Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SEMIOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR - Temos que reconhecer quais os tipos de lesões que mais ocorrem Temos então a camada mais superficial da pele, a epiderme. Temos a derme e também temos a hipoderme que já compõem o subcutâneo. Então na derme se encontram as terminações nervosas, vasculatura sanguínea, também tem vamos na epiderme também, mas a maior concentração está da derme, vamos ter também as glândulas sebáceas adjacentes ao folículo piloso, glândulas sudoríparas e ai depende da espécie, pois tem espécies que tem mais ou menos, e tem espécies que quase nem tem como acontece no cão e no gato, o equino por outro lado tem muitas glândulas sudoríparas - mas então elas estão na derme também e o ducto delas desemboca na epiderme CARACTERÍSTICAS ● A pele é o maior órgão do corpo ● A pele, o pêlo e as subcutis de um filhote recém nascido representam 24% de seu peso corporal, enquanto no adulto representa 12% ● O pH da pele canina e felina varia de 5,5 a 7,5 - tem algumas doenças que vamos ter a pele bem alcalina, e quando temos uma alcalinização excessiva há a facilidade de desenvolvimento de alguns agentes infecciosos, como é o caso da malasseziose IDENTIFICAÇÃO ● Espécie ● Faixa etária: ○ Jovens: dermatofitose, celulite juvenil, papilomatose dos bezerros, impetigo canino (pústulas amarelas, que é comum em locais com uma higiene inadequada ou em animais imunodeprmidos ) ○ Adultos: quadros hormonais - dermatopatia endócrina onde um distúrbio endócrino, acaba ocasionando uma deficiência de crescimento piloso, alteração na estrutura cutânea e com isso predispõe essa animal a ter um problema bacteriano, um problema fúngico e até mesmo um problema causado por ácaro ○ Idosos: doenças auto-imunes e neoplasias mas isso não é regra, profe ja atendeu cães jovens apresentando doença auto-imune, e é claro que as vezes terá neoplasias cutâneas em animais de meia idade, por exemplo os gatos que desenvolvem carcinoma de células escamosas, podemos observar isso em gatos jovens porque muitas vezes são gatos de pele branca e ficam espostos ao sol Os problemas cutâneos ocorrem principalmente em cães e gatos, equinos também tem bastante problemas alérgicos. E os problemas mais comuns, são os problemas fúngicos, doenças provocadas por ácaros IDENTIFICAÇÃO Identificação sexual ● Machos: abcessos felinos, dermatopatias relacionadas a neoplasias testiculares, fístulas perianais ● Fêmeas: dermatopatias associadas a tumores ovarianos, cio - o cio muitas vezes leva a cadela a uma imunossupressão ao favorece os casos de piodermites, dermatites, por isso as cadelinhas tem essas dermatopatias me repetição, seria importante a castração Raças ● Predisposição racial: ○ Akita - síndrome úveo-dermatológica que é uma alteração dermatológica associada a uma alteração oftálmica é uma coisa bem característica ○ Poodle - atopia, é uma doença em que observamos a perda dos lípidos que existem entre essas células que compõem a primeira barreira cutânea mais superficial da epiderme, como ele perde essa oleosidade natural da pele, com isso essa pele fica mais suscetível a se irritar por qualquer antígeno externo, por isso é uma doença associada a muita coceira, e existe uma relação desse animal desenvolver também uma alergia alimentar ○ Coocker - otite ■ animais em geral que possuem a orelha caída e que tem muito pelo dentro da orelha e que produz muito serrumem também podem desenvolver otite ● Coloração do pelame ○ Melanoma em equinos tordilhos ○ Fotossensibilização em gado branco - mas ai entram as ingestões de plantas fotossensibilizantes ○ E cães e gatos de pelagem branca que ficam expostos ao sol também predispõem de dois tipos de tumor - carcinoma de células escamosas e o hemangiossarcoma cutâneo Animais que possuem muitas dobras, os braquicefálicos são predispostos a desenvolver dermatopatias entre essas pregas A questão de