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Digestório de não-ruminantes 1 Digestório de não-ruminantes → o sistema digestório é um grande causador de problema pros equinos, tem muitas características anatômicas que favorecem o aparecimento de problemas, sendo o principal deles a CÓLICA; 🐎 quais são os principais motivos pra ocorrência de cólica em equinos? estômago pequeno 8 a 20 litros), incapacidade de vomitar (cárdia muito forte), jejuno e mesentério longos (favorece torção), locais com diminuição abrupta do lúmen (tipo a flexura pélvica, favorece o acúmulo de alimento nesses locais), mucosa retal frágil (predisposta a rupturas); 🐴 exame geral �idade: → neonatos podem ter cólica pela retenção de mecônio; potros jovens podem ter cólicas intermitentes pela presença de úlceras gástricas e hérnias umbilicais; → animais mais velhos podem ter neoplasias hepáticas e problemas gastrintestinais por alimentos mal digeridos por problemas dentários (não mastiga direito); Digestório de não-ruminantes 2 ⚧ sexo machos podem ter hernia inguinal desde o nascimento, estrangulamentos sao comuns nos garanhoes na hora da monta; 🗒 anamnese cólica tem várias possíveis causas, anamnese deve investigar todas; 🌾manejo e alimentação: maior influenciador do aparecimento da cólica; animais criados em regime intensivo tem habitos alimentares diferenciados (se alimentam em maior quantidade, menor frequencia, maior nivel de estresse); alimentos em pó podem causar dilatação gástrica; muita ração e forragem com fibras de baixa qualidade podem causar compactação; feno mofado, grãos umidos e velhos, alfafa mofada ou fermentada podem causar timpanismo; excesso de carboidrato pode aumentar a produção de ácido lático (baixa o pH, pode lesionar a mucosa); Digestório de não-ruminantes 3 consumo de areia pode levar à sablose; mudança brusca na alimentação pode levar à compactações ou timpanismo; 🪱controle parasitário investigar qual é o controle parasitário da fazenda, qual é o vermífugo; verminoses podem causar cólica por obstruções e intusseções do intestino delgado (Parascaris), aneurisma verminótico por migração de larvas (Strongylus vulgaris), úlceras Habronema), estenose de piloro Gasterophilus); 📌 início do processo geralmente manifestações rápidas tem origem no estômago ou intestino delgado, e manifestações lentas tem origem no intestino grosso; 🔙 episódios anteriores e tratamenots já teve antes? fez laparotomia exploratória? (laparotomia pode causar aderencias); tinha com frequência? que tratamentos usou? defecação e micção características das fezes podem indicar ocorrência ou não do trânsito intestinal; animais desidratados urinam com menos frequência e a urina é mais concentrada; ingestao hidrica ingestao de agua gelada após o exercício pode causar cólicas espasmódicas; prenhez eguas no terço final da gestação podem ter torções uterinas que podem ser confundidas com cólicas; 🩺 exame físico 👁inspeção observar atitude, comportamento, aparência externa, modificações no formato do abdomen; Digestório de não-ruminantes 4 → dor pode ser leve (sem alterações circulatórias), moderada (animal deita e rola e tem aumento da frequência respiratória) ou grave (sudorese intensa, alterações circulatórias, rolam o tempo inteiro, dificuldade pra manter posição quadrupedal); intermitente (geralmente no intestino grosso, alças podem se mexer e aliviar a dor temporariamente) ou contínua (mais grave, sem a possibilidade de cessar a dor, como obstruções); → dilatação do abdomen envolve ceco e colon (estômago e ID sozinhos não causam dilatação visível da cav. abdominal); → dilatação dorsal: gases; dilatação ventral: ingesta ou líquidos; direita: ceco; esquerda: cólon; 🌡avaliação dos parâmetros vitais Digestório de não-ruminantes 5 temperatura retal na cólica a temperatura se mantém normal; hipotermia: animal está em choque e precisa ser tratado; hipertermia: causas infecciosas; frequência respiratória dor e acidose metabólica aumentam a FR; frequência cardíaca e pulso a dor, hipovolemia e endotoxemia aumentam a FC; quanto maior a FC, menor a sbrevida; medir o pulso e classificar em forte, fraco, filiforme e ausente; coloração de mucosas e tempo de preenchimento capilar no início de quadros de cólicas, mucosas ficam pálidas e TPC aumenta em 1s; se huver obstrução ou estrangulação não resolvidas há hipóxia tecidual e ficam cianóticas e TPC aumenta em 1 ou 2s; hidratação Digestório de não-ruminantes 6 exame físico de cavidade oral, faringe e esôgafo 🫦cavidade oral preensão do alimento se o animal consegue pastar do chão muito provavelmente não está com dor; mastigação problemas que acometem a mastigação são a dor lingual e problemas dentários; mastigação inadequada leva à deglutição de partículas muito grandes, além de acúmulo de alimento na cav. oral; TÉCNICAS DE EXAME sinais clinicos: inapetência, halitose, descarga nasal, perda de peso, acumulo de alimento nas bochechas; dores podem causar alterações comportamentais; é preciso olhar, sentir, mover e cheirar a boca do animal; observar se ele se alimenta, ingere água; partículas de alimento nas fezes; Digestório de não-ruminantes 7 esôfago não costuma ser palpável, mas com a sonda nasogástrica pode observar se há distensão da parede; enfermidades mais comum: obstrução esofágica: compactação de um segmento do esôfago, animal fica ansioso, estira o pescoço pela dor, tenta engolir ou tossir; avaliação feita pela passagem de sonda; estenose esofágica, compressão esofágica extrínsica (linfonodos aumentados podem ser causa), divertículos, perfurações, esofagite, megaesôfago; sinais comuns: disfagia, compactação do alimento; �exame do abdome � palpação externa importante em suspeitas de peritonite (compressão profunda do abdomen e descompressão repentina), animal responde com dor; Digestório de não-ruminantes 8 🥁 percussão indica presença de gases ou liquidos nas alças e cavidade peritoneal; macicez dos dois lados = presença de líquido; som timpânico = timpanismo abdominal; 🩺 ausculta abdominal realizada nos quatro quadrantes, mínimo de 30 segundos em pelo menos 3 pontos; dor é a principal responsável por diminuição dos ruídos (cólica então diminui esses ruídos); quadros iniciais de timpanismo ou obstruções simples/estrangulações podemaumentar motilidade pra tentar resolver o processo, mas depois é convertida em hipomotilidade pela hipóxia; considerações sondagem nasogástrica multiplos objetivos (descompressao gastrica, alivio da dor, auxiliar diagnóstico, via de tratamento); deve-se conter o animal, se o animal estiver muito irritado ou com muita dor pode ser necessário sedá-lo; lubrificar a sonda, introduzir medialmente e ventralmente na narina, delicadamente (pode sangrar), qunado chegar na glote, assopra a sonda pra estimular o animal a engolir, ai fodase; Digestório de não-ruminantes 9 palpação retal exames complementares abdominocentese analise do liquido peritoneal; Digestório de não-ruminantes 10 Digestório de não-ruminantes 11