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DESCRIÇÃO Conceitos norteadores de sistemas pneumáticos, com foco nas especificações e nas características dos compressores. Os principais atuadores pneumáticos e seus princípios de funcionamento, além dos sistemas de controle de circuitos pneumáticos. PROPÓSITO Compreender os conceitos envolvidos na especificação dos sistemas pneumáticos, especialmente os compressores, os principais atuadores pneumáticos e seu funcionamento, assim como ter noções de controle pneumático, além de conhecer exemplos e componentes de circuitos pneumáticos, é essencial aos futuros profissionais das diversas áreas de atuação da Engenharia. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer as principais características necessárias à especificação de compressores MÓDULO 2 Identificar os principais atuadores pneumáticos e suas características MÓDULO 3 Reconhecer os principais elementos utilizados no controle e acionamento de sistemas pneumáticos MÓDULO 4 Identificar a estrutura básica de um circuito pneumático e seu princípio de funcionamento PREPARAÇÃO Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora, ou use a calculadora de seu smartphone/computador. A ESTRUTURA DE SISTEMAS PNEUMÁTICOS AVISO: ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES DE MEDIDA. MÓDULO 1 Reconhecer as principais características necessárias à especificação de compressores AVISO: ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES DE MEDIDA. Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais javascript:void(0) materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades. A IMPORTÂNCIA DOS COMPRESSORES DE AR INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS PNEUMÁTICOS Os projetos desenvolvidos com sistemas pneumáticos são aqueles em que o ar comprimido (ar de instrumentação) devidamente tratado é utilizado como a principal força responsável pela movimentação das diversas partes que compõem o sistema. Na definição de um projeto, o meio de trabalho precisa ser cuidadosamente planejado de maneira a permitir que a sua implementação seja perfeitamente adaptável ao processo industrial no qual se está trabalhando. Dentre os meios mais comuns, podemos apresentar: • ELETRICIDADE A energia elétrica é uma das formas de energia mais difundidas nos processos industriais. Por ser facilmente distribuída e rápida, a maioria dos equipamentos utiliza a eletricidade como principal fonte de energia. O custo variável, a dificuldade de acúmulo e a necessidade de transformação para a execução de algumas atividades podem dificultar seu uso em determinadas aplicações. Imagem: Shutterstock.com • MECÂNICA Principal meio antes e, até mesmo, após a Revolução Industrial. Mesmo com o desenvolvimento das máquinas a vapor, as estruturas mecânicas eram e ainda são amplamente utilizadas. Entretanto, a modernização dos processos vem limitando a ação mecânica aos atuadores, no fim do processo. Imagem: Shutterstock.com A mecânica pode ser dividida em hidráulica e pneumática: Hidráulica Utilizada quando a força é mais importante do que a velocidade. Por envolver em seu meio de funcionamento fluidos não compressíveis, sua força é bastante elevada. Continue lendo... Pneumática Utilizada quando a necessidade de velocidade supera a de força, ou seja, é necessário um sistema rápido, mas com força limitada. Continue lendo... HIDRÁULICA javascript:void(0) javascript:void(0) Contudo, a velocidade dos atuadores hidráulicos é bastante limitada, sendo, em geral, considerados lentos. As dimensões dos equipamentos hidráulicos variam bastante. Por demandarem o uso de óleo, acabam apresentando estrutura mais robusta, sendo maiores e mais pesados do que os pneumáticos, além de possuírem uma vedação bastante complicada. PNEUMÁTICA Os equipamentos pneumáticos possuem dimensões, geralmente, menores que os hidráulicos, além de serem mais leves. Contudo, tendem a ser menos resistentes mecanicamente, podendo ser danificados quando utilizados incorretamente. Uma vantagem em relação aos hidráulicos é sua natureza não poluente (ar comprimido), facilitando seu descarte. CÓDIGO DE CORES DA AMERICAN NATIONAL STANDART INSTITUTE (ANSI) Foto: Shutterstock.com Os circuitos pneumáticos e hidráulicos utilizam códigos de cores para permitir a identificação das linhas de fluxo, com o propósito de detectar a sua função no circuito. As cores utilizadas com essa finalidade são definidas pela norma ANSI: Vermelho identifica as linhas de pressão de alimentação ou a pressão normal do sistema. Exemplo: pressão do compressor. Violeta é a pressão do sistema de transformação de energia intensificada. A intensificação da pressão é a passagem de um sistema de baixa pressão para alta pressão. Exemplo: intensificador de pressão. Laranja identifica a linha de comando, pilotagem ou pressão básica reduzida. Exemplo: pilotagem de uma válvula. Amarelo é utilizada para identificar a restrição no controle de passagem de fluxo. Exemplo: usada nas válvulas de controle de fluxo. Azul utilizada na identificação do fluxo de descarga, escape ou retorno. Exemplo: usado para identificar a exaustão para a atmosfera. Branco é a cor para identificação de fluido inativo. Exemplo: armazenagem. Verde utilizado na identificação das linhas de sucção ou drenagem. Exemplo: sucção do compressor. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal A IMPORTÂNCIA DOS COMPRESSORES DE AR Foto: Shutterstock.com Os compressores são máquinas utilizadas para elevar a pressão de determinado volume de ar a partir do valor da pressão atmosférica até um determinado valor de pressão operacional, que atenda a necessidade de um equipamento ou sistema de ar comprimido. As funções do compressor são: CAPTAR O AR DO AMBIENTE. ARMAZENAR O AR EM UM RESERVATÓRIO. ELEVAR A PRESSÃO DO AR. O símbolo utilizado na representação de um compressor pode ser visto na Figura 1: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 1 – Símbolo para representação de um compressor. CLASSIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DOS COMPRESSORES Os compressores podem ser divididos de acordo com os princípios de trabalho: DESLOCAMENTO POSITIVO DESLOCAMENTO DINÂMICO COMPRESSORES DE DESLOCAMENTO POSITIVO Os compressores por deslocamento positivo baseiam-se fundamentalmente na redução do volume do ar. O ar é armazenado em uma câmara isolada do meio externo. O volume dentro dessa câmara é reduzido gradualmente, consistindo no princípio de funcionamento da compressão. Após atingir certa pressão (especificada pelo fabricante no projeto do compressor), ocorre a abertura da válvula de descarga ou a liberação do ar para o tubo de descarga. Alternativamente, o ar pode ser continuamente empurrado para o tubo de descarga enquanto ocorre a contínua redução do volume da câmara de compressão. Os compressores por deslocamento positivo dividem-se basicamente em: COMPRESSORES ALTERNATIVOS DE PISTÕES