muito pelo, as vezes também acaba ajudando a desenvolver algumas dermatopatias ANAMNESE ● Queixa principal/mais comum ○ Prurido, dor, secreção ○ A gente percebe que o animal coça porque o pH da saliva do animal muda a coloração da pele, por isso a coloração da pele principalmente pelagem branca fica amarronzada ○ Temos que tentar avaliar nesse processo de identificação do prurido a intensidade, pois doenças de caráter alérgico tendem a coçar de 1-10 em torno de 9. E doenças de caráter fúngico, com exceção de alguns, não vai coçar ou vai muito pouco ○ E outra coisa que temos que fazer a diferenciação é que o prurido está presente quando a lesão independentemente se ela é de origem primária ou secundária ela tem infecção bacteriana - é difícil termos uma infecção primária da pele, normalmente os processos bacterianos são secundários, então esse animal tem uma dermatopatia que fez ele coçar ou que fez o sistema imunológico do subcutâneo ficar debilitado e com isso o animal acaba desenvolvendo uma infecção bacteriana de pele, então isso é o que faz o indivíduo coçar - então é importante lembrar que tem doenças cutâneas que tem na sua característica um prurido intenso, dentre elas: os processos alérgicos e as escabioses (sarnas) ○ Esses problemas dermatológicos na sua grande maioria não tem cura. Temos que resgatar todo o histórico do paciente, para saber se veio primeiro a coceira e depois a lesão cutânea ou ao contrário, porque se surge primeiro prurido ´é porque alguma coisa desenvolveu esse prurido nesse animal, a lesão dermatológica acaba ocorrendo por conta do prurido, é o atrito a saliva que vai acabar lesionando a pele ● Início do quadro e evolução ○ Agudos: dermatite úmida aguda - que é ocasionada por uma picada de pulga,carrapato, algo que doeu agudamente e ele se auto traumatiza naquela região e isso forma uma mácula/uma mancha grande vermelha e extremamente dolorida ○ Crônicas: neoplasias, alergias - ai com isso vamos ter que fazer aquele resgate de tudo que aconteceu para tentar entender, e saber se pode ter um vínculo genético o que é muito comum ● Antecedentes ● Procedência ● Parentesco ● Tratamentos efetuados e consequências: ○ Corticoides - as alergias respondem aos corticóides, mas ele não sara por completo ○ Antimicrobianos ○ Parasiticidas ○ % de melhora ● Periodicidade ○ Sazonalidade/época do ano ■ Alergias ● Ambiente, manejo e hábitos ○ Desinfecção de instalações ○ Banhos (produto) ○ Acesso à rua, rios, alagados, viagens ○ Alimentação ● Contactantes ○ Doenças infeciosas ● Ectoparasitas ○ Controle Principalmente em problemas crônicos - por exemplo ele pode ter uma doença sistêmica que pode predispor ele para um doença cutânea. É importante pensar que se não tem uma pele boa logo não vai ter uma boa saúde, então é importante fazer essa avaliação. EXAME FÍSICO GERAL A gente não examina só a pele, a gente faz o exame geral depois vai para a pele ● Inspeção ○ Nível de consciência, postura, locomoção, estado geral do animal ● Auscultação ○ FC, FR, MR, Ceco ● Hidratação, mucosas, TPC ● Temperatura retal ● Palpação ○ Abdominal e linfonodos EXAME DA PELE ● Inspeção ● Palpação - para avaliar a sua consistência, elasticidade para avaliar aumento de volumes ● Olfação - algumas doenças têm odores característicos como a malasseziose, e também a infecção bacteriana deixa um cheiro desagradavel Inspeção - a distância e indireta, por meio de exames complementares ● Pêlos, falha no recobrimento cutâneo - analisar as características do pelo, se ele não ta quebradiço, pois no prurido ele não só machuca a pele como também lesiona o pelo, fica parecendo que foi cortado uns pedaços de pelos em alguns lugares. Em alguns casos vai fazer alopecia, e essa alopecia pode ser simétrica nos dois lados do corpo ou dispersas que tem em vários locais, É importante avaliar pois normalmente os processos de origem endócrina cursam com alopecia simétrica ● Coloração da pele ○ Cianose, icterícia, palidez e hiperemia cutânea ● Lesões cutâneas - como são, comoelas se distribuem. É um dos maiores desafio da dermatologia, geralmente não é uma só, são várias que se aglomeram ALOPECIA Essa falta de pelo pode ocorrer porque o pelo foi arrancado do folículo no momento do prurido, ou ele foi quebrado (no exame de trichogramma observamos o pelo quebrado), ou ela ocorre pela falta mesmo do desenvolvimento do folículo piloso em originar um novo pelo Ela pode ser circunscrita e localizada, como essa aqui, mas ela também pode ocorrer em todo o corpo do animal, ou apenas em uma parte Palpação ● Avalia se o animal tem sensibilidade, se tem aumento de volume, espessura, elasticidade, temperatura, consistência e também características como umidade e untuosidade pois os problemas alérgicos muitas vezes tendem a ter redução da untuosidade da pele, mas alguns fungos como da malassezia tendem a ocorrer em peles mais untuosas, mas oleosas aqueles animais sebentos, em contrapartida os animais que desenvolvem atopia tem a pele seca, inclusive chega a descamar essa pele o que chamamos de seborreia seca formando tipo umas caspa pele bem farinhenta, mas essas caspinhas também ocorrem em outras doenças não é só na atopia ● Edema, enfisema Essa pele está espessa, é um animal que tem uma dermatite solar, chamada de dermatite actinica onde observamos essa espessura da pele e tendem a se tornar hiperqueratotica. Nos olhos observamos uma umidade excessiva, isso ta associado a obstrução do ducto nasolacrimal, o ducto obstrui e não drena a lágrima formada e ai fica caindo na pele Olfação ● Miíase - cheiro de infecção bacteriana CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES 1. Distribuição 2. Topografia 3. Profundidade 4. Configuração 5. Morfologia Distribuição ● Localizadas - animal está com apenas uma região como na foto ● Disseminadas - observamos uma proporção do corpo do animal afetada em torno de 40% do corpo do animal ta afetado, vemos vários pontos de lesão, descrevemos como áreas alopécicas que tendem a serem circulares e que se coalescem ● Generalizada - onde temos em torno de 60-70% do corpo ● Universal - é todo o corpo Mapa de distribuição da lesão Para acompanhar o paciente, sabermos se houve evolução na as próximas consultas ou notar o que mudou Isso também é importante para encaminhar amostras de biópsias para o patologista ter um dimensão também sabendo o que está afetado no animal e como essa lesão esta se distribuindo TOPOGRAFIA DAS LESÕES ● Simétricas ● Assimétricas Aqui por exemplo na base da cauda, quando ocorre uma dermatopatia por picada de pulga, temos uma distribuição da lesão que se assemelha a um triângulo e que muitas vezes tende a ter uma simetria, vai coçar bastante Aqui observamos uma falta de pelagem que se distribui na lesão lombossacra na face caudal dos membros. Aqui é uma dermatopatia hormonal, aqui também posso observar pigmentação da pele, as vezes uma pigmentação secundária a lesão, mas inicialmente o animal vai perdendo os pelos e depois fica pigmentada PROFUNDIDADE DAS LESÕES Temos que checar se ele ta só na camada mais superficial da epiderme como na primeira foto que o que vemos são os chamados os colaretes epidérmicos, aquilo ali era uma pústula de pus que se rompeu e ficou ali a capinha da pústula com crosta, isso é comum em doenças com caráter bacteriano, e elas não costumam ser primárias, elas normalmente são secundárias. E na segunda foto tem uma lesão profunda da pele, uma situação que eu já tenho exposição da epiderme, a derme ta toda exposta, estamos quase vendo subcutâneo do animal CONFIGURAÇÃO DAS LESÕES ● Circular - não significa que seja fúngica, pode ser ácaro ● Iridiforme - a lesão parece um olho, tem um halo, isso é muito comum em doença fúngica, nessa lesão um dos primeiros diferenciais que temos que pensar é nas dermatofitoses, mas esse tipo é bem frequente nos problemas fúngicos ● Geográfica - de fazer um