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ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

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ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
	As duas principais características de análise de uma empresa são as comparações dos valores obtidos em determinado período com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com outros afins. Dessa maneira, pode-se afirmar que o critério básico que norteia a análise de balanços é a comparação.
	O montante de uma conta ou de um grupo patrimonial quando tratado isoladamente não retrata adequadamente a importância do valor apresentado e muito menos seu comportamento ao longo do tempo.
1
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
	Por exemplo, o total dos custos de produção por si só, representa pouco para o analista, mas, se comparado com o montante das vendas ou com o valor desses mesmos custos levantados em outros exercícios sociais, refletirá com maior clareza sua posição. Assim, a comparação dos valores entre si e com outros de diferentes períodos oferecerá um aspecto mais dinâmico e elucidativo à posição estática das demonstrações contábeis. Esse processo de comparação, indispensável ao conheci-
2
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
mento da situação de uma empresa, e representado pela análise horizontal e pela análise vertical.
	Dentro desse objetivo, ainda, destaques são dados não somente a metodologias de cálculo das análises horizontal e vertical, mas também aos critérios de interpretação de seus resultados e ao desenvolvimento dos ajustes necessários.
	
3
ANÁLISE HORIZONTAL
ANÁLISE HORIZONTAL
	A análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por médio de números – índices e ou percentualmente (%), sendo seus cálculos processados de acordo com a seguinte expressão:
ou	
4
ANÁLISE HORIZONTAL
	Por exemplo, admita que as vendas e os lucros de uma empresa relativos ao período de X5 a X8 sejam os seguintes:
	
	
	Tomando-se como base o ano de X5, as variações percentuais das vendas e dos lucros em X6, X7 e X8 são calculados da seguinte forma:
5
ANÁLISE HORIZONTAL
		
	
6
ANÁLISE HORIZONTAL
	No quadro abaixo, resumimos a análise horizontal através da variação % dos valores das vendas e do lucro líquido, tendo como base o ano X5
7
ANÁLISE HORIZONTAL
	Observa-se que a vendas de X6 diminuíram -4,26% em relação aos valores apurados em X5. Em X7, apesar de terem crescido em relação ao exercício imediatamente anterior (X6), as vendas também regrediram em relação ao ano-base X5. A redução de vendas em X7 foi de -1,77%	 em relação a X5. No exercício X8, entretanto, observou-se um crescimento de + 8,60% nas vendas, ou seja, estão 1,086 vez maiores que as obtidas em X5.
8
ANÁLISE HORIZONTAL
	
	Conclusões análogas podem ser obtidas também da evolução do lucro líquido no mesmo período, o qual mostrou um decréscimo de -24,80% em X6, e um crescimento de +57,67% em X7 e de +68,86% em X8, tudo em relação a comparação com o ano-base X5.
9
ANÁLISE HORIZONTAL
	
	Outra maneira de ilustrar a análise horizontal é tomar como período-base sempre o exercício imediatamente anterior ao que está em estudo. Esse critério torna a análise mais dinâmica, permitindo constatar a evolução em períodos menores de tempo. Os resultados desse critério utilizando os dados de vendas e lucro líquido ilustrados anteriormente são apresentados no próximo slide.
10
ANÁLISE HORIZONTAL
Observa-se que com esse tipo de análise, considerando sempre o ano imediatamente anterior como ano-base, que no exercício de X7 o lucro líquido apresentou um desempenho significativamente superior ao das vendas.
	
11
ANÁLISE HORIZONTAL
	
	No exercício de X8, a diferença de crescimento dessas duas medidas financeiras foi bastante reduzida, crescendo as vendas em +10,56% e o lucro em +9,17% em relação a X7.
	A análise horizontal baseada unicamente no exercício de X5 não refletiu, de forma mais destacada, a evolução apresentada pelas vendas e pelo lucro líquido, dando uma visão menos analítica.
	