COMPRESSORES DE FUROS SIMÉTRICOS TIPOS DE COMPRESSORES ALTERNATIVOS DE PISTÕES Também são denominados compressores recíprocos. Seu princípio de funcionamento baseia- se em um pistão dentro de um cilindro. Conheça cada um deles a seguir: COMPRESSOR DE UM ESTÁGIO O compressor de um estágio pode ser de efeito simples ou efeito duplo (single effect or double effect). O ar é comprimido até a pressão final de utilização em um único cilindro. O resfriamento do ar é realizado pelas aletas laterais, ou seja, pela circulação natural do ar e consequente troca de calor com o ambiente. Esse tipo de compressor é projetado para pressões de 700kPa, podendo ser utilizado em pressões um pouco acima dessas. Um exemplo desse tipo de compressor pode ser visto na Figura 2: Foto: Chiaperini Figura 2 – Compressor de um estágio. Os compressores de um estágio são bons, entretanto,com a utilização de mais estágios, a economia de energia será maior, assim como a eficiência, e haverá melhor rendimento. COMPRESSOR DE DOIS ESTÁGIOS Esse compressor também é conhecido como biestágio. Diferentemente do compressor de um estágio, a limitação da temperatura é realizada em um estágio com ar resfriado (o que contribui para o aumento da eficiência da compressão). Esse tipo de compressor possui duas câmaras: uma de alta pressão e uma de baixa pressão. Entre as duas câmaras ocorre um resfriamento, que pode ser feito pela troca de ar ou com resfriadores à base de água (watercooler), sendo o resfriamento por água mais eficiente. O ar é admitido no cilindro de baixa pressão por meio de um filtro de ar de entrada e é comprimido entre 350 e 500kPa. Após esse primeiro estágio de compressão, é realizado um estágio de resfriamento, em que o calor é parcialmente removido pela troca com o ar ou com a água. Nesse estágio, parte da umidade em suspensão no ar é condensada e eliminada. Após a etapa de resfriamento, o ar comprimido é admitido em um cilindro de alta pressão, passando por uma nova compressão e podendo chegar a 750 e 880kPa. Um exemplo de compressor em dois cilindros pode ser visto na Figura 3: Foto: Chiaperini Figura 3 – Compressor de dois estágios Após a segunda etapa de compressão, o ar é submetido às demais etapas de tratamento (filtragem, secagem etc.). COMPRESSOR DE MÚLTIPLOS ESTÁGIOS Os compressores de múltiplos estágios também são definidos como policilíndricos e possuem resfriadores intermediários. A compressão em vários estágios apresenta maior eficiência volumétrica. Dessa maneira, conforme a relação de compressor do primeiro estágio e a pressão aproximada das condições isotérmicas. Esses compressores são utilizados para altas pressões. Contudo, vale destacar que, para cada nível de pressão, existe determinada quantidade de estágios para cada aplicação para a qual o compressor é especificado. Um exemplo de compressor de múltiplos estágios pode ser visto na Figura 4: Foto: Chiaperini Figura 4 – Compressor de múltiplos estágios. COMPRESSOR DO TIPO PARAFUSO Nesse tipo de compressor, dois rotores helicoidais giram em sentidos opostos, compartilhando uma mesma carcaça. Um dos rotores possui lóbulos convexos, enquanto o outro possui lóbulos côncavos. Por esse motivo, são chamados de rotores "macho e fêmea". Esses rotores são sincronizados por um sistema de engrenagens. Esses compressores apresentam maior facilidade na sua instalação e custo razoavelmente baixo, sendo bastante utilizados atualmente. Um exemplo de compressor do tipo parafuso pode ser visto na Figura 5: Foto: Schulz Figura 5 – Compressor do tipo parafuso. COMPRESSORES DE DESLOCAMENTO DINÂMICO São, essencialmente, os compressores cuja elevação de pressão ocorre por meio da conversão de energia cinética em energia de pressão. Esse aumento ocorre durante a passagem do ar pelo compressor. O ar é admitido no compressor e colocado em contato com rotores laminados, chamados de impulsores, dotados de alta velocidade. O ar acelerado atinge altas velocidades e os impulsores transmitem, dessa maneira, energia cinética para o ar. Após essa etapa, durante o escoamento, o ar é retardado por difusores, forçando um aumento na pressão. Um exemplo de compressor dinâmico pode ser visto na Figura 6: Foto: Plant Automation Technology Figura 6 – Compressor do tipo dinâmico. SAIBA MAIS Difusores são dutos responsáveis pela diminuição da velocidade de escoamento de um fluido e, consequentemente, pelo aumento de sua pressão. SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO EM COMPRESSORES Foto: Shutterstock.com Os sistemas de refrigeração em compressores são responsáveis pela remoção do calor produzido durante a(s) etapa(s) de compressão e do calor promovido por atritos diversos. O resfriamento pode ser promovido por ar ou por água. Nos compressores positivos, o resfriamento pode ser realizado em duas etapas consideradas principais: RESFRIAMENTO INTERMEDIÁRIO OU ENTRE ETAPAS RESFRIAMENTO DOS CILINDROS DE COMPRESSÃO ATENÇÃO Vale destacar que uma etapa adicional de refrigeração pode ser adotada, caso seja necessário. Essa etapa pode ser adotada após a compressão ou durante o processo. REFRIGERAÇÃO INTERMEDIÁRIA A importância do processo de refrigeração intermediária deve-se à necessidade de remoção do calor produzido durante as etapas de compressão. Dentre os objetivos do resfriamento, destacam-se: Manter a temperatura das válvulas, do óleo lubrificante e do ar comprimido sob controle. Auxiliar a remoção da umidade, a partir da condensação das partículas de água em suspensão no ar pela redução da temperatura. Tornar as condições da compressão próximas das condições de um processo isotérmico, ou seja, com temperatura constante. Evitar deformações estruturais na tubulação e no compressor devido às elevadas temperaturas. Proporcionar uma maior eficiência do compressor. Foto: Shutterstock.com SAIBA MAIS As condições isotérmicas nunca são atingidas. Mas, em alguns casos, temos condições próximas o suficiente para que o processo seja considerado isotérmico. RESFRIAMENTO DOS CILINDROS DE COMPRESSÃO Os cilindros de compressão de ar, durante o processo de compressão, apresentam uma intensa troca de energia para calor. Isso acontece porque, nos cilindros de deslocamento positivo, o próprio cilindro é responsável pela compressão, recebendo uma grande carga térmica na forma de calor. Sendo assim, a refrigeração constante dos cilindros é fundamental para evitar deformações do cilindro e desgaste dos lubrificantes. SAIBA MAIS O sistema de refrigeração é considerado eficiente quando a temperatura do ar na saída do resfriador intermediário se iguala à temperatura do ar na admissão do compressor. TIPOS DE REFRIGERAÇÃO Nos tipos de refrigeração dos sistemas de compressão, veremos que o resfriamento pode ser feito por meio da circulação de ar (forçada ou natural) e da circulação de água. Resfriamento por água Nesse método de refrigeração, os cilindros são dotados de paredes duplas entre