desenho na pele, como na foto que vemos placas vermelhas eritematosas, quando apalpamos esta espesso dolorido, essa na foto na verdade era uma neoplasia cutânea ● Gotada ● Linear ● Numular- são nódulos subcutâneos que tendem a coalescer. E toda vez que vermos lesões nodulares subcutânea disseminadas pelo corpo, pensar que aquilo pode ser uma neoplasia de células redondas, e dentre delas temos: linfoma, mastocitoma, plasmocitoma, enfim várias neoplasias que geralmente tem essa carater de fazer esse nódulos subcutâneos redondos que muitas vezes quando eles aglomeram formam essa chamada lesão numular ● Arciforme - em forma de arco, que pode ser um linfoma cutâneo ● Puntiforme Aqui é uma lesão em forma de gota, então isso aqui são várias crostas, isso é dermatofilose que ocorre mais comumente em bovinos, são dolorosas e difíceis de serem arrancadas MORFOLOGIA DAS LESÕES Alterações de cor ● Eritema (vasodilatação) - e ela fica mais vermelha por conta de inflamação, ou seja, tem um processo inflamatório que faz com que os vasos cutâneos dilatem, quando comprimida fica branca ● Cianose - quando temos lesões como por exemplo uma trombose ● Enantema (mucosa) - vasodilatação cutânea quando se da na mucosa leva esse nome ● Exantema (disseminado, agudo e efêmero) - é eritema por toda pele, disseminado, tem carácter agudo e de aparecimento muito rápido, as vezes demonstra ser um problema grave ● Mancha lívida ( mancha pálido azulado-isquemia) ● Mancha anêmica (agência vascular) ● Telangiectasia - quando observamos a pele e conseguimos observar todos os vasos sanguíneos da pele, principalmente na região do abdômen ventral, vasos sanguíneos dilatados. Ela ocorre porque a pele fica fina, fica delgada, diminui sua espessura, diminui sua produção de colâgeno e com isso diminui sua elasticidade ● Púrpura (extravasamento de hemácias) ○ Petéquia (1cm) ○ Equimose (>1cm) ○ Sufusão ○ Víbice- extravasamento em forma linear Quando vemos que um animal tem petéquia temos que pensar em doença sistêmica se manifestando na pele - então é trombocitopenia imunomediada é uma doença imunomediada, um distúrbio de coagulação que está se manifestando com o derramamento de sangue, essa mancha pode ser diferenciada pois quando comprimida ela não desaparece Manchas pigmentares ou discrômicas - alteração do pigmento, mais ou menos pigmentadas ● Hipopigmentação ou hipocromia - diminuição ● Acromia cão - ausência da pigmentação ○ Os distúrbios de pigmentação para menos ou acromia acontecem muito em processos relacionados a distúrbios imunológicos da pele ● Hiperpigmentação ou hipercromia - aumento da pigmentação ● Mancha senil, que são aglomerados de melanina - muito comum em nós e podemos observar isso em cães de pele clara Lesão de hiperpigmentação - isso nos dá uma ideia de caráter crônico da lesão que faz tempo que vem ocorrendo, observamos uma pele vermelha, hiperqueratótica isto em azul mostra a queratina porque a pele hiper queratinizada tem um aumento da produção de queratina que deixa a pele com o aspecto escuro Lesão de hipopigmentação que também pode ser chamada de leucodermia. Essa perde melanina pois o sistema imunológico começa a destruir os melanócitos. Pode ser por lúpus. De caráter evolutivo, ele começa umas manchas brancas e vai evoluindo, Mas tem que ter cuidado pois existem outras doenças também podem formar isso, por isso tem que que fazer biopsia para saber o que esta causando Formações Sólidas ● Pápula (1cm) - é uma elevação da pele, é a lesão bem clássica da picada de mosquito onde pica e eleva ● Placa (>2cm) nada mais é do que a coalescência de várias pápulas ● Nódulo (1 a 3cm) - aumento de volume, muitas vezes subcutâneo ● Tumor (.3cm) - crescimento que ultrapassa o nódulo ● Goma - que é uma úlcera de bordas elevadas ● Vegetação - tanto a vegetativa como as verrucosidade tem um carácter exofítico, significa que isso cresce se distanciando da camada epidérmica, diferente do tumor