12
ANÁLISE HORIZONTAL
	Assim, com base no exercício imediatamente anterior, o lucro apresentada um crescimento de 105,68% em X7, registrando as vendas um aumento de apenas 2,60%. Tomando-se comparativamente com base o ano X5, conforme apresentado no primeiro quadro no slide 7, conclui-se diferentemente por um decréscimo das vendas de -1,77% e uma menor evolução do lucro de 54,67%.
	No exercício seguinte (X8), apesar do crescimento das vendas ter sido mais elevado, que o registrado em X7, 10,56% em X8, em comparação aos 2,60% em X7,
	
13
ANÁLISE HORIZONTAL
o lucro líquido obteve um comportamento mais modesto, evoluindo em 9,17%.
	Os resultados registrados em X7 denotam positivamente uma evolução menos que proporcional dos custos e despesas em relação às vendas realizadas. Em outras palavras, as despesas cresceram menos que o faturamento da empresa, promovendo maior economia e, consequentemente, lucros proporcionalmente mais representativos. O inverso da situação descrita foi verificado,	
14
ANÁLISE HORIZONTAL
entretanto, nos exercícios de X6 e X8. Em X6, o lucro líquido teve um decréscimo percentual de -24,80% superior ao das vendas de -4,26%. No ano de X8, o lucro subiu 9,17%, enquanto as vendas registraram uma evolução de 10,56%.
 	
15
ANÁLISE HORIZONTAL
Interpretações básicas da análise horizontal
	Conforme ficou demonstrado, a análise horizontal é um processo de estudo que permite avaliar a evolução verifica nos diversos elementos das demonstrações contábeis ao longo de determinado intervalo de tempo. A grande importância dessa técnica é bem clara: permite que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil. Muitas vezes, o momento de uma empresa está afetado por causas originadas 	
16
ANÁLISE HORIZONTAL
em períodos	anteriores, as quais poderão ainda, refletir-se em períodos futuros.
	Uma metodologia básica para o estudo comparativo da evolução horizontal dos balanços pode ser resumida em três segmentos de estudo, conforme sugeridos a seguir:
17
ANÁLISE HORIZONTAL
Evolução dos ativos (investimentos) e passivos (financiamentos) de curto prazo. Como resultado dessa comparação, pode-se avaliar a existência de certa folga financeira (liquidez de curto prazo), na eventualidade de os ativos circulantes terem crescido mais rapidamente que os passivos circulantes, ou de um aperto de liquidez de curto prazo, refletindo no caso inverso dos ativos circulantes terem apresentado uma evolução horizontal proporcionalmente menor que a dos passivos circulantes.
18
ANÁLISE HORIZONTAL
b. Evolução do ativo permanente produtivo. Conceitualmente, esse grupo patrimonial reflete a capacidade instalada de produção / vendas de uma empresa, devendo corresponder um nível maior de investimentos em bens fixos produtivos a um adequado crescimento de vendas.
19
ANÁLISE HORIZONTAL
c. Evolução da estrutura de capital. Mais especificamente, procura-se nesse segmento de análise horizontal o conhecimento d como a empresa está financiando seus investimentos em ativos, isto é, se houve maior ou menor preferência por empréstimos/financiamentos em relação ao uso de capital próprio, se é visível algum desiquilíbrio na estrutura de capital, notadamente pela presença de um volume mais relevante de dívidas de curto prazo em relação a capitais de longo prazo, etc.
20
ANÁLISE HORIZONTAL
Nas demonstrações de resultado, análise horizontal procura identificar, prioritariamente, a evolução dos custos e despesas em relação ao volume de vendas, e seus reflexos sobre os resultados do exercício. Por exemplo, para uma situação de crescimento proporcionalmente menor de custos dos produtos vendidos em relação às receitas operacionais, pode ser extraídas, entre outras interpretações:
21
ANÁLISE HORIZONTAL
 houve uma redução no custo unitário de venda causada por maior nível deprodução e vendas. Nesses casos, a empresa soube melhorar sua estrutura de custos fixos (aqueles que não sofrem variações em seus valores por aumento ou diminuição no volume de atividade), reduzindo o custo por unidade de seus produtos;
 houve um aumento de preços de vendas em porcentuais proporcionalmente superiores ao aumento verificado nos custos.
22
ANÁLISE HORIZONTAL
	Evidentemente, outros importantes pontos de estudo podem ser incluídos, derivados basicamente dos objetivos da análise. Os segmentos referenciados, promovem uma visão de como conduzir todo o processo, permitindo que o analista desenvolva sua avaliação das demonstrações contábeis de forma mais organizada.
	Visando a uma aplicação prática da análise horizontal, considere as demonstrações contábeis (balanços e DRE), e calcule as variações % como indicado, no próximos slides:
23
ANÁLISE HORIZONTAL
24
Solução da Análise Horizontal do Balanço Patrimonial do slide anterior:
ANÁLISE HORIZONTAL
Solução da Análise Horizontal da DRE do slide anterior:
25
ANÁLISE HORIZONTAL
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Solução da Análise Horizontal do Balanço Patrimonial do slide anterior:
ANÁLISE HORIZONTAL
27
Solução da Análise Horizontal da DRE do slide anterior:
ANÁLISE HORIZONTAL
Na análise horizontal das demonstrações contábeis da Cia. Fracasso revela sensível queda de sua liquidez e lucratividade. As principais conclusões que podem ser extraídas da análise efetuadas são formuladas a seguir:
Nos balanços patrimoniais, é possível observar uma deterioração na capacidade de pagamento a curto prazo da empresa como consequência da evolução mais que proporcional de suas obrigações (passivo circulante) em relação às suas disponibilidades e valores realizáveis (ativo circulante). Note-se que, de ano para ano, está decaindo a diferença entre o ativo e o passivo circulante tanto em valores relativos como em valores absolutos, proporcionando uma redução na liquidez. Em X3, essa diferença assume valores negativos.
28
ANÁLISE HORIZONTAL
A participação dos recursos próprios (patrimônio líquido) nas estrutura de financiamento da empresa vem proporcionalmente decaindo ao longo dos exercícios, notando-se um crescimento mais proporcional das dívidas. No exercício de X3, enquanto as exigibilidades (Passivo) aumentaram em mais de 17%, o capital próprio (Patrimônio Líquido) decresceu em 0,79% demonstrando maior dependência da empresa aos credores, e, consequentemente maior risco financiamento.
29
ANÁLISE HORIZONTAL
Nos dois últimos exercícios considerados, os custos de venda da companhia apresentaram um crescimento maior que suas vendas, proporcionando uma redução na evolução do lucro bruto (slide 27). Em outras palavras, em X2, para auferir um crescimento de 37,17% no lucro bruto, a empresa elevou suas vendas em 51,81%. No entanto, em X3, para uma evolução de apenas 8,56% no lucro bruto, as receitas precisaram crescer 62,70%. As despesas operacionais e financeiras mantiveram no triênio uma evolução próxima à das receitas, não chegando a onerar o lucro com a mesma intensidade dos custos. Como consequência, o resultado líquido da empresa apresentou um crescimento moderado em X2, chegando a um prejuízo no exercício X3
30
ANÁLISE HORIZONTAL
	Em resumo, pode-se concluir que os investimentos da empresa foram prioritariamente dirigidos para ativos a longo prazo, notadamente o ativo permanente, em detrimento dos itens circulantes. Sua estrutura de financiamento, além de atribuir maior preferência por fontes de terceiros, deu ainda grande destaque a dívidas de curto prazo.
	A participação do capital próprio (P.L.) com moderado crescimento em X2 (+15,79%), apresentou uma redução de -0,79% em X3. Esses aspectos que envolvem decisões de investimento e financiamento da Cia. Fracasso, corroídos adicionalmente pelo fraco desempenho dos lucros, deslocaram a empresa para uma área de pouca liquides e lucratividade negativa. São necessárias investigações mais profundas para melhor identificar-se as causas dos problemas discutidos, as quais poderão ser desenvolvidas utilizando-se as técnicas de análise a serem estudas mais a frente em nosso curso.
31
ANÁLISE VERTICAL
	A análise vertical é também um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou um grupo de contas com uma valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo
	Dessa forma, dispondo-se dos valores absolutos em forma vertical, pode-se apurar facilmente a participação relativa de cada item contábil no ativo, no passivo ou na demonstração de resultados, e sua evolução no tempo.
	Para se calcular análise vertical, no Balanço Patrimonial devemos considerar o Total do Ativo e o Total do Passivo como o divisor da fórmula, sendo o 100% da análise. No caso da DRE o divisor da fórmula deverá ser a Receita Líquida de Vendas o nosso 100% da demonstração.
32
ANÁLISE VERTICAL
	Assim, para os cálculos da análise vertical do Balanço Patrimonial, podemos utilizar a seguinte fórmula: 
 A.V. = Conta ou Grupo de contas x 100 = ____%
Ativo Total ou Passivo Total
	Para os cálculos das participações das contas e ou grupo de contas da DRE, utilizaremos a fórmula:
 A.V. = Conta ou Grupo de contas x 100 = ____%
Receita Líquida de Vendas
33
ANÁLISE VERTICAL
	Análise vertical, considerado um dos principais instrumentos de análise de estrutura patrimonial, consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do balanço patrimonial, em relação ao valor do total do Ativo ou Passivo.
	Do mesmo modo a análise vertical determina a proporcionalidade das contas do demonstrativo de resultado, mais conhecido, como DRE, em relação á Receita Líquida de Vendas, considerado sua base.
	Em relação ao Balanço Patrimonial, ela procura sempre mostrar, de um lado a proporção de cada uma das fontes de recursos e, de outro, a expressão percentual de cada uma das várias aplicações de recursos efetuadas pela empresa.
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ANÁLISE VERTICAL
	Comparando-se exercícios subsequentes, podemos constatar a mudança da política da empresa, quando à obtenção e à aplicação de recursos.
	O cálculo da porcentagem pode ser feito, também, relacionando cada conta com o total do seu grupo. Nesse caso, cada grupo de contas passaria a representar o 100%.
	Assim cada conta teria duas porcentagens, uma expressando o seu valor em relação ao total do balanço e a outra expressando o seu valor em relação ao total 
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ANÁLISE VERTICAL
	Visando melhor ilustrar as aplicações dessa técnica, considere o Balanço Patrimonial e a DRE da Cia. Fracasso, expostos a seguir:
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ANÁLISE VERTICAL
	Visando melhor ilustrar as aplicações dessa técnica, considere o Balanço Patrimonial e a DRE da Cia. Fracasso, expostos a seguir:
37
ANÁLISE VERTICAL
	Pela participação relativa dos diversos grupos ativos e passivos nos balanços, pela análise vertical efetuada, corroborar as conclusões extraídas de análise horizontal, ou seja:
Os investimento de curto prazo (ativo circulante) sofreram pequenas reduções no período, passando de 17,86% em X1 para 12,98% em X3. Em contrapartida, de forma desiquilibrada, as dívidas de curto prazo (representadas pelo passivo circulante) apresentaram uma participação maior ao longo dos períodos. Em X1, 12,50% do total do financiamento da empresa era representado por passivo circulante, subindo para 14,54% em X3. Essa situação, produziu uma redução na liquidez da companhia, devendo administrar um volume maior de dívidas vencíveis a curto prazo sem apresentar um incremento correspondente em seus ativos circulantes.
38
ANÁLISE VERTICAL
O único grupo que proporcionalmente cresceu ao longo dos anos foi o ativo permanente, que representava 53,57% dos investimento em X1, crescendo para 60,79% em X3. Os demais grupos de contas do ativo sofreram decréscimos relativos nos exercícios. A maior preocupação por investimentos produtivos(permanentes) pode ser derivada do crescimento do nível de vendas da empresa, conforme observamos na análise horizontal da DRE anteriormente.
Da mesma forma, observa-se que em X1 60,71% dos ativos da empresa eram financiados por capital próprio (P.L.). Em X3, esse percentual caiu para 53,36%, significando que a empresa deve a terceiros 46,64% (100,00% - 53,36%) de seus ativos. Em verdade, conforme comentou-se, a Cia. Não produziu melhores níveis de capitalização no período (maior participação de capital próprio), diminuindo inclusive a participação do Patrimônio Liquido;
39
ANÁLISE VERTICAL
Pelas demonstrações de resultado, confirma-se a necessidade de um volume maior de receitas de vendas para cobrir os custos. Em X1, 63,15% das vendas eram destinados a reporem os custos incorridos, elevando-se para 66,71% em X2 e para 77,79% em X3. Como consequência, reduz-se a parte de vendas que representa lucro bruto. Observa-se que a relação lucro bruto/receitas de vendas atingia 36,85% em X1, decaindo para 33,29% em X2 e 22,21% em X3.
40
ANÁLISE VERTICAL
É de se notar que apesar de haver ocorrido uma redução proporcional das despesas operacionais e financeiras na estrutura de resultados, a Cia. teve de assumir um prejuízo de - $ 8.100,00 em X# equivalente a -0,40% de suas vendas. Nos exercícios de X! e X2, apesar de ter apresentado um lucro líquido crescente em valores absolutos (R$), houve uma redução proporcional às vendas. Assim, em X1, 5,66% das vendas eram transformados em lucro líquido, despendendo-se 94,34% das receitas para cobertura de custos e despesas. No exercício seguinte no entanto, a companhia teve de usar um percentual maior das receitas (95,74%) para cobrir os custos e despesas, restando apenas 4,26% como lucro líquido.
41
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
Apesar de se ter chegado a conclusões semelhantes com os resultados das análises horizontal e vertical, é importante que se acrescente que uma não deve necessariamente excluir a outra. Ou seja, ao ser processado um estudo comparativo das demonstrações contáveis de uma empresa, é importante que sejam utilizadas tanto a análise horizontal como a vertical, a fim de melhor identificar as várias mutações sofridas por seus elementos contábeis.
42
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL EM INFLAÇÃO
	Quando se analisam demonstrações contábeis (financeiras) de uma empresa, principalmente quando se relacionam dois ou mais exercícios, um problema surge naturalmente à vista do analista: os diferentes níveis de poder aquisitivo da moeda.
	A comparação de valores em épocas distintas não oferece base confiável para a verificação do desempenho real ocorrido, dado que a instabilidade monetária depreciou o poder de compra da moeda, ocasionando, consequentemente, um incremento artificial (aparente) desses valores.
43
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL EM INFLAÇÃO
	Dessa maneira, torna-se incompatível para o analista trabalhar exclusivamente com os resultados nominais das empresas, conforme normalmente publicados por suas demonstrações contábeis legais. É indispensável a determinação desses valores sob uma unidade monetária constante, ou seja, é fundamental que as demonstrações contábeis apresentem uma uniformidade em seus valores, mantendo-os constantes em termos de capacidade de compra.
	Ilustrativamente, é comum se observarem aumentos no montante de vendas das empresas de um período para o outro. No entanto, esse acréscimo não reflete necessariamente uma elevação do volume físico de vendas, podendo ser consequência também do aumento de preços de venda dos produtos determinado pela inflação verificada no período.
44
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL EM INFLAÇÃO
	Dessa maneira, se em determinado exercício social uma empresa vende 1.000 unidades ao preço unitário de $ 10,00, e no período seguinte colocar 1.040 unidades de seus produtos ao preços de $ 12,50/unidade, o total das receitas operacionais de vendas atinge as cifras de $ 10.000,00 e $13.000,00, respectivamente. Esse desempenho não significa que a empresa promoveu um incremento de 30,00% em seu volume de vendas. Em verdade, as receitas de vendas apresentam-se nominalmente 1,3 vezes maior, mas em termos de unidades vendidas (crescimento real físico), a elevação foi de apenas 4,00%.
45
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL EM INFLAÇÃO
	
	Da mesma forma, se o ativo imobilizado em determinado exercício social atinge $ 100.000,00 e no período seguinte alcança $ 125.000,00, verificando-se ainda uma inflação no período de 9%, o crescimento calculado é visto como aparente (taxa nominal). A evolução ocorrida foi, em grande parte, promovida pela variação verificada nos índices de preços, considerando-se como aumento real somente a parcela que exceder o valor inicial corrigido.
46
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL EM INFLAÇÃO
	Em valores absolutos, o aumento real verificado foi de $ 16.000,00, isto é:
	Ativo Permanente Final			$ 125.000,00
	Ativo Imobilizado Inicial em Moeda Final
		$100.000,00 x 1,09 =		$ 109.000,00
	Crescimento real;			$ 16.000,00
	Observe que para o cálculo da evolução real os valores a serem comparados devem estar expressos em moeda de mesma data, isto é, de mesmo poder de compra.
	
47
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL EM INFLAÇÃO
	Diante do exposto, torna-se clara a necessidade de dispensar um tratamento mais adequado aios valores contábeis, com o objetivo de torná-los mais depurados das variações de preços verificadas no período. O critério a ser utilizado deve basear-se, evidentemente, nas características de formação dos diversos valores registrados nos demonstrativos financeiros. Em muitos momentos, por desconhecer essas informações básicas pelas demonstrações formalmente publicadas, o analista terá de adotar critérios mais subjetivos, procurando empiricamente taxas médias de correção.
							FIM
48

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