as quais a água circula. Continue lendo... Resfriamento a ar Apresenta um custo inferior, quando comparado ao sistema de resfriamento por água, não apenas na construção do sistema, como também na sua implementação e operação. Continue lendo... javascript:void(0) javascript:void(0) RESFRIAMENTO POR ÁGUA A água utilizada nesses sistemas é, geralmente, bombeada a uma pressão suficiente para evitar a formação de vapor, além de possuir uma temperatura reduzida. Ela também deve ser livre de impurezas e outros produtos que possam ser agressivos à estrutura do compressor. Normalmente, esse tipo de refrigeração é empregado nos cabeçotes, pois exigem mais resfriamento, já que permanecem em contato com o ar aquecido no final da compressão. É indicado para grandes máquinas ou condições de alta temperatura. Nos compressores resfriados à água, é necessária a utilização de um sistema de proteção contra a falta de água, baixa pressão, alta temperatura e obstruções/entupimentos que impeçam a circulação da água. RESFRIAMENTO A AR Entretanto, o rendimento desse tipo de sistema é menor, tendo em vista que grande parte da potência consumida pelo compressor é transformada em calor. Devem ser evitados em condições de temperatura elevada ou baixa circulação de ar. Normalmente são empregados em sistemas de menor porte (pequeno ou médio). A circulação de ar, geralmente, ocorre nos cilindros e cabeçotes. Esses periféricos são aletados de maneira a possuírem maior troca de calor pela própria circulação do ar ambiente. Por outro lado, o cabeçote e o resfriador intermediário possuem refrigeração interna forçada por uma ventoinha. CRITÉRIOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE COMPRESSORES A especificação dos compressores leva em consideração diversos fatores, entre eles destacam-se: o volume de ar, a pressão, o acionamento, o controle e a regulagem. VOLUME DE AR É a quantidadede ar fornecida pelo compressor (vazão de ar fornecido). Essa vazão pode ser dada por: m3/h; m3/min; PCM (pés cúbicos por minuto); entre outras. PRESSÃO É, essencialmente, dividida em pressão de regime e pressão de trabalho. PRESSÃO DE REGIME É a pressão fornecida pelo compressor (pressão do reservatório e da rede de distribuição ― do compressor ao ponto de consumo). PRESSÃO DE TRABALHO É a pressão demandada pelo processo. Geralmente, varia entre 6 e 8bar. Os elementos utilizados no processo industrial são especificados para essa faixa de pressão. Para garantir o funcionamento regular dos sistemas pneumáticos, é fundamental que a pressão seja mantida constante. Essa garantia é importante para assegurar: A velocidade de rotação de cilindros e motores pneumáticos; As forças dos pistões e demais atuadores pneumáticos; Os acionamentos de temporizadores e contadores pneumáticos. ACIONAMENTO O acionamento dos compressores é realizado por motores elétricos ou motores à explosão (combustão), sendo geralmente de gasolina ou diesel. Em unidades de grande porte, são comuns os compressores de turbinas. REGULAGEM Os reguladores são utilizados para ajustar o volume de ar fornecido pelo compressor ao volume de ar consumido pelo processo. Eles também permitem o ajuste de uma pressão mínima ou máxima. Existem diferentes tipos de regulagem: Regulagem de marcha em vazio; Regulagem de carga parcial; Regulagem intermitente. Entre os métodos de regulagem, o intermitente é o mais utilizado. MANUTENÇÃO DO COMPRESSOR A manutenção de um compressor é fundamental para a indústria. Para tanto, é importante que as recomendações do fabricante sejam respeitadas cuidadosamente. Para isso, consulte o manual do fabricante para obter informações sobre manutenção do sistema, ajustes, regulagem e controle da máquina. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. NAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS, OS SISTEMAS PNEUMÁTICOS SÃO EXTENSAMENTE UTILIZADOS PARA DIVERSAS FINALIDADES. PARA TAL, O USO DE COMPRESSORES É FUNDAMENTAL PARA GARANTIR O FORNECIMENTO DO AR COMPRIMIDO NECESSÁRIO A ESSES SISTEMAS. ENTRE AS FUNÇÕES DO COMPRESSOR RESPONSÁVEL POR GERAR O AR COMPRIMIDO, PODE-SE CITAR CORRETAMENTE: A) Aquecer o ar até uma temperatura pré-ajustada. B) Misturar O2 puro com nitrogênio. C) Captar o ar de um sistema hidráulico. D) Elevar a pressão do ar. E) Comprimir o ar de um tanque de O2 puro. 2. DIVERSOS TIPOS DE COMPRESSORES PODEM SER UTILIZADOS PARA FORNECER O AR COMPRIMIDO AOS SISTEMAS PNEUMÁTICOS. UM COMPRESSOR BASTANTE COMUM E QUE APRESENTA CÂMARAS DIFERENTES, SENDO UMA COM ALTA PRESSÃO E OUTRA COM BAIXA PRESSÃO, É DO TIPO A) um estágio. B) múltiplos estágios. C) deslocamento dinâmico. D) parafuso. E) dois estágios. GABARITO 1. Nas aplicações industriais, os sistemas pneumáticos são extensamente utilizados para diversas finalidades. Para tal, o uso de compressores é fundamental para garantir o fornecimento do ar comprimido necessário a esses sistemas. Entre as funções do compressor responsável por gerar o ar comprimido, pode-se citar corretamente: A alternativa "D " está correta. O compressor de ar capta o ar da atmosfera e o comprime através de uma elevação de pressão, armazenando-o em um reservatório, chamado de reservatório de ar comprimido. Esse ar do reservatório pode ser conduzido por mangueiras a fim de ser utilizado por sistemas pneumáticos. 2. Diversos tipos de compressores podem ser utilizados para fornecer o ar comprimido aos sistemas pneumáticos. Um compressor bastante comum e que apresenta câmaras diferentes, sendo uma com alta pressão e outra com baixa pressão, é do tipo A alternativa "E " está correta. O compressor de dois estágios apresenta duas câmaras: uma de baixa pressão e uma de alta pressão. Entre os estágios de compressão, ele apresenta um resfriamento para absorção do calor proveniente da compressão inicial. MÓDULO 2 Identificar os principais atuadores pneumáticos e suas características PARA QUE SERVEM OS ATUADORES PNEUMÁTICOS? A IMPORTÂNCIA DOS ATUADORES PNEUMÁTICOS Foto: Shutterstock.com Os atuadores pneumáticos são dispositivos responsáveis pela atuação ou execução do trabalho em uma malha de controle, em um circuito pneumático ou em um circuito hidráulico. No caso de circuitos pneumáticos, são responsáveis pela ação comandada pelo ar comprimido. Dessa maneira, os atuadores pneumáticos são responsáveis por converterem a energia contida no ar comprimido em trabalho. Essencialmente, esses atuadores pneumáticos são divididos em lineares e rotativos. ATUADORES LINEARES São responsáveis pela conversão da energia do ar comprimido em um movimento linear ou angular. No geral, são cilindros pneumáticos, responsáveis por movimentos de movimento, velocidade, força, dependendo da necessidade do processo industrial. Na Figura 7, é possível identificar um cilindro pneumático de 1 via com retorno por mola. Foto: Festo Figura 7 – Cilindro pneumático. ATUADORES ROTATIVOS São responsáveis pela conversão da energia do ar