que cresce dentro da camada dérmica, essa cresce para fora da superfície da epiderme, possuem aspectovermelho brilhante, pode lembrar uma couve flor as vezes, pode ser lisinha também - podemos descrever tumor de caráter exofítico vermelho brilhante drenando secreção com a superfície brilhante ou com a superfície irregular ● Verrucosidade - também uma lesão exofítica, tem uma lesão mais firme, mais acinzentada, uma papilomatose Qualquer distúrbio inflamatório, infeccioso ou neoplásico pode causar essas alterações na pele Coleções Líquidas ● Vesícula - em torno de 1cm, ocorrem em processos de queimadura, mas também ocorre nas doenças autoimunes ● Bolha - o que muda da vesícula é o tamanho ● Pústula - uma vesicula contaminada pode se tornar pustula, repleta de pus ● Cisto - muitas vezes tem um carácter benigno, mas também pode acompanhar processos neoplásicos, cisto não doeu não é quente não tem sinais de inflamação com conteúdo líquido transparente ● Abcesso - o abcesso já é quente, dolorido devido a inflamação e vamos observar presença de pus ● Flegmão - não tem uma cápsula, o pus ta espalhado por todo o tecido subcutâneo, sendo uma lesão mais difícil de tratar, porque envolve um tratamento sistêmico ● Hematoma - pode acontecer de poder drenar mas na cicatrização vai retrair toda e a chance de ficar uma cicatriz bem feia é grande, vai depender do que o tutor preferir Alterações de espessura ● Hiperqueratose - como nós nos cotovelos, nos pés mas isso é normal, aqui vamos tratar de anormalidades ○ Calo - os calos de apoio locais de muito atrito ● Lignificação/liqueinificação - quanto mais crônico essa hiperqueratose ela tende a gerar a lignificação, que é quando vai começar a aparecer um tronco de árvore - ocorre um aumento na produção da queratina, é uma defesa da pele contra esse excesso de coceira. Podemos ver isso nas dermatites hormonais crônicas e também nos processos pruriginosos ● Edema - pele toda demasiada, pois os linfonodos comprometidos não conseguem fazer o resgate linfático, a drenagem linfática fica comprometida e ai começa fazer edema cutâneo e subcutâneo ● Esclerose - que é uma questão de degeneração ● Cicatriz Perdas teciduais e reparação ● Eliminação ● Destruição patológica ○ Colarinho/colaretes epidérmico - como comentado que havia uma pústula, a pustula rompe e fica a casquinha. Temos uma perda da camada mais superficial da epiderme, que está associado a uma doença bacteriana, na grande maioria das vezes é um distúrbio secundário, ou é uma doenças sistêmica autoimune, hormonal que proporciona uma imunossupressão ou é uma doença cutânea mesma que ta causando isso deixando a pele mais debilitada e favorece a multiplicação dos agentes infecciosos ○ Escoriação - quando o animal se auto traumatiza, perdendo um pouco de tecido ○ Crosta - nessas lesões podemos ter o acúmulo de crostas, secreções, sangue ○ Erosão - onde ocorre a perda também da camada mais superficial da pele ○ Úlceras - ela pode ser tão extensa que já começamos a observar o subcutâneo ○ Caspas - um distúrbio de queratinização cutâneo, podemos observar esse distúrbio de duas formas: pode haver uma seborreia oleosa ou seca onde a queratina se solta ○ Pústulas ○ Fístulas - é uma lesão que forma um ducto de drenagem dentro da pele do animal Outras lesões ● Comedo - é a obstrução do folículo piloso por gordura, essa gordura em contato com o oxigênio ela oxida e fica preta, é os nossos chamados cravinhos. Essa lesão esta associada a cronicidade, logo essa lesão não começou ontem, mais de 15-30 dias de evolução ● Sinal de nikolsky - ela não entra nas classificações, é quando há o descolamento da camada mais superficial EXAMES COMPLEMENTARES ● Vitropressão ou diatoscopia ○ Eritema X Púrpura Então como fazemos o exame, pegamos uma lâmina de vidro e comprime, se a mancha vermelha que está por baixo, desaparece é um eritema, se não desaparece é púrpurra ● Luz de Wood - serve para darmos o