos e granitos porfiróides (Estudo sobre as rochas ornamentais em Angola, 2006). Pode ainda ser facilmente observados processos de meteorização, os produtos resultantes da meteorização das rochas favorecem a infiltração das águas e consequentemente a recarga dos aquíferos 
Geologicamente a região em estudo se enquadra na Formação Tundavala constituído por um ciclo tectónico- sedimentar da Chela, que iniciou-se pela importante fase de sedimentação epiclástica, representada por um conjunto, bastante homogéneo, de rochas areníticas com o qual se define a unidade lito- estratigráfica -Formação, Tundavala. 
Esta Formação assenta em discordância· estratigráfica sobre um soco siálico de natureza granítica e de idade Pré-câmbrica indiferenciada. Tem por limite superior uma superfície de descontinuidade litologia, sempre bem definida, correspondente a, passagem dos arenitos as rochas Vulcano- clásticas. 
Figura 6- Mapa Geológico do município do Lubango. 
Fonte: Tyilianga, 2017
24
CAPÍTULO 3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
CAPÍTULO 3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capitulo serão apresentados os resultados da presente pesquisa, isto é descrevendo e apresentar a proposta do plano de reestruturação bem como a importância e os princípios que estão na base de reestruturação da referida pedreira.
A elaboração do presente trabalho,obedeceu três fases fundamentais que são descritas seguidamente: 
 3.1. Fase de pré-campo
Esta fase consistiu na revisão bibliográfica que abordam aspectos relacionados ao tema e a área de estudo. Para tal, foram consultados livros, artigos, teses e dissertações sobre restruturação de pedreiras após fechamento.
3.2. Fase de campo
As fases da pesquisa de campo requerem, em primeiro lugar, a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão com objectivo de conseguir informações ou conhecimentos acerca do problema para o qual procuramos uma resposta, ou de uma hipótese, que queiramos comprovar a pesquisa de campo consiste na observação de factos e fenómenos tal como ocorrem espontaneamente, na colecta de dados a eles referentes e no registos de variáveis que presumimos relevantes, para analisá-los.
Assim realizou-se diversas saídas de campo, e percebeu-se que a reestruturação de uma determinada área degradada é necessária para que a área volte a estar apta para algum uso produtivo em condições de equilíbrio ambiental. Para que seja possível obter-se novo uso da área, é necessário que ela apresente condições de estabilidade física. 
No caso da pedreira Tchombulo, notou-se um certo abandono. A participação da empresa deve iniciar ao se planear a pedreira e finalizar quando as relações ambientais estiverem em equilíbrio e em condições de sustentabilidade. Não há como propor práticas de recuperação genéricas e critérios comuns a todas as pedreiras, para cada caso deve ser elaborada uma lista de pontos a se considerar no processo de reestruturação que será de extrema importância em qualquer plano de fechamento.
3.3. Fase: Pós - Campos
Depois de identificada a situação actual da área da pedreira em questão, a fase do trabalho proposto é dedicada à apresentação de propostas de recuperação ambiental e paisagística dos espaços, da área degradada, visando a sua utilização futura. 
As propostas de recuperação a serem apresentadas não devem ser consideradas individualmente nem como exclusivas para um determinado fim. Devem ser consideradas em conjunto e com efeitos sinergéticos. Assim, quando uma acção correctiva for sugerida é provável que o seu efeito se faça sentir a vários outros níveis.As mesmas têm como ponto de partida a valorização do espaço e paisagem, degradados pela actividade extractiva, dando-lhe um novo uso de modo a que seja possível ter algum tipo de utilidade e usufruto para a população.
Uma vez que a pedreira em causa se encontra numa zona fora da cidade, com pouca densidade populacional e pouco industrializada considera-se que o projecto de recuperação deve passar, essencialmente, por assegurar condições de segurança no local, ao nível da estabilidade dos taludes, e devolver a vegetação para diminuir o impacte visual causado pelas actividades Mineira.
É importante na tomada de decisão para propor o envolvimento de equipas multidisciplinares no processo de recuperação ambiental de pedreiras, permitindo integrar perspectivas diferentes na abordagem dos problemas presentes e nas definições das soluções.
3.4 Discussão dos resultados
O objectivo do plano de reestruturação da pedreira em estudo é alcançar um ponto ondepossa demonstrar a conclusão do fechamento, onde as metas legais, sociais, ambientais e técnicas possam ter sido atingidas de acordo com o que foi discutido e negociado com as autoridades competentes e comunidades envolvida. A expectativa é que os órgãos competentes possam aceitar o desempenho da pedreira como satisfatório, liberando-as das responsabilidades por elas assumidas. 
 (
Promover parcerias entre as restantes pedreiras de brita na província, sindicatos, governos
 
e sociedade civil
A pedreira deveria preparar
 capital humano e financeiro para gerenciar o plano, especialmente após
o fechamento
Deveria 
incluir o Plano de Fechamento como parte de um plano de
 
desenvolvimento econômico e socia
l regionalmente mais abrangente
PLANO 
 DE RE
E
STRUTURAÇÃO DA PEDREIRA TCHOMBULO
Deve
ria
 fazer a avaliação da viabilidade econômica do plano, incluindo o
financiamento para os cuidados e manutenção pós-encerramento
.
)
	