comprimido em momento torsor (rotação), que pode ser contínuo ou limitado. Foto: Festo TIPOS DE CILINDROS PNEUMÁTICOS – ATUADORES LINEARES Os cilindros pneumáticos podem ser classificados de acordo com seu efeito ou pelo tipo de construção. EFEITO Os que são classificados pelo seu efeito são: Cilindro de ação simples; Cilindro de ação dupla. CILINDRO DE AÇÃO SIMPLES Esse tipo de cilindro utiliza o ar comprimido na realização do trabalho em um único movimento: no avanço ou no retorno. Quando o avanço é feito pelo trabalho do ar comprimido, o retorno é feito por uma mola (interna ao cilindro). Quando o retorno é feito com o uso do ar comprimido, o avanço é feito por uma mola (interna ao cilindro). É interessante observar que esse cilindro apresenta apenas 1 tomada de ar, responsável pelo avanço ou pelo recuo do cilindro, como pode ser visto na Figura 8. Foto: Festo Figura 8 – Cilindro de ação simples. CILINDRO DE AÇÃO DUPLA Esse tipo de cilindro utiliza o ar comprimido para produzir os movimentos em ambos os sentidos (avanço e recuo). É o tipo de cilindro mais utilizado no meio industrial, como pode ser visto na Figura 9. Foto: Festo Figura 9 – Cilindro de ação dupla. Vale destacar que o avanço e o recuo apresentam forças diferentes. Isso acontece devido à presença da haste, que produz uma diferença nas áreas para avanço e recuo, como pode ser visto na Figura 10, em destaque nas áreas cinzas. Foto: Festo Figura 10 – Área do cilindro. TIPO DE CONSTRUÇÃO Existem outros tipos de cilindros pneumáticos que apresentam diferentes tipos de construção, com finalidades específicas para aplicações diversas. Esses cilindros podem ser do tipo: Haste passante; Duplex contínuo; Duplex geminado; Impacto; Tração por cabos; Êmbolo magnético sem haste. CILINDRO DE HASTE PASSANTE OU HASTE DUPLA Esse tipo de cilindro possui duas hastes conectadas entre si por um êmbolo. Sendo assim, enquanto uma das hastes realiza o trabalho definido pelo ar comprimido, a outra é utilizada para fins de acionamento ou comando, como pode ser visto na Figura 11. Imagem: Bello Air Figura 11 – Cilindro de haste passante. CILINDRO DUPLEX CONTÍNUO Esse tipo de cilindro possui dois êmbolos unidos por uma haste comum com entradas de ar independentes e separados entre si por um cabeçote intermediário. O interessante é que a força produzida pelo cilindro duplex é o somatório das forças individuais de cada êmbolo, o que permite que o cilindro disponha de uma força maior, sem que haja um aumento da área ou do diâmetro do cilindro, como pode ser visto na Figura 12: Imagem: Festo Figura 12 – Cilindro duplex. CILINDRO DUPLEX COM MÚLTIPLAS POSIÇÕES (DUPLEX GEMINADO) Esse cilindro é composto por dois cilindros de dupla ação, unidos entre si, possuindo entradas de ar comprimido independentes. Esse acoplamento possibilita a formação de: 3 POSIÇÕES Quando é formado por dois cilindros com omesmo curso 4 POSIÇÕES Quando é formado por dois cilindros com cursos diferentes O posicionamento do cilindro é formado pela combinação das entradas de ar comprimido e os cursos correspondentes, como ilustrado na Figura 13: Figura 13 – Cilindro de múltiplas ações. Imagem: Festo. CILINDROS TELESCÓPIOS São formados por cilindros de diversos diâmetros embutidos um dentro do outro. O cilindro de menor diâmetro limita a força do conjunto. Geralmente, são utilizados quando o espaço para a instalação é limitado. CILINDRO DE DUPLA AÇÃO COM AMORTECIMENTO AJUSTÁVEL Consiste em um cilindro de dupla ação com amortecimento. Nesse tipo de cilindro, a haste limita o deslocamento durante o avanço e o recuo, promovendo uma restrição na passagem do ar. Dessa maneira, a velocidade final durante o recuo e o avanço é limitada. CILINDRO PNEUMÁTICO COM PISTÃO MAGNÉTICO Esse tipo de cilindro possui um pistão magnético cujas posições são identificadas por sensores magnéticos conectados ao cilindro. TIPOS DE CILINDROS PNEUMÁTICOS – ATUADORES ROTATIVOS Os atuadores pneumáticos do tipo rotativos utilizam um sistema de engrenagem capaz de converter um movimento linear em rotatório. Esse tipo de atuador pode ser dividido em: aleta ou cremalheira. CILINDRO GIRATÓRIO Apresenta uma estrutura linear acoplada em uma engrenagem que possibilita um movimento giratório. Nesse tipo de atuador, duas entradas de ar comprimido possibilitam o movimento giratório do atuador. Uma terceira entrada de ar permite a utilização de uma ventosa na extremidade, como pode ser visto na Figura 14: Foto: Festo Figura 14 – Cilindro giratório. CILINDRO ROTATIVO DO TIPO ALETA Possui aletas internas que são pressionadas pelo ar comprimido e apresentam um movimento do tipo rotação, como pode ser visto na Figura 15: Foto: Festo Figura 15 – Cilindro rotativo com aleta. CILINDRO ROTATIVO DO TIPO CREMALHEIRA É o tipo de cilindro que converte a energia linear em rotatória pelo uso de uma cremalheira, como pode ser visto na Figura 16: Foto: Festo Figura 16 – Cilindro rotativo com cremalheira. As entradas de ar nas laterais promovem o deslocamento da haste linear, responsável pelo movimento giratório da cremalheira. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. EM DETERMINADO SISTEMA DE PRENSAGEM, É NECESSÁRIO QUE UM OPERADOR ACIONE UM BOTÃO PARA QUE A PRENSA DESÇA SOBRE A BASE DE PRENSAGEM E, QUANDO O OPERADOR SOLTA O BOTÃO, A PRENSA RETORNA AUTOMATICAMENTE PARA A POSIÇÃO DE REPOUSO. UM CILINDRO QUE APRESENTA ESSA CARACTERÍSTICA DE RETORNO AUTOMÁTICO PARA A CONDIÇÃO DE REPOUSO É O A) cilindro de ação dupla. B) cilindro de haste passante. C) cilindro duplex contínuo. D) cilindro de ação simples. E) cilindro duplex geminado. 2. EM UM SISTEMA DE ESTAMPAGEM, PEÇAS COM TAMANHOS DIFERENTES SÃO COLOCADAS EM UMA ESTEIRA DE TAL MANEIRA QUE O PRÓPRIO SISTEMA SEJA CAPAZ DE IDENTIFICAR O TAMANHO DAS PEÇAS E AJUSTAR O SISTEMA PARA COLOCAÇÃO DA ESTAMPA DE MANEIRA ADEQUADA. PARA TAL, O CILINDRO MAIS ADEQUADO PARA ESSE TIPO DE AÇÃO SERIA DO TIPO A) ação simples. B) duplex com múltiplas posições. C) ação dupla D) haste passante E) êmbolo magnético. GABARITO 1. Em determinado sistema de prensagem, é necessário que um operador acione um botão para que a prensa desça sobre a base de prensagem e, quando o operador solta o botão, a prensa retorna automaticamente para a posição de repouso. Um cilindro que apresenta essa característica de retorno automático para a condição de repouso é o A alternativa "D " está correta. O cilindro de ação simples, também chamado de cilindro com retorno por mola, apresenta apenas 1 via de comando. Dessa maneira, seu acionamento é realizado com um comando (muscular, mecânico, elétrico etc.), mas seu retorno é promovido de forma automática, em geral por uma mola que, mecanicamente, devolve o pistão para sua posição de repouso. 