diagnóstico de Microsporum canis ○ Luz UV ○ Ligar 5 minutos antes - para aquecer ○ Ambiente escuro ○ M. canis ■ Triptofano - ele produz triptofano e esse aminoácido na luz UV se torna fluorescente verde ■ Apenas 30% dos animais com M. canis ficam positivos na luz UV, o fato de dar negativo não exclui o M. canis ○ Falso + : tem que ter cuidado que crostas e essa bactéria Pseudomonas aeruginosa também reagem a essa luz, então temos que ser treinados a diferenciar o que é o microsporum do que é o falso positivo ○ Falso - : E se você limpar com iodo a pele do animal também pode induzir ao falso negativo, pois ele neutraliza esse aminoácido ● Teste da fita adesiva ○ Fita adesiva dupla face - para localizarmos a presença de ácaros em locais onde fica difícil de aplicarmos um raspado de pele. Então uma parte da fita vamos grudar e fazer o arrancamento como se fosse uma depilação, e ai colamos essa fita na lâmina e ai podemos corar ○ Ácaros ○ Pálpebras ○ Lábios ○ Extremidades ● Exame direto do pelame - Tricograma: Vamos arrancar o pelo do animal de forma que não traumatize os pelos, podemos identificar com isso esporos e demodex, podemos identificar o ciclo do pelo, é interessante para identificar se essa falha de pelo que esse animal vem apresentando tem relação com coceira e podemos fazer a diferença entre uma queda de pelo ou uma quebra de pelo por traumatismo de que o animal esta arrancando e isso podemos notar pela extremidade do pelo quebrada. Outra coisa interessante é que vemos a coloração. Na lâmina coloca o pelo, com solução KOH e com uma lamínula e leva ao microscópio ○ Ciclo do pêlo ○ Avaliação das extremidades ○ Proprietário: queda de pêlos ○ Demodex canis - bulbo ○ Haste - esporos ○ Pinça atraumática ○ Sentido de crescimento ● Raspado cutâneo parasitológico ○ Ácaros - ele é útil apenas para o diagnóstico de ácaros, as vezes fungos aparecem mas a gente não faz na intenção de ver fungos, mas o objetivo é os ácaros, pois os fungos estão na superfície do pelo, o ácaro está profundo, está nas camadas mais profundas da pele, quando fazemos o raspado o ideal é fazer até sangrar pois quero ver o bulbo, as camadas da epiderme, existem ácaros que promovem galerias, outros como demodex ficam alojados dentro do pulpo do pelo, por isso tem que sair mais profundo, se for só uma raspadinha vamos lógico encontrar alguns fungos ○ Técnica: ■ Pegamos uma prega da pele, pego a lâmina de bisturi e faço o movimento de vai e vem, começou a sangrar paramos o raspado, aperto e espremo, sai o sangue e raspamos denovo e novamente apertamos e raspamos denovo e depois adiciona KOH para clarificar. E não adianta fazer o rapado e ir ver só depois, pois o ácaro ta vivo e vai embora, esse é um exame que tem que ser feito na hora e com leitura imediata ■ Pele íntegra evitar: lesões ulceradas ■ Raspado profundo ■ Beliscar - raspar - sangrou-raspar ■ KOH 10% - serve para clarificar ■ Movimentos de vai e vem ■ Microscópio * Cerúmen: otoscópio ou cureta - o cerúmen podemos colher por suabe e esfregar na lâmina para também obter o diagnóstico de ácaro * Observações: Cães da raça Sharpei exclusivamente o teste tende a dar falso negativo, pela própria anatomia dele com essas pregas, o folículo piloso, por isso muitas vezes o diagnóstico definitivo dessa raça só se dará por meio de biópsia cutânea Ácaros Demodex canis - demodicose Sarcoptes scabiel - ácaro da escabiose A sarna de gato da muita úlcera e crosta na região de extremidade de orelha, região de face e boca dos gatos que coça bastante também O ácaro otodectes cynotis que é ácaro da sarna otodécica que é a sarna de ouvido e ele é bem grandão ● Citologia - serve para diferenciar uma inflamação, de uma neoplasia, de uma doença infecciosa. É um exame de triagem, ela mostra por exemplo que existe suspeita de neoplasia maligna, e é ótimo quando tem um laboratório que faz na hora. Mas se demorar muito os resultados do laboratório, como acontece para