Figura 7- Fluxograma do plano de restruturação da pedreira
Figura 7. Fluxograma do plano de restruturação da pedreira Tchombulo
Fonte:
3.5.Propostas de reestruturação da pedreira Tchombulo
De acordo aos aspectos negativos identificados durante a visita feita no local de estudo, entendeu-se que a implementação da proposta será de grande importância, pois permitirá reaproveitar a área e a reposição de algumas espécies vegetais bem como a reconfiguração de taludes, o que aumentará a estabilidade do local em estudo.
	Impactos na pedreira Tchombulo 
	PROPOSTAS
	
1º Escavações
	Preenchimento das escavações
1º Camada de estéril;
2º Camada de drenagem;
3º Solo de cobertura (camada orgânica).
	2º Instabilidade dos taludes e
 Riscos de acidentes
	Reconfiguração dos taludes que a fim de aumentar a estabilidade 
	3º Desmatamento e supressão
 Vegetal
	Reflorestamento das partes norte e nordeste da Pedreira , com plantações de mudas de árvores.
Tabela 4- Propostas de restruturação da pedreira Tchombulo
Fonte: 
1º Preenchimento das escavações
 (
3º Solo de cobertura ou camada orgânica
2º 
Camada de drenagem
1º Camada de estéril
)O preenchimento das escavações pode ser feito em três partes: 
Figura 8- Perfil de preenchimento na pedreira Tchombulo
Fonte:
Preenchimento parcial com o material inerte que se encontra dentro da área da pedreira de forma a, por um lado, diminuir a profundidade da corta(Cava) e, por outro, homogeneizar e nivelar o terreno, proporcionando melhores condições para o posterior desenvolvimento vegetal.
Caso a corta existente, dada a impossibilidade de enchimento completo e a tendência natural para retenção de águas pluviais, seja utilizada como reservatório de água com a finalidade primordial para regas e bebedouro para o gado. já que a região é habitada por pessoa que dedicam - se a criação de gados e agricultura.
2º Reconfiguração dos taludes
A suavização dos taludes revela-se essencial na prevenção de deslizamentos de terras ou derrocadas bem como na criação de uma topografia menos abrupta, uma vez que os taludes da área mostram baixas inclinações minimizando assim os riscos de ocorrências de desmoronamentos. Permitira criar condições para melhor receber e fixar vegetação.
3º Reflorestamento 
Após o processo de preenchimento das escavações pode-se fazer um plano de reflorestamento do local. O estéril e a camada orgânica de solo podem ser da pedreira ou de outras áreas.
A influência da aplicação de coberto vegetal é sentida positivamente em várias áreas. É a forma mais eficaz e recomendável para repor as condições climáticas óptimas do local diminuindo a temperatura do solo e normalizando os valores de humidade, permite ainda melhorar a qualidade do ar evitando a dispersão de poeiras. Na área abundam plantações como a Muiumba e Girassonde.
Figura 9- Espécies nativas da área
Fonte:
A reestruturação restauração da pedreira Tchombulo proporciona diversas vantagens como:
1. Proteger a saúde e segurança pública;
2. Mitigar ou eliminar os danos ambientais;
3. Uso produtivo da terra, retorno à sua condição original ou em condição alternativaAceitável;
4. Propiciar benefícios sociais e económicos à comunidade.
ESTRATEGIA DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA
PRINCIPIO DE RESTRUTURAÇÃO
Conclusões
· As actividades de restruturação de áreas degradadas implicama implantação e manutenção através de várias medidas, deum horizonte de solo capaz de recuperar, recompor ou restituirum ecossistema, inicialmente de flora e posteriormente com fauna;
· Para implantar projectos adequados de restruturação de áreas degradadas, são necessárias acções específicas como levantamentos topográficos, análises da vegetação no local, caracterização das áreas de entorno, estudos de legislação, compatibilização de interesses públicos e privados, e discussões com a comunidade;· A proposta apresentada tem como ponto de partida a valorização do espaço e paisagem, degradados pela actividade extractiva, dando-lhe um novo uso de modo a que seja possível ter algum tipo de utilidade e usufruto para a população;
· A não restruturação de áreas degradadas pela mineração ou a aplicação de técnicas inadequadas na execução dos planos de fechamento de mina, podem dar origem a passivos ambientais, que por sua vez podem acarretar acidentes ambientais, podendo provocar danos ao meio ambiente e riscos à saúde humana;
· Foram indicados procedimentos para a recuperação ambiental e apresentou-se propostas que possam ser utilizados para restruturação de áreas degradadas.
Sugestões
· Muitas pedreiras abandonam as áreas exploradas sem terem em conta os danos causados, nesse entretanto sugere-se a pedreira que siga rigorosamente as leis estabelecidas pelo governo no que diz respeito ao fechamento de pedreira;
· Sugere-se para os futuros pesquisadores que investiguem mais formas de restruturação de pedreiras abandonadas que possam servir como incentivo para empresas mineradoras;
· Sugere-se as pedreiras, que passem a criar fundos que possam ser utilizados para restruturação das mesmas após seus fechamentos;
· As propostas de mitigação apresentadas não devem ser consideradas individualmente nem como exclusivas para um determinado fim. Devem ser consideradas em conjunto e com efeitos sinergéticos.
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35
Anexos
	
Anexo 1. Mina Misima antes e depois
Anexo 2.Parte oeste reflorestada (esquerda) e Taludes reconfigurados (direita) em uma empresa mineradora
Anexo 3.Mina Mato Grande durante suspensão temporária (esquerda) e Mina Mato Grande depois de retomada das atividades (direita)

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