2. Em um sistema de estampagem, peças com tamanhos diferentes são colocadas em uma esteira de tal maneira que o próprio sistema seja capaz de identificar o tamanho das peças e ajustar o sistema para colocação da estampa de maneira adequada. Para tal, o cilindro mais adequado para esse tipo de ação seria do tipo A alternativa "B " está correta. O cilindro duplex de múltiplas posições ou duplex geminado apresenta a capacidade de ajuste de posições, dependendo da disposição dos cilindros que o compõem. Quando os cilindros que o compõem possuem cursos diferentes, quatro posições distintas podem ser adotadas. MÓDULO 3 Reconhecer os principais elementos utilizados no controle e acionamento de sistemas pneumáticos QUAL É A FUNÇÃO DOS ELEMENTOS DE CONTROLE PNEUMÁTICO? DISPOSITIVOS DE CONTROLE PNEUMÁTICO Foto: Shutterstock.com Como foi observado, os sistemas pneumáticos são compostos por sistemas de fornecimento e distribuição de ar, responsáveis pelo fornecimento de ar de instrumentação e por atuadores, que são os elementos responsáveis pela conversão da energia do ar comprimido em energia mecânica. Contudo, outros dispositivos essenciais para o funcionamento adequado dos sistemas pneumáticos são os elementos de acionamento e controle. Esses dispositivos são as válvulas, responsáveis por comandos como: partida, parada, mudança de direção e/ou regulagem. Dessa maneira, além de poder interromper ou permitir o fluxo de ar comprimido, essas válvulas também são utilizadas no controle e na regulagem da vazão ou da pressão do ar armazenado em um reservatório. As válvulas podem ser classificadas de acordo com suas funções (todas em acordo com a norma DIN/ISO 1219) em: Válvula de controle direcional; Válvula de bloqueio; Válvula de controle de pressão; Válvula de controle de fluxo. ATENÇÃO Cada tipo de válvula possui uma finalidade específica, por isso, ela deve ser cuidadosamente selecionada de acordo com o projeto e o processo industrial especificado. VÁLVULAS DE CONTROLE DIRECIONAL Essas válvulas são fundamentais para o controle do trajeto do fluxo de ar. Desse modo, podem ser utilizadas em sistemas de partida, parada, mudança de direção, entre outros. Para a correta especificação das válvulas direcionais, é fundamental que sejam descritos os seguintes parâmetros que elas deverão conter: Número de posições; Número de vias; Tipo(s) de acionamento(s); Tipo(s) de retorno(s); Vazão. NÚMERO DE POSIÇÕES Define a quantidade de manobras que uma válvula é capaz de executar. Cada manobra é atrelada a um comando específico. Como a representação diagramática das válvulas é feita por um retângulo, o número de posições que cada válvula é capaz de assumir é identificado pelo número de subdivisões que o retângulo apresenta. Por exemplo, na Figura 17, é possível verificar o símbolo para válvulas com 2, 3 e 4 posições, respectivamente: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 17 – Representação de válvulas com: (a) 2 posições, (b) 3 posições e (c) 4 posições, respectivamente. Nessa figura, é possível observar que cada subdivisão (cada quadrado) representa uma posição que a válvula é capaz de assumir quando receber determinado comando. NÚMERO DE VIAS Como as válvulas são dispositivos para passagem do ar e que podem ser conectadas a dispositivos externos (suprimento de ar, atuadores, outras válvulas etc.), elas precisam apresentar corretamente a direção do fluxo de ar para cada posição que venham a ocupar, além das condições de bloqueio ou interrupção e de descarte ou escape. Por esse motivo, além do número de posições, uma válvula deve apresentar: as linhas de fluxo; as conexões de entrada; saída e bidirecionais; os bloqueios e escapes. Essa identificação é definida pelas normas DIN 24300 e ISO 1219, conforme veremos a seguir: Função DIN 24300 ISO 1219 Suprimento ou pressão P 1 Bidirecionais A B C 2 4 6 Escape R S T 3 5 7 Pilotagem X Y Z 10 12 14 Tabela 1 – Identificação das vias que compõem as válvulas. Elaborada por Raphael de Souza dos Santos. Atenção! Para visualização completa databela utilize a rolagem horizontal Além disso, também são definidos pelas normas os símbolos a serem desenhados nas válvulas referentes a cada uma das funções, como pode ser visto nas Figuras 18, 19 e 20. Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 18 – Indicação das linhas de fluxo ou passagens de ar. Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 19 – Indicação de interrupções ou bloqueios. Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 20 – Indicação dos escapes: (a) com silenciador e (b) sem silenciador. Vale destacar que, como a mudança entre posições ocorre apenas de maneira interna nas válvulas, o número de vias deve ser observado em apenas uma das divisões. Esse número será o mesmo em todas as outras, como pode ser visto na Figura 21: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 21 – Simbologia de uma válvula com 2 posições e 3 vias. É possível observar pela figura que a válvula possui três vias. Essa mesma quantidade de vias pode ser confirmada observando-se a outra posição. A partir dos símbolos gráficos, é possível identificar o fluxo do ar em cada posição. SAIBA MAIS Cada linha de fluxo, obrigatoriamente, representa duas vias (uma de entrada do ar e uma de saída do ar); cada bloqueio representa uma via e cada escape também representa uma via. Assim, uma posição que apresente uma linha de fluxo e uma interrupção terá, necessariamente, três vias. TIPOS DE ACIONAMENTO A maneira como uma válvula é acionada depende diretamente do processo no qual ela é utilizada. Por exemplo, o comando responsável por mudar a posição de uma válvula direcional pode ser através de um sinal elétrico, um sinal pneumático ou pelo acionamento de uma alavanca manual pelo operador. Sendo assim, os principais meios de acionamento das válvulas são divididos em: ACIONAMENTO MUSCULAR Consiste no tipo de acionamento realizado diretamente por um operador pela sua ação direta, utilizando as mãos ou os pés. Os diversos tipos de acionamentos manuais podem ser vistos na Tabela 2: Tipo Símbolo Acionamento genérico Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por botão Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por botão com retenção Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por alavanca Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por alavanca com retenção Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por pedal Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por pedal com retenção Imagem: Raphael de Souza dos Santos Tabela 2 – Tipos de acionamentos musculares. Elaborada por Raphael de Souza dos Santos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ACIONAMENTO MECÂNICO O acionamento mecânico consiste no tipo de acionamento realizado pela interação mecânica entre a válvula e um atuador; por uma chave de fim de curso ou por uma mola, como pode ser visto na Tabela 3: Mecânicos Símbolo Acionamento por pino Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por rolete Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por gatilho ou rolete