nós já mais indicado fazer a biópsia logo ○ Seringa e agulha - introduzir a seringa na lesão e vouaspirar, mantenho o êmbolo puxado e faço o movimento de vai e vem, ou podemos fazer com a agulha sem estar acoplada na seringa, com o mesmo movimento de leque, depois retiro a agulha pego a seringa e jogo esse material na lâmina e ai vamos fazer o esfregaço ○ Lâmina - chamado imprint, mas as desvantagens dessa técnica é que as vezes vem muito sangue as vezes a lesão vem muito contaminada e acaba confundindo o patologista ○ Swab - pegar um cotonete e esfregar na lesão ○ Corante ○ Microscópio ● Inflamação ● Neoplasia ● Infecciosa ● Biópsia e histopatológico - já que a citologia não da um diagnóstico definitivo na grande maioria das vezes. O histopatológico é obrigatório nós fazermos sempre ● Quando fazer ○ `Úlceras persistentes ○ Suspeitas de neoplasias - podemos optar pelo histopatológico ○ Doença que só fecha no HPT - por exemplo quando tem uma doença autoimune ○ Dermatopatia rara, grave ○ Dermatite vesicobolhosa - é obrigatório histopatológico ○ Tratamentom sem sucesso com terapia adequada Importantíssimo - Biópsia e histopatológico ● Suspender corticoides: 2 a 3 semanas antes dos testes, isso altera todo o processo diagnóstico e terapêutico do animal. Então se ele ta tomando temos que suspender por esse período de tempo ● Tratar infecção secundária ● Bisturi X Punch ○ Bisturi: coleção líquida, nódulos, tumor ○ Punch: pele espessada, pápulas, perdas teciduais - hoje se usa para praticamente tudo, único local que não vai muito bem é quando tem coleção líquida Esse é o punch, um bisturizinho redondo, onde fazemos o movimento de sentido horário e ai tiramos um fragmento da lesão, depois damos um pontinho, com um bloqueio local. SEMIOLOGIA DO EXAME AUDITIVO INTRODUÇÃO ● 10 a 20% dos casos ● E muitas vezes tem uma dermatopatia de fundo - ele não tem otite por ter otite as vezes é por uma dermatopatia de fundo - grande maioria dos pacientes tem uma dermatopatia de fundo, uma doença cutânea fazendo também que o animal tenha uma predisposição a desenvolver doença do conduto auditivo, e também temos que pensar que a pele reveste o conduto auditivo até a entrada da orelha média que é a bula timpânica ● Exceções: os animais de orelhas compridas, esse pavilhão auricular pendente, pesado, abafado, acúmulo de grandes quantidade de cerúmen na orelha, as vezes nesses casos pode haver uma otite primária, sem que ele tenha uma dermatopatia associada, os pastores também por terem muito pelame REVISÃO ANATÔMICA ● Orelha externa ○ Do pavilhão auricular - face externa da membrana timpânica, formada pelas cartilagens: ■ Cartilagem auricular ■ Cartilagem anular ■ Cartilagem escutiforme ○ Meato acústico externo - a abertura da orelha ● Musculatura e inervação - para facilitar a captação dos diferentes sons Então temos todas esses conjuntos de cartilagem e processos . Essas cartilagens vão compreender também todo o meato acústico e todo o conduto auditivo, não só o pavilhão auricular que é a pina, mas todo o conduto auditivo até a membrana timpânica, ela é a estrutura anatômico que divide a orelha externa da orelha média ● Membrana timpânica ○ Divide a orelha externa da média ○ Três camadas ○ Forma elíptica ○ Possui coloração translúcido-esbranquiçado que permite muitas vezes observarmos o recesso timpânico que compreende os ossículos (martelo, bigorna e estapédio) ● Orelha média ○ Delimitada pela bulha timpânica ○ Se comunica com a nasofaringe (tuba auditiva) ○ Contém ar - tem que ter se não, não ouvimos direito ○ Recesso epitimpânico ■ Martelo ■ Bigorna ■ Estapédio: propagação das vibrações timpânicas - articula com janela vestibular ● Orelha interna ○ Cóclea ■ Audição ○ Órgão vestibular ■ Equilíbrio Então nesse esquema temos a pina a cartilagem auricular que forma essa pina. O conduto auditivo que forma a orelha externa, a bula timpânica onde temos os ossículos, e temos a cavidade timpânica, inclusive a tuba auditiva que forma a orelha média. E a cóclea e junto vamos ter o órgão vestibular formando a orelha interna Então, na maioria dos problemas acaba envolvendo a pina - a cavidade auricular e o conduto auditivo. Alguns pacientes vão ter também comprometimento da orelha médica, e quando isso se compromete esse ar deixa de existir ali dentro e acaba ficando preenchido por exsudato, inflama e pode concomitantemente acabar tendo uma lesão da orelha interna onde irão ocorrer déficits vestibulares e também auditivos, é onde vamos ter os processos de otites se complicando, o que era um processo externo acaba sendo um problema médio-interno Mas é importante ressaltar, que os animais também podem ter uma otite média e otite interna sem necessariamente ter um comprometimento externo, essa bactéria pode ter vindo de outra forma, como por exemplo a hematógena, então não pensem que para ter uma infecção interna tem que ter uma otite externa/média ANAMNESE ● Balanço/meneio da cabeça ● Odores fétidos ● Prurido ● Dor ● Secreções ● Déficits auditivos ● Sinais neurológicos ● Evolução/recidivas - pode estar associado a processos dermatológicos ● Dermatopatias INSPEÇÃO ● Aspecto dos pavilhões ○ Eritema ○ Edema/espessamentos ○ Hiperqueratose - De tão crônico que é, que pode ocluir o meato auditivo externo e isso só vemos em processos crônicos, esse paciente vai ter uma estenose do conduto auditivo ○ Oto-hematoma ■ Comparação bilateral ○ Sinais neurológicos PALPAÇÃO ● Textura homogênea ● Cartilagem flexível e delgada - quando o animal ta com otite não vamos sentir bem assim, não vai ter tanta flexibilização, já não tão delgada CONDUTO AUDITIVO ● Mobilidade - ele é maleável ● Cone auditivo ○ Irregularidade de superfície, perda de flexibilidade e dor ○ Aumento de volume - possibilidade de processos neoplásicos Então aqui, na primeira orelha ela ta hiperqueratótica, secreção amarelada, pele enrugada, aumentada de volume. Na outra foto, secreção mais enegrecida, tendemos a pensar em malasseziose ou em ácaro, pode ser mas nem sempre - o que vai dar o diagnóstico é o exame citológico INSPEÇÃO INDIRETA ● Indireta pois estou usando uma ferramenta para avaliar ● Otoscopia ○ Pelo aparelho veterinário - pois existe diferença por conta do formato do conduto auditivo do cão e do gato - primeiro temos uma porção do conduto que é mais verticalizado e depois temos um segmento que é mais horizontal e longo, já a nossa anatomia é reto e curto. E só o aparelho veterinário vai possibilitar que observamos todo o conduto, claro que há exceções como gatinho pequeno, filhotes em geral mas em gato por conta do tamanho que ai é um conduto ainda curto. Ai vamos introduzindo, até um certo ponto do conduto em que tende a horizontalidade, ai temos que movimentar a orelha do animal até que conseguimos visualizar la em baixo. Vamos introduzindo até chegarmos no nosso objetivo, observar a membrana timpânica - se ela ta opaca, abaulada, se ela ta leitosa, se tem muita secreção, inflamação, muita hiperplasia glândular INSPEÇÃO INDIRETA ● Exame parasitológico de cerúmen, citologia e cultura ○ Malassezia sp ○ Otodectes sp ○ Bactérias Colhemos esse cerúmen, depositando em uma lâmina e se eu preciso de cultura preciso colher esse material pelo swab, faço uma citologia e com outro swab eu mando para cultivo e antibiograma para saber se tem bactéria e que tipo de bactéria que é e que tipo de antibiótico vamos usar para tratar ● Exame radiográfico - auxilia também, eu quero ver se a bula timpânica ta comprometida pela otite, o raio-x vai me mostrar que essa bula não ta radiolucente, ela ta radiopaca dando sinal que tem conteúdo dentro dela. Para fazer esse exame tem que fazer anestesia geral EXAMES COMPLEMENTARES ● Biópsia e histopatologia Colhemos fragmentos pequenos ● Tomografia computadorizada Auxilia muito principalmente se suspeita-se de tumor. E um diferencial para síndromes vestibulares
Compartilhar