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Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e envelhecimento demográfico

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Envelhecimento demográfico e Epidemiologia das DCNT’S
ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO 
A fecundidade é a grande definidora da estrutura etária, 
tendo a mortalidade um papel secundário. 
Brasil: A partir dos anos é possivel observar a redução 
da fecundidade, enquanto ocorre um aumento da 
expectativa de vida. 
Décadas: 
1950: Auge do crescimento demográfico 
1960: Redução do ritmo de crescimento 
1970: Programas, planejamento familiar 
 
Com o aumento da população idosa é importante 
considerar a qualidade de vida dessas pessoas , como 
sua capacidade funcional, necessidade de autonomia, 
participação, cuidado e autossatisfação. 
O processo de envelhecimento não é homogêneo, 
Depende de diferenças sociais, física, biológica. 
Capacidade Funcional: foco de atenção geriatrica. 
Diz respeito à habilidade do idoso de exercer as 
atividades da vida diária. Implica condições físicas e 
cognitivas. 
Atividades da vida diária: 
Necessário para a sobrevivência ou autocuidado 
(referidas como atividade básica da vida diária -ABVD), 
incluem: alimentar-se, vestir-se, tomar banho, 
locomover-se. Além da convivência e a interação com 
a comunidade (atividades instrumentais da vida diária -
AIVD). 
DOENÇAS CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEIS 
(DCNT) 
“Esta é a matriz do conceito de “doença crônico-
degenerativa”: nas condições históricas concretas em 
que a medicina opera, substitui-se o possível agente 
etiológico pela própria fatalidade biológica, a 
enfermidade da vida. Doenças degenerativas são 
aquelas doenças que são causadas pelo viver do 
organismo humano, que consome tempo enquanto se 
desgasta.” (GONÇALVES, 1994, p. 55). 
Características das DCNT: 
• Doenças complexas - multifatoriais 
• Interação de fatores biológicos 
• Longo período de latência 
• História natural prolongada 
• Evolução para invalidez ou morte 
Ex: Doenças respiratórias, doenças oncológicas, 
hipertensão, cardiovasculares, doenças mentais, 
desordens genéticas, doenças bucal, doenças 
neurológicas e outras doenças crônicas. 
História Natural da Doença 
 
 
 
 
Dinâmica das Doenças 
Transmissíveis Não Transmissíveis 
Agente infeccioso 
Ambiente 
Suscetível ( hospedeiro ) 
Fatores de risco 
Ambiente 
Suscetível ( genética ) 
 
Fatores de Risco 
Modificáveis Não Modificáveis 
Tabagismo 
Fatores Nutricionais 
Sedentarismo 
Consumo de álcool 
Obesidade 
Sexo 
Idade 
Herança genética 
 
Ações que foram desenvolvidas pelo Mistério da 
Saúde para enfrentar DCNT no país (2005 – 2015) 
 
Início 
biológico 
da doença 
Início dos sinais 
e sintomas DOENÇA 
SILENCIOSA 
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento 
das DCNT no Brasil 2011- 2022 
Eixo I: Vigilância, 
monitoramento e 
avaliação 
Eixo II: Prevenção 
e promoção da 
saúde 
Eixo III: Cuidado 
integral. 
 
As DCNT são muito influenciadas pelas condições de 
vida, e não unicamente resultado unicamente de 
escolhas individuais. 
Necessitam de abordagem sistemática para o 
tratamento, exigindo novas estratégias dos serviços de 
saúde. 
Atingem todas as camadas socioeconômicas, 
principalmente idosos de baixa escolaridade e 
renda (vulnerabilidade). 
 Representam 72% de todas as mortes no Brasil 
Metas nacionais propostas: 
✓ reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) 
por DCNT em 2% ao ano; 
✓ reduzir a prevalência de obesidade em crianças; 
✓ reduzir a prevalência de obesidade em 
adolescentes; 
✓ deter o crescimento da obesidade em adultos; 
✓ reduzir as prevalências de consumo nocivo de 
álcool; 
✓ aumentar a prevalência de atividade física no lazer; 
✓ aumentar o consumo de frutas e hortaliças; 
✓ reduzir o consumo médio de sal; 
✓ reduzir a prevalência de tabagismo; 
✓ aumentar a cobertura de mamografia em mulheres 
entre 50 e 69 anos; 
✓ aumentar a cobertura de exame preventivo de 
câncer de colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos; 
✓ tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões 
precursoras de câncer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vigilância, informação, avaliação e monitoramento 
Os três componentes essenciais da vigilância de DCNT 
são: 
a) monitoramento dos fatores de risco; 
b) monitoramento da morbidade e mortalidade 
específica das doenças; 
 c) respostas dos sistemas de saúde, que também 
incluem gestão, políticas, planos, infraestrutura, 
recursos humanos e acesso a serviços de saúde 
essenciais, inclusive a medicamentos. 
 
 
A OMS inclui como doenças crônicas: 
• Circulatório (cerebrovasculares e 
cardiovasculares 
• Neoplasias 
• Respiratórias crônicas 
• Diabetes mellitus 
→ Esse conjunto de doenças compartilhas os 
mesmos fatores de risco, possibilitando 
uma abordagem comum. 
Outras condições crônicas: 
• Desordens mentais e neurológicas 
• Doenças ósseas e articulares 
• Osteoporose 
• Desordens genéticas 
• Doenças bucais 
• Doenças autoimunes 
• Patologias oculares e auditivas 
→ Diferem das demais DCNT por não 
compartilharem os mesmos fatores de 
risco. 
DETERMINANTES SOCIAIS 
Os determinantes sociais também impactam 
fortemente na prevalência das doenças crônicas. As 
desigualdades sociais, diferenças no acesso aos 
bens e aos serviços, baixa escolaridade e 
desigualdades no acesso à informação determinam, 
de modo geral, maior prevalência das doenças 
crônicas e dos agravos decorrentes da evolução 
dessas doenças.

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