escamoteável Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por mola Imagem: Raphael de Souza dos Santos Tabela 3 – Tipos de acionamentos mecânicos. Elaborada por Raphael de Souza dos Santos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ACIONAMENTO PNEUMÁTICO O acionamento pneumático é realizado essencialmente por meio da energia fornecida pelo ar comprimido em interação com a válvula. Essa interação pode ser no sentido de aumentar a pressão sobre o dispositivo, aplicando uma força (pressão positiva), ou pelo alívio da pressão (pressão negativa), como pode ser visto na Tabela 4: Pneumáticos Símbolo Acionamento direto Acionamento por piloto positivo Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por piloto negativo Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento indireto Acionamento por servo piloto positivo Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento por servo piloto negativo Imagem: Raphael de Souza dos Santos Tabela 4 – Tipos de acionamentos pneumáticos. Elaborada por Raphael de Souza dos Santos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ACIONAMENTO ELÉTRICO OU COMBINADO Por fim, os acionamentos podem ser do tipo elétricos ou combinados. Os acionamentos elétricos são aqueles em que uma válvula solenoide é utilizada para permitir ou não a passagem do ar. Já nos acionamentos combinados, pode-se ter um eletroímã associado com uma válvula de servocomando, como pode ser visto na Tabela 5: Elétricos ou combinados Símbolo Acionamento elétrico Imagem: Raphael de Souza dos Santos Acionamento combinado Por eletroímã e válvula de servocomando Imagem: Raphael de Souza dos Santos Por eletroímã ou válvula de servocomando Imagem: Raphael de Souza dos Santos Tabela 5 – Tipos de acionamentos elétricos e combinados. Elaborada por Raphael de Souza dos Santos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal TIPOS DE RETORNO Embora haja diversos tipos de acionamento, em alguns casos, as válvulas solenoides são construídas de maneira a possuírem determinada posição predefinida. Nesse tipo de válvula, quando os acionamentos são interrompidos, as válvulas retornam imediatamente para essas posições. Essa definição das situações de repouso pode ser feita por: Mola; Pneumático; Combinado. Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 22 – Retorno por mola. MOLA Esse acionamento é realizado mecanicamente por uma mola que empurra ou puxa a válvula para a posição associada a ela todas as vezes que os comandos são interrompidos. A representação em diagrama do retorno por mola pode ser vista na Figura 22. Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 23 – Retorno pneumático. PNEUMÁTICO O retorno pneumático é aquele em que a posição de repouso é definida pelo ar comprimido todas as vezes que os comandos são interrompidos. A representação simbólica pode ser vista na Figura 23. Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 24 – Retorno combinado. COMBINADO Nesse tipo de retorno, as válvulas são colocadas em sua posição de repouso por ação pneumática. Entretanto, caso haja algum problema com o ar comprimido (obstrução, ausência, vazamento, entre outros.), um acionamento muscular também está disponível para realização do comando manual para a válvula, como pode ser visto na Figura 24. Na Figura 25, temos uma válvula bidirecional com cinco vias e duas posições: Foto: Festo Figura 25 – Válvula bidirecional. VÁLVULAS DE BLOQUEIO São, essencialmente, válvulas que permitem a obstrução da passagem do ar em um sentido e, de maneira simultânea, a passagem do ar na direção contrária. Como exemplo, podem ser citadas: Válvula alternadora; Válvula de simultaneidade; Válvula de escape rápido; Válvula de retenção. VÁLVULA ALTERNADORA Também denominada por válvula de comando duplo ou válvula OU, essa válvula apresenta duas entradas e uma saída. Quando uma das entradas recebe ar comprimido, ela é imediatamente conectada à saída, enquanto a outra entrada é imediatamente bloqueada, como pode ser visto na Figura 26: Imagem: Raphael de Souza dos Santos e Foto: Festo Figura 26 – Válvula alternadora. VÁLVULA DE SIMULTANEIDADE É chamada também de válvula E. De maneira similar à válvula alternadora, apresenta duas entradas e uma saída. Entretanto, a saída só é acionada quando as duas entradas estiverem acionadas, como pode ser visto na Figura 27: Imagem: Raphael de Souza dos Santos e Foto: Festo Figura 27 – Válvula de simultaneidade. VÁLVULA DE ESCAPE RÁPIDO São válvulas com a aplicação específica de aumentar a velocidade dos cilindros. Elas apresentam uma entrada de ar (P), uma bidirecional (A) e uma saída (R). Quando a entrada P recebe ar, ele é direcionado para a via A (como saída). Quando a entrada de ar é interrompida (entradaP bloqueada) e o ar retorna pela via A (como entrada), ele é direcionado para a saída R, sendo descartado na atmosfera, como pode ser visto na Figura 28: Imagem: Raphael de Souza dos Santos e Foto: Festo Figura 28 – Válvula de escape rápido. VÁLVULA DE RETENÇÃO Essa válvula bloqueia completamente a passagem de ar em uma direção. Contudo, na direção oposta, o fluxo de ar passa com o mínimo de obstrução possível, como pode ser visto na Figura 29: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 29 – Válvula de retenção. VÁLVULAS DE CONTROLE DE PRESSÃO São válvulas que influenciam principalmente a pressão ou que dependem dela. São divididas em: VÁLVULAS REGULADORAS DE PRESSÃO OU REDUTORAS DE PRESSÃO VÁLVULAS LIMITADORAS DE PRESSÃO OU VÁLVULAS DE ALÍVIO VÁLVULAS DE SEQUÊNCIA OU VÁLVULAS DE ALÍVIO VÁLVULAS REGULADORAS DE PRESSÃO OU REDUTORAS DE PRESSÃO Têm como objetivo manter a pressão constante em um valor pré-ajustado. VÁLVULAS LIMITADORAS DE PRESSÃO OU VÁLVULAS DE ALÍVIO São basicamente válvulas de segurança, não permitindo o aumento da pressão acima de um valor máximo admissível. VÁLVULAS DE SEQUÊNCIA Possuem função similar à das válvulas limitadoras, contudo, quando um valor máximo é atingido, elas atuam no processo promovendo alguma ação. Como exemplo, pode-se citar um pressostato ou chave de pressão. VÁLVULA DE CONTROLE DE FLUXO Essa válvula é utilizada para regulagem do fluxo de ar em uma direção. Comumente é chamada de válvula reguladora de velocidade. Em uma direção, ela oferece a regulagem do fluxo de ar; na outra direção, o fluxo de ar ocorre de maneira "livre", ou com o mínimo de obstrução, como pode ser visto na Figura 30: Imagem: Raphael de Souza dos Santos e Foto: Festo Figura 30 – Válvula reguladora. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A REPRESENTAÇÃO DAS VÁLVULAS DIRECIONAIS É MUITO IMPORTANTE PARA SUA CORRETA ESPECIFICAÇÃO EM PROJETOS PNEUMÁTICOS. OBSERVANDO O SÍMBOLO ABAIXO, É POSSÍVEL AFIRMAR QUE SEUS ACIONAMENTOS SÃO DO TIPO A) por botão e por mola. B) por botão e pneumático. C) mecânico e pneumático. D) por botão e genérico. E) genérico e por mola. 2. OBSERVANDO A REPRESENTAÇÃO DA VÁLVULA BIDIRECIONAL ABAIXO E SABENDO QUE A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DO NÚMERO DE VIAS E POSIÇÕES DE UMA VÁLVULA É ESSENCIAL PARA QUE UM PROJETO PNEUMÁTICO SEJA ADEQUADAMENTE INSTALADO, PODE-SE AFIRMAR QUE O NÚMERO DE POSIÇÕES E VIAS DA VÁLVULA ABAIXO É IGUAL A A) 2 vias e 2 posições. B) 3 vias e 3 posições. C) 3 vias e 2 posições. D) 6 vias de 2 posições. E) 6 vias e 3 posições. GABARITO 1. A representação das válvulas direcionais é muito importante para sua correta especificação em projetos pneumáticos. Observando o símbolo abaixo, é possível afirmar que seus acionamentos são do tipo A alternativa "E " está correta. Observando-se cuidadosamente o símbolo apresentado, é possível identificar que a posição da esquerda da válvula é comandada por um acionamento muscular genérico. E, do lado direito da válvula, o acionamento é do tipo mecânico por mola. 2. Observando a representação da válvula bidirecional abaixo e sabendo que a correta identificação do número de vias e posições de uma válvula é essencial para que um projeto pneumático seja adequadamente instalado, pode-se afirmar que o número de posições e vias da válvula abaixo é igual a A alternativa "C " está correta. Observando atentamente a figura, é possível notar que o quadrado que representa a válvula é dividido em dois quadrados menores, então, a válvula possui duas posições. De maneira similar, observando-se uma das posições, é possível ver uma linha de fluxo (por onde o ar entra e sai da válvula) e um bloqueio. Como cada linha de fluxo apresenta duas vias e cada bloqueio apresenta uma via, são ao total três vias. Ou seja, três vias e duas posições. MÓDULO 4 Identificar a estrutura básica de um circuito pneumático e seu princípio de funcionamento A ESTRUTURA BÁSICA DE UM CIRCUITO PNEUMÁTICO BÁSICO. A IMPORTÂNCIA DOS CIRCUITOS PNEUMÁTICOS Foto: Shutterstock.com Os circuitos pneumáticos são amplamente utilizados no meio industrial. As facilidades de implantação, operação e manutenção tornam os sistemas pneumáticos bastante atraentes para aplicações industriais. A alta eficácia, durabilidade, segurança e adaptabilidade a ambientes hostis dão aos sistemas pneumáticos versatilidade para aplicações diversas, podendo ser usados na indústria médica, automotiva, na mineração, petroquímica, entre outras. Além disso, a diversidade de componentes permite sua aplicação nas mais diversas cadeias produtivas. Veja, a seguir, alguns exemplos de circuitos pneumáticos. EXEMPLOS DE CIRCUITOS PNEUMÁTICOS CIRCUITO COM CILINDRO DE AÇÃO SIMPLES Suponha que se deseje implementar um sistema de prensagem. Esse sistema pode ser utilizado na conformação e no corte de diversos materiais, além da marcação e estampagem de estruturas diversas. Uma prensa pneumática pode ser vista na Figura 31. Foto: STNC Figura 31 – Exemplo de prensa pneumática. Em sua operação, um cilindro de ação simples pode ser empregado, na medida em que o esforço produzido pelo ar comprimido (transferência de energia para atuação) pode ser utilizado apenas para o avanço do pistão contra a base da prensa. O recuo pode ser feito de maneira mecânica por uma mola, responsável por trazer o cilindro para sua posição de repouso. O circuito da Figura 32 ilustra um exemplo de circuito pneumático que pode ser utilizado para operação da prensa pneumática da Figura 31: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 32 – Circuito pneumático com cilindro de ação simples. Nesse circuito, é possível observar as diversas partes que compõem a estrutura pneumática necessária para atuação dessa prensa. Na Figura 33, podemos visualizar o sistema de entrada de ar comprimido na prensa. É possível observar as unidades de tratamento responsáveis pela remoção de partículas de água em suspensão e limpeza do ar; a válvula reguladora de fluxo de ar; a válvula de bloqueio do ar e o manômetro, responsável pela indicação da pressão de operação. Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 33 – Destaque da entrada de ar comprimido. Embora a válvula direcional utilizada não esteja visível na Figura 31, é possível vislumbrar a utilização de uma válvula como a do circuito (três vias e duas posições) a partir das especificações da atividade necessária da prensa. Em um primeiro momento, a prensa estará em repouso, mesmo que haja um suprimento de ar comprimido disponível para o sistema. Dessa maneira, pode-se especificar para a estrutura da prensa um cilindro de ação simples, em que a não atuação do operador garanta uma condição de repouso, como pode ser visto na Figura 34: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 34 – Destaque do cilindro de ação simples da prensa. Esse cilindro garante o recuo da prensa quando não há atuação por parte do operador. ATENÇÃO É importante destacar que a atuação sobre a prensa pode ser realizada de diversas maneiras (muscular, mecânica, elétrica, pneumática etc.). Para a prensa da Figura 31, foi definido um botão para sua atuação. Dessa maneira, a válvula direcional deverá ser comandada por um botão, ou seja, por um acionamento muscular, como pode ser visto na Figura 35: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 35 – Destaque do botão de acionamento muscular da prensa e da válvula direcional. É fundamental notar que, quando o botão for acionado, a válvula deverá permitir a passagem do ar para o cilindro de ação simples, promovendo a atuação da prensa. Sendo assim, na posição definida pelo botão, é necessária uma linha de fluxo conectando a entrada de ar (via primária ou via 1) na via bidirecional (via de atuação ou via 2). Sendo assim, a válvula deverá apresentar uma estrutura interna de acordo com a Figura 36: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 36 – Destaque da linha de fluxo entre a alimentaçãode ar e a via de atuação. Por outro lado, quando o botão é solto, o ar de dentro do cilindro deve encontrar uma via de escape, de maneira a permitir que o cilindro recue. Um cilindro de ação simples já possui uma mola interna que exerce uma força capaz de promover seu recuo. Entretanto, é necessário que a válvula direcional apresente uma linha de fluxo e uma via de escape para o ar comprimido. Sendo assim, uma válvula direcional com retorno por mola e uma linha de fluxo ligando a via de ação (via 2) com uma via de escape (via 3) permitem que o ar escape de dentro do cilindro, possibilitando o seu recuo, como pode ser visto na Figura 37: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 37 – Destaque da linha de fluxo entre a via de atuação e a via de escape. É importante notar também que o escape de ar deverá ser devidamente escolhido (se será direcionado ou não, se terá silenciador ou não etc.), como pode ser visto na Figura 38. Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 38 – Destaque da válvula de escape com silenciador. Por fim, é fundamental definir a maneira como deverão se comportar as vias que, em determinada posição, não estão em uso. Por exemplo, quando a válvula direcional está atuada, as vias 1 e 2 estão interligadas por uma linha de fluxo. Entretanto, a via 3 não estará em uso. Por esse motivo, nessa posição, essa via deverá estar bloqueada, como pode ser visto na Figura 39: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 39 – Detalhe interno da posição da válvula durante a atuação. Por outro lado, durante o repouso, ou no recuo, as vias 2 e 3 estão interligadas. Já o suprimento que vem da imagem de alimentação de ar comprimido está interrompido, como pode ser visto na Figura 40: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 40 – Detalhe interno da posição da válvula durante o recuo/repouso. Assim, é possível observar o comportamento do circuito por completo. Durante a situação de repouso, o ar fornecido pela imagem passa pelo manômetro e chega à via 1 (via primária) da válvula direcional. Entretanto, o ar não é repassado para o cilindro, tendo em vista que a válvula está em sua posição de repouso, comandada pela mola. Nessa posição, a via 1 está bloqueada e todo o ar que poderia haver no cilindro é descartado pelo escape da válvula, como pode ser visto na Figura 41: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 41 – Circuito pneumático em funcionamento – condição de repouso. Quando o botão é acionado, pode-se perceber que a válvula muda de posição. A via 1 é então conectada por uma linha de fluxo na via 2, e o ar comprimido é fornecido ao cilindro. Com o ar sendo colocado na base do cilindro, ele avança, vencendo a mola responsável pelo seu recuo, como pode ser visto na Figura 42: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 42 – Circuito pneumático em funcionamento – condição de acionamento. Também é possível perceber que a via 3 é bloqueada. Quando o botão é liberado, a mola da válvula faz com que ela retorne à posição da Figura 41, e a mola do cilindro expulsa o ar de seu interior, fazendo com que ele recue. É interessante observar que as mudanças na posição da válvula são apenas internas, isso pode ser visto por meio dos detalhes internos das válvulas nas Figuras 43 e 44. Durante o repouso, as vias 2 e 3 estão conectadas e a mola garante essa posição de repouso: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 43 – Válvula direcional em repouso – visão interna. A via 1 permanece isolada por meio de um êmbolo (no detalhe em vermelho). Esse êmbolo garante que o ar comprimido não passe da via 1 para as demais vias da válvula direcional. De maneira similar, durante a atuação no botão, o êmbolo é deslocado, fazendo com que as vias 1 e 2 sejam interligadas. Simultaneamente, a via 3 é isolada, não permitindo que o ar comprimido seja descartado pelo escape, como pode ser visto em detalhes na Figura 44: Imagem: Raphael de Souza dos Santos Figura 44 – Válvula direcional durante a atuação – visão interna. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. OS SISTEMAS PNEUMÁTICOS APRESENTAM APLICAÇÕES EM DIVERSAS ÁREAS. OBSERVANDO-SE O CIRCUITO ABAIXO, FORMADO POR UM CILINDRO DE DUPLA AÇÃO E UMA VÁLVULA DIRECIONAL, É POSSÍVEL AFIRMAR QUE, CASO A ALAVANCA NÃO SEJA ACIONADA, A) haverá uma linha de fluxo entre as vias 1 e 4. B) a via 1 estará interrompida. C) a via 5 estará interrompida. D) haverá uma linha de fluxo entre as vias 2 e 3. E) haverá uma linha de fluxo entre as vias 1 e 2. 2. O CIRCUITO PNEUMÁTICO DA FIGURA ABAIXO É UMA VERSÃO APRIMORADA DO CIRCUITO DA QUESTÃO ANTERIOR. ESSE CIRCUITO FOI EQUIPADO COM UMA VÁLVULA DE SEGURANÇA, RESPONSÁVEL PELA INTERRUPÇÃO DO FLUXO DE AR COMPRIMIDO QUANDO A INTERRUPÇÃO DA OPERAÇÃO FOR DESEJADA. OBSERVANDO O CIRCUITO, É POSSÍVEL AFIRMAR QUE A) haverá uma linha de fluxo entre as vias 2 e 3 quando a chave de uso geral não for acionada. B) independentemente da chave geral, caso a alavanca seja acionada, o cilindro avançará. C) a alavanca só fará o cilindro avançar caso a chave de uso geral tenha sido acionada. D) a alavanca só fará o cilindro avançar caso a chave de uso geral não tenha sido acionada. E) a chave de uso geral faz o cilindro avançar independentemente da alavanca. GABARITO 1. Os sistemas pneumáticos apresentam aplicações em diversas áreas. Observando-se o circuito abaixo, formado por um cilindro de dupla ação e uma válvula direcional, é possível afirmar que, caso a alavanca não seja acionada, A alternativa "E " está correta. Observando-se a válvula, é possível perceber que, quando a alavanca não é acionada, uma linha de fluxo entre as vias 1 e 2 é formada. Essa linha de fluxo garante que o ar comprimido seja injetado na via superior do cilindro de dupla ação e se mantenha na posição recuado. 2. O circuito pneumático da figura abaixo é uma versão aprimorada do circuito da questão anterior. Esse circuito foi equipado com uma válvula de segurança, responsável pela interrupção do fluxo de ar comprimido quando a interrupção da operação for desejada. Observando o circuito, é possível afirmar que A alternativa "C " está correta. A chave de uso geral promove a liberação do ar comprimido. Sendo assim, apenas após o acionamento dessa chave, a válvula direcional estará habilitada a promover o avanço do cilindro. Para isso, a alavanca deverá ser acionada, estabelecendo uma linha de fluxo entre a via 1 e a via 4 e levando ar comprimido à base do cilindro. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste conteúdo, você conheceu as características específicas dos compressores e as informações fundamentais para sua correta especificação, além dos principais atuadores pneumáticos, suas características e aplicações. Também foram descritos os elementos de controle e acionamento dos sistemas pneumáticos e suas aplicações em circuitos. Por fim, o projeto de um circuito pneumático foi discutido em detalhes, com todos os seus elementos sendo apresentados e comparados com um sistema real. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8896: Sistemas e componentes hidráulicos e pneumáticos – Símbolos gráficos e diagramas de circuitos. Rio de Janeiro: ABNT, 1985. BOLLMNN, A. Fundamentos de automação industrial pneutrônica. São Paulo: ABHP, 1997. FESTO. Manual de operação, conservação e manutenção. Consultado na internet em: 6 jul. 2021. PARKER. Tecnologia pneumática industrial - Apostila M1001 BR. Jacareí: Parker Training, 2000. PARKER. Tecnologia pneumática industrial - Apresentação M1001-1 BR. Jacareí: Parker Training, 2000. PARKER HANIFINN. Catálogos, polígrafos e manuais. Consultado na internet em: 06 jul. 2021. PARKER HANIFINN. Manual de eletropneumática. Consultado na internet em: 06 jul. 2021. PARKER HANIFINN. Manual de pneumática. Consultado na internet em: 06 jul. 2021. EXPLORE+ Para saber mais sobre o mundo prático dos sistemas pneumáticos, leia o artigo científico: O controle em cascatade sistemas pneumáticos de posicionamento. CONTEUDISTA Raphael de